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Cidade
Divinópolis
2022
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INTRODUÇÃO
REVISÃO TEÓRICA
é introduzido no lugar da realidade externa. Freud traduziu a fantasia como algo que
se faz necessário para o sujeito, com o qual se protege da realidade insatisfatória e
traumática. As fantasias são lógicas e que se mostram fundamentais e
determinantes para o sujeito. G.U relatou histórias bem desconexas e fora da
realidade sobre um dinheiro que tem guardado em uma conta em nome da falecida
mãe, e que seria escondido da receita federal, e que queria trocar seu carro e que
um carro de sua escolha seria um Porsche, e que ele tem dinheiro para isso. Contou
novamente uma história que a algum tempo atrás já havia contado sobre um relógio
que comprou, uma réplica de Rolex, hoje relatou uma história diferente, dizendo ser
um Rolex verdadeiro.
Em seus escritos pré - psicanalíticos Freud define a fantasia pouco a pouco,
onde se localiza como fachadas psíquicas construídas com a finalidade de barrar as
lembranças ( FREUD, 1996 citado por SILVA, 2019) onde se relaciona com as
coisas ouvidas, como sonhos que estão relacionados com as coisas vistas. Se
originando em uma condição inconsciente daquilo que se experimentou com a
finalidade de tornar inacessível a lembrança. Esses fragmentos juntos formam a
fantasia em lugar de lembrança, que permanece inconsciente não sujeita a defesa,
uma parte da lembrança será substituída pela fantasia e a outra é conduzida pelos
impulsos. Um fato que foi fantasiado pode ser lembrado como se estivesse ocorrido
realmente, o sujeito constroem essas lembranças inconscientemente.
As fantasias por terem uma dimensão sonial e imaginária, se constroem em
uma nova realidade se protegendo da realidade insatisfatória é dessa forma
realizando o desejo, afirma Freud. “Sonhei que estava com meus avô por três dias
consecutivos, iria até em um centro espírita por achar não ser normal” (sic). Disse
também que estava com seu avô e compraram algo que não se lembra e foram
levar para a sua mãe, que ele se mantinha escondida às vezes por imaginarem que
ela acharia ruim, chegando até a sua mãe e o avô disse que iriam embora, os três e
sua mãe disse que a sua hora não chegou.
Essa fantasia é mantida como um desacordo com a realidade objetiva, que
permite ao mesmo tempo não estar desligado da realidade e dessa forma o sujeito
tem uma relação entre a fantasia e a realidade psíquica (SILVA, 2019).
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REFERÊNCIAS
SANTANA, Vera Lúcia. A psicose e sua relação com a loucura da mulher. Opção
Lacaniana online nova série Ano 1 - Número 2. Julho 2010.
SILVA, Jefferson Santos da. Ideologia e fantasia na obra de Slavoj Zizek. VII
Encontro de pesquisadores iniciantes das humanidades. Universidade Federal de
Sergipe. 2019.