Technometal N 260

N R - 2 60
GESTÃO E TECNOLOGIAS
INOVAÇÃO NAS EMPRESAS DE

METALURGIA E METALOMECÂNICA
Trimestral – Janeiro | Fevereiro | Março| 2023 7,50€
Produção sem defeitos

com PokaYoke
Plataforma PRODUTECH:
Marketplace Digital para
serviços de software
AIMMAP vai organizar

participação coletiva do
METAL PORTUGAL na
Subcontratación 2023
TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 1

2 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

SUMÁRIO
(2) Editorial Crescimento ecnonómico e social
(4) Inovação & Design Processos de Decisão em Design de Iluminação
(10) Gestão & Tecnologias Produção sem defeitos com PokaYoke
(16) Divulgação e Promoção Plataforma PRODUTECH - Marketplace Digital para

Ser-viços de Software
(24) Responsabilidade Social CENFIM - Plano de Formação - abril, maio e junho de 2023
(27) Notícias AIMMAP integra o consórcio do Projeto Hi-Rev – Recupe-

ração do Setor de Componentes Automóveis
(28) As Experiências de Internacionalização Regressam à

AIMMAP
(28) AIMMAP recebeu visita da Ministra do Trabalho, Solidarie-

dade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho
(30) AIMMAP renovou o Compromisso Pagamento Pontual
(31) AIMMAP recebeu a visita de Pedro Cilínio, Secretário de

Estado da Economia
(32) AIMMAP vai organizar participação coletiva do METAL

PORTUGAL na Subcontratación 2023
Anunciantes deste Número

Bohler (29) - CATIM (Contra-Capa) - CENFIM (V.C.Capa)
- CERTIF (15) - EMAF (2) - METAL PORTUGAL
(V.Capa)
REVISTA Informação Técnico-Científica de Metalurgia e Metalomecânica Ano XXXVIII 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 Diretor Vitor Neves Diretor
Executivo (Diretor Adjunto) Rafael Campos Pereira Diretor Técnico-Científico (Sub-Diretor) Hermenegildo Pereira Coordenação Gráfica e Publicidade Cristina
Veiga Propriedade e Edição, Redação e Administração AIMMAP Rua dos Plátanos, 197 – 4100-414 Porto, Telf.: +351 226 166 860, Fax: +351 226 107 473, E-mail: aimmap@
aimmap.pt NIPC: 501072349 Periodicidade Trimestral ISSN 0870-8444 Registo na E.R.C. Nr. 123485 Depósito Legal: Nr. 45433/91 Estatuto editorial (ver http://www.me-
talportugal.pt/p452-revista-tecnometal-pt), Órgãos Sociais AIMMAP (Triénio) Triénio 2022-2024 - Assembleia Geral: Pres.: Aníbal Campos (SILAMPOS, S.A.), Vice-Pres.:
Rui Ferreira Marques (FERREIRA MARQUES & IRMÃO, LDA.), Sec.: Isabel Oliveira(BLASQEM, LDA.); Direção: Pres.: Vítor Neves (COLEP PACKAGING PORTUGAL,
S.A.), 1º Vice-Pres.: Fernando Sousa (CEI, LDA.), Vice-Pres. Exec.: Rafael Campos Pereira, Vice-Pres.: Elísio Azevedo (ELÍSIO PAULO & AZEVEDO, LDA); Cristina Boia
(EXTRUSAL, S.A.); Bernardino Meireles (ANTÓNIO MEIRELES, S.A.); Joaquin Almeida (FUNDIVEN, S.A.); Pedro Sousa (T.S.F., LDA.); Raquel Santos (A METALÚRGI-
CA, S.A.); Miguel Mata (ADIRA, S.A.); Miguel Franco (SCHMITT, LDA.); Vice-Pres.: Sup.: Alexandra Matias (ALEXANDRINO MATIAS & Cª, S.A.) e Clara Marques (MANUEL
MARQUES, HERDEIROS, S.A.);Conselho fiscal: Pres.: Domingos Matos (RAMADA AÇOS, S.A.); Relator: Élio Maia (FAL, S.A.); Vogal: Liliana Marques (SERAFIM A. S.
FERREIRA MARQUES, LDA.) Produção, MULTIPONTO, S.A. Rua da Fábrica, Nr. 260 – 4585-013 Baltar Tel.: +351 225 193 400 e-mail: multiponto@mail.telepac.pt
EDITORIAL
Crescimento Económico Saudável

O METAL PORTUGAL fechou o ano de 2022 com mais um recorde das exportações: 23.080 milhões de
euros de vendas ao exterior.
Um valor impressionante. Principalmente porque não podemos esquecer o contexto adverso que atra-
vessamos: crise energética, inflação, instabilidade política mundial com o cenário de guerra na Ucrânia,
política fiscal asfixiante e uma política governativa de costas voltadas para a iniciativa privada.
Mas a verdade é que, tal como aconteceu nas anteriores crises, o setor metalúrgico e metalomecânico é
hoje, uma vez mais, um balão de oxigénio da economia nacional. O setor sozinho representa uma terça
parte do contributo da indústria para a economia nacional, em vetores tão relevantes como o emprego,
investimento e criação de riqueza, além das exportações obviamente.
E se esta realidade se verifica, deve-se quase em exclusivo à audácia, coragem e competência da inicia-
tiva privada que a atual filosofia governativa prefere ignorar.
Não restam dúvidas de que qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável de um país do mundo
ocidental, estará necessariamente colada a uma sólida base produtiva radicada na indústria.
O crescimento é o grande imperativo da economia portuguesa. E sabendo que as empresas são quem
mais contribui para a criação de riqueza em Portugal, deveria ser uma obrigação do governo saber
aproveitar as verbas do PRR e do PT2030 para serem canalizadas para a iniciativa empresarial.
A prosperidade e o bem-estar social foram gerados pelo empreendedorismo e pela iniciativa privada,
que nos últimos séculos foram o único motor do progresso socioeconómico. Foi graças ao lucro gerado
pelas empresas privadas que milhares de milhões de pessoas saíram da pobreza.
Mas infelizmente a desilusão é grande e, nos primeiros concursos do PT2030 recentemente lançados, o
executivo optou por continuar de costas voltadas com as empresas.
Não há como contornar a importância da iniciativa privada no progresso socioeconómico de uma na-
ção. Portugal precisa de mecanismos para incentivar a inovação e a investigação e desenvolvimento
nas empresas, para a formação e qualificação dos recursos humanos, para a internacionalização das
empresas, para a redução dos custos de contexto e mesmo para uma reforma fiscal.
Porque não há crescimento sem sustentabilidade. Se por um lado os recursos do planeta são escassos,
também a aposta nas pessoas é fundamental. O investimento em formação, qualificação e condições
de trabalho é crucial para o aumento da produtividade e para a promoção salarial. Este é o caminho
sustentável para promover maior coesão social, tão fundamental e importante para evitar movimentos de
recessão económica.
Sem criação de riqueza por parte das empresas não haverá emprego, nem desenvolvimento.
O METAL PORTUGAL conhece bem não só a realidade conjuntural, como a realidade estrutural em que
vive. E, portanto, a sua estratégia de crescimento para o horizonte 2030 anunciada na Conferência
Anual da AIMMAP no início do mês de maio, contorna dificuldades e ultrapassa obstáculos, muitos deles
nascidos diretamente da política económica e fiscal praticada.
É um plano de ação que agarra o futuro e concretiza oportunidades, apostando no crescimento,
na produtividade e valor acrescentado, na sustentabilidade, na capacitação e na alavancagem da
promoção externa.
Porque se o crescimento da economia portuguesa desilude, o certo é que cada vez mais o METAL POR-
TUGAL rema contra a maré, faz o que lhe compete e continua a crescer e a promover empenhadamente
a saúde socioeconómica do país.
Sofia Veloso Ferreira
Assessora da Direção da AIMMAP

INOVAÇÃO & DESIGN
Processos de Decisão em Design de Iluminação
Autor: Rui Canela Lopes (ESAD / ESAD.IDEA - Investigação em Design e Arte)
“Technology and aesthetics, the quantifiable and the emotionally tangible, should no longer be treated as separate mat-
ters, but be united in dynamic lighting concepts to form lighting scenarios that try specifically to enhance the atmosphere
of a space and augment the users’ physical and psychological wellbeing.” Jolante Kugler
RESUMO
Este artigo apresenta e desenvolve três casos de estudo de design de iluminação
produzidos no âmbito académico da ESAD de forma sequencial e complementar,
analisando os respetivos processos de decisão e estruturando de forma sistemáti-
ca os aspetos técnicos, compositivos e metodológicos.
INTRODUÇÃO ESPAÇO EXPOSITIVO - GALERIA QUADRA –

Pretende o artigo explorar e sistematizar “AS SAIAS DA MARIA”
a complexidade dos processos de deci- No primeiro caso de estudo, o objetivo consistiu em conceber um projeto
são de design de iluminação, através de de iluminação, na Galeria Quadra, espaço expositivo da Câmara Muni-
três situações de projeto de iluminação cipal de Matosinhos e gestão de curadoria da responsabilidade da ESAD,
elaboradas no âmbito da produção da referente a uma exposição da designer de moda Maria Gambina. Para
ESAD – Escola Superior de Arte e De- a exposição, intitulada “As saias da Maria” foi proposta a alteração do
sign de Matosinhos. espaço da galeria, dinamizando-a através de iluminação performativa e
criando um ambiente diferenciado, colorido e dinâmico (ESAD, 2023a).
Os três casos de estudo têm em comum O projeto expositivo foi concebido pela Arquiteta Desirée Pedro, docente,
a extrema brevidade no prazo disponí- na altura, da ESAD.
vel para o projeto de iluminação, que
oscilou entre dois e quatro dias e o re- A galeria de espaço expositivo é composto por dois pisos com duplo pé
duzido orçamento, condensando o nor- direito, tendo-se suspendido
mal processo de análise, exploração de as saias no vão central atra-
solução, teste e instalação, que tornaram vés de cabos (figura 1). No
pertinente sob aspetos técnicos, científi- que se refere à análise de
cos, metodológicos e pedagógicos a re- iluminação, a galeria possui
uma iluminação periférica
flexão sobre o processo de decisão.
de lâmpadas de mercúrio de
baixa pressão, de luz branca
Os três projetos foram desenvolvidos na
de 5000K, de diâmetro T5 e
ESAD durante a docência da Unidade
uplights de halógeno de bai-
Curricular de Luminotecnia, englobando xa intensidade com 5000K
um projeto expositivo e duas situações no vão central. O piso supe-
de projetos desenvolvidos por estudan- rior possui T5 em linhas para-
tes da licenciatura e mestrado em design lelas de 5000k O ambiente
de interiores da ESAD. lumínico é descaracterizado. Figura 1 – Espaço expositiva da exposição “As

INOVAÇÃO & DESIGN
O processo de decisão de projeto, necessariamente rápido, revela duas do as provas que a confirmam. A deci-
condições incompatíveis: resolver a questão técnica da iluminação das são de refletir conscientemente, usando
saias suspensas; e criar um ambiente performativo (colorido e diferen- o sistema 2, torna o processo de tomada
ciado). De acordo com Russel (2012), o design de iluminação, estrutura- de decisão mais longo e com mais ite-
-se num processo de engenharia inversa: conhecer os efeitos lumínicos; rações.
estudar o efeito emocional da iluminação nos utilizadores; e finalmente
identificar os mecanismos responsáveis pelo efeito emocional nos utiliza- Sigman (2018), demonstra, igualmente,
dores. Fará então sentido que o objetivo do design de iluminação seja o o processo intuitivo, inconsciente e mais
de provocar emoções positivas nos utilizadores, seguindo uma determina- rápido, que é tanto mais útil e menos sus-
da metodologia. Russel (2012) refere, ainda, que a metodologia poderá cetível a enviesamento quanto maior a
passar pela análise do espaço, pelo conhecimento das reações humanas especialização individual.
ao espaço iluminado, no domínio das variáveis de iluminação, no uso de
camadas de luz e finalmente na escolha das soluções técnicas e equipa- Citando a psicóloga e educadora Da-
mentos de iluminação. Como exemplo de camadas de iluminação, indica nielle Mcnamara, Sigman (2018) revela
a orientação, o ambiente, o destaque e finalmente a execução de tarefas, que as variáveis mais pertinentes no pro-
como exemplo de camadas. Refere que o ambiente e o destaque exigem cesso de decisão e aprendizagem não
soluções técnicas distintas de iluminação para dar resposta às necessida- são a atenção, inteligência ou empenho.
des complexas do espaço. O mais decisivo é o que já se sabe pre-
viamente sobre o assunto. Os recursos
para esboçar a solução, mesmo com
Winchip (2011) sintetiza a iluminação de um espaço em apenas três cate-
concentração total, dependem dos co-
gorias, ou camadas: luz geral, luz para tarefas e luz ambiente. Na luz ge-
nhecimentos anteriores.
ral inclui a orientação e designa equipamentos de luz distintos para cada
categoria. Descottes (2011), descreve a lei fundamental da luminotecnia:
Os resultados de Sigman (2018) são ca-
a intensidade de uma fonte de luz é inversamente proporcional ao qua-
tegóricos e conclusivos. Quem aprendia
drado da distância à superfície iluminada. Refere, igualmente, através do
menos, ativava mais o córtex pré-frontal,
seu projeto performativo da Gare de Lille, em França, que o uso de luz
isto é, esforçava-se mais e decidia mais
colorida pode intensificar a experiencia emocional dos utilizadores de um
lentamente. O esforço é inversamente
ambiente. Luz magenta ou vermelha pode criar um sentimento de euforia,
proporcional ao conhecimento prévio. O
enquanto luz azul pode inspirar calma. caminho só se aprende bem quando se
pode percorrê-lo sem precisar de estar
No projeto da Galeria Quadra, resolver a questão técnica das saias sus- atento a cada passo. Com a ressalva de
pensa, torna-se acessível medindo a distância do teto à saia mais distante, que com o mesmo conhecimento e expe-
que era de 4.5 metros. Foi possível calcular a intensidade dos projetores. riência prévia, mais atenção é preferível.
Foram escolhidos 4 focos com lâmpadas de iodetos metálicos de 6000
lumens de distribuição ampla de 120º para minimizar as sombras nas saias Em continuação a esta sequência de da-
mais recuadas. O índice de restituição cromática (IRC) escolhido foi de 95 dos, a solução para o problema da cor
para garantir as cores das saias expostas. O IRC varia entre 0 e 100, e da Galeria Quadra surgiu com rapidez
quanto mais alto for o valor, maior é a fidelidade das cores dos objetos através do conhecimento prévio. Tendo
iluminados. experimentado anteriormente os filtros
de PVC coloridos de marca Roscoe para
Sigman (2018) revela através da neurociência, que os processos de deci- lâmpadas tubulares, foi proposto utilizar
são oscilam entre a deliberação e a intuição. Quando as variáveis de um filtros tubulares mais baratos e envolver
problema são múltiplas, o impulso inconsciente, rápido e intuitivo é mais as lâmpadas existentes, mudando dessa
eficaz. O processo racional e dedutivo, consciente, é mais lento, e mais forma a cor do espaço com as mesmas
adaptado a problemas com poucas variáveis. Intitulado de processo exe- lâmpadas. Sem equipamento adicional
cutivo, ativa o córtex pré-frontal e exige uma maior concentração. a solução foi encontrada.
Usando a experiência de Descottes
Kahneman (2022) refere-se ao mesmo processo de decisão, distinguin- (2011), foram escolhidos filtros verme-
do entre o sistema 1), intuitivo, que é usado com rapidez, não podendo lhos para o piso inferior e azuis para o
nunca ser desligado, e o sistema 2), que exige concentração e reflexão piso superior. A luz branca iluminou as
e esforço consciente. O sistema 1 é particularmente suscetível a processo saias, intensificando a cor dos tecidos e
de enviesamento (bias) a que chama efeito confirmativo por inflação de o resto do espaço ficou alterado pela in-
confiança, recusando os indícios que contrariam a tese inicial e reforçan- tensificação da cor (figura 2).

INOVAÇÃO & DESIGN
madeira para propor uma forma geométrica piramidal de 12 lados estru-

turada por módulos (figura 4). Para a implementação da solução de ilu-
minação da árvore, fez-se a análise espacial que consiste numa estrutura
geométrica de madeira com bancos na sua parte inferior e que teria de ser
resistente à chuva e intempéries. A iluminação da estrutura seria um aspeto
fundamental para a inauguração e o uso da árvore pelos utilizadores du-
rante o período noturno.
Figura 2 – Exposição “As saias da Maria”.
Faria (2014), refere-se à importância

da experiência prévia no processo de
projeto classificando-a como diferentes
tipos de memória que se complementam
e concorrem para a solução do proble-
ma. Memória ativa consciente, incons-
ciente, que inclui a informação teórica Figura 3 – Produção da maqueta da árvore de Natal pelas estudantes.
e a memória viva, esta última relativa à
experiência concreta, vivenciada direta-
mente.
Conclui-se que no processo de decisão

deste caso de estudo, foi usado o pro-
cesso executivo consciente de Sigman
(2018) ou o sistema 2 reflexivo de Kah-
neman (2022) na iluminação técnica das
saias. Na solução da luz ambiente colo-
rida, foi usado o processo intuitivo, mais
rápido através do uso do conhecimento
especializado e do conhecimento e ex-
periência prévia e igualmente através da
aplicação da memória ativa consciente.
AUTO – CONSTRUÇÃO
- ÁRVORE DE NATAL
HABITÁVEL
Figura 4 – Árvore de Natal habitável.
O segundo projeto de iluminação con-

siste num projeto desenvolvido para a Boyce (2014) indica que no processo percetivo visual do efeito luminoso,
Câmara Municipal de Paredes, que con- a menor estabilidade ocorre quando se verificam muitas variáveis na or-
sistia em projetar e construir uma Árvore ganização espacial, como o caso da disposição de mobiliário ou as cores
de Natal habitável (ESAD, 2023b). O das superfícies, ou se o sistema visual tem um papel reduzido na perceção.
projeto desenvolvido por estudantes (fi- Pelo contrário, a maior estabilidade verifica-se no caso de objetos em que
gura 3) da ESAD e selecionado, utiliza o brilho e o contraste são percecionados de forma estável e imediata. Ta-

INOVAÇÃO & DESIGN
nizaki (2008) acentua a importância da utilização da sombra para a per- riores como se observa nas imagens da
ceção das formas, das superfícies e dos materiais, evitando o excesso de figura 5.
iluminação. Mende (2012) sintetiza a atitude projetual através da interde-
pendência dinâmica entre a luz e a sombra, através do efeito de contraste,
que exemplifica através dos pratos japoneses shiruko e shio-konbu, pratos
de algas salgadas e sopa doce de feijão. O contraste entre os sabores
alternados provoca uma perceção mais rica do que apenas com os pratos
isolados. Indica que o valor preceptivo da luz e da sombra não é absoluto
nem numérico, mas depende em grande medida das características e va-
riabilidade da envolvente e da manipulação de baixos valores lumínicos
subtis acentuados com a aplicação simultânea da sombra contrastante.
Sigman (2018) refere que no processo de decisão é crítica a ocorrência

do erro de previsão. Quando criamos um modelo interior no processo de
previsão, ou simulação do que vai acontecer, no caso de a resposta ser
diferente da esperada existe uma surpresa. O erro de previsão expressa
a diferença entre o que esperamos e o que observamos na realidade e é
codificada num circuito neuronal nos gânglios basais que gera dopamina.
O sinal dopaminérgico reconhece e responde à diferença entre o previsto
e o encontrado e é o combustível vital para a aprendizagem, pois os circui-
tos irrigados por dopamina tornam-se maleáveis e predispostos à mudan-
ça. Ao contrário, na ausência de dopamina os circuitos neuronais são na
maioria rígidos e pouco maleáveis.
Figura 5 – Tipo de foco utilizado na iluminação
da árvore e seu aspeto quando iluminada.
A importância do processo de decisão é fundamental no projeto. Sabendo
que no projeto e, especificamente neste caso do design de iluminação, se
favorece o teste real da solução projetada, o efeito surpresa e a reação A solução de projeto proposta permite
neural respetiva permite desenvolver um ambiente favorável e mais eficaz atingir, mesmo com uma iluminação de
de aprendizagem do processo luminoso. Compreende-se, então, que por baixa intensidade, um destaque volumé-
mais sofisticados que sejam os processos de desenho e simulação compu- trico significativo através da acentuação
torizada, o teste da solução real favorece o processo de aprendizagem do da sombra e do contraste entre o interior
ponto de vista da neurociência. e o exterior da estrutura. Este efeito seria
nulo com uma iluminação distante.
Considerando o valor do teste da solução e da experiência real e viven-
ciada, para o design de iluminação da árvore de Natal, foi usada a ex- Brandi (2001), expressa a convicção
periência prévia de um workshop de iluminação orientado pelo Engº Nor- que que o design de iluminação deve re-
berto Ribeiro, no qual foi experimentada a diferença entre os sistemas de cuar e usar o mínimo de luz possível. Re-
iluminação distante e a iluminação rasante para a acentuação do volume fere que sem o uso de sombras é impos-
e da sombra. sível modelar superfícies com luz. Este
caso de estudo permite constatar que a
Para a iluminação da árvore, foram propostos a aplicação de pequenos aplicação da metodologia do design de
projetores colocados no interior da estrutura, em cada aresta com incidên- iluminação através do uso das sombras
cia rasante orientados para cima, acentuado o contraste interior e exterior e do contraste juntamente com o conhe-
maximizando a sombra e a volumetria. A empresa Softlight disponibilizou cimento e experiência prévia, e com a
projetores de LED de baixo consumo com um índice de proteção 65 para sistematização do processo de decisão
resistir à água da chuva. Um IP 65 significa proteção total contra a entrada de projeto permite dar resposta eficaz a
de pó e resíduos e proteção contra de jatos de água de baixa pressão de prazos muito curtos em situações com-
qualquer direção. pletamente novas.
Os projetores utilizados possuem uma rótula que permite a rotação e orien- O processo intuitivo e o executivo foram
tação no ângulo rasante desejado, com a estrutura de madeira contendo usados juntamente com a memória viva e
a totalidade do foco, evitando a poluição luminosa na direção do céu e a memória consciente ativa. No entanto,
prevenindo o encandeamento dos utilizadores sentados nos bancos inte- este caso revela que o necessário teste

INOVAÇÃO & DESIGN
prático da solução necessita ainda de decisão é uma corrida entre emocional e o racional. Argumentos emocio-
novas ferramentas tecnicamente mais nais são codificados na parte média do córtex frontal e as provas a favor
flexíveis. das considerações racionais na parte lateral do córtex. Em cada decisão
são considerados argumentos racionais e emocionais. A aprendizagem
PONTE PEDONAL NA tem algo de declarativo, explícito ou consciente e não declarativo ou implí-
CIDADE ESPINHO cito e inconsciente. Como exemplo de processos implícitos temos o apren-
der a ver e a andar, dificilmente convertidos em linguagem e instruções
precisas para outrem. A aprendizagem eficaz, além de ativar processos
Os estudantes da Licenciatura em De- emocionais, deve estabelecer uma ponte entre o implícito e o declarativo.
sign de Interiores da ESAD desenvol-
veram um projeto de construção de um Do ponto de vista da neurociência, os dois processos são distintos: um uti-
modelo físico de uma ponte para unir as liza o córtex dorsal, num processo consciente, lento e esforçado. Quando
duas margens do rio Largo em Espinho pela repetição sistemática o processo se automatiza, é utilizado o córtex
(ESAD, 2023c). Para a análise espacial ventral, mais direto, rápido, sem intervenção consciente.
da iluminação da ponte, fez-se o levan-
tamento da tipologia geometral e ma- Sigman (2018) sintetiza que a aprendizagem consiste então na passagem
térias utilizados, neste caso barrotes de e transferência de um circuito para o outro, permitindo que a atenção e
madeira com bancos corridos nos dois o esforço se dediquem a novos processos e desafios. Verificámos que a
lados (figura 6). experimentação e o teste prático da solução de projeto otimiza o processo
de design de iluminação. Torna-se então pertinente otimizar do ponto de
vista metodológico a experimentação da solução de projeto.
Como processo de investigação, foi adquirido e testado a aplicação de

equipamento de iluminação de LED (figura 7) operado a baterias, con-
trolados remotamente por aplicação de telemóvel ou por controlo remoto
dedicado. Estes equipamentos são orientados para a área da cinemato-
grafia. No entanto através da investigação verificou-se que estes equipa-
mentos correspondem às necessidades de teste das soluções de design de
iluminação pela sua grande portabilidade, autonomia, controlo de tempe-
ratura de cor, matiz, intensidade e distribuição espacial.
Figura 6 – Ponde pedonal em madeira.
Stokes (2005) criou uma taxonomia do

conhecimento científico. A investigação
científica poderá ser dedicada à com-
preensão fundamental dos fenómenos
ou orientada para considerações de
uso prático. Quando o conhecimento Figura 7 – Tipo de projetor LED utilizado na iluminação da ponte pedonal.
científico engloba as duas áreas simul-
taneamente, Stokes (2005) nomeou-o Este equipamento portátil teria permitido testar com mais rapidez a solu-
como pertencente ao quadrante Pasteur, ção luminosa do segundo caso de estudo sem a necessidade dos projeto-
a zona de confluência entre a investiga- res finais. Permitiu, no entanto, o teste da solução deste terceiro caso. Com
ção pura e a aplicação real. a experiência prévia e o conhecimento metodológico da importância da
contraste e da sombra, foi testada uma solução iluminando apenas um
Sigman (2018) refere que o processo de dos lados da ponte com colocação na parte superior da estrutura orien-

INOVAÇÃO & DESIGN
tada diagonalmente para o tabuleiro e para a estrutura oposta da ponte, va de aprendizagem cresce até um valor
usando luz rasante por baixo dos bancos dirigida para o lado oposto. A onde se estabiliza, um equilíbrio tácito
decisão de projeto foi tomada de forma intuitiva e rápida, usando o siste- entre o desejo de melhorar e o esforço
ma ventral, ainda com transição entre o processo implícito e o declarativo, que isso requer. A definição da zona
com estímulo emocional, pela possibilidade de teste imediato da solução de conforto, no entanto está longe do
luminosa (figura 8).
próprio teto constitutivo, que não é estri-
tamente genético, nem biológico. A mu-
dança do ponto em cada indivíduo sente
que a meta foi atingida é um fenómeno
cultural e social. Através da intenção
deliberada do indivíduo em colocar-se
permanentemente em situações novas e
desafiantes, os circuitos neuronais reor-
ganizam-se mesmo na idade adulta.
No caso do design de iluminação, o fa-

Figura 8 – Ponte pedonal com iluminação noturna, com evidente contraste ente ilumina-
tor emocional, como verificamos, facilita-
ção e sombras.
dor da aprendizagem pela produção de
Conseguiu-se obter o contraste entre os dois lados da ponte através do dopamina, é facilitado pelos novos equi-
uso da sombra. Foi decidido aplicar apenas quatro pequenos projetores pamentos tecnológicos tendencialmente
de LED de baixa intensidade na estrutura superior e quatro projetores de miniaturizados que permitem ensaios e
luz rasante por baixo de um dos lados dos bancos de madeira, mantendo testes práticos das soluções luminosas
e acentuado o contraste e a sombra na estrutura de madeira. A solução em todas as situações e locais. A adoção
luminosa final está a ser instalada durante a redação deste artigo. do risco, dos novos desafios de ilumina-
ção na deliberada e permanente zona
de desconforto é a atitude metodológica
CONCLUSÕES
que garante o equilíbrio sempre dinâmi-
Sigman (2018) demonstra que do ponto de vista da neurociência, a cur- co entre a emoção e a razão.
BIBLIOGRAFIA
Brandi, U. (2001). Lightbook- The Practice of Lighting Design. Birkhauser.
Boyce, P. (2014). Human Factors in Lighting. CRC Press.
Descottes, H. (2011). Architectural Lighting- Designing with Light and Space. Princeton University Press.
ESAD. (2023a). As saias da Maria. https://esad.pt/pt/news/as-saias-da-maria
ESAD. (2023b). Christmas treehouse – auto-construção. https://esad.pt/pt/news/christmas-treehouse-auto-
-construcao
ESAD. (2023c). Ponte habitada. https://esad.pt/pt/news/ponte-habitada
Kahneman, D. (2022). Pensar Depressa e Devagar. Círculo de Leitores.
Mende, K (2012). Lighting Design – Designing with Shadow. Rikuyosha Co. Ltd.
Russel, R. (2012). The Architecture of Light. Conceptnine.
Sigman, M. (2018). A Vida Secreta da Mente. O nosso cérebro quando decidimos, sentimos e pensamos. Círculo
de Leitores.
Stokes, D. (2005). O Quadrante de Pasteur- A Ciência Básica e a Inovação Tecnológica. Unicamp
Tanizaki, J. (2008). Elogio da Sombra. Relógio D’Água Editores.
Winchip, S. (2011). The Fundamentals of Lighting. Fairchild Books.

Produção sem defeitos com PokaYoke
Autor: Rui Marques (Actio Lean Consulting)
RESUMO
Neste artigo falamos sobre como produzir sem defeitos com um sistema de inspeção
na origem e utilizando dispositivos Poka Yoke, que permitem uma inspeção a 100%,
integrada no processo, e com custos muito baixos.
Palavras-chave: Poka Yoke e Jidoka
INTRODUÇÃO  Custos de Falhas Internas: custos inerentes à correção de defeitos,

quando detetados no interior da empresa. Incluem, entre outros, cus-
É antiga a preocupação, nas empresas tos relativos a rejeição, refugo, sucata, recuperação de produto, re-
operando em mercados concorrenciais, inspecção, ...
em não enviar produtos defeituosos para  Custos de Falhas Externas: custos inerentes à resolução de proble-
os clientes. Faz também parte da cultu- mas ocasionados por produtos defeituosos detetados no cliente ou
ra empresarial a noção do aumento de no mercado. Incluem, entre outros, custos relativos ao processamento
custos devidos à não qualidade. de reclamações de clientes, cobranças, devoluções, envios urgentes,
Por ordem crescente, estes custos classi- penalizações, garantias, ...
ficam-se em: O custo de um problema de qualidade aumenta exponencialmente quan-
do progredimos na cadeia de valor e nos aproximamos do cliente, pelo
 Custos de Prevenção: custos de ati-
que é muito importante evitar a ocorrência de defeitos ou, caso tal não
vidades e meios que pretendem evi-
seja possível, detetá-los o mais cedo possível.
tar a geração de defeitos. Incluem,
entre outros, custos referentes à revi-
são de novos produtos, desenvolvi-
mento de fornecedores, estudos de O CONTROLO DE QUALIDADE
capacidade do processo, equipas
Na sua evolução ao longo do tempo, o Controlo de Qualidade começou
de melhoria de qualidade, forma-
por incidir na inspeção do produto terminado, no final do processo e antes
ção e treino, sistema da qualidade...
da sua expedição, a fim de evitar o envio de defeitos para o cliente. O
 Custos de Avaliação: custos relati- controlo era feito por inspetores (controladores) da qualidade, externos
vos a atividades e meios destinados ao processo produtivo. Este método apresentava várias limitações, apesar
à deteção precoce de defeitos que da mobilização de meios consideráveis: por um lado não se conseguia
ocorram. Incluem, entre outros, cus- garantir que não fossem enviados produtos com defeito para os clientes,
tos referentes a controlo de receção por outro lado, os defeitos que eram detetados estavam no final da cadeia
de materiais, controlo de qualidade de valor, com todos os custos inerentes.
no processo, controlo de qualidade
final, auditoria, calibração de instru- De seguida, passou-se para uma fase em que a inspeção dos produtos era
mentos de medida, ... feita no final de cada etapa do processo, ainda por inspetores externos ao

fabrico. Este método mostrou ser mais eficaz que o anterior, sendo possível toda a produção, detetar de imediato
diminuir (mas não eliminar) o número de produtos defeituosos enviados ao qualquer anomalia e impedir a produ-
cliente, e reduzir o seu custo, já que a sua deteção era feita ao longo da ção de defeitos, sem incorrer nos custos
cadeia de valor, e não apenas no seu final. que normalmente associamos à inspeção
(externa ao processo) a 100%.
Mais tarde, foi instituído o controlo consecutivo e o autocontrolo, realiza-
dos pelos próprios operadores de produção. No controlo consecutivo, o Os erros humanos por inadvertência são
operador de cada etapa do processo produtivo inspeciona o produto re- comuns e, em processos que não são su-
sultante da operação anterior, ou seja, o cliente (interno) verifica a qua- ficientemente robustos, podem originar
lidade do produto que lhe é enviado pelo seu fornecedor (interno). No defeitos. Os sistemas anti erro são dire-
autocontrolo, cada operador inspeciona o produto imediatamente após ter cionados aos erros por inadvertência e
concluído a operação de valor acrescentado que lhe compete. Pretendia- têm como objetivo evitar estes erros ou
-se envolver os operadores no controlo de qualidade, dando-lhes autono- impedir que estes se convertam em de-
mia e mais responsabilidade. Pretendia-se também detetar defeitos o mais feitos.
cedo possível e lançar de imediato eventuais ações corretivas. Foi assim
Os sistemas à prova de erro estão há
possível reduzir ainda mais o número de defeitos bem como o seu custo.
muito presentes no nosso dia-a-dia, no-
Em paralelo, deu-se também o desenvolvimento e a evolução do controlo meadamente em dispositivos relativos
de processo, com a aplicação de técnicas de tratamento estatístico de da- à segurança das pessoas em casa, em
dos (Controlo Estatístico do Processo), tema de um próximo artigo. ambiente hospitalar e na estrada. Apre-
sentamos de seguida alguns exemplos
A evolução do Controlo de Qualidade descrita muito sumariamente nos destes mecanismos:
parágrafos anteriores permitiu reduzir consideravelmente os níveis de de-
feitos e, consequentemente melhorar o nível da qualidade enviada ao
cliente assim como os custos globais. No entanto, os defeitos continuavam
a surgir e, em certos casos, a escapar aos sistemas de inspeção e a serem
expedidos para o cliente.
Desenvolveu-se então, um novo paradigma de controlo de qualidade: em

vez de se inspecionarem os produtos (em-curso ou terminados) para se
detetarem defeitos que eventualmente tivessem sido produzidos, a ênfase
passava a ser equipar os processos com sistemas que evitassem a produ-
ção de defeitos, tornando a prazo desnecessária a inspeção dos produtos.
A PREVENÇÃO DE DEFEITOS E OS DISPOSI-

TIVOS ANTI-ERRO
O paradigma da prevenção dos defeitos pretende assim impedir que os
defeitos ocorram, minimizando o custo de não qualidade, eliminando as
componentes de custos de avaliação e de falhas internas e externas.
Um sistema eficaz de prevenção de defeitos baseia-se nos seguintes com-

ponentes:
 Inspeção na origem. Pretende-se detetar as anomalias o mais a mon-

tante possível, idealmente no ponto de ocorrência.
POKA YOKE
 Inspeção a 100% das unidades produzidas, pela utilização de meca-
nismos anti erro (Poka Yoke), integradas no processo. A designação Poka Yoke tem a sua ori-
 Ação imediata de paragem da produção em caso de deteção de gem nas palavras japonesas:
anomalia.
 Poka: erros por inadvertência
A combinação inteligente destes três componentes permite inspecionar  Yoke: à prova de

Assim, Poka Yoke pode ser traduzido da peça à entrada. Se a peça não for a correta ou estiver mal posiciona-
como “à prova de erro”. da, a sua entrada no processo de mecanização não é possível.
Os sistemas Poka Yoke, por definição:
 Estão incorporados no processo

 Realizam um controlo na origem
 Permitem uma inspecção a 100%
sem custos acrescidos
Existem dois tipos de Poka Yoke:
 Os que impedem o erro. Este tipo

de mecanismo está incorporado no
processo ou no próprio desenho do
produto e assegura que o erro não
seja possível. Um Poka Yoke deste
tipo é, por exemplo, um desenho
de peças que impossibilita que elas
sejam montadas numa posição que
não a correta.
 Os que impedem que o erro se
transforme em defeito. Este tipo de Figura 3 - Controlo de binário de aperto
Poka Yoke não impede o erro, mas
O sistema, acoplado a uma aparafusadora multi-eixos, mede o binário
deteta-o de imediato e interrompe o
de aperto e só liberta a peça para a operação seguinte se o binário de
processo para que não se produza
aperto estiver dentro dos valores definidos. Caso contrário, a peça é blo-
um defeito. Como exemplo, temos
queada e é acionado um alarme.
um sistema que deteta o correto po-
sicionamento de uma peça dentro
de uma ferramenta de prensa: se a
peça não estiver bem posicionada,
EXEMPLOS DE POKA YOKE
o sistema impede o ciclo da máqui- Apresentamos alguns exemplos oriundos da Factory Magazine / Nikkan
na. Kogyo Shinbun Ltd “Poka-Yoke: Improving Product Quality by Preventing
Defects” (ver Referências no final do texto):
Dois exemplos de Poka Yoke similares
aos descritos:
Figura 2 - Posicionamento de peça para meca-

nizar
Este sistema, integrado num equipamen-

to de mecanização, verifica a geometria

Existem outros sistemas que, de algum

modo, ajudam os operadores a realiza-
rem as operações sem falhas ou que as
detetam e alertam, mas que não impe-
dem a sua transformação num defeito.
Estes sistemas, por definição, não podem
ser verdadeiramente considerados siste-
mas Poka Yoke.
A IMPLEMENTAÇÃO DE
DISPOSITIVOS POKA
YOKE
A evolução da automação e dos sistemas
de detecção, bem como a digitalização
dos processos, tem permitido estender o
conceito de anti erro. Os fabricantes de
equipamentos, bem como os integrado-
res de processos, estão cada vez mais
atentos para o assunto, o que se traduz
num número crescente de equipamentos
concebidos de origem com dispositivos
Poka Yoke e Jidoka (conceito a revisitar
numa próxima oportunidade).
No entanto, existe ainda muito a fazer

nos processos existentes e em equipa-
mentos de gerações antigas ou mesmos
atuais.
Muitos sistemas Poka Yoke podem ser

desenvolvidos com base em princípios
simples e utilizando materiais e técnicas
facilmente disponíveis na maioria das
empresas industriais. Os operadores de
produção, os chefes de equipa e os téc-
nicos de manutenção, presentes no ter-
reno, são perfeitamente capazes de de-
senvolver e implementar sistemas deste
tipo, se lhes for dada motivação e auto-
nomia para tal, e se forem formados por
quem lhes ensine os princípios e técnicas
aplicáveis.
EM SÍNTESE
O sucesso de qualquer empresa passa
necessariamente por entregar ao cliente
o produto ou serviço pretendido, com a

melhor qualidade e ao mais baixo custo. Por essa razão, é necessário prevenir a ocorrência de defeitos ou, na sua
impossibilidade, detetá-los o mais cedo possível, sem aumentar o custo,
É conhecido que o custo das falhas in- adotando um sistema de inspeção na origem e utilizando dispositivos
corporadas nos produtos aumenta ex- PokaYoke, que permitem uma inspeção a 100%, integrada no processo.
ponencialmente quando progredimos na
cadeia de valor e nos aproximamos do Muitos destes sistemas podem ser desenvolvidos pelas pessoas do terreno,
cliente. num prazo curto e a um custo muito reduzido.
REFERÊNCIAS
Shigeo Shingo
“Zero Quality Control: Source Inspection and the Poka-yoke System”
Productivity Press, 1986
ISBN-10: 0915299070
ISBN-13: 978-0915299072
Factory Magazine / Nikkan Kogyo Shinbun Ltd
“Poka-Yoke: Improving Product Quality by Preventing Defects”
Productivity Press, 1989
ISBN-10: 9780915299317
ISBN-13: 978-0915299317

CADERNOS PRODUTECH SIF
Obrigado pela Confiança

CREDIBILIDADE - IMPARCIALIDADE - RIGOR
reconhecidos na certificação de produtos e serviços e de sistemas de gestão
Membro de vários Acordos de Reconhecimento Mútuo
Presente em 25 países
Acreditada pelo IPAC como organismo de

certificação de produtos (incluindo
Regulamento dos Produtos de Construção),
serviços e sistemas de gestão

13
R. José Afonso, 9 E – 2810-237 Almada – Portugal — Tel. 351.212 586 940 – Fax 351.212 586 959 – E-mail: mail@certif.pt – www.certif.pt
TECNOMETAL - 249 - julho/agosto 2020
DIVULGAÇÃO & PROMOÇÃO
Plataforma PRODUTECH - Marketplace Digital para

serviços de software
Autores: Silva, L., Salgado, C., Gonçalves, C., Ribeiro, R. e Lima, A. (Centro de Computação Gráfica), Cruz, R. (Pri-
mavera BSS), Carvalhal, J. P. e Gonçalves, J. (Vanguarda), Machado, R. J. (Centro de Computação Gráfica e Univer-
sidade do Minho).
ÂMBITO
Implementação de plataforma digital para serviços de gestão, otimização e avalia-
ção de cadeias de fornecimento.
RESUMO
No âmbito do projeto PRODUTECH SUSTENTÁVEL & CIRCULAR - Soluções
Inovadoras, sustentáveis e circulares com impacto na fileira das tecnologias de
produção, e a partir do grupo de atividades de I&D relacionados com os desafios
da Cadeia digital de fornecimento em contexto circular, o CCG/ZGDV - Centro de
Computação Gráfica, Centro de Tecnologia e Inovação, desenvolveu vários servi-
ços de predição e otimização da cadeia de fornecimento da indústria Colep Packa-
ging, serviços esses construídos com técnicas de inteligência artificial, alimenta-
dos por dados produzidos pelos sistemas de informação da empresa, e incluídos
numa plataforma de Marketplace Digital de serviços de software. Esta plataforma
e o conceito que a sustenta, o de Platform Business Models, são abordados neste
artigo e, usando uma framework de referência, a plataforma construída é analisa-
da e o valor oferecido, nas suas diferentes dimensões, por e a cada um dos interve-
nientes é exposto.
INTRODUÇÃO longo de todo o projeto. O CCG, fundado em 1993, é uma entidade de

investigação e desenvolvimento integrada no Sistema Científico e Tecnoló-
No âmbito do projeto PRODUTECH gico Nacional (SCTN), reconhecida formalmente pelo Governo Português
SUSTENTÁVEL & CIRCULAR (PRODU- com o Estatuto de Utilidade Pública e como Centro de Tecnologia e Ino-
TECH4S&C), o Centro de Computação
vação (CTI). Neste sentido, desempenha neste projeto um papel fulcral no
Gráfica (CCG), Centro de Tecnologia e
que se refere aos contributos de investigação e desenvolvimento.
Inovação, tem participação como líder
numa das quatro principais linhas de
produtos, processos ou serviços (PPS) e Neste trabalho, apresentam-se vários dos resultados obtidos no decurso
como copromotor numa grande varieda- destas atividades e tarefas, com particular ênfase para o trabalho concre-
de de atividades e respetivas tarefas ao tizado ou liderado pelo CCG. Este encontra-se dividido da seguinte for-

ma, na secção 2 descreve-se o projeto PRODUTECH4S&C, em particular • Capacitação do desenvolvimento de

detalha-se o PPS4 – Cadeia digital de fornecimento em contexto circular, produtos sustentáveis.
liderado pelo CCG e, de seguida, na secção 3, descreve-se o trabalho • Integração e gestão avançada de
realizado nas atividades anteriormente referidas e nas respetivas tarefas, sistemas de produção sustentáveis.
com os restantes parceiros. • Gestão simbiótica de ecossistemas
de produção e cadeias de abasteci-
Relativamente à secção 2, detalham-se duas atividades, uma dedicada mento em contexto circular.
ao “Processo 4.0 para Logística Inteligente na Cadeia de Abastecimento” • Implementação de abordagens cir-
(Atividade 4.1) e outra dedicada ao “Planeamento concorrente e colabo- culares e sustentáveis na indústria
rativo” (Atividade 4.4). Quanto à secção 3, detalham-se os passos para transformadora.
a construção da solução desenvolvida para a cadeia de fornecimento,
desenvolvida no modelo “Platform Business Model” em conjunto com os De modo a alcançar estes objetivos, o
parceiros Vanguarda, Primavera BSS e Colep Packaging. projeto PRODUTECH4S&C foi edifica-
do em seis PPS, tal como apresentado
Após uma breve discussão sobre os contributos inovadores do trabalho na Figura 1. Estes focam-se em três áreas
efetuado, seguem-se as conclusões, onde são apontados o valor gerado fundamentais dos processos produtivos
neste projeto e tarefas de trabalho futuro, apontando para oportunidades – produto (PPS2), produção (PPS3) e
de melhoria e progressiva inovação nestes contextos. cadeia de fornecimento (PPS4) – em in-
dústrias sustentáveis e circulares (PPS1).
Os resultados do projeto são implemen-
O PROJETO PRODUTECH SUSTENTÁVEL & tados num ecossistema industrial (PPS5),
CIRCULAR composto pelas empresas JPM, SONAE
MC, e COLEP.
O Projeto mobilizador PRODUTECH4S&C pretende contribuir para a edi-
No âmbito deste trabalho, interessa de-
ficação de uma indústria transformadora circular e sustentável. Durante
talhar o PPS4, liderado e, em boa parte,
este projeto, foram concretizados um conjunto coerente de intervenções,
executado com a coordenação e partici-
direcionadas para o desenvolvimento de PPS, envolvendo ecossistemas
pação ativa do CCG.
aplicacionais, metodologias e estratégias suportadas por novos paradig-
mas de digitalização, com vista à:
PPS4 – CADEIA DIGITAL
DO FORNECIMENTO EM
CONTEXTO CIRCULAR
Neste PPS4 foram desenvolvidos produ-
tos, processos e serviços que aumentam
a transparência e visibilidade da cadeia
de fornecimento, garantindo a sua in-
tegridade e robustez, enriquecendo as
empresas com conhecimento que lhes
permitem tomadas de decisão mais efi-
cientes e com maior visibilidade dentro
das suas cadeias de fornecimento, pre-
vendo e otimizando a resposta a enco-
mendas, transportes e reutilização de
matérias.
Em particular, o PPS4 encontra-se divi-
dido em quatro atividades, das quais se
destacam duas:
• A atividade 4.1, “Processo 4.0 para

Figura 1 – O Projeto Produtech4S&C
a logística inteligente na cadeia de

abastecimento”, executou tarefas de parceiros PRODUTECH da indústria de software (parceiro tecnológico),

investigação e desenvolvimento para que as empresas industriais poderiam utilizar para gerir ou otimizar a sua
construir novos processos de gestão cadeia de fornecimento, de forma totalmente integrada mas também iso-
nas cadeias de fornecimento. De- lada e segura.
signadamente foi implementado um Em mais detalhe, o parceiro tecnológico Vanguarda, serviria de broker de
protótipo de uma plataforma para a informação e seria responsável por:
gestão de cadeia de fornecimento, • manter um catálogo de indústrias parceiras PRODUTECH, interessa-
no formato de Marketplace Digital, das em usar os serviços disponibilizados pela plataforma;
onde as empresas clientes, indús-
trias, podem subscrever serviços de • manter um catálogo de serviços de software, oferecidos por parcei-
software para suporte à decisão em ros tecnológicos PRODUTECH e passíveis de serem utilizados pelas
cadeias de fornecimento, serviços indústrias parceiras;
esses fornecidos por parceiros PRO- • garantir a transferência de informação necessária à utilização dos
DUTECH. serviços, entre as indústrias e os parceiros fornecedores dos serviços.
Por sua vez, o parceiro tecnológico Primavera BSS, forneceria serviços, via
• A atividade 4.4, “Planeamento con-
a plataforma PRODUTECH, passíveis de serem utilizadas pelas empresas
corrente e colaborativo”, realizou in- industriais parceiras. Em particular, a Primavera BSS seria responsável por:
vestigação e desenvolvimento sobre
soluções gerais para o planeamento • receber a informação industrial do parceiro Vanguarda;
concorrente e colaborativo, tendo • desenvolver e Implementar serviços de previsão e otimização relacio-
em particular sido desenvolvidos nados com a cadeia de fornecimento;
serviços de criação e otimização de
planos de compras, com estes servi- • desenvolver interfaces para consumir os resultados dos serviços, in-
ços a serem integrados e oferecidos terfaces essas usadas pelas empresas industriais.
no Marketplace Digital desenvolvido Adicionalmente, o parceiro industrial Colep Packaging, forneceria os mo-
na atividade 4.1. delos de informação necessários à plataforma PRODUTECH e usufruiria
dos serviços por esta disponibilizados. Por último, outros parceiros indus-
Nas secções seguintes descrevem-se, em triais, em particular fornecedores de matéria-prima utilizável pela Colep
detalhe, os resultados das atividades 4.1 Packaging, também poderiam fazer parte deste ecossistema. Por limi-
e 4.4. tações de projeto, previu-se inicialmente que a inclusão destes seria um
desafio, existindo a hipótese de limitar a sua participação à inclusão da
informação já existente, sobre os mesmos, na Colep Packaging.
RESULTADOS
Desta fase inicial, resultou o diagrama apresentado na Figura 2, o qual
Nesta secção descrevem-se os resul-
espelha a solução inicialmente proposta.
tados das atividades e tarefas onde o
CCG esteve envolvido, mais concreta-
mente, as atividades 4.1 e 4.4 do PPS4,
de onde resulta, além de outros contri-
butos aqui não especificados, um Mar-
ketplace Digital de serviços de software
para a cadeia de fornecimento.
ARQUITETURA PRO-
POSTA PELOS PARCEI-
ROS
Numa fase inicial do projeto, foi delinea-
do que a arquitetura de software pro-
posta deveria responder a um conjunto
de serviços de software, mantidos por Figura 2 – Solução proposta

Analisada de forma conceptual, uma solução deste género enquadra- deles, a plataforma não tem fundamen-
-se no modelo de negócio “Platform-Based”, apresentando-se como um to [7]. A figura 3, apresenta a análise e
exemplo de um Marketplace Digital. De forma a contextualizar a nossa descrição da Plataforma PRODUTECH,
proposta de conceptualização desta solução, detalham-se de seguida os segundo a framework apresentada em
conceitos envolventes. [7].
Seguindo esta visão, a plataforma Pro-

PRODUTECH COMO PLATAFORMA dutech posiciona-se como um Market-
-place Digital de serviços de software,
O conceito de Platform Business é fundamental na evolução da sociedade liderado pelo PRODUTECH, agregando
humana e independente da utilização das tecnologias da informação. Pen- robustez e confiança enquanto expande
semos, por exemplo, nos mercados romanos ou nos seus Fóruns, nas sec- a sua visibilidade e rede de parceiros,
ções de classificados de um jornal ou num centro comercial, todos permitem e o parceiro Vanguarda apresenta-se
e facilitam a interação e troca de valores. As tecnologias de informação como parte tecnológica e detentor da
são um facilitador, mas não um requisito para a existência da plataforma infraestrutura e gestor da plataforma,
[2]. Apesar de tudo, hoje em dia, as tecnologias da informação permitem retirando daí proveitos financeiros e ob-
suportar estas plataformas e, escalar a participação e colaboração entre tendo mais valias de escala derivadas
todos os intervenientes, independentemente da sua natureza e localização, da criação da rede PRODUTECH. O
para níveis superiores. Parceiro CCG apresenta-se naturalmen-
te como consultor científico e de inova-
No caso da plataforma Produtech, tornou-se possível conceptualizar o que ção da plataforma.
se denomina de um Digital Marketplace [2], um espaço onde um fornece-
dor de serviços (vendedor) e uma empresa que os quer usar (comprador) Os intervenientes complementares, os
podem realizar transações, as quais são regradas pela plataforma. Neste quais fornecem os serviços de software
sentido, esta plataforma tem três funções principais: facilitar a resolução à plataforma, expõem a diversidade e o
de necessidades (ao agregar oferta e procura), suportar as transações e valor acrescentado das suas propostas,
assegurar a infraestrutura necessária à existência da plataforma [6]. e obtêm retornos financeiros e acesso
à rede de parceiros utilizadores. Nes-
tes destaca-se a Primavera BSS que,
na implementação atual, é o principal
fornecedor de serviços de software
de gestão e otimização da cadeia de
fornecimento, mas também a própria
Vanguarda. Finalmente, os utilizadores,
neste caso a Colep Packaging, usam a
plataforma para obter retornos de me-
lhoria e avaliação das suas cadeias de
fornecimento, através dos serviços dis-
ponibilizados pela plataforma. Para tal
contribuem financeiramente para a pla-
taforma e cedem os dados necessários
para o funcionamento dos serviços.
Figura 3 - Análise e descrição da plataforma Produtech
Apesar da importância das tecnologias, para dar resposta a este tipo de

MARKETPLACE DIGITAL
desafios, é necessário construir um ecossistema que abranja diferentes DE SERVIÇOS
visões, as quais são governadas por um modelo de negócio. Os atributos Embora a plataforma ainda seja bas-
fundamentais de um modelo de negócio, tradicionalmente atribuídos a tante opaca, pois os potenciais inter-
quem detém o negócio e ao valor gerado para os seus clientes, são dis- venientes têm de ser convidados por
tribuídos pelos diferentes intervenientes na plataforma, considerando-se um dos parceiros PRODUTECH, algo
que cada um destes adiciona valor à plataforma e que, sem qualquer um que dificulta o crescimento saudável

da plataforma, consideramos que esta para evitar desenvolvimentos extras nos seus sistemas de informação, op-
está preparada para evoluir e que esse tou-se por interfaces Web mantidas pelo fornecedor dos serviços.
crescimento acontecerá no futuro. Por
agora, a gestão é realizada pela Van-
guarda, que quando contactada por
um interessado, o conduz no processo DETALHE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS
de adesão à plataforma, realizado com
Durante o trabalho aqui descrito, foram implementados um conjunto de
uma solução informática de backend. A
estes utilizadores e fornecedores de ser- serviços para apoio à gestão e avaliação da cadeia de fornecimento, que
viços, são associados os serviços que agora se descrevem:
querem usar ou que fornecem.
• Previsão de Lead time de produção - Prever o tempo, em dias, que
Neste Marketplace, por serviços en- uma ordem de produção leva a produzir
tende-se serviços de software expos-
tos através de Abstract Public Interface • Previsão de Lead time de fornecedores - Prever o tempo, em dias, que
(API). Uma API é uma forma de dois sis- uma ordem de compra a um fornecedor demora a ser satisfeita
temas informáticos comunicarem entre
si usando uma linguagem comum [5], • Previsão de Encomendas - Prever a quantidade de encomendas na
sendo um conceito usado comummente próxima semana
na transformação digital e que oferece,
só por si, muitos mecanismos de criação • Geração de plano de compras – Tratam-se de 2 serviços que geram
de valor interessantes para o conceito planos de compras a partir de uma lista de necessidades de compras.
de Marketplace [4]. Um deles usa somente os fornecedores da empresa utilizadora, o outro
inclui fornecedores PRODUTECH
No caso da plataforma PRODUTECH,
existe um acordo entre a plataforma e • Divulgação de catálogo e registo como fornecedor PRODUTECH -
os diversos fornecedores de serviços, Divulgar catálogo para uso em geração de plano de compras
sobre esta linguagem comum de comu-
nicação entre a plataforma e os servi- • Avaliação de uma cadeia de fornecimento - Avaliação de uma cadeia
ços. Por outro lado, na relação com os de fornecimento usando Métrica RL.1.1 SCOR
seus utilizadores, a plataforma define
o formato e a linguagem com que pre- Os serviços de previsão baseiam-se em modelos de Inteligência Artificial,
tende receber a informação necessária, treinados com dados da empresa utilizadora do serviço, no caso a Co-
que tanto pode acontecer por API ou lep Packaging. Estes modelos, uma vez treinados, são armazenados pelo
por outros meios mais inclusivos (pex.
fornecedor do serviço e são refrescados regularmente com dados novos.
Ficheiros). Finalmente, os utilizadores
consomem a informação resultante do Sempre que é necessário prever algo, o fornecedor do serviço instância
uso dos serviços, através de interfaces estes modelos, realiza a predição e retorna os resultados numa interface
Web mantidas pelos fornecedores de Web ou via API.
serviços, ou via API da plataforma, o
que permite a integração dos resultados Os serviços de otimização desenvolvidos geram planos de compras e têm
nos sistemas de informação dos utiliza- como entrada listas de necessidades de compras. Estes planos podem ser
dores. gerados usando somente os fornecedores da empresa utilizadora do ser-
viço ou incluir fornecedores externos (os que usaram o serviço de exposi-
Por exemplo, no caso concreto do uti-
lizador Colep Packaging, que já tem ção de catálogo).
um investimento vasto no seu sistema de
Os planos de compra são gerados usando técnicas de otimização basea-
informação para exportar informação
das em Inteligência Artificial e apresentam um conjunto possível de solu-
num formato estabelecido internamente,
foram usados esses formatos para obter ções de plano de compras, otimizadas para tempos de entrega ou custo
a informação necessária a cada um dos de aquisição. Na figura 4 apresenta-se a visualização desses resultados
serviços oferecidos. De igual forma, numa interface Web.

CONCLUSÃO E TRABA-
LHO FUTURO
Antes de mais, o CCG congratula todos
os participantes do PRODUTECH4S&C,
projeto que consideramos ter objetivos
ambiciosos para a transformação da
indústria nacional, sua modernização e
aumento da visibilidade nos palcos mun-
diais, sendo que o trabalho nele desen-
volvido é valioso.
O conceito de Marketplace Digital de

serviços de software, abre portas não só
à indústria de manufatura nacional, que
pode usufruir dos serviços disponibiliza-
Figura 4 – Interface Web para a geração de planos de compra dos, mas também às empresas de tec-
nologia associadas que podem usufruir
dos efeitos de escala proporcionados
por este tipo de plataformas. No futuro,
Também é oferecido um serviço de avaliação de cadeias de fornecimento,
o Marketplace pode, inclusive, servir um
em particular da métrica SCOR RL.1.1 [1] que diz respeito à confiabilidade novo leque de empresas de tecnologia
dos fornecedores. Esta métrica é calculada usando as métricas de nível 2 internacionais, em particular empresas
cedidas pela empresa utilizadora do serviço e o dashboard resultante, na que fornecem serviços de informação in-
figura 5, permite consultar, para diferentes períodos temporais, as métricas dustrial e empresarial, e que podem usar
de nível 1 e 2, globais ou específicas a um fornecedor. e integrar os serviços disponibilizados
pela PRODUTECH, para gerar mais va-
lias nos seus produtos.
Para se lá chegar, existem ainda diver-

sos desafios a enfrentar no futuro, dos
quais se destacam estes mais fundamen-
tais. Em primeiro lugar, é importante dar
visibilidade ao Marketplace PRODUTE-
CH, que por agora continua a ser bas-
tante opaco, pois é oferecido somente
aos parceiros que participaram no seu
desenvolvimento. Claro que se trata de
uma solução com maturidade baixa, re-
sultante de e um projeto de investigação
e desenvolvimento, mas parece-nos que
a abertura a outros interessados e a ex-
tensão da rede pode garantir a continui-
dade e crescimento da plataforma.
Por outro lado, é importante definir com

detalhe os mecanismos financeiros da
plataforma, garantindo a sua autossub-
sistência e o ganho dos vários parceiros
que a vão manter no futuro. É sabido
Figura 5 – Dashboard de avaliação de fornecedores segundo SCOR RL.1.1 - que neste tipo de plataformas é possí-
Confiabilidade vel aproveitar efeitos de escala e gerar

ganhos para todos os intervenientes, so- de ontologias industriais que permitam abordar a diversidade dos desafios
mente através do efeito de networking existentes, incluindo as cadeias de fornecimento, e em serviços de enrique-
[6][7]. cimento e geração de mais valias com estes dados.
Finalmente, é necessário garantir formas Plataformas como a que expusemos, criada no âmbito do PRODUTE-
comuns de partilhar informação e ser- CH4S&C, têm muito a ganhar se integrarem este tipo de iniciativas e po-
viços. A comissão europeia ambiciona dem tornar-se plataformas de referência europeias, autênticos faróis de
inovação alinhados com as estratégias globais.
fazê-lo com recurso à iniciativa Euro-
pean Data Spaces [3], a qual pretende
criar um mercado único para os dados,
garantindo a competitividade global da AGRADECIMENTOS
Europa e a soberania sobre os dados. Este trabalho é apoiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
Para que este desejo se concretize, é ne- (FEDER) através de uma dotação do Programa Operacional para a Com-
cessário um vasto investimento de inves- petitividade e Internacionalização de Portugal 2020 (POCI-01-0247-FE-
tigação e desenvolvimento, na extensão DER-046102, PRODUTECH4S&C).
REFERÊNCIAS
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https://www.apics.org/docs/default-source/scor-training/scor-v12-0-framework-introduction.pdf, accessed
on 2023/02/17
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en/pages/innovation/articles/platform-business-model-explained.html
[3] European Comission. Shaping Europe’s digital future. https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/policies/

strategy-data, accessed on 2023/02/18
[4] Heshmatisafa, S. (2023). Exploring API-driven business models : Lessons learned from Amadeus ’ s digital
transformation. 3(May 2022). https://doi.org/10.1016/j.digbus.2023.100055
[5] Jacobson, D., Brail, G., & Woods, D. (2012). APIs: A strategy guide. O’Reilly Media, Inc.
[6] Täuscher, K. (2016). Business Models in the Digital Economy: An Empirical Study of Digital Marketplaces.
Fraunhofer Center For International Management & Knowledge Economy.
[7] Wecht, C. H., Demuth, M., & Koppenhagen, F. (2021). Platform-Based Business Ecosystems - A Framework
for Description and Analysis. IFIP Advances in Information and Communication Technology, 629 IFIPAI, 92–100.
https://doi.org/10.1007/978-3-030-85969-5_8

RESPONSABILIDADE SOCIAL
Formação e Qualificação
CENFIM - Plano de Formação - abril, maio e junho de 2023
TIPO DE PREÇO*
AÇÃO FORMAÇÃO CONTÍNUA CURSO INÍCIO HORAS NÚCLEO
ATIVIDADE
Construções Mecânicas 55316 Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho - conceitos básicos Q2RC0290a April 23 25 75 € Amarante
55317 Construções metalomecânicas - bancada Q2RC0317a April 23 25 75 €
5531 Desenho técnico - cotagem Q2RC0537 April 23 25 75 €
55310 Elementos de máquinas e dispositivos mecânicos Q2RC0335a May 23 25 75 €
55309 Eletricidade geral Q2RC0247b May 23 50 200 €
Construções Metálicas 55302 Empresa Q2RD0300a May 23 50 150 €
Eletricidade / Eletrónica 55308 Língua Francesa - técnicas de escrita Q2RK0159b May 23 50 150 €
Formação de Base 55307 Maquinação Q2RL0027a May 23 25 75 €
Organização e
Gestão Industrial 55312 Metrologia dimensional Q2RB0149 May 23 25 75 €
Projeto / Desenho 55313 Soldadura SER - ângulo em chapa nas posições PA, PB e PF Q2RA0400 May 23 25 100 €
55311 Tecnologia e propriedades dos materiais - metalurgia e metalomecânica Q2RA0182b May 23 25 100 €
Qualidade e Ambiente 55314 Trigonometria e cálculos geométricos Q2RF0123e May 23 25 75 €
Admin., Comercial
e Marketing 59604 Inglês Iniciação e Desenvolvimento - Relações Laborais Q2RG0178 May 23 100 Arcos de Valdevez
Construções Metálicas 59601 Soldadura TIG - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PC e PF Q2RD0305a June 23 50 150 €
Eletricidade / Eletrónica 59605 Ciclo de Instalações Elétricas Q2RK0260 May 23 125
Projeto / Desenho 59606 Desenho técnico - leitura e interpretação Q2RA0220b May 23 50 150 €
Construções Metálicas 69176 Soldadura MAG/FF - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PF e PG Q2RD0299a May 23 50 150 € Caldas da Rainha
Eletricidade / Eletrónica 69178 Formação habilitante de instalador ITED Q2RK0330 April 23 100
69186 Eletricidade de edificações Q2RK0312 April 23 50
69179 Formação habilitante de instalador ITUR Q2RK0331 June 23 50 150 €
Construções Mecânicas 57611 CAM - Torneamento Q2RC0302a April 23 50 200 € Ermesinde
57610 CAM 3D - maquinação assistida por computador - fundamentos Q2RC0288b April 23 50 200 €
57764 Q TMP (CNC) - Ciclo C4 - Programação e Operação de fresadoras CNC Q2RC0481 April 23 125
57765 Q TMP (CNC) - Ciclo C5 - CAD/CAM Q2RC0482 June 23 200
Eletricidade / Eletrónica 57758 Técnico/a de Instalações Elétricas - Ciclo IV Q2RK0327 April 23 275
57619 Robótica Q2RK0302 April 23 25 100 €
Manutenção Industrial 57754 Q TMI (MM) - Ciclo E7 - Instal. e manuten. de equipamentos industriais Q2RE0314 April 23 100
57755 Q TMI (MM) - Ciclo E8 - Upgrade Nível 4 (Eletrónica e automação) Q2RE0315 June 23 150
Projeto / Desenho 57613 Impressão 3D Q2RA0343 April 23 25 100 €
Soldadura 57774 Técnico/a de Soldadura - Ciclo 2 Q2RM0052 April 23 200
57775 Técnico/a de Soldadura - Ciclo 3 Q2RM0053 June 23 200
Construções Mecânicas 63041 Operação e maquinação com fresadoras CNC ( OIF) - HEIDENHAIN T2WC0445d May 23 50 280 € Lisboa
Construções Metálicas 63065 Soldadura TIG - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PC e PF Q2RD0305a April 23 50 150 €
Manutenção Industrial 63037 Eletricidade I Q2RE0258a April 23 175
Qualidade e Ambiente 63049 Ergonomia e condições de segurança e saúde no posto de trabalho Q2RF0271 April 23 50
NOTA: Reserva-se ao CENFIM o direito de anticipar ou adiar as ações de formação de acordo com os requisitos vigentes para a respetiva execução
* O valor destas ações têm desconto de 50% para as Empresas Associadas da ANEME e AIMMAP
* O valor destas ações têm desconto de 30% para as Associações Locais Protocoladas com o CENFIM
* O valor destas ações têm desconto de 10% para Empresas com protocolo de estágio (PCT) com o CENFIM

TIPO DE PREÇO*
ATIVIDADE
Construções Mecânicas 64822 Moldes - conceção Q2RC0454 April 23 25 100 € Marinha Grande
64870 CAM 3D - maquinação assistida por computador - desenvolvimento Q2RC0314a April 23 50 200 €
64839 Torneamento - tecnologia e operações Q2RC0241b April 23 50 150 €
64823 Moldes -sistemas de alimentação Q2RC0455 April 23 25 100 €
64840 Retificação - tecnologia e operações Q2RC0334a May 23 25 75 €
64824 Moldes -sistemas de extração Q2RC0459 May 23 25 100 €
64841 Programação em electroerosoras CNC Q2RC0518 May 23 50 200 €
64871 Operação e maquinação com fresadoras CNC - fundamentos Q2RC0291b May 23 50 150 €
64825 Moldes - tipos, materiais e equipamentos Q2RC0457 May 23 25 100 €
64826 Moldes -sistemas de refrigeração Q2RC0458 May 23 25 100 €
64842 Execução, teste e ensaio de conju. ou partes de mold., cunhos e cortantes Q2RC0368a June 23 50 150 €
64827 Moldação - injeção Q2RC0456 June 23 25 100 €
64872 Operação e maquinação com fresadoras CNC - desenvolvimento Q2RC0301a June 23 50 150 €
Construções Metálicas 64884 Soldadura TIG - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PC e PF Q2RD0305a April 23 50 150 €
64885 Soldadura TIG - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PC e PF Q2RD0305a June 23 50 150 €
Eletricidade / Eletrónica 64889 Eletrónica de Potência Q2RK0233 April 23 25 75 €
64890 Robótica Q2RK0302 April 23 25 100 €
64877 Automatismos - circuitos de comando e controle Q2RK0335 June 23 50 150 €
Manutenção Industrial 64861 Instalações elétricas - verificação e testes Q2RE0283a April 23 25 75 €
Projeto / Desenho 64852 Cad 3D - peças e conjuntos complexos Q2RA0397 April 23 50 150 €
64853 Modelação e impressão 3D Q2RA0391 May 23 25 100 €
Qualidade e Ambiente 64886 SEGURCARD - Cartão de Segurança T2SF0082e May 23 16 75 €
Soldadura 64892 Preparação para Qualificação de Soldadores - Soldadura TIG P2SM0019 May 23 4 150 €
64891 Certificação de soldadores – Qualificação de soldadores em sold. TIG P2SM0016 June 23 8 150 €
Administrativo,
Comercial e Marketing 56418 Língua inglesa - relações laborais - iniciação Q2RG0129 April 23 50 200 € Oliveira de Azeméis
56420 Inglês em contexto socioprofissional Q2RG0228 May 23 25 100 €
Construções Mecânicas 56416 Metrologia dimensional Q2RC0290a April 23 25 75 €
Construções Metálicas 56408 Soldadura TIG – ângulo em chapa nas posições PA, PB, PC e PF Q2RD0467 April 23 50 150 €
56406 Soldadura MAG/FF - ângulo em chapa nas posições PA, PB, PF e PG Q2RD0299a April 23 50 150 €
Admin., Comercial
e Marketing 54946 Gestão de equipas Q2RG0171 April 23 25 Porto
Construções Mecânicas 54939 Ciclo de Serralharia Mecânica Q2RC0551 April 23 300
54932 Programação de fresadoras CNC Q2RC0289a June 23 50 150 €
Construções Metálicas 54931 Serralharia Civil - fundamentos Q2RD0482 April 23 125
54906 Soldad. MAG/FF em aço carbono - âng. em chapa/tubo na pos. PB e PD Q2RD0444 June 23 50 200 €
Eletricidade / Eletrónica 54927 Instalações eléctricas Q2RK0247 April 23 125
54925 Electricidade e circuitos eletromecânicos Q2RK0155a May 23 100
Energia 54922 Práticas de Refrigeração e Climatização Q2RJ0172 May 23 100
54911 Instalador de instalações de gás e de redes e ramais de distribui. de gás Q2RJ0185 May 23 125
Manutenção Industrial 54928 Automatismos industriais - Eletropneumática e Eletrohidráulica Q2RE0279a May 23 100
Projeto / Desenho 54929 Modelação paramétrica Q2RA0154c May 23 75
54930 Ciclo de Desenho técnico assistido por computador 2D e 3D Q2RA0349 May 23 125
Qualidade e Ambiente 54949 Noções de pedagogia Q2RF0293 April 23 25
54951 Qualidade, ambiente, saúde e segurança - metalurgia e metalomecânica Q2RF0175a April 23 25

Administrativo,
Comercial e Marketing 65011 Língua Italiana - Informações acerca da vida quotidiana, compras
e serviços e locais de interesse turístico Q2RG0142 May 23 50 Santarém
65009 Inteligência emocional Q2RG0154 May 23 25
65013 Gestão e tratamento de reclamações Q2RG0153 June 23 25

TIPO DE PREÇO*
ATIVIDADE
Competências Digitais 65027 Folha de cálculo - funcionalidades avançadas Q2RI0035b May 23 25
Construções Metálicas 65032 Soldadura TIG - topo a topo de tubagem de um só lado nas posições
PA, PC, PH e H-L045 com picagem Q2RD0327a April 23 50 150 €
Eletricidade / Eletrónica 65015 Segurança eléctrica Q2RK0254 April 23 25 75 €
Não Tipificado 65029 Logística, Armazenagem e Distribuição Q2RZ0097 May 23 50
Organização e
Gestão Industrial 65020 Gestão de conflitos Q2RB0065b June 23 25
Qualidade e Ambiente 65004 Primeiros socorros Q2RF0191a April 23 25
Competências Digitais 58617 Folha de cálculo - funcionalidades avançadas Q2RI0035b May 23 25 75 € Trofa
Construções Mecânicas 58404 Formação complementar aeronáutica 3 Q2RC0568 April 23 100
58405 Ciclo de Formação em Operador de Mecânica e CNC Q2RC0559 May 23 300
58620 Fresagem CNC - Introdução e programação Q2RC0312a May 23 75
58606 CAM 3D - maquinação assistida por computador - desenvolvimento Q2RC0314a May 23 50 200 €
Construções Metálicas 58602 Soldadura TIG - Ângulo em chapa e topo a topo em tubagem Q2RD0313a April 23 100
58403 Montagem de estruturas aeronáuticas 2 Q2RD0492 April 23 300
58618 Soldadura MAG/FF - Ângulo e topo a topo em chapa Q2RD0312a April 23 100
58603 Soldadura SER - Ângulo e topo a topo em chapa Q2RD0311a April 23 100
Projeto / Desenho 58613 Introdução à modelação 3D Q2RA0192b May 23 50 200 €
Competências Digitais 66614 Marketing Digital para PMEs Q2RI0091 April 23 125 Torres Vedras
66617 Folha de cálculo Q2RI0063a June 23 50 150 €
Construções Mecânicas 66615 Q TMP (CNC) - Ciclo C4 - Programação e Operação de fresadoras CNC Q2RC0481 May 23 125
Qualidade e Ambiente 66616 Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho - conceitos básicos Q2RF0123e May 23 25
TIPO DE PREÇO*
AÇÃO EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS -EFA CURSO INÍCIO HORAS NÚCLEO
ATIVIDADE
Construções Metálicas 63007 Soldador/a EWF/IIW - SER+MAG Q1OD0400a June 23 400 Gratuito Lisboa
Manutenção Industrial 63052 Eletromecânico/a de Manutenção Industrial Q1OE0214e June 23 400 Gratuito
Qualidade e Ambiente 63051 Técnico/a de Segurança no Trabalho Q1OF0280a April 23 850 Gratuito
Construções Mecânicas 64914 Técnico/a de Produção e Montagem de Moldes Q1OC0396a June 23 721 Gratuito Marinha Grande
Qualidade e Ambiente 68409 Técnico/a de Segurança no Trabalho Q1OF0280a April 23 532 Gratuito Sines
Manutenção Industrial 58015 Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica Q1OE0215d May 23 792 Gratuito Trofa
Projeto / Desenho 58014 Técnico/a de CAD/CAM Q1OA0376a May 23 792 Gratuito
TIPO DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA -

AÇÃO CURSO INÍCIO HORAS PREÇO* NÚCLEO
ATIVIDADE CET
Organização e
Gestão Industrial 58021 Técnico/a Especialista em Gestão da Produção (Supervisor
de Produção) — Indústria Metalúrgica e Metalomecânica Q1DB0111c May 23 792 Gratuito Trofa


NOTÍCIAS
AIMMAP integra o consórcio do projeto Hi-rEV –

Recuperação do Setor de Componentes Automóveis
transformação necessária para dar

resposta às exigências do mercado
futuro”.
O projeto Hi-rEV vai ser desenvolvi-

do em torno de três pilares centrais,
passando pela transição verde do
setor produtor de componentes para
automóvel, transformação digital do
sistema produtivo e pela resiliência
económica com foco na capacita-
No passado dia 18 de janeiro, a A AIMMAP integra o consórcio pro- ção para novos processos e produ-
Casa da Música, no Porto, recebeu motor do projeto Hi-rEV – Recupe- tos para o veículo do futuro.
a cerimónia de apresentação oficial ração do Setor de Componentes
do Projeto Hi-rEV – Recuperação do Automóveis, um projeto de mais de São três eixos centrais que vão orien-
Setor de Componentes Automóveis, 42 milhões de euros, destinado ao tar a atividade de cada um dos doze
projeto no qual a AIMMAP se des- desenvolvimento, teste e demonstra- copromotores, que deste modo pro-
taca como entidade co-promotora. ção de uma nova geração de tec- curam uma resposta efetiva para os
nologias, processos e produtos que novos desafios do setor de produção
David Rodrigues representou a
permitam um novo posicionamento de componentes para automóveis e
AIMMAP nesta iniciativa denomina-
do cluster automóvel nacional nas impulsionam o aumento da resiliên-
da Recuperação do Setor de Com-
cadeias de valor globais do carro cia pela especialização, adaptação
ponentes Automóvel, onde marca-
do futuro. aos mercados do futuro e eficiência,
ram presença diversos key players
bem como o crescimento sustentável
do setor automóvel nacional, desta- Conforme destacou David Rodrigues e inclusivo do próprio setor em que
cando-se a participação do INEGI, “é um projeto de enorme relevância,
da PALBIT e da FEUP que introduzi- a retenção de capital humano e de
desenvolvido em co-promoção no elevado nível de qualificação assu-
ram os contornos e objetivos princi- âmbito do Programa de Recupera-
pais do projeto dando forma à ses- me um papel preponderante.
ção e Resiliência, agendas mobiliza-
são de abertura. doras para a inovação empresarial. O Secretário de Estado da Econo-
Também o IAPMEI teve uma inter- Este projeto mobilizador procura mia, Pedro Cilínio assinalou o en-
venção por muitos aguardada, na unir diversas experiências e conhe- cerramento dos trabalhos com uma
qual Nuno Gonçalves, na qualida- cimentos, quer dos copromotores intervenção na qual destacou e
de de keynote speaker, abordou industriais, quer dos copromotores enalteceu a importância incontorná-
as oportunidades de financiamento do ENESI e associações, e onde vel do projeto para acrescentar va-
para as empresas nos próximos cin- a AIMMAP terá seguramente um lor à economia nacional, colocando
co anos, um tema que gerou muito contributo preponderante através os players nacionais na vanguarda
interesse dos players do setor, e que da partilha de conhecimento e ex- tecnológica e da inovação e compe-
como habitual envolveu muitas ques- periência acumulados capazes de tindo lado a lado com as indústrias
tões. acrescentar valor, impulsionando a mais sofisticadas do planeta.

NOTÍCIAS
As Experiências de Internacionalização regressam à

AIMMAP
No passado dia 11 de janeiro, as Numa sessão de trabalho onde se valho e Pedro Azevedo, ambos da
Experiências de Internacionaliza- cruzaram as experiências de mais AIMMAP, sublinharam a necessi-
ção regressaram à AIMMAP, desta de uma dezena de empresas no dade de uma estratégia integrada
vez com Esteban Jesus da empresa que à internacionalização diz res- envolvendo meios digitais, que são
associada Fundínio, que partilhou peito, foram abordados com deta- cada vez mais um imperativo, per-
os principais processos e ativida- lhe alguns temas relacionados com mitindo nomeadamente agilizar
des de internacionalização da em- especificidades muito concretas de todo o trabalho preparatório e de
presa que representa. cada um dos mercados, bem como follow-up, que envolve a partici-
muitos aspetos relevantes para as pação de uma empresa num certa-
Ao longo de perto de mais de uma
empresas interessadas em prepa- me internacional.
hora, Esteban Jesus deixou infor-
rar participações de sucesso em
mações muito úteis e importantes, A AIMMAP continua a apostar na
cada uma das feiras anteriormente
focadas na participação da Fun- promoção destes encontros que
mencionadas.
dínio em algumas das principais considera importantes não só para
feiras mundiais na área da subcon- Também o tema do “digital” teve apoiar as empresas do METAL
tratação industrial, como o MIDEST lugar nesta sessão, onde houve PORTUGAL, como também funda-
em França, a ESEF nos Países Bai- uma enriquecedora partilha das mentais para que a AIMMAP se
xos, a ELMIA na Suécia e a METAL estratégias e canais digitais utili- mantenha a par da evolução das
MADRID em Espanha. zados pelas empresas. Pedro Car- principais estratégias empresariais.
AIMMAP recebeu visita da Ministra do Trabalho,

Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes
Godinho
A Ministra do Trabalho, Solidarieda- la Lopes Vieira, partilhando as prin-

de e Segurança Social, Ana Men- cipais preocupações e desafios do
des Godinho, assinalou o início de setor.
um novo ano, com uma visita oficial
Durante perto de duas horas, as em-
à AIMMAP, com a preocupação de
presas representadas na Direção da
ouvir as principais preocupações do
associação, deram o testemunho da
setor que mais exporta em Portugal.
experiência vivida pela realidade
A Direção da AIMMAP, juntamente empresarial, sublinhando os prin-
com os representantes do CATIM, cipais desafios que enfrentam nas
realizaram, no passado dia 24 de áreas concretas tuteladas por Ana
janeiro, uma produtiva reunião de Mendes Godinho, e que de resto são
trabalho com Ana Mendes Godinho muito transversais à generalidade do
e com a sua Chefe de Gabinete Pau- setor.

NOTÍCIAS
Introduzindo os expressivos resultados que o setor apresenta

há mais de uma década, nomeadamente ao nível das exporta-
ções e do contributo para o PIB nacional, Vítor Neves e Rafael
Campos Pereira sublinharam que é impossível que o setor conti-
nue a crescer ao mesmo ritmo, caso se mantenha a dificuldade
em contratar mão-de-obra, por forma a fazer face à pressão da
procura, em grande parte vinda de mercados externos.
É obviamente um problema complexo e que exige uma solu-

ção integrada, envolvendo várias medidas, sendo uma delas
a aposta do estado na formação profissional em áreas direta-
mente ligadas à indústria, em lugar de continuar a dar prima-
zia à formação profissional destinada a promover serviços de
natureza precária, com piores remunerações e muitas vezes
sazonais.
As empresas do METAL PORTUGAL investem de forma contí-

nua na formação dos seus colaboradores, bem como em ino-
vação e tecnologia. Esta combinação resulta em importantes
acréscimos de produtividade e faz deste setor um dos que mais
se destaca pelos salários acima da média.
E as empresas fazem questão de assegurar as boas condições

de vida dos seus colaboradores e da comunidade envolvente,
e mais uma vez atualizaram os salários, dando uma resposta
justa e ajustada ao atual aumento generalizado dos preços.
No entanto, a manutenção e desejável melhoria dos salários
reais, depende mais do que nunca da ação do estado, que
se espera que venha a desagravar as taxas de imposto, no-
meadamente dos impostos que incidem diretamente sobre os
rendimentos.
Este tema foi, aliás, muito enfatizado pelos elementos da Dire-

ção da AIMMAP, e Ana Mendes Godinho, que desde o início THE BEST FOR THE BEST.
manteve uma atitude muito positiva, mostrou grande abertu-
ra para procurar resolver, juntamente com os outros desafios TERRA & URANOS welding machines.
apontados.
A governante realizou ainda uma visita às instalações do CA-

TIM, e inteirou-se dos detalhes do novo laboratório de ensaios
de eficiência energética e ecodesign, cuja construção deverá O seu desafio é JUNTAR materiais metálicos. Sabe
ter início brevemente. como soldar construções para pontes, máquinas e
centrais elétricas. No seu trabalho, não precisa de
Os responsáveis do CATIM chamaram mais uma vez a aten- “uma” solução, MERECE a melhor das soluções.
ção, para o enorme constrangimento de espaço que o centro A nossa oferta inclui um portfólio único de serviços
de apoio tecnológico enfrenta no desenvolvimento da sua ati- de aplicação de soldadura, consumíveis para
vidade diária, uma atividade que marca a diferença dentro e
soldadura topo de gama, acessórios
além-fronteiras, e que tanto impacta na performance das ex-
e máquinas de soldadura – somos
portações do METAL PORTUGAL.
o seu Fornecedor de Soluções de
Soldadura Completas.
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voestalpine Böhler Welding

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 www.voestalpine.com/welding 29
NOTÍCIAS
AIMMAP renovou o Compromisso Pagamento

Pontual
Desde 2018, altura em que a AIMMAP esta iniciativa concebida e implementada centem valor às próprias empresas, ao
foi a primeira associação empresarial pela ACEGE, em parceria com a CIP, a setor, à economia, à sociedade e ao país
a aderir ao “Compromisso Pagamento APIFARMA e o IAPMEI, visou exatamente em geral.
Pontual”, que todos os anos a associa- promover o reforço dessa prática no con-
Assim, das atividades diárias promovidas
ção reforça a aposta nesta iniciativa de junto das empresas do setor metalúrgico
pela AIMMAP, saem estímulos para que
responsabilidade social que promove e metalomecânico. Apesar de ser verda-
as empresas do METAL PORTUGAL invis-
uma cultura de pagamento no prazo e de que o METAL PORTUGAL já era então
um dos setores com prazos mais curtos de tam cada vez mais em inovação, inves-
potencia a competitividade da economia
pagamento no seio da economia portu- tigação e desenvolvimento, qualificação
portuguesa, tal como voltou a acontecer
guesa, ainda assim a AIMMAP entendeu dos recursos humanos, propriedade in-
no início de 2023.
por bem enfatizar simbolicamente ainda dustrial ou certificação, não descuidando
Aliás, logo no ano em que recebeu o mais essa boa prática, reforçando as prá- nunca áreas tão virtuosas como a respon-
diploma, a AIMMAP desafiou largas ticas de sustentabilidade socioeconómica sabilidade social e ambiental cujo impac-
dezenas de empresas suas associadas do setor. to vai muito além da esfera da empresa.
a subscreverem igualmente a iniciativa e
Com o reforço deste compromisso, a Em boa verdade, a AIMMAP há mui-
promoveu uma sessão na sede da asso-
AIMMAP, enquanto entidade represen- to que defende que o investimento em
ciação, durante a qual foram atribuídos
tativa do setor metalúrgico e metalome- áreas que promovam a sustentabilidade
formalmente os diplomas e os selos do
cânico, que se destaca na indústria trans- socioeconómica e revelem uma preocu-
programa à AIMMAP, a algumas enti-
formadora como sendo o mais relevante pação genuína e proativa com a comu-
dades de suporte ao setor metalúrgico
em capítulos como volume de negócios, nidade e toda a realidade envolvente da
e metalomecânico - como o CATIM, a
exportações, VAB, número de trabalha- empresa, são cada vez mais uma aposta
PRODUTECH e a CERTIF -, e a um vasto
dores e investimento, continua a procurar segura, até porque os consumidores ten-
conjunto de empresas do METAL PORTU-
disseminar junto das empresas associa- derão a preferir empresas que cumpram
GAL.
das um conjunto de valores e princípios escrupulosamente as boas práticas e as
Naturalmente, a adesão da AIMMAP a que sejam diferenciadores e que acres- normas ambientais e sociais.

NOTÍCIAS
AIMMAP recebeu a visita de Pedro Cilínio,

Secretário de Estado da Economia
sáveis do CATIM e alguns elementos

da equipa da AIMMAP, receberam
Pedro Cilínio e o seu Chefe de Ga-
binete Filipe Alfaro, para uma muito
produtiva reunião de trabalho duran-
te a qual se abordaram diversos te-
mas como as grandes preocupações
e prioridades do setor, fundamentais
para que o setor metalúrgico e meta-
lomecânico continue a ser um motor
de crescimento e desenvolvimento do
país.
Pedro Cilínio sublinhou a importância

do METAL PORTUGAL para a econo-
mia nacional, destacando-se como
“setor bandeira” e todo o mérito da
competitividade deve ser assumido
pelas empresas. Neste contexto é
importante que o “estado crie condi-
ções para que as empresas possam
crescer cada vez mais com ganhos
de produtividade”, reforçou.
O setor metalúrgico e metalomecâ-

nico é um bom exemplo daquilo que
devem ser as grandes prioridades do
país, que deve ser capaz de alocar
mais recursos para investimentos em
Interessado em conhecer de perto a ções a somarem 23.080 milhões de
inovação, formação e sustentabilida-
realidade e as principais preocupa- euros.
de, criando fatores diferenciadores e
ções do setor que se destaca no pa-
Este registo notável foi várias vezes de competitividade no mercado glo-
norama nacional pela sua dinâmica
destacado ao longo do dia, não só bal.
económica, o Secretário de Estado
da Economia Pedro Cilínio realizou durante a reunião de trabalho, mas
O governante destacou ainda que a
uma visita à AIMMAP onde esteve também durante as visitas que an- indústria é crítica para que a econo-
reunido com os responsáveis da as- tecederam a visita à AIMMAP, nas mia possa criar valor, e nesse âmbito,
sociação e do CATIM. quais o Secretário de Estado testemu- entidades como o CATIM assumem
nhou a excelência do setor, e que são uma enorme importância.
A visita de Pedro Cilínio teve lugar objeto de informação mais detalhada
no dia 10 de fevereiro, data em que em outros dois artigos desta edição. Os responsáveis da AIMMAP e
foram divulgados os números do do CATIM transmitiram as grandes
comércio internacional do setor me- Assim, o Presidente da AIMMAP Vítor preocupações, tendo todas elas en-
talúrgico e metalomecânico que re- Neves, bem como os representantes contrado como resposta uma atitude
velaram mais um recorde anual do de algumas empresas que integram muito cooperante por parte de Pedro
METAL PORTUGAL com as exporta- a Direção da associação, os respon- Cilínio, que mostrou compreender

NOTÍCIAS
os grandes desafios que as empre- digno, foram alguns dos temas de- disseminação de mais inovação e
sas enfrentam e deixou evidente uma senvolvidos com grande dedicação tecnologia.
grande proatividade na procura de e colaboração durante a jornada de
soluções. trabalho. O Secretário de Estado teve ainda
oportunidade de visitar as instalações
Temas como a grande rigidez e limi- Após mais de duas horas, Pedro Cilí- do CATIM para uma visita guiada
tação dos enquadramentos referentes nio reforçou a necessidade de conti- pelo Presidente Rui Ferreira Marques
aos fundos comunitários, o distan- nuar a desenvolver a aposta no tra- e pelo Diretor-Geral Nuno Araújo.
ciamento entre a formação prevista balho em parceria com as empresas Pedro Cilínio elogiou com entusiasmo
no Código de Trabalho e os projetos e associações, “promovendo inves- o trabalho desenvolvido pelo centro
de formação profissional, a pouca timentos nas áreas onde as empre- tecnológico e que produz enorme im-
flexibilidade de gestão imposta pela sas identificam oportunidades e não pacto na performance do setor, des-
legislação laboral, os atrasos na ope- apenas nas áreas que o estado de- tacando ainda que o desempenho do
racionalização do PRR bem como a fine como prioritárias”. Acrescentou METAL PORTUGAL fundamenta por si
importância de existir uma medida de ainda que para que Portugal suba na só a evidente falta de espaço que o
gestão de tempo suficientemente fle- escala da produtividade, deve haver CATIM enfrenta na sua atividade diá-
xível para valorização das pessoas e um incremento no número de projetos ria e para a qual é urgente encontrar
enquadrada na agenda do trabalho de I&DT entregues ao mercado para uma solução.
AIMMAP vai organizar participação coletiva do

METAL PORTUGAL na Subcontratación 2023
Este ano a AIMMAP vai mais uma vez é cada vez mais uma refe-
promover e organizar uma participação rência internacional para
coletiva do METAL PORTUGAL na SUB- dar a conhecer as melhores
CONTRATACIÓN, a principal feira de soluções de peças técnicas,
subcontratação no mercado espanhol, mecanização, máquinas e
um dos principais destinos das exporta- equipamentos industriais,
ções nacionais na área da subcontrata- moldes, tratamentos de su-
ção em particular e do setor metalúrgico perfície e outros produtos e
e metalomecânico em geral, e onde há serviços da subcontratação
certamente muitas oportunidades de ne- industrial.
gócios ainda a explorar.
Focada na missão de aju- 2022/2023, aprovado no âmbito do
A edição de 2023 deste importante cer- dar as empresas suas associadas nos Portugal 2020, pelo que as empresas
tame internacional de processos e equi- processos de internacionalização, a participantes poderão beneficiar de uma
pamentos para a produção vai realizar- AIMMAP promove assim mais um stand comparticipação de até 50% dos custos
-se, como habitualmente, em Bilbao, de coletivo nesta feira de âmbito internacio- elegíveis, a definir após encerramento do
6 a 8 de junho. nal, onde participará seguramente um projeto.
número expressivo de empresas do ME-
Com uma área coberta de 15.000 m2, As empresas interessadas em partici-
TAL PORTUGAL.
cerca de 1.400 empresas expositoras, e par nesta ação deverão contactar a
mais de 21 mil visitantes de diversas na- Esta ação consta do projeto de inter- AIMMAP através dos serviços centrais da
cionalidades, a SUBCONTRATACIÓN nacionalização da AIMMAP para associação.


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N R - 2 60

INOVAÇÃO NAS EMPRESAS DE

Produção sem defeitos

AIMMAP vai organizar

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 1

2 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

(2) Editorial Crescimento ecnonómico e social

(4) Inovação & Design Processos de Decisão em Design de Iluminação

(10) Gestão & Tecnologias Produção sem defeitos com PokaYoke

(16) Divulgação e Promoção Plataforma PRODUTECH - Marketplace Digital para

(27) Notícias AIMMAP integra o consórcio do Projeto Hi-Rev – Recupe-

(28) As Experiências de Internacionalização Regressam à

(28) AIMMAP recebeu visita da Ministra do Trabalho, Solidarie-

(30) AIMMAP renovou o Compromisso Pagamento Pontual

(31) AIMMAP recebeu a visita de Pedro Cilínio, Secretário de

(32) AIMMAP vai organizar participação coletiva do METAL

Anunciantes deste Número

Crescimento Económico Saudável

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 3

Processos de Decisão em Design de Iluminação

Autor: Rui Canela Lopes (ESAD / ESAD.IDEA - Investigação em Design e Arte)

INTRODUÇÃO ESPAÇO EXPOSITIVO - GALERIA QUADRA –

4 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 5

madeira para propor uma forma geométrica piramidal de 12 lados estru-

Figura 2 – Exposição “As saias da Maria”.

Faria (2014), refere-se à importância

Conclui-se que no processo de decisão

O segundo projeto de iluminação con-

6 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

Sigman (2018) refere que no processo de decisão é crítica a ocorrência

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 7

Como processo de investigação, foi adquirido e testado a aplicação de

Figura 6 – Ponde pedonal em madeira.

Stokes (2005) criou uma taxonomia do

8 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

No caso do design de iluminação, o fa-

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 9

Produção sem defeitos com PokaYoke

Autor: Rui Marques (Actio Lean Consulting)

Palavras-chave: Poka Yoke e Jidoka

INTRODUÇÃO  Custos de Falhas Internas: custos inerentes à correção de defeitos,

10 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

Desenvolveu-se então, um novo paradigma de controlo de qualidade: em

A PREVENÇÃO DE DEFEITOS E OS DISPOSI-

Um sistema eficaz de prevenção de defeitos baseia-se nos seguintes com-

 Inspeção na origem. Pretende-se detetar as anomalias o mais a mon-

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 11

Os sistemas Poka Yoke, por definição:

 Estão incorporados no processo

Existem dois tipos de Poka Yoke:

 Os que impedem o erro. Este tipo

Figura 2 - Posicionamento de peça para meca-

Este sistema, integrado num equipamen-

12 TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023

Existem outros sistemas que, de algum

No entanto, existe ainda muito a fazer

Muitos sistemas Poka Yoke podem ser

TECNOMETAL - 260 - janeiro/fevereiro/março 2023 13

“Zero Quality Control: Source Inspection and the Poka-yoke System”

Productivity Press, 1986

Factory Magazine / Nikkan Kogyo Shinbun Ltd

“Poka-Yoke: Improving Product Quality by Preventing Defects”

ma, na secção 2 descreve-se o projeto PRODUTECH4S&C, em particular • Capacitação do desenvolvimento de

• A atividade 4.1, “Processo 4.0 para