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Neuropsicologia e

envelhecimento
PROF.ª MSC. LARISSA MARIA LINARD RAMALHO
LARISSARAMALHO@LEAOSAMPAIO.EDU.BR
Seguimos aprendendo

Produto inteligente
Comunicação
Estimulação contínua
Ampliar visões
Neuropsicologia do desenvolvimento -
diferentes componentes cognitivos são
processados no decorrer do envelhecimento.
Idade e Aumento da população idoso – crescente
desenvolvimento desenvolvimento científico sobre
desenvolvimento e gerontologia.
cognitivo
As investigações sobre a relação entre a
idade e o desenvolvimento neuropsicológico
tornam-se essenciais
Idade e • Não só perdas
• Desenvolvimento ativo e saudável
desenvolvimento
• Velhice é mais uma fase com suas próprias
cognitivo características.
• Redução dos escores de avaliações neuropsicológicas em indivíduos
idosos e idosos longevos:
• Salthouse (1996) – A lentidão do processamento é a base para o
decréscimo nas habilidades cognitivas dos indivíduos com idades mais
avançada
• Aranda; Sundet (2006) e Parkin (1997) – O declínio decorre da dificuldade
no processamento de informações relacionadas a funções executivas,
ligadas à ativação do lobo frontal.
Normal ou • Hellige (1993), preconiza a ocorrência de um desempenho inferior no
processamento de imagens e de inferências em indivíduos idosos.
patológico? Baseada declínio das funções relacionadas à ativação predominante do
hemisfério direito.

visões diversas • Hertzog (2008) sugere que ainda há a necessidade de uma grande teoria
que explique o envelhecimento. Por isso, algumas questões permanecem
não consensuais devido aos estudos que privilegiam a comparação do
desempenho em funções cognitivas entre adultos jovens e idosos ou
entre idosos jovens e idosos longevos.
• Poucas teorias investigam discrepâncias entre aspectos cognitivos das
variadas fases da vida.
Alguns resultados
• Nesse sentido, as tarefas de linguagem (mais • Habilidades Aritméticas: adultos jovens e de
especificamente a linguagem escrita) e de idade intermediária apresentaram
habilidades aritméticas, que se referem a
conhecimentos prévios e acumulados, ou seja, mais
desempenho superior ao de longevos e o
relacionados à inteligência cristalizada, somente grupo de idosos obteve resultados que não
mostraram sugestão de efeito significativo da idade a se diferenciaram nem dos grupos mais
partir dos 76 anos, indicando que essas habilidades jovens nem dos longevos. Zamarian et al.
tendem a ser mantidas em idosos mais jovens e que (2007) também sugeriram que a capacidade
uma diminuição da acurácia ligada ao de resolver operações aritméticas simples é
envelhecimento evidencia-se em grupos muito
idosos. Entre as funções em que se observou uma mantida em indivíduos idosos com idade
influência do fator idade no desempenho somente média de 65.1 anos quando estes são
nos longevos estão percepção, memórias de trabalho comparados a jovens com média de 28.9
e prospectiva, praxias, resolução de problemas e anos.
fluência verbal.
• Declínios em todos os campos sensoriais
• Força muscular e coordenação diminuem
• Aumento do tempo de reação à estímulos –
reflexos mais lentos Envelhecimento
• Padrões de funcionamento “normais” se cognitivo/cerebral
assemelham à demência inicial.
O cérebro e o tempo

• Mesmo com um envelhecimento


ideal o cérebro terá perdas.
• Diminuição de 2% do volume da
massa cinzenta a cada década.
• Densidade das sinapses se tornam
mais espaçadas e fluxo sanguíneo
cerebral diminui.
• 50% dos que desenvolvem transtornos depressivos
evoluem para processos demenciais.
• Relação íntima entre processos cognitivos e
psicossociais.
• Preserva-se em grande parte a capacidade de
Fatores realizar tarefas cotidianas.
• Com o tempo perdemos capacidades ligadas à
biopsicossociais memória e concentração, mas ainda assim
obtemos ganhos no que tange à sabedoria,
habilidade e competência.
• O hemisfério direito do cérebro é o dominante na
juventude, enquanto que na velhice o hemisfério
esquerdo ganha lugar. (GOLDBERG, 2006)
• O problema que mais cresce atualmente.
• Declínio da memória, o declínio intelectual e de
funções como a linguagem, entre outras.
• É sabido que o grau de incapacidade aumenta com
o avanço do declínio cognitivo (MACEDO e RAMOS,
2005).
• No Brasil, o prevalência de declínio cognitivo na
Demência senil população variou entre 4,9% e 34,1% a depender
da localidade e condições como gênero,
escolaridade, história e estilo de vida, e condições
sócioeconômicas
• Importância da prevenção de co-morbidades.
neuropsicologia

• Auxilia na determinação da presença de


mudanças nas habilidades cognitivas da
população de idosos, assim como ao longo da
infância, adolescência e idade adulta.
• Utiliza-se da avaliação neuropsicológica que, a
partir de um conjunto de procedimentos que
engloba observação e entrevistas clínicas,
administração de tarefas e de ferramentas
padronizadas de avaliação do desempenho,
procura identificar e caracterizar o perfil das
habilidades cognitivas, comunicativas e/ou
emocionais dos indivíduos com quadros
neurológicos e/ou psiquiátricos (Lezak,
Howieson, & Loring, 2004).
• Linha tênue entre o normal e patológico.
Contribuições da
neuropsicologia
• Importância da saúde cognitiva.
• Salienta a ideia da plasticidade e da estimulação
cerebral em todas as fases.
• Defende a “reserva cognitiva”:
• Postura saudável e estimulante ao longo da vida.

Um cérebro bem estimulado se desenvolve criando uma


rede mais rica de conexões neuronais que ajudam a
retardar o aparecimento de doenças como as demências,
por exemplo (MALLOY-DINIZ, FUENTES e COSENZA, 2013).
ENVELHECIMENTO
ATIVO

• “Envelhecimento ativo é o
processo de otimização das
oportunidades de saúde,
participação e segurança, com o
objetivo de melhoras a qualidade de
vida a medida que as pessoas ficam
mais velhas” (OMS, 2005, p. 13).
• NÃO SIGNIFICA AUSÊNCIA DE
DONÇAS.
• MULTIFATORIAL
• Escolaridade
fundamentais • Fortalecimento do Laço social
• Saúde mental e física
• E em nossa atualidade?!
OUÇA O EPISÓDIO “NEUROPSICOLOGIA E
ENVELHECIMENTO” DO LARISSALINARD’S
PODCAST:
Larissa Linard Podcast
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“ E é preciso mais que nunca prosseguir”


(Gonzaguinha)
Referências bibliográficas
• ZIBETTI et al. Estudo comparativo de funções neuropsicológicas entre
grupos etários de 21 a 90 anos Revista Neuropsicologia Latinoamericana
ISSN 2075-9479 Vol 2. No. 1. 2010, 55-67.
• LEMOS, C.R. A NEUROPSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO: Um olhar para o
bem-estar e promoção da saúde.

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