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Manual Prático de Direito Religioso

ANTONIO CARLOS DA ROSA SILVA JUNIOR

MANUAL PRÁTICO
DE DIREITO RELIGIOSO
UM GUIA COMPLETO PARA JURISTAS, PASTORES, LÍDERES E MEMBROS

2019

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

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*I<G8I8mlF;L8I;F;<*IF<Em8 Editor Responsável:


Eduardo de Proença

8G8;L8I;F;< *IF<Em8 Conselho Editorial:


Profa. Dra. Sandra Duarte de Souza
Universidade Metodista de S.Paulo (UMESP)
Prof. Dr. Luiz Alexandre Solano Rossi
PUC-PR
Profa. Dra. Elaine Sartorelli
Universidade de São Paulo - USP
Prof. Dr. Frederico Pieper
Universidade Federal de Juiz de Fora
Prof. Dr. Andrés Torres Queiruga
Universidade de Santiago de Compostela
Prof. Dr. Helmut Renders
Universidade Metodista de S.Paulo (UMESP)
Prof. Dr. Ricardo Quadros Gouvêa
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Prof. Dr. Ronaldo de Paula Cavalcante
Faculdade Unida

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Manual Prático de Direito Religioso

SUMÁRIO
Apresentações
. Dra. Damares Alves...................................................................................................................11
. Dra. Delaíde Arantes.............................................................................................................13
. Dr. William Douglas................................................................................................................17

Introdução....................................................................................................................................21

1. Estado laico e liberdades....................................................................................................27


1.1. Algumas definições..........................................................................................................29
1.2. Liberdade de expressão, dignidade humana e tolerância...........................................34
1.3. Diálogo institucional com as organizações religiosas.................................................39
1.4. Obrigatoriedade de Bíblias em escolas, bibliotecas e Câmaras de Vereadores.......47
1.5. Símbolos e eventos religiosos em espaços públicos..................................................50
1.6. Resumo.............................................................................................................................58

2. Normas de Direito Internacional.....................................................................................59


2.1. A religião como elemento fundamental para quem a profere.......................................61
2.2. Proibição de discriminações religiosas........................................................................62
2.3. Liberdade de mudar de religião.......................................................................................63
2.4. Direito de manifestar a religião.........................................................................................64
2.5. Prerrogativa de escolher o tipo de educação para os filhos.......................................66
2.6. Suspensão das garantias...............................................................................................68
2.7. Resumo.................................................................................................................................69

3. As religiões na Constituição da República de 1988...................................................71


3.1. Proteção de Deus no preâmbulo....................................................................................71
3.2. Liberdade de crença e proteção aos locais de culto......................................................74
3.2.1. Vestimenta religiosa em fotografia para documento oficial.......................................76
3.2.2. Voluntariedade de dízimos e ofertas............................................................................77
3.2.3. Sepultamento em cemitério religioso..........................................................................85
3.2.4. Contraditório e ampla defesa em disciplina eclesiástica.........................................88
3.2.5. Discordância de outras matrizes...................................................................................92
3.2.6. Não oferecimento de alimentação especial em voo...............................................98
3.2.7. Aconselhamento para reorientação sexual...............................................................99
3.2.8. Guarda de dias sagrados.............................................................................................100
3.2.9. Proselitismo religioso em rádios comunitárias.........................................................110
3.2.10. Intimidação espiritual para recebimento de ofertas religiosas.............................114
3.2.11. Sacrifício animal em rituais religiosos.....................................................................119
3.2.12. Condenação por preconceito religioso.................................................................124
3.2.13. Custeio de tratamento médico diferenciado..........................................................135
3.2.14. Ofensa a símbolos religiosos....................................................................................138
3.2.15. Limites à manifestação em cultos públicos..........................................................143

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

3.2.16. Crimes decorrentes do exercício de atividade religiosa.....................................145


3.2.17. Responsabilidade de a igreja ressarcir vítima de crime cometido por religioso...146
3.2.18. Funk com citação do Alcorão no YouTube............................................................149
3.2.19. Limites a horários de realização de cultos...........................................................150
3.2.20. Liberdade de não realizar trabalho que ofenda preceitos religiosos...................152
3.3. Prestação de assistência religiosa.............................................................................152
3.4. Escusa de consciência..................................................................................................164
3.5. Colaboração de interesse público.................................................................................167
3.5.1. Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil...................................169
3.5.2. Escolas confessionais..................................................................................................173
3.5.3. Outros casos práticos..................................................................................................177
3.6. Imunidade tributária...........................................................................................................181
3.6.1. Aspectos gerais de Direito Tributário......................................................................181
3.6.2. ICMS incidente sobre as contas de água, luz, telefone e gás................................185
3.6.3. Devolução de valores pagos indevidamente...........................................................191
3.6.4. Hipóteses de incidência da imunidade religiosa....................................................196
3.6.5. Obrigações acessórias..............................................................................................208
3.7. Ensino religioso.................................................................................................................210
3.8. Casamento religioso com efeitos civis.......................................................................219
3.9. Resumo..........................................................................................................................226

4. Criação e organização administrativa das igrejas.........................................................231


4.1. Etapas para a criação de uma organização religiosa.................................................233
4.2. Membresia......................................................................................................................241
4.2.1. Admissão de menores no rol de membros................................................................246
4.3. Disciplina eclesiástica......................................................................................................248
4.3.1. Não cabe ao Estado interferir na organização interna às igrejas..........................248
4.3.2. Legalidade da exclusão fundada em normas internas.............................................252
4.3.3. Ilegalidade da expulsão desconforme as normas internas........................................257
4.3.4. Necessidade de provas e juízo de retração............................................................265
4.4. Cisão na membresia e divisão dos bens....................................................................266
4.5. Atos que ultrapassam as competências definidas em estatuto..............................268
4.6. Resumo..............................................................................................................................271

5. Legislação trabalhista e previdenciária........................................................................273


5.1. Empregador de tendência ideológica..........................................................................273
5.2. Critérios para o reconhecimento de vínculo empregatício........................................275
5.3. Regra da ausência de emprego entre as igrejas e seus pastores ou membros....277
5.3.1. Desvirtuamento das funções eclesiásticas............................................................284
5.3.2. Remuneração e encargos previdenciários..............................................................295
5.4. Celetistas.........................................................................................................................299
5.5. Autônomos........................................................................................................................299
5.6. Voluntariado......................................................................................................................300
5.7. Assédio moral nas relações laborais..........................................................................305
5.8. Resumo...........................................................................................................................308

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Manual Prático de Direito Religioso

6. Outras questões jurídicas................................................................................................311


6.1. Usucapião...........................................................................................................................311
6.2. Alvará municipal e vistoria do Corpo de Bombeiros.....................................................318
6.3. Incômodo acústico..........................................................................................................321
6.3.1. As igrejas devem obediência aos limites legais.......................................................321
6.3.2. Legitimidade do Ministério Público para propor Ação Civil Pública nesse tema....323
6.3.3. Adequação da igreja no curso da Ação Civil Pública.............................................325
6.3.4. Liminares suspendendo a realização de cultos..........................................................326
6.3.5. Condenação por danos morais......................................................................................331
6.3.6. Crime versus contravenção penal................................................................................338
6.3.7. Manifestação pública contrária ao excesso de ruídos.............................................348
6.4. Direito de reunião em praças e outros locais públicos................................................350
6.5. Execução de músicas e pagamento ao ECAD.............................................................354
6.6. Vistos de religiosos no Brasil.........................................................................................358
6.7. Crimes cometidos em razão de fatores religiosos......................................................359
6.8. Proteção processual e sigilo como testemunha..........................................................362
6.9. Questões de gênero e orientação sexual......................................................................365
6.9.1. Realização de casamentos homoafetivos...................................................................367
6.9.2. Uso de banheiros por travestis e transexuais...........................................................371
6.9.3. Outras dimensões importantes....................................................................................383
6.10. Críticas a condutas pessoais.......................................................................................383
6.11. Indenizações por acidentes nos templos..................................................................388
6.12. Danos morais por crime cometido pelo preposto da igreja.....................................391
6.13. Regra de responsabilidade subjetiva das igrejas....................................................393
6.14. Impenhorabilidade de templo.......................................................................................395
6.15. Desconsideração da personalidade jurídica da igreja..............................................402
6.16. Consultoria jurídica permanente................................................................................406
6.17. Resumo..........................................................................................................................409

Conclusão...............................................................................................................................411

Apêndice – Projetos de Lei......................................................................................................413


a) PL n. 2.979/2015 (item 3.3)...............................................................................................414
b) PL n. 701/2019 (item 3.7)...................................................................................................432
c) PL n. 3.368/2019 (item 5.6)..................................................................................................448
d) PL n. 1a/2019 (item 3.2.8).................................................................................................449
e) PL n. 2b/2019 (item 3.2.8).................................................................................................450
f) PL n. 3c/2019 (item 3.5).......................................................................................................451
g) PL n. 4d/2019 (item 3.6.2).................................................................................................452
h) PL n. 5e/2019 (item 3.6.2).................................................................................................453
i) PL n. 6f/2019 (item 6.2)......................................................................................................454
j) PL n. 7g/2019 (item 6.5)......................................................................................................455
k) PL n. 8h/2019 (item 6.14)....................................................................................................456

Apêndice – Modelos para prestação de serviço religioso voluntário............................457

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

a) Questionário preliminar à prestação de serviço religioso voluntário..........................459


b) Termo de prestação de serviço religioso voluntário.....................................................461
c) Termo de quitação e rescisão do serviço religioso voluntário....................................463

Sobre o autor........................................................................................................................465

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Manual Prático de Direito Religioso

APRESENTAÇÃO
DRA. DAMARES ALVES

Há mais de 20 anos tenho lutado para que as causas de direitos


humanos, incluindo o respeito à vida e à família, sejam reconhecidas e
concretizadas no Brasil. Esse histórico resultou na honra de ser nomeada
Ministra de Estado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.
À frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
empenhamos diversas ações, dentre as quais inúmeras voltadas para a
proteção da pessoa idosa ou com deficiência, para o combate à tortura e ao
trabalho infantil, para o reconhecimento da dignidade das pessoas em situação
de rua... Enfim, temos de uma gama de batalhas com vistas à salvaguarda de
toda a sociedade.
A obra Manual Prático de Direito Religioso: um guia completo
para juristas, pastores, líderes e membros, escrita pelo Dr. Antonio Carlos
Junior, caminha na mesma direção daquilo que temos defendido ao longo do
tempo: precisamos respeitar a liberdade religiosa!
Aliás, o livro aponta uma infinidade de aspectos jurídicos aplicáveis às
organizações religiosas. Isso vai desde a correta compreensão do que seja
Estado laico, passando pelas normas internacionais e ancorando na legislação
brasileira. O leitor encontrará, de fato, tudo o que precisa para reger sua
entidade dentro dos parâmetros legais.
Ainda, merece destaque que todo o estudo necessário para a elaboração
de uma obra dessa envergadura não ficou apenas em aspectos teóricos. Pelo
contrário. A dimensão prática do texto, a partir de casos concretos, ajudará
a todos, mesmo aqueles que não possuem conhecimento jurídico.
Reconheço que o Manual Prático de Direito Religioso é uma incrível
e inédita obra publicada no país sobre o tema. Com isso, faço votos de que
este livro, publicação oportuna e necessária, alcance a população brasileira e
os Poderes da República, ressoando nossa expectativa e desejo de que haja
efetivo respeito à liberdade religiosa.

DAMARES ALVES
Ministra de Estado - Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

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Manual Prático de Direito Religioso

APRESENTAÇÃO
DRA. DELAÍDE ARANTES

Trata-se aqui da difícil e honrosa missão de apresentar aos leitores – e


ao público em geral – uma breve apreciação e, ao mesmo tempo, uma análise
crítica da importante obra Manual Prático de Direito Religioso, destinada
a ser um guia pastores, líderes religiosos, membros de igrejas e juristas.
De início, cabe-me fazer minha apresentação. Meu nome é Delaíde
Alves Miranda Arantes, sou Magistrada Trabalhista, Ministra do Tribunal
Superior do Trabalho (TST). Iniciei minha carreira aos 15 anos como
empregada doméstica no interior de Goiás, em minha cidade natal, Pontalina.
Depois de trabalhar em escritório nos setores do comércio e indústria, militei
por 30 anos na Advocacia Trabalhista antes de assumir a magistratura na
representação da Advocacia em 2011. Fui escolhida no âmbito da OAB
Nacional, do TST e em lista tríplice pelo então presidente Luís Inácio Lula da
Silva, na forma da Constituição Federal, pelo chamado Quinto Constitucional.
Nasci em família católica e me converti aos 15 anos de idade na
Assembleia de Deus, campo do então pastor Jorge Branco de Gouveia,
sediado em Goiatuba, Estado de Goiás. Minha experiência cristã é bastante
rica. Minha condição de dependência de Deus, nosso Criador, faz parte do
meu cotidiano nesses mais de 60 anos de vida e experiência com a cristandade.
Essa que considero a verdadeira religiosidade não depende de nada terreno,
nem de erros ou falhas de seres humanos nesta vida.
Receber o convite para uma breve apresentação desta obra foi um ato
de grande honra por parte do Dr. Antonio Carlos Junior, a mim apresentado
pelo amigo e colega Juiz do Trabalho, Ney Stany Maranhão.
Ao analisar a obra, nessa primeira leitura para o efeito de apresentação,
deparei–me com duas questões que destaco de início. Primeiro, a importância
da pesquisa, do estudo e da elaboração para qualquer processo de discussão.
Não se pode aprofundar, dialogar ou discutir sobre determinado tema sem
primeiro trazê-lo à visibilidade, provocar o interesse e a discussão. Passo
seguinte, destaco a dedicação do autor e seu esforço desmedido em
desvendar, sob sua ótica, a matéria aqui tratada, mesmo ciente de que podem

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

existir outros pontos de vista, diferentes olhares e perspectivas sobre cada


um dos temas em discussão.
Em todo processo de elaboração de uma obra, a primeira preocupação
do autor é sobre a enorme responsabilidade de elaborar, opinar, colocar
seus pontos de vista e opiniões para o mundo. E, no caso presente, percebe-
se de sua leitura que Antonio Carlos Junior foi bastante enfático, assertivo e
claro quanto ao rumo de suas pesquisas e seus pontos de vista e convicções
sobre cada uma das temáticas estudadas.
A obra se reveste de particular importância para a conscientização das
igrejas e de seus dirigentes quanto aos direitos trabalhistas e previdenciários
dos empregados que contratam para a execução dos serviços cotidianos dos
templos e de obras sociais. Faz importante alerta sobre a tênue divisa que
separa a realização do trabalho voluntário e o que se apresenta nos moldes
do artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, aquele em que
se caracteriza a relação de emprego subordinada ao abrigo da CLT.
Ao contrário da época de minha conversão, ocorrida há quase sessenta
anos atrás, hoje os templos religiosos são numerosos. Diversos deles possuem
várias edificações, dependendo de mão de obra assalariada tanto quanto
empreendimentos comerciais ou da indústria. Existe demanda, assim, por um
maior cuidado não só para se evitar passivos trabalhistas, mas também para
que sejam divisados nos dirigentes cristãos comportamentos éticos e de
cumprimento dos deveres e obrigações, para testemunho vivo do Evangelho
e da Palavra de Deus.
Das temáticas discutidas destaco algumas como fundamentais em
qualquer discussão sobre Direito e Religião, tais como liberdade de expressão,
dignidade humana, direito de manifestar a religião, as religiões na Constituição
de 1988, liberdade de crença e proteção aos locais de culto, preconceito
religioso, legislação trabalhista e previdenciária, critérios para o reconhecimento
de vínculo empregatício, emprego entre as igrejas e seus pastores ou membros,
remuneração, encargos previdenciários, celetistas, autônomos, voluntariado,
assédio moral nas relações laborais, consultoria jurídica permanente...
Apresentar uma obra é reconhecer sua importância, magnitude e
essencialidade para estudos e pesquisas na área a que se destina. E, nesse

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Manual Prático de Direito Religioso

ponto, é preciso destacar que este livro é um manual de pesquisa obrigatória


para igrejas, dirigentes religiosos, pastores, membros, juristas, estudantes,
estudiosos e pesquisadores do tema Direito e Religião de um modo geral.
Cumprimento o autor Antonio Carlos Junior pela dedicação e esforço
empenhados na elaboração de tão importante obra para o mundo jurídico e
para a sociedade, o que inclui seus efeitos práticos e de orientação para as
comunidades evangélicas brasileiras.
Parabéns e sucesso com a obra!

DELAÍDE ARANTES
Ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - Coordenadora do Comitê Gestor Nacional
do Programa Trabalho Seguro TST/CSJT

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

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Manual Prático de Direito Religioso

APRESENTAÇÃO
DR. WILLIAM DOUGLAS

Os tempos modernos não deixam qualquer espaço para a ingenuidade


ou o amadorismo. Até as atividades mais simples, mesmo as sem qualquer
fim lucrativo, mesmo as aparentemente sem grandes riscos, demandam
orientação e planejamento jurídicos. Quem dirá a atividade religiosa!
O primeiro interesse, natural entre homens de bem e responsáveis, é
estar em dia com a legislação. Considerando as determinações
neotestamentárias para que respeitem as autoridades, além de orar pelas
mesmas, a intenção de bem cumprir a lei não pode ser vista como algo
secundário. Porém, mesmo que não houvesse esse esperado cuidado, os
tempos modernos exigem prevenção e cuidado. A orientação para sermos
prudentes “como as serpentes” parece nunca ter sido tão atual.
Vivemos tempos estranhos, vivemos tempos de intolerâncias, de
hostilidade, de nervos à flor da pele, tempos de emoções e sentimentos
exacerbados, tudo rodeado de verdadeira perseguição religiosa, cada vez
mais frequente e mais atrevida. Apesar das orientações da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e da Constituição, a liberdade religiosa e a
de opinião e expressão do pensamento estão em constante vilipêndio.
Parte considerável da mídia, das universidades e da classe intelectual e
artística, assim como mais de uma linha ideológica, empreendem campanha de
desmoralização, depredação e ataque sistemático não só aos valores que
construíram a sociedade ocidental, mas em especial à manifestação da fé cristã.
Os ataques externos são sérios, mas não menos graves são os
problemas internos, nos quais os próprios praticantes da fé, além dos que
são lobos e joio, trazem desafios constantes. A fé e as igrejas são atacadas
pelo diabo, pelo mundo... e até mesmo por cristãos imaturos, tudo desaguando
em problemas de toda sorte, entre os quais os jurídicos.
Não são raras decisões discutindo se os pastores têm ou não relação
de emprego celetista, ou avaliando se dízimos e ofertas devem ser devolvidos.
Existem problemas civis, trabalhistas, fiscais e administrativos de toda sorte.
A questão da poluição sonora e do respeito aos dogmas são relevantes e

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

ocupam lugar na aparentemente infinita lista de problemas a serem prevenidos


ou enfrentados.
A ideologia de gênero, o aborto, a criminalização da chamada
homofobia, a presença de símbolos religiosos em lugares públicos, os cultos
em repartições e ao ar livre, tudo isso é assunto que os pastores e lideres
devem estar atentos.
Há uma série de lutas gerais, de ordem nacional e internacional. E há
uma série de questões locais, do dia a dia, como as questões trabalhistas, a
locação dos templos, o exercício de compra e venda de material nas igrejas
e a imunidade tributária. Estas questões frequentam desde os juizados especiais
até o Supremo Tribunal Federal.
Nesse cenário desafiador, nesse verdadeiro cipoal legislativo e político,
a obra que o leitor tem em mãos é um verdadeiro presente, um bálsamo, um
socorro que pode estar presente na hora em que as dúvidas surgirem ou, de
preferência, como orientação profilática, para que a igreja e seus líderes evitem
problemas judiciais. Além de tratar das questões mais amplas, este manual
esmiúça um enorme leque de questões jurídicas do cotidiano dos tribunais e
das organizações religiosas.
O presente Manual é livro necessário e de presença praticamente
obrigatória em igrejas, seminários e bibliotecas, bem como nas mãos de
pastores, líderes, advogados e membros de igrejas interessados em cuidar
bem de qualquer organização religiosa e de seus membros. Também será
livro a ser consultado, quiçá presenteado, a juízes, desembargadores e
ministros, bem como seus assessores, à imprensa e a todos que queiram
conhecer melhor o Direito Religioso.
O autor acumula grande experiência no trato das questões abordadas.
Antonio Carlos da Rosa Silva Junior é cientista jurídico com largo
aprofundamento acadêmico, sendo Doutor e Mestre em Ciência da Religião,
além de ter profícua produção literária no universo jurídico. Além de bacharel
em Direito e Teologia, há tempos estuda e resolve questões jurídicas do
cotidiano das igrejas, o que oferece consistência prática e técnica ao Manual
ora apresentado.
Conhecer bem os direitos e deveres protegerá as igrejas e seus
participantes do erro de não cumprir a lei e do risco não só de consequências

18
Manual Prático de Direito Religioso

por seus eventuais erros, mas também de perseguições injustas. Conhecer


seus direitos e deveres reduzirá drasticamente o perigo que já se mostra bem
delineado: muitos desejam calar as igrejas, calar o Evangelho e limitar a fé a
espaços fechados. Porém, não se engane o leitor: logo após isso ser obtido,
quererão estes perseguidores da fé, tanto humanistas quanto liberais teológicos,
tanto antipatizantes quanto emissários de Satanás, ingressar nos espaços
confessionais, sejam igrejas, sejam escolas, sejam organizações, e nelas impor
uma agenda secular e antibíblica. Apenas um esforço conjunto dos cristãos e
um preparo técnico e espiritual de monta poderão impedir esses planos.
Nesse cenário, repito, esse livro é indicado justamente por abordar
diversas questões jurídicas, sendo manual útil e relevante. Obviamente, o
Direito é por natureza o espaço da dialética, da discordância e do debate,
razão pela qual sempre existirão teses e antíteses, argumentos favoráveis e
contrários. E justamente para lidar com essa realidade, o presente Manual é
bibliografia a ser lida e consultada.

WILLIAM DOUGLAS
Juiz Federal do TRF-2-Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Advocacia (OAB/RJ) -
Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Conferencista e autor de diversos livros
e artigos

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

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Manual Prático de Direito Religioso

INTRODUÇÃO
Testemunhamos momentos nos quais as relações entre Direito e
Religião não passam despercebidas. Antes de completarmos a metade do
ano de 2019 já encontrávamos alguns casos de maior repercussão envolvendo
essas duas esferas.
O primeiro trata da Lei n. 13.796, de 03 de janeiro de 2019, que
expressamente passou a permitir a escusa de consciência (item 3.4) de todos
os alunos do país. Isso significa que, em respeito à liberdade de crença, o
discente pode “ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que,
segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais
atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para
o aluno”, uma prestação alternativa.
A norma veio em excelente hora porque muitos alunos e profissionais
tinham cotidianamente violada a liberdade religiosa, sendo obrigados a realizar
alguma tarefa em dia ou horário incompatível com o exercício da fé. Se para
os alunos a questão – em tese – ficou resolvida, ainda há muito que se avançar,
por exemplo, em relação aos trabalhadores e concurseiros (item 3.2.8).
O segundo, por sua vez, está no julgamento conjunto da Ação Direta
de Inconstitucionalidade por Omissão n. 26 e do Mandado de Injunção n.
4.733 pelo Supremo Tribunal Federal, cujas decisões criminalizaram a
homofobia e a transfobia mesmo sem a existência de lei nesse sentido,
equiparando-as ao racismo. Veremos que apesar de manifestações dos
ministros quanto à proteção da liberdade religiosa, ousamos perceber que,
sem demora, cristãos serão processados sob o argumento de terem excedido
tal liberdade, proferindo o que chamarão de discursos de ódio (item 6.9).
Os debates em torno dessas duas questões, enfrentadas ainda no
primeiro semestre de 2019, nos dão conta da relevância desse livro. De fato,
as leis e suas interpretações dadas pelos juízes e tribunais interferem na prática
da liberdade religiosa. Afinal, como o exercício da fé está amparado ou limitado
por nossa legislação?
Mas será que é realmente importante se debruçar sobre uma obra tão
volumosa a fim de perceber as relações entre o Direito e as Igrejas?

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

Acreditamos que sim, já que os temas aqui discutidos são bastante complexos
e exigem a conjugação de experiências teológicas e jurídicas.
O autor se dedica ao profundo estudo acadêmico, incluindo seu
doutorado em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Desde sua conversão ao protestantismo tem se dedicado a pesquisar, refletir
e propor alternativas em questões que relacionam suas duas esferas de
formação em nível de bacharelado: Direito e Teologia.
Dito isso, é importante propormos uma definição do que vem a ser o
Direito Religioso, matéria recente mas de grande importância para todas as
igrejas. Trata-se de ramo do Direito que investiga e estuda as relações
jurídicas internas e externas às organizações religiosas, bem como as
decorrentes do exercício da fé, propondo que o conjunto legislativo
vigente seja melhor interpretado a partir dos princípios e direitos
constitucionais, especialmente os da dignidade da pessoa humana e da
liberdade religiosa.
Ou seja, é preciso analisar todo o ordenamento jurídico, pinçando
normas, preceitos e valores aplicáveis às igrejas e seus membros. Esse olhar
atento deve se direcionar para todas as esferas do Direito, tais como civil,
criminal, trabalhista, previdenciário, administrativo e processual, buscando
seus enlaces com as organizações religiosas e com a manifestação das crenças.
Aliás, uma organização precisa ser definida como religiosa a partir
da constatação, estatutária e prática, de que seus membros, fiéis e
frequentadores se reúnem em determinado espaço com ânimo de culto, de
exercício da crença, de propagação da fé. Vale, assim, para quaisquer
matrizes, desde que o elemento culto-crença-fé esteja presente.
Nosso principal objetivo, portanto, é enfrentar – de modo bastante
objetivo e prático – os temas que envolvem o Direito Religioso, municiando
dois grandes grupos de pessoas.
A uma, ajudar os juristas, já que a especificidade dos temas dificulta a
análise por parte daqueles que não são especialistas na matéria, inclusive
porque inexistem sequer relances desse tratamento nas faculdades do país. A
duas, auxiliar pastores, líderes e membros das diversas organizações religiosas,

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Manual Prático de Direito Religioso

apontando os melhores caminhos para que as questões cotidianas sejam


decididas com base em fundamentos sólidos.
A linguagem da obra, nesse sentido, não é essencialmente técnica –
mesmo sem perder a capacidade de estabelecer conceitos e institutos –,
porque se destina também aos leigos. Quando ocorrer a citação de decisões
judiciais, por exemplo, não mencionamos apenas a ementa (resumo), mas
exploramos seus fundamentos a partir dos casos reais. Essa didática facilitará
que todo o raciocínio seja acompanhado mesmo por aqueles que não possuem
formação jurídica.
Além disso, a divisão do livro nos seis capítulos apresenta uma linha
pela qual nossos argumentos serão desenvolvidos.
No Capítulo 1 vamos abordar questões de âmbito geral, introdutórias
mesmo, posto que definem Estado laico (conceito erroneamente utilizado
na tentativa de eliminar as religiões da esfera pública) e o aplica às liberdades,
especialmente a de expressão. A partir daí apontamos para a possibilidade
de o Estado dialogar com as organizações religiosas, encerrando com a
discussão sobre a obrigatoriedade de Bíblias nas Câmaras de Vereadores e
em escolas e bibliotecas públicas.
No Capítulo 2 tratamos das normas internacionais, reconhecendo que
o direito à liberdade religiosa é consagrado universalmente. Aliás, parte-se
do pressuposto – inclusive jurídico – de que a religião é um elemento
fundamental para as referências pessoais e comunitárias daqueles que possuem
alguma fé. Nesse sentido, é imprescindível o respeito às liberdades de ter,
não ter, mudar ou manifestar a crença religiosa, ancorando inclusive a autoridade
dos pais nessa matéria. Ainda, importa considerar que mesmo nos diplomas
que admitem, em situações excepcionais, a suspensão de direitos, há proibição
expressa de qualquer obstáculo relacionado a essa liberdade, alçando-a a
um patamar superior.
No Capítulo 3, a seu turno, são enfatizados todos os dispositivos
constitucionais que possuem relação direta e imediata com a esfera religiosa.
Partindo da proteção de Deus estampada no preâmbulo da Carta,
percorremos a liberdade de crença com sua respectiva proteção aos locais
de culto, a prestação de assistência religiosa (popularmente conhecida como

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

capelania), a escusa de consciência, a colaboração de interesse público, a


imunidade tributária, o ensino religioso enquanto disciplina obrigatória nas escolas
públicas de ensino fundamental e, por fim, os efeitos civis do casamento religioso.
Em todos esses casos há ampla discussão de situações práticas, cotidianas
ou não, que afetam as igrejas e o livre exercício da fé. Perguntamos: as contribuições
religiosas precisam ser voluntárias? Como deve ocorrer um procedimento de
disciplina eclesiástica? Há algum tipo de limite ao discordarmos de outras matrizes?
Em que medida é possível a condenação de líderes e membros por preconceito
religioso? Quais são os fundamentos para a colaboração entre as organizações
religiosas e o Estado? Como conquistar a imunidade tributária? Essas e outras
perguntas serão respondidas com detalhes, permitindo o correto planejamento
das atividades da e na igreja.
O Capítulo 4 traz todos os procedimentos necessários para a criação
e a organização das igrejas. A produção de estatutos, regimentos, códigos de
ética e outros documentos internos, bem como seus registros nos órgãos
competentes, são enfatizados minuciosamente. Além disso, questões referentes
à membresia, a exemplo da admissão e da exclusão, inclusive dos menores
de idade, são tratadas a partir de casos concretos julgados no Poder Judiciário,
indicando os caminhos ideais na condução desses processos. Ainda,
ressaltamos a responsabilidade pessoal dos dirigentes por atos que ultrapassem
suas competências definidas em estatuto.
Dada a especificidade legislativa, aspectos trabalhistas e previdenciários
são abordados no Capítulo 5. Isso incluirá discussões sobre a contratação
de pessoal, a regra da inexistência de vínculo empregatício entre pastores e
igrejas – com as exceções postuladas por nossos tribunais –, as diretrizes
quanto à remuneração e aos encargos previdenciários incidentes sobre a
côngrua pastoral, além dos trabalhos autônomos e voluntários. Enfim, toda a
gama de relações laborais, bem como suas consequências previdenciárias e
fiscais, aparece aqui.
O Capítulo 6, também traçado a partir de decisões judiciais, aponta
diversas questões jurídicas que, por alguma razão, não foram abordadas nos
capítulos anteriores ou merecem ainda maior ênfase. Nossa ideia foi justamente
não deixar de fora qualquer aspecto importante para as organizações religiosas.
Os temas reunidos, portanto, se referem à organização das igrejas – sem

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Manual Prático de Direito Religioso

vínculo com as disposições estatutárias –, às situações quotidianas e a


circunstâncias bastante recentes. Aparecem, assim, lições sobre usucapião,
(des)necessidade de alvará municipal, incômodo acústico proveniente dos
cultos ou reuniões, pagamento de direitos autorais ao ECAD, sigilo de
testemunhas, realização de casamentos homoafetivos e identificação e uso
de banheiros por travestis e transexuais. Isso sem falarmos nas dinâmicas
próprias à responsabilidade civil e em nossa defesa pela impenhorabilidade
dos templos.
Aliás, você vai perceber que, vez por outra, alguns temas voltam à
tona. Não é saudável dividir as matérias de forma muito estanque, como se,
por exemplo, a correta interpretação da dignidade humana não tivesse relação
com a possibilidade de discordarmos de outras matrizes (itens 1.2 e 3.2.5).
Ainda, a adoção da disciplina eclesiástica – através da qual as organizações
religiosas instruem, corrigem e até expulsam seus membros – se manifesta
enquanto garantidora da liberdade de crença, está afeta à organização das
igrejas e pode até resultar na convocação de algum líder para que deponha
em processo judicial (itens 3.2.4, 4.2 e 6.8).
Visando contribuir ainda mais, existe um Apêndice com projetos de lei
elaborados pelo autor desta obra tratando de alguns temas do Direito
Religioso. Três deles – 2.979/2015, 701/2019 e 3.368/2019 –, que
regulamentam a capelania prisional (item 3.3), o ensino religioso (item 3.7) e
o voluntariado nas organizações religiosas (item 5.6), já tramitam no Congresso
Nacional e, no caso, estão acompanhados de suas fundamentações posto
que os argumentos acrescem ao que escrevemos no curso do livro (exceto
quanto ao PL n. 3.368/2019). Nos demais projetos dispensamos a inserção
da justificativa porque ela traria justamente o que fixamos aqui.
No outro Apêndice trazemos modelos importantes para a prestação
do serviço religioso voluntário, resguardando a igreja de ações judiciais.
De fato, esperamos que este livro seja amplamente estudado e
consultado, já que se propõe a ser um verdadeiro Manual, completo e prático
nos aspectos que envolvem o Direito Religioso. Completo por atravessar
todos os ramos do Direito que, em alguma medida, interagem com as
organizações religiosas, e por enfrentar ao máximo os temas difíceis e
tormentosos. Prático porque faz esse caminho a partir da realidade enfrentada

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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior

pelas igrejas, de situações concretas julgadas por nossos tribunais, nos


servindo de importante guia para a pavimentação da nossa liberdade.
Finalmente, não poderíamos deixar sem registro nossa imensa gratidão
aos ilustres juristas que apresentaram o livro. Dra. Damares Alves, Dra.
Delaíde Arantes e Dr. William Douglas: suas palavras nos honram e em muito
engradecem esta obra!
Desejamos a todos uma ótima leitura, com votos de que este livro
amplie nosso entendimento sobre temas tão importantes para o livre exercício
da fé.
Que Deus nos abençoe!

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Manual Prático de Direito Religioso

SOBRE O AUTOR

ANTONIO CARLOS DA ROSA SILVA JUNIOR é Doutor e Mestre


em Ciência da Religião (UFJF), Especialista em Ciências Penais (UNISUL)
e em Direito e Relações Familiares (UNIVERSO), e Bacharel em Direito
(UFJF) e em Teologia (CESUMAR). Presbítero na Quinta Igreja Presbiteriana
de Juiz de Fora / MG, há vários anos estuda os possíveis relacionamentos
entre o Estado e as religiões.
Criador do canal Direito e Religião no YouTube e coordenador do
site www.direitoereligiao.com.br, é autor e organizador de vários livros,
dentre os quais se destacam:
1) “Direito e Cristianismo: temas atuais e polêmicos” (Betel, 2ª edição,
2014);
2) “Deus na prisão: uma análise jurídica, sociológica e teológica da
capelania prisional” (Betel, 2ª edição, 2015);
3) “Como anunciar o evangelho entre os presos: teologia e prática da
capelania prisional” (Ultimato, 2016), em coautoria com Cristiano Franco e
Elben César;
4) “Direito e Cristianismo: novos desafios” (Betel, 2017);
5) “Drogas: orientações práticas sobre legalização e auxílio a
dependentes” (AD Santos, 2017);
6) “O que você precisa saber sobre capelania: um manual para elaborar,
implantar e revisar seu projeto de assistência religiosa” (RTM, 2018);
7) “Ensino religioso: o que nossos filhos têm a ver com isso” (Betel,
2019); e
8) “Sigilo religioso: um manual jurídico e eclesiástico” (Betel, no prelo),
em coautoria com o bispo Abner Ferreira.

E-mails
acarlos_juridico@yahoo.com.br
contato@direitoereligiao.com.br

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