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Prof.

Sônia Santos
Parte 1
LEI Nº 9.394/20/12/96
Disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e
a prática social.

A Educação é um dever da família e do Estado.


É inspirada em princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana.
Finalidade da Educação – o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Princípios (Estadual, Municipal, Público ou Privado).

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.


II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber.
III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas.
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
VII.Valorização do profissional da educação escolar.
VIII.Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino.
IX. Garantia de padrão de qualidade.
X. Valorização da experiência extra-escolar.
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. Consideração com a diversidade étnico-racial (Lei 12.796/13)
XIII. Garantia dos direito à educação e aprendizagem ao longo da vida. (Lei
13.632/18).
XIV. Respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das
pessoas surdas, surdo-cegos e com deficiência auditiva (Lei 14.191/2021).

DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR (ART. 4º) O Estado


garante a Educação escolar pública mediante: (Lei 12.796/2013)
• Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 a 17 anos na pré-escola,
Ensino Fundamental, Ensino médio.
• Educação Infantil gratuita a crianças de até 5 anos.
• Atendimento educacional especializado gratuito aos educando com
deficiência transtornos globais ...
• Acesso público e gratuitos aos alunos do EF, EM para todos que
não concluíram na idade própria. (Lei n. 12.796/13)

• Acesso aos níveis mais elevados de ensino.

• Oferta do ensino noturno regular.

• Oferta da educação escolar regular para jovens e adultos.

• Atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica


por meio de programas suplementares, de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde. (Lei n. 12.796/13)
• Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como
variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de insumos
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem (adequadas à idade e às necessidades específicas
de cada estudante, inclusive a provisão de mobiliário, equipamentos
e materiais pedagógicos apropriados) (Lei 14.333/2022).
• Vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ens.
Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a
partir do dia em que completar 04 anos de idade. (Lei nº
11.700/2008)

 Alfabetização Plena e capacitação gradual para a leitura ao


longo da educação básica com requisitos indispensáveis
para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem
e para desenvolvimento do indivíduo (Lei n° 14.407/2022).
 Educação digital, com garantia de conectividade de todas as
instituições públicas de educação básica e superior à internet
em alta velocidade, adequada para o uso pedagógico, com o
desenvolvimento de competências voltadas ao letramento
digital de jovens e adultos, criação de conteúdos digitais,
comunicação e colaboração, segurança e resolução de
problemas (Lei 14.533/2023).
 As relações entre o ensino e a aprendizagem digital deverão
prever técnicas, ferramentas e recursos digitais que
fortaleçam os papeis de docência e aprendizagem do
professor e do aluno e que criem espaços coletivos de mútuo
desenvolvimento (Lei 14.533/2023).
• É assegurado atendimento educacional, durante o período de
internação ao aluno da EB internado para tratamento de saúde
em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado (...) na
esfera da sua competência federativa (Lei nº 13.716/2018)
Art. 5º - O acesso à educação básica obrigatório é um direito
público subjetivo (crime de responsabilidade) (Lei 12.796/13)
O Poder Público na esfera de sua competência federativa deverá: (Lei
12.796/13)
• Recensear anualmente crianças e adolescentes em idade escolar,
bem como jovens e adultos que não concluírem a educação básica.
(Lei 12.796/13).
• Fazer a chamada pública.
• Zelar junto aos pais ou responsáveis pela frequência à escola.
• O Poder Público assegurará em todas as esferas administrativas em
1º lugar o ensino obrigatório.
• Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder
Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de
ensino, independente de escolarização anterior.
Art. 6º - É dever dos pais e/ou responsáveis efetuar a matrícula
das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade. (Lei
12.796/13)

Art. 7º - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as


condições:

• Cumprimento das normas gerais, da educação nacional e do


respectivo sistema de ensino.

• Autorização de funcionamento e avaliação de qualidade do Poder


Público.

• Capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213


CF. (escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas).
(Lei 13.796/2019)
Art. 7º-A – Aluno regularmente matriculado (pública/
privada/qualquer nível) é assegurado, no exercício da liberdade de
consciência e de crença, o direito de ausentar-se de prova ou aula
marcada para o dia em que seja vedado o exercício de atividades
(mediante requerimento).
Devendo atribuir, a critério da instituição e sem custos para o
aluno prestações alternativas como:
I. Prova ou aula de reposição (a ser realizada em data alternativa, no
turno do aluno ou em horário agendado).
II. Trabalho escrito ou outra modalidades de atividade de pesquisa com
tema, objetivo e data de entrega definido pela instituição.
III. Não se aplica ao ensino militar (Lei Específica).
DOS NÍVEIS DE EDUCAÇÃO E ENSINO
Art. 21 – A educação escolar compõe-se de:

educação infantil
I – educação básica ensino fundamental
ensino médio

II – educação superior
Art. 22 ao 27 – EDUCAÇÃO BÁSICA

• Finalidade – desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação


comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
• Objetivos precípuos - a alfabetização plena e a formação de
leitores, com requisitos essenciais para o cumprimento das
finalidades constantes da EB (Lei 14.407/2022).
• Organização – em séries anuais, períodos semestrais, ciclos,
alternância regular de períodos, de estudos, grupos não seriados,
com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por
formas diversas de organização, sempre que o interesse do
processo de aprendizagem assim o recomendar.
• Escola reclassifica os alunos inclusive quando se tratar de transferência
entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as
normas curriculares gerais.
• Calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive
climáticas e econômicas, sem redução do número de horas previsto na lei.

Organização nos níveis fundamental e médio.


1. Carga horária mínima anual – 800 horas para o ensino fundamental e para
o ensino médio distribuída por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho
escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver (Lei
nº 13.415/2017).
* Ampliada de forma progressiva no ensino médio, para 1.400 h, devendo os
sistemas de ensino oferecer no prazo máximo de 5 anos pelo menos 1.000 h
anuais de carga horária a partir de 2 de março de 2017.
2. Classificação em qualquer série ou etapa, exceto a
primeira do ensino fundamental, poderá ser feita:

a) promoção, para alunos que cursarem, com


aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;
b) transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante
avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino.
3. Verificação do rendimento escolar observará os critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para os alunos com atraso
escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.
4. Controle de frequência – a cargo da escola, conforme o disposto
no regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino – exigido
no mínimo 75% do total de horas letivas para aprovação.
5. Os currículos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio (art. 26)
a) devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em
cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e dos educandos; (Lei
12.796/13)
b) devem abranger obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da
realidade social e política, especialmente do Brasil;
c) o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório da educação básica.
(Lei 13.415/2017)
d) a educação física, integrada à proposta pedagógica da
escola, é componente curricular obrigatório da educação
básica sendo sua prática facultativa (Lei nº 10.793/2003):
• cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
• maior de 30 anos de idade;
• estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação
similar, estiver obrigado à prática da educação física;
• amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de
1969;
• que tenha prole.
e) o ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições
das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígenas, africanas e europeias;
f) Língua inglesa, ofertada a partir do 6º ano do ensino fundamental.
(Lei nº 13.415/17)
g) As artes visuais, a dança, a música e o teatro, são as linguagens
que constituirão o ensino da Arte. (Lei nº 13.278/2016)
h) A integralização curricular poderá incluir o critério dos sistemas de
ensino, projetos e pesquisa envolvendo temas transversais. (Lei nº
13.415/17)
i) A exibição de filmes de produção nacional constituirá
componente curricular complementar integrado à proposta
pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no
mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Lei nº 13.006, de 2014).

j) Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de


todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e
à mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos
escolares, observadas as diretrizes da legislação correspondente e
a produção e distribuição de material didático adequado a cada
nível de ensino (Lei nº 14.164/2021).
k) Conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e
dos povos indígenas brasileiros serão ministrados em todo
currículo escolar em especial Educação Artística, Literatura,
História Brasileiras (Lei nº 11.645/2008).

l) A educação alimentar e nutricional será incluída entre os


temas transversais (Lei nº 13.666/2018).
6. Diretrizes (Dos conteúdos curriculares da Educação
Básica).
• A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum
e a ordem democrática.
• Consideração das condições de escolaridade dos alunos.
• Orientação para o trabalho.
• Promoção do desporto educacional e apoio às práticas
desportivas não formais.
Educação Infantil
DA EDUCAÇÃO BÁSICA Ensino Fundamental
Ensino Médio
1 – EDUCAÇÃO INFANTIL

a) Finalidade – o desenvolvimento integral da criança até cinco anos,


em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade. (Lei
12.796/13)

b) Acontece – em creches ou entidades equivalentes (para crianças


até 03 anos de idade), em pré-escolas (para crianças de 04 a 05
anos de idade). (Lei 12.796/13)
c) Organização – avaliação mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento sem o objetivo de promoção,
mesmo para o acesso ao ensino fundamental. (Lei 12.796/13).
Carga Horária mínima de 800 horas/200 dias de trabalho
educacional, 60% de frequência. (Lei 12.796/13)
Atendimento, no mínimo, de 4 horas (turno parcial), 7 horas
(turno integral). (Lei 12.796/13)
Expedição de documentos que permita atestado e
desenvolvimento da aprendizagem. (Lei 12.796/13)
2 – ENSINO FUNDAMENTAL (Art. 32)

a) Objetivos – a formação básica do cidadão mediante:


• o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
• a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a
sociedade;
• o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista
a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes
e valores;
• o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
• Duração de nove anos, obrigatório e gratuito na escola pública,
iniciando aos 6 anos de idade;
• podem ser desdobrado em ciclo pelos sistemas de ensino;
• os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série
podem adotar o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as
normas do respectivo sistema de ensino;
• ministrado em língua portuguesa às comunidades indígenas a
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem;
• presencial, sendo o ensino a distância utilizado como
complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;
• incluirá obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das
crianças e dos adolescentes.
• Estudo sobre os símbolos nacionais será incluído no ensino
fundamental como tema transversal. (Lei 12.472/11)
• a jornada escolar contém pelo menos quatro horas de trabalho
efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
período de permanência na escola (ressalvados os casos do ensino
noturno e das formas alternativas determinados na lei);
• ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos
sistemas de ensino.
b) O ensino religioso (Art. 33) – matrícula facultativa, e parte
integrante da formação básica do cidadão, constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas do ENSINO FUNDAMENTAL,
assegura o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer forma de proselitismo.

• os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a


definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as
normas para habilitação e admissão dos professores. (Lei nº
9.475/1997)
• os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas
diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos
do ensino religioso. (Lei nº 9.475/1997)
3 – ENSINO MÉDIO (Art. 35)
a) Finalidades:
• a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos
no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
• a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade e novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores;
• o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
• A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionados à teoria com a prática, no ensino
de cada disciplina.
b) Currículos (Lei nº 13.415/2017):
• A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos
de aprendizagem, conforme diretrizes do CNE nas áreas:
- Linguagens e suas tecnologias.
- Matemática e suas tecnologias.
- Ciências da Natureza e suas tecnologias.
- Ciências Humanas e Sociais aplicadas.
• Obrigatoriamente estudos e práticas de Educação Física, Arte,
Sociologia e Filosofia.
• Obrigatoriamente Língua Portuguesa, Matemática nos três anos,
assegurando as comunidades indígenas respectivas línguas
maternas.
• Obrigatoriamente Língua Inglesa, podendo ofertas outras
estrangeiras em caráter optativo, dando preferência ao espanhol.
• Parte Diversificada, deverá estar harmonizada à Base Nacional
Comum e ser articulada a partir do contexto histórico,
econômico, social, ambiental e cultural.
• Carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional
Comum não poderá ser superior a 1.800 horas do total da carga
horária do Ensino Médio (Lei nº 13.415/2017).
• Deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a
adotar um trabalho voltado para construção de seu projeto de
vida e para formação nos aspectos físicos, cognitivos e
socioeconômico. (Lei nº 13.415/2017)
• Conteúdos, metodologias e formas de avaliação processual
e formativa serão organizados nas redes de ensino por
meio de atividades teóricas e práticas, provas orais e
escritas, seminários, projetos e atividades on-line / no final
do EM.

O aluno demonstre:
 1º) domínio dos princípios científicos e tecnológicos que
presidem a produção moderna.
 2º) conhecimento das formas contemporâneas de
linguagem.
Profissionais da educação
Dos Profissionais da educação (art. 61)
(Lei nº 12.041/2009)

1. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela


estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos
reconhecidos são: (Lei nº 12.014/2009)
a) professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio.
b) trabalhadores em educação portadores de diplomas de pedagogia, com
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e
orientação educacional, bem como títulos de mestrados ou doutorados
nas mesmas áreas.
c) trabalhadores em educação, portadores de diplomas de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim.
d) Profissionais com notório saber reconhecido pelos sistemas de
ensino para ministrar conteúdo de áreas afins a sua formação ou
experiência profissional, atestado por titulação específica ou prática
de ensino... (Lei nº 13.415/17)

e) Profissionais graduados que tenham feito complementação


pedagógica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de
Educação. (Lei nº 13.415/17)
2. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á
(art. 62):

- Em nível superior, em cursos de licenciatura plena, admitida, como


formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e
nos cinco primeiros anos do ensino fundamental a oferecida em nível
médio, na modalidade normal. (Lei nº. 13.415/2017)
- Os currículos do curso de formação de docente terão como referência
a Base Nacional Comum Curricular. (Lei nº. 13.415/2017)
- O acesso de professores das redes públicas da Educação Básica a
cursos superiores de pedagogia e licenciatura será efetivado por
meio de processo seletivo diferenciado. (Lei nº 13.478/2017)
- Terão acesso de pleitear professores da rede pública
municipais, direito de pleitear o acesso os professores da
rede pública municipais, estaduais e federal. que
ingressaram por concurso público e tenham pelo menos três
anos de exercício de profissão que não sejam portadores de
diploma de graduação. (Lei nº. 13.415/2017)

- As instituições de ensino responsáveis pela oferta de cursos de


Pedagogia e outras licenciaturas definirão critérios adicionais de
seleção sempre que ocorrerem aos certames interessados aos
números superior de vagas. (Lei nº 13.478/2017)
Lei n. 12.796/2013
• União, DF, Estados e Municípios adotarão mecanismos
facilitadores de acesso e permanência em curso de formação
de docentes em nível superior para atuarem na educação
básica pública.
• União, DF, Estados e Municípios incentivarão a formação de
profissionais do Magistério para atuarem na educação básica
pública mediante programa institucional de bolsa de iniciação à
docência a estudantes matriculados em cursos de Licenciatura,
nas instituições de educação superior.
Lei n. 12.796/2013 (Cont.)
• O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em Exame
Nacional aplicando aos concludentes do EM como pré-requisito para o
ingresso em curso de graduação para formação docente, ouvindo o
CNE.

• Garantia de formação continuada para docentes no local de trabalho,


instituições de educação básica ou superior – Educação Profissional,
Curso Superior de Educação Plena, Tecnológico e Pós-graduação.

• A União prestará assistência técnica aos Estados, DF e Municípios na


elaboração de concurso público para provimento de cargos dos
profissionais da educação.
3. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive
nos termos dos estudos e dos planos de carreira do
magistério público: (Art. 67)
a) ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos.
b) aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com
licenciamento periódico remunerado para esse fim.
c) piso salarial profissional.
d) progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho.
e) período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na
carga de trabalho.
f) condições adequadas de trabalho.
• A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de
quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de
cada sistema de ensino. (Lei n. 11.301/2006)
• São funções do Magistério as exercidas por professores e
especialistas em educação, as do exercício da docência, direção,
coordenação e assessoramento pedagógico. (Lei n. 11.301/2006).
• A União prestará assistência técnica aos Estados, DF, Municípios
na elaboração de concurso público para o provimento de cargos dos
profissionais da educação (12.796/2013).
Parte 2
DOS RECURSOS FINANCEIROS (Art. 68 ao 77)

 RECURSOS PÚBLICOS DESTINADOS À EDUCAÇÃO –


ORIGINÁRIOS DE:
a) Receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
b) Receita de transferências constitucionais e outras transferências;
c) Receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
d) Receita de incentivos fiscais;
e) Outros recursos previstos em lei.
A União aplicará 18% (nunca menos) os Estados, os Municípios e o
DF 25% ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis
Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as
transferências constitucionais na manutenção e desenvolvimento
do ensino público.

►O repasse (18% e os 25%) do caixa da União, dos Estados, dos


Municípios e DF ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela
educação.
► O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária, e
a responsabilização civil e criminal das autoridades
competentes.
 Considera-se como manutenção e desenvolvimento do ensino,
as despesas realizadas com a consecução dos objetivos básicos
das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo
as que se destinam a: (Art. 70)
I- remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais
profissionais da educação;
II- aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e
equipamentos necessários ao ensino;
III- uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV- levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando
precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do
ensino;
V- realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos
sistemas de ensino;
VI- concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e
privadas;
VII- aquisição de material didático-escolar e manutenção de
programas de transporte escolar.
 Não são consideradas despesas de manutenção e
desenvolvimento do ensino: (Art. 71)
I- pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando
efetivada dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente,
ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;
II- subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,
desportivo ou cultural;
III- formação de quadros especiais para a administração pública, sejam
militares ou civis, inclusive diplomáticos;
IV- programas suplementares de alimentação, transporte, segurança
escolar, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica,
e outras formas de assistência social;
V- obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta
ou indiretamente a rede escolar;
VI- pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em
desvio de função ou em atividade alheia a manutenção e
desenvolvimento do ensino.

 As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do


ensino serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder
Público (e até 30 dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumindo da execução orçamentária – art. 165 § 3º/CF).
DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
(Art. 8º ao 20º)
Os sistemas de ensino são organizados colaborativamente
(União, Estados, DF e Municípios).
A União tem a coordenação da política nacional da educação .
Cabe à União:
• Elaborar o PNE em colaboração com os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios;
• Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais
do sistema federal de ensino e o dos Territórios;
• Prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao DF e
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino
e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
• Estabelecer, em colaboração com os Estados, o DF e os Municípios,
competências e diretrizes para a EI, o EF e o EM;
• Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
• Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento
escolar no EF, EF e ES (prioridades e a melhoria da qualidade do
ensino);
• Baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;
• Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de
educação superior;
• Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar,
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e
os estabelecimentos do seu sistema de ensino.

• Estabelecer em colaboração com os Estados, DF e os municípios,


diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e
atendimento, na EB e na ES de alunos com altas habilidades ou
superdotação (incluída pela Lei n. 13.234/15).
Cabe aos Estados:

• Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais


dos seus sistemas de ensino;
• Definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do
EF, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os
recursos financeiros disponíveis;
• Elaborar e executar políticas e planos educacionais, em
consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação,
integrando e coordenando as suas ações e as dos seus
Municípios;
• Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar,
respectivamente, os cursos das instituições de educação
superior e os estabelecimentos do SEU SISTEMA DE ENSINO;
• Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o
ensino médio a todos que o demandarem;
• Assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
(Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003).
• Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino.
Cabe aos Municípios:

• Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais


dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos
educacionais da União e dos Estados;
• Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
• Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
• Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu
sistema de ensino;
• Oferecer a EI em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o EF,
permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando
estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de
competência.
• Assumir o transporte escolar dos alunos da rede
municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31/7/2003).

OBS. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema


estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação
básica.
Compete aos estabelecimentos de ensino:

• Elaborar e executar sua proposta pedagógica;


• administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
• Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas;
• Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
• Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
• Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
• informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como
sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela
Lei nº 12.013, de 2009)

• notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que


apresentem quantidade de faltas acima de 30% do percentual permitido em
lei.(Incluído pela Lei nº 13.803/2019).
• Promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a
todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática
(bullying), no âmbito da escola. (Lei nº 13.663/18).

• Estabelecer ações destinadas a cultura de paz na escola. (Lei nº


13.663/18).

• Promover ambiente escolar seguro adotando estratégias de prevenção e


enfrentamento ao uso de dependência de drogas. (Lei nº 13.840/2019)
Compete aos docentes:
• participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
• elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
• zelar pela aprendizagem dos alunos;
• estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
• ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
• colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Gestão Democrática (sistemas de ensino)

• participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto


pedagógico da escola;
• participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
ou equivalentes.
Compreende o Sistema federal de ensino:
• as instituições de ensino mantidas pela União;
• as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada;
• os órgãos federais de educação.
Compreende os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito
Federal:
• as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder
Público estadual e pelo DF;
• as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público
municipal;
• as instituições de EF e EM criadas e mantidas pela iniciativa
privada;
• os órgãos de educação estaduais e do DF;
Compreende os sistemas municipais de ensino:
• as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil
mantidas pelo Poder Público municipal;
• as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa
privada;
• os órgãos municipais de educação.
Classificação das Instituições de ensino:
a) Públicas (Poder Público);
b) Privadas (pessoas físicas ou jurídicas de direito privado).
c) Comunitárias, na forma da lei (Lei nº 13.868/2019)

* Instituições de ensino privadas e comunitárias podem qualificar-se


como confessionais atendidas a orientação confessional e a ideologia
específicas. (Lei nº 13.868/2019).

* Instituições de ensino privadas e comunitárias podem ser


certificadas como filantrópicas (Lei n° 13.868/2019).

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