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FACULDADE MACKENZIE RIO

RESENHA CRÍTICA DO FILME: HECTOR É A PROCURA DA FELICIDADE

Rodolpho Dutra Toledo Siqueira

Rio de Janeiro
2022
Rodolpho Dutra Toledo Siqueira

RESENHA CRÍTICA DO FILME: HECTOR E A PROCURA DA FELICIDADE

Resenha crítica do filme Hector e


a procura pela felicidade.
Trabalho a ser apresentado como
complemento da avaliação do
segundo semestre, do primeiro
período de curso de ciências
contábeis, na disciplina Ciência,
Tecnologia e Sociedade.

Orientadora: Prof. Patrícia


Figueredo.

Rio de Janeiro
2022
RESENHA CRÍTICA DO FILME “HECTOR E A PROCURA PELA
FELICIDADE”

Hector e a procura da felicidade é um filme baseado na adaptação de


um livro de mesmo nome, estrelado por Simon Pegg e dirigido por Peter
Chelsom, foi lançado em 14 de agosto de 2014, sendo realizado por um
conjunto de companhias produtoras, com incentivo da Câmara Federal de
Cinema da Alemanha. O filme conta a história de um pacato psiquiatra que
possui um romance com sua namorada, Clara, interpretada por Rosamund
Pike, que trabalha no setor de marketing de uma grande farmacêutica.
A personagem principal se sente confortável com seus padrões de vida
previsíveis, que são reforçados por sua companheira. Ele é um homem
paciente, sempre respondendo às perguntas de seus pacientes com outras
perguntas. Seus clientes gostam dele, sempre indicando-o aos amigos, por
conta dos preços de suas consultas, que eram bem justos, sem serem
alterados a muitos anos. Essa falta de mudança se reflete em sua vida, já que
ele mesmo não mudava como pessoa.
Hector demonstra ser uma pessoa retraída e pouco à vontade com
situações sociais. Embora ele e sua namorada parecessem possuir uma boa
relação como casal, o mesmo não possuía amigos além dos conhecidos com
quem praticava aeromodelismo. O psiquiatra tratava de várias pessoas, mas ao
comparar os seus clientes com outro, Roger, que possuía reais problemas
mentais, ele percebe que seus pacientes não possuem de fato problemas, em
sua visão. Todos achavam que possuíam problemas irremediáveis, mas Roger
o faz encarar a realidade. Isso o faz perceber que ele não se considera feliz,
inclusive tendo uma profunda conversa com Clara sobre o assunto.
Em dado momento, ele começa a ver os problemas de seus pacientes
se misturarem, como se tudo fosse indiferente para a personagem, que em
uma das consultas, acaba se descontrolando quando uma paciente fala que
chegou ao fundo do poço, tendo um surto dentro de seu consultório. O
descontrole passa a sua vida cotidiana, à medida que ele perde o controle
também em seus momentos de lazer. Hector se vê na necessidade de viajar,
de forma a empreender uma pesquisa sobre a felicidade a ponto de poder
realmente ajudar aqueles que dependem dele. É então que revela suas
intenções para Clara, sua namorada, e conversa com um amigo sobre suas
perdas de controle e sobre a viagem que planeja realizar.
Clara diz a Hector que para que a viagem seja frutífera, ele precisa fazer
valer a pena e dá sua autorização velada para que ele seja livre durante a
mesma. Sua primeira parada é China. Logo na primeira oportunidade, dentro
do avião, ele recebe um upgrade em sua passagem, causado por um problema
da companhia aérea, indo para uma classe mais abastada no avião, momento
esse em que percebe que Clara lhe deu um presente, um caderno onde irá
realizar as anotações pertinentes em seu caminho. Nessa ocasião, acaba por
conhecer um rico empresário chamado Eduard que lhe mostra a felicidade que
o dinheiro pode trazer.
Na china, por influência de seu conhecido, ele acaba se relacionando
com uma garota de programa em uma boate, sem saber. Seu nome é Ying Li,
interpretada por Ming Zhao. Diante da percepção de Eduard foi quem pagou
pela sua companhia, ele parece perceber que a felicidade não pode ser
compreendida em partes ao dizer que “as vezes a felicidade não está sabendo
de toda a história”.
Depois disso ele viaja para as montanhas chinesas, onde encontra um
monge, interpretado por Togo Igawa. Em sua estadia no mosteiro ele percebe
que evitar a infelicidade não é o caminho para a felicidade. Ao sair da china,
ele se encontra novamente com Eduard e o mesmo diz a ele que é seu amigo,
revelando que em outra situação, nunca teria se aproximado dele.
A África é a segunda parada em sua viagem, embora não saibamos ao
certo para qual país do continente ele se destina. No avião ele conhece uma
mulher que o convida para comer ensopado de batata doce com sua família e o
presenteia com um livro do Professor Coreman, interpretado por Christopher
Plummer. Ao chegar ao solo ele reencontra Michel, um antigo amigo,
interpretado por Barry Atsma. Durante sua viagem até o hotel, ele descobre
que as doações quase nunca chegam aonde elas precisam chegar, sendo
desviadas ou ficando concentradas nos grandes centros.
Ele se hospeda em uma hospedaria bem abaixo dos padrões europeus,
onde conhece um homem chamado Diego Baresco, interpretado por Jean
Reno, que o confronta com a ideia de que ele está nessa busca por si mesmo,
de forma egoísta. Hector decide ajudar ele com um problema de saúde de sua
esposa, indicando uma amiga psiquiatra que trabalha em Bogotá. Nessa
ocasião, o mesmo acaba ficando com a caneta de Diego. Então, ele viaja junto
de Michel para conhecer o trabalho filantrópico que seu amigo realiza, sendo
confrontado com a realidade do lugar.
Após isso, ele vai visitar a família que o convidou para comer o
ensopado de batata doce, onde passa uma noite se divertindo com eles. Ao
retornar para seu hotel, o veículo onde está sendo transportado é roubado e
Hector é sequestrado sem querer. Em seu cativeiro ele se depara com a
solidão, com a desesperança e com a ideia de que o medo é um impedimento
para a felicidade. Ele é deixado ali para morrer, trancado e sem comida, já que
não valeria a pena pedir nenhum resgate pelo mesmo. Sua relação prévia com
Diego Baresco é o que lhe salva do cativeiro. Ao provar, por conta da sorte,
que Baresco possuía alguma relação com ele por conta da caneta, que possuía
o nome do traficante gravado em seu corpo. Hector é então solto e retorna a
vila onde conheceu a família que lhe ofereceu ensopado de batata doce,
percebendo pra si que felicidade é sentir-se vivo. Na vila, ele é recebido com
festas e comemorações.
Após sua viagem pela África, ele decide ir para Los Angeles, para
reencontrar um amor da juventude. Durante a viagem, é solicitado pela
tripulação a presença de um médico. De pronto, Hector se candidata para
atender uma paciente com um inchaço causado pela retirada de um tumor. Ele
a ajuda, dando seu lugar na primeira classe e atendendo-a como pode.
Chegando em Los Angeles ele reencontra Agnes, seu antigo amor,
interpretada por Toni Collette, e descobre que ela teve dois filhos e está a
espera de um terceiro. Durante essa estadia, ele tem uma briga séria com
Clara e ambos se separam, dando fim a relação. Momentos depois, em uma
conversa com Diego Baresco, Hector recebe a notícia que a mulher dele está
melhor, após sua ajuda, e o mesmo decide fazer uma doação a clínica de
Michel de forma anônima.
Por conta de um momento de nostalgia emocional, ele e Agnes tem uma
pequena discussão por conta da passividade de Hector, onde ela revela que já
o amou, mas que agora ama seu atual marido, e que aquilo que Hector sente é
apenas uma projeção sobre uma pessoa que não existe mais, ou que só existe
na cabeça da personagem.
Agnes consegue um encontro com o Professor Coreman, que o
apresenta a sua pesquisa, um aparelho que consegue descobrir as emoções.
Coreman então pede que ele e Agnes façam parte de seu experimento,
testando a máquina que ele usa para medir as emoções. Nesse momento, fica
claro que Hector parece possuir barreiras para lidar com seus sentimentos.
Durante a experiencia ele recebe uma ligação de Clara e nesse momento, seus
sentimentos acabam ebulindo em um claro conflito, um misto de todas as
emoções. Nesse momento ele e Clara retomam sua relação.
Desesperado e eufórico, ele decide voltar para casa imediatamente,
tomando um taxi para o aeroporto. Hector, então, liga para o velho monge na
china, ainda no aeroporto, e percebe por fim que todos possuem a obrigação
de ser feliz. Com isso, ele retorna para sua antiga vida, embora transformado
por sua experiencia, e passa a finalmente atender seus pacientes de forma
proveitosa.
A personagem sofre uma grande transformação, digna dos processos
clássicos de autoconhecimento do ser humano, em sentido filosófico. O filme é
uma ode a felicidade e as várias maneiras de a encontrar, demonstrando uma
profundidade e uma delicadeza ímpar. O tema da felicidade é tratado de forma
clara, com diversas possibilidades para tal, mas nunca descartando o fator
humano de sua narrativa. Com isso, fica claro para quem o assiste, que a
felicidade real é um misto de todas as emoções, colocadas e alinhadas para
um único propósito.
REFERÊNCIAS:

HECTOR e a procura pela felicidade. Direção: Peter Chelsom. Produtores:


Klaus Dohle; Trish Dolman; Christine Haebler; Phil Hunt; Compton Ross; Judy
Tossel. Alemanha; Canadá; Inglaterra; África do Sul. Egoli Tossell Film; Film
Afrika Worldwide; Erfttal Film; German Federal Film Board; Screen Siren
Pictures. 2014. Online (119 min.). Disponivel em:
https://www.youtube.com/watch?v=C2QB4SORWAg. Acessado em: 19 nov.
2022.

Escalação de Elenco disponível em: https://www.google.com/search?


q=hector+e+a+procura+da+felicidade&oq=HECTOR&aqs=chrome.0.35i39i355j
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TngDmCjQ8u7UGPUNKQJfd8DhrnNNqNdliakuyv40tEkFbv1PhoDJQZ1uZJvd_
s-w9QiZshUcWM%3D, acessado em: 21 nov. 2022.

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