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3. Explique, com suas palavras, o que você entendeu sobre “Economia de Arquipélago”
Seria como o modo de um movimento econômico influenciar apenas uma determinada
região do território nacional, fazendo com que ocorra transformações sociais e culturais
ao passo que em outras regiões um outro movimento social culminará na transformação
daquele espaço em que ele ocorre. Nisso, gera-se uma autonomia daquele espaço
geográfico e, em determinado ponto, um isolamento daquela região com destaque à sua
produção.
4. Evidencie uma “herança” (seja de ordem política, territorial, fundiária, cultural etc) do
projeto colonial que auxilie na compreensão da organização espacial do Brasil na atualidade.
Para isso, pesquise uma matéria jornalística recentemente veiculada em jornais (impressos
e/ou digitais) em que o tema principal e seus desdobramentos possam ser relacionados com o
aspecto escolhido.
Na obra de Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, tenta-se explicar para a
sociedade brasileira de 1930 o porquê do atraso na sua modernização através de
aspectos de relações sociais, políticas e culturais. Uma das teses levantadas pelo escritor
de herança colonial seria a característica do brasileiro de ser um “homem cordial”, ou
seja, um indivíduo capaz de construir ou romper laços comunitários pautados na
emoção. Essa lógica de afetividade embutida no brasileiro é fruto da interação das
matrizes culturais entre os povos que aqui se fixaram (europeus, africanos e indígenas),
nesse âmbito, como consequência do aspecto do homem cordial nasce o patrimonialismo
que, por sua vez, poderá tornar-se corrupto, implicando na incapacidade do brasileiro
de separar o espaço público do espaço privado. Para exemplo prático acerca da
confusão de bens públicos e privados têm-se o envolvimento do ex-presidente Jair
Bolsonaro, com a ajuda de figuras do seu entorno social e político, na venda de jóias e
artigos de luxo recebidos como presentes de líderes de outros países para
enriquecimento próprio. Estes elementos, uma vez pertencentes ao presidente, devem
ser incorporados ao acervo da Presidência da República como bens da nação brasileira
como um todo, não somente ao presidente e principalmente, mesmo após o fim do
mandato, e de forma alguma devem ser vinculados como objetos de venda.
Em termos mais simples, quem é eleito acredita que pode se valer dos bens públicos – e
aqui entra dinheiro, cargos políticos e todo o aparato governamental – como bem
entender para se beneficiar. Essa crença pode ter muitas consequências diferentes.
Entre elas, mas não apenas, a corrupção. Pode se relacionar essa prática de
patrimonialismo às capitanias hereditárias, onde a divisão de terras administradas por
donatários já evidenciavam o nepotismo, pois muitos ganhavam cargos de destaque na
colônia pelos vínculos familiares com membros do conselho real. Em monarquias, como
era o caso de Portugal, práticas patrimonialistas são a regra, jamais exceção. Por isso, é
correto afirmar que “o patrimonialismo no Brasil é de tradição. Mais especificamente,
de tradição portuguesa”. Contextualizando, a gênese do patrimonialismo está na vinda
da família real portuguesa para o Brasil que, na falta de estruturas para abrigar a
quantidade de pessoas estrangeiras, houve a necessidade de obrigar os cidadãos locais a
cederem suas terras para garantir o conforto dos nobres portugueses. Essa prática
tornou-se comum desde o período colonial de 1500 a 1822, passando pelo período
Imperial de 1822 a 1889 - quando o Brasil conquistou a independência capitaneado por
Dom Pedro I, o Estado brasileiro foi elaborado herdando estruturas do Estado
patrimonialista português. Como por exemplo, o poder moderador que podia estar
acima dos demais, os cargos vitalícios para senadores, a necessidade do imperador de
aprovar determinados cargos - e chegando à República Velha de 1889 a 1930 - Na
república, há vários exemplos de Patrimonialismo, dos quais o caso mais famoso é o
coronelismo e o voto de cabresto. Outros exemplos incorporados do patrimonialismo no
Brasil: a cultura organizacional dos órgãos públicos brasileiros, baseada no
apadrinhamento e na fidelidade pessoal; o usufruto de instituições do Estado para
interesses particulares; o político que gasta verbas públicas em favor próprio ou de
algum aliado, do seu partido ou de seu grupo ideológico; entre outros.
REFERÊNCIAS DE PESQUISA
O que é patrimonialismo – e o que ele tem a ver com as joias de Bolsonaro. Disponível
em:
<https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/o-que-e-patrimonialismo-e-o-que-ele-tem-a
-ver-com-as-joias-de-bolsonaro/> . Acesso em: 3 set. 2023.
Sérgio Buarque de Holanda: Raízes do Brasil. Disponível em:
<https://ensaiosenotas.com/2019/04/06/sergio-buarque-de-holanda-raizes-do-brasil/#:~:texto
=Objetivo> . Acesso em: 3 set. 2023.
NUNES, O. G. Cargos comissionados. Herança do patrimonialismo na Administração
Pública brasileira. dspace.nead.ufsj.edu.br, 16 set. 2018.
Patrimonialismo | O que é? Como afeta o Brasil? Disponível em:
<https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/o-que-e-patrimonialismo> . Acesso em 14 set.
2023.
AVALIAÇÃO 2 - MAPA
A seguir, uma tabela síntese da formação do território brasileiro a partir da ocupação
econômica colonial. Observe atentamente os períodos históricos e a ocupação espacial.
Depois, preencha o mapa com a espacialização da ocupação econômica, ao longo do processo
de formação territorial brasileira. Não esqueça de criar uma legenda.
Mapa: Principais atividades econômicas voltadas à exportação no Brasil
LEGENDA
.… Cana de Açúcar …. Mineração …. Café …. Drogas do Sertão …. Tabaco
…. Algodão …. Borracha …. Cacau …. Gado
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