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UM MAR DE PLÁSTICO

Era uma vez uma baleia que vivia no Pacífico. Sua família sempre brincou de esconde-
esconde no recife de coral ou assustando peixinhos dourados. Mas as coisas haviam mudado:
a balinha não brincava, mas passava o tempo nadando entre seres jamais vistos naquele mar.
Algumas eram grandes e outras pequenas, mas todas eram transparentes e enrugadas.

“Qual o seu nome? De onde você vem?”, perguntou a pequena baleia um dia. Aquele
estranho ser não respondeu.

“Ele ainda é tímido”, ela pensou. "Vou dar o seu tempo, cuidar disso por alguns dias e depois
tentar novamente."

A baleia esperou e perguntou de novo: “Um dois, três, dez dias”, mas nunca obtive uma
resposta. Então, ela olhou para ele com cuidado. Ela percebeu que esse estranho ser nunca
falaria com ele porque não tinha boca. Não era nenhum animal ou planta que eu ela
conhecesse conhecia: não comia, não respirava, não brincava e claro que não respondia!

A pequena baleia não desistiu. Tinha que haver uma maneira de se comunicar com ele! Ele
Ela escreveu uma mensagem e colocou dentro esperando obter uma resposta. "Talvez você
não saiba falar, mas sabe ler."

O ser não respondeu, não respirou; não fez nada.

No dia seguinte, a baleia viu que esse estranho ser tinha amigos, estava rodeado de outras
coisas tão estranhas quanto ele. Eram muitos, muitos. Eles pareciam dançar ao seu redor.
"Oh! Talvez ele não brinque comigo porque estava esperando seus amigos, pensou. Porém,
algo a perturbava: a cada dia a presença daqueles seres estranhos aumentava e invadia mais
seu espaço. E no final foi a baleia que ficou brava com seus novos não-amigos. Eles não
apenas não falavam, mas também não a deixavam respirar.

Ele deixou uma mensagem novamente. Talvez agora, sendo tantos, alguém lhe respondesse.

“Você está mudando minha casa, meu mar, meus recifes. A cada dia que passa você ocupa
mais espaço e fica difícil para mim nadar. Você só suja e machuca. Por que você está aqui?”
Ps: Sua não amiga, a Baleia.

Em vez de responder, a estranha coisa começou a nadar. Ela viajou e viajou, até que as
correntes marítimas a deixaram na praia.
Um menino que estava brincando na praia viu algo estranho se aproximando com as ondas.
"Garrafa à vista!" Leonardo exclamou. Ele desceu de seu navio pirata e o pegou, molhando os
pés. Ele viu que havia uma mensagem dentro.

Leonardo estava triste. Havia um animal em perigo. Ou dois, ou muitos.

“Pai, podemos sair um pouco de barco? Eu quero ver o mar!” Eles foram velejar, eles
adoraram. Logo depois, Leonardo viu algo que estava flutuando. “Poderia ser a baleia?”,
pensou. Mas não, era apenas um pedaço de plástico. E depois outro, e outro. Paul não podia
acreditar no que estava vendo. Parecia um grande monstro marinho. Uma lágrima caiu. "Pai,
por que estamos fazendo isso?" perguntou.

Quando voltaram, Leonardo pegou uma concha na praia. Ele queria se comunicar com a
baleia e essa lhe pareceu a melhor forma de fazê-lo. Cuidadosamente, ele soprou uma
mensagem na concha e a colocou dentro. Então, ele o devolveu ao mar.

“Querida Baleia, essas coisas feias e transparentes que sujam suas águas são garrafas, sacolas
e recipientes de plástico. Nós somos os humanos que os jogamos no mar. Eu prometo que
vou te salvar.”

Ps: Seu amigo pirata, Leonardo.

Leonardo decidiu caminhar pela praia todos os dias e recolher todo o plástico que
encontrasse. Levou-os para reciclar e, acima de tudo, manteve-os afastados das ondas que os
poderiam arrastar para longe mar adentro, em direção aos recifes. para sua amiga baleia

Depois de alguns dias, Leonardo vislumbrou algo do mastro de sua cabine. Seus olhos
brilharam, algo saltou no horizonte. O vento trouxe-lhe um leve assobio que vinha do mar,
dizia: "Obrigada".

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