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1 Objetivo
Neste trabalho pretende-se estudar a conservação da energia, determinar o fa-
tor de conversão entre joule e caloria e entender como funciona o aquecimento
elétrico. Pretende-se igualmente determinar a eficiência de uma lâmpada de
incandescência.
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Versão original: José Mariano (jmariano@ualg.pt) 2015; actualizado em 2021 por
Orlando Camargo Rodríguez (orodrig@ualg.pt).
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2 Fundamento Teórico
2.1 O calor como transferência de energia
Até meados do século XIX, as leis de conservação da energia pareciam con-
finadas à área da mecânica. Só nessa altura foi demonstrado que existiam
outras formas de energia, nomeadamente a térmica, e que estas se podiam
converter umas nas outras. É, pois, após se ter introduzido a ideia de ener-
gia térmica que o conceito de calor toma o significado que atualmente lhe é
conferido que é, como se sabe, o de transferência de energia entre dois corpos
a temperaturas diferentes, colocados em contacto.
Com este trabalho de laboratório pretende-se determinar a razão entre a
energia térmica (calor) fornecida a um corpo, e a energia elétrica. O objetivo é
medir, em Joule, a energia elétrica fornecida ao sistema e, admitindo que esta
é totalmente transformada em calor, medir o aumento da energia térmica,
em Caloria, estabelecendo, desta forma, a constante de proporcionalidade
entre estas duas unidades, que ficou historicamente conhecida por equivalente
elétrico do calor.
Quando um determinado sistema recebe energia térmica, podem ocorrer
duas situações distintas: a temperatura do sistema aumenta ou o sistema
muda de fase (por exemplo, funde ou evapora). Admitindo que apenas a
primeira situação ocorre, a variação da energia térmica (ou calor Q) é pro-
porcional ao produto da variação da temperatura (∆T ) pela massa do corpo
(m), sendo a constante de proporcionalidade uma propriedade do corpo à
qual se dá o nome de calor específico mássico c:
Q = cm∆T (1)
c = 1 cal/(g·◦ C)
O sistema a utilizar consiste num boião cheio de água, que é tingida com
tinta da Índia de modo a que não haja perdas de energia sob a forma de luz.
A energia elétrica é fornecida através de uma lâmpada de incandescência que
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é mergulhada na água. Embora o boião seja, durante a experiência, colocado
dentro de um calorímetro, o que minimiza as trocas de calor com o exterior,
existem sempre perdas de energia térmica devido à absorção de calor por
parte do próprio boião. Este problema pode ser resolvido, ou conhecendo
o calor específico do boião, ou conhecendo o seu equivalente em massa de
água, que é, neste caso, 23 g. Esta informação permite corrigir os cálculos,
melhorando significativamente o resultado final. Ou seja, em termos práticos,
quando se calcula o calor recebido pela água, deve adicionar-se à sua massa
o valor de 23 g, de modo a compensar o calor absorvido pelo boião.
P = ∆U I
E = P ∆t = ∆U I∆t (2)
3 Material utilizado
• Boião transparente com uma lâmpada de incandescência na tampa;
• calorímetro;
• tinta da Índia;
• cronómetro;
• termómetro;
• balança;
• cabos de ligação;
• gelo picado.
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Figura 2: Lâmpada incandescente e boião de água
4 Precauções
• Não encher o boião de água acima da linha indicada. Isto implica uma
diminuição significativa do tempo de vida da lâmpada;
5 Procedimento experimental
Anote os erros de leitura de todos os aparelhos de medida.
2. Pese o boião vazio (mv ), sem a tampa e a lâmpada, vazio (mv ). Encha-
o de água fria até à linha indicada (lembre-se que não pode exceder
essa linha). A água deve estar pelo menos 10◦ C abaixo da temperatura
ambiente. Se necessário, utilize um pouco de gelo picado para arrefecer
a água2 . Adicione cerca de 10 gotas de tinta da Índia na água, ou seja,
o suficiente para que o filamento da lâmpada se torne pouco visível
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Certifique-se que quando iniciar as medições, o gelo se dissolveu completamente na
água.
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quando esta se encontra acesa. Pese novamente o boião cheio de água
(mc ).