Você está na página 1de 2

Escola Dra.

Ester Mouta Área do Conhecimento: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


Componente Curricular: Estudos Amazônicos 8º Ano
Professora.: Ivone Baía
Aluno(a)____________________________________________________________

O apogeu da borracha deu-se, em torno de 1870, no Brasil República, serviu de vestuário até
pneus de automóveis estrangeiros com o seu aperfeiçoamento em técnica de vulcanização. Mas
caiu com a plantação da seringueira em outra localidade com um melhor plano de manejo, e por
causa de uma guerra se reergueu durante esse período e finalmente depois, voltou a sua
insignificância.

A estrutura econômica interna da borracha funcionava da seguinte maneira:

As casas de fornecimento de mercadorias a crédito forneciam


mantimentos a certas pessoas que poderiam ser: um aviador
menor, o regatão, ao seringalista e ao seringueiro. As casas
aviadoras também eram responsáveis pelo transporte e
distribuição dos migrantes nordestinos que vinham para
trabalhar nos seringais. Financiavam várias expedições
exploratórias em busca de mais seringueiras. Na verdade,
essas casas eram nada mais que representantes de grandes
empresas estrangeiras que compravam a nossa borracha
principalmente nas bolsas de Nova Iorque e Liverpool,
evidenciando assim a forte presença do capital estrangeiro na
nossa economia.

Quando descobriram o método da vulcanização, a borracha começou a ser utilizada para fins
industriais e como as grandes empresas como a “Goodyear” ou “Pirelli” tinham clientes que
almejavam muito mais a qualidade e a durabilidade que qualquer outra coisa em um pneu, a
demanda externa pelo produto da Hevea brasiliensis aumentou, a economia daquela época
elevou-se extraordinariamente.
Para ligar a Bolívia ao oceano, para esta ter acesso ao rio Madeira e por pressões de alguns
políticos do Amazonas foi assinado o Tratado de Petrópolis que anexou o Acre ao Brasil. Para
escoar a produção da borracha da Bolívia e do estado do Mato Grosso foi projetada a estrada de
ferro Madeira-Mamoré, esta que originalmente teria 600 km e que teria uma empresa inglesa como
sua construtora.
Em 13 anos de obras, várias empresas assumiram a construção da ferrovia, mas apenas 364 km
ficaram prontos, e ainda assim foi durante a decadência do ciclo da borracha, ligando o nada a
coisa nenhuma e matando mais de 20.000 pessoas. Essa parte da história ficou para sempre
imortalizada na obra “Mad Maria” de Márcio Sousa.
O Acre se tornou o maior produtor mundial de borracha, mas não viveu o auge pois em
pouquíssimos anos a produção asiática passou a produção brasileira por estarem mais bem
organizados.
A única coisa que o lucro da borracha deixou para a Amazônia foi a primeira universidade do Brasil
cujo objetivo era o de melhorar o intelecto das pessoas que aqui viviam.
Os ingleses queriam que Manaus se tornasse a “Paris
dos trópicos”, pois assim os barões não investiriam em
avanços tecnológicos, só iriam querer saber de realizar
grandes edificações como o Teatro Amazonas e ostentar
o dinheiro ganhado com coisas e costumes inapropriados
para a região.

Na década de 20 houve as políticas de recuperação econômica da Amazônia. Henry Ford cria a


Cia. Ford Industrial do Brasil, estabelecendo a criação racional de seringais na Amazônia. O
governador brasileiro entrega Glevas na região do rio Tapajós pois acreditavam que as melhores
sementes vinham de lá.

No alto Tapajós o primeiro projeto foi criado, a “Fordlândia” que tinha por objetivo plantar 8 milhões
de seringueiras e fazer uma comunidade agrícola. Após o mal das folhas ocorrido nesses
seringais, ergueu-se um novo projeto chamado de “Belterra” onde foram plantadas apenas 2
milhões de mudas no baixo Tapajós próximo à cidade de Santarém.

Com a segunda guerra mundial a Cia Ford Industrial do Brasil ordenou que explorassem o que
fosse possível do seringal onde metade das árvores se perdeu por serem jovens demais. Deu 10
anos de lucro, mas durante a guerra fracassou.

Ainda durante a década de 20 foi alavancado o projeto Vila Amazônia na região Bragantina no
Pará próximo à cidade de Parintins onde japoneses de formação superior cultivavam a Juta e a
Malva. A pimenta-do-reino decaiu por causa dos conservados. Durante a segunda guerra mundial
os japoneses foram expulsos da vila Amazônia pelo motivo de uma suposta espionagem.

O segundo ciclo da borracha deu-se durante a segunda grande guerra enquanto a rota
malasiana estava fechada pelo Japão.

Os Estados Unidos da América investiu 300 milhões de dólares na Amazônia e criou o B.C.B.
(Banco de Crédito da Borracha) para administrar esse dinheiro e para influenciar politicagens
futuras.

O acordo de Washington, fruto dessa politicagem, serviu para o Brasil vender mais barato para os
E.U.A.: aço, ferro e borracha. Com isso houve a criação dos “soldados da borracha” para uma
produção em grande escala com a finalidade de sustentar os soldados na Itália.

Com a reabertura da rota malasiana, os Estados Unidos suspenderam os investimentos na


Amazônia e para completar a desgraça, ainda inventaram a borracha sintética.

Na década de 50 houve um outro incentivo à produção de borracha, pelo governo brasileiro, para
abastecer o mercado interno e a criação de um polo calçadista, afinal os europeus pagavam caro
por um luxo a mais.

A Zona Franca de Manaus, que fazia parte de uma política nacional de integração da Amazônia
ao Brasil, iniciou-se como uma área de livre comércio que pela ausência de política se tornou
uma área de contrabando.

Com a criação da SUFRAMA, a ZFM teria 30 anos de incentivos fiscais e territórios doados pelo
governo federal. A Zona Franca de Manaus teve duas fases: a implantação do parque industrial,
mão-de-obra barata e a fase comercial, reserva de mercado.

Você também pode gostar