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MANUAL PRÁTICO
DE DIREITO RELIGIOSO
UM GUIA COMPLETO PARA JURISTAS, PASTORES, LÍDERES E MEMBROS
2019
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
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Manual Prático de Direito Religioso
SUMÁRIO
Apresentações
. Dra. Damares Alves...................................................................................................................11
. Dra. Delaíde Arantes.............................................................................................................13
. Dr. William Douglas................................................................................................................17
Introdução....................................................................................................................................21
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
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Manual Prático de Direito Religioso
Conclusão...............................................................................................................................411
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
Sobre o autor........................................................................................................................465
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Manual Prático de Direito Religioso
APRESENTAÇÃO
DRA. DAMARES ALVES
DAMARES ALVES
Ministra de Estado - Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
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Manual Prático de Direito Religioso
APRESENTAÇÃO
DRA. DELAÍDE ARANTES
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
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Manual Prático de Direito Religioso
DELAÍDE ARANTES
Ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - Coordenadora do Comitê Gestor Nacional
do Programa Trabalho Seguro TST/CSJT
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Manual Prático de Direito Religioso
APRESENTAÇÃO
DR. WILLIAM DOUGLAS
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Manual Prático de Direito Religioso
WILLIAM DOUGLAS
Juiz Federal do TRF-2-Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Advocacia (OAB/RJ) -
Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Conferencista e autor de diversos livros
e artigos
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
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Manual Prático de Direito Religioso
INTRODUÇÃO
Testemunhamos momentos nos quais as relações entre Direito e
Religião não passam despercebidas. Antes de completarmos a metade do
ano de 2019 já encontrávamos alguns casos de maior repercussão envolvendo
essas duas esferas.
O primeiro trata da Lei n. 13.796, de 03 de janeiro de 2019, que
expressamente passou a permitir a escusa de consciência (item 3.4) de todos
os alunos do país. Isso significa que, em respeito à liberdade de crença, o
discente pode “ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que,
segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais
atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para
o aluno”, uma prestação alternativa.
A norma veio em excelente hora porque muitos alunos e profissionais
tinham cotidianamente violada a liberdade religiosa, sendo obrigados a realizar
alguma tarefa em dia ou horário incompatível com o exercício da fé. Se para
os alunos a questão – em tese – ficou resolvida, ainda há muito que se avançar,
por exemplo, em relação aos trabalhadores e concurseiros (item 3.2.8).
O segundo, por sua vez, está no julgamento conjunto da Ação Direta
de Inconstitucionalidade por Omissão n. 26 e do Mandado de Injunção n.
4.733 pelo Supremo Tribunal Federal, cujas decisões criminalizaram a
homofobia e a transfobia mesmo sem a existência de lei nesse sentido,
equiparando-as ao racismo. Veremos que apesar de manifestações dos
ministros quanto à proteção da liberdade religiosa, ousamos perceber que,
sem demora, cristãos serão processados sob o argumento de terem excedido
tal liberdade, proferindo o que chamarão de discursos de ódio (item 6.9).
Os debates em torno dessas duas questões, enfrentadas ainda no
primeiro semestre de 2019, nos dão conta da relevância desse livro. De fato,
as leis e suas interpretações dadas pelos juízes e tribunais interferem na prática
da liberdade religiosa. Afinal, como o exercício da fé está amparado ou limitado
por nossa legislação?
Mas será que é realmente importante se debruçar sobre uma obra tão
volumosa a fim de perceber as relações entre o Direito e as Igrejas?
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Antonio Carlos da Rosa Silva Junior
Acreditamos que sim, já que os temas aqui discutidos são bastante complexos
e exigem a conjugação de experiências teológicas e jurídicas.
O autor se dedica ao profundo estudo acadêmico, incluindo seu
doutorado em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Desde sua conversão ao protestantismo tem se dedicado a pesquisar, refletir
e propor alternativas em questões que relacionam suas duas esferas de
formação em nível de bacharelado: Direito e Teologia.
Dito isso, é importante propormos uma definição do que vem a ser o
Direito Religioso, matéria recente mas de grande importância para todas as
igrejas. Trata-se de ramo do Direito que investiga e estuda as relações
jurídicas internas e externas às organizações religiosas, bem como as
decorrentes do exercício da fé, propondo que o conjunto legislativo
vigente seja melhor interpretado a partir dos princípios e direitos
constitucionais, especialmente os da dignidade da pessoa humana e da
liberdade religiosa.
Ou seja, é preciso analisar todo o ordenamento jurídico, pinçando
normas, preceitos e valores aplicáveis às igrejas e seus membros. Esse olhar
atento deve se direcionar para todas as esferas do Direito, tais como civil,
criminal, trabalhista, previdenciário, administrativo e processual, buscando
seus enlaces com as organizações religiosas e com a manifestação das crenças.
Aliás, uma organização precisa ser definida como religiosa a partir
da constatação, estatutária e prática, de que seus membros, fiéis e
frequentadores se reúnem em determinado espaço com ânimo de culto, de
exercício da crença, de propagação da fé. Vale, assim, para quaisquer
matrizes, desde que o elemento culto-crença-fé esteja presente.
Nosso principal objetivo, portanto, é enfrentar – de modo bastante
objetivo e prático – os temas que envolvem o Direito Religioso, municiando
dois grandes grupos de pessoas.
A uma, ajudar os juristas, já que a especificidade dos temas dificulta a
análise por parte daqueles que não são especialistas na matéria, inclusive
porque inexistem sequer relances desse tratamento nas faculdades do país. A
duas, auxiliar pastores, líderes e membros das diversas organizações religiosas,
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SOBRE O AUTOR
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contato@direitoereligiao.com.br
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