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Módulo – II

Sumário

1- Leis e direitos das Pessoas com Deficiência no ambiente escolar;

2- Tutor/ Mediador no ambiente escolar;

3- A diferença de nomenclatura: Cuidador X Mediador;

4- A postura ética -profissional e as relações interpessoais;

5- Questionário Somativo.
1 - LDB- EDUCAÇÃO ESPECIAL

2 - LDB - LEI DARCI RIBEIRO

LEI NO 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial
da República Federativa do Brasil Imprensa Nacional - Brasília – DF em 23/12/96,
ano CXXXIV, N0 248.

Título III - DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído


pela Lei nº 13.632, de 2018)

Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado


mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796,
de 2013).

V- Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,


segundo as capacidades de cada um;

VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por


meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)

X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino


fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia
em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº
11.700, de 2008).

Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de


internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde
em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o
Poder Público em regulamento,
]na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de
2018). NOVA ATUALIZAÇÃO EM 24 DE SETEMBRO DE 2018.

Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,


podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda,
o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada
pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro


lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando e
em seguida os demais niveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades
constitucionais e legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade
para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do Art. 208 da
Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial
correspondente.

§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o


oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
responsabilidade.

§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público


criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,
independentemente da escolarização anterior.

Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)


IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas
habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)

TÍTULO V - DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E


DE ENSINO CAPÍTULO II - DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Seção I - Das Disposições Gerais

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos


semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma
diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.

§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de


transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como
base as normas curriculares gerais.

Art. 24. II - c) Independentemente de escolarização anterior, mediante


avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência
do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino;

IV - Poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com


níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;

V- c) Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do


aprendizado;
Seção V Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade
própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da
vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018)

CAPÍTULO IV – DO ENSINO SUPERIOR

Art. 47 - Parag. 20 - Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos


estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação
específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a
duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

CAPÍTULO V - DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola


regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços


especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem início
na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do art.
4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
13.632, de 2018)

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização


específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o


nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para
os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino
regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

III - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva


integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação
com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma
habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

IV acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais


suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com
altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na
educação superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas
ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado. (Incluído pela Lei
nº 13.234, de 2015).

Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou


superdotação, os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido no
caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os
mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as políticas de desenvolvimento
das potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos em
regulamento.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de


caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro
pelo Poder Público.

Parágrafo único O poder público adotará, como alternativa preferencial, a


ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública
regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de


dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas
Leis nºs 9.131, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995
e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de
1982, e as demais leis e decretos- lei que as modificaram e quaisquer outras
disposições em contrário.
Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da
República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Paulo Renato Souza

Ainda de acordo com a lei, essa oferta é obrigação do Estado e deve ser garantida
logo na educação infantil, a crianças de 0 a 6 anos.

Também está decretado que os sistemas de ensino deverão assegurar aos


estudantes especiais as seguintes condições:

I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização


específicos, para atender às suas necessidades;

II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o


nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para
os superdotados;

III - Professores com especialização adequada em nível médio ou


superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração


na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais


suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.”

Todas essas garantias ainda são um desafio nos dias atuais, dadas as condições em
que a educação se encontra em nosso país. Apesar de garantidos por lei, muitos
direitos dos alunos especiais ainda encontram obstáculos para serem garantidos
nas instituições de ensino.
Os diversos tipos de deficiência que caracterizam a necessidade da educação
especial podem ser divididos em categorias, destacadas no Decreto Nº 5.296 de 2
de dezembro de 2004.
O que é a Lei Brasileira de Inclusão?
A Lei Brasileira de Inclusão – LBI, também conhecida como Estatuto da
Pessoa com Deficiência, é um conjunto de normas destinadas a assegurar e a
promover, em igualdade de condições, o exercício dos direitos e liberdades
fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e a
cidadania.
A Lei foi editada em 06 de julho de 2015, mas entrou em vigor (passou a ter
validade) no dia 03 de janeiro de 2016, após cumprir um período de vacância
(período destinado à assimilação do conteúdo da nova lei) de 180 dias,
passando a beneficiar mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum
tipo de deficiência, de acordo com os dados do IBGE.
A Lei Brasileira de Inclusão foi criada a fim de dar efetividade à Convenção
Internacional da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
Protocolo Facultativo, assinados pelo Brasil, em Nova York, no dia 30 de março
de 2007.
A principal inovação da LBI foi a mudança no conceito jurídico de
“deficiência”, que deixou de ser considerada como uma condição estática e
biológica da pessoa, passando a ser tratada como o resultado da interação das
barreiras impostas pelo meio com as limitações de natureza física, mental,
intelectual e sensorial do indivíduo, conforme disposto no artigo 2º, in verbis:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
No entanto, mais do que o conceito de deficiência, a LBI trata de diversas
ferramentas para garantir que todos os direitos das pessoas com deficiência
sejam respeitados, e para que possam se defender da exclusão, da
discriminação, do preconceito e da ausência de acesso real à todos os setores
da sociedade.
Leia também: o que é inclusão social?
Das Políticas Públicas da LBI
Tamanha a gama de ferramentas introduzidas pela LBI, que dentre o seu texto
encontram-se dispositivos que alteraram normas estabelecidas no Código
Eleitoral, Código de Defesa do Consumidor, Estatuto das Cidades, Código
Civil, Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, dentre outras.
A seguir, destacaremos algumas das políticas públicas introduzidas pela LBI.
Capacidade Civil
A LBI revogou (tornou inválido) o dispositivo do Código Civil Brasileiro que
estabelecia que as pessoas que não tinham o necessário discernimento para a
prática de atos da vida civil, em razão de doença ou deficiência mental, eram
consideradas absolutamente incapazes.
Com isso, garantiu-se às pessoas com deficiência o direito de casar ou instituir
união estável e exercer direitos sexuais e reprodutivos em igualdade de
condições com as demais pessoas, por exemplo.
Além disso, a LBI promoveu alterações no Código Civil que passou a
estabelecer que as pessoas que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade, são consideradas incapazes, relativamente a
determinados atos ou à maneira de os exercer.
Ou seja, as pessoas com deficiência deixaram de ser
consideradas absolutamente incapazes, passando a serem classificadas
como relativamente incapazes.
Houve alteração também nas normas que regulamentam o processo de
curatela (procedimento para nomeação de uma pessoa – curador – que irá
representar o relativamente incapaz na prática dos atos da vida civil).
De acordo com as novas regras trazidas pela LBI, abriu-se a possibilidade da
pessoa com deficiência aderir a tomada de decisão apoiada.
Por meio deste processo, a pessoa com deficiência pode eleger até 2 pessoas
idôneas, com as quais tenha vínculo e que sejam de sua confiança, para que
lhe preste auxílio na tomada de decisão sobre atos da vida civil (contratação de
empréstimo ou aquisição de bens, por exemplo), fornecendo os elementos e
informações necessários.
Inclusão Escolar
A LBI assegura às pessoas com deficiência a oferta de sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e modalidades, de acordo com suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Estabeleceu, ainda, o dever do Poder Público, dentre outros, de instituir projeto
pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado,
assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às
características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso
ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício
de sua autonomia.
Leia mais sobre educação no Brasil!
Importante destacar que a LBI estabelece que as instituições privadas, de
qualquer nível ou modalidade, devem cumprir todas as políticas de inclusão e
oferecimento de atendimento educacional especializado, sendo proibida a
cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades,
anuidades e matrículas.
Auxílio Inclusão
A Lei Brasileira de Inclusão criou benefício assistencial para a pessoa com
deficiência moderada ou grave que receba o benefício de prestação continuada
e ingresse no mercado de trabalho em atividade que a enquadre como
segurado obrigatório do regime geral de previdência social.
A medida visa estimular as pessoas com deficiência a buscar a sua inclusão no
mercado de trabalho sem medo de, com isso, perder o direito ao recebimento
do benefício de prestação continuada.
Quer entender melhor o beneficio de prestação continuada, acesse aqui!
Discriminação, Abandono e Exclusão
No campo do Direito Penal, a LBI criminaliza algumas condutas que podem
prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou exercício de direitos e
liberdades fundamentais das pessoas com deficiência.
Para as condutas relacionadas à discriminação e ao abandono de pessoa com
deficiências as penas são de 6 meses a 3 anos de reclusão, e multa.
A Lei estabelece, ainda, que se a conduta de praticar, induzir ou incitar a
discriminação de pessoa com deficiência for realizada por intermédio de meios
de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a pena será de
reclusão de 2 a 5 anos, e multa.
Já para a conduta de se apropriar de ou desviar bens, proventos, pensão,
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com
deficiência, a pena será de reclusão de 1 a 4 anos, e multa.
Atendimento Prioritário
A LBI garante que a pessoa com deficiência terá direito a atendimento
prioritário em diversos serviços públicos específicos, além do atendimento
prioritário já tradicionalmente previsto em outras leis, como em bancos e
supermercados, por exemplo.
Dentre eles, podemos citar como exemplos: proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias; recebimento de restituição de imposto de renda; tramitação
processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou
interessada, em todos os atos e diligências.
Administração Pública
A fim de garantir maior efetividade às medidas de acessibilidade, a LBI
promoveu a alteração da Lei nº. 8.429/92 para classificar a conduta do agente
público que deixa de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade
previstos na legislação, como ato de improbidade administrativa que atenta
contra os princípios da administração pública.
As penalidades para este tipo de ato de improbidade administrativa, que podem
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, são: ressarcimento integral do dano,
se houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de três a
cinco anos; pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração
percebida pelo agente; e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de três anos.
Ainda no campo da administração pública, a LBI criou o Cadastro Nacional da
Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), que consiste em registro público
eletrônico com a finalidade de reunir dados georreferenciados que permitam a
identificação e caracterização socioeconômica das pessoas com deficiência,
bem como das barreiras que impedem a realização de seus direitos.
Cultura, Esporte, Turismo e Lazer
A LBI cria mecanismos que asseguram às pessoas com deficiência o acesso: a
bens culturais em formatos acessíveis; a programas de televisão, cinema,
teatro e outras atividades culturais e esportivas, em formato acessível; a
monumentos e locais de importância cultural; e a espaços que ofereçam
serviços ou eventos culturais e esportivos.
Dentre estes mecanismos, está a proibição de recusa de oferta de obra
intelectual em formato acessível às pessoas com deficiência, sob qualquer
argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos da propriedade
intelectual (direitos autorais).
Outra medida foi a imposição ao Poder Público do dever de adotar
ações destinadas à eliminação, à redução ou à superação de barreiras
para a promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas as
normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional.
E mais do que assegurar o acesso das pessoas com deficiência, a LBI impõe
ao Poder Público o dever de promover a participação da pessoa com
deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e
recreativas, com vistas ao seu protagonismo, através das seguintes
obrigações:
 incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos
adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
 assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados
por pessoa ou entidade envolvida na organização das atividades
artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas;
 assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e
atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas,
inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais
pessoas.
2- Tutor/ mediador no ambiente escolar

O cuidador de escolar é o profissional necessário para que a rotina dos alunos


de uma instituição de ensino seja mais tranquila e bem aproveitada. É ele o
responsável por ajudar as crianças desenvolverem tarefas que ainda não
conseguem realizar sozinhas.

Esse profissional tem um papel fundamental quando se trata de inclusão na


educação, pois ele também auxilia alunos com necessidades especiais,
garantindo a eles segurança, bem-estar e melhor adaptação no ambiente
escolar. É por isso e diversos outros motivos que em 2013 se tornou obrigatório
a presença de cuidador de alunos com necessidades especiais nas instituições
de ensino.

Apesar do cuidador de alunos com necessidades especiais ser tão importante


para adaptação de crianças e adolescentes, pouco se sabe sobre essa função.
Pensando nisso, separamos abaixo as principais informações sobre essa
profissão.

O cuidador de alunos com necessidades especiais


O cuidador de alunos com necessidades especiais desempenha suas funções
em parceria com o professor. Ele deve ajudar os alunos a se locomoverem
pelas dependências da escola, auxiliar no processo de aprendizado, ler e
escrever pelo aluno, caso ele não possua autonomia intelectual ou motora para
isso.

Seu trabalho também envolve a higiene do estudante, ajudá-lo nas idas ao


banheiro e elaborar relatórios à escola e às secretarias especializadas.
Como o cuidador nas escolas para alunos com deficiência pode
colaborar com os professores
Inclusão na educação é um grande desafio para os professores, por isso o
cuidador de alunos com necessidades especais é tão importante. É ele quem
vai, juntamente com o docente, trabalhar para que alunos com deficiência
consigam maximizar seu rendimento.

Existem diversas ferramentas que colaboram para que o professor consiga


trabalhar a inclusão em sala de aula, desde metodologias pedagógicas até
recursos que envolvem o uso de brinquedos inclusivos.

Abaixo separamos algumas ideias para que isso seja aplicado em sala de aula.
Confira!

Como trabalhar a inclusão em sala de aula:


 Utilizar objetos concretos ao invés de conceitos abstratos.

 Utilizar recursos visuais, orais, táteis e auditivos que explorem os


sentidos dos alunos.

 Dê atividades em diferentes formatos, como impressos, desenhos,


vídeos, discussões, leitura e internet, por exemplo.

 Tente ilustrar o que você está falando, gesticulando ou até interpretando


caso seja necessário.

 Utilize recursos tecnológicos, como softwares educativos que estimulam


os alunos a construírem frases ou cálculos matemáticos.

 Entenda a deficiência do aluno e disponibilize materiais de acordo com


ela, por exemplo, material em braile para alunos deficientes visuais.

 Utilize a cartilha de diretrizes para o AEE do MEC, no qual encontra-se


recursos pedagógicos e ajudas técnicas para cada uma das deficiências.

Quais as principais características de uma escola inclusiva


Acessibilidade e disponibilizar recursos pedagógicos adequados são as
principais características de uma escola inclusiva. Porém, inclusão na
educação também envolve estimular a interação entre os alunos com
necessidades especiais e os demais alunos, parceria entre escola e família,
estimular senso de cooperação e colaboração e investir na formação
continuada dos profissionais.

O mediador é aquele que no processo de aprendizagem favorece a


interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus
aspectos cruciais, atribuindo significado à informação recebida, possibilitando
que a mesma aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas
aprendizagens, tornando o estímulo ambiental relevante e significativo,
favorecendo o desenvolvimento9.
O mediador pode levar a criança a detectar variações por meio da
diferenciação de informações sensoriais, como visão, audição e outras;
reconhecer que está enfrentando um obstáculo e identificar o problema 10,11.
Pode também contribuir para que a criança tome mais iniciativa mediante
diferentes contextos, sem deixar que este processo siga automaticamente e
encorajar a criança a ser menos passiva no ambiente. Desenvolver a
flexibilidade também é importante. O mediador pode atuar criando pequenas
mudanças e problemas para que a criança perceba, inicie, tolere mudanças e
aprenda a lidar com estas situações.
De acordo com esses autores, por meio da mediação, a criança pode ser
levada a permanecer por mais tempo em atividades sequenciais que exijam
ações complexas e comunicação. Para isso o mediador pode: lançar
experiências que solicitem várias etapas na resolução do problema (usando
uma forma de comunicação); questionar quem quer resolver o problema; o que
deve ser resolvido e oferecer recursos para que o problema seja resolvido. A
oferta de recursos no auxílio à resolução do problema deve ser realizada de
forma sutil, indicando, por exemplo, onde a resolução do problema pode ser
procurada e quais as ferramentas necessárias.
A principal função do mediador é ser o intermediário entre a criança e as
situações vivenciadas por ela, onde se depare com dificuldades de
interpretação e ação. Logo, o mediador pode atuar como intermediário nas
questões sociais e de comportamento, na comunicação e linguagem, nas
atividades e/ou brincadeiras escolares, e nas atividades dirigidas e/ou
pedagógicas na escola. O mediador também atua em diferentes ambientes
escolares, tais como a sala de aula, as dependências da escola, pátio e nos
passeios escolares que forem de objetivo social e pedagógico. Também pode
acompanhar a criança ao banheiro, principalmente se estiver com objetivo de
desfralde, auxiliando nos hábitos de higiene, promovendo independência e
autonomia no decorrer da rotina. Isso poderá ser acordado junto à equipe
escolar, se esta tiver auxiliar de turma, para que não aconteça conflito nas
ações. Adaptar a estrutura física para organizar objetos no entorno, evitando
grandes distratores ou exposição daqueles que representam manias é uma
ação igualmente relevante.
Mediadores escolares também prestam apoio aos professores em sala de aula.
Eles ajudam com as atividades e trabalhos de adaptação individualizada, a fim
de permitir que os professores ganhem tempo com as demais atividades do dia
a dia. Podem ajudar e apoiar as crianças na aprendizagem e aplicação de
material de classe. Também proporcionam aos alunos uma atenção individual,
quando os alunos estão tendo dificuldades com o material proposto para o
resto do grupo. Algumas adaptações curriculares podem ser feitas seguindo a
proposta do professor da turma e das terapias de apoio. Para tanto, é
necessário conversar com a equipe terapêutica para que as ações sejam
coerentes e uniformes.
A parceria entre mediador e escola favorece o estabelecimento de metas
realistas no que se refere ao desenvolvimento, como também possibilita avaliar
a criança de acordo com suas próprias conquistas. Como mostra a literatura, o
mediador deveria ser encarado como um profissional que assume o papel de
auxiliar na inclusão do aluno com deficiência e não o papel de professor
principal da criança. Ele deveria ser visto como mais um agente de inclusão, na
medida em que ele teria circulação pela instituição, produzindo
questionamentos na equipe escolar e estando sempre atento a quando e como
deve fazer sua entrada em sala de aula, sem permanecer ali esquecido e
excluído junto com o aluno12. Cabe ressaltar que o mediador pode assumir o
papel de ser um apoio para que a criança possa ser incluída em um processo
educacional que, de outra maneira, ou seja, sem uma pessoa diretamente a
apoiando numa relação um para um, poderia ser desestruturante e
insuportável, tanto para a escola quanto para o aluno com deficiência.

3- A diferença de nomenclatura: Cuidador x Mediador

1- Estatuto da Pessoa com Deficiência

O ministro Bellizze explicou que o objetivo da Lei 13.146/2015, ao instituir o


Estatuto da Pessoa com Deficiência, é assegurar e promover a inclusão social
das pessoas com deficiência física ou psíquica e garantir o exercício de sua
capacidade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Segundo ele, a nova legislação trouxe alterações significativas para o Código


Civil no tocante à capacidade das pessoas naturais – entre elas, a revogação
dos incisos II e III do artigo 3°, os quais consideravam absolutamente
incapazes aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tivessem o
necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil e os que não
pudessem exprimir sua vontade, mesmo em razão de causa transitória.

"A partir da entrada em vigor da Lei 13.146/2015, que ratifica a Convenção das
Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, somente são
consideradas absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil os menores de 16 anos",

O Estatuto da Pessoa com Deficiência é a denominação da Lei Brasileira de


Inclusão da Pessoa com Deficiência, Lei Nacional[2] nº 13.146, de 6 de julho
de 2015. Esta lei em vigor no Brasil garante os direitos das pessoas com
deficiência e impõe as penalidades a quem infringir a lei.
• "Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício
dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com
deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania."

Tutor

Atuar juntamente com o professor do ensino comum, no papel de mediar,


didática e pedagogicamente, as atividades de ensino com o objetivo de garantir
aos estudantes com deficiência, que se interessem e sejam ativos no processo
de desenvolvimento da aprendizagem;
• Participar de todo o processo ensino-aprendizagem e ações integradas
escola-comunidade.

O professor AEE - Tutor tem a obrigação de permanecer na sala de aula,


durante todo horário escolar, prestando Atendimento Educacional
Especializado ao estudante com deficiência que necessita de apoio intenso e
contínuo.
• NÃO deverá assumir o papel de professor principal do estudante com
deficiência.
• O professor de AEE- Tutor será lotado nas Unidades Escolares com matrícula
de estudantes com deficiência com maior comprometimento.

Mediador Escolar
A principal função do mediador é ser o intermediário entre a criança e as
situações vivenciadas por ela, onde se depara com dificuldades de
interpretação e ação.
O mediador não tem a função de assumir o papel de professor principal do
estudante com deficiência.

Cuidador Escolar

O Cuidador é o profissional que auxilia o aluno em seus cuidados de vida diária


e de vida prática, ajudando-o nas atividades que não consegue realizar sozinho
como ir ao banheiro, alimentação, troca de roupa e/ou fraldas, higiene pessoal
e atividades de classe.
A sua função é manter o aluno em sala de aula e dar suporte em tudo o que a
criança precisar enquanto permanecer na unidade de ensino, até mesmo
ajudar nas atividades de classe.
O cuidador e o professor devem trabalhar em conjunto, para que não haja
divergências e afetem a criança autista.

4- A postura ética-profissional e as relações interpessoais.


LIMITES E CUIDADOS DA MEDIAÇÃO ESCOLAR
Como em todas as experiências novas, conflitos e falhas acontecem, e devem
ser tomados como base para uma aprendizagem. Portanto, serão
compartilhadas situações que podem ser geradoras de estresse se não
devidamente gerenciadas:
Individualização
A singularidade é uma questão central na compreensão do desenvolvimento
infantil. Esta premissa requer dos profissionais um trabalho individualizado.
Cada criança tem diferentes necessidades educacionais, cada um deles tem
pontos fortes e desafios diferentes, valores, interesses pessoais e
personalidade única. Além disso, os sintomas encontrados se manifestam de
forma diferente. Portanto, não é possível estabelecer uma receita única para
trabalhar. O que funciona para um, talvez não seja tão útil para outra criança.
Conhecer o aluno que será acompanhado pela mediação, discutir com a
equipe pedagógica da escola e com a equipe de apoio terapêutico são pontos
fundamentais para atender à necessidade específica e assim alcançar os
objetivos estabelecidos pela equipe.
Relação mediador - família
O Mediador, por acompanhar de perto o desenrolar da escolarização, deve ter
especial atenção ao reportar aos pais sobre os fatos mais importantes
ocorridos na sala de aula e no ambiente escolar. Este compartilha de
informações não deve perder de vista que o objetivo principal é verificar quais
foram as situações mais favoráveis de estimulação para aquela criança e
possibilitar a sua generalização no ambiente doméstico. As estratégias de
estimulação e intervenção pedagógicas que não forem bem sucedidas devem
orientar futuras tentativas/intervenções e somente servir para tal propósito. Em
hipótese alguma o mediador escolar deve perder de vista a ética das
informações que deve passar à família. As impressões pessoais e sugestões
no tratamento, por exemplo, devem ser discutidas com toda a equipe. Somente
informações pertinentes ao desenvolvimento da criança, em concordância com
a escola e terapeutas, deverão ser repassadas.
Mesmo considerando uma boa relação entre mediador e família, uma grande
confiança no trabalho deste profissional, ampliar os momentos e ambientes em
que o mediador vai trabalhar pode ser uma grande armadilha. Se o objetivo
deste profissional é trabalhar em situação de interação e aprendizagem em
tempo real, aproveitar um tempo livre da criança em sua própria casa pode
confundi-la, prejudicando a atuação no retorno ao ambiente escolar. Por este
motivo, normalmente, a priori, é contraindicado.
Relação mediador - aluno
Não se pode perder de vista que o objetivo maior do mediador escolar é
promover o desenvolvimento da criança, que precisa de um suporte adicional
no ambiente natural de aprendizagem. Portanto, posturas de superproteção ou
a atuação como cuidador são ineficientes e não condizem com a proposta da
mediação. O profissional deve, sempre em parceria com o professor, saber
quando o apoio deve ser mais diretivo, a hora que deve se afastar visando à
autonomia. É importante também saber identificar o momento em que um outro
aluno pode ser incentivado a assumir momentaneamente esse papel.
Outro problema ético considerado grave nesta relação é a saída do profissional
antes do fim do ano letivo. Mudanças constantes de mediadores escolares
trazem prejuízos importantes para o desenvolvimento da criança que precisa
de um vínculo estável nesta função, como também desorganiza o ambiente
escolar. O mediador não pode esquecer que também há vínculos criados com
os demais alunos da turma, que ele faz parte da rotina deles. Assumir a
mediação é assumir um ano letivo de trabalho, já que o seu desligamento pode
provocar uma recusa da escola em aceitar submeter toda a turma à adaptação
de um novo adulto em sala de aula, o que comprometerá o desenvolvimento da
criança, a relação da família com a escola e da família com os outros pais de
alunos.
Relação mediador-professor-escola
O professor da classe é o responsável por organizar as ações de todos os seus
alunos, inclusive do que precisa, ao menos momentaneamente, de um
mediador escolar. O mediador atua em parceira com a escola com objetivo de
compartilhar conhecimento. Quanto mais os profissionais que assistem a
criança estiverem preparados, maior será o desenvolvimento dela e,
consequentemente, o êxito profissional daqueles que nela investem. Além
disso, a atuação do mediador também diz respeito a atividades que favoreçam
a interação do professor com aquela criança. Ter outro adulto na turma
atuando com uma criança especifica, não exclui o professor da relação com
seu aluno. O mediador deve estar apto a orientar o professor com estratégias
que favoreçam o comportamento interativo com o aluno. O mediador não pode
esquecer que a turma, incluindo a criança que ele atua, tem um professor para
conduzi-la. É fundamental ter sensibilidade para que o professor não se sinta
invadido, mas que ele entenda o mediador como um parceiro profissional que
entrou na turma dele para somar.
Uma pesquisa que visou estudar o papel dos mediadores escolares evidenciou
que aqueles que estavam engajados com o planejamento escolar e que
concebiam o professor da turma como um parceiro de trabalho eram os que
atingiam práticas mais efetivas de inclusão38.
Relação família-escola
A inserção do mediador no ambiente escolar tem, dentre outros objetivos,
facilitar a aprendizagem e a aquisição do conteúdo pedagógico. A família,
principal interessada no pleno desenvolvimento daquela criança, aspira pela
apreensão de conhecimento por parte do aluno e pode, em alguns momentos,
questionar determinados objetivos pedagógicos elencados pela equipe da
instituição de ensino. Devemos ter cautela nessas situações, pois a equipe
pedagógica da escola possui o conhecimento específico necessário para
identificar quais serão os objetivos adequados a cada seriação. A parceria é
necessária. Se são as famílias os que conhecem seus filhos no dia a dia, os
especialistas na área estão na escola e devem ser respeitados em seu papel.
Portanto, esta troca, envolvendo também a equipe terapêutica de apoio, é que
vai favorecer a adaptação necessária ao desenvolvimento da criança.
Outro ponto a ser discutido é quanto à frequência do mediador na escola. Nem
sempre a lógica "quanto mais, melhor" funciona nestas circunstâncias. Há de
se considerar o momento da criança, a autonomia adquirida, os tipos de aula
propostos em cada dia. Portanto este é mais um ponto a ser definido em
função de cada aluno.
Relação escola-outras famílias
A presença de um profissional na sala de aula para determinado aluno com o
objetivo de realizar intervenções específicas pode soar estranho para muitos
pais que desconhecem os entraves que podem ocorrer no desenvolvimento
infantil. O papel do mediador só é justificável na medida em que suas funções
são compreendidas e tal esclarecimento deve ser feito a todos os pais daquela
classe ou escola. Esse esclarecimento dilui futuros questionamentos para que
a presença do mediador não gere mal-estar entre os pais. Ademais, inclusão é
um movimento útil não somente para crianças com necessidades educacionais
especiais, mas para todo cidadão em formação, em busca de uma sociedade
mais justa. Por meio dos filhos, os pais de outras crianças podem aprender a
se despir de preconceitos, compreendendo que nem todos precisam do mesmo
tipo de ajuda.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação inclusiva é um "estudo de caso", o que significa dizer que cada
caso é único. Não se pode perder de vista a singularidade do sujeito, seu
momento, nem sua história construída na família e continuada na escola. Tanto
os pais, quanto os profissionais (professores, mediadores e terapeutas) devem
estar cientes que a heterogeneidade daqueles que são auxiliados pelos
programas de mediação precisa ser levada em consideração quando tratamos
das expectativas de evolução.
As crianças devem ser comparadas com elas mesmas, avaliando quais
habilidades foram desenvolvidas num determinado espaço de tempo. Portanto,
apesar de apresentarmos uma gama de sugestões para favorecer a adaptação
da criança ao ambiente escolar e do ambiente escolar à criança, é fundamental
que todos os envolvidos no processo tenham conhecimento e sensibilidade
para identificar o que é específico para cada aprendiz.
Todos os programas de mediação devem partir do nível em que a criança se
encontra e, uma vez que não se observem progressos, o programa deve ser
ajustado. Os procedimentos realizados em sala de aula e/ou os ganhos em
ambiente terapêutico devem ser implementados em uma variedade de
ambientes sempre que possível (em casa, na comunidade, no parquinho) para
que as conquistas sejam generalizadas. E, para que as estratégias planejadas
sejam efetivas, é fundamental que a criança seja estimulada a ter autonomia
dentro de suas possibilidades e que se sinta motivada.
Replicar experiências anteriores ou enquadrar crianças em soluções pré-
moldadas podem ser estratégias pouco eficientes. O mediador deverá ser
capaz de criar condições favoráveis e eficazes para que as capacidades da
criança possam ser exploradas ao máximo, não no sentido de eliminar
problemas, mas sim de aproveitar as situações e experiências que possam
facilitar e incrementar o desenvolvimento e a aprendizagem da mesma.
O ajuste dos materiais, das propostas e do ambiente pode ser muitas vezes
essencial para o bom andamento da escolarização formal. Prevenir situações
estressantes ou intervir no momento certo pode ser determinante para o
investimento que aquele aluno fará em suas aprendizagens e relações.
Quando uma criança com dificuldades sociais é exposta a estímulos sem a
devida intervenção, por exemplo, pode se tornar ansiosa e tensa por causa da
saturação de informações que podem lhe parecer sem função. Pode não
conseguir se organizar para aprender, desestruturando a si própria como
também sua sala de aula, comprometendo o desenvolvimento da turma como
um todo. Do mesmo modo uma criança com dificuldades importantes na
motricidade fina e escrita pode se recusar a realizar algumas tarefas e
apresentar birra ou comportamentos não esperados diante de grande
quantidade de cópia em tarefa de sala de aula.
Apesar da figura do mediador ser considerada uma adaptação no espaço
pedagógico, portanto garantido pela lei, não existe muita clareza quanto o
papel e as atribuições deste profissional, o que pode dificultar que a criança
obtenha esse benefício. Para que fiquem claros os objetivos e funções deste
profissional tão importante, trabalhos científicos sobre este tema precisam ser
desenvolvidos. Um dos próximos desafios também está na regulamentação
dessas ações e capacitação sistemática e didática dos profissionais, para que
possam se desenvolver de uma forma responsável, sem correr o risco de cair
no descrédito com condutas inadequadas e ações genéricas.
É relevante dizer, mais uma vez, que todos os envolvidos na inclusão (escola,
família, professores, terapeutas e mediadores) precisam trabalhar em
consonância, a fim de suprir a necessidade educativa daquela criança,
favorecendo a conquista dos objetivos traçados por toda equipe.
Este artigo não tem a pretensão de esclarecer todas as questões que envolvem
a mediação escolar, mas se apresentar como um ponto de partida para futuras
experiências e reflexões, tendo em vista que a bibliografia no assunto ainda é
incipiente, especialmente no português.
 

5 – Questionário Somativo

Questões sobre Educação Inclusiva


1. A perspectiva da educação inclusiva traz como premissa a prevalência de um
único sistema educativo para todos, ou seja, a inclusão de
A) todo e qualquer tipo de deficiência ou alta habilidade, na escola de educação especial. B)
todas as crianças com deficiências mentais e físicas, na escola de educação especial.
C) todas as crianças com deficiências ou necessidades educativas especiais, na escola
regular.
D) crianças surdas e cegas na escola de educação especial, a partir do ensino obrigatório de
Braille e da Língua de Sinais.
E) crianças com necessidades educativas especiais, em turmas de educação especial da
escola regular.
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Acerca das dimensões e dos princípios da educação inclusiva, julgue os itens
subsequentes.
2. Os alunos com altas habilidades ou superdotação são considerados como público-alvo do
atendimento educacional especializado.
C) Certo E) Errado
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3. O atendimento educacional especializado pode ser realizado em instituições
comunitárias ou confessionais e, nesses casos, pode ser substitutivo das classes comuns.
C) Certo E) Errado
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4. Os alunos matriculados em classes comuns de ensino regular e que tiverem matrícula
concomitante no atendimento educacional especializado não devem ser
contabilizados duplamente no âmbito do FUNDEB.

C) Certo E) Errado
———————————x———————-x————————————
5. As singularidades dos educandos especiais devem ser respeitadas nos processos de
avaliação, contudo o prazo para conclusão do ensino médio deve ser cumprido
sem prorrogação.

C) Certo E) Errado
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6. A elaboração e a execução do plano de atendimento educacional especializado
constituem competência dos professores que atuam nesse programa, em articulação com
os demais professores do ensino regular, as famílias e os demais serviços setoriais
necessários a esse tipo de atendimento.
C) Certo E) Errado

———————————x———————-x————————————
7. Saviani afirma que, durante a década de 80, no período que ficou conhecido como
de abertura democrática, emergiram no campo educacional as pedagogias contra-
hegemônicas, dentre elas, encontra-se a
A) pedagogia dos excluídos.
B) educação inclusiva.
C) pedagogia da prática.
D) educação revolucionária.
E) pedagogia marxista.
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8. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, cabe aos
sistemas de ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de que
essas tenham as suficientes condições para elaborar seu projeto pedagógico e possam
contar com professores capacitados e especializados. Pela Resolução CNE/CEB n.º 2/01,
são considerados professores capacitados para atuar em classes comuns com alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais aqueles que comprovem que, em sua
formação, de nível médio ou superior, foram incluídos conteúdos sobre educação especial
adequados ao desenvolvimento de competências e valores para:
I. perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar a educação inclusiva;
II. flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às
necessidades especiais de aprendizagem;
III. avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento de necessidades
educacionais especiais;
IV. atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial.
É correto o que se afirma em
A) I e III, apenas.
B) II e III, apenas.
C) II e IV, apenas.

D) II, III e IV, apenas.


E) I, II, III e IV.
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Responda às questões com base no texto da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008).
9. A educação especial era fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade,
organizou-se tradicionalmente como atendimento educacional especializado
substitutivo ao ensino comum, levando à criação de instituições especializadas, escolas
especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de
normalidade/ anormalidade,
A) contribuía efetivamente com o papel da escola para desenvolver os valores essenciais ao
convívio humano e, ao mesmo tempo, proporcionava oportunidades que permitissem a
inclusão de todos os alunos com deficiência no mundo da cultura, da ciência, da arte e do
trabalho.
B) pressupunha que a educação devia ser ministrada com base nos princípios de igualdade
de condições para o acesso e permanência da pessoa com deficiência, na escola, nos
princípios de liberdade para aprender, no pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas
e nos ideais de solidariedade humana.
C) favorecia o atendimento educacional especializado, respeitadas as singularidades de
aprendizagem, ao aluno com deficiência, seu preparo para a prática escolar, o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
D) determinava formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos testes
psicométricos que definiam, por meio de diagnósticos, as práticas escolares para os alunos
com deficiência.
E) garantia a elaboração de um currículo escolar funcional que valorizasse a ação do aluno,
deslocando o papel do professor para que este se tornasse o agente de mobilização da
capacidade intelectual de quem aprende.
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10. O documento Política Nacional de Educação Especial, publicado em 1994,
orientava o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que (…) possuem
condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do
ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais. Ao reafirmar os
pressupostos construídos a partir de padrões homogêneos de participação e
aprendizagem, essa política
A) garantia ao aluno com deficiência uma formação no direito da igualdade, possibilitando
desenvolver a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos, saberes,
habilidades e informações.
B) previa ações conjuntas de diferentes parcerias e convênios com ONGS, instituições
governamentais e não governamentais, visando a políticas comuns que atendessem a todos.
C) deixava de provocar uma reformulação das práticas educacionais de maneira que fossem
valorizados os diferentes potenciais de aprendizagem no ensino comum, mantendo a
responsabilidade da educação desses alunos exclusivamente no âmbito da educação
especial.
D) assegurava aos alunos a participação em todas as possibilidades educacionais e sociais
oferecidas pelo processo de escolarização, revelando-se um importante veículo de justiça
social.
E) oferecia condições de desenvolvimento das habilidades cognitivas por meio de um
currículo comum, que tinha ligação com um ambiente colaborativo e convívio social.
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11. Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta
pedagógica da escola, tendo seu público alvo definido. Nos casos que implicam em
transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o
ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais
desses alunos. Pode-se dizer que, dentre os transtornos funcionais específicos, estão:

A) autismo, síndrome do espectro do autismo e psicose infantil.


B) dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade.
C) transtornos globais de desenvolvimento e síndrome de Down.
D) dislexia, discalculia, disgrafia e síndrome de Rett.
E) transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação.
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12. O Censo Escolar/MEC/INEP, realizado anualmente em todas as escolas de
educação básica, acompanha, na educação especial, indicadores de acesso à educação
básica, matrícula na rede pública, inclusão nas classes comuns, oferta do atendimento
educacional especializado, acessibilidade nos prédios escolares e o número de
municípios e de escolas com matrícula de alunos com necessidades educacionais
especiais. O Censo Escolar/2006 aponta que as escolas especializadas e as classes
especiais tiveram, de matrículas, em sua totalidade, um aumento de
A) 5%.
B) 8%.
C) 10%.
D) 18%.
E) 28%.
———————————x———————-x————————————
13. Com base no resultado do Censo Escolar das matrículas de alunos com
necessidades educacionais especiais na educação superior, entre 2003 e 2005, o número
de alunos passou de 5 078 para 11 999 alunos. Este indicador aponta para um
crescimento de 136% das matrículas. Apesar disso, essas informações refletem a
A) exclusão educacional e social, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a
necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas
instituições de educação superior.
B) exclusão social, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a necessidade
de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas instituições de
educação superior.
C) inclusão educacional e social, das pessoas com deficiência, a importância do
fortalecimento das políticas públicas de acessibilidade nas instituições de educação
superior.
D) inclusão social e a exclusão educacional, principalmente das pessoas com deficiência,
salientando a necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de
acessibilidade nas instituições de educação superior.
E) inclusão das pessoas com deficiência, a importância do fortalecimento das políticas
públicas de acessibilidade nas instituições de educação superior e a necessidade de
formação de professores.

14. Na concretização da escola inclusiva, é preciso assegurar à criança e ao


adolescente, segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),

A) escolas especiais aos alunos portadores de deficiência e cursos de formação específica


aos pais dos alunos.
B) professores especializados, com curso de pedagogia e especialização em educação
especial.
C) salas de aula especiais, na escola regular de ensino, por meio de atendimento
individualizado de acordo com a deficiência apresentada.
D) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino.
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15. A escola inclusiva baseia-se na defesa de princípios e valores éticos, nos ideais de
cidadania, justiça e igualdade para todos. Para que se torne realidade, a escola
precisa responder às necessidades dos alunos. Nesse sentido, é fundamental

A) uma transformação e democratização da educação que envolva o compromisso de pais,


professores, especialistas, agentes do poder público e de outros atores sociais.
B) que a escola seja um espaço que receba todas as crianças indistintamente e possa se
adaptar de tal forma que não precise de aparelhamento específico, professores
especializados e nem reformas do espaço físico.
C) evitar discussões na sala de aula que possam evidenciar posicionamentos diferenciados,
pois cada grupo deve garantir sua identidade podendo se defender da perda de suas
características, mantendo-as intactas.
D) um currículo diferenciado para cada segmento da sociedade, adaptando os conteúdos
escolares às especificidades dos alunos, sejam elas de fundo social, econômico, cultural,
étnico, religioso, político, físico ou intelectual.
———————————x———————-x————————————
16. A escola inclusiva baseia-se na defesa de princípios e valores éticos, nos ideais de
cidadania, justiça e igualdade para todos. Para que se torne realidade, a escola
precisa responder às necessidades dos alunos. Nesse sentido, é fundamental

A) uma transformação e democratização da educação que envolva o compromisso de pais,


professores, especialistas, agentes do poder público e de outros atores sociais.
B) que a escola seja um espaço que receba todas as crianças indistintamente e possa se
adaptar de tal forma que não precise de aparelhamento específico, professores
especializados e nem reformas do espaço físico.
C) evitar discussões na sala de aula que possam evidenciar posicionamentos diferenciados,
pois cada grupo deve garantir sua identidade podendo se defender da perda de suas
características, mantendo-as intactas.
D) um currículo diferenciado para cada segmento da sociedade, adaptando os conteúdos
escolares às especificidades dos alunos, sejam elas de fundo social, econômico, cultural,
étnico, religioso, político, físico ou intelectual.

———————————x———————-x————————————
17. Para que a democratização do acesso à educação tenha uma função
realmente inclusiva é indispensável universalizar

A) a articulação teoria e prática no magistério.


B) a cultura local em seus aspectos pitorescos.
C) o acesso ao divertimento e ao lazer variado.
D) a relevância das aprendizagens escolares.
E) a constante reflexão sobre a prática individual.
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Atenção: Em uma Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo/HTPC, os professores discutiam que
o direito de toda criança à educação implica uma série de desafios para os sistemas escolares e
suas escolas. Uma professora recém-formada, que pela primeira vez estava atuando em sala de
aula, pediu às colegas mais experientes que esclarecessem alguns aspectos que para ela não
eram claros. Disse que iria colocar uma série de questões e que ficaria grata se pudesse contar
com a resposta das colegas.
18. Eu escuto falar muito em escolas inclusivas. Há autores, como Sassaki, defensores
da ideia de que a sociedade se adapte para incluir quem tem necessidades especiais e
que essas pessoas, por sua vez, se preparem para assumir seus papéis na sociedade.
Não seriam as pessoas com necessidades especiais que deveriam se adaptar à
sociedade?
A) Não. Essas pessoas precisam sentir que são capazes, mesmo não o sendo.
B) Sim. A nossa Constituição, inclusive, não acha que devemos seguir essa linha.
C) Não. Pessoas com necessidades especiais não se adaptam à sociedade.
D) Sim. Supor o contrário é agir contra os interesses da maioria da sociedade.
E) Não. A inclusão dessas pessoas requer a eliminação de preconceitos sociais.
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19. Regina é uma aluna de 13 anos, com Síndrome de Down, matriculada há pouco
mais de três anos no ensino regular, na segunda série do Ensino Fundamental I. O fato
de Regina não estar alfabetizada preocupa sua professora, que sugere à
A) família, com anuência da direção da escola, que transfira a aluna para uma escola
especial, uma vez que ela não conseguiu se alfabetizar no decorrer dos três anos de
escolarização.
B) professora especializada que trabalhe com a aluna conteúdos escolares da segunda série,
desenvolvidos na sala de aula do ensino regular, a fim de que tenha um reforço escolar.
C) direção da escola e à família que a aluna deve ser promovida para a terceira série,
mesmo sem estar alfabetizada, uma vez que o foco principal da educação inclusiva é a
socialização de alunos com deficiência intelectual.
D) professora especializada que passem a desenvolver um trabalho conjunto, a fim de que a
aluna possa permanecer na classe comum e contar com apoio especializado, buscando- se,
assim, formas de garantir o desenvolvimento global da aluna.
E) equipe da escola que a aluna permaneça na terceira série, passando a frequentar a escola
apenas três vezes por semana e com horário reduzido.
———————————x———————-x————————————

20. Jonas é um aluno de 14 anos matriculado na quarta série do


Ensino Fundamental I, de uma escola regular, e que apresenta
deficiência mental sem causa definida. Está, aos poucos, se
desenvolvendo no processo de alfabetização; entretanto, apresenta
comportamentos muito infantis e inadequados (como se levantar
muitas vezes da carteira, fazer birra, pegar material dos colegas etc.),
o que atrapalha a dinâmica da sala de aula.
Jonas demonstra baixa autoestima e muita insegurança. Nesse caso, a
intervenção pedagógica mais adequada seria a professora
A) intensificar os conteúdos escolares, a fim de controlar os comportamentos infantis e
inadequados do aluno.
B) aceitar os comportamentos do aluno, uma vez que, em função de sua deficiência mental,
o mesmo não apresenta condições de melhorar nesse aspecto.
C) demonstrar ao aluno a crença nas suas potencialidades, propondo situações em que ele
possa desenvolver independência e iniciativa, melhorando, assim, o conceito que tem de si
mesmo.
D) reforçar a autoestima do aluno com elogios e aguardar seu amadurecimento natural, a
fim de que seu desenvolvimento e potencial de aprendizagem acadêmica sejam atualizados.
E) investir na adequação comportamental do aluno, uma vez que este é o objetivo mais
importante da educação inclusiva.

REFERÊNCIAS
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concepções de pais e professores. Teor Pesq. 2006;22(1):79-88.
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alunos com necessidades especiais. Brasília: MEC: SEESP;2003. v.4.
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autismo no contexto da educação inclusiva: análise do padrão de mediação do
professor com base na teoria da experiência de aprendizagem mediada. Rev
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14. Mousinho R, Gikovate C. Espectro autístico e suas implicações
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