periodicidade MENSAL

Ano XLIV • Nº 337 - 2023

 Leia nesta edição

IPESI METAL MECÂNICA

ANO XLIV - REVISTA N°715 - EDIÇÃO Nº 337 - JANEIRO - 2023

Revistas

Re­da­ção:
Editor-geral
Franco Hiroyoshi Tanio - MTb 15.353
redacaomm@ipesi.com.br

COLABOROU NESTA EDIÇÃO:

Alberto Mawakdiye - MTb 13.190
alberto@ipesi.com.br

AD­MI­NIS­TRA­ÇÃO:
Wagner Rodrigues da Silva
adm@ipesi.com.br

OPE­RA­ÇÕ­ES:
COMÉRCIO EXTERIOR
ikeda@ipesi.com.br
04 A indústria brasileira perdeu espaço considerável até no mercado doméstico.
Segundo o estudo Coeficientes de Abertura Comercial (CAC), a indústria
ATEN­DI­MEN­TO AO CLIENTE:
Fone: (11) 3862-9849
nacional teve em 2021 a maior perda de participação no mercado doméstico
Endereço: Rua Fábia, 415 - CEP 05051-030 desde 2003, quando foi iniciada a série histórica. A participação dos bens
Vila Romana - São Paulo - SP - Brasil importados no consumo aparente registrou 24,8%, com aumento
www.ipesi.com.br - mktipesi@ipesi.com.br
de 1,4 ponto percentual em relação à edição anterior

REPRESENTANTE - EUROPA:
Christian Hölscher
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christian.hoelscher@elektronikpro.de 06 Vários parceiros estão reunidos em torno de um projeto financiado pela
www.elektronikpro.de Embrapii, que tem como foco o desenvolvimento de pesquisas e estudos
em processos para o uso de compósitos com fibra de carbono destinados
REPRESENTANTE - TAIWAN à aplicação em iniciativas de mobilidade elétrica urbana, envolvendo
JK Media CO. veículos capazes de se moverem não somente na horizontal, mas
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também na vertical. O projeto é coordenado pelo IPT
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Mobile: 0931255121
MANUFATURA ADITIVA
 E-mail: leon@jkmedia.com.tw
08
O Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transporte
(LaMFET), da Ufes, cria conceitos, projetos e patentes de dispositivos, que
PRO­DU­ÇÃO GRÁFICA e ARTE: possibilitam o estudo de processos de completação e produção e lidam
Antonio Manuel Ferreira
producao@ipesi.com.br com os desafios da atividade realizada abaixo do fundo dos oceanos.
Usando a impressão 3D, o laboratório desenvolve projetos
FOTOGRAFIA:
e conhecimento técnico para a indústria do petróleo
Izil­da Fran­ça Mo­rei­ra

IPESI Metal Mecânica - ISSN 0103-0299 10 INDÚSTRIA AUTOMOTIVA 26 ENERGIA

• Não é permitida a reprodução das matérias 14 AUTOMOBILISMO 30 NEGÓCIOS

publicadas sem prévia autorização dos editores.
• As opiniões expressas nesta edição são de responsabilidade dos autores, 16 MOBILIDADE 32 EVENTOS
não sendo necessariamente a opinião da IPESI METAL MECÂNICA.
As REVISTAS IPESI não se responsabilizam pelo conteúdo
17 TRANSPORTES 34 ARTIGO JURÍDICO
dos anúncios, incluindo textos, marcas e imagens,
estes são estritamente responsabilidade dos anunciantes.
20 MEIO AMBIENTE 37 REGISTRO

Preço de exemplar avulso: R$ 42,00 + Despesas Postais 22 LOGÍSTICA 41 PES

24 ROBÓTICA 42 ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 


Invasão estrangeira
A participação de produtos importados no mercado brasileiro atingiu o nível mais
alto da série histórica, tendo alcançado a marca de 24,8% em 2021
Um estudo produzido pela
Confederação Nacional da Indústria
(CNI) em parceria com a Fundação
Centro de Estudos de Comércio
Exterior (Funcex) aponta que a
indústria brasileira perdeu espa-
ço considerável até no mercado
doméstico.
De fato, segundo o estudo
Coeficientes de Abertura Comercial
(CAC), referente ao período que vai
até 2021, a indústria nacional teve
neste último ano a maior perda de
participação para outros países
no mercado interno doméstico
desde 2003, quando foi iniciada
a série histórica.
A análise, divulgada pela CNI
no último mês de dezembro, mede
o grau de integração da indús-
tria brasileira com o comércio
internacional por meio de quatro
coeficientes, dois que avaliam as
exportações e dois que medem a
participação das importações no
mercado brasileiro.
O destaque desta última edição
 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Comércio exterior
IMPORTAÇÕES
Alberto Mawakdiye
do estudo é o resultado preocupan-
te do Coeficiente de Penetração das
Importações, que mede a participa-
ção dos bens importados no consu-
mo aparente, ou seja, tudo o que é
produzido internamente, com exce-
ção do que é exportado, adicionado
aos bens que são importados.
Em 2021, este indicador registrou
a marca de 24,8%, com aumento de
1,4 ponto percentual em relação à
edição anterior da análise, de 2019,
quando atingiu 23,4%. O valor
de 2021, que cobriu boa parte do
período da pandemia de covid-19,
marcou um novo recorde da série.
“O estudo é prova cabal da baixa
competitividade brasileira em rela-
ção aos concorrentes estrangeiros.
Quando a competitividade é baixa,
as empresas enfrentam dificulda-
des para competir tanto no merca-
do doméstico como no externo.”
Renato da Fonseca, superin-
tendente de Desenvolvimento
Industrial da CNI
Câmbio - O mais grave é que
o crescimento do Coeficiente de
Penetração das Importações ocor-
reu mesmo com a desvalorização
do real.
O fenômeno pode ser explica-
do, de acordo com o estudo, pela
usual defasagem da resposta da
taxa de câmbio à quantidade de
bens importados, e ainda pela reto-
mada do consumo e da produção,
em alguns segmentos baseada em
produtos com maior conteúdo de
importados, como o farmoquímico
e o farmacêutico - cujo volume de
produção cresceu muito em função
dos desafios da pandemia.
Juntos, esses dois setores foram
o que apresentaram a maior alta no
coeficiente, com elevação expres-
siva de 13,6 pontos, na comparação
com o período anterior, e alta de
80,1% no valor importado no perí-
odo ora em foco.
“Sem dúvida, a necessidade de
maior oferta de medicamentos e de
vacinas para o enfrentamento da
pandemia foi um fator que motivou
o crescimento do coeficiente de
penetração das importações. Mas
é importante destacar que inde-
pendentemente desse setor, há uma
tendência de crescimento geral da
participação dos importados no
mercado brasileiro.”
Fonseca, da CNI
 Quedas - De qualquer modo,
entre 2019 e 2021, o coeficiente de
penetração das importações apre-
sentou redução em 10 setores, com
destaque para outros equipamentos
de transporte (-27,8 p.p.); máqui-
nas e equipamentos (-3,3 p.p.);
vestuário e acessórios (-2,3 p.p.);
e couros e calçados (-2,2 p.p).
Já as maiores altas, além dos seg-
mentos farmacêutico e farmoquími-
co, foram registradas pelos têxteis
(+2,8 p.p.), máquinas e materiais
elétricos (+2,7 p.p.) e metalurgia
(+2,2 p.p.).
Paralelamente à participação de
produtos acabados do exterior, o
Coeficiente de Insumos Industriais
Importados, em movimento simi-
lar, também cresceu. O indicador,
que avalia a participação dos insu-
mos importados no total de insumos
industriais utilizados pela indústria
de transformação brasileira, regis-
trou crescimento de 22,7%, no estu-
do de 2019, para 24,3% em 2021,
aumento de 1,6 ponto percentual.
Já o Coeficiente de Exportação,
que mede a importância do mercado
externo para a indústria brasileira,
registrou uma relativa estabilidade
em relação aos últimos dois anos.
O aumento das exportações tem
acompanhado proporcionalmente
o crescimento na produção, e o
coeficiente praticamente não sofreu
alterações: aumentou de 18,5%, em
2019, para 18,6%, em 2021.
Parte significativa dos setores
registrou aumento da participação
das exportações em sua produção:
entre os 23 setores avaliados, 14
tiveram aumento no coeficiente de
exportações e 9 tiveram declínio, na
comparação entre 2021 e 2019.
O setor de alimentos, que tra-
dicionalmente tem maior coefi-
ciente de exportação na indústria
brasileira, registrou também o
maior crescimento, com aumento
de 5 p.p. na produção destinada
ao mercado externo do setor, pas-
sando de 23,3%, em 2019, para
28,3% em 2021.
Balança - Por seu turno, diante
da estabilidade do coeficiente de
exportação e do crescimento do con-
sumo de insumos industriais impor-
tados, o Coeficiente de Exportações
Líquidas, que mostra a diferença
entre a receita com exportações e
o gasto com insumos industriais
importados, caiu em 2021.
A diminuição compensou o cres-
cimento registrado em 2020, man-
tendo a tendência de queda iniciada
em 2017. O indicador, então, dimi-
nuiu de 8,7%, em 2019, para 8,3%
em 2021, uma redução de 0,4 pon-
tos percentuais.
O indicador acima de zero revela
que a indústria é mais vulnerável a
uma valorização da moeda domés-
tica do que a uma desvalorização,
mas o resultado é diferente para
cada setor.
Os de Madeira e Couros e de
Calçados, por exemplo, mantiveram
os maiores coeficientes de expor-
tações líquidas, se distanciando
dos demais setores ao registrarem
aumento de 7,2 p.p. e 5,4 p.p., res-
pectivamente, entre 2019 e 2021.
Máquinas - E o processo aparen-
temente continua. Um dos setores
industriais que apresentou grande
crescimento no volume de importa-
ções no ano passado foi, por exem-
plo, o de máquinas e equipamentos,
um dos mais estratégicos da eco-
nomia: alta de 13% apenas no acu-
mulado de janeiro a outubro, totali-
zando US$ 20,4 bilhões, diante dos
US$ 18 bilhões apurados no mesmo
período de 2021.
China, Estados Unidos, Alemanha
e Itália lideraram o ranking entre as
principais origens das importações,
sendo que, no acumulado de janeiro
a outubro, as importações vindas da
China cresceram 22,7%, passando
a representar 27,2% das máquinas
importadas adquiridas pelo Brasil.
No acumulado do ano, o cres-
cimento das importações atingiu
todas as atividades, com o maior
crescimento percentual ocorrendo
na importação de máquinas para a
agricultura (50%).
No entanto, no mês de outu-
bro, de acordo com números levan-
tados pela Associação Brasileira
dos Importadores de Máquinas
e Equipamentos Industriais
(Abimei), 5 de um total de 8
segmentos registraram queda nas
importações de máquinas e equipa-
mentos, destacando-se a indústria
de transformação (21,6%), petró-
leo e energia renovável (35,3%) e
componentes (4,3%).
Houve, porém, em outubro, regis-
tro de aumento nas importações de
máquinas para os setores de logísti-
ca e construção civil (3,8%), máqui-
nas agrícolas (11,4%) e máquinas
para bens de consumo (15,7%).
Já no acumulado do ano, o cres-
cimento das importações atingiu
todas as atividades, com o maior
crescimento percentual ocorrendo
na importação de máquinas para a
agricultura (50%).
“É interessante notar que esse
aumento das importações de máqui-
nas em 2022, mesmo sem o ano
totalmente fechado, aconteceu com
o mercado financeiro sinalizando
em janeiro que teríamos um PIB
igual a 0 ou talvez negativo. A
alta sem dúvida colaborou bastante
para a perspectiva de aumento do
PIB, cuja previsão foi aumentando
ao longo dos meses, até agora a
previsão de um PIB acima de 3%.”
Paulo Castelo Branco, econo-
mista e presidente da Abimei
Para o economista, os dados sina-
lizam que os investimentos foram
grandes, implicando no aumento
de produção nacional e na regio-
nalização de produção em função
da nacionalização de produtos que
antes eram importados.
Segundo ele, prova disso é que
muitas empresas vêm tentando
fabricar no Brasil produtos antes
importados, nas áreas de eletro-
eletrônica, automobilística, linha
branca, utilidades domésticas,
implementos rodoviários, entre
outros segmentos.
Castelo Branco avalia que o
aumento das importações de máqui-
nas e equipamentos de maneira
nenhuma é um mal. Pelo contrário,
ele vê importante para o movimento
de retomada da produção fabril no
país, que deve crescer ainda mais
nos próximos anos, fortalecendo o
ora embrionário processo de rein-
dustrialização.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 

Desenvolvimento
compartilhado
IPT e parceiros desenvolvem projeto de novos materiais
para veículos elétricos urbanos do futuro
Diversos parceiros estão reuni-
dos em torno de um projeto finan-
ciado pela Embrapii que tem como
foco o desenvolvimento de pesqui-
sas e estudos em processos para o
uso de compósitos com fibra de
carbono destinados à aplicação em
iniciativas de mobilidade elétrica
urbana, ou seja, de veículos capa-
zes de se moverem não somente
na horizontal, mas também com
movimento vertical.
O projeto é uma parceria iné-
dita, que alia empresas de dife-
rentes setores: ele é coordena-
do pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) no Laboratório
de Estruturas Leves, responsável
pela execução da pesquisa, elabo-
ração e caracterização da matéria-
prima dos demonstradores (peças
conceito do produto final), além
da gestão das atividades.
A Embraer contribuirá com sua
expertise em compósitos e design
de produtos, e a Maxion Structural
Components (MSC) com sua espe-
cialidade no desenvolvimento de
processos produtivos de alta cadên-
cia para o setor de mobilidade.
O projeto deve proporcionar
uma evolução tecnológica para
todas as diferentes cadeias pro-
dutivas envolvidas, cujas com-
petitividades aumentam quando
 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Materiais
Divulgação
Tanila Faria: aplicações
de compósitos à base de fibra
de carbono são abrangentes
há o domínio de produção de
estruturas leves e que favorecem
a produção em grande escala
Além deles, o projeto conta com
a participação da startup Subiter,
especializada em inspeções não
destrutivas de compósitos por
infravermelho.
Iniciado em agosto de 2022 e
com duração de 30 meses, o pro-
jeto conta com um investimen-
to total de aproximadamente R$
2,5 milhões e proporcionará uma
evolução tecnológica para todas
as diferentes cadeias produtivas
envolvidas, cujas competitivida-
des aumentam quando há o domí-
nio de produção de estruturas
leves e que favorecem a produção
em grande escala.
“Embora as aplicações de com-
pósitos à base de fibra de carbono
sejam abrangentes e potencialmen-
te úteis a muitas outras indústrias,
hoje elas estão concentradas no
desenvolvimento e construção de
estruturas aeronáuticas, artigos de
defesa e peças automobilísticas,
que sedimentam o conhecimen-
to para que futuramente pos-
sam beneficiar outros segmen-
tos, como petróleo e gás, naval,
saúde, lazer, infraestrutura, gera-
ção e transporte de energia elé-
trica e eólica”, comenta Tanila
Faria, engenheira de Materiais
Compósitos do Desenvolvimento
Tecnológico da Embraer.
O projeto poderá gerar impactos
na mobilidade, como a inserção
de novas tecnologias de compósi-
tos, que viabilizarão a redução de
impactos ambientais, favorecendo
a produção de veículos elétricos e
autônomos e também melhorando
processos de produção com novos
materiais e metodologias.
“O desenvolvimento colaborati-
vo já faz parte da nossa cultura de
inovação. Com esse projeto vamos
unir o profundo conhecimento da
Embraer no uso de fibra de car-
bono com a nossa capacidade de
produção rápida, desenvolvida em
outros projetos com o IPT”, afirma
Marco Tulio Ricci, diretor-global
de Inovação da MSC.
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 Manufatura aditiva

Protótipos impressos
para a indústria
do petróleo
Manufatura aditiva ajuda Universidade Federal do Espírito Santo a criar
novos conceitos e projetos para a indústria de óleo e gás

Divulgação
A manufatura aditiva, também
chamada de impressão 3D, vem
obtendo sucesso em diversos seg-
mentos da economia, e um dos mais
importantes é o da indústria de óleo
e gás, ajudando a superar inúmeros
desafios técnicos e de engenha-
ria e auxiliando na obtenção de
conhecimento para a produção em
zonas de pré-sal e em novos poços
de petróleo e gás. É nesse contex-
to que o Laboratório de Métodos
Experimentais em Fenômenos
de Transporte (LaMFET), da
Universidade Federal do Espírito
Santo (Ufes), vem trabalhando para
criar conceitos, projetos e patentes Peças e protótipos criados pela Ufes com
o uso de impressora 3D
de dispositivos que possibilitam
o estudo de processos de comple-
tação e produção e lidam com os co para a indústria do petróleo. quisa que dispomos. Para isso, pre-
desafios desta importante atividade Desenvolvemos peças especiais a cisamos produzir protótipos destas
realizada a muitos metros abaixo partir de conceitos, que são uti- peças especiais que serão utili-
do fundo dos oceanos. lizadas em experimentos desen- zadas nos experimentos, e temos
“O LaMFET desenvolve pro- volvidos em nosso laboratório de feito isso com o uso de manufa-
jetos e conhecimento técni- acordo com os convênios de pes- tura aditiva. Dispomos atualmente

 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

da impressora 3D Objet 30Pro,
da Stratasys”, conta o professor
Bruno Venturini Loureiro, coor-
denador do Laboratório da UFES.
“Uma vez que os conceitos são
validados, dispositivos e processos
podem seguir para proteção de pro-
priedade intelectual.”
No Brasil, as impressoras da
Stratasys são comercializadas pela
LWT Sistemas.
Velocidade e praticidade
- O coordenador explica que o
LaMFET trabalha com projetos de
longa duração, e cada peça criada
tem uma história, uma complexida-
de, um grande estudo por trás que
possibilita o nascimento de deter-
minado protótipo. “A utilização da
manufatura aditiva nos permitiu
ter mais agilidade e praticidade.
Trabalhamos no desenvolvimen-
to dos conceitos, que geram os
produtos ou conhecimento técnico
almejado. Estes poderão ser utili-
zados pela indústria de óleo e gás
a partir do avanço da maturidade
tecnológica. A manufatura aditiva
acelerou a construção de peças que
normalmente a usinagem não con-
seguiria”, ressalta Loureiro.
A aplicação da manufatura adi-
tiva utilizando resinas fotopolime-
rizáveis a partir da Objet 30Pro
trouxe ao LaMFET um ganho
substancial em velocidade e prati-
cidade na produção das peças espe-
ciais. Anteriormente, o laboratório
dependia de fornecedores específi-
cos, dentro do setor de usinagem,
capazes de produzir as peças nas
especificações corretas. Era uma
tarefa que demandava muito mais
tempo, já que, além da necessidade
de encontrar fornecedores capaci-
tados e disponíveis, até por conta
do baixo volume envolvido, ainda
era necessária toda uma negociação
de prazo de entrega e a tramitação
burocrática de contratação.
“A manufatura aditiva facilita
imensamente a produção dessas
peças. Ao dispensar a busca de
fornecedores externos, ganhamos
mais agilidade e capacidade para a
realização de testes dos diferentes
protótipos de peças, pela possibili-
dade de trabalharmos com diversos
tipos de resinas”, afirma Loureiro.
Como essas peças, em estudo pre-
liminar de validação de conceito,
serão utilizadas no transporte de
fluidos em pressão da ordem de
12 bar, essas peças não podem
ser porosas. “A possibilidade de
trabalhar com diferentes materiais
é essencial para o nosso trabalho
e as resinas Stratrasys disponíveis
para impressora Objet 30Pro nos
dá a possibilidade de testar aquele
material que é mais adequado para
a aplicação que estivermos desen-
volvendo”, observa.
Motivação - Conforme o traba-
lho dos pesquisadores do LaMFET
é realizado, chega-se inevitavel-
mente à etapa em que um protó-
tipo da peça deve ser produzido,
para viabilizar os experimentos do
laboratório, e para que as peças
embasem os novos conceitos e pro-
dutos propostos para a solução de
problemas específicos. São desa-
fios relacionados ao transporte de
óleo e gás realizado em diferentes
processos da indústria de petróleo,
e é nesta etapa que entra o trabalho
da manufatura aditiva.
A impressora foi selecionada pelo
LaMFET devido a quatro impor-
tantes motivos. Sob o aspecto da
tecnologia, a impressora é capaz de
trabalhar com diferentes tipos de
resinas, dentre elas a fotopolimeri-
zável, que permite uma impressão
com resolução típica de processo
de fabricação mecânica, com exce-
lente acabamento superficial, além
de ser capaz de produzir peças com
paredes sólidas impermeáveis, ao
contrário das peças produzidas por
impressão de filamento, que são
porosas.
“A impressão de peças com
essas características é importante
pois serão utilizadas em tubulações
nas montagens experimentais, que
envolvem escoamento de fluidos,
e que precisam passar por valida-
ção”, explica Loureiro.
Outro diferencial são as proprie-
dades mecânicas das resinas. As
resinas fornecidas pela Stratasys
possuem controle de qualidade e
propriedades mecânicas conheci-
das, o que facilita o dimensiona-
mento mecânico das peças, e, con-
sequentemente, sua aplicação. “A
manufatura aditiva destas peças nas
aplicações de P&D do LaMEFT vai
além da validação conceitual dos
projetos e desenhos produzidos, ao
permitir o teste mecânico destas
peças. Peças complexas podem ser
fabricadas com razoável facilidade
quando comparadas à fabricação
por métodos convencionais”, afir-
ma o coordenador.
A variedade de resinas e supor-
tes é outro ponto que contribui
para o bom desenvolvimento das
peças. As cores e característi-
cas das resinas disponíveis para
serem usadas pela Objet 30Pro
permitem boa liberdade aos pro-
jetos, e os suportes solúveis em
água facilitam a produtividade e
limpeza das peças.
Além disso, a Objet 30Pro pro-
porciona um volume de impressão
que é compatível com boa parte
das peças necessárias aos proje-
tos desenvolvidos pelo laboratório
da Ufes. Quando as peças pos-
suem dimensionamento superior,
o LaMEFT desenvolve o projeto
de forma que as peças possam ser
montadas mecanicamente, sempre
otimizando o uso de resina e supor-
te para impressão.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 
 Indústria automotiva

Alta discreta
Produção de caminhões em 2022 supera as 160 mil unidades,
volume apenas 1,9% maior do que o de 2021. As exportações
garantiram esse crescimento

Alberto Mawakdiye

Balanço divulgado pela Mas a regularização parcial no postergar a compra do primeiro

Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea) mostra
que a produção de caminhões em
2022 somou 161,8 mil unidades,
registrando uma discreta alta de
1,9% sobre 2021.
De acordo com a entidade, o
crescimento foi puxado principal-
mente pelas exportações, mas com
uma ajuda do mercado interno, que
sustentou um satisfatório volume de
vendas de modelos semileves (de
3,5 t a 6 t) e semipesados (até 45 t).
“Dadas as condições difíceis
que as montadoras enfrentaram
em 2022, o resultado foi até que
muito bom”, afirma o vice-pre-
sidente da Anfavea, Gustavo
Bonini.“Houve dificuldade de
trazer alguns componentes, espe-
cialmente os semicondutores, mas
mais uma vez o esforço das equi-
pes de logística das montadoras foi
suficiente para manter as linhas de
montagem abastecidas.”
Segundo ele, devido a este pro-
blema, no primeiro semestre do
ano passado a produção de cami-
nhões acumulava queda de quase
4%, apesar da procura aquecida.
fornecimento de chips, somada ao
empenho das fábricas, permitiu
que a produção terminasse o ano
no positivo.
A antecipação de compras
também ajudou na retomada do
segundo semestre. Alguns frotis-
tas adquiriram novos veículos em
2022 como forma de fugir dos
reajustes das linhas 2023, que por
serem menos poluentes, devido à
entrada da tecnologia Euro 6 de
controle de emissões, vão custar
cerca de 15% a mais.
No entanto, justamente devido a
essas injunções ambientais e tec-
nológicas, a perspectiva para os
fabricantes de caminhões não é
muito animadora para 2023, bem
pelo contrário. A projeção é de uma
produção de 131 mil caminhões,
com uma queda de 19% na compa-
ração com 2022.
“Na verdade, em anos como
este de 2023, em que ocorre uma
mudança de fase no processo de
controle de emissões, a queda é
algo esperado”, explica Bonini.
“Assim como alguns clientes
anteciparam a renovação em
2022, há também aqueles que vão
para o segundo semestre de 2023
ou para mais além”.
Pesados - Os caminhões pesa-
dos foram o destaque na pauta de
exportações das montadoras bra-
sileiras em 2022, que garantiram o
crescimento da produção do setor.
De janeiro a dezembro o Brasil
exportou 25,4 mil caminhões, ano-
tando alta de 12,1% sobre 2021.
O maior volume de vendas deu-se
justamente no segmento de cami-
nhões pesados, 14,2 mil ao todo, e
mais de 55% do total.
Mas a projeção da Anfavea para
as vendas externas de caminhões
este ano também não é muito oti-
mista: um volume de 23 mil cami-
nhões, com queda de 9,4%.
Já no mercado interno, em todo o
ano de 2022, foram licenciados no
Brasil 126,6 mil caminhões, levando
assim a uma pequena queda de 1,6%
na comparação com o ano anterior.
Segundo Bonini, as vendas para
o transporte de grãos e a mine-
ração movimentaram o setor no
país. Para o ano que se inicia, a
projeção da Anfavea é de 112
mil caminhões comercializados,
com uma queda de 11,5%.

10 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

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 Indústria automotiva

Fábrica atualizada
Linha de produção da GM em
São Caetano do Sul tem 274 novos
robôs e prensa de 18 m de altura

Divulgação
de largura e 18 metros de altura,
sendo sete deles no subsolo. A
nova prensa tem capacidade para
estampar até 30 mil peças ao dia,
como capô, para-lamas, portas e
tampa traseira. Este volume repre-
senta duas vezes mais do que
modelos tradicionais de geração
anterior, consumindo aproximada-
mente metade da energia elétrica.
Aliás, importante foco da refor-
mulação foi o aumento dos índi-
ces de sustentabilidade nos mais
Fábrica tem 4 mil m² de novas instalações
variados processos.
Outra novidade é o carrinho
O complexo industrial da General Motors em São Caetano autônomo específico para o
do Sul (SP) passou por atualizações para a produção da Nova transporte de peças de grande
Montana, começa a chegar às concessionárias Chevrolet de todo porte, que foi desenvolvido pela
país a partir de meados de fevereiro. As obras para receber a pica- própria GM no Brasil. Tudo isso
pe levaram mais de um ano para ficar prontas e foram executadas permitiu que a fábrica de auto-
em etapas, no intuito de evitar prolongadas interrupções na linha, móveis há mais tempo em ope-
que já montava o Tracker e o Spin. ração no país, com mais de nove
A fábrica recebeu 4 mil m² de novas instalações. Isso permitiu décadas de história, se transfor-
uma completa readequação do fluxo fabril, que tem cerca de masse numa das mais modernas
quatro quilômetros de extensão e onde operam 274 novos robôs, e competitivas do mundo.
elevando o nível de automação e a segurança dos operadores. Tanto a atualização da fábrica
Além disso, foi instalada uma espécie de scanner no fim da linha de São Caetano do Sul como o
que faz a conferência da montagem da carroceria usando um desenvolvimento da Nova Montana
protocolo de inteligência artificial. fazem parte do atual ciclo de inves-
A principal novidade, porém, foi a instalação da mais rápida timento de R$10 bilhões da empre-
prensa da GM nas Américas. Apenas esta máquina ocupa quase sa a ser aplicado até meados da
um quarteirão. São 96 metros de comprimento, por 12 metros década no país.

12 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

 Automobilismo

Brasil receberá corrida

pela primeira vez
Mouser apoia a DS Penske Formula E; no Brasil uma
etapa ABB FIA Formula E World Championship será
realizada pela primeira vez em São Paulo

A Mouser Electronics, Inc., uma das líderes globais na intro-

dução de novos produtos que fortalecem a inovação, apoia o
grupo Penske Autosport e à recém-formada equipe DS Penske
Formula E, para a nona temporada do ABB FIA Formula E World
Championship, o grupo Penske Autosport fará parceria com a “Estamos muito entusiasma-
marca automotiva francesa DS Automobiles. dos por mais uma vez nos unir-
A Mouser faz a parceria com a equipe DS Penske durante a tem- mos à Mouser para apoiar a DS
porada de corridas do ABB FIA Formula E World Championship Penske e promover este esporte
de 2022-23, em colaboração com a TTI, Inc. e os parceiros Molex empolgante e seu destaque em
e Kyocera AVX. Desde 2015, a Mouser e a Molex fazem parceria tecnologias automotivas sus-
para patrocinar corridas de Fórmula E. tentáveis ​​do futuro”, diz Mike
“Estamos entusiasmados por fazer parte desta equipe recém- Morton, CEO da TTI.
formada da DS Penske Formula E”, diz Todd McAtee, vice- “Este novo capítulo da Fórmula
presidente sênior de Desenvolvimento de Negócios da Mouser E promete continuar a evolu-
Electronics. Junto com a equipe recém-formada, vêm dois novos ção deste esporte emocionante e
pilotos apoiados pela Mouser. Os pilotos da equipe DS Penske serve como uma vitrine podero-
para a 9ª temporada serão o atual campeão mundial de Fórmula E sa para seu futuro elétrico”, afir-
Stoffel Vandoorne e o bicampeão de Fórmula E Jean-Eric Vergne ma Fred Bell, vice-presidente de
- criando uma das equipes mais fortes que a série já viu. Distribuição Global da Molex. “A
Vindo de uma campanha incrivelmente bem-sucedida do Mouser e a Molex têm sido apoia-
carro de segunda geração, que rendeu dois títulos de Pilotos e dores orgulhosos desde o início da
Equipes entre 2019 e 2020, além de vários recordes incompa- Fórmula E, e desejamos à equipe
ráveis ​​(10 vitórias, 15 pole positions e 28 pódios ), a equipe DS Penske uma temporada segura
apoiada pela Stellantis revelou oficialmente seu DS E-Tense e bem-sucedida.”
FE23. O carro 100% elétrico de terceira geração, com sua pin- “Estamos muito satisfeitos em
tura preta e dourada instantaneamente reconhecível, incorpora colaborar com Mouser e TTI em
perfeitamente o espírito da DS Automobiles e é a prova do nossa parceria com a equipe de
mais recente salto tecnológico. corrida DS Penske Formula E para

14 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

 Divulgação
mais uma temporada emocionan-
te”, diz Alex Schenkel, vice-presi-
dente sênior de Vendas Globais da
Kyocera AVX.
O DS E-Tense FE23 apresenta
uma série de mudanças significa-
tivas em relação ao seu anteces-
sor. Os carros Gen3 são os mais
rápidos já vistos no Campeonato
Mundial de Fórmula E, com velo-
cidade máxima de 280 km/h, além
de serem 60 kg mais leves que o
carro Gen2. O mais importante, no
entanto, é a eficiência – com mais
de 40% da energia usada em uma
corrida proveniente da regeneração
durante a frenagem.
Crucialmente, o DS E-Tense
FE23 também é mais potente, pro-
duzindo 350 kW em comparação
com 250 kW no carro Gen2, e
está equipado com tração nas
quatro rodas. Um novo trem de
força dianteiro adiciona 250 kW
extras à traseira, dobrando a
capacidade de regeneração para
um total de 600 kW.
A corrida tem tudo a ver com
velocidade e resistência, e as par-
cerias de corrida são uma forma
inovadora da Mouser de comunicar
seu modelo de negócios voltado
para o desempenho e promover as
tecnologias mais recentes de seus
parceiros de fabricação. A tempo-
rada 9 da Fórmula E começou em
14 de janeiro de 2023, com o E-
Prix da Cidade do México.
No Brasil - No Brasil, a per-
formance dos carros da ABB FIA
Formula E World Championship de
2022-23 poderá ser conferida no dia 25 de março de 2023, quando
o circuito do Anhembi, em São Paulo (SP), recebe a corrida da
categoria de monopostos elétricos pela primeira vez. O anúncio da
realização do evento foi anunciado em outubro passado.
Na ocasião, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes , des-
tacou a relevância de uma prova automobilística, com carros elé-
tricos, para uma cidade como São Paulo que tem uma gestão que
busca a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
“A cidade recebe milhares de eventos culturais, esportivos e
de negócios todos os anos, e ter a Fórmula E no nosso calendário
é motivo de orgulho e comemoração. Uma corrida com carros
exclusivamente elétricos também vem ao encontro do nosso
Programa de Metas, que tem os “Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS)” como premissa de concepção e execução em
cada um dos seus 77 pontos”, frisou Nunes, que também destacou
que o evento irá gerar dois mil novos empregos diretos na cidade,
além de outros milhares de postos de trabalho de forma indireta.
A expectativa é de que 35 mil pessoas acompanhem o evento no
circuito. Todas as arquibancadas terão visão para o grid de largada
enquanto a corrida acontece pelo Sambódromo.
O diretor-presidente da SPTuris, Gustavo Pires, o Sambódromo
do Anhembi foi encolhido pois houve uma identificação técnica
de que a área era a ideal para receber a corrida. “A expectativa é
que tenhamos um impacto econômico na cidade de algo em torno
de 120 milhões de dólares”, disse. “Não há dinheiro novo no
investimento da Prefeitura para realização do evento. O que tem
da nossa parte é estrutura e logística. Vamos usar a estrutura que
foi utilizada na Fórmula Indy”, disse.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 15

Andando para frente
Projeção indica que até 2030 o mercado global de mobilidade
crescerá em torno de 75%, com novas tecnologias entrando
em cena no Brasil ainda em 2023
Uma projeção realizada pela
organização internacional Liga
Insights Mobilidade dá conta de
que, até o ano de 2030, o mercado
global de mobilidade deverá cres-
cer em torno de 75%, atingindo
um valor aproximado de US$
26,6 trilhões.
O setor deverá ser impulsionado
principalmente pelas novas tecno-
logias, algumas das quais já entra-
rão em cena no Brasil ainda neste
ano de 2023.
A chegada do 5G em boa parte
dos municípios brasileiros com
população superior a 500 mil habi-
tantes já no começo deste ano, por
exemplo, deve influenciar usuá-
rios de aplicativos e de transportes
públicos, modernizando modos de
utilização e formas de pagamento.
“De fato, nós já vemos uma
grande movimentação e mudan-
ças de hábitos no setor da mobi-
lidade”, diz Alécio Cavalcante,
co-CEO da UbizCar, startup de
mobilidade urbana presente em
diversas cidades do Brasil. “Com
a ampliação da cobertura do 5G,
algumas tendências certamente
se enraizarão, como o uso cres-
16 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Mobilidade
Alberto Mawakdiye
cente de aplicativos e diferentes
formas de deliveries”.
Os pagamentos digitais estão
dentre as principais evoluções
apontadas pela Liga Insights
Mobilidade para esta década. As
formas de pagamento devem se
diversificar, tanto no transporte
público quanto nos aplicativos de
mobilidade urbana, graças à tec-
nologia e às novas soluções já dis-
poníveis, como o pagamento via
QR Codes no transporte público e
via Pix em viagens por aplicativo.
Haverá também cada vez maior
conectividade, graças ao 5G. A
razão é simples: enquanto o 4G
consegue conectar até 10 mil
dispositivos por km² simultanea-
mente, o 5G suporta até 1 milhão.
Essa tecnologia poderá melhorar
até os fluxos de trânsito, uma
vez que a operação mais veloz
dos aplicativos poderá oferecer as
rotas melhores e mais atualizadas
conforme o momento.
Carros autônomos - Mais para
frente espera-se também que os
carros autônomos representem
75% do total de veículos ven-
didos no mundo em 2030 - esta
projeção foi feita pela consultoria
inglesa Ernst & Young. Já são
muitas as fabricantes de veículos
que vêm investindo no desen-
volvimento de carros que não
necessariamente precisam de um
motorista, indicando que essa é
realmente uma forte tendência
para o futuro.
Outra tendência é o uso cada
vez mais intensivo de serviços
de delivery, que impactará direta-
mente na quantidade de veículos
em circulação. De acordo com
estudo realizado pela Loft, star-
tup que é especializadana compra
e venda de imóveis, o Brasil é um
dos países que mais utilizam apli-
cativos para se deslocar e pedir
entregas, com destaque natural-
mente para as grandes cidades.
Também haverá cada vez mais
pessoas sem carro próprio. As
novas gerações, de fato, já não
ambicionam tanto possuir umve-
ículo próprio, seja por causa dos
custos com gasolina, seguro, mecâ-
nico, como também pelas opções
facilitadoras que existem hoje, tal
como a grande gama de apps de
mobilidade disponíveis.

Cenário de otimismo
Setor ferroviário aposta nos investimentos em mobilidade
urbana e no transporte de cargas via iniciativa privada como
principais fatores de crescimento em 2023
Marcada para a São Paulo Expo,
entre os próximos dias 28 de feve-
reiro e 2 de março, a 22ª. NT Expo
- Negócio nos Trilhos deverá reunir
mais de 200 expositores brasilei-
ros e do exterior, representando os
vários elos da cadeia produtiva do
setor ferroviário, que deverá viver
em 2023 um novo momento de
expansão no país.
De fato, as perspectivas para
a ampliação da malha ferroviária
brasileira, principalmente no trans-
porte de cargas, são bastante posi-
tivas. De acordo com a Agência
Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), a previsão é que já neste
ano aconteça uma aceleração rele-
vante no número de ferrovias con-
cedidas no país.
Segundo a ANTT, já foram con-
cedidas autorizações para mais de
22 mil km de novas ferrovias de
carga, com investimentos previs-
tos de R$ 295 bilhões, que podem
gerar 3,6 milhões de empregos em
todo o país.
Investimentos deverão ser fei-
tos também na área de transporte
urbano de passageiros. A diretora
executiva da Associação Nacional
dos Transportadores de Passageiros
Transportes
Alberto Mawakdiye
sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta
Marchesi, destaca que a amplia-
ção da mobilidade urbana tornou-
se inadiável e deverá ser uma das
pautas a mereceratenção urgente do
novo governo.
“Os centros urbanos estão cada
vez mais adensados e conturba-
dos, o que demanda fortes investi-
mentos em sistemas de transporte
estruturantes, como o ferroviário”,
diz Marchesi. “Com um planeja-
mento de longo prazo e mecanis-
mos como parcerias público-priva-
das econcessões, essa tarefa pode
muito bem ser cumprida.”
A executiva aponta que já há algu-
mas iniciativas interessantes sendo
conduzidas pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), que podem ajudar
no avanço das redes de transporte
de passageiros, assim como no
Ministério da Infraestrutura, cuja
Política Nacional do Transporte
Ferroviário de Passageiros pode
abrir espaço para diversas modali-
dades de projetos para o setor.
Já o presidente da Associação
Brasileira da Indústria Ferroviária
(Abifer), Vicente Abate, defen-
de também o desenvolvimento do
sistema ferroviário de passageiros
inter-regional no Brasil, como o
Trem InterCidades, entre São Paulo
e Campinas, cujo projeto já está
pronto para ser tirado do papel.
Abate é favorável ainda à diver-
sificação da oferta de serviços no
transporte ferroviário urbano, com
a ampliação da malha sendo sus-
tentada por metrôs, trens metropo-
litanos, VLTs e monotrilhos, con-
forme a necessidade.
A NT Expo - Bastante tradi-
cional, a exposição Negócios nos
Trilhos é o principal ponto de
encontro do setor metroferroviá-
rio da América Latina e líder em
apresentação de inovações, tec-
nologias, produtos e serviços para
este mercado.
Além do evento presencial, a
NT Expo é também uma plata-
forma de negócios completa, que
visa promover o crescimento da
indústria metroferroviária como
um todo, e incentivar a expan-
são do transporte ferroviário de
carga e passageiros por meio de
encontros online e off-line. Ainda
visaestimular a atualização profis-
sional, a inovação e o networking
dentro do setor.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 17
 Transportes

Marcopolo Rail vai

fornecer trens
para o Chile
Unidade de negócios da Marcopolo assinou
contrato para o fornecimento de três
composições de dois carros

Divulgação

A Marcopolo Rail amplia a atuação no mercado internacional,

com o fornecimento de três composições de dois carros para a
Empresa de los Ferrocarriles del Estado - EFE Trenes de Chile,
empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária do portar 223 passageiros, sendo 80
país. A unidade de negócios da Marcopolo, especializada no sentados e 143 em pé. Os mode-
desenvolvimento e produção de veículos ferroviários, assinou o los vão contar com climatização,
contrato para o fornecimento em dezembro de 2022. espaço destinado para pessoas com
“Os veículos serão bidirecionais, com cabines de operação em mobilidade reduzida, além de um
cada extremidade. As composições terão capacidade para trans- sanitário adaptado”, destaca Petras

18 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

 região do Maule. “Nossa chegada ao Chile coloca o Brasil como
um player importante no cenário metroferroviário internacional,
considerando o potencial estratégico de produção, bem como a
capilaridade da Marcopolo para atendimento ao continente. O for-
necimento dos trens ao Chile fortalecerá nossa atuação e favorece-
Amaral Santos, gerente exe- rá a entrada em outros mercados da América Latina, com possibili-
cutivo da Marcopolo Rail. dade de expansão da mobilidade sobre trilhos”, afirma Santos.
O contrato com a EFE Avanço - A Marcopolo Rail atua para identificar oportunidades
inclui o fornecimento de para o avanço da mobilidade metroferroviária, em linha com as
material rodante, peças de atuais demandas globais. Em 2020, a Marcopolo Rail lançou o
reposição e manutenção. Prosper VLT, seu primeiro veículo leve sobre trilhos (VLT),
Serão três unidades Diesel para operação em uma rota turística da Giordani Turismo, em
Multiple Units, DMUs, com Bento Gonçalves (RS). A Marcopolo Rail também fornecerá
dois carros cada uma do os people movers para o consórcio AeroGru, formado pelas
modelo Prosper, com portas empresas Aerom, HTB, FBS e TSEA. O consórcio é responsá-
em ambas as laterais, pol- vel pelo projeto de transporte de passageiros da linha 13-Jade
tronas com apoio de braço, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos
portas USB e mesa dobrá- terminais 1, 2 e 3 de passageiros do Aeroporto Internacional de
vel no encosto. Para maior Guarulhos, em São Paulo.
conforto térmico, os trens
terão sistema de ar-condi-
cionado independente para
cada carro. A produção está
prevista para iniciar no pri-
meiro semestre de 2023, no
Complexo Industrial de Ana
Rech, em Caxias do Sul
(RS), em um pavilhão espe-
cífico para a produção dos
veículos ferroviários e vai
atender todas as exigências
de processos fabris.
Os trens produzidos deve-
rão operar na linha Talca-
Constitución, um circuito
interurbano de transporte de
passageiros de média dis-
tância, com 88 quilômetros
de extensão e 11 estações. O
sistema faz parte do progra-
ma Trenes de Chile e passou
recentemente por melho-
rias em sua infraestrutura.
Atualmente, o ramal conecta
as zonas rurais do vale cen-
tral e da zona costeira, na

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 19


Emissões reduzidas
Já está em fase de testes um novo lubrificante
para locomotivas que pode garantir uma redução de mais
de 1.500 t de emissão de CO2 por ano
A empresa de operações ferrovi-
árias Rumo e a fabricante de óleos
e lubrificantes Moovese uniram em
um estudo pioneiro no Brasil de um
novo lubrificante para locomotivas,
que poderá garantir uma redução de
mais de 1.500 t de emissão de CO2
por ano sem perda da eficiência e
sem desgaste do motor.
Isso, além de uma economia de
cerca de R$ 5,9 milhões por ano
para a Rumo, considerando toda a
sua frota, que atende quase 14 mil
km de linhas do norte ao sul do país.
A empresa é a maior operadora fer-
roviária do Brasil.
De modo geral, os lubrificantes
utilizados nas operações de ferro-
vias no Brasil são ainda do tipo
monoviscoso, de uma geração tec-
nológica da década de 1980. Os
especialistas da Moove - empresa
responsável por fabricar e comer-
cializar os lubrificantes da ameri-
cana Mobil no Brasil - sugeriram
à Rumo a realização de um teste,
com a troca para o Mobil Diol 9
RF 20W-40, um lubrificante mul-
tiviscoso, com o objetivo de redu-
zir o consumo tanto de óleo como
de combustível.
O estudo foi realizado inicial-
20 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Meio ambiente
Alberto Mawakdiye
mente com 18 locomotivas novas
da Rumo, em operação normal.
Dessas, metade permaneceu utili-
zando o óleo da geração antiga e
a outra metade passou a utilizar o
novo lubrificante.
Houve em seguida uma troca.
As locomotivas que durante os
testes iniciais estavam usando o
óleo monoviscoso passaram a usar
o multiviscoso, e vice-versa. A
economia se comprovou nos dois
momentos, com a obtenção de uma
redução de 42% no consumo de
lubrificante de reposição e 1% no
consumo de combustível.
Posteriormente, toda a frota norte
da Rumo, que conta com quase 500
locomotivas, passou a utilizar o lubri-
ficante multiviscoso. Assim, o desem-
penho do novo lubrificante passou a
ser avaliado não somente em máqui-
nas novas, tendo sido comprovada
uma redução de 46% no consumo de
lubrificante de reposição.
No total, foram 556.443 litros de
lubrificantes que deixaram de ser
consumidos pela Rumo no período
de maio de 2021 a abril de 2022.
Dois tipos - Existem dois tipos
de consumo de lubrificantes nas
máquinas. O primeiro deles é a
de troca, quando se esgota o óleo
usado e é colocado um o novo.
Esse processo acontece em fun-
ção do tempo, do fim da vida útil
do lubrificante ou numa eventual
contaminação do óleo. O segun-
do é a reposição do óleo que vai
sendo consumido durante a opera-
ção, quando o nível vai baixando e
é preciso completar o volume.
O estudo capitaneado pela
Moove também levou em conta
outras informações, como os dados
de proteção do motor. O lubrifi-
cante era analisado de tempos em
tempos e ficou comprovado que a
tecnologia do lubrificante Mobil
Diol9 RF 20W-40, além de pro-
porcionar consumo menor, seguiu
protegendo os motores da mesma
forma que o óleo antigo. A condi-
ção de proteção dos motores, por-
tanto, não foi prejudicada.
Outro impacto positivo gerado
pelo estudo foi a redução da inte-
ração humana com o equipamento.
Reduzindo a quantidade de vezes
que os colaboradores precisam ir
até um motor para fazer a operação
de reposição de nível, evitou-se
mais de 3 mil intervenções huma-
nas na máquina.
 Logística

Treinamento com
simulador de manobras
Uso do equipamento construído em parceria com a
Technomar trará mais segurança na navegação

A Hidrovias do Brasil, empresa de soluções logísticas inte-

gradas, deu início à utilização do simulador de manobras, o
mais novo equipamento de treinamento voltado para maior
segurança na navegação e o desenvolvimento dos seus cola-
boradores. Construído em parceria com a Technomar, o equi-
pamento está instalado no centro de treinamento especializado
estruturado pela Companhia em seu Terminal de Uso Privado vimento do colaborador previsto
(TUP), localizado em Barcarena, no Pará. no Compromisso Sustentável da
O Capitão Fluvial da Hidrovias do Brasil, Lourenço Navarro, Companhia” afirma Gleize Gealh,
foi o primeiro colaborador a receber o treinamento no equipa- vice-presidente de Operações e
mento. “É um investimento inovador da companhia que nos Comercial da Hidrovias do Brasil.
permite praticar e encontrar a melhor forma de realizar uma “Nosso principal objetivo é trazer
navegação com ainda mais excelência e segurança. A simula- mais segurança para nossa tripula-
ção é muito real e reproduz fielmente o que vivemos no dia a ção, operação e para todas as pes-
dia da operação”, destaca. Além de Navarro, a companhia tem soas das comunidades no entorno
previsão de capacitar capitães, imediatos, mestres e a equipe do de onde atuamos, além de trazer
convés ao longo do ano. mais eficiência operacional”, com-
Com sistema de navegação completo, o simulador usa tecnolo- pletou a executiva.
gia de última geração e conta com radar e carta eletrônica, repro- A diretora de Engenharia,
duzindo um ângulo de visão de 180º da cabine dos empurradores, Inovação e Tecnologia de Negócios
que hoje realizam o transporte de cargas na região. O simulador da Hidrovias do Brasil, Mariana
permite que os comandantes participem, na prática, do enfrenta- Yoshioka, analisa o investimento
mento de cenários adversos que podem desafiar a navegabilidade, feito pela companhia. “A inova-
incluindo questões climáticas. ção é um dos principais pilares
“A nova tecnologia permitirá o aprimoramento, capacitação da empresa e faz parte da sua
e desenvolvimento da tripulação da Hidrovias do Brasil, um essência desde a sua concepção.
importante passo em nossa frente de saúde, segurança e desenvol- Acreditamos que o investimento

22 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

 Divulgação
Colaborador da Hidrovias treina no simulador

em tecnologia é fundamental para

assegurarmos uma operação mais
segura e eficiente, garantindo a
prevenção de acidentes e a pre-
servação do meio ambiente. Para
nós, é um grande orgulho sermos
pioneiros neste projeto tão neces- O modelo HL-148 é um driver para acionamento de motor cc.
Trabalha com técnica PWM e transistor Mosfet na ponte “H”
sário para o desenvolvimento da de potência, proporcionando uma variação suave de rotação
navegação e também para oferecer com frequência de 13 Khz. Pode ser acionado por uma tensão
analógica de 0 à 10Vcc e 0 à -10Vcc invertendo a rotação
ainda mais qualificação e treina- automaticamente sem necessidade de contato externo.

mento aos nossos colaboradores”, Regenerativo devolve a energia do motor para a bateria.
Reversão rápida de rotação < 150 ms.
destaca a executiva. Indicado para veículos elétricos industriais,

A companhia também está ava- AGVs, empilhadeiras etc.

liando a possibilidade de, no futu-

ro, ampliar o uso do simulador
para a comunidade no entorno da
operação, em parceria a ser cons-
truída com a Marinha do Brasil e
com a prefeitura local, a fim de
oferecer capacitação e desenvol-
vimento da região.

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 23

 Robótica

Com ajuda
governamental
Nos países mais desenvolvidos, programas oficialmente apoiados por
governos ajudam a desenvolver a indústria de robôs

Franco Tanio

EUA, Coreia do Sul, Alemanha

Países de todo o mundo inves-
tem em robótica para apoiar o
desenvolvimento da indústria e
da sociedade. Quais são os alvos
exatos dos programas de finan-
ciamento de pesquisa em robótica
(P&D) oficialmente conduzidos
por governos na Ásia, Europa e
América? Pesquisa da Federação
Internacional de Robótica (IFR)
publicado no artigo de atua-
lização de 2023 do “World
Robotics R&D Programs”
busca responder a pergunta.
“A 3ª versão do World Robotics
R&D Programs cobre os últimos
desenvolvimentos de financia-
mento, incluindo atualizações em
2022”, diz o prof. dr. Jong-Oh
Park, vice-presidente do Comitê
de Pesquisa IFR e membro do
Conselho Executivo.
A visão geral mostra que os
países de robótica mais avançados
em termos de instalações anuais de
robôs industriais - China, Japão,
- e a UE conduzem estratégias de
P&D muito diferentes.
Na China, o “14º Plano
Quinquenal” para o
Desenvolvimento da Indústria de
Robôs, lançado pelo Ministério
da Indústria e Tecnologia da
Informação (MIIT) em Pequim em
21 de dezembro de 2021, concen-
tra-se na promoção da inovação. O
objetivo é tornar a China um líder
global em tecnologia de robôs e
avanço industrial. A robótica está
incluída entre 8 indústrias-chave
para os próximos 5 anos. A fim de
implementar acordos nacionais de
inovação em ciência e tecnologia,
o programa especial chave “Robôs
Inteligentes” foi lançado no âmbito
do Plano Nacional de Pesquisa e
Desenvolvimento em 23 de abril
de 2022, com um financiamento de
43,5 milhões de dólares. O recente
anuário estatístico “World Robotics”
da IFR mostra que a China atingiu

24 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

uma densidade de robôs de 322
unidades por 10.000 trabalhadores
na indústria manufatureira: o país
ocupa o 5º lugar no mundo em
2021, em comparação com o 20º
(140 unidades) em 2018.
No Japão, a “Nova Estratégia de
Robôs” visa tornar o país o centro
de inovação de robôs número um
do mundo. Mais de 930,5 milhões
de dólares em apoio foram for-
necidos pelo governo japonês em
2022. Os principais setores são
manufatura (77,8 milhões de dóla-
res), enfermagem e medicina (55
milhões de dólares), infraestrutura
(643,2 milhões de dólares) e agri-
cultura (66,2 milhões de dólares).
O plano de ação para manu-
fatura e serviços inclui projetos
como direção autônoma, mobi-
lidade aérea avançada ou desen-
volvimento de tecnologias inte-
gradas que serão o núcleo da
inteligência artificial e robôs de
próxima geração. Um orçamento
de 440 milhões de dólares foi
alocado para projetos relacio-
nados à robótica no “Moonshot
Research and Development
Program” durante um período de
5 anos, de 2020 a 2025.
De acordo com o anuário
estatístico “World Robotics” da
IFR, o Japão é o principal fabri-
cante de robôs industriais do
mundo e entregou 45% da oferta
global em 2021.
O 3º Plano Básico de Robôs
Inteligentes da Coreia do Sul faz
pressão para desenvolver a robótica
como uma indústria central na quar-
ta revolução industrial. O governo
coreano alocou 172,2 milhões de
dólares em financiamento para o
“Plano de Implementação de 2022
para o Robô Inteligente”. De 2022
a 2024, um total de 7,41 milhões
de dólares está planejado em finan-
ciamento para o “Projeto de plata-
forma de teste em escala total para
veículos aéreos tripulados ou não
tripulados para fins especiais”.
O anuário estatístico “World
Robotics” mostrou um recorde
histórico de 1.000 robôs indus-
triais por 10.000 funcionários
em 2021. Isso torna a Coreia o
país com a maior densidade de
robôs do mundo.
O Horizonte Europa é o princi-
pal programa-quadro de pesquisa e
inovação da União Europeia, com
um orçamento de 94,30 bilhões de
dólares para sete anos (2021-2027).
Os principais objetivos são: forta-
lecer as bases científicas e tecno-
lógicas da UE, aumentar a capaci-
dade de inovação, competitividade
e empregos da Europa, bem como
cumprir as prioridades dos cida-
dãos e sustentar modelos e valo-
res socioeconômicos. A Comissão
Europeia fornece um financiamen-
to total de 198,5 milhões de dóla-
res para o programa de trabalho
relacionado à robótica 2021-2022.
A Estratégia High-Tech da
Alemanha 2025 (HTS) é a quarta
edição do programa alemão de
P&D e inovação. O governo alemão
fornecerá cerca de 69 milhões de
dólares anualmente até 2026 - um
orçamento total de 345 milhões de
dólares em cinco anos. No âmbito
da missão HTS 2025, foi lançado
o programa “Shaping technology
for the people”. Este programa
visa utilizar a mudança tecnológica
na sociedade como um todo e no
mundo do trabalho em benefício
das pessoas. Os tópicos de pes-
quisa são: sistemas de assistência
digital, como data glasses, colabo-
ração humano-robô, exoesqueletos
para apoiar os funcionários em
seu trabalho físico, mas também
soluções para a organização mais
flexível dos processos de trabalho
ou suporte ao trabalho móvel.
De acordo com o relatório “World
Robotics” da IFR, a Alemanha é o
maior mercado de robôs na Europa
- a densidade de robôs ocupa o 4º
lugar mundial com 397 unidades
por 10.000 funcionários.
A Iniciativa Nacional de
Robótica (NRI) nos EUA foi lan-
çada para pesquisa e desenvolvi-
mento de robótica fundamental
apoiada pelo governo dos EUA.
O programa NRI-3.0, anunciado
em fevereiro de 2021, busca pes-
quisas sobre sistemas robóticos
integrados e se baseia nos progra-
mas NRI anteriores.
O governo dos EUA apoiou
o fundo NRI-3.0 no valor de 14
milhões de dólares em 2021. A
colaboração entre acadêmicos,
indústria, governo, organizações
sem fins lucrativos e outras orga-
nizações é incentivada. O proje-
to “Moon to Mars” da Nasa, por
exemplo, destaca objetivos para
estabelecer uma presença de longo
prazo nas proximidades e na lua.
Os projetos visam a pesquisa e o
desenvolvimento de tecnologia que
aumentarão significativamente o
desempenho dos robôs para apoiar
de forma colaborativa a exploração
humana do espaço profundo e as
missões científicas.
Para o programa lunar Artemis,
o governo dos EUA planeja alocar
um orçamento de 35 bilhões de
dólares de 2020 a 2024.
O anuário estatístico “World
Robotics” da IFR mostra que a
densidade de robôs nos Estados
Unidos aumentou de 255 unidades
em 2020 para 274 unidades em
2021. O país ocupa o 9º lugar no
mundo. Em relação às instalações
anuais de robôs industriais, os EUA
ocupam a 3ª posição.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 25

Barateando a operação
Petrobras desenvolve equipamento inédito no país
para a medição da velocidade e direção do vento, essencial
para a implantação de projetos eólicos offshore
A Petrobras já deu início aos
testes com a Bravo - abreviação de
Boia Remota de Avaliação de Ventos
Offshore - equipamento capaz de
medir a velocidade e a direção do
vento, e que pode se mostrar estraté-
gico para a implantação de projetos
de geração eólica offshore. O inves-
timento total previsto no programa é
de R$ 9 milhões.
A expectativa é de que o uso da
tecnologia, inédita no país, traga
uma redução de 40% no custo
deste tipo de operação, comparan-
do com o que seria gasto com a
contratação de equipamento simi-
lar no exterior.
A realização de Estudos de
Potencial Energético Offshore,
que demanda a realização de cam-
panhas de medição, é uma das
etapas necessárias para o desen-
volvimento de projetos eólicos
offshore, ou seja, para a geração
de energia proveniente dos ventos
do alto mar.
De fato, os dados obtidos per-
mitem definir a própria viabilida-
de da implantação de um parque
26 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Energia
Alberto Mawakdiye
eólico e, uma vez comprovado o
potencial da área, desenvolver o
projeto de engenharia e escolher
as tecnologias operacionais mais
adequadas.
O projeto da Bravo foi iniciado
em 2021 e tem duração de dois
anos. Está sendo desenvolvido por
meio de uma parceria da Petrobras
com o Instituto Senai de Inovação
em Energias Renováveis (ISI-ER)
do Rio Grande do Norte e com o
Instituto Senai de Inovação em
Sistemas Embarcados (ISI-SE), de
Santa Catarina.
Já os recursos são provenien-
tes do programa de Pesquisa
&Desenvolvimento do setor de ener-
gia elétrica da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel).
“A Petrobras é uma empresa
experimentada em projetos inten-
sivos em conteúdo tecnológico”,
afirma Rafael Chaves, diretor de
Relacionamento Institucional e
Sustentabilidade da companhia.
“Investir em projetos e inova-
ções está inclusive previsto no
nosso Plano Estratégico 2023-27,
que explicita o aprofundamento
de estudos sobre oportunidades
com o hidrogênio, eólica offshore
e captura de carbono”.
Testes de campo - A medição
por boia é uma das alternativas hoje
adotadas no mundo às tradicionais
torres fixas de medição, bastante
eficientes, mas que possuem custo
bem maior de instalação.
O diferencial da Bravo é que,
além de medir a velocidade e a
direção dos ventos, o equipamento
também é capaz de processar não
só variáveis meteorológicas, como
pressão atmosférica, temperatura
do ar e umidade relativa, e as oce-
anográficas, como força e fluxo
das ondas e correntes marítimas.
A boia tem em torno de 2,5 m
de diâmetro e 3,5 m de altura e é
alimentada por módulos fotovol-
taicos e aerogeradores, para que
possa operar em regiões remotas
e independentemente de fontes
externas de energia.
De acordo com a Petrobras,
na atual fase de testes, a boia
foi lançada no mar em ambiente
relevante para a geração um LiDAR. No mundo
eólica offshore, no caso existem alguns LiDARs
no litoral do Rio Grande flutuantes em algumas
do Norte, onde ela foi áreas do Mar do Norte e
instalada a curta distân- em países como Canadá,
cia da costa. Estados Unidos, Taiwan,
Até o começo do França, Reino Unido,
segundo semestre, o sis- Noruega e Portugal.
tema de comunicação da Após a etapa de vali-
Bravo permitirá o acesso dação, será possível
aos dados já coletados, determinar o grau de
por meio de bluetooth e prontidão da tecnolo-
wi-fi, ou via satélite.Os gia. Ao final do projeto
dados serão então envia- a Petrobras espera ter
dos para um servidor em desenvolvido um equi-
nuvem acessado pela pamento para medição
Petrobras e pelo Senai. de recurso eólico offsho-
As informações colhi- re validado de acordo
das pela Bravo serão com os critérios de acei-
comparadas posterior- tação exigidos interna-
mente com os dados cionalmente.
coletados por um sensor Isto, além de conferir
ótico LiDAR fixo, que competitividade tecno-
foi instalado no termi- lógica à indústria eólica
nal salineiro de Areia offshore brasileira, qua-
Branca, também no Rio lificará uma instituição
Grande do Norte. nacional, o Senai, para
A comparação será pos- a prestação de serviços
sível porque um LiDAR de medição do recurso
também foi instalado na eólico offshore.
Bravo. Sensor ótico que O Brasil tem enorme
permite igualmente medir potencial para a produ-
a velocidade e a direção ção de energia limpa
do vento, entre 10 m e obtida por meio de eóli-
200 m de altura, o LiDAR cas offshore, devido às
gera dados compatíveis condições territoriais e
com a “altura” de opera- climáticas brasileiras -
ção das turbinas eólicas 3,6 milhões de km² de
offshore. área, 11 mil km de litoral
Segundo a Petrobras, e ausência de tempesta-
no Brasil, além de não des ou furacões.
existir ainda fornecedor Com esta modalidade,
com equipamento próprio o país poderá se destaca-
validado, também não foi ra inda mais no segmen-
até hoje realizada nenhu- to de energia limpa. A
ma campanha de medição matriz elétrica brasileira
com uma boia nacional atinge hoje 85% de fon-
equipada com LiDAR. tes renováveis, contra
Não são muitos os paí- uma média de 28% do
ses, aliás, que dispõem de restante do mundo.

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 27


Cobrando a conta
Dados referentes ainda a 2021 revelam que as emissões
de gases de efeito estufa de usinas termelétricas
cresceram 75%; e o índice está piorando
O 2º Inventário de Emissões
Atmosféricas em Usinas
Termelétricas, estudo divulga-
do no último mês de dezembro
pelo Instituto de Energia e Meio
Ambiente (Iema), traz uma pés-
sima notícia para os brasileiros
que se preocupam com a con-
servação do meio ambiente e a
limpeza da atmosfera.
De acordo com o estudo, o ano de
2021 encerrou-se com um aumento
de 75% das emissões de gases de
efeito estufa em relação ao total
emitido pelo parque termelétrico
fóssil no ano anterior.
A principal razão é a gestão da
crise hídrica de 2021, quando mais
usinas foram acionadas para evitar
o racionamento de energia. Assim,
entre 2020 e 2021, a geração de
eletricidade por fontes fósseis pas-
sou de 15% para 20% da matriz
elétrica brasileira.
Ao todo, foram disponibiliza-
dos 95,8 TWh de eletricidade por
termelétricas fósseis ao Sistema
Integrado Nacional (SIN), dos
quais 68,9 TWh produzidos a partir
28 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
Energia
Alberto Mawakdiye
do gás natural (44 plantas), corres-
pondente a 72% do total.
O Iema adverte que o aumento
de emissões de gases de efeito
estufa no setor elétrico brasileiro
será uma notícia recorrente, caso
as termelétricas sigam como opção
para a expansão da geração de
energia elétrica no país.
Com esse grande crescimento,
a participação de fontes fósseis
para geração de eletricidade no
Brasil passou de 15%, em 2020
para 20%, em 2021. As 82 usinas
movidas a combustíveis fósseis lis-
tadas neste estudo emitiram 55,6
milhões de t de dióxido de carbono
equivalente.
“A crise hídrica de 2021 preju-
dicou a geração hidrelétrica e fez
o setor acionar ainda mais as ter-
melétricas emissoras. Em 2020, as
emissões foram menores, de 31,7
milhões de toneladas de CO2e”,
diz Raissa Gomes, uma das auto-
ras do estudo. De acordo com ela,
independentemente de crises hídri-
cas, o aumento de emissões é uma
tendência que deve continuar, pois
cada vez mais termelétricas entram
na matriz elétrica brasileira.
O atual estudo contempla terme-
létricas de serviço público e auto-
produtoras (geralmente acopladas
a indústrias), que disponibilizaram
energia ao SIN nos anos de 2020 e
2021. Foram excluídas as plantas
movidas a combustíveis renová-
veis e as unidades nas quais não
foi possível identificar os combus-
tíveis empregados.
O segundo em participação,
o carvão mineral (8 plantas) foi
responsável pela geração de 16,5
TWh, o que representa 17% da
produção de eletricidade fóssil. Já
o óleo combustível (18 plantas) e o
óleo diesel (11 plantas), derivados
de petróleo, tiveram participação
de 9% e 2%, respectivamente. Uma
única planta gerou eletricidade uti-
lizando o gás de refinaria como
combustível principal, tendo parti-
cipação muito baixa em relação ao
total inventariado.
Também o tempo em que uma
usina permanece operando no ano
- que era de aproximadamente
31% em 2020 - teve a Jorge Lacerda IV (SC). France - EDF (6,8%), empresas foram res-
média elevada para cerca Quase a totalidade do Fram Capital Energy ponsáveis por 82% das
de 50%. Isso significa CO2e (90%) foi prove- (5,0%) e EDP Energias emissões, o que equiva-
que, em geral, elas pas- niente de somente de do Brasil (4,0%). le a 45,4 milhões de t
saram a ser ligadas por 41 plantas, o que repre- Sobre as emissões de de gases de efeito estufa
mais tempo. senta metade das usinas gases em 2021, quatro emitidas.
Para o Iema, o pro- fósseis do SIN. A usina empresas responderam No entanto, a
blema hídrico deveria ter Porto do Pecém I (CE) por 61% delas: Petrobras Petrobras, mesmo sendo
sido previsto e adminis- despontou no ranking (26,1%), Eneva (13,9%), a maior emissora em ter-
trado adequadamente, de como a que mais emitiu Eletrobras (11,8%) e mos absolutos de 2021,
forma a minimizar o acio- no país em 2021. Fram Capital Energy apresentou uma taxa de
namento de termelétricas Movida a carvão mine- (8,8%). Na sequência, emissão (468 t por GWh),
e os problemas decorren- ral, combustível altamente para completar a lista ou seja, 20% menor que a
tes de sua geração. O que emissor de gases de efeito das dez maiores emis- média das termelétricas a
não acontece em 2021, estufa, Pecém I dobrou soras, aparecem EDP combustíveis fósseis do
já que o governo forma- sua geração em relação (6,3%), Électricité de SIN. Isso porque grande
lizou a contratação de a 2020. Porém, é res- France - EDF (4,5%), parte das usinas por ela
termelétricas atuando em ponsável por apenas 4% Engie (3,2%), Global controladas empregam
tempo integral. da energia elétrica total (2,6%), Vulcan (2,2%) e tecnologias que alcan-
O problema não é ape- produzida por termelétri- Neoenergia (2,2%). çam maiores eficiências
nas ambiental. O maior cas, sendo apenas a sexta Somente essas dez energéticas.
acionamento de termelé- usina a mais gerar.
tricas fósseis pode causar Já as 10 usinas terme-
ainda elevação nas contas létricas brasileiras com as
de luz, já que a operação maiores taxas de emissão
desses empreendimentos de gases por GWh produ-
é mais cara em relação a zido foram Candiota III
usinas renováveis. (RS), Pampa Sul (RS),
Termelétricas mais Jorge Lacerda I e II (SC),
emissoras - Apenas 13 Jorge Lacerda III (SC),
usinas emitiram prati- Porto do Pecém I (CE),
camente metade (51%) Jorge Lacerda IV (SC),
dos gases de efeito estu- Porto do Itaqui (MA),
fa, 8 movidas a carvão Porto do Pecém II (CE),
mineral como combustí- Arembepe (BA) e Global
vel principal e outras 5 a II (BA). Sendo que ape-
gás natural. nas as duas últimas são
As mais emissoras movidas a óleo combustí-
(em emissão absoluta) vel e não a carvão, como
foram Porto do Pecém as demais.
I (CE), Candiota III E apesar de haver uma
(RS), Termorio (RJ), quantidade relativamente
Termomacaé (RJ), Norte grande de empresas gera-
Fluminense (RJ), Jorge doras (51), quase 70%
Lacerda III (SC), Pampa de toda geração fóssil
Sul (RS), Porto do Pecém foi de responsabilidade
II (CE), Mauá 3 (AM), de apenas seis empresas:
Porto do Itaqui (MA), Petrobras (30,3%), Eneva
Porto de Sergipe I (SE), (12,8%), Eletrobras
Jorge Lacerda I e II (SC), (9,6%), Électricité de

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 29

 Negócios

Apoiando
os pequenos
Parceria entre o Sebrae e a Finep vai disponibilizar R$ 1 bilhão
para financiar projetos de inovação, com expectativa
de beneficiar em torno de 6 mil empresas

Alberto Mawakdiye

Uma parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro

e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep) irá disponibilizar R$ 1 bilhão para micro e peque-
nas empresas que desejarem inovar em seus negócios.
O programa, batizado de “Crédito Inovação Finep-Sebrae”,
já começa neste início de ano e incluirá tanto os negócios mais O Sebrae poderá ainda prestará
tradicionais,como aqueles que já nascem inovadores, caso das consultoria gratuita para o dono
startups e das empresas de base tecnológica.A expectativa é que do pequeno negócio inscrever o
sejam beneficiados em torno de 6 mil pequenos negócios. projeto na Finep, de acordo com as
O programa nasceu de uma necessidade cada vez mais pre- especificações necessárias, e tam-
mente das PMEs, ou seja, de recursos para levarem à frente bém com base nas expectativas do
projetos inovadores. agente financeiro credenciado.
De fato, dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) realizada pelo Critérios - Podem pleitear o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 crédito MPEs com faturamento
revelaram que 66,3 mil pequenos negócios inovaram (ou busca- até R$ 4,8 milhões ao ano, sendo
ram inovar) no período 2015-2017. que os microempreendedores indi-
No entanto, apenas 489 empresas receberam crédito público à viduais (MEI) não são elegíveis,
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nesse período, o tendo em vista que as operações
que representou um esquálido índice de 0,74%. de créditos serão em média no
Entre os principais motivos para este baixo percentual estão, valor de R$150 mil.
principalmente, a falta de informação, a dificuldade para preen- Os financiamentos serão ope-
cher as exigências dos financiamentos e a ausência de garantias. racionalizados por uma rede de
Para reverter esta situação, a iniciativa irá oferecer todo o apoio mais de 25 agentes financeiros
ao empreendedor para conseguir os recursos e ainda aplicá-los parceiros e que operam em todas
de maneira eficiente. Além disso, possibilitará a concessão de as regiões do país.
garantia para o crédito, via o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Serão considerados os projetos
Empresas (Fampe). de inovação em diferentes áreas do

30 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

negócio, como marketing, proces-
so, produto ou serviço em qualquer
área organizacional.
Não haverá também necessidade
de ser uma inovação de mercado,
ou seja, prevendo o lançamento
de algum produto ou serviço que
ainda não existe. Se a inovação já
existir no mercado, mas é aplicável
ao pequeno negócio, tornando-se
um diferencial competitivo, isso já
será suficiente.
A depender do projeto de ino-
vação, os recursos se incluirão
em diferentes linhas de crédito:
Inovacred, Inovacred Expresso,
Inovacred Conecta, Inovacred 4.0
ou Inovacred Telecom. As taxas
de juros variam de TR + 4,2% a
TR+4,5% a.a; prazo de carência de
12 a 24 meses e prazo de pagamen-
to de 48 a 132 meses.
Os recursos poderão ser utilizados tanto para gastos relativos à
aquisição de máquinas e equipamentos, aquisição de software e
obras civis, como para compra de insumos para produção de um
novo produto, ou até mesmo o pagamento de equipe especializa-
da, como programadores, engenheiros, entre outros profissionais
técnicos.
Apenas os donos de MPEs poderão pleitear os recursos desta
iniciativa - como já dito, os MEI não poderão participar. Não
haverá restrições de tempo de idade da empresa nem de histórico
de inovação, à exceção da linha Inovacred Expresso.
Operacionalmente, o primeiro passo é preencher o formulário
de interesse na página do “Crédito para Inovar” disponível no link
www.sebrae.com.br/creditoparainovar . Depois disso, serão solici-
tadas informações mais específicas sobre a necessidade do crédito,
condições da empresa, entre outras.
Se a proposta atender aos critérios de elegibilidade, o empreen-
dedor será logo em seguida contatado pela equipe de consultores
do Sebrae.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 31
 Eventos

Intermach será
realizada em julho
de 2023 A renovação dos espaços da feira
começou a ser feita pela equipe da
Messe Brasil, em outubro de 2022,
A feira é realizada tradicionalmente e 50% dos expositores já estão
com frequência bienal. Porém, dada confirmados. “Para essa edição
a alta demanda será realizada nossa expectativa é contar com 220
também nesse ano expositores e depois desse evento
retomar a feira a cada dois anos,
pois dessa forma o mercado agrega
um volume maior de inovações e
lançamentos, e seguimos o modelo
das grandes feiras alemãs”, comen-
ta Spirandelli
A 14ª Intermach - Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Edição 2022 - Na última edição,
Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria em 2022, 24 mil pessoas circu-
Metalmecânica, será realizada de 11 a 14 de julho de 2023, em laram pela feira, entre visitantes,
Joinville (SC). Referência em tecnologia para a manufatura indus- expositores, congressistas e parti-
trial, a Intermach concentra lançamentos, tecnologias, inovações, cipantes da Rodada de Negócios.
tendências, e desenvolve negócios e relacionamentos, além de A feira conectou representantes de
estimular o conhecimento. O evento reúne empresas fornecedoras 508 cidades e 20 estados, com
para o mercado industrial e recebe visitantes nacionais e interna- destaque para os públicos de Santa
cionais em busca tecnologias e soluções inovadoras. Catarina, Paraná, São Paulo e Rio
Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, organizadora da Grande do Sul.
Intermach, comenta que tradicionalmente a feira é realizada a cada Como importante vitrine de ten-
dois anos, mas em função da alta demanda do mercado, será reali- dências e inovações para a indús-
zada novamente em 2023. “Após o período impactado pela pande- tria metalmecânica, a Intermach
mia, o mercado vem crescendo com os melhores patamares desde reuniu mais de 300 marcas nacio-
2015, refletido no aumento de empregos, busca por investimentos nais e internacionais, que apresen-
em tecnologia e inovação, retorno da China ao mercado brasileiro taram máquinas e equipamentos
e interesse dos expositores que ficaram fora do evento no ano pas- de última geração, de fornece-
sado. Com tantos bons motivos, vamos fazer o evento dois anos dores, nacionais e internacionais
seguidos e depois retomaremos a cada dois anos”, explica. nas áreas de usinagem, soldagem,

32 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

 Divulgação
metrologia industrial, indústria
4.0, impressão 3D, manufatura
aditiva e soluções AI/IoT.
Além de crescer 25% em relação
à edição anterior, a Intermach 2022
ocupou todo o pavilhão de exposi-
ções da Expoville e gerou cerca de
R$ 300 milhões em negócios, con-
cretizados ao longo dos 12 meses
seguintes à feira.
Perfil do público - Para as
empresas, tão importante quanto
expor seu produto e sua marca,
é atingir o seu público alvo com
assertividade. Na Intermach 2022,
profissionais dos setores de enge-
nharia das indústrias tiveram gran-
de expressividade como visitan-
tes do evento. Entre os setores
que marcaram presença no evento,
estão a indústria automotiva, indús-
tria plástica, fundição e metalurgia,
além de eletrônica, eletroeletrôni-
Vista da edição realizada em 2022
ca, eletrodomésticos, construção civil e agrícola.
Em relação ao tamanho, 60% das empresas visitantes são de
médio porte, com até 500 funcionários. Outro importante dado
está relacionado ao perfil do visitante da Intermach: 25% são de
pessoas com poder de decisão final de compra. Do público total,
sócios e proprietários de empresas representam 12% dos visitantes
da feira, seguido por diretores e gerentes, que representam 20% do
público. (foto/divulgação).
SERVIÇO:
Intermach - Feira e Congresso Internacional de Tecnologia,
Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a
Indústria Metalmecânica
Data: 11 a 14 de julho de 2023
Horário: 13h às 20h
Local: Centro de Convenções e Exposições Expoville , Rua XV
de Novembro, 4315, Glória, Joinville (SC)
Organização: Messe Brasil
Informações: www.intermach.com.br
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 33
 Artigo jurídico

Algumas notas sobre

sucessão patrimonial
É importante considerar estratégias de sucessão patrimonial como forma
de organizar bens e direitos e como serão divididos entre os herdeiros ou
outras pessoas. O objetivo é deixar a divisão definida em vida e evitar
disputas judiciais e brigas, que podem ocorrer nas famílias

Luis Henrique Favret

Ao longo da vida, há uma pre-
ocupação relevante das pessoas
quanto ao patrimônio. Mas, há
momentos em que tão importan-
te quanto compor um patrimônio,
revelam-se necessário criar as
condições para a sua continuida-
de, o que envolve a transmissão
para os herdeiros.
Nesse processo é preciso se pre-
ocupar com os custos e impostos
e, para além, pode-se estabelecer
regras para evitar a dilapidação
patrimonial. Isso torna fundamen-
tal ter um planejamento sucessório
e tributário e procuraremos consi-
derar quais são os impostos e como
eles são cobrados e conhecer os
instrumentos que podem ajudar a
alcançar os objetivos referentes à
transmissão dos bens de maneira
mais simples e com menos custos.  escolha dos herdeiros e dos valores
A sucessão patrimonial é a orga-
nização e determinação de como
os bens e direitos serão divididos
entre os herdeiros e pessoas envol-
vidas. Desse modo, o objetivo é a
divisão do patrimônio em vida para
que sejam evitadas brigas e dispu-
tas judiciais entre familiares; na
verdade, esse é o maior benefício
de se pensar na sucessão patri-
monial, porque a simplificação
da divisão dos bens pode evitar
o dispêndio de valores elevados
com um processo de inventário
e outras disputas, que para além
de exterminar relações familiares
pode acabar dificultando a efetiva
transmissão do patrimônio para
os herdeiros e até mesmo levar a
dilapidação do patrimônio.
Com um planejamento, por outro
lado, tem-se um maior controle
sobre as etapas da transmissão de
bens e regras para evitar proble-
mas e garantindo, por exemplo, a
a serem distribuídos, claro, sem
desconsiderar as leis vigentes.
Ou seja, ao planejar sua sucessão
em vida, se pode estabelecer como
será a divisão de bens e direitos de
acordo com a sua vontade, e garan-
te que não terão disputas entre os
familiares após a morte.
Ao pensar na sucessão patrimo-
nial, não se pode imaginar que a
pessoa pode dividir seu patrimônio
como ela bem desejar. Nossa legis-
lação obriga o respeito à legítima,
que é o resguardo de 50% do
patrimônio, que deve ser desti-
nado aos pais, filhos e cônjuges
(herdeiros necessários).
Portanto, somente os 50% res-
tantes podem ser doados ou deixa-
dos para outras pessoas, mas nada
impede que se criem regras para a
disposição da legítima como um
todo. Numa primeira etapa pode-se
considerar a totalidade do patri-
mônio e analisar quais as ferra-
mentas legais que devem ser cum-
pridas. Outro ponto importante é
a comparação das alternativas para
sucessão e analisar quais são as
características, pontos positivos e

34 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

negativos de cada uma.  2.Extrajudicial: O inventário
O processo de fazer um levanta-
mento dos seus bens e fazer uma
análise/comparação das ferra-
mentas disponíveis pode ser bas-
tante criterioso. Mas vale lembrar
que é melhor resolver essas pen-
dências em vida do que esperar
que a família tenha que lidar com
tanta burocracia em um momento
de dor e fragilidade.
Além disso, a sucessão patrimo-
nial é importante, pois evita con-
flitos familiares e reduz os valores
dos impostos e encargos relativos
à herança. Isso porque depois da
morte, pode ser bastante dificultoso
lidar com burocracia e impostos.
Regra geral, nas heranças é des-
contado o Imposto de Transmissão
Causa Mortis e Doação (ITCMD).
Trata-se de um imposto estadual
cobrado em cima do patrimônio
(seja financeiro ou não) e em doa-
ções realizadas em vida. A alíquota
deste imposto varia conforme o
estado, então vale a pena consultar
qual a tributação no seu estado.
Por exemplo, para Goiás, Santa
Catarina, Tocantins e Sergipe a
alíquota é de 8%. Em contraparti-
da, no Acre, Espírito Santo, Pará e
São Paulo a alíquota é de 4%. Os
valores variam bastante e está tra-
mitando uma resolução no Senado
para que a alíquota do ITCMD
seja de 20%. Além do imposto,
existe ainda o custo do processo de
inventário. De acordo com a tabe-
la da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), esse valor pode ser
entre 2% e 12%, sendo que ainda
podem ser cobrados honorários dos
advogados, sempre lembrando que
existem dois tipos de inventário:
1.Judicial: Esse tipo de inven-
tário pode ser usado em todos
os casos, porém, ele possui um
custo maior.
extrajudicial é utilizado apenas em
situações simples, isto é, quando
não estão envolvidas pessoas com
menos de 18 anos ou litígios.
Importante aclarar que a
Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo (Alesp) aprovou
em momento bastante recente
(21/12/22), em sessão extraordiná-
ria, o Projeto de Lei nº 511/2020,
que altera o art. 16º da Lei nº
10.705/2000 para reduzir a alí-
quota do Imposto de Transmissão
Causa Mortis e Doação (ITCMD)
no estado de São Paulo. De acor-
do com o projeto, a alíquota do
imposto, que atualmente é de 4%,
seria reduzida para 0,5% nos casos
de transmissão por doação e para
1% nos casos de transmissão por
sucessão causa mortis (isto é, em
decorrência de falecimento).
Caso a proposta seja aprovada,
a lei será promulgada entrará em
vigor na data de sua publicação,
não sendo necessário observar
a anterioridade nonagesimal ou
anual, visto que se trata de pro-
jeto que prevê a diminuição da
carga tributária e não sua majo-
ração ou instituição de novo
tributo. Mas o fato é a questão é
ainda de mera expectativa.
De toda forma, independente-
mente da avaliação do impacto
da aprovação da alteração quanto
a redução da alíquota do Imposto
de Transmissão, a lei brasileira
permite, como forma de opção no
planejamento sucessório, a doação
feita em vida.
Essa doação pode ser realizada
por diversos motivos, tais como
privilegiar um herdeiro ou anteci-
par a distribuição da herança. A
vantagem é que alguns estados
proporcionam a isenção do ITCMD
nas doações até determinado valor
por ano. Logo, nesses estados, vale
a pena se planejar para doar um
pouco por ano para aproveitar a
isenção. No caso do Estado de São
Paulo, a isenção alcança valores até
2.500 UFESPs.
Contudo, antes de começar a
doar, é preciso ficar atento à legis-
lação. Algumas regras que devem
ser respeitadas é deixar metade
do patrimônio para os herdeiros
necessários e não fazer a doação
de todo o patrimônio em vida (é
preciso deixar parte para a sua
subsistência).
Também, no caso da existência
de mais de um filho, é necessá-
rio garantir a paridade dos valores
doados. Quando o doador falece,
os herdeiros que receberam doa-
ções como antecipação da legítima
devem informar os bens e valores
recebidos do doador nessa condi-
ção (antecipação) a fim de igualar
a herança (legítima) entre todos os
herdeiros necessários. Esse proce-
dimento de informar as doações re-
cebidas é chamado “colação”.
Uma questão frequente em casos
envolvendo doações em antecipa-
ção da legítima, e a sua consequen-
te colação no processo de inventá-
rio, diz respeito à apuração do valor
a ser atribuído à doação para fins
de colação, especialmente quan-
do há um decurso considerável de
tempo entre o ato da doação em si
e a abertura da sucessão (ou seja, o
falecimento do doador).
O tema tem sido objeto de mui-
tas controvérsias e, também, de
alterações legislativas nos últimos
anos. O antigo Código de Processo
Civil (Lei nº 5.869/1973) previa
que os bens trazidos à colação
deveriam ser avaliados pelo valor
que tivessem na data do falecimen-
to (abertura da sucessão).
Esse critério vigou até a entrada
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 35

do atual Código Civil de 2002, (Lei
nº 10.406/2002), que alterou o cri-
tério para que o valor a ser trazido
à colação fosse aquele constante
do ato de liberalidade, ou seja, do
ato de doação. Por ser lei posterior
(2002), o Código Civil revogou a
disposição que continha no (ainda
vigente) Código de Processo Civil
de 1973. Com isso, nos processos
de inventário em curso ou abertos
a partir da vigência do Código
Civil/2002 passaram a considerar,
para fins de colação, o valor da
doação - certo ou estimado - cons-
tante do respectivo documento (ex.,
contrato, escritura).
De certa forma, a mudança tra-
zida pelo Código Civil poderia
gerar injustiças entre os herdeiros,
especialmente nos casos de doa-
ções feitas muitos anos, por vezes
décadas, antes do falecimento do
doador. Donatários nessas condi-
ções poderiam se encontrar em
situações mais vantajosas, dado
que trariam bens à colação por
valor histórico, aumentando seu
quinhão na herança durante o pro-
cesso de inventário.
Por algumas vezes, o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) acatou
a legalidade da “injustiça” acima,
reconhecendo que o valor do bem
a ser trazido à colação era o valor
atribuído no momento da doa-
ção, nos termos do art. 2.004 do
Código Civil, acima transcrito.
Todavia, o mesmo STJ atenuava
a injustiça ao admitir a correção
monetária do bem até a data da
abertura da sucessão.
Essa possibilidade de injustiça
permaneceu até a entrada em vigor
do novo Código de Processo Civil
(Lei nº 13.105/2015), cujo art. 639
restabeleceu que a valoração dos
bens trazido à colação deverá ser
feita pelo seu valor à data do fale-
cimento (abertura da sucessão), da
36 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
”
seguinte forma: Art. 639. No prazo
estabelecido no art. 627, o herdeiro
obrigado à colação conferirá por
termo nos autos ou por petição à
qual o termo se reportará os bens
que recebeu ou, se já não os pos-
suir, trar-lhes-á o valor.Parágrafo
único. Os bens a serem conferidos
na partilha, assim como as aces-
sões e as benfeitorias que o dona-
tário fez, calcular-se-ão pelo valor
que tiverem ao tempo da abertura
da sucessão.”
Já na vigência do novo Código
de Processo Civil de 2015 (CPC
2015), o Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJSP) passou a reco-
nhecer que o valor do bem trazido
à colação em inventário deverá
ser aquele apurado na data da
abertura da sucessão (falecimen-
to) e não na data da doação. Em
recente decisão - de maio de 2021
- o TJSP estabeleceu que, com
relação a um imóvel doado a um
herdeiro, o valor a ser considera-
do deveria ser o valor venal do
ano do óbito e não o valor atri-
buído quando da doação.
Com relação às doações em
dinheiro, o mesmo TJSP já havia
decidido que, para fins de colação,
o valor doado deve ser corrigido
monetariamente, obedecendo ao
que dispõe o art. 639, parágrafo
” maneira de reduzir impostos e
único do CPC 2015: Inventário
- Decisão que reconheceu configu-
rada a doação realizada pela autora
da herança ao coerdeiro em adian-
tamento de legítima determinando
que este traga a colação o bem
adquirido - Insurgência do coer-
deiro requerendo que seja colacio-
nado o valor - Conforme cópia do
cheque juntado aos autos verifica-
se que a doação foi da quantia e
não do próprio bem - Colação que
deverá ser feita pelo valor doado
corrigido até a abertura da suces-
são - Art. 639, parágrafo único CPC
-Decisão parcialmente modificada
- Recurso parcialmente provido
.” (TJSP; Agravo de Instrumento
2192746-31.2018.8.26.0000; Data
do Julgamento: 11/02/2019).
Com a modificação introduzi-
da pelo CPC 2015, tem-se que
as colações deverão ser trazidas
ao inventário pelo valor apurado
no momento do falecimento. Se
forem bens imóveis, o valor venal
do ano da abertura da sucessão
parece adequado. Quando feitas
em dinheiro, as doações devem
considerar a correção monetária
do período desde a doação a fim
de evitar que o lapso de tempo
seja causa de injustiças entre os
herdeiros.
Como se vê, a sucessão patrimo-
nial pode suavizar a transmissão
dos bens, diminui a burocracia, os
impostos e os custos, de modo que
o planejamento sucessório patri-
monial é um instrumento jurídico
muito importante como forma de
estabelecer estratégias de preser-
vação de bens e de evitar dispu-
tas e situações envolvendo fatores
emocionais e psicológicos.
Mas é muito importante
conhecer as opções disponíveis.
Comparar todas as alternativas
e conversar sobre elas é uma boa
encargos e evitar conflitos, com
a advertência de que nem sempre
a utilização da doação simples e
direta, pode servir para evitar a
burocracia e problemas futuros.
(*) O autor é advogado, sócio
da Oliveira-Favret Sociedade de
Advogados.
oliveirafavret@oliveirafavret.com.br
Tel.: (11) 2337-6044

CBA vai modernizar fornos de
eletrólise em alumínio
A Companhia Brasileira de
Alumínio (CBA) vai moder-
nizar seus fornos de eletrólise
em sua fábrica no município de
Alumínio (SP), um dos proje-
tos anunciados pela empresa em
seu IPO. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) aprovou o apoio
financeiro de R$ 565 milhões
para o emnpreendimento.
A expectativa é que, com a
implantação do sistema de alimen-
tação automática destes fornos, haja
redução de emissões atmosféricas e
de gases do efeito estufa na etapa do
Librelato inaugura unidade
industrial em Içara (SC)
No dia 17 de janeiro, a Librelato
inaugurou mais uma planta indus-
trial em Içara (SC). Com 11.390m²
de área construída e 40.000m² de
pavimento em concreto pré-mol-
dado, o novo espaço está localiza-
do ao lado da sede administrativa
da Librelato e foi planejado para
otimizar o processo de montagem
final dos implementos. Foram
investidos, ao todo, 46 milhões
de reais, sendo 24 milhões des-
tinados à nova planta industrial
e 22 milhões para melhorias na
área de automação industrial e
processos internos.
“Esse trabalho acontecia, até
então, em duas plantas. Daqui para
frente, ele será facilitado, pois todos
os produtos em fase de montagem
Registro
processo produtivo que transforma
o óxido de alumínio em alumínio
líquido. A tecnologia também pro-
moverá redução no consumo de
água e ganhos em eficiência e segu-
rança para a operação. Em relação à
energia, a iniciativa deve propiciar
diminuição equivalente ao consumo
energético de 30 mil residências.
Os investimentos totais da CBA
neste projeto fazem parte da sua
agenda ESG 2030. O compromisso
da companhia é garantir a oferta
de alumínio de baixo carbono e de
soluções sustentáveis ao mercado,
influenciando positivamente toda a
final e finalização para entrega irão
para esse novo local, que tem capa-
cidade para receber diariamente
90 implementos e gerar 600 novos
empregos diretos no decorrer de
2023, considerando 140 contra-
tações imediatas. Esse feito será
muito positivo para a empresa, pois
trará maior produtividade e qualida-
de à operação”, explica o CEO da
Librelato, José Carlos Sprícigo.
Com a abertura da nova planta,
a Librelato totaliza quatro unidades
industriais, três delas em Içara (SC)
e uma em Criciúma (SC).
ESG - A nova unidade inau-
gurada possui características que
minimizam os impactos ambientais,
seguindo as boas práticas de ESG e
da Indústria 4.0. Uma das soluções
cadeia de valor do alumínio. Para
isso, um dos objetivos da empre-
sa, até 2030, é reduzir em 40% as
emissões de gases de efeito estufa
em sua produção (desde a minera-
ção até os produtos fundidos, tendo
com ano base 2019).
“A modernização dos fornos
está entre as principais iniciativas
da CBA para alcançar o objetivo
de redução de emissões proposto.
Assim, a captação viabilizará o
avanço e a aceleração deste pro-
cesso”, comenta Luciano Alves,
CFO e diretor de Relações com
Investidores da CBA.
sustentáveis que a implementadora
adotou é o sistema de iluminação
natural Domus Linealight, que uti-
liza telhas translúcidas em poli-
carbonato. A solução proporciona
conforto térmico ao ambiente e
bem-estar aos profissionais, além
de gerar economia de energia elé-
trica. A empresa também prevê a
instalação de painéis fotovoltaicos
para geração de energia solar.
Outro aspecto sustentável da
nova planta está na construção de
um sistema de reutilização da água
das chuvas dotado de cisternas para
reserva técnica e tratamento, com
capacidade diária de armazenamen-
to de 40 mil litros. Com o aproveita-
mento, a planta não utilizará a rede
de abastecimento de água externa.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 37
 Taxa de recompra sugere modernização
do parque fabril brasileiro
A taxa de recompra de máquinas
em 2022 aumentou 70% na Simco
Máquinas. O investimento em alta
tecnologia foi registrado tanto na
área de transformação de plástico
como no setor metalmecânico e
usinagem. Para a empresa, esse
aumento significativo aponta que a
modernização do parque fabril das
indústrias brasileiras deixou de ser
tendência e passou a ser realidade.
De acordo com dados da Simco,
os principais motivos para o investi-
mento na renovação de máquinas é
a busca por mais qualidade, redução
do tempo de ciclo de peça e de cus-
tos de produção.
Segundo o engenheiro Renato
Augusto Magna, gerente nacional
Grupo Açotubo prevê aumento
nos investimentos
O Grupo Açotubo, que atua
na distribuição de aço e produ-
tos siderúrgicos no Brasil e na
América Latina, aumentou a pre-
visão de investimentos para 2023
em 10% sobre o aporte realizado
em 2022. O grupo prevê investir
R$ 35 milhões para fomentar
as áreas industrial, logística, TI
e qualidade, em linha com a
recente certificação ISO 14.001
conquistada.
Os investimentos previstos serão
prioritariamente destinados à área
industrial, que deve receber 77%
do aporte, com destaque para a
ampliação de mais 6 mil metros
na planta da área de Soluções,
situada na matriz da empresa, em
Guarulhos (SP). A ampliação mais
38 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
de Máquinas da companhia, os
investimentos não foram somente
na renovação de máquinas, mas
também em ferramentas de ponta,
para conseguir ter um ganho final
considerável em relação ao ciclo de
máquinas ultrapassadas.
“Também identificamos este ano
uma forte demanda para máquinas
de médio a grande porte. É um
nicho de mercado que o Brasil está
carente”, revela.
As máquinas com comandos
numéricos computadorizados, que
ajudam no processo e na qualidade
de usinagem, foram as que regis-
traram maior procura. “A elevada
velocidade de processamento dos
programas atuais reflete diretamen-
que dobra a área atual, de 5 mil
metros. Também estão previstos
R$27 milhões em novos equipa-
mentos, como laser de chapas, pren-
sas, lixadeiras e robôs de solda.
“Em 2023 vamos renovar 40%
de nossa frota própria, visando
atender as normas de emissão
de poluentes, reduzindo em 80%
as emissões de óxido de nitro-
gênio (NOx) e 50% as emissões
de material particulado”, afir-
ma Rubens Ortolani, diretor da
Divisão Distribuição e Logística
do Grupo Açotubo. “Esta reno-
vação vem ao encontro de nossa
mais recente certificação ISO
14001, reforçando nosso compro-
misso nas questões ambientais”.
Os investimentos em 2022 con-
te na qualidade final do produto
usinado”, justifica Magna.
As máquinas mais buscadas pelas
indústrias brasileiras na Simco
foram as injetoras termoplásticas
LOG e máquinas CNC, tanto na
linha de centro de usinagem Feeler
e Euron, quanto na linha de tornos
CNC Euron e DMC. “São máquinas
que conseguem suprir as necessida-
des das empresas com acabamento,
precisão, rapidez na usinagem e
excelente custo-benefício”, explica.
A busca por automatização de
processos também refletiu na alta
demanda por robôs para injeto-
ras, alimentadores para tornos
CNC e robôs 5 eixos para cen-
tros de usinagem.
templaram a renovação de 80%
da planta de corte, totalizando
R$1.700.000 em máquina de corte,
expansora e centro de usinagem
pela Incotep, empresa do Grupo
Açotubo que atua no desenvolvi-
mento de sistemas de protensão e
ancoragem de alta qualidade.
Outro investimento de destaque
foi a implantação do novo ERP
(sistema de gestão integrado) que
integrará toda a produção, vendas
e logística do grupo, aumentando
a produtividade, além criação do
agendamento de retiradas on-line e
uma área destinada para as opera-
ções de logística de carga, possibi-
litando a liberação dos motoristas
no ato da pesagem, com otimiza-
ção de tempo para os clientes.
Fercom produz juntas de expansão para a Petrobrás
A Fercom Indústria e Comércio,
especializada em materiais de
vedação e isolação industrial, ven-
ceu a licitação para fabricação de
duas juntas de expansão não metá-
lica para a Petrobras. A concorrên-
cia pública ocorreu em agosto de
2022, e a peça levou cerca de 60
dias para ser produzida.
Construída na sede da empresa
em São Paulo, capital, as juntas
de expansão foram produzidas de
Comgás adota caminhão com motor GNV
A Comgás, distribuidora de gás
natural, mudou a motorização de
um caminhão de sua frota que era
movido a diesel e agora conta com
motor 100% a gás natural veicular
(GNV). A substituição do disposi-
tivo foi realizada pela Tupy MWM
e o veículo será utilizado na cidade
de São Paulo em operações e servi-
ços da distribuidora.
A troca do motor de diesel para
GNV reduz de 20% a 25% a emis-
são dos gases do efeito estufa, o CO²
(dióxido de carbono). A geração de
poluentes locais e material parti-
Branco Motores quadruplica faturamento em 5 anos
A Branco Motores, que desen-
volve soluções para os setores de
agronegócio, construção civil e flo-
resta e jardim, encerrou 2022 com
motivos para comemorar. A empre-
sa acaba anunciou que atingiu a
meta, definida em 2018, de qua-
druplicar a receita em cinco anos,
porém as conquistas vão além.
Entre janeiro e dezembro, os
produtos lançados representaram
35% da receita; cerca de 150 mil
pedidos realizados por revende-
ponta a ponta conforme demanda
da Petrobras, obedecendo rigoro-
sos padrões de qualidade, dada a
relevância do equipamento e de
sua aplicação na planta da com-
panhia estatal.
De acordo com um especialista
da Fercom, a junta de expansão fun-
ciona como uma sanfona acoplada
em uma tubulação, absorvendo movi-
mentos que podem ser axiais, laterais
e outros, dependendo das condições
culado pode chegar a uma redução
significativa acima de 90%. Além
disso, o gás natural veicular prati-
camente elimina a “fumaça preta”
expelida pelos motores convencio-
nais dos caminhões.
Além de ser mais sustentável para
o meio ambiente, o motor a GNV
oferece uma redução significativa
do custo operacional na compara-
ção com o motor a diesel. “O gás
oferece muitos benefícios, como:
10 a 15% de redução do custo por
quilômetro rodado em relação ao
diesel; fácil manutenção, pois 85%
dores de todo o território nacional
foram atendidos; os promotores de
vendas rodaram mais de 200 mil
quilômetros pelas estradas, treinan-
do e apresentando o portfólio aos
clientes; a plataforma de capacita-
ção certificou mais de 1.000 técni-
cos; e, por fim, para dar o suporte
aos consumidores, a rede de assis-
tências técnicas superou o número
de 1.300 unidades, 40% maior que
quatro anos atrás.
“Alcançar uma meta tão auda-
operacionais dos dutos e tubulações.
A junta de expansão é composta
por fole compensador, selo anti-pó,
isolamento de manta cerâmica e estru-
tura metálica, e contou com a ajuda de
20 funcionários, levando cerca de 12
horas para ser completamente mon-
tada, devido à complexidade de suas
dimensões e peso. Para erguer a peça,
um guindaste manuseou cuidadosa-
mente o equipamento até o caminhão
para enfim ser transportado.
dos componentes são similares aos
usados nos motores convencionais;
abastecimento rápido; e ruído 20%
menor do que a motorização a die-
sel”, fala Guilherme Santana Freitas,
head de GNV da Comgás.
A solução da substituição do motor
a diesel por um motor 100% a gás
vem atender uma demanda do merca-
do que ainda não tinha solução para
caminhões de médio porte. O veículo
foi entregue com motor novo, man-
tendo mesma potência e torque, todo
sistema de gás instalado e documenta-
ção regularizada para o GNV.
ciosa certamente é motivo de gran-
de comemoração, pois demonstra
que as nossas soluções têm sido
muito bem aceitas pelo mercado
brasileiro”, afirma Juliano Silva,
CEO da Branco Motores. “Mas os
números analisados isoladamente
não representam o tamanho do
nosso esforço diário para sempre
levar o melhor aos nossos clien-
tes, garantindo cada etapa da sua
jornada com altos índices de satis-
fação”, acrescenta.
Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 39
 Pilz oferece sistema de
manutenção seguro e simples
Para garantir que os trabalhos
de manutenção sejam realizados
com segurança, o novo bloqueio
de manutenção “key in pocket” da
Pilz protege os operadores contra
reinicialização não autorizada de
uma máquina. O bloqueio digital
de manutenção baseado no sistema
de autorização de acesso PITreader
garante Safety e Industrial Security:
somente pessoas autorizadas podem
ter acesso à máquina ou ao sistema
durante o processo de manutenção;
a manipulação e o funcionamento
incorreto são descartados.
Os sistemas espelhados mui-
tas vezes possuem inúmeras áreas
perigosas que devem ser protegidas
com grades de proteção. Isso exige
requisitos especiais em relação à
segurança: é importante que, por
exemplo, somente pessoas autori-
zadas tenham acesso para trabalhos
de manutenção. Ao mesmo tempo,
deve ser garantido que não haja
nenhuma pessoa na área de perigo
ao reiniciar o sistema.
Com o “key in pocket” a empresa
disponibiliza uma proteção de manu-
Comércio entre Brasil e Estados Unidos
alcança US$ 88,7 bilhões
As trocas comerciais entre o
Brasil e os Estados Unidos em
2022 atingiram o patamar histórico
de US$ 88,7 bilhões. Análise inédi-
ta do Monitor de Comércio Brasil-
EUA da Amcham indica que o
valor superou em US$ 18,2 bilhões
(25,8%) o recorde anterior estabe-
lecido em 2021.
O relatório aponta a ocorrência
40 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023
tenção digital que atende de modo
flexível tanto as exigências de Safety
como de Industrial Security: o “key
in pocket” garante que a máquina
não possa ser reiniciada durante os
trabalhos de manutenção e que pes-
soas não autorizadas não tenham
acesso. A solução, portanto, propor-
ciona Safety contra reinícios perigo-
sos e, ao mesmo tempo, Industrial
Security, pois não é possível manipu-
lar o trabalho de manutenção.
A Autenticação como base de
“key in pocket” se baseia no sistema
de autorização de acesso PITreader
e é implementada com o minicon-
trolador configurável PNOZmulti 2
ou com o sistema de automação
PSS 4000. Os usuários recebem suas
autorizações individuais em uma
chave RFID, que são lidas na porta
de proteção com o PITreader. Isto
permite que um ou mais usuários
autorizados para trabalhos de manu-
tenção se autentiquem no sistema. O
operador sabe a todo momento quem
tem acesso a qual tarefa e também
pode atribuir autorizações temporá-
rias. Após a autenticação bem suce-
de valores recordes nas exporta-
ções e nas importações brasi-
leiras em relação aos Estados
Unidos, com crescimento em
grande parte dos produtos mais
importantes da pauta.
O Monitor mostra que o comércio
bilateral teve desempenho acima da
média do comércio exterior brasilei-
ro. O crescimento das exportações
dida, uma Security ID personalizada
é armazenada para o usuário em uma
lista segura no comando. A máquina
agora pode ser desligada, a porta de
proteção pode ser aberta e é possível
entrar na máquina. Enquanto isso,
as chaves RFID permanecem “no
bolso” dos respectivos usuários “key
in pocket”. Após a realização da
manutenção e após sair da zona de
perigo, todas as pessoas se desconec-
tam, as Security IDs são removidas
da lista segura do comando da Pilz e
a máquina pode ser reiniciada.
Simples e seguro - O bloqueio de
manutenção digital é especialmente
projetado para máquinas com áreas
perigosas resguardadas por cercas de
proteção. Ele oferece uma alternati-
va econômica e eficiente aos blo-
queios mecânicos de manutenção
lock out tag out, que são instalados
em todas as outras portas de prote-
ção. Como é possível entrar ou sair
dos sistemas por diferentes portas
de proteção, “key in pocket” ofere-
ce ao pessoal mais flexibilidade e,
com isso, economia de tempo duran-
te a manutenção.
do Brasil para o mundo foi de 19,3%
enquanto para os Estados Unidos foi
de 20,2%. Já o aumento das impor-
tações totais brasileiras foi de 24,3%
enquanto o das compras vindas dos
Estados Unidos foi de 30,3%. Com
isso, a participação norte-americana
na corrente do Brasil subiu para
14,6%, atingindo o nível mais eleva-
do desde o início da pandemia.
 Produtos, Equipamentos e Serviços
PLUG-IN RECONDICIONAMENTO DE FERRAMENTAS

Hypertherm lança para Contribuição para a

conversão de dados Mastercam economia circular

e informações específicas do Além da economia de custos,

A Hypertherm Associates,
fabricante de produtos e sof-
tware de corte industrial com
sede nos EUA, lança novo
plug-in de software da marca
Robotmaster. O plug-in faci-
lita a conversão de dados
Mastercam CAD/CAM em
um programa robótico otimi-
zado e livre de erros. Uma vez
instalado, os usuários podem
importar arquivos CAD, cami-
nhos de ferramentas, dados
processo diretamente para o
Robotmaster.
Eles podem então sincro-
nizar arquivos para que as
alterações feitas no arqui-
vo Mastercam original
sejam transferidas para o
Robotmaster, sem a necessi-
dade de reprogramação. Além
de uma redução de 75% no
tempo de programação, o
novo plug-in permite que os
usuários usem um método de
programação de robôs que
pode identificar e resolver
automaticamente erros de pro-
gramação que poderiam pas-
sar despercebidos ao usar um
processo manual.
https://www.hyperther-
massociates.com
o recondicionamento de ferra-
mentas de corte contribui para
a economia circular, já que o
recondicionamento como o rea-
lizado pela Seco pode ser apli-
cado à mesma ferramenta duas
ou três vezes (normalmente),
prolongando significativamente
a sua vida útil. Uma ferramenta
recondicionada pela empresa
recupera de 85% a 95% de seu
desempenho original em com-
paração com ferramentas rea-
fiadas. Como não há a necessi-
dade de reajustar os parâmetros
ou sacrificar a performance,
o desempenho da ferramenta
recondicionada atende às estra-
tégias de usinagem avançadas
dos dias atuais, por exemplo, no
fresamento dinâmico.
A empresa aplica o mesmo
processo usado para a fabrica-
ção de novas ferramentas no
recondicionamento. Isto inclui
todas as etapas da reafiação
relevantes no mesmo tipo de
máquina com os mesmos pro-
gramas, tipos de rebolo, bem
como a reaplicação de reves-
timentos que foram aplicados
quando a ferramenta foi origi-
nalmente produzida.
www.secotools.com

CORTE A LASER SOLDA

PR2 oferece Stanley apresenta linha

novas máquinas de entrada
sem perder o design elegante,
com precisão de processamen-
to, alta capacidade de corte e
baixo custo operacional. Um
exemplo prático é a máquina
de entrada G3015-J, que foi
condicionada para ser enviada
de uma só vez, em contêiner
A PR2 Group, representan- convencional, economizando
te exclusiva da Han’s Laser no nos custos de transporte.
Brasil, agora também ofere- As máquinas de menor custo
ce máquinas de entrada mais também possuem a assistên-
acessíveis e com garantia de cia técnica diferenciada que a
produtividade. As linhas pro- PR2 fornece aos clientes, uma
tagonistas são as linhas J, O e vez que os engenheiros cor-
MPS, que são máquinas pen- respondentes da Han’s Laser
sadas para diversas áreas e são residentes no Brasil, justa-
situações que o cliente final mente para oferecer um aten-
pode enfrentar, como eco- dimento personalizado.
nomia nos custos de envio, https://pr2.com.br/
de acessórios
A Stanley ingressou no
segmento de soldagem no
segundo semestre de 2022, ao
lançar uma linha completa de
inversoras. Agora, aqueles que
trabalham com esse serviço
também podem encontrar no
mercado nacional os acessórios
da marca: pinça porta-eletrodo,
garra negativa e esquadro mag-
nético - todos eles pensados
para garantir proteção e segu-
rança ao processo de solda.
A pinça porta-eletrodo
88301 Elite 300 é responsável
por proporcionar segurança ao
profissional durante a solda,
com uma fixação correta e iso-
lamento dos cabos, o que mini-
miza os riscos de choque. Já a
garra negativa 89301 ERTH
300 é utilizada para conectar
a terra. Por fim, o esquadro
magnético 98031 possibilita
o posicionamento correto das
peças antes que a soldagem
seja iniciada. Isso permite que
as mãos do operador fiquem
livres para o trabalho, além
de oferecer precisão nos mais
variados ângulos.
https://br.stanleytools.
global/

Metal-Mecânica - Janeiro - 2023 • 41

 Índice dos anunciantes

A EXPOMAFE-2023 . . . . . . . . . . . . . . . . 11 M
Action . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
F Mouser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4ºCapa

C FISPAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
R
Ceratizit . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ºCapa
H Rayming . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Cika Eletrônica . . . . . . . . . . . . . . 3ºCapa
Holotron . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

D I
Dekfuse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 INTERMACH-2023 . . . . . . . . . . . . . . . 13

E L
Erwin-Junker . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07 Latere . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

42 • Metal-Mecânica - Janeiro - 2023

Inovação, variedade
de componentes
e serviço em
perfeita harmonia
Milhões de componentes
Opções ilimitadas de projetos

Disponível para o envio hoje

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