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CERRADO
HISTÓRIA DA AVIAÇÃO NO
CENTRO-OESTE DO BRASIL
1926 A 1960
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
OESTE ...........................................................................................
186
Fonte: autor
16
Fonte: https://www.gracesguide.co.uk/Avro:_Avian
Fonte: www.rc-network.de/forum/showthread.php/62542-Bau-einer-KLEMM-L-20
Fonte: FAB
Fonte: INCAER
Fonte: pilotos.org.br
47
Fonte: IBGE
Fonte: Infraero
fronteiras.
Um avião de Bruxelas para Atenas em menos de 10
horas de voo, já àquela época, sobrevoava os espaços
aéreos de 8 países (Bélgica, França, Alemanha, Áustria,
Itália, Iugoslávia, Albânia e, finalmente, Grécia, seu destino).
Por isso, era uma situação nova para os governos que, sem
acordos internacionais, deixariam os territórios nacionais
expostos à atividade aérea de outros países.
Dito isto, percebe-se então que desde o início os
aeroportos têm uma importância estratégica na economia
dos países, por serem portas de acesso rápido ao mundo
inteiro.
Retornando aos voos no sertão brasileiro, a função
nesses rincões do transporte aéreo seriam duas, segundo o
governo de Goiás, segundo a visão de Coimbra Bueno:
proporcionar contato direto e praticamente imediato com o
governo da União e trazer para a cidade um dos maiores
símbolos da modernidade, o avião.
Entendia, também, que um aeroporto bem montado
serviria de base de apoio para a atuação do transporte
aéreo rumo à cobiçada Amazônia.
O sítio escolhido para o aeroporto da nova capital
ficou localizado ao final da Avenida Tocantins, logo após o
cruzamento com a Avenida Paranaíba, onde atualmente
existe o bairro conhecido por “Setor Aeroporto” em função
da primeira utilização daquela área, e ali foram construídas
duas pistas que se cruzavam, para melhor aproveitamento
dos ventos nas decolagens.
Hangares, estação de passageiros, estação de
rádio e a de meteorologia ficaram situadas quase à esquina
das avenidas Paranaíba e Tocantins, onde hoje ainda
encontram-se os prédios originais da casa do comandante
do Destacamento Militar, a cargo da FAB, e a estação
meteorológica, a cargo do Instituto de Meteorologia do
Ministério da Agricultura.
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- Mario Baiocchi,
- Arlindo Fleury da Silva e Souza,
- Francisco Valois,
- Antonio Péclat,
- Felipe Alexandre,
- Hindemburgo Mendes Ferreira,
- Stevan Alecsich e
- Pilade Baiocchi.
Fonte: FAB
No curso de pilotos de avião daquela instituição a
primeira entrega dessas licenças de voo aconteceu no dia
30-05-1940.
Aliás, demorava-se muito para receber o brevet,
porque a avaliação final para verificar se o candidato estava
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AEROPORTO DE GOIÂNIA
Fonte: www.naval.com.br/anb/ANB-historico
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Fonte: www.tangaradaserra.mt.gov.br
PILOTEIRO DO SERTÃO
Fonte: blogdogiuliosanmartini
Fonte: MUSAL
e nem do município.
Todo aeroporto público, ou seja, um aeródromo
com toda a estrutura logística, era devidamente homologado
e recebia uma codificação específica indicando que possuía
Serviços de Tráfego Aéreo – ATS. Já os aeródromos
privados, constituídos somente pela pista de pouso e
decolagem, e quando muito por um pátio de estacionamento
de aeronaves, não careciam de homologação oficial,
bastando-lhes um simples registro junto à autoridade
aeronáutica.
No Brasil a infraestrutura aeroportuária estava
assim organizada para atender o conceito de Poder Aéreo
sob o qual o Ministério da Aeronáutica fora instituído, e ele
previa que fossem dispostos todos os meios aéreos do país
à sua Força Aérea, e os aeroportos constituíam-se parte
desses meios.
Reforçou tal opção o fato do aeroporto de Campo
de Marte, em São Paulo, ter servido de base da aviação dos
revoltosos na Revolução de 1932. Contudo, estando todos
os aeroportos sob administração da Força Aérea, via DAC,
garantiu-se que somente fossem então usados pela Aviação
Civil e, em caso de guerra, pelas tropas da União, mas não
mais por alguma força revoltosa.
O resultado dessa forma de funcionar a
infraestrutura aeroportuária é que, se por um lado a cidade e
mesmo o estado se beneficiavam dos serviços prestados
pelo aeroporto, quer fosse o próprio transporte aéreo em si
ou por aqueles de seu suporte logístico, por outro lado a
prefeitura e o governo estadual estavam desobrigados de
investir em sua manutenção e de possíveis ampliações e
modernizações e, de quebra, ainda cobravam impostos dos
serviços nele prestados por terceiros.
A manutenção de um grande aeroporto por si só é
caríssima, porque o transporte aéreo se utiliza de complexa
e sofisticada tecnologia, mormente importada.
É uma tecnologia que tem evoluído rapidamente em
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Fonte: Pinterest
OS AVIÕES
NA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
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municípios vizinhos.
Em outubro do mesmo ano Juscelino resolveu
visitar o local previsto para a construção e, a bordo do velho
Douglas C-47, decolou do Rio de Janeiro para o Planalto
Central com sua comitiva: General Teixeira Lott, Ministro da
Guerra; Comandante Lúcio Meira, Ministro da Viação e
Obras Públicas; General Nelson de Melo, Chefe da Casa
Militar; Israel Pinheiro, Presidente da NOVACAP (companhia
estatal responsável pela administração da construção de
Brasília); Ernesto Silva, também da NOVACAP; Balbino de
Carvalho, Governador da Bahia; Brigadeiro Araripe Macedo,
aquele que, como tenente, havia feito o primeiro pouso do
CAM em Goiás; Regis Bitencourt, Diretor do Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem; Oscar Niemeyer,
professor da Escola Brasileira de Arquitetura; Comandante
Marcelo Ramos, ajudante de ordens do presidente; Major
Dilermando, Sub-Ajudante e o Engº Saturnino de Brito.
Outros dois aviões rumaram para o local,
conduzindo jornalistas e autoridades de Goiás. Era uma
frota grande para o pequeno campo de aviação denominado
“Vera Cruz”, implantado no ponto mais alto da área, no Sítio
do Castanho, local onde fora erigido um cruzeiro.
Na aproximação da estreita faixa de terra vermelha,
o avião presidencial abaixou o trem de pouso e deslizou em
direção à cabeceira da pista. Aos solavancos, devido às
irregularidades do terreno, foi perdendo velocidade e
taxiando para um local à margem da pista que lhe serviria
de área de estacionamento.
Convém explicar que aquela operação com um
velho avião de transporte militar, remanescente da 2ª Guerra
Mundial, para um destino desprovido de qualquer auxílio
rádio à navegação aérea e com o pouso em uma pista
diminuta, sem pavimentação, improvisada em curto espaço
de tempo e tendo a bordo o Presidente da República com
elementos do alto escalão dirigente do país, era no mínimo
uma temeridade. Contrariava todas as normas de segurança
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- Brasília-Belém;
- Brasília-Acre;
- Brasília-Manaus;
- Brasília-Belo Horizonte;
- Brasília Uberlândia; e
- Brasília-Goiânia.
Fonte: http://doc.brazilia.jor.br
não viam com bons olhos o retorno dos políticos ao poder. Jorge
Boaventura da Silva, Op. Cit.115.
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Fonte: Putkamer, J.
Fonte: Putkamer, J.
4
Um avião é dito “executivo” quando seu propósito é servir ao
transporte de pessoas em cargo de alta direção de uma
organização empresarial ou governamental. São aviões
modernos, em cujo interior da cabine de passageiros é montado
um gabinete de despachos, sala de reuniões ou mesmo
acomodações para repouso. No caso dos aviões do GTE eles
dispõem de ambientes próprios a esse perfil de passageiro.
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Fonte: O Popular
Fonte: CECOMSAER.
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Tornou-se folclórico entre os funcionários transferidos a
expressão: “Brasília tem a forma de um avião voltando para o
Rio”, pois o Plano Piloto, com a forma de um avião, tem a sua
proa apontada para o leste, ou seja, na direção do litoral.
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O avião quadrimotor “Constellatiom” L-149, fabricado pela
norte-americana “Loockeed”, era considerado um dos maiores
aviões da época e usados em voos transoceânicos devido a sua
grande autonomia de vôo. A Panair do Brasil os usava nas linhas
de longo curso, como a rota Rio-Belém.
171
Fonte: Lorch, C.
172
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Publicado no jornal O Estado de Minas, de 12/04/60, p. 26, com
o título “Transferência até o dia 20 de todo o funcionalismo.”
11
Publicado no jornal O Estado de Minas, de 21/04/60, p. 27, com
o título “Presença de turistas serve de estímulo aos operários.”
175
Fonte: bernadetealves.com
(Figura c/ base em
topgameskids.com.br)
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REFERÊNCIAS
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O autor deste livro, que aqui se apresenta, ingressou na aviação em 1970 como
telegrafista do Serviço de Proteção ao Voo – SPV.
Trabalhou nos aeroportos de Belém (PA), Tefé (AM), Uaupés (AM), Manaus (AM),
Goiânia (GO) e 1º Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo (DF).
Prestou serviços no Gabinete do Ministro da Aeronáutica (hoje Comando da
Aeronáutica) e no Estado Maior das Forças Armadas (hoje Ministério da Defesa).
Lecionou nos aeroclubes de Manaus, Brasília, Goiás e no Curso de Ciências
Aeronáuticas da PUC Goiás. É titulado Mestre em História pela UFG.
Além de vários artigos publicados sobre aviação, é autor dos livros: “Bunel, uma
tragédia amazônica” (UBE-AM, 1982), “História do Transporte Aéreo no Centro
Oeste e Norte Brasileiros” (PUC-GO, 2005), “Subindo o Solimões” (Kelps, Goiânia,
2019) e “Por um voo mais econômico” (ainda no prelo).
Goiano, casado com sua metade nipo-amazonense, Massako, há 44 anos, pai e
avô coruja de dois filhos, duas filhas, duas netas e um neto...
... e católico de nascença e de “morrença”.