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E.T.C.A.

Escola Terapêutica das Ciências Antigas

Exercícios
Respiratórios
1
TERAPIA
A saúde está diretamente ligada à qualidade e à quantidade de
ar respirado. A qualidade está determinada primeiramente pela
pureza do ar e a quantidade de oxigênio presente nele. A
quantidade está relacionada também à maneira que respiramos
e a profundidade de nossa respiração.

Respirar superficialmente pode atrair muitos males físicos,


psíquicos e espirituais. Doenças, ansiedade e o cansaço são
exemplos de perturbações físicas que podem ser provocadas por
um respirar superficial e ou um ar impróprio e uma quantidade de
oxigênio insuficiente. Depressão, desânimo e irritabilidade são
exemplos de males psíquicos que podem ser frutos dessa
respiração errônea. Torpeza, distração e obstrução da visão
espiritual são exemplos de males espirituais, que podem ser frutos
dessa ignorância do bom uso da respiração.

Nossa respiração não é ampla o suficiente de modo a não deixar


resíduos, ou seja, sempre permanece em algumas partes algum
ar viciado, carregado de dióxido de carbono, impurezas e
energia perturbadora. Por outro lado, nossos pulmões raramente
preenchem de ar sua inteira capacidade (não que seja
necessário sempre, mas ocasionalmente, para estar preparado
quando for necessário). O máximo que eles alcançam acontece
nos momentos de esforço extremo e ou prolongado, como em
uma corrida por exemplo, quando a respiração tanto amplia
como acelera (o que não garante também que entre muito ar).
É o bocejo que tem essa função de troca nos locais onde há ar
viciado, para compensar justamente a renovação do ar porque
não a realizamos proposital e conscientemente. O bocejo
também pode trocar boa parte do ar dos seios (sinus) nasais e
paranasais. Um bom exercício respiratório deve pelo menos
cumprir essa função, mas também deve ir além disso.

1. Seio frontal
2. Seio etmoidal
3. Seio esfenoidal
4. Seio maxilar

Por causa de uma respiração superficial ou insuficiente (causada


até muitas vezes por rotinas sedentárias) existem células de nossos
pulmões que dificilmente recebem o ar do exterior em
quantidade e qualidade suficientes, e assim vamos diminuindo a
capacidade pulmonar que vai deixando de renovar essas
células. Devemos fazer alguns exercícios se quisermos recuperar e
até ampliar essa capacidade.

Nas ciências antigas também se sabe que ao inspiramos


tragamos energia viva junto com o oxigênio. Realmente pode-se
dizer que absorvemos luz em nossa respiração, luz viva, uma
energia muito sutil, que não é vista com os olhos e não é
estudada pela ciência comum. Na alquimia rosacruz antiga, que
é medicina universal, também se sabe disso e é utilizado. Os
indianos chamaram de prana. Os alquimistas chamaram de éter
vital (diferente de outros éteres, que em algumas classificações
das ciências herméticas podem ir do éter mais denso até o
elemento que é chamado éter espiritual, ou seja, da matéria
mais densa passando pela mente até a consciência, a não-
matéria, do espírito). Na medicina chinesa também é
reconhecida a ligação da energia vital, chamada chi, com a
respiração.

Essa energia, além de muitas outras funções, serve de elo de


ligação entre a matéria, especialmente o cérebro e o sistema
nervoso, com as partes mais sutis do nosso ser, especialmente a
mente, mas também parte da consciência. Por isso sem oxigênio,
ou com insuficiente quantidade, em pouco tempo a mente
desliga-se do corpo e esse desligamento muitíssimas vezes é fatal,
especialmente se prolongado, mesmo por um minuto só a mais
do que o tolerado: o oxigênio é o principal alimento material que
nosso cérebro precisa (e todas as células de nosso corpo
também) e nele também está a energia sutil que faz a ponte
entre esse mesmo cérebro e a mente.

Esse componente é de uma velocidade, uma vibração elétrica


superior à do elétron no átomo de hidrogênio (entenda-se isso
como simbólico ou como fato), mas não tão etérico a ponto de
não ser influenciado pelo ar em nosso nível de vibração material,
nem por nosso corpo; também não material o suficiente para
não ser influenciado pela nossa mente. Portanto é um elemento
intermediário entre algo mais denso, a matéria, e algo menos
denso, a mente.

Podemos atraí-lo em maior ou menor proporção de acordo com


nossa respiração (e com nossa intenção também); quanto mais
profunda, consciente e demorada a respiração, por exemplo,
maior quantidade e maior tempo de contato e trocas vão estar
envolvendo essa energia vital. A cada respiração nós temos
oscilações de consciência, os picos, de mais elevada
consciência, coincidem com os intervalos inspiração-expiração
(maior oxigenação em quietude) e expiração-inspiração (menor
embriaguez por gás carbônico e outros elementos em quietude).
Mas esses instantes são muito pequenos. Os picos de menor
consciência coincidem com os períodos de atividade
respiratória, portanto espaços de tempo maiores. Mas podemos
interferir nisso, tanto independentemente da respiração como,
especialmente a princípio, combinando a atenção e a
consciência com a respiração, alterando os ritmos, a
profundidade e a intensidade. É isso que vamos estudar aqui
nesse período.

É claro que não é conveniente que estejamos o tempo todo


respirando dessa maneira. Então precisamos dedicar um tempo
do dia, pela manhã e à noite, pelo menos, para realizarmos
conscientemente esse tipo de respiração. Devemos também,
várias vezes no dia, nos tornarmos conscientes da respiração e
provocar algumas respirações profundas, pelo menos a cada
hora, digamos.
Assim fazendo estaremos oxigenando melhor e purificando nosso
corpo, além disso, treinando e condicionando conscientemente
uma respiração mais ampla. Estaremos alimentando melhor nosso
corpo e nossa mente, equilibrando as trocas gasosas e
energéticas. Também estaremos treinando a estarmos mais
conscientes, recordados e presentes através da respiração
consciente, que é o nosso principal objetivo aqui.

A mente se relaciona com a matéria através do sistema nervoso.


Elétrons desempenham um papel importante, tanto nessa
comunicação mente-corpo, quanto nas sinapses entre os
neurônios. Assim também os éteres desempenham um importante
leque de relações entre a mente e a matéria, tanto corporal
quanto além do corpo.

O exercício a seguir tem essas funções. Com relação à saúde


física e mental ampliando a oxigenação, a energização e, com
pouco tempo, também ampliando a capacidade pulmonar. Ele
também será um exercício espiritual, acendendo a clareza da
consciência, a presença no aqui-agora; favorecendo a
concentração e o abandono das distrações e ainda “simulando”
um pequeno despertar no qual a pessoa pode às vezes perceber
o que é realmente importante na vida; e, principalmente,
perceber a diferença entre um estado um pouco mais desperto
de consciência provocado pelo exercício e os estados comuns,
de consciência normal ou quase ausente.
É muito importante perceber por nós mesmos que não estamos
de fato tão conscientes como imaginamos, e ainda, que não
estamos nem perto do nosso melhor estado de consciência
possível no aqui agora. Isto irá ser um estímulo para o querer
despertar mais e mais. Mas o mais importante é que, além disso,
já desde esse pequeno aumento do nível de consciência, todos
os dias aumenta junto nossa percepção, interiormente ou
exteriormente ou ambas, e nossa capacidade conhecimento, de
aprendizagem e de compreensão, como também a velocidade
dessas operações.

EXERCÍCIOS
Sentado ou em pé, em sua posição de meditação, coluna
completamente ereta, mãos no colo ou na cintura, com braços
formando como que as asas de um jarro em relação ao corpo,
ou mãos no peito em posição de oração, com os cotovelos para
fora.

DO JARRO (FASE 1)

Nesta primeira fase faça todo o exercício mantendo a mesma


posição e com os olhos abertos.

(1) Encha gradativamente os pulmões, estendendo o diafragma


de modo que o abdômen se expanda completamente,
inchando a barriga para fora, inspirando pelo nariz até o máximo
que puder sem ter dor, então (2) pare. Você vai ter o impulso de
soltar o ar, mas segure um pouco, não ao ponto de doer ou sentir
muito incômodo. (3) Solte o ar, não de
uma vez, mas gradativamente, pela boca ou nariz ou ambos, e
continue soltando até não ter mais ar, então encolha o abdômen
gradativamente soprando o restante do ar até não ter mais,
então (4) faça uma pequenina pausa, sempre observando o que
acontece com a consciência, mas mais atentamente ainda
nesse momento.
Então inspire novamente começando do ponto 1. Faça isso três
vezes e meia, ou seja: três ciclos completos e mais meio, isto é,
terminando com os passos 1e 2, de encher e segurar o ar.

DO FOLE (FASE 2)

Nesta segunda fase faça todo o exercício mantendo a mesma


posição e com os olhos fechados ou semi-cerrados. Observe as
diferenças no passo 2 e 3.

(1) Sempre observando o que ocorre na consciência, ou seja,


consciente da consciência, encha gradativamente os pulmões,
estendendo o diafragma de modo que o abdômen se expanda
completamente, inspirando pelo nariz constantemente até não
mais poder, então (2) pare. Você vai ter o impulso de soltar o ar;
haja ao contrário disso, sugue mais um pouco de ar rapidamente
e pare, e depois novamente e ainda mais uma vez, isto é, por três
vezes faça isso, mas não ao ponto de doer ou sentir muito
incômodo. Você se surpreenderá com a capacidade do seu
pulmão. (3) Quando sentir o impulso uma quarta vez solte o ar
pela boca ou nariz ou ambos, não importa; então encolha o
abdômen gradativamente até o máximo que conseguir
soprando o restante do ar até não poder mais. A expiração
dessa vez deve ser mais rápida que a inspiração, dois terços do
tempo desta no máximo, porém não deve produzir barulho além
do natural nem se tornar como ofegante, aliás, nenhuma das
etapas deve ser barulhenta, o que indicaria ou geraria
desequilíbrio. Então soltando todo ar prossegue-se encolhendo a
barriga para dentro ao máximo até secar todo o ar, pois
parecerá que não há mais ar, mas depois de uma pequena
pausa você ainda conseguirá expulsar mais ar por duas ou três
vezes até sentir os rins serem comprimidos, mas não ao ponto de
doer ou ser muito incômodo então (4) realize mais uma
pequenina última pausa aguçando mais ainda a atenção à
consciência nesse pequeno instante e novamente inspire
repetindo tudo começando do ponto 1.
Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais
meio, isto é, terminando com os passos 1e 2 de encher e segurar
o ar, em seguida solte os braços expirando e respire
normalmente.
Obs.:
Estas duas sequências (fases 1 e 2) devem ser feitas em fases, a
primeira sequência (fase 1) por pelo menos uma semana ou até
estar à vontade com a prática, e a segunda (fase 2) daí em
diante. Só depois de pelo menos uma semana para cada uma
das sequências, ou de se estar habituado à prática, é que se
pode fazer as próximas sequências. Isto é um prazo mínimo visto
que os pulmões levarão algum tempo nessa adaptação e os
músculos levarão um tempo para se desenvolverem. Você pode
verificar em parte esse desenvolvimento da capacidade
pulmonar medindo o tórax relaxado com um cordão ou uma
trena mês a mês ou a cada semana, comparando à medida
tomada antes de iniciar o primeiro dia de exercícios.

DO FOLE (FASE 3)

Uma terceira fase ou forma alternativa depois da terceira


semana ou após estar habituado aos exercícios é estando em pé
sempre; de olhos obrigatoriamente abertos, com os pés juntos ou
pelo menos os calcanhares, e em pose militar de sentido. Então ir
inspirando e levantando e abrindo os braços estirados até acima,
virando também as mãos gradativamente para cima (até formar
com o corpo e braços a forma da letra ípsilon), levantando
simultaneamente a cabeça, ficando de boca para cima
enqüanto realiza os exercícios 1 e 2 (passos 1 e 2 da fase 2). E
então, em seguida, baixar os braços, soltando o ar, e a cabeça
voltando gradativa e lentamente à posição original, depois
baixando a cabeça, dobrando a coluna numa curva ao máximo
(o queixo toca o peito) enquanto realiza os procedimentos 3 e 4
da respectiva sequência (passos 3 e 4 da fase 2), cruza os braços
sobre as pernas (direito sobre o esquerdo) nessa posição e sopra
o ar encolhendo a barriga ao máximo. Então reinicia esta fase
toda.

Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais
meio, isto é, terminando com os passos 1e 2.
Todos esses exercícios devem ser feitos diariamente, uma ou duas
vezes por dia, ou mesmo três quando já houver mais preparo.
Sendo possível descanso um dia por semana.
Nos outros meses, você pode continuar com qualquer uma das
fases ou todas, variando o tipo, uma cada dia, ou mesmo, a
melhor opção, praticando mais sempre a fase 3. Você ainda
deve experimentar um caráter mais purificador destes e
exercícios, começando pelos procedimentos 3 e 4, isto é,
esvaziando os pulmões primeiro e continuando a sequência com
o 1 e o 2, mas sempre terminando enchendo e voltando à
respiração natural a partir daí.
Observe sempre o que ocorre à consciência durante e após os
experimentos e compare ao estado anterior ao exercício. Anote
os resultados e descreva estados, se houverem visões, audições
ou outros fenômenos psíquicos, isto para si e para nos enviar e
que assim possamos compartilhar orientações de acordo com
seus resultados pessoais. Se quiser mais orientações ou seguir os
exercícios destes para os mais avançados, bem como conhecer
outras formas de exercícios envolvendo respiração, corpo e
mente, para o benéfico da saúde e despertar do estado mais
consciente e cura, escreva-nos. Também não nos deixe de
contatar se houverem dúvidas. Se houver intenção de continuar
e aprofundar as práticas e o despertar da consciência, para o
conhecimento direto, conhecendo todas as sequências de
exercícios adequadas ao seu corpo ou tipo físico e sua
mentalidade explicite para nós esse anelo.
Para qualquer tipo de contato você pode se comunicar direta e
pessoalmente pelo whatsapp ou escrever para nosso e-mail, que
entraremos em contato e enviaremos mais lições. A única
exigência para receber mais exercícios e orientações para a
saúde, cura e despertar é que se envie um resumo dos próprios
relatórios, dos resultados e anotações, para nosso
acompanhamento e orientação adequada, após cada mês ou
cada nova sequência de práticas. Esperamos que esta seja
apenas uma delas e que possamos continuar avançando.
E.T.C.A.
Escola Terapêutica das Ciências Antigas

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+55 79 991316067

Exercícios Respiratórios 1

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