Você está na página 1de 3

Instituto Federal da Bahia – IFBA – Campus Brumado

Disciplina: Sociologia
Nome:________________________________________________________________
Curso / Turma / Turno: ___________________________________ Data: ___/____/____

CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Novas relações de trabalho e o surgimento da classe operária são frutos desse processo

Certamente, o desenvolvimento de novas tecnologias foi uma das Consequências da Revolução Industrial, um marco
histórico que teve início na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se expandiu ao redor do mundo causando
grandes mudanças.

A Revolução industrial, que é dividida por três fases, foi responsável, principalmente, por transformações econômicas,
tendo em vista o surgimento das indústrias, mas também por novas configurações sociais.

Foi nesse período que o capitalismo começou a se consolidar e também ditar os padrões de vida da sociedade. Houve
mudanças nas relações de trabalho e processos de produção, que passou a ser mais acelerado por conta do advento das
máquinas, exploração de recursos naturais e também da mão de obra trabalhadora, crescimento acelerado dos espaços
urbanos, assim como, o empobrecimento da população e tantos outros.

Esses são alguns dos elementos que podem ser considerados consequências da Revolução Industrial. Para entender um
pouco mais sobre esses acontecimentos, é preciso conhecer bem o que foi a Revolução, seu contexto e como esse processo
se desencadeou.

O que foi a Revolução Industrial

A Revolução Industrial corresponde ao período de transformações tecnológicas e econômicas, que ditaram novos modelos
de organização da sociedade. Foi a partir desse episódio que o sistema capitalista passou a se consolidar. Como dito
anteriormente, a revolução surgiu na Europa Ocidental, principalmente na Inglaterra. Pode se dizer que esse episódio se
dividiu em três fases.

Primeira fase

A Primeira Revolução Industrial corresponde ao período de 1760 a 1850. A fase foi marcada pelo desenvolvimento
tecnológico e mudanças no setor econômico e social. O setor industrial começava a surgir, dando mais agilidade à produção
e criando novos padrões de consumo.

O período também é marcado pela substituição de fontes de energia produzidas pelo homem por energia eólica, a vapor e
a hidráulica. Foi também na primeira fase que boa parte da mão de obra manufaturada ou artesanal perdeu lugar para
maquinofatura, a maioria das operações realizadas nas indústrias eram feitas por máquinas.
Com essas modificações, novas relações profissionais passaram a surgir, sendo a principal delas a precarização e exploração
do trabalho.

O cenário também foi marcado pelas invenções da época. Já que as máquinas produziam mais rápido e de forma mais
precisa, a produtividade se ampliou e os novos inventos ajudavam a escoar as matérias-primas rapidamente. O mercado de
consumo cresceu, e os bens produzidos eram distribuídos rapidamente.

O carvão passou a ser utilizado como fonte de energia, o que foi essencial para o desenvolvimento da máquina a vapor e da
locomotiva. A tecnologia também chegava aos meios de comunicação. Durante essa fase, o telégrafo foi desenvolvido. Na

Profa. Dra. Viviane Nascimento Silva


Instituto Federal da Bahia – IFBA – Campus Brumado
Disciplina: Sociologia
Nome:________________________________________________________________
Curso / Turma / Turno: ___________________________________ Data: ___/____/____

metade do século XIX, o aparelho era a forma mais rápida de comunicação a distância. O surgimento das indústrias têxteis e
o crescimento de siderúrgicas também foram característicos da primeira fase.

O imperialismo, trabalho infantil e aumento da poluição, também são consequências da Revolução Industrial.
(Imagem:Pixabay)

Segunda fase

A Segunda Revolução Industrial remete à segunda metade do século XIX até meados do século XX, se encerrando durante a
Segunda Guerra Mundial. Nesse período a industrialização já tinha se expandido, aumentando seus limites para os demais
países da Europa, Estados Unidos e Japão.

Pode-se dizer que nessa etapa, os avanços tecnológicos foram ainda maiores que os da primeira. Com o aperfeiçoamento
das técnicas que já existiam, o número de invenções e maquinários só aumentou, o que garantiu maior produtividade e
lucro para as indústrias.

O uso do petróleo como uma das principais fontes de energia está entre as grandes invenções da segunda fase,
matéria-prima que foi utilizada no motor a combustão. Outras fontes de energia passaram a ser utilizadas para o
funcionamento dos motores, como é o caso da eletricidade. Percebendo a necessidade e também o retorno das pesquisas,
houve um grande incentivo às ciências nesse período, principalmente na área da medicina.

Terceira fase

A Terceira Revolução Industrial é mais atual. Também chamada de Revolução Tecnocientífica, ela teve início em meados do
século XX, depois da Segunda Guerra Mundial. Diferente das outras fases, essa revolução não se preocupava só com o
processo de produção, mas com o avanço da ciência.

Essa etapa foi marcada pelo surgimento da biotecnologia, avanço no setor das telecomunicações, genética, robótica,
transformações no espaço geográfico, novas relações sociais e talvez o elemento mais importante: a globalização, que
permite uma interação maior e mais integradas entre as pessoas ao redor do mundo.

Profa. Dra. Viviane Nascimento Silva


Instituto Federal da Bahia – IFBA – Campus Brumado
Disciplina: Sociologia
Nome:________________________________________________________________
Curso / Turma / Turno: ___________________________________ Data: ___/____/____

Consequências da Revolução Industrial


Cada uma das fases contribuiu de diferentes formas para estabelecer novos padrões de consumo, de produtividade, de
relações sociais e de trabalho, sendo extremamente impactante na história da humanidade. Embora muitas pessoas
conhecem somente as partes negativas resultantes desse processo, as consequências da Revolução Industrial também
trouxeram fatores positivos, como veremos a seguir:

Consequências da Primeira Revolução Industrial:


● Êxodo Rural e crescimento dos espaços urbanos – como as indústrias ficavam concentradas, houve um crescimento
nas cidades, resultando na favelização, aumento da violência, fome, miséria, doenças, marginalização de pessoas;
● Crescimento da produtividade – devido ao surgimento de indústrias;
● Surgimento de novas tecnologias – incentivo à pesquisa;
● Surgimento de camadas sociais – a sociedade passou a ser dividida entre a burguesia (dona dos meios de
produção) proletariado (mão de obra).

Já na segunda fase da revolução destacam-se:


● Aperfeiçoamento de tecnologias – o que garantiu a produção em massa em tempos mais curtos;
● Crescimento do comércio;
● Surto de doenças – devido à superpopulação e problemas sociais;
Avanços em diversos setores – transporte e telecomunicações;
Investimento em ciência – principalmente na área da saúde.

Na terceira fase, as consequências da Revolução industrial foram:


● Consolidação do capitalismo financeiro;
● Globalização – todas as pessoas ao redor do mundo passaram a se conectar praticamente de forma instantânea;
● Exploração de recursos naturais – o meio ambiente sofreu muitos impactos;
● Avanços no campo da medicina – descobertas na área da genética foram essenciais para melhora na qualidade de
vida;
● Novas tecnologias no setor de robótica;
● As multinacionais passaram a tomar conta do setor industrial;
● A exploração dos recursos naturais também trouxe à tona o debate sobre a preservação, cuidado com as próximas
gerações e novas formas de produção que garantem um desenvolvimento sustentável.

As consequências da Revolução Industrial são sentidas até o dia de hoje, seja no campo social e do trabalho ou nas
invenções que oportunizaram mais qualidade de vida. Atualmente, muito se discute sobre uma quarta revolução,
na qual estamos inseridos, principalmente no campo da economia.

O conceito, desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab defende que a indústria 4.0 será totalmente automatizada e
controlada por sistemas digitais. Alguns países já investiram nesse sistema, que já acarretou novas mudanças
sociais.

Profa. Dra. Viviane Nascimento Silva

Você também pode gostar