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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

GRADUAÇÃO EM MEDICINA

BRENO BRITO MARTINS


BRUNA ALVES DIAS
CAIO FELIPE COELHO
ISABELE XAVIER CARVALHO
JOICE DE ALMONDES SOUSA
MARA RUBIA REIS DA SILVA BARBOSA
MARCELO ELZO DE CARVALHO LOPES
SABRINA MARIA DIAS LOPES
THERESA CRISTINA ROCHA ALBUQUERQUE
VANESSA FONSECA CAVALCANTI

AÇÕES DE SAÚDE VOLTADAS PARA OS HIPERTENSOS NA UNIDADE BÁSICA


DE SAÚDE DO RENASCENÇA

TERESINA
2022
BRENO BRITO MARTINS
BRUNA ALVES DIAS
CAIO FELIPE COELHO
ISABELE XAVIER CARVALHO
JOICE DE ALMONDES SOUSA
MARA RUBIA REIS DA SILVA BARBOSA
MARCELO ELZO DE CARVALHO LOPES
SABRINA MARIA DIAS LOPES
THERESA CRISTINA ROCHA ALBUQUERQUE
VANESSA FONSECA CAVALCANTI
THERESA CRISTINA ROCHA ALBUQUERQUE
VANESSA FONSECA CAVALCANTI

AÇÕES DE SAÚDE VOLTADAS PARA OS HIPERTENSOS NA UNIDADE BÁSICA


DE SAÚDE DO RENASCENÇA

Projeto de Extensão apresentado à


disciplina Métodos de Estudo e Pesquisa I
(MEP I) do curso de Medicina do Centro
Universitário Uninovafapi como requisito
parcial à avaliação somativa.

Orientador: Adelia Dalva da Silva Oliveira


Preceptora: Emanuela de Oliveira Costa

TERESINA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------- 4

1.1 Objetivos -------------------------------------------------------------------------------- 4

1.1.1 Objetivo Geral-------------------------------------------------------------------------- 4

1.1.2 Objetivos Específicos---------------------------------------------------------------- 5

Justificativa-----------------------------------------------------------------------------
1.2 5
-

2 REFERENCIAL TEÓRICO ---------------------------------------------------------- 6

3 MÉTODOS ------------------------------------------------------------------------------ 8

Tipo de Extensão
3.1 8
----------------------------------------------------------------------

3.2 Público-alvo ---------------------------------------------------------------------------- 8

Local de execução
3.3 8
--------------------------------------------------------------------

3.4 Período de execução ---------------------------------------------------------------- 8

3.5 Técnicas, atividades e ações ----------------------------------------------------- 8

4 RESULTADOS ESPERADOS ------------------------------------------------------ 10

CRONOGRAMA
5 11
------------------------------------------------------------------------

6 ORÇAMENTO--------------------------------------------------------------------------- 12

REFERÊNCIAS
13
-------------------------------------------------------------------------
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1 INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada a doença


cardiovascular que possui a maior reincidência quando ocorre. Além disso, é o
principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular
cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal
(BRASIL, 2006).
No Brasil, há cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial,
sendo 35% a população de 40 anos ou mais. A partir desse dado, nota-se que o
número pode ser crescente, uma vez que seu aparecimento está cada vez mais
precoce e estima-se que aproximadamente 4% das crianças e adolescentes também
sejam portadoras. Nesse contexto, a carga de doenças representada pela
morbimortalidade devida à Hipertensão Arterial é muito alta, e por tudo isso, é um
problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo (BRASIL, 2006).
O diagnóstico não requer tecnologia sofisticada, e a doença pode ser tratada
e controlada com mudanças no estilo de vida, com medicamentos de baixo custo e
de poucos efeitos colaterais, comprovadamente eficazes e de fácil aplicabilidade na
Atenção Básica (BRASIL, 2014).
As modificações de estilo de vida são de fundamental importância no
processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Como exemplos, a
alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso e
prática de atividade física. Em contrapartida, o tabagismo e o uso excessivo de
álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados,
mesmo que doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis
recomendados de pressão arterial (BRASIL, 2014).
A partir do estilo de vida saudável e um diagnóstico precoce, o
acompanhamento efetivo dos casos pelas equipes da atenção básica é fundamental,
pois o controle da pressão arterial (PA) reduz complicações cardiovasculares e
desfechos como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral
(AVC), problemas renais, entre outros (BRASIL, 2014).

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral


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Elaboração de ações de saúde voltadas para os hipertensos atendidos na


Unidade Básica de Saúde do bairro Renascença.

1.1.2 Objetivos específicos

 Orientar os hipertensos acerca da importância de hábitos saudáveis e da


realização de consultas periódicas;
 Realizar atividades físicas interativas com os pacientes.

1.2 Justificativa

No atual cenário social, a rotina da população tornou-se mais dinâmica devido


ao grande número de atividades diárias e a dificuldade no deslocamento nos centros
urbanos. Por conseguinte, adotou-se hábitos mais práticos, e majoritariamente,
menos saudáveis, como o consumo exacerbado de alimentos com alto teor de sódio
e a irregularidade na prática de atividades físicas. Vale ressaltar, ainda, a HTA
sendo um dos grandes fatores de risco de doenças cardiovasculares e também o
seu alto custo aos cofres públicos em casos de internação.
Posto isso, durante as aulas práticas da disciplina Integração Ensino, Saúde e
Comunidade (IESC) na UBS Renascença, notou-se um elevado número de
pacientes na comunidade com o quadro de hipertensão arterial sistêmica, em
análise mais profunda, conclui-se que grande parte desses casos são resultado de
péssimos hábitos saudáveis.
Portanto, torna-se essencial o acompanhamento dessa comunidade no que
tange a melhoria dos hábitos de vida e concomitantemente na redução do número
de pacientes com essa morbidade. O presente projeto propõe-se a dar o pontapé
inicial na melhoria da saúde dessa população, promovendo atividades
interdisciplinares entre a medicina, a nutrição e a educação física com o intuito de
garantir que o público-alvo mantenha a constância nas atividades propostas.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos
e sofre variações contínuas, como por posição do indivíduo, e de fatores como
genéticos e de estilo de vida. Esse importante mecanismo tem por finalidade
promover uma boa perfusão dos tecidos e assim possibilitar as trocas metabólicas.
Dessa forma, a pressão vista como o trabalho do coração pode sofrer modificações
sérias a partir de determinantes, o que pode caracterizar como hipertensão arterial.
Acerca desta, pode-se caracterizá-la como uma síndrome devido ao aumento dos
níveis pressóricos, tanto sistólico quanto diastólico (PORTO, 2019).
Nesse viés, a hipertensão arterial é uma das mais importantes enfermidades
do mundo moderno, pois, além de ser muito frequente, é a causa direta ou indireta
de elevado número de óbitos, decorrentes de acidente vascular cerebral,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal e infarto agudo do miocárdio. Por esse
motivo, é crucial entender e atuar contra essa doença que ataca vasos sanguíneos,
diversos outros órgãos e milhões de brasileiros (PORTO, 2019).
A enfermidade é dividida em três níveis. A tipo I é caracterizada por estar
entre 140/90 e 160/100, a tipo II entre 160/100 e 180/110 e a tipo III acima de
180/110. Os níveis de pressão elevada unidos a comorbidades como diabetes e
obesidade determinam o grau do risco de morte: leve, moderado ou altíssimo.
Outros fatores que podem fazer com que a pressão suba são; o consumo excessivo
de bebidas alcoólicas, sobrepeso ou obesidade, idade avançada, ingestão excessiva
de sal, sedentarismo, entre outros. Vale ressaltar que quanto maior é a hipertensão
arterial, maiores são as chances de o paciente precisar de medicação (JUNIOR,
1998).
Em janeiro de 2002, na atenção básica, foi implantado o Sistema de
Informação em Saúde de Hiperdia (SIS/Hiperdia) que cadastra e monitora os
usuários com hipertensão arterial e diabetes mellitus. Com isso, esse sistema tem
como propósito monitorar e avaliar a morbimortalidade dessas enfermidades, como
também possibilitar o fornecimento regular de medicamentos que são necessários
para esses indivíduos acometidas por essas doenças (OLIVEIRA, 2021).
Além disso, podemos destacar a participação dos profissionais da saúde na
7

Estratégia Saúde da Família (ESF) composto por médicos, enfermeiros, auxiliares


de
enfermagem e agentes comunitários de saúde, os quais são responsáveis por
atuarem de forma integrada e com níveis de competência definidos no atendimento
à pacientes, como, por exemplo, nos pacientes com hipertensão arterial. Nesse
sentido, é importante a ação interdisciplinar, no que diz respeito à prevenção e
controle dos hipertensos, com a inserção de outros profissionais, como profissionais
de educação física, nutricionistas e outros (BRASIL, 2006).
Ademais, as equipes da Atenção Básica têm como desafio, no que diz
respeito a pacientes hipertensos, o início do tratamento dos casos diagnosticados e
como garantir o acompanhamento regular dessas pessoas, fazendo com que não
desistam do tratamento. O acompanhamento é feito com o monitoramento da
pressão arterial (PA) e consulta médica. Vale ressaltar que nos casos em que a
pessoa não esteja com a PA controlada e não esteja aderindo ao tratamento
recomendado, poderá ser consultada com a enfermeira e/ou médico para avaliação
de motivação para o tratamento. De acordo com essa avaliação, outros profissionais
de saúde poderão prestar apoio a esses pacientes (BRASIL, 2013).
Assim, mediante a problemática sobre hipertensão, destaca-se a importância
da participação e orientação da equipe de saúde com esses pacientes, com intuito
de controlar a doença e possíveis complicações, ajudando assim na adesão do
paciente e no tratamento (ROSARIO et al., 2009).
Com isso, é fundamental que seja proporcionado uma assistência como o
acolhimento e vínculo dos profissionais e unidades básicas com esse público, e o
acompanhamento adequado aos portadores de hipertensão, sendo isso essencial
para o sucesso do controle desses agravos, prevenindo assim possíveis
complicações e reduzindo o número de internações hospitalares e mortalidade por
doenças cardiovasculares (SERAFIM et al; 2010).
Além disso, vale ressaltar que a hipertensão arterial pode ter uma
apresentação mascarada, pois é caracterizada por valores normais da PA no
consultório, todavia, com PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais. A
prevalência da Hipertensão Mascarada é de 13% (intervalo de 10-17%) em estudos
de base populacional. Vários fatores podem elevar a PA fora do consultório em
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relação à PA nele obtida, como idade jovem, sexo masculino, tabagismo, consumo
de álcool, atividade física, hipertensão induzida pelo exercício, ansiedade, estresse,
obesidade, DM, DRC e história familiar de HAS. A prevalência é maior quando a PA
do consultório está no nível limítrofe. Por isso, é importante que a Equipe da Saúde
da Família faça as visitas domiciliares para induzir o tratamento dos pacientes
afetados (MALACHIAS, 2016).
Por fim, entende-se que a Hipertensão Arterial é uma doença gravíssima e
que exige tratamento imediato, uma vez que ela é a causadora das doenças que
mais matam no Brasil: as doenças cardiovasculares, como doenças coronárias
(infarto agudo do miocárdio) e AVE (também conhecido como AVC) Acidente
Vascular Encefálico (NUNES, 2021).
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3 MÉTODOS

3.1 Tipo de extensão

Esse projeto será desenvolvido por meio da prestação de serviço que, de


acordo com Correa (2007), é um trabalho oferecido pela Instituição de Educação
Superior que assume a ação de Extensão.

3.2 Público-alvo

Participarão das atividades do projeto os hipertensos atendidos na UBS do


bairro do Renascença.

3.3 Local de execução

As ações de saúde serão executadas na Unidade Básica de Saúde do bairro


Renascença.

3.4 Período de execução

Este projeto será desenvolvido no primeiro semestre de 2023.

3.5 Técnicas, atividades e ações

No primeiro momento será realizada a seleção do conteúdo que será


colocado em pauta no lanche saudável com o público-alvo, assim como o cardápio e
o roteiro a ser seguido na atividade de Zumba.
Segundo, será definido o dia de aplicação da prática e a locação do material
necessário para a atividade lúdica.
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No terceiro momento, serão conduzidas a seleção e capacitação dos


integrantes que irão conduzir tanto a roda de conversa como a atividade física.
No quarto momento, a limpeza e organização do espaço para a aplicação da
atividade.
No quinto momento, a condução do público alvo para o espaço destinado a
prática.
No sexto momento, será realizado primeiramente a atividade física e
posteriormente a roda de conversa juntamente com o lanche saudável.
No sétimo momento, a conclusão com a recapitulação da importância da
constância dessa mudança de hábitos.
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4 RESULTADOS ESPERADOS

A partir da aplicação dos métodos citados, é esperado a promoção da saúde


dos hipertensos, através de um plano interdisciplinar aliando a medicina, a nutrição e
a educação física, uma vez que servirão de marco inicial para a adoção de hábitos
saudáveis. Dessa forma, com o fomento da regularidade do acompanhamento
individual nas unidades básicas de saúde, notar-se-á o aumento do número de
pacientes diagnosticados e a diminuição proporcional de complicações por HAS,
para o posterior bem-estar e melhorias fisiológicas dos hábitos de vida do público-
alvo.
O trabalho é uma forma de enriquecimento pessoal para todos os autores,
visto que o estreitamento da relação médico-paciente é de fundamental importância
na formação acadêmica dos profissionais da saúde.
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5 CRONOGRAMA

2022 2023
Atividades
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun
Delimitação do Tema do
Projeto
Construção do Projeto
Apresentação do
Projeto
Submissão do Projeto
na PROPPEXI
Execução do Projeto
Apresentação dos
Resultados
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6 ORÇAMENTO

QUANTIDADE VALOR VALOR


MATERIAIS
(Unidade) UNITÁRIO (R$) TOTAL (R$)
Caneta 2 1,5 3,0
Grafite 3 1 3,0
Resma de Papel A4 02 22,0 44,0
Impressões 100 0,30 30,00
Correção ortográfica 40 5,0 200,0
TOTAL 280,00
Custeado pelos autores
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. Cadernos de Atenção Básica, n. 15. Série A. Normas e Manuais
Técnicos.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão
arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Cadernos de Atenção Básica, n. 37.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença


crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Cadernos de Atenção
Básica, n.37.

MALACHIAS et al. 7a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016. Classificação da


Hipertensão e Condições Clínicas Associadas, p. 12, p. 44. Disponível em: https://www.scielo.br/j/
abc/a/FhvxcKzNy5BDDbd55FgRw6P/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 nov 2022.

NUNES, Letícia. Doenças que mais matam no Brasil e a sua relevância frente a necessidade de
procurar informação de qualidade no meio acadêmico. Disponível em:
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-
BR&as_sdt=0%2C5&q=doenças+que+mais+matam+no+brasil&oq=doenças+que+mais#d=gs_qabs&t
=1668503945411&u=%23p%3Di9oIKXkYDdwJ . Acesso em: 15 nov 2022.

OSVALDO JUNIOR et al. III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial, 1998. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abem/a/DqgfTzHLDkR4ZxXTp5V6bKv/?lang=pt .Acesso em: 15 nov 2022.

OLIVEIRA, J. et al. O combate à hipertensão arterial na estratégia e saúde


da família: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, São Mateus – ES, vol. 13,
n.2, p. 1-7, fev. 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/5891.
Acesso em: 12 nov 2022.

PORTO, Celmo Celeno Semiologia médica / Celmo Celeno Porto ; coeditor Arnaldo Lemos Porto. 8.
ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2019. 1440 p. : il. ; 28 cm. Inclui índice ISBN 97885277-
34981 1. Semiologia (Medicina). I. Porto, Arnaldo Lemos. II. Título. 1853618

ROSARIO, T. M et al. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres


– MT. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 93, n. 6, dez 2009.

SERAFIM, T.S; JESUS, E.S; PIERIN, A.M.G. Influência do conhecimento sobre o estilo de vida
saudável no controle de pessoas hipertensas. Acta Paul Enferm, São Paulo, v.23, n.5, p. 658-
664. Acesso em 12 jun 2010.

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