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EM TEMPOS PASSADOS...
LÁ! UM AVIÃO!... UM DOUGLAS!
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UM ALERTA ! O COMBUSTÍVEL !
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De Tefé, no rio Solimões, a Carauari, no rio Juruá
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UM CABOCLO SALVADOR
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JUNTANDOAS TRALHAS
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Qual o motivo?
O nipônico não entendia por que o amigo procedera
daquela forma.
Boni sempre tinha sido muito sensato, responsável...
Tinha bastante experiência em tudo ali.
Adquirir toda aquela experiência ao longo de muito
tempo custara-lhe até o convívio e o amor da família.
Sim! Da família... da esposa...
Talvez isso fizesse algum sentido...
Sim! Talvez...
O Pedro, do rapel, sentado em um banco próximo à
casa de máquinas, dizia aos tripulantes do barco:
- Obrigado, gente! Muito obrigado. Vocês vieram atrás
de nós. Ninguém aguentava mais... muito obrigado.
Os acadêmicos de medicina haviam cuidado de suas
lesões e deram-lhe um calmante, cobrindo-o com u’a manta
e o colocando ali naquele banco.
O vento morno batia nas faces angustiadas dos
amigos, que ansiavam por chegar logo ao local do acidente.
O velho japonês, lá à roda do leme, na proa do barco,
começou a entoar uma canção dos pescadores de sua terra
natal... no idioma pátrio, claro.
Tanaka observou:
- É umavelha cantiga que diz a respeito da esperança
de quem está perdido no mar – e completou – Meu pai a
cantava quando ainda não tínhamos o restaurante lá no sul,
e ele não tinha de onde tirar para nos sustentar.
Benedito assentiu com a cabeça e continuou mudo, só
pensando naquela brusca reviravolta... nem pensava mais
nos seus próprios problemas.
Mas, agora havia motivo para esperança... esperança
de encontrar o mais breve possível o resto dos amigos
acidentados.
Eles agora sabiam que lá no meio do Bauana havia
um caboclo, “seo” Pedroso, que lutava para manter todos os
sobreviventes vivos.
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que vai abri abrir a clareira, se não fosse pelo rádio que eles
levam.
- Pois é, rapaz! Esta mata é realmente perigosa.
Então, como é que os caboclos daqui andam por toda ela
sem nenhum equipamento de orientação e não se perdem?
– quis saber o Benedito.
- Ora! Eles nascem e vivem a vida toda aqui. Desde
criança o caboclo vai se acostumando dentro da mata. Ele
desenvolve um tremendo senso de orientação, só
observando o sol, as árvores mais diferentes, as voltas dos
igarapés... e por aí vai – respondeu o Saves e completou –
Imagine agora a gente pegar um deles e colocar bem no
meio do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo...
eles nem sairiam do lugar.
- Tem razão... aqui é o ambiente deles – refletiu o
Benedito – cada um no seu mundo, né? E este aqui não é o
nosso mundo, a gente está é invadindo o mundo deles.
E Tanaka completou o raciocínio do amigo:
- Aqui a gente apanha, até nos adaptarmos. A selva
não é ruim. É até muito saudável. Nós é que a usamos de
forma errada.
E sem querer, Saves que, então ficara pensativo,
deixou escapar o que todos agora sabiam, mas não
ousavam comentar:
- É... fazemos muita coisa do jeito errado... Ora! Pane
seca.
Diante disto todos ficaram novamente em silêncio, pois
tratava-se do amigo Boni.
E o tempo foi passando na toada da batida do motor
do barco... toc, toc,toc... e curva após curva ia
acompanhando os volteios da margem do lago, até chegar à
foz do igarapé do Bauana, já lá pelas quatro e meia da
madrugada.
Para quem conhece os mais distantes rincões deste
imenso país, sabe o que é a foz de um rio ou de um riacho:
é onde ele deságua noutro maior, num lago ou mesmo no
mar.
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RESGATANDOOS MORTOS
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- Vai!...
- Força, gente!!!
- Assiiimm... vai, puxem mais!
O Yoshi mergulhou de volta naquela água fria e
oleada... de novo na escuridão... só às apalpadelas.
Foi seguindo a corda esticada até chegar no galho...
espera aí!
O buraco... o galho saiu!
Voltou rápido para a superfície e avisou:
- O pau saiu de lá! Agora, pula outro n’água para ver
se acha o rapaz... eu já tô é cansado.
Outro caboclo relutou um pouco, benzeu-se e findou
por pular na água e nela sumir rumo ao fundo do igapó. Na
verdade não se sentia muito confortável em topar com o
defunto lá naquela escuridão... coisa mesmo de caboclo.
O gelo da água, o cheiro do óleo e a negritude daquele
fundão de igapó.
Apalpou... apalpou... até encontrar o rasgo na
fuselagem lá embaixo.
Enfiou o braço para dentro do avião e... nada. Não
encontrou nada.
Tentou de novo e, de repente, passou-lhe um arrepio
danado e ele voltou com mais de mil para a superfície da
água.
- Ahhhhhhh... êita... Rapaz! A coisa tá difícil, viu?
Foi o que conseguiu pronunciar logo que chegou à
tona.
Todos curiosos e Yoshi foi logo perguntando:
- Que foi? Encontrou o piloto?
O caboclo ainda se refazendo, respondeu:
- Nã... não. Acho que... que ele não tá lá, não.
O japonês já acostumado com aquela gente, procurou
atingir o ego do cabra ainda todo assustado:
- Ah, rapaz! Num é possível. Tu tá é com medo.
Rapaz, o curumim já tá morto. Ele num vai te fazer nada,
não. Quem faz mal é quem tá vivo... morto num faz mal prá
ninguém, não.
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BONIFÁCIO PIORA !
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MISSÃODE MISERICÓRDIA
EM UMDIA MUITO NUBLADO
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Fonte: FAB
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AO FINAL... UM VAZIO
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