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7 passos para criar um novo projeto de conteúdo

Descubra todas as medidas que você deve tomar para


criar, do zero, um blog ou site que gera acessos e dá
<Índice>

<Introdução: quem é esse cara?> <\03>

<Case do Mapa de Londres> <\06>

<Passo 1: encontre sua paixão> <\15>

<Passo 2: essa paixão dá dinheiro?> <\21>

<Passo 3: crie um plano de voo> <\29>

<Passo 4: organize o trabalho> <\33>

<Passo 5: crie suas pautas> <\37>

<Passo 6: comece a publicar> <\49>

<Passo 7: comece a faturar> <\53>

<Sua ideia não vale nada></63>

2
<Introdução: quem é esse cara?>
Meu nome é Gustavo Heldt, sou jornalista, CEO da
GHX Comunicação, editor dos sites Mapa de Londres e
Mapa do Mundo e cofundador do curso Redator
Hacker.

Neste guia, eu vou contar minha experiência com um


projeto de conteúdo que começou com muito esforço
e zero conhecimento e como o transformei em um site
com 300 mil acessos mensais e fonte de renda bastante
interessante (calma, vou mostrar alguns números em
seguida, ok?).

Então, se você tem ou quer ter um blog ou site sobre


um assunto que você adora, embarque comigo nesta
jornada de conteúdo e SEO.

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Faz algum tempo que eu decidi que não poderia depender do
mercado de comunicação tradicional.

Foi em 2011, quando eu trabalhava como redator no site da Zero


Hora e do clicRBS.

Entre goles apressados de café, ligações em busca de fontes e


textos redigidos como se não houvesse amanhã, eu percebi:

● As perspectivas de crescimento eram limitadas


● As vagas na redação estavam cada vez mais escassas
● O salário bruto tinha reduções absurdas
● A jornada de trabalho só crescia
● Trabalho em fins de semana seria uma constante.

Daquele jeito, minha paixão pela escrita esmoreceria pouco a


pouco, diante de uma rotina que tomava conta da minha vida, mas
que não me oferecia um horizonte confiável, um futuro confortável
e a liberdade que eu almejava.

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Então, tomei uma decisão da qual nunca me Não estou aqui dizendo para você largar tudo e
arrependi: abandonei o emprego com carteira seguir o seu sonho.
assinada e aquela sensação falsa de segurança.
Um passo de cada vez.
Para quem se identifica com a situação e está
O que você precisa saber, neste momento, é
querendo virar seu próprio chefe, eu confesso:
que viver da escrita, com maior liberdade e mais
dá um frio na barriga.
dinheiro, sem depender de grandes grupos de
No meu caso, esse frio na barriga não comunicação, é possível.
esvaneceu diante da conquista do primeiro
Então, preparado para avançar um pouco
cliente nem de um rendimento maior.
mais? Nas próximas páginas, vou explicar o que
Essa sensação de não ter certeza do amanhã aconteceu quando eu disse “adeus” à
demora para ir embora. estabilidade do meu antigo emprego.

Fica mais fácil domar a insegurança quando se percebe que, muitas vezes, a carteira
assinada não é uma plataforma de apoio, e sim uma amarra que impede o empregado de
seguir o seu caminho e os seus sonhos.
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<Mapa de Londres e um novo universo de conteúdo>
Ao abandonar a carteira assinada, criei duas
possibilidades de renda: uma empresa de
criação de conteúdo em parceria com meu
irmão, a GHX Comunicação, e um blog sobre
turismo em Londres, o Mapa de Londres.

Vamos nos concentrar, neste momento, no


Mapa de Londres, mas em breve você vai
entender o papel essencial que a GHX teve na
trajetória do site.

Eu escolhi esse tema, Londres, por ter uma


verdadeira paixão pela capital britânica, possuir
algum conhecimento sobre a cidade (depois de
ter morado lá) e por vislumbrar possibilidades
comerciais vinculando serviços e conteúdo.

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Só que, apesar de trabalhar com redação digital Então resolvi atacar nas redes sociais,

desde o início da carreira, eu não sabia como inicialmente me concentrando em Twitter e

atingir um público com meus textos, criar uma Facebook. (Não esqueça: estamos falando de

base de leitores, multiplicar o número de 2011 e 2012.)

acessos e, finalmente, ganhar dinheiro com essa


Houve algum engajamento, um aumento no
história.
número de acessos, mas eu percebia que tirar o

Então, o que eu fiz? leitor da rede social e levar para o blog era um
esforço enorme e nem sempre produtivo.
Comecei a escrever. Como um louco. Todo dia,
todas as horas disponíveis, sobre todos os Em 2013, concentrei minhas investidas no

assuntos que eu imaginava que poderiam Google: como atrair leitores que usam o

interessar a um viajante pesquisando sobre buscador para pesquisar sobre a viagem.

Londres, a alguém com viagem marcada para a


Boa notícia: os acessos responderam bem. Eu
cidade ou a um apaixonado pela Inglaterra.
estava no caminho certo.

Mas o resultado não apareceu nos primeiros


Mas não tinha as ferramentas para catapultar
dias. Nem nas primeiras semanas.
meus posts para o topo do ranking.

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Só entendi o motivo um ano depois. Em uma diferentes projetos de branded content, em

temporada em Londres, produzindo material esforços que resultaram em milhões de acessos

para o site e fazendo alguns cursos, recebi um orgânicos.

pedido de orçamento de uma startup que tinha


Nesse período, eu entrei em contato, de forma
interesse em produzir marketing de conteúdo
bastante intensa, com um universo diferente de
com foco em SEO (Search Engine Optimization)
produção de conteúdo, que unia jornalismo,
em português, para o público brasileiro.
publicidade e marketing. Assim, descobri os

Nossa agência foi contratada, e passamos a criar truques, os segredos e as táticas que grandes

todo o conteúdo desse grupo, que envolvia agências usavam para levar seus posts para o

grandes marcas do Brasil e da América Latina topo do Google.

(enormes, na verdade, mas protegidas por


Mas por que estou falando da agência de
contratos de confidencialidade. Digamos
conteúdo, e não do Mapa de Londres?
apenas que você já leu diversos textos nossos,
de uma forma ou de outra, mesmo sem saber). Porque foi com o conhecimento e a experiência
obtidos nesse período que eu implementei
Em certo momento, chegamos a produzir 1,5
algumas mudanças no site, criei o Mapa do
mil posts por mês, todos focados em SEO, para
Mundo e tripliquei a audiência desse projeto.

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Você pode achar que isso não é muito ou que não é o suficiente e
comparar os 300 mil acessos mensais a outros grandes portais.

Mas é bom lembrar que se trata de um público bem segmentado,


com interesse em turismo, e que me oferece uma renda mensal em
libras, euros, reais e dólares.

Isso, é bom lembrar, com uma dedicação atual de algumas horas


por semana, apenas.

Lembra que eu disse que mostraria alguns números, para registrar


para os desconfiados que é possível, sim, ganhar dinheiro
escrevendo sobre viagem?

Nas próxima páginas, vou apresentar quatro fontes de renda do


Mapa de Londres e do Mapa do Mundo.

Vamos lá?

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Booking.com

Todo mês, o Booking paga as comissões


de hospedagem reservadas através do
Mapa de Londres.

Dá uma olhada, à direita, no valor (em


euros) recebido em agosto de 2017.

Valor: 267,91 euros.

10
Hotmart

Todo mês, o Hotmart paga os valores referentes às


vendas do e-book com o Roteiro do Mapa de Londres.

Confira o pagamento (em reais) recebido em fevereiro


de 2017, quando foi feita uma atualização no guia.

Valor: 1.779,88 reais.

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VisitBritain

O órgão oficial de turismo da Grã-Bretanha paga


comissão pelas vendas antecipadas de ingressos para as
atrações turísticas de Londres.

Confira abaixo o valor (em libras) de julho de 2017.

Valor: 161,82 libras

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Google Adsense

O Google paga, mensalmente, uma comissão referente


à veiculação de diversos anúncios no Mapa de Londres e
no Mapa do Mundo.

Confira os pagamentos (em dólares) de maio, junho e


julho de 2017.

Valor de julho: 381,07 dólares

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Essas são apenas quatro das fontes de renda Abriu a boca, espantado? Parece uma afirmação

desse projeto de conteúdo. Há diversas outras: temerosa?

● Comissão de matrículas em agência de Mas é a verdade: a publicidade tradicional não

intercâmbio conveniada vai pagar as suas contas.

● Comissão de transfers e serviços de


Até os grandes grupos de comunicação já
motorista em Londres
descobriram isso - só ainda não entenderam
● Comissão de guias turísticos em Londres
como driblar esse entrave e criar novas formas
● Diferentes tipos de publicidade pontuais
de faturamento.
em contato direto com o site (e não
através do Google). Bom, esse é um resumo da minha jornada com
o Mapa de Londres.
Ok, e por que estou falando das fontes de
renda do site, mais do que sobre a audiência? Agora, você tem interesse em conhecer alguns
dos segredos que eu descobri nesse universo
Porque você precisa entender, o quanto antes,
de SEO e que transformaram meus resultados?
que só poderá produzir conteúdo se conseguir,
de alguma forma, lucrar com ele. Então siga a leitura.

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<Passo 1: encontre sua paixão>
O primeiro passo para criar um projeto de conteúdo é encontrar
uma paixão, um hobby, um interesse ou algo que o motive tanto,
que você vai topar se dedicar por um bom tempo até obter o
retorno esperado.

Calma, não se assuste. É possível que você comece a ganhar


dinheiro antes do que imagina. Só que você precisa estar preparado
para escrever bastante até que a grana comece a entrar.

Por isso, mirar em uma paixão é o melhor negócio que você pode
fazer. Assim, você garante que não desistirá da ideia antes da
hora, ao primeiro sinal de dificuldade.

Além de encarar de frente o que move o seu ser (sim, é forte, mas é
bem por aí), você precisa pesar também o que você faz que o
diferencia de todo o resto.

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Existe alguma coisa que você faz que ninguém mais faz? Há alguma
habilidade escondida por aí que você não está mostrando para
ninguém? Há algum talento à vista que você está explorando
menos do que gostaria?

Para descobrir, um bom caminho é tentar lembrar por quais


motivos você costuma ser elogiado. Muitas vezes, a gente nem
percebe. Então, é bom ficar ligado em todos os sinais: existe, sim,
algo que o diferencia de todo o resto. Resta descobrir o que é.

Mas você não precisa passar anos em busca de uma resposta. Nada
impede que você tenha dois, três ou quatro projetos de conteúdo
no futuro. Só que, para isso, você precisa começar de algum lugar.

Se não tem nada que você detecte neste momento que faz melhor
do que o resto, nada que o diferencie de fato, então pense no
seguinte: qual é o assunto que o mobiliza a ponto de você topar se
dedicar muito para superar qualquer concorrência?

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Nessa hora, é bom lembrar que esse assunto pode ser qualquer
coisa. A palavra “coisa”, aqui, é usada de forma proposital.

Mesmo que você considere que ninguém mais vai se interessar pelo
assunto, é bom pensar duas vezes: todo nicho tem seu público-alvo.

Se você começar a pesquisar a concorrência em sites sobre assuntos


próximos ao seu, vai encontrar sites e blogs dedicados a
absolutamente tudo.

O que vale mesmo é buscar o detalhe e se especializar em um


nicho. Por exemplo: não tente montar um blog de viagem hoje se
você não tiver uma ideia bem clara do que vai diferenciar esse
conteúdo de todo o resto.

Então, mire no blog de viagem sobre uma cidade específica, sobre


um tipo de turismo (para idosos, para mochileiros, para viajantes de
hotéis cinco estrelas, para solteiros, para famílias, etc).

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Se optar por um assunto relacionado ao bem-estar ou a uma
atividade física, vale a mesma dica: ganhar acessos com um projeto
de conteúdo genérico sobre esse tema vai ser uma tarefa hercúlea.
Então, mire no detalhe: treino HIIT, dieta para musculação, corrida
de rua para principiantes, como perder peso com treinos em casa,
etc.

E agora, já tem alguma ideia de assunto? Este é um bom momento


para anotar duas ou três temas e partir para um ponto crucial dessa
decisão: a quantidade de buscas que eles possuem. Afinal, se o
nicho for tão específico que só você se interessa por ele (isso é
mais difícil do que você supõe), não vai adiantar nada.

Para isso, vamos usar o Keyword Planner ou o SEMRush. O passo a


passo para buscar novas palavras-chave com essas ferramentas está
no módulo 8, ok? A primeira ferramenta é gratuita, e a segunda,
paga (e mais completa).

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Agora, você deve detectar as buscas mensais para as palavras
relacionadas a sua ideia de tema.

Considerando aquele exemplo da corrida de rua para


principiantes, você vai fazer essa pesquisa exata, de preferência
utilizando ambas as ferramentas.

Bom, essa palavra-chave, escrita exatamente desse jeito, tem


poucas buscas por mês. Mas você viu quantas buscas relacionadas
aparecem? Muitas, e com grande volume de pesquisas.

Corrida para iniciantes: 1,3 mil buscas mensais

Corrida de rua: 12, 1 mil buscas mensais

Corridas de rua: 2,9 mil buscas mensais

Corredor de rua: 3,6 mil buscas mensais.

E esses são apenas alguns exemplos.

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Ou seja, um blog com dicas de corrida de rua para principiantes
seria um excelente caminho, considerando as buscas mensais.

Mas agora você precisa avançar um pouco mais: qual é a


concorrência para esses termos? No SEMRush, você tem a
concorrência de acordo com os resultados e conforme o lance de
anúncios no Google para aquela palavra-chave. No Keyword
Planner, também há um indicativo simplificado de concorrência.

Além dessa verificação inicial, você deve fazer uma busca no Google
por palavras-chave relacionadas ao seu tema e descobrir os
principais concorrentes, para poder se diferenciar deles e definir se,
de fato, você pode virar uma autoridade no assunto. Nessa jornada
pela concorrência, fique de olho para ver se você encontra brechas
e oportunidades de conteúdo que eles não estão explorando.

Por fim, não esqueça a nossa estratégia central: encarar o leitor


como um usuário em busca da solução de um problema.

20
Nesse sentido, tente entender se sua paixão pode ajudar a resolver
um problema do usuário. Ou como usar seu interesse por um
assunto para auxiliar na resposta dos anseios dos leitores.

Pronto, você está confortável de que sua ideia é boa? Agora vamos
ao segundo passo da história: será que sua paixão dá dinheiro?

21
<Passo 2: Essa paixão dá dinheiro?>
Pronto, você escolheu uma ou duas ideias que têm
bastante peso nos seus interesses e sobre as quais você
não se importaria de escrever por bastante tempo. Mas
isso não é o suficiente.

Desde o primeiro instante, não importa sua profissão


de origem, você precisa se perguntar: como eu vou
ganhar dinheiro com isso? Essa é exatamente a questão
que deve permear seus próximos passos nessa decisão.

Se você não encontrar uma maneira de ganhar dinheiro


com sua ideia de conteúdo, você não vai conseguir
mantê-la no ar. Simples assim.

Apenas a publicidade tradicional não vai pagar suas


contas. Ou, pelo menos, não da maneira como você
gostaria.
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Por isso, é hora de encarar aquela realidade que todo mundo
descobre, cedo ou tarde: o marketing deve fazer parte dos seus
planos. Só com ele você vai chegar aonde quer e obter a
independência financeira que você tanto almeja.

Para quem é redator, o marketing de conteúdo faz todo o sentido.


Você escreve sobre o assunto que domina, vira autoridade ao longo
do caminho e depois ganha dinheiro por isso.

Na prática, sem entrar em um universo cheio de termos técnicos, o


que você precisa saber agora é quais serviços e produtos você pode
oferecer no seu projeto.

Nessa hora, lembre-se de que você não precisa produzir, fabricar ou


criar todos os produtos ou serviços - você pode apenas vender e
ganhar comissão.

Mas de que tipo de serviço e produto estamos falando? Depende.

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Vamos seguir no nosso exemplo da corrida de rua para
principiantes? Um blog ou site sobre o assunto pode faturar de
inúmeras formas. Veja alguns exemplos, elaborados por quem não
é autoridade no assunto e corre bem menos do que gostaria:

Curso para quem quer começar a correr: o interesse pela


corrida de rua cresce a cada dia, mas é difícil encontrar informação
relevante e de qualidade sobre o assunto. Então, que tal criar seu
próprio curso sobre o assunto? Pode ser tudo online, com vídeos
práticos e e-books.

E-book com técnicas e dicas: o interessado que não deseja se


comprometer com um curso inteiro pode, pelo menos, comprar um
guia digital que lhe oriente nos primeiros passos nessa empreitada.

Venda de tênis de corrida: você pode indicar os melhores


modelos, aqueles que você usa, e ganhar comissão pela venda dos
tênis em e-commerces conveniados (programas de afiliados).

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Outros produtos para corredores: você pode ganhar comissão
pela venda de outros produtos relacionados à corrida de rua, como
camiseta, bermuda, óculos de sol, relógio com GPS, etc.

Produtos próprios do site: com o sucesso do site, você pode até


criar e vender sua própria camiseta de corrida de rua.

Eventos do site: que tal criar ou promover corridas de rua em


diferentes lugares ao longo do ano?

Como vimos, as possibilidades de rentabilização de um site são


inúmeras.

Mas elas dependem do assunto: há temas mais rentáveis do que


outros, certamente. Quem pesquisa por assunto que envolve
alguma compra, em algum momento, tem mais chance de gastar
com o seu site do que aquele usuário que não está em uma jornada
que envolva despesas financeiras.

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Por exemplo, um usuário que está em busca de conteúdo de humor
pode não se sentir nada atraído por uma oferta de um DVD de um
stand-up comedy. Ou seja, você não tem a mínima ideia se ele vai
gastar naquela jornada de busca.

Da mesma forma, um estudante que pesquisa sobre temas


específicos da história para uma prova do Ensino Médio pode não
curtir a ideia de comprar o seu e-book sobre as curiosidades da
Europa Medieval.

Não é o mesmo caso de um usuário que procura informações sobre


um destino turístico, por exemplo. Ele vai reservar hotel, comprar
passagem, adquirir ingressos, pesquisar restaurantes, encontrar um
guia turístico. Então, esse é um leitor que provavelmente vai gastar
em sua jornada de busca.

É nele que você deve mirar com mais atenção. Mas não se restrinja

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a sites de viagem, obviamente.

Quem procura por corrida de rua vai precisar, no mínimo, de um


tênis.

Quem procura por pular corda vai precisar, no mínimo, de uma


corda.

Quem busca por tipos de café talvez esteja interessado em uma


máquina especial de café.

Quem busca pelos últimos modelos de smartphone está


obviamente interessado em comprar um celular.

Quem pesquisa sobre perfumes pode obter informações relevantes


no seu site e acabar comprando a partir do seu conteúdo.

Qualquer busca que envolva um produto é mais facilmente


convertível em venda. Mas o segredo está em enxergar as
oportunidades por atrás das buscas.
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Para desbravar as possibilidades de produtos e serviços, considere
três tipos de oferta:

1) Produto ou serviço próprio: é aquele que você cria. É o


que vai ter maior taxa de conversão se você criar autoridade
no assunto escolhido.
2) Produto ou serviço em programa de afiliados: existem
inúmeros programas de afiliados que fazem uma
intermediação entre quem cria o produto e quem o vende.
Assim, você pode oferecer produtos e serviços de empresas
grandes, com as quais você não teria acesso direto.
E-commerces e companhias aéreas oferecem produtos assim.
Exemplos de programas: Lomadee, Zanox, UOL Afiliados,
HotWords, Hotmart.
3) Produto ou serviço de terceiros em parceria direta:
você ganha comissão pela venda de um serviço ou produto
em uma parceria negociada diretamente com a produtora.

28
No Mapa de Londres, esse é o caso de guias turísticos, transfers e
agências de intercâmbio, que pagam comissão por cada cliente
enviado pelo site.

E aí, já se convenceu de que você precisa vender algo para se dar


bem no seu projeto de conteúdo digital? Ou quer mesmo se
concentrar na publicidade tradicional?

Se você deseja se focar primeiramente na publicidade, a melhor


forma de começar é com o AdSense, que você pode configurar
facilmente e que se adapta a qualquer tipo de conteúdo, veiculando
anúncios relacionados aos textos.

Mas até com esse tipo de publicidade você pode ganhar mais do
que a média. Para isso, ao decidir sobre o que vai escrever, deve
escolher assuntos mais concorridos entre os anúncios do Google.

Assim, você recebe um valor maior a cada clique dentro do seu site.

29
<Passo 3: crie um plano de voo>
Os dois primeiros passos foram dados, e esse é um
excelente começo. Mas saiba que este próximo
movimento, o plano de voo, é que vai definir se sua
ideia vai dar certo ou não.

O plano de voo pode tomar diferentes formas. Na


prática, é um documento que precisa contemplar as
principais ações para tirar seu projeto do papel ou da
tela.

Nele, deve constar, por exemplo, a contratação de um


programador para adaptar um tema de Wordpress e
deixá-lo com a sua cara. Deve constar, também, quando
você vai começar a escrever. Quando vai publicar.
Quando vai criar as redes sociais.

Quando. Essa é a palavra-chave da história.


30
Não poderia ser diferente. Boa parte dos projetos de conteúdo, das
ideias revolucionárias e dos negócios que vão mudar o mundo
nunca são materializados.

Enquanto sua ideia povoar apenas o seu imaginário, enquanto ela


não criar alguma raiz, enquanto ela não tiver um logo, uma imagem,
uma publicação, ela é apenas uma ideia.

E sabe como a ideia ganha corpo e passa do etéreo para o material?

Quando você traça um cronograma. Quando impõe a si mesmo o


primeiro deadline. Quando crava uma data de lançamento.

Mesmo que tudo mude em algum momento, mesmo que a


programação sofra alterações de percurso, mesmo que o projeto
seja levemente postergado em dias ou até em semanas.

Tudo começa com um plano de voo cheio de datas. Veja a seguir


um exemplo para copiar em um documento do Drive:

31
Dia 1 - Definição de tema, nicho e primeiras investigações de
concorrência e possibilidades de rentabilização do site.

Dia 2 - Investigação de nomes para o site e domínios levando em


consideração quantidade de buscas para palavras da URL.

Dia 3 - Definição de como cada parte do site e do projeto vai ser


montada, organizada e gerenciada. Você vai fazer tudo por conta
própria ou vai contar com um sócio ou com freelancers para
atividades como as publicações em redes sociais, a gestão de e-mail
marketing, a redação dos textos do blog, a programação do site
(mesmo que seja um desenvolvedor para adaptar um tema pronto
do Wordpress), a criação de um logo e arte básica do projeto.

Dia 4 - Início de produção do conteúdo

Dia 5 - Contratação dos serviços necessários para a concretização


do site.

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Dia 6 - Escolha dos produtos e serviços que dialogam com seu
conteúdo.

Dia 7 - Contratação de serviços secundários, como e-mail


marketing.

Dia 8 - Retornos dos freelancers contratados.

Dia 9 - Início das publicações, mesmo com blog ainda em


construção (para que posts comecem a ser detectados pelo Google)

Dia 10 - Criação das redes sociais

Dia 11 - Criação da sequência de e-mails para e-mail marketing

Dia 12 - Lançamento do projeto.

Pronto, o primeiro plano de voo foi lançado. Lembre-se, claro, de


que ele não é definitivo, de que ele deve ser alterado ao longo do
tempo e de que muitos outros itens vão surgir nessa lista.

33
<Passo 4: organize o trabalho>
Agora que você esboçou o plano de voo, já viu quanto
trabalho terá pela frente. Sim, aqueles itens do
cronograma ainda vão se dividir em mais tarefas, e tudo
será um pouco mais difícil do que parece naquele
primeiro contato com a ideia, em que o encantamento
fala mais alto.

Essa sedução de uma boa ideia é perigosa. Muita gente


fica tão preso ao imaginário, tão preso à fantasia, que
não consegue seguir o plano de voo e, assim, mostrar
sua criação para o mundo. Nem colocá-la à prova.

Por isso, é hora de arregaçar as mangas e organizar o


trabalho. Nesse momento, sua primeira tarefa é criar
uma pasta no Google Drive (ou na sua nuvem favorita)
com o nome do seu projeto.

34
No módulo 8, a gente mostra algumas características do Google
Drive. Mas não tem mistério: é tudo intuitivo e fácil de usar.

Dentro dessa pasta, você vai colocar seu primeiro plano de voo e
criar suas planilhas. Entre elas, podem estar as tarefas que você tem
pela frente, as datas-chave com as quais você precisa se preocupar,
as principais keywords relacionadas, o primeiro calendário editorial.

Depois, você vai montar também uma pasta mensal, dentro da qual
vai criar pastas para fotos e textos e, assim, organizar
devidamente seu trabalho.

Se você trabalhar sempre na nuvem, nunca vai perder tempo.


Assim, se o seu notebook não compartilha do mesmo tesão pela
ideia, tudo bem: você pode acessar os arquivos de qualquer lugar.

Certo, agora você tem um ambiente virtual confiável. Mas, antes de


se dedicar ao que você realmente quer (o conteúdo), você precisa
descobrir todas as etapas dessa história que não dependem apenas
35
do seu esforço.

A seguir, vamos apresentar três processos que muitos redatores


não dominam. Não se constranja em constatar que, sim, você
precisa de ajuda de fora. Lembre-se: ninguém é bom em tudo.

Programação: é provável que você precise de um desenvolvedor


para adaptar um tema de Wordpress e deixá-lo como você quer.

Arte: é interessante contar com uma arte criada especialmente


para o seu blog ou site, embora essa parte não seja absolutamente
necessária no primeiro momento. Considere a possibilidade de
contratar um artista para desenvolver logo e layout para redes
sociais e site.

Redes sociais e e-mail marketing: pode ficar com você ou com


um terceiro, seja um freelancer ou um sócio. Mas é bom lembrar
que esses dois canais são importantes ferramentas de venda e
comunicação com o seu público-alvo.
36
Viu? É muita coisa para um redator dominar sozinho.

Mas tudo bem: você pode (e deve) fazer parcerias para chegar mais
longe e criar um projeto de conteúdo de maior qualidade.

Se quiser contar com ajuda profissional para um ou alguns daqueles


processos apresentados, você pode recorrer a um site de
freelancers, como Workana, Freelancer e 99Freelas.

Nesses sites, você lança um job, faz uma descrição detalhada do


que precisa e então recebe proposta de freelancers, que vão definir
um valor cobrado e apresentar seu portfólio.

Esse momento de análise de custos é muito importante. Nessa


hora, não esqueça de contabilizar os seguintes gastos: servidor de
hospedagem, SEMRush (ferramenta paga para monitoramento de
desempenho e busca de keywords), e-mail marketing (não
necessariamente em um primeiro momento), impulsionamento em
redes sociais (não necessariamente em um primeiro momento).
37
<Passo 5: crie suas pautas>
Você já deve estar louco para ver suas ideias na tela,
certo? Então, chegou a hora: vamos criar as pautas do
seu projeto de conteúdo e vislumbrar, de fato, quais
histórias você vai contar em breve.

Para isso, abra a pasta do seu projeto no Google Drive e


crie um documento de texto. Nele, você vai escrever
tudo o que vem à mente quando pensa no seu tema,
no seu conteúdo e na sua ideia.

Não se preocupe em organizar direito esse documento


nem de estruturá-lo, mas se sinta à vontade para agir
assim se essa medida lhe prover maior conforto. (Tem
gente não suporta um pouquinho de caos.)

Pronto? Agora dê um nome para o documento. Pode


ser “ideias de pautas”, por exemplo.
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Agora, vamos usar o Keyword Planner e o SEMRush (opcional) para
detectar as melhores possibilidades de keywords para o seu
projeto.

Além do Keyword Planner e do SEMRush, abra também o Google,


uma planilha para as novas keywords (você pode usar nosso
template), aquele documento ideias de pautas” e o bloco de notas,
para anotar qualquer ideia nova.

Preparado? Então comece a buscar todas as palavras que se


relacionam ao seu projeto, primeiro em uma ferramenta e depois
na outra.

Nessa hora, lembre-se de usar todas as variações concebíveis, tanto


as encontradas no seu documento de ideias quanto as utilizadas
pela concorrência.

A cada nova pesquisa, selecione a opção para exportar a lista


completa. No SEMRush, você precisa exportar como XLS
39
e depois editar no Google Drive. No Keyword Planner, você pode
exportar diretamente para o Drive.

Esse exercício inicial vai produzir milhares de palavras-chave. Mas


calma: o esforço vem depois, para cortar tudo que não presta.

Depois de esgotar as possibilidades de sua imaginação e das


sugestões dessas duas ferramentas, você deve colar todas as
palavras-chave na sua planilha de keywords, respeitando os campos
adequados.

Para um próximo momento (ou para agora mesmo, se você não


estiver satisfeito com essa quantidade de palavras-chave), você
pode seguir dois caminhos para angariar ainda mais pautas:

Sugestões de busca do Google: no Google, faça uma busca pela


palavra-chave principal de seu projeto de conteúdo e veja, no fim
dos resultados da primeira página, sugestões relacionadas.

40
Além disso, experimente digitar uma palavra relacionada ao seu
projeto no campo de busca e espere uma sugestão do Google nesse
mesmo campo, antes de pressionar enter. Depois, digite essa
palavra, dê um espaço e digite uma letra. Para cada nova letra
inicial, mais sugestões vão aparecer entre as buscas relacionadas.

Pesquisa da concorrência: que tal descobrir as keywords usadas


pelos sites concorrentes? Basta acessar o blog: depois de todo o
conhecimento que você adquiriu no nosso curso, vai ficar fácil
descobrir qual é a palavra-chave principal de cada post.

Mas existe um caminho alternativo e mais prático, no SEMRush. Por


lá, acesse a Análise de Domínio e digite o site do concorrente. Ali
você vai encontrar as principais palavras-chave que ele usa, qual é o
posicionamento dele no ranking e várias oportunidades para
enfrentá-lo.

Depois, adicione todas as novas ideias para sua planilha.

41
OK, agora você tem milhares de keywords. O que fazer com elas,
nesse momento? Simples: eliminar as mais fracas.

Para isso, você deve, primeiro, ordenar as keywords por volume de


buscas e se concentrar, antes, nas mais pesquisadas.

Depois, faça uma análise de aderência semântica, ou seja, quais


keywords fazem sentido dentro do seu universo de conteúdo? Você
vai perceber que muitas dessas palavras-chave podem ter termos
parecidos, embora não dialoguem com o seu tema.

Então, comece a eliminar aquelas que não interessam.

Mais tarde, é hora de criar uma priorização de keywords, que deve


atender, principalmente, a dois fatores: a baixa concorrência
(normalmente, em palavras-chave mais extensas) e o maior volume
de buscas (qualquer coisa acima de 1 mil é ótimo, mas não dá para
desconsiderar as keywords com centenas de buscas também).

42
Agora que você tem um documento farto cheio de keywords,
lembre-se de guardá-lo bem: ele é uma mina de ouro ou, no
mínimo, um mapa do tesouro.

Então, é bom não desperdiçar a chance de produzir o melhor


conteúdo com esse manancial de ideias e possibilidades.

Para isso, lembre de alguns detalhes:

1) Personas

A persona é um termo recorrente em marketing, mas que não é


muito usado em jornalismo. Considere a persona como o seu
púbico-alvo.

Só que, aqui, o público-alvo é bem definido e pode ser dividido em


diferentes personas. Para quem está começando agora, basta
definir que tipo de usuário quer ajudar, que tipo de leitor quer ter
e que tipo de consumidor gostaria de encontrar.

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Exemplos de personas para um projeto com dicas de corrida de rua
para principiantes:

Persona A: já pratica exercícios físicos no dia a dia, está dentro do


peso e quer incorporar a corrida de rua em seu rol de hábitos
saudáveis. Já tem algum equipamento de corrida, mas tem
interesse e condições de comprar mais, com o tempo.

Persona B: está fora de forma e busca mais histórias de motivação


do que técnicas e dicas práticas. Tem mais condições financeiras do
que disposição física.

Persona C: já faz muitos exercícios, mas nunca correu. Quer


começar a praticar na rua e até competir em eventos, mas não sabe
por onde começar. Por enquanto, não vai investir financeiramente.

Persona D: começou a se cuidar há pouco tempo e está atrás de


todas as dicas de saúde e de exercício físico possíveis. Usa produtos
como suplementos e tem rotina acompanhada por nutricionista.
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As personas podem ser mais ou menos detalhadas. Em grandes
projetos de conteúdo, há um grande número de personas, todas
com um apelido, profissão, formação, capacidade financeira, etc.

Você não precisa criar toda essa historinha para cada uma, mas
deve entender a importância de ter um público-alvo e de saber para
quem você está escrevendo.

Dessa forma, cada pauta pode ter uma persona. Assim, você sabe
com quem está falando ou quem gostaria de atingir com o post.

2) Produto ou serviço

Cada post do seu blog pode ter um objetivo de venda, seja um


produto ou serviço. Não é necessário, mas se trata de uma prática
interessante para rentabilizar o site desde o início.

Também é possível encarar essa etapa da história apenas em um


segundo momento, quando você já tiver atingido certa autoridade.

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3) Da keyword à pauta

A keyword não é exatamente a pauta, mas se trata, sim, da essência


dela. Você precisa entender a keyword como o princípio do
problema que o usuário deseja resolver.

Então, na elaboração da pauta, você deve construir uma estrutura


que contemple a resolução do problema.

Para isso, crie uma planilha de pautas (que pode ou não ser o
calendário editorial, que já vem com a data de publicação).

Nela, você deve, necessariamente, ter a keyword principal, uma


estrutura básica de subtítulos (H2), tamanho, uma observação
sobre como o texto deve ser concebido e uma ideia inicial de título.
Pode apresentar, ainda, links de referência (incluindo vídeos para
incorporar).

Para criar a estrutura, você deve pesquisar, no seu documento de

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keywords se há palavras-chave relacionadas àquela que você está
atacando naquele post.

Essas keywords bem parecidas com a principal serão as keywords


secundárias. Elas devem ser utilizadas na estrutura do post e ao
longo do conteúdo, de forma orgânica.

Se a keyword principal for corrida de rua, por exemplo, você pode


ter, como keywords secundárias, as seguintes palavras-chave:

Corrida de rua para iniciantes

Treino para corrida de rua

Calendário de corridas de rua

Assim, você deve criar os H2 considerando a keyword principal e as


keywords secundárias, para que o usuário caia no seu post ao
procurar pelo assunto de diferentes formas.

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Nada impede, também, que você crie conteúdo específico sobre
cada uma dessas keywords mencionadas. Se você ficar de olho na
intenção da busca, não terá problema para desenvolver bem a sua
pauta.

A quantidade de keywords secundárias e a concorrência da


palavra-chave principal determinam o tamanho de texto que você
deve mirar. Na prática, não crie nada menor do que 1 mil palavras.

Uma boa medida para um novo projeto de conteúdo é desenvolver


seus posts em camadas, que receberão aprimoramentos periódicas.
Se você seguir essa lógica, pode criar os primeiros posts com 1 mil
palavras, depois fazer uma rodada de incremento de tamanho e
qualidade para deixá-los com 2 mil palavras e então, por fim, para
chegar às primeiras posições, dar a pincelada derradeira das 3 mil
palavras.

Lembre-se, no entanto, de que apenas as keywords mais

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concorridas e importantes devem ter esse tratamento especial.

De qualquer forma, seja qual for o tamanho almejado, nunca crie


conteúdo mediano ou ruim. A chave para que o Google o perceba
como autoridade é sempre entregar posts relevantes, que vão ao
encontro da dúvida do usuário e solucionem o problema.

E agora, vamos publicar? Acompanhe o próximo passo.

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<Passo 6: comece a publicar>
Finalmente, chegou a hora de entregar o conteúdo ao
seu público e materializar, de fato, a ideia que você
concebeu com tanto carinho e dedicação.

Nesse momento, você precisa lembrar de priorizar


adequadamente seus posts (considerando buscas,
concorrência e aderência ao tema), de manter uma
regularidade de publicação (três vezes por semana, no
mínimo) e de divulgar esse conteúdo (através de redes
sociais e newsletters).

Se você seguir os passos que apresentamos até aqui e


acompanhar todo o material das nossas aulas, seus
posts terão resultado antes do que você imagina.

Para acompanhar o desempenho de suas publicações,

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use o SEMRush, no qual você pode monitorar todas as suas
palavras-chave e detectar sua posição no Google dia a dia, e o
Google Analytics, para descobrir quais são seus posts mais
acessados e os termos mais buscados.

Se não estiver disposto a arcar com os custos do SEMRush no início,


não tem problema: você pode monitorar suas palavras-chave com
buscas manuais em aba anônima no Google, pesquisando pela
keyword desejada e vasculhando as páginas de resultado. Sim, dá
bem mais trabalho, mas o começo é assim mesmo.

Nessa jornada rumo ao topo do Google, lembre que o tempo de


vida do post faz diferença (quanto mais antigo, mais links e mais
atenção do buscador). Então, é provável que seu texto comece lá
no fim do ranking e vá pulando posições aos poucos.

Sempre que quiser acelerar essa trajetória, basta voltar a ele e


incrementá-lo com mais conteúdo de qualidade.

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Além disso, não esqueça de revisar o título, o meta title, o início
do texto e o primeiro H2. Eles são essenciais para que você supere a
concorrência.

Em todos eles, jogue a keyword para o início e dê um jeito de criar


uma maneira inovadora de tratar daquele assunto, que ainda não
esteja sendo explorada pela concorrência.

E na redação, como não cansamos de repetir, adote o tom de


diálogo desde o início, chame o leitor para a conversa, peça
engajamento, use exemplos que façam sentido para ele, simplifique
conceitos, abuse das listas e, por fim, resolva o problema do
usuário.

Se você agir assim em todos os seus textos, seu projeto de


conteúdo vai disparar no Google e atingir milhares de acessos.

Ah, se ainda não leu nosso Manual de Redação, corra para lá.

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<Passo 7: comece a faturar>
Não adianta lutar contra a realidade: um projeto de
conteúdo só se sustenta com a venda de produtos e
serviços.

Isso não quer dizer que você precise ter ofertas desde
o lançamento do site, mas quer dizer que você deve ter
uma estratégia de longo prazo que contemple esse
marco, em alguma data não tão distante.

Independentemente do que você vai vender, é preciso


estabelecer, antes de tudo, a sua autoridade como
produtor de conteúdo. Ou seja, você entende de fato
daquilo que está falando? Como o leitor vai ter certeza
depois que a sua indicação vale alguma coisa? Ele só vai
aceitar o seu link se antes você demonstrar que pode
ajudar em sua jornada de busca.

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Então, ofereça conteúdo realmente relevante, de graça, que
fidelize aquele usuário e o transforme em um leitor assíduo.

Tudo isso você consegue com textos de qualidade e com as táticas


que revelamos até aqui no curso. Mas, para manter uma relação
com o leitor, você deve usar as redes sociais e o e-mail marketing.

Esses canais são excelentes plataformas de segmentação e venda.


O melhor deles, acredite, é o e-mail marketing, já que esse
ambiente não conta com a intermediação de um terceiro (como o
Facebook), que pode simplesmente não entregar o conteúdo ao
destinatário.

Assim, aos poucos, você deve se apropriar dos conceitos de


marketing para transformar aquele leitor assíduo em um lead, que
é aquele contato (nome e e-mail, pelo menos) que se interessa pelo
seu conteúdo e para quem você vai oferecer, eventualmente, um
produto ou serviço.

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Sim, parece estranho tratar o leitor como um consumidor, mas essa
abordagem é muito importante para que você consiga obter
sucesso em seu projeto de conteúdo.

Quando você aceitar essa ideia e começar a esboçar seu plano de


marketing, é bom ter em mente as seguintes dicas:

Redes sociais: parece ruim pagar pelo impulsionamento de um


post, certo? Mas e se você estivesse vendendo um produto com
aquele impulsionamento, será que seria tão triste gastar um
pouquinho para ganhar um montão?

Quando se encara o Facebook e o Instagram como plataformas de


venda, eles se transformam em excelentes aliados do Redator
Hacker.

Também é importante observar esses canais como ferramentas de


segmentação, já que você pode atingir o público-alvo desejado,
considerando likes, idade, preferências, localização, etc.
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E-mail marketing: para o e-mail marketing, você deve escolher
um serviço como Lead Lovers, Mail Chimp, Mailer Lite (há muitos
outros) que automatize os envios e crie regras para o acionamento
de certas medidas. Um leitor que não clica em determinado link
pode receber um e-mail no dia seguinte com uma mensagem
diferente, para tentar entender se ele não quis aquela oferta de
fato ou se a abordagem diferente será o suficiente para convertê-lo
em cliente.

Esse é apenas um exemplo, mas a sequência de e-mails vale para


muitas situações. Um leitor que baixa determinado e-book pode ser
direcionado a uma lista de e-mails específica.

No Redator Hacker, cada e-book direciona o usuário a uma


sequência de e-mails automática diferente, que leva em conta o
conteúdo do guia para personalizar a mensagem e tentar converter
o leitor em cliente aos poucos.

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Funil de vendas: outro conceito importante do marketing digital
a ser considerado é o funil de vendas, que define o estágio de
compra em que se encontra o leitor. Por exemplo, um leitor que
procura no Google exatamente pelo seu produto está lá no topo,
no meio ou no fundo do funil.

Parece estranho? Não é.

Imagine uma navegação de um usuário que busca posts por


empreendedorismo. Uma empresa que vende um software de
gestão, por exemplo, pode considerá-lo no topo do funil, ou seja,
bem distante de uma venda.

Mas, caso esse leitor caia em um post dessa empresa, o desafio dela
é conduzi-lo, aos poucos, para o fundo do funil, de maneira que ele
se interesse pelo produto e adquira o software de gestão.

Você pode utilizar uma simplificação dessa ideia ou adotá-la


plenamente, inclusive direcionando as pautas conforme o funil.
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Call To Action: se quiser incorporar essa ideia de venda desde o
início, é importante entender o que é um CTA, o “Call to Action”
(chamada para a ação).

O CTA pode ser uma frase sua chamando para que o usuário
conheça o modelo X do tênis de corrida ou um banner, com um
botão de “saiba mais”, “compre” ou equivalente.

Veja um CTA utilizado no Mapa de Londres, para ter ideia do que


estamos falando:

A ideia do CTA é que ele gere um e-mail a partir de um formulário.


Esse e-mail é um lead, que vai se encaixar no funil de vendas e
entrar em uma sequência de e-mails.
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Com um CTA desses e uma ideia de venda por post, o que acontece
é que o texto pode dar inúmeras dicas gratuitas e, lá no fim,
oferecer um serviço ou produto ao usuário.

Mas é importante que a dúvida/problema do leitor seja resolvida


sem que ele precise, necessariamente, tomar a decisão da compra.

Captura de leads: existem diversas formas de coletar e-mails


para iniciar uma sequência de e-mails e ofertas. Uma das mais
usadas atualmente é oferecer um conteúdo gratuito e realmente
relevante, como um e-book ou um workshop, e então adicionar o
usuário a uma newsletter, que vai oferecer, além de publicações e
dicas, serviços e produtos que dialoguem com os interesses desse
usuário.

Se você posicionar uma caixa de e-mails para que o leitor assine a


newsletter sem receber nada em troca, o resultado será muito pior.

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Programas de afiliados: esse tipo de programa oferece muitas
oportunidades para quem produz conteúdo e deseja ganhar
comissão sem criar seu próprio produto.

Com esses sites, sobre os quais já falamos, você pode estabelecer


vínculos com empresas grandes, às quais você não teria acesso de
outra forma.

É interessante navegar pelos sites dessas plataformas para explorar


bem todos os produtos que dialogam com o seu conteúdo e que
podem ser oferecidos pelo seu site.

Não adianta, claro, oferecer qualquer coisa que se relacione com o


seu conteúdo. Você deve experimentar e aprovar o produto, para
que possa usar sua autoridade para fazer a venda e manter o leitor
satisfeito.

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Publicidade: além de todos os serviços e produtos que você pode
vender, é bastante salutar contar com a velha e querida
publicidade. O caminho mais simples aqui é o Google Adsense, que
oferece anúncios relevantes para o usuário, de acordo com o seu
conteúdo.

Mas é possível ir além e construir parcerias diretas com anunciantes.


Nesse caso, você vai notar que ninguém vai pagar apenas para
aparecer em uma caixinha ao lado do seu conteúdo. Todos vão
querer que você escreva sobre o produto ou serviço do anunciante
e, de preferência, fale bem da marca.

Aqui há uma linha importante que você deve estabelecer para não
perder sua autoridade. No mínimo, qualquer post pago deve ser
anunciado como tal, para que você não perca a confiança do leitor.

Sempre que anunciar serviços pelos quais ganha comissão,


também é de bom tom deixar bem clara essa condição.

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Autoridade: este ponto é importante tanto para ganhar dinheiro
quanto para ganhar acessos. Você precisa de autoridade para
vender melhor seu produto e seu conteúdo.

E, para isso, você deve se expor.

Assine seus posts (se você for o único autor), conte histórias das
quais você participa (sem transformar o site em diário), interaja
pessoalmente com os leitores nos comentários, use as redes sociais
para humanizar ainda mais seu conteúdo, crie um espaço para
contar um pouquinho de quem você é e o que o levou a criar o site.

Assim, aos poucos, os leitores entendem que você sabe do que está
falando, e que há alguém ali por trás daquele amontoado de
palavras.

Acredite: faz diferença.

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<Sua ideia não vale nada>
Se você acha que tem domínio sobre a sua ideia e que
o mundo vai parar até que você a coloque em prática,
caia na real.

Logo você vai aprender que sua ideia não é tão sua, e
que outras pessoas estão prestes a chegar ao mesmo
insight que você considera tão inacessível.

Preste atenção: as ideias não pertencem à massa


cinzenta do indivíduo.

Nem se pode prendê-las ali.

As ideias são pinçadas no ar como se estivessem


flutuando em uma dimensão paralela.

De repente, as referências colidem e dão origem a uma


fagulha, um estalo, um micromomento de
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contemplação que revela todo um universo possível caso você siga
aquela trilha.

Mas se você não agarra aquele pensamento e o traz para o campo


material, ele vai pousar na cabeça de outro redator.

Duvida?

Então responda: quantas ideias geniais você já deixou passar?

Se você não levar seu projeto adiante, não traçar seu plano de voo,
sua ideia vai aparecer diante dos seus olhos.

Mas com um autor que você não conhece. E que não vai
compartilhar os acessos e o dinheiro.

Já leu o bastante? É hora de fazer.

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