Você está na página 1de 69

ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA


PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

MANUAL DE SINDICÂNCIA DA
PMMA [MPAD-PMMA-001-2022]

SÃO LUIS
2022
APRESENTAÇÃO
Prezados, é com satisfação que, como Comandante-geral da Polícia
Militar do Maranhão, lhes apresento este novel processual, de natureza
administrativa disciplinar.
O Manual de Sindicância da Polícia Militar do Maranhão é fruto de
uma proposta apresenta ao Comando-geral da Corporação pelo Cel QOPM
Carlos Frank Pinheiro de Oliveira e que, após estudo de Estado Maior, resultou
no presente trabalho. Em termos de instrumento processual de natureza
disciplinar, é pioneiro na PMMA e vem para suprir uma lacuna histórica. Com a
aprovação deste Manual, deixamos de utilizar o Manual de Sindicância do
Exército Brasileiro que, embora tenha bem servido à Polícia Militar, não
alcançava todas as peculiaridades pertinente a esta Corporação e que
distinguem as duas instituições.
Elaborado para atender a nossa demanda processual no âmbito
disciplinar, o Manual distingue três tipos de sindicância, conforme sua
natureza, inovando quanto à nomenclatura e sanando o histórico problema da
sindicância demissória, demissionária ou licenciatória que, pelo nome, deixava
a pecha de pré-julgamento e condenação antecipada do acusado. Assim,
conforme sua natureza, o proponente cunhou os termos de sindicância
investigativa, acusatória e especial.
O Manual também trata dos casos de descabimento e de dispensa de
sindicância, distinguindo os termos e indicando onde cada caso se encaixa.
Quanto à instauração, trata especificamente da competência geral, da
competência em razão da pessoa, do lugar e da natureza do fato e da
competência exclusiva do Comandante-geral. Nesse ponto, sana dúvidas que
antes provocavam atropelos de natureza administrativa, ora gerando inércia
ora gerando retrabalho por parte dos oficiais. Na sequência, elenca os sujeitos
da sindicância.
Quanto à instrução processual trata desde a portaria de instauração
até sua finalização. Nesse ponto, o próprio sumário do Manual se constitui num
passo a passo orientador de todos aqueles que lidam com a Sindicância, em
especial seu encarregado. Por ele, é possível saber o percurso que o processo
ou procedimento deve seguir e quais os documentos e diligências que devem
instruí-lo. No mais, trata das testemunhas, forma e requisitos do interrogatório,
confissão, negativa de imputação, acareação, carta precatória, ordem das
oitivas e até das oitivas de surdo e surdo-mudo, dentre outros.
Noutro ponto, o Manual trata da ampla defesa e contraditório e dos
incidentes do curso do processo, especificando os impedimentos, incidente de
falsidade documental e do incidente de insanidade mental, que tantas dúvidas
têm gerado durante as instruções processuais no âmbito da Polícia Militar do
maranhão. No capítulo 8, trata da solução, homologação e das diligências
complementares, indicando o cabimento e o momento de cada
ato/instrumento.
Um ponto importante, agregado ao novel Manual é a
regulamentação sobre a sindicância para apurar dano em material da fazenda
pública, se constituindo um guia para o sindicante e aprumando as medidas
complementares por parte dos gestores, em especial a autoridade
instauradora.
Sobre os prazos, o Manual especifica o prazo inicial, reduzindo e
limitando o malfadado prazo interminável instituído pelo manual do Exército e
que tantos problemas vinha gerando para a nossa Corporação. No mais fixa o
prazo de prorrogação e indica os prazos para notificação, defesa prévia e
alegações finais. No mais, o Manual trata do sigilo do processo e dos recursos,
fazendo referência ao Regulamento Disciplinar do Exército, que é a norma
material aplicada na PMMA por foça do artigo 166 da Lei 6.513/95.
Assim, o Manual de Sindicância da Polícia Militar do Maranhão se
apresenta como um instrumento processual que vem suprir uma carência
histórica no âmbito da nossa Briosa Corporação. Para além de guiar os sujeitos
policiais militares que atuam no processo/procedimento, ele também se
constitui em norma processual que vai subsidiar advogados, promotores e
juízes que em seu mister profissional lidam com as questões disciplinares no
âmbito da Polícia Militar do Maranhão.
Eis o Manual. Avante!
EMERSON BEZERRA Assinado de forma digital por
EMERSON BEZERRA DA
DA SILVA:57043434300
Dados: 2022.05.31 12:27:08
SILVA:57043434300 -03'00'

Cel QOPM Emerson Bezerra da Silva


Comandante-geral da PMMA
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – DA FINALIDADE.......................................................................................................4
CAPÍTULO II – DO CABIMENTO E DAS ESPÉCIES DE SINDICÂNCIA.......................................8
Sindicância investigativa..................................................................................................................8
Sindicância Acusatória.....................................................................................................................8
Sindicância Especial.........................................................................................................................8
CAPÍTULO III – DESCABIMENTO E DISPENSA DE SINDICÂNCIA............................................8
Do Descabimento..............................................................................................................................8
Da Dispensa.......................................................................................................................................9
CAPÍTULO III – DAS AUTORIDADES COMPETENTES PARA A INSTAURAÇÃO.....................9
Da competência geral.......................................................................................................................9
Da competência em razão da pessoa, do lugar e da natureza do fato...........................................9
Da competência exclusiva do Comandante-geral.........................................................................10
CAPÍTULO IV – DOS SUJEITOS DA SINDICÂNCIA.....................................................................10
CAPÍTULO V – DA INSTAURAÇÃO E DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL....................................11
Das Medidas Gerais da Autoridade Instauradora.......................................................................11
Elaboração da Portaria...............................................................................................................11
Remessa de cópia da portaria à Diretoria de Pessoal.................................................................11
Remessa de cópia integral dos autos, em mídia, à Diretoria de Pessoal.....................................11
Remessa de cópia física integral dos autos, à Diretoria de Pessoal............................................11
Das Medidas Gerais do Sindicante................................................................................................11
Lavrar o termo de abertura.........................................................................................................11
Confeccionar capa para os autos................................................................................................11
Designar escrivão........................................................................................................................12
Notificar o sindicado através do comandante de unidade..........................................................12
Juntar aos autos os documentos, cronologicamente, paginar e rubricar todas as folhas..........12
Produzir as provas necessárias....................................................................................................12
Elaborar termo de encerramento de volume...............................................................................12
Elaborar termo de abertura de volume.......................................................................................12
Elaborar termo de encerramento de instrução...........................................................................12
Elaborar relatório........................................................................................................................12
Elaborar termo de encerramento do processo ou do procedimento...........................................13
Da ordem das oitivas......................................................................................................................13
Dos depoimentos.............................................................................................................................13
Do denunciante ou ofendido.......................................................................................................13
Das testemunhas..........................................................................................................................14
Forma e Requisitos do Interrogatório...........................................................................................15
Confissão.....................................................................................................................................16
Negativa de imputação................................................................................................................16
Da Acareação..................................................................................................................................16
Da Carta Precatória.......................................................................................................................16
Do Surdo e do Surdo-mudo...........................................................................................................17
CAPÍTULO VI – DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.................................................17
CAPÍTULO VII – DOS INCIDENTES NO CURSO DO PROCESSO...............................................18
De impedimento..............................................................................................................................18
De falsidade documental................................................................................................................18
De Insanidade mental.....................................................................................................................19
CAPÍTULO VIII – DA SOLUÇÃO, HOMOLOGAÇÃO E DAS DILIGÊNCIAS
COMPLEMENTARES........................................................................................................................20
Da Solução.......................................................................................................................................20
Das Diligências Complementares..................................................................................................20
Da Homologação.............................................................................................................................21
CAPÍTULO IX – DA SINDICÂNCIA SOBRE DANO EM MATERIAL DA FAZENDA PUBLICA
............................................................................................................................................................... 21
CAPÍTULO X – DOS PRAZOS..........................................................................................................22
Prazo inicial....................................................................................................................................22
Prorrogação de prazo.....................................................................................................................22
Prazo para notificação do sindicado.............................................................................................22
Prazo para defesa prévia e alegações finais..................................................................................23
CAPÍTULO XI – DO GRAU DE SIGILO DA SINDICÂNCIA..........................................................23
Da sindicância ostensiva.................................................................................................................23
Da sindicância sigilosa....................................................................................................................23
CAPÍTULO XII – DOS RECURSOS..................................................................................................24
CAPÍTULO XI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS..................................................................................24
APENDICE I - MODELO DE CAPA..................................................................................................25
APÊNDICE II - MODELO DE PORTARIA DE INSTAURAÇÃO....................................................26
APÊNDICE III - MODELO DE PORTARIA DE ANULAÇÃO.........................................................27
APÊNDICE IV - MODELO DE PORTARIA DE PRORROGAÇÃO.................................................28
APÊNDICE V - MODELO DE PORTARIA DE SUBSTITUIÇÃO....................................................29
APÊNDICE VI - MODELO DE PORTARIA DE SOBRESTAMENTO.............................................30
APÊNDICE VII - MODELO DE PORTARIA DE TORNAR SEM EFEITO......................................31
APENDICE VIII - MODELO DE TERMO DE ABERTURA.............................................................32
APENDICE IX - MODELO DE JUNTADA DA PORTARIA DE INSTAURAÇÃO.........................33
APENDICE X - MODELO DE DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO......................................................34
APENDICE XI - MODELO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO..................................................35
APENDICE XII - MODELO DE DESPACHO...................................................................................36
APENDICE XIII - MODELO DE CERTIDÃO E JUNTADA.............................................................37
APENDICE XIV - MODELO DE COMUNICAÇÃO AO COMANDANTE DO MILITAR
SINDICADO E SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS.......................................................................38
APENDICE XV - MODELO DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA..............................................................39
APENDICE XVI - MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE TESTEMUNHA QUE PASSOU À
CONDIÇÃO DE SINDICADO............................................................................................................40
APENDICE XVII - MODELO DE APRESENTAÇÃO DE TESTEMUNHA MILITAR...................41
APENDICE XVIII - MODELO DE DOCUMENTO PARA TESTEMUNHA CIVIL........................42
APENDICE XIX - MODELO DE CARTA PRECATÓRIA................................................................43
APENDICE XX - MODELO DE SOLICITAÇÃO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO.....................44
APENDICE XXI - MODELO DE TERMO DE DEPOIMENTO DE TESTEMUNHA......................45
APENDICE XXII - MODELO DE TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO............46
APENDICE XXIII - MODELO DE SUBSTITUIÇÃO DE SINDICANTE.........................................47
APENDICE XXIV - MODELO DE TERMO DE ACAREAÇÃO......................................................48
APENDICE XXV - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME........................49
APENDICE XXVI - MODELO DE TERMO DE ABERTURA DE VOLUME..................................50
APENDICE XXVII - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE INSTRUÇÃO................51
APENDICE XXVIII - MODELO DE NOTIFICAÇÃO PARA ALEGAÇÕES FINAIS.....................52
APENDICE XXIX - MODELO DE CERTIDÃO - DEFESA PRÉVIA E ALEGAÇÕES FINAIS.....53
APENDICE XXX - MODELO DE JUNTADA DE DOCUMENTOS RECEBIDOS..........................54
APENDICE XXXI - MODELO INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL....................................55
APENDICE XXXII - MODELO DE RELATÓRIO............................................................................57
APENDICE XXXIII - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE SINDICÂNCIA...........59
APENDICE XXXIV - MODELO DE DOCUMENTO DE REMESSA...............................................60
APENDICE XXXV - MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES. 61
APENDICE XXXVI - MODELO DE SOLUÇÃO DE SINDICÂNCIA..............................................62
APENDICE XXXVII - MODELO DE HOMOLOGAÇÃO DE SINDICÂNCIA................................64
....................................................................................................................Erro! Indicador não definido.
....................................................................................................................Erro! Indicador não definido.
CAPÍTULO I – DA FINALIDADE
Art. 1º - O presente manual tem por finalidade regular os procedimentos para o
processamento de sindicância no âmbito da Polícia Militar do Maranhão, constituindo-se em
ato normativo interno, de caráter obrigatório a todos os integrantes da Polícia Militar do
Maranhão.
Parágrafo único. - Aplicam-se a este manual, no que couber, as normas do Código Penal
Militar (CPM), do Código de Processo Penal Militar (CPPM), do Código de Processo Penal
(CPP), do Código Civil (CC), do Código de Processo Civil (CPC) e da Lei 3.700/75, que
dispõe sobre conselho de disciplina no âmbito da PMMA.
CAPÍTULO II – DO CABIMENTO E DAS ESPÉCIES DE SINDICÂNCIA
Art. 2º - A sindicância é espécie de processo administrativo, formal e por escrito, que tem por
objetivo a apuração de fatos de interesse da administração policial militar, especialmente
quando tenham por objeto a prática de transgressão disciplinar.
Parágrafo único - Na hipótese de não ser possível identificar o autor da transgressão, por
ocasião da feitura da portaria, a Sindicância terá natureza de mero procedimento
administrativo, de natureza inquisitiva, investigativa. Entretanto, sendo identificada a figura
do sindicado durante a instrução, o procedimento assumirá caráter processual, devendo o
sindicante formular a acusação e notificar o sindicado de seu inteiro teor, momento a partir do
qual deve ser assegurado ao mesmo o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Art. 3º - Para efeito dessas instruções gerais as sindicâncias podem ser classificadas em três
espécies: investigativa, acusatória e especial.
Sindicância investigativa.
§ 1º - Sindicância Investigativa é aquela na qual, pela notícia do fato transgressor não é
possível identificar, à priori, o suspeito da transgressão.
Sindicância Acusatória.
§ 2º - Sindicância Acusatória é aquela na qual o suspeito da transgressão é conhecido antes da
elaboração da portaria de instauração.
Sindicância Especial.
§ 3º - Sindicância Especial é aquela destinada a julgar se a praça, sem estabilidade, tem
condições de permanecer nas fileiras da Corporação, quando o militar se enquadrar nos casos
previstos na Lei 3.700/75, que ensejam a instauração de conselho de disciplina.
CAPÍTULO III – DESCABIMENTO E DISPENSA DE SINDICÂNCIA
Do Descabimento
Art. 4º - A notícia apócrifa de fato transgressional sobre irregularidades, cuja apuração for de
interesse da Corporação, não será objeto direto de instauração de sindicância, devendo a
autoridade adotar as providências para que os fatos sejam apurados mediante investigação

8|Página
preliminar e, se se constatar indícios de autoria e materialidade, esta poderá subsidiar a
instauração de sindicância.
Da Dispensa
Art. 5º - Poderá ser dispensada a instauração de sindicância quando o fato ou objeto puder ser
comprovado sumariamente, mediante prova documental idônea.
Art. 6º - No caso do artigo anterior e nas transgressões de menor complexidade, os fatos
deverão ser apuradas mediante formulário de apuração de transgressão disciplinar.
Parágrafo único. A determinação da complexidade e da escolha do processo a ser instaurado
será decidido pela autoridade competente para a instauração da sindicância.
CAPÍTULO III – DAS AUTORIDADES COMPETENTES PARA A INSTAURAÇÃO
Art. 7º - São autoridades competentes para a instauração de sindicância no âmbito da PMMA:
Da competência geral
I – Comandante-geral;
II – Subcomandante e Chefe do Estado Maior Geral;
III – Subchefe do Estado Maior Geral;
IV – Secretário-chefe do Gabinete Militar do Governador, Chefes dos Gabinetes Militares da
Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas e do Gabinete Institucional e Militar do
Tribunal de Justiça;
V – Comandante do Policiamento do Interior (CPI), Comandantes de Policiamento de Áreas
do Interior (CPA-I), Comandante do Policiamento Metropolitano (CPM) Comandantes de
Policiamento de Área Metropolitana (CPAM), Comandante do Comando de Missões
Especiais (CME), Comandante do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e o
Comandante do Comando de Segurança Comunitária (CSC);
VI – Os Diretores e Chefes de Seções do Estado Maior Geral;
VII – Corregedor-adjunto da Polícia Militar;
VIII – Ajudante-geral;
IX – Comandantes de Batalhões, Comandantes de Companhias Independentes e Comandante
da Companhia do Comando-geral;
X – Comandantes das Unidades de Ensino e os Comandantes-diretores dos Colégios Militares
da Corporação.
Da competência em razão da pessoa, do lugar e da natureza do fato
Art. 8º A Competência para a instauração de sindicância será da autoridade sob a qual está
subordinado o militar acusado da transgressão.
Art. 9º – Quando o fato envolver policiais de unidades distintas, dentro do mesmo comando
de área, a competência será do grande comando ao qual se subordinam as unidades e, nos
demais casos, a competência será do Comandante-geral ou Subcomandante-geral.

9|Página
Art. 10 - Existindo conflito de competência, esta deverá ser dirimida por autoridade superior
competente, dentro do escalão de comando.
Art. 11 - A competência para a instauração da Sindicância será do Comandante-geral ou
Subcomandante-geral sempre que:
I – O Sindicado for do último posto.
II – Quando o fato for praticado em outra unidade da federação.
III – A natureza, a repercussão e as consequências dos fatos indicarem que estes devam ser
apurados por oficial de unidade distinta daquela que o sindicado está lotado, a critério do
Comandante-geral ou Subcomandante-geral da Corporação.
Da competência exclusiva do Comandante-geral
Art. 12 - A competência para instaurar a sindicância especial será exclusiva do Comandante-
geral.
CAPÍTULO IV – DOS SUJEITOS DA SINDICÂNCIA
Art. 13 - Os sujeitos da sindicância são:
I - Autoridade instauradora: militar competente que instaura a sindicância;
II - Sindicante: militar encarregado da sindicância;
III – Escrivão: responsável por diligências, confecção de documentos e demais atos
determinados pelo sindicante.
IV – Sindicado ou acusado: é aquele sobre quem é imputada a prática dos fatos a serem
apurados;
V - Testemunha: toda pessoa que relata o que sabe a respeito do fato objeto da sindicância;
VI – Denunciante: aquele que, mediante apresentação de documento hábil ou declaração
reduzida a termo, provoca a ação da Administração Militar.
VII - Vítima ou ofendido: imediatamente será sempre a administração militar e,
mediatamente, será a pessoa sobre a qual recai as consequências da conduta transgressional.
VIII – Advogado ou defensor: profissional habilitado a possa promover a defesa do sindicado.
Art. 14 - Só se nomeará escrivão para a sindicância, nos casos de maior complexidade,
podendo sua designação ser feita logo na portaria de instauração ou posteriormente, pelo
sindicante. Neste caso, o escrivão prestará compromisso formal, que será reduzido a termo e
instruirá o processo ou o procedimento.
Art. 15 - O sindicante será oficial, aspirante a oficial, subtenente ou sargento aperfeiçoado,
superior hierárquico do sindicado.
§ 1º - Quando o sindicado for oficial do último posto, a sindicância deverá ter com
encarregado um oficial do mesmo posto, porém mais antigo ou com precedência hierárquica
sobre o sindicado.

10 | P á g i n
§ 2º - Não havendo na Corporação oficial da ativa mais antigo ou com precedência
hierárquica sobre o sindicado, o Comandante-geral deverá peticionar ao Governador do
Estado a convocação à ativa, de oficial da reserva, atendendo os requisitos da lei 3.699/75.
CAPÍTULO V – DA INSTAURAÇÃO E DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL
Das Medidas Gerais da Autoridade Instauradora
Elaboração da Portaria
Art. 16 - A sindicância será instaurada mediante portaria da autoridade competente, publicada
em boletim interno (BI), boletim geral (BG) ou boletim reservado (BR), conforme sua origem
e o posto ou graduação do sindicado.
Parágrafo Único. A Portaria de Instauração deverá conter uma síntese dos fatos de forma que
se possa delimitar o objeto de apuração, o local, a data e demais circunstâncias do fato, os
dados do sindicante e do escrivão (quando houver), da vítima e do acusado, bem como os
documentos atinentes ao caso, como anexo.
Remessa de cópia da portaria à Diretoria de Pessoal
Art. 17 - Quando da instauração de Sindicância, a autoridade instauradora deverá, no prazo de
cinco dias corridos, encaminhar cópia da Portaria de instauração de Sindicância à Diretoria de
Pessoal, para fins de controle.
Remessa de cópia integral dos autos, em mídia, à Diretoria de Pessoal
Art. 18 - Findo o processo, a autoridade instauradora deverá remeter à diretoria de pessoal, no
prazo de cinco dias, cópia integral dos autos, inclusive com a solução, em mídia, no formato
PDF.
Remessa de cópia física integral dos autos, à Diretoria de Pessoal
Art. 19 - Quando na solução da sindicância a autoridade instauradora pugnar pela instauração
de Conselho de Disciplina, Conselho de Justificação, Sindicância Especial ou movimentação
de policiais, ou ainda por determinação do Comandante ou Subcomandante-geral, a
autoridade instauradora deverá remeter uma cópia integral dos autos físicos e em mídia, no
formato PDF, à Diretoria de Pessoal, para que o processo seja homologado pelo Comandante-
geral.
Das Medidas Gerais do Sindicante
Art. 20 - Ao receber a portaria de instauração, o sindicante deverá adotar as seguintes
medidas preliminares:
Lavrar o termo de abertura.
I - Lavrar o termo de abertura da sindicância, conforme modelo constante neste manual.
Confeccionar capa para os autos.
II – Confeccionar uma capa para os autos, indicando na mesma o número da sindicância,
nome e posto ou graduação do sindicante, do sindicado e do escrivão e breve resumo do
objeto, bem como o local e o ano da autuação, conforme modelo constante neste Manual.

11 | P á g i n
Designar escrivão
III – Designar um escrivão, lavrando termo de compromisso do mesmo.
Notificar o sindicado através do comandante de unidade.
IV - Promover a notificação do sindicado, através de seu comandante de unidade, para
conhecimento do fato que lhe é imputado, acompanhamento do feito, ciência da data de sua
inquirição e do direito de defesa prévia;
Juntar aos autos os documentos, cronologicamente, paginar e rubricar todas as folhas
V – Juntar aos autos, todos os documentos recebidos e os produzidos, em ordem cronológica
de recebimento ou de produção, numerando e rubricando as folhas no canto superior direito, a
partir do termo de abertura;;
Produzir as provas necessárias.
VI - Realizar ou determinar, de ofício ou a pedido, a produção ou a juntada de todas as
provas, admitidas em direito e que entender pertinentes ao fato a ser esclarecido;
VII - Havendo necessidade, o sindicante poderá requisitar dos órgãos públicos competentes e
de setores da própria polícia militar, perícias, avaliações, traduções, interpretações e pareceres
a respeito do objeto do processo ou do procedimento
Elaborar termo de encerramento de volume
VIII – Elaborar termo de encerramento de volume, sempre que os autos atingirem 200
(duzentas) folhas), conforme modelo constante neste manual.
Elaborar termo de abertura de volume.
IX – Elaborar termo de abertura de volume, sempre que se abrir um novo, conforme modelo
constante neste manual.
Elaborar termo de encerramento de instrução.
X – Encerrar a instrução do feito com o respectivo termo, notificando o sindicado, quando
houver, para vista dos autos e apresentação de alegações finais;
Elaborar relatório.
XI – Elaborar relatório, contendo o seu parecer conclusivo sobre os fatos, o qual deverá ser
apresentado em quatro partes:
a) Introdução: Contendo o nome da autoridade instauradora e seu cargo, a finalidade da
sindicância, a descrição sucinta do fato a ser apurado e os dados de identificação do sindicado,
se houver;
b) Diligências realizadas: constando as principais diligências realizadas;
c) Parte expositiva: com o resumo conciso e objetivo dos fatos e uma análise sistemática e
valorativa das provas colhidas, destacando aquelas sobre as quais formou sua convicção; e
d) Parte conclusiva: na qual o sindicante emitirá o seu parecer, devidamente fundamentado
com base nos autos, mencionando se há ou não indícios de crime militar, de crime comum
e/ou de
12 | P á g i n
transgressão disciplinar, prejuízo ao erário ou qualquer outra situação ampliativa ou restritiva
de direito, sugerindo, se for o caso, a adoção de providências; e
Elaborar termo de encerramento do processo ou do procedimento.
XII - elaborar o termo de encerramento dos trabalhos atinentes ao feito e remeter os autos à
autoridade instauradora.
Parágrafo único: A observância dos procedimentos estabelecidos neste artigo não obsta a
adoção de outras medidas específicas que sejam necessárias em razão das particularidades do
objeto da sindicância.
Da ordem das oitivas
Art. 21 – Durante a instrução, o sindicante deverá observar a seguinte ordem das oitivas:
primeiro ouvirá o denunciante ou ofendido e, na sequência as testemunhas do denunciante ou
ofendido, testemunhas do sindicado e, por último, o sindicado.
Dos depoimentos
Art. 22 - Os depoimentos serão tomados em dia de expediente, no período compreendido
entre oito e dezoito horas, salvo em caso de urgência inadiável, devidamente justificada pelo
sindicante, em termo constante dos autos.
§ 1º - O depoente não será inquirido por mais de quatro horas contínuas, sendo-lhe facultado o
descanso de trinta minutos, sempre que tiver de prestar declarações além daquele tempo.
§ 2º O depoimento que não for concluído até as dezoito horas será encerrado, para prosseguir
no primeiro dia útil subsequente, em hora determinada pelo sindicante, salvo casos
excepcionais inadiáveis, o que deverá constar do respectivo termo.
§ 3º - Se a pessoa ouvida for analfabeta ou não puder assinar o termo de depoimento, o
sindicante deverá solicitar que o mesmo indique alguém para assinar a seu rogo, depois de
lido na presença de ambos, juntamente com mais duas testemunhas, lavrando no respectivo
termo o motivo do impedimento e eventual recusa de indicação por parte do depoente.
§ 4º - Nas inquirições em geral, o sindicante poderá, quando as circunstâncias assim o
indicarem, providenciar a presença de duas testemunhas instrumentárias, se possível de maior
precedência ou do mesmo círculo hierárquico do inquirido, para assistirem ao ato ou
simplesmente acompanharem a leitura do termo antes de sua assinatura, as quais prestarão
compromisso de guardar sigilo sobre o que for dito na audiência assinarão o termo.
§ 5º - Caso a presença do sindicado cause constrangimento ao denunciante ou ofendido ou à
testemunha, de modo que prejudique o depoimento, o sindicante poderá proceder à inquirição
em separado, na presença do advogado de defesa, dando-se ciência ao sindicado do teor das
declarações, tão logo seja possível, para que requeira o que julgar de direito, consignando tal
fato e motivo em seu relatório.
Do denunciante ou ofendido
Art. 23 – Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as
circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser seu autor, as provas que possa indicar,
tomando-se por termo as suas declarações.

13 | P á g i n
Das testemunhas
Da capacidade, obrigação e recusa para testemunhar
Art. 24 - Qualquer pessoa poderá ser testemunha.
Art. 25 - A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo por motivo de força
maior, devidamente justificado.
Parágrafo único - Excetuam-se o ascendente, o descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
ainda que desquitado, e o irmão de acusado, bem como pessoa que, com ele, tenha vínculo de
adoção, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato
e de suas circunstâncias.
Da requisição de militar ou funcionário
Art. 26 - Na hipótese de a testemunha ser militar ou servidor público civil, a solicitação de
comparecimento para depor será feita por intermédio de seu comandante ou chefe ou
repartição competente.
Da falta de comparecimento e da condução coercitiva
Art. 26 - Quando a testemunha deixar de comparecer para depor, sem justo motivo e,
constituindo-se seu depoimento prova essencial para o esclarecimento dos fatos, o Sindicante
poderá solicitar da autoridade judiciária competente a condução coercitiva da mesma.
Dispensa de comparecimento
Art. 27 – Estão dispensados de comparecer para depor:
I - Presidente e o vice-presidente da República, os governadores e interventores dos Estados,
os ministros de Estado, os senadores, os deputados federais e estaduais, os membros do Poder
Judiciário e do Ministério Público, o prefeito do Distrito Federal e dos Municípios, os
secretários dos Estados, os membros dos Tribunais de Contas da União e dos Estados, o
presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros e os presidentes do Conselho Federal e dos
Conselhos Secionais da Ordem dos Advogados do Brasil, os quais serão inquiridos em local,
dia e hora previamente ajustados entre eles e o sindicante;
II - As pessoas impossibilitadas por enfermidade ou por velhice, que serão inquiridas onde
estiverem.
Declarações da testemunha
Art. 28 - Comparecendo a testemunha para depor, o sindicante tomará por termo suas
declarações, após qualifica-la e adverti-la sobre o crime de falso testemunho.
§ 1º - A testemunha deve declarar seu nome, idade, estado civil, residência, profissão e lugar
onde exerce atividade, se é parente, e em que grau, do acusado e do ofendido, quais as suas
relações com qualquer deles, e relatar o que sabe ou tem razão de saber, a respeito do fato
narrado na portaria de instauração e circunstâncias que com o mesmo tenham pertinência, não
podendo limitar o seu depoimento à simples declaração de que confirma o depoimento que
prestou em outro processo ou procedimento administrativo ou judicial.

14 | P á g i n
Inquirição separada
Art. 29 - As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que uma não possa
ouvir o depoimento da outra.
Possibilidade da pessoa desobrigada por lei testemunhar
Art. 30 - As pessoas desobrigadas por lei de depor, em razão do dever de guardar segredo
relacionado com a função, ministério, ofício ou profissão, desde que desobrigadas pela parte
interessada, poderão dar o seu testemunho.
Do falso testemunho
Art. 31 - Comparecendo a testemunha e, recusando-se a depor, o sindicante deverá adotar de
imediato as medidas legais, junto a autoridade de polícia judiciária civil ou militar
competente, pela prática do crime de falso testemunho. As mesmas medidas deverão ser
adotadas quando houver indícios suficientes de que a testemunha mentiu em seu depoimento.
Nestes casos, o sindicante lavrará certidão, que deverão instruir o processo, comunicará o fato
ao comandante da testemunha, se militar e mencionará o fato em seu relatório.
Da quantidade de testemunhas
Art. 32 - O denunciante ou ofendido e o sindicado poderão indicar, cada um, até três
testemunhas, podendo o sindicante, se julgar necessário à instrução do procedimento, ouvir
outras testemunhas.
Forma e Requisitos do Interrogatório
Art. 33 – O sindicado será qualificado e interrogado em um só ato, em local, dia e horário
previamente determinado pelo sindicante.
Art. 34 - O acusado será perguntado sobre o seu nome, naturalidade, estado, idade, filiação,
residência, profissão ou meios de vida e lugar onde exerce a sua atividade, se sabe ler e
escrever e se tem defensor. Respondidas essas perguntas, será cientificado da acusação pela
leitura da denúncia e estritamente interrogado da seguinte forma:
I - Onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta e de que forma;
II - Se conhece a pessoa ofendida e as testemunhas arroladas na notícia do fato
transgressional, desde quando e se tem alguma coisa a alegar contra elas;
III - Se conhece as provas contra ele apuradas e se tem alguma coisa a alegar a respeito das
mesmas;
IV - Se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer dos objetos com
ela relacionados e que tenham sido apreendidos;
V - Se é verdadeira a imputação que lhe é feita;
VI - Se, não sendo verdadeira a imputação, sabe de algum motivo particular a que deva
atribuí- la ou conhece a pessoa ou pessoas a que deva ser imputada a prática do crime ou da
transgressão disciplinar e se com elas esteve antes ou depois desse fato;

15 | P á g i n
VI - Se está sendo ou já foi processado judicial ou administrativamente pela prática de outra
infração e, em caso afirmativo, em que juízo ou unidade, se foi condenado ou sofreu punição
disciplinar, qual a sanção imposta e se a cumpriu;
VII - Se tem quaisquer outras declarações a fazer.
Confissão
Art. 35 - Se o acusado confessar a infração, será especialmente interrogado:
I - Sobre quais os motivos e as circunstâncias da infração;
II - Sobre se outras pessoas concorreram para ela, quais foram e de que modo agiram.
Negativa de imputação
Art. 36 - Se o acusado negar a imputação no todo ou em parte, será convidado a indicar as
provas da verdade de suas declarações.
Da Acareação
Art. 37 - Será admitida a realização de acareação sempre que houver divergência em
declarações prestadas sobre o fato:
I - entre acusados;
II - entre testemunhas;
III - entre acusado e testemunha;
IV - entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
V - entre as pessoas ofendidas.
Parágrafo único – Ao realizar a acareação, o sindicante esclarecerá aos depoentes os pontos
em que divergem e em seguida fará a mesma pergunta a cada um dos acareados, dirimindo os
pontos divergentes.
Da Carta Precatória
Art. 38 - Quando a residência do denunciante ou ofendido, da testemunha estiver situada em
localidade diferente daquela em que foi instaurada a sindicância, no país ou no exterior, e
ocorrendo impossibilidade de comparecimento desses para prestar depoimento, a inquirição
poderá ser realizada por meio de carta precatória, expedida pelo sindicante.
§ 1º - No caso de expedição de carta precatória, o sindicado deverá ser notificado para,
querendo, apresentar, no prazo de três dias corridos, os quesitos que julgar necessários ao
esclarecimento do fato objeto da sindicância.
§ 2º - Constará da carta precatória, o ofício com pedido de inquirição, a cópia da portaria de
instauração da sindicância e a relação das perguntas a serem feitas ao inquirido, devendo a
autoridade, deprecada, no âmbito da PMMA, dar tratamento de urgência à tramitação da
solicitação.
§ 3º - Recebido a documentação objeto da carta precatório, o sindicante dará ciência de seu
conteúdo ao sindicado, para que, querendo, se manifeste, no prazo de três dias úteis. Vencido

16 | P á g i n
este prazo sem que o sindicado se manifeste, o sindicante lavrará certidão, que deverá instruir
o processo.
Do Surdo e do Surdo-mudo
Art. 39 - O interrogatório ou inquirição do mudo, do surdo, ou do surdo-mudo será feito pela
forma seguinte:
I - Ao surdo, serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente;
II - Ao mudo, as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as ele por escrito;
III - Ao surdo-mudo, as perguntas serão formuladas por escrito, e por escrito dará ele as
respostas.
IV - Caso o interrogado ou inquirido não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como
intérprete, pessoa habilitada a entendê-lo.
CAPÍTULO VI – DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Art. 40 - A sindicância obedecerá aos princípios do contraditório e da ampla defesa, com a
utilização dos meios e recursos a ela inerentes.
§ 1º Para o exercício do direito de defesa será aceita qualquer espécie de prova admitida em
direito.
§ 2º Tratando-se de sindicância de natureza investigativa e, tendo o sindicante encontrado
indícios de transgressão disciplinar ao final do procedimento, a autoridade instauradora,
conforme a complexidade do caso, expedirá formulário de apuração de transgressão
disciplinar ao suspeito ou instaurará sindicância acusatória ou, ainda, remeterá cópia dos autos
ao Comandante-geral ou ao grande comando ao qual estiver subordinado o suspeito, caso este
não seja seu subordinado ou, se seu posto impossibilitar a apuração do fato pela
autoridade instauradora.
Art. 41 - O sindicado tem o direito de acompanhar o processo, apresentar defesa prévia e
alegações finais, arrolar testemunhas, assistir aos depoimentos, solicitar reinquirições,
requerer perícias, juntar documentos, obter cópias de peças dos autos, formular quesitos em
carta precatória e em prova pericial e requerer o que entender necessário ao exercício de seu
direito de defesa.
§ 1º - O sindicante poderá indeferir, mediante decisão fundamentada, pedido da defesa,
quando o seu objeto for ilícito, impertinente, desnecessário, protelatório ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º - O sindicado poderá realizar a sua própria defesa, sendo-lhe facultado, em qualquer fase
da sindicância, constituir defensor para promove-la.
Art. 42 - O defensor do sindicado é o profissional tecnicamente habilitado a promover a
defesa do mesmo, podendo utilizar todos os recursos admitidos em direito, podendo
presenciar os atos de inquirição do seu cliente e das testemunhas, bem como acompanhar os
demais atos da sindicância, sendo-lhe vedado durante as oitivas interferir nas perguntas e
respostas, podendo, ao final da inquirição, fazer, por intermédio do sindicante, as perguntas de
interesse da defesa.

17 | P á g i n
Parágrafo único: O previsto neste artigo aplica-se, no que couber, ao sindicado.

18 | P á g i n
Art. 43 - A ausência do sindicado e seu defensor regularmente notificado a qualquer audiência
de instrução, sem justo motivo, previamente comunicado ao sindicante, não obsta o
prosseguimento dos trabalhos, devendo o sindicante providenciar certidão sobre o fato, que
instruirá o processo. Todavia, em se tratando de prova essencial à solução do processo, o
sindicante poderá adiar a audiência, notificando novamente o sindicado.
§ 1º - O não atendimento da notificação não importa o reconhecimento da acusação nem a
renúncia a direito por parte do sindicado.
§ 2º - Sempre que o sindicado, regularmente notificado para a prática de atos no processo,
deixar de se manifestar tempestivamente, o sindicante deverá certificar tal situação nos autos,
mediante a lavratura do respectivo termo.
CAPÍTULO VII – DOS INCIDENTES NO CURSO DO PROCESSO
De impedimento
Art. 44 - Se no curso da sindicância investigativa, o sindicante coletar indícios de que o autor
dos fatos é de posto ou graduação superior à sua ou mais antigo, se absterá de transformar a
mesma em sindicância acusatória, devendo remeter os autos à autoridade instauradora para
que esta designe sindicante de graduação ou posto compatível, para presidir o processo.
Art. 45 - No caso do fato da verificação ocorrer no curso da sindicância acusatória, recaindo
suspeição sobre militar de graduação ou posto superior ao sindicante e, ensejando inseri-lo
como acusado no processo, o sindicante deverá remeter os autos à autoridade instauradora,
mediante exposição de motivos, para que esta designe sindicante de graduação ou posto
compatível, para presidir o processo.
Art. 46 – Se o impedimento se relacionar a foro íntimo o sindicante deverá, assim que receber
a portaria de instauração, de forma oral ou por escrito, apresentar os argumentos pertinentes
diretamente à autoridade instauradora que, decidirá sobre a designação de outro sindicante.
Art. 47 – Os casos de suspeição serão resolvidos pela autoridade instauradora, de ofício ou
mediante provocação da parte interessada.
De falsidade documental
Art. 47 - Se durante a instrução do processo houver suspeita sobre a veracidade de
documento, por parte do sindicante ou arguida pela defesa, o sindicante deverá requerer dos
órgãos oficiais a realização da perícia, lavrando certidão do fato.
§1º - Os fatos citados no caput não interrompem o prosseguimento do processo.
§ 2º - Confirmada a falsidade, no curso do processo, o sindicante o concluirá, acostando aos
autos o laudo pericial e demais documentos pertinentes e mencionando em seu relatório tal
fato, devendo a autoridade instauradora instaurar o inquérito policial militar, sendo o crime
militar, ou remeterá cópia dos autos à autoridade de polícia civil ou federal, para que proceda
da mesma forma.
§ 3º - Se o laudo pericial só for remetido pelo órgão competente após a conclusão do
processo, a autoridade instauradora adotará as providências do parágrafo 2º.

19 | P á g i n
De Insanidade mental
Art. 48 - Se durante a instrução houver dúvida ou requerimento da defesa quanto à sanidade
mental do acusado, o sindicante deverá instaurar o incidente de insanidade mental,
submetendo- o à Junta Militar de Saúde, para que aquela emita laudo, devidamente
fundamentado, sobre a sanidade do acusado.
§ 1º Ao submeter o acusado à JMS, o Sindicante, apresentará à mesma um rol de perguntas,
pertinentes ao fato e ao acusado, devendo a Junta emitir parecer circunstanciado, contendo as
respostas do que lhes foi perguntado, bem como outras informações relevantes sobre a
situação de saúde do acusado. O sindicante apresentará, dentre outras, as seguintes perguntas
à JMS:
I - Se o acusado sofre de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado;
II - Se no momento em que praticou as condutas a ele imputadas, se achava em algum dos
estados referidos no inciso anterior;
III - Se, em virtude das circunstâncias referidas nos incisos antecedentes, o acusado possuía
capacidade de entender o caráter ilícito, antiético, desonroso ou indecoroso do fato ou de se
determinar de acordo com esse entendimento;
IV - Se a doença ou deficiência mental do acusado, não lhe suprimindo, diminui-lhe,
entretanto, consideravelmente, a capacidade de entendimento da ilicitude, da imoralidade, da
falta de ética, da desonra ou da falta de decoro da(s) conduta(s) praticada(s) por ocasião do(s)
fato(s) ou a sua capacidade de autodeterminação, quando o(s) praticou;
V - Se a enfermidade mental é superveniente ao cometimento dos fatos;
VI – Se o acusado está ou não em condições de responder a processo administrativo.
§ 2º - Da instauração do incidente de insanidade mental deverá ser lavrada uma certidão, que
constará no processo, data a partir da qual o mesmo ficará sobrestado com relação ao acusado
que foi submetido ao incidente devendo, entretanto, prosseguir com relação aos demais.
§ 3º - Ao instaurar o incidente de insanidade o sindicante comunicará à autoridade
instauradora e à Diretoria de Pessoal o fato, remetendo cópia da certidão e demais
documentos que o ensejaram, mantendo consigo os autos do processo.
§ 4º - A submissão do acusado à junta médica, não sustará a prática de diligências que possam
ficar prejudicadas com o adiamento, mas sustará o processo quanto à produção de prova em
que seja indispensável a presença do acusado submetido ao exame pericial.
§ 5º - A Junta Militar de Saúde deverá proceder a avaliação do acusado e remeter o laudo ao
sindicante, mediante ofício, tudo no prazo máximo de 05 (cinco) dias corridos.
§ 6º - O exame de sanidade mental sobre algum ou alguns dos acusados, não obstará que o
processo siga com relação aos demais, devendo tal situação ser certificado no processo e, ao
final, constar circunstanciadamente no relatório, casa o laudo indique que o(s) acusado(s) não
esteja(m) em condições de responder ao processo até o prazo final do mesmo.
§ 7º - Recebido o laudo da Junta Militar de Saúde (JMS), concluindo esta pela sanidade
mental do acusado, será reestabelecido o curso normal do processo, porém, se a Junta

20 | P á g i n
concluir pela

21 | P á g i n
insanidade mental do acusado, o sindicante remeterá cópia de toda documentação referente ao
incidente à Diretoria de Pessoal, no prazo de 72h.
Art. 49 – Para efeitos do artigo anterior, a Junta Militar de Saúde deverá se reunir tão logo
seja provocada, não podendo ultrapassar os prazos aí estabelecidos, devendo a avaliação do
acusado ser priorizada com relação aos demais militares.
Art. 50. Ao submeter o acusado à JMS, o sindicante remeterá a está um breve relato do objeto
da sindicância, mormente, no que tange à conduta do acusado sobre o caso.
Parágrafo único. Ao periciar militar submetido a incidente de insanidade mental, a JMS
deverá conhecer e levar em conta seu histórico médico a partir de sua inclusão na Corporação.
CAPÍTULO VIII – DA SOLUÇÃO, HOMOLOGAÇÃO E DAS DILIGÊNCIAS
COMPLEMENTARES.
Da Solução
Art. 51 - Conclusa a sindicância, a autoridade instauradora lhe dará solução, se possível no
prazo de dez dias, na qual deverá concordar ou discordar, totalmente ou parcialmente do
parecer do sindicante, bem como indicar as medidas administrativas e disciplinares
decorrentes, de forma fundamentada.
§ 1º - A solução deverá conter um breve relato do fato, o parecer do sindicante e, se
constatado a ocorrência de transgressão disciplinar, a sanção disciplinar correspondente,
dosada conforme a natureza da ocorrência, suas consequências e as condições pessoais do
sindicado.
§ 2º - Havendo indícios de transgressão por parte de qualquer militar que não tenha tido a
oportunidade de se defender no processo, a autoridade instauradora lhe expedirá FATD, se
seu subordinado, ou remeterá cópia dos documentos pertinentes ao comandante da unidade
em que o mesmo serve, para que o faça, devendo tal fato constar na solução.
§ 3º Comprovada a ocorrência de qualquer dos casos relacionados na lei 3.700/75, que
ensejem a instauração de conselho de disciplina, a autoridade instauradora se absterá de
aplicar sanção disciplinar, devendo os autos serem remetidos ao Comando-geral, para a
instauração de sindicância especial ou conselho de disciplina.
Das Diligências Complementares
Art. 52 – Havendo necessidade, a autoridade instauradora poderá, antes de solucionar
definitivamente o processo e, mediante ofício, determinar que sejam feitas diligências
complementares, fixando prazo de até vinte dias corridos, o qual poderá ser prorrogado,
mediante solicitação fundamentada, por igual período, uma única vez. No ofício de
devolução, a autoridade especificará as diligências a serem realizadas.
§ 1º - No caso de ser determinada a realização de diligências complementares, o sindicado
deverá ser notificado para acompanhar o processo, promover sua defesa e oferecer alegações
finais no prazo de cinco dias corridos, contados da data do recebimento da notificação de
conclusão das diligências.

22 | P á g i n
§ 2º - Após a realização das diligências, o sindicante deverá elaborar relatório complementar,
ratificando ou retificando seu parecer anterior, sendo os autos remetidos novamente à
autoridade instauradora, que, no prazo de dez dias úteis, dará solução à sindicância.
§ 3º - Quando da devolução dos autos para a realização de diligências complementares,
houver impedimento, de qualquer natureza, para que o sindicante continue presidindo o
processo ou o procedimento, a autoridade instauradora designará novo sindicante, em portaria
de substituição, indicando na mesma os motivos pertinentes.
Da Homologação
Art. 53 – Quando a solução da sindicância, que não tenha sido instaurada pelo Comando-
geral, ensejar movimentação, instauração de conselho de disciplina ou de justificação ou de
sindicância especial, os autos originais do processo deverão ser remetidos para a homologação
do Comandante-geral, que o fará no prazo de vinte dias.
Parágrafo único. A homologação deverá conter um breve relato do fato, o parecer do
sindicante e da solução, bem como a decisão do Comandante-geral sobre o processo.
Art. 54 - O sindicado deverá ser notificado da solução e homologação, quando houver,
juntando-se tal notificação aos autos.
Parágrafo único. Será facultado ao denunciante e/ou vítima ter acesso à solução/homologação,
mediante requerimento endereçado ao Comandante-geral ou à autoridade instauradora.
Art. 55 – Quando a sindicância, que não tenha sido instaurada pelo Comando-geral tiver por
objeto dano em material da fazenda pública, os autos integrais físicos e a solução serão
remetidos para homologação do Comandante-geral.
CAPÍTULO IX – DA SINDICÂNCIA SOBRE DANO EM MATERIAL DA FAZENDA
PUBLICA
Art. 56 - Quando o objeto da sindicância for apuração for acidente ou dano com viatura,
material bélico, material de comunicações ou outro material, da fazenda pública ou de
particular, sobre a administração militar, o sindicante e a autoridade instauradora deverá
observar a legislação correlata, bem como o Manual de Administração do Exército, adotado
na PMMA.
§ 1º - A sindicância de que trata o caput pode ser de natureza investigativa ou acusatória.
§ 2º - No caso previsto no caput, o sindicante deverá, sempre que possível, identificar as
causas, a natureza e a extensão do dano, quem lhe deu causa, bem como o valor do bem,
conforme seu estado de conservação, indicando se o dano foi provocado por culpa ou dolo,
relacionando as circunstâncias em que se deu o evento danoso e suas consequências
requerendo, se for o caso, as avaliações e as perícias dos órgãos oficiais.
§ 2º - Em seu relatório, o sindicante indicará se há indícios de crime ou de transgressão
disciplinar.
§ 3º No caso do caput, tratando-se de sindicância investigativa e havendo indícios de
transgressão disciplinar, na solução, a autoridade instauradora deverá expedir formulário de
apuração de transgressão disciplinar, para proporcionar a acusado ampla defesa e
contraditório; em se tratando de sindicância acusatória, elaborará a nota punitiva na própria
23 | P á g i n
solução.

24 | P á g i n
§ 4º Havendo indícios de crime, a autoridade instauradora determinará a instauração de
inquérito policial militar, se o crime for de natureza militar ou remeterá cópia dos autos à
autoridade policial competente, para a instauração do inquérito policial civil.
§ 5º - havendo causa de ressarcimento do dano, por parte de quem o provocou, sendo o agente
civil ou militar, a autoridade instauradora remeterá os autos integrais ao Comandante-geral
para que lhe homologue a solução e remeta cópia integrais dos autos à Procuradoria Geral do
Estado, se for o caso, para a propositura da ação judicial pertinente, visando o ressarcimento
ao erário público, caso o responsável pelo dano não se predisponha em ressarci-lo no valor
liquidado.
§ 5º No caso de voluntariedade do responsável pelo dano, em ressarci-lo, sendo seu causador
militar, a Diretoria de Pessoal deverá adotar as providências necessárias para que o
ressarcimento seja feito através de desconto nos vencimentos do policial, através da folha de
pagamento.
§ 6º No caso do parágrafo 5º, a manifestação do militar será feita através de requerimento, ao
qual devem ser juntados os orçamentos feitos pela Diretoria de Apoio Logístico, caso o valor
não tenha sido já determinado na sindicância ou se se encontrar desatualizado.
§ 7º Sendo o causador um civil e, se voluntariando a ressarcir o dano, o Comandante-geral
remeterá cópia integral dos autos à Procuradoria Geral do Estado, para as providências.
CAPÍTULO X – DOS PRAZOS
Prazo inicial
Art. 57 - A autoridade instauradora fixará na portaria o prazo inicial de trinta dias corridos
para a conclusão da sindicância, admitida até duas prorrogações, por igual período cada,
desde que amparado em motivo de força maior, situação de complexidade ou de extrema
dificuldade, todas relacionadas com o fato em apuração, ou, ainda, para conclusão de perícia
requerida, mediante solicitação fundamentada do sindicante e a critério da autoridade
instauradora.
§ 1º - O dia do início da sindicância será a data de recebimento da portaria pelo sindicante.
Prorrogação de prazo
§ 2º - A solicitação de prorrogação de prazo deve ser feita com, no mínimo, cinco dias antes
do término daquele inicialmente previsto, devendo sua concessão ser publicada em BI, BG ou
BR, conforme a origem e a natureza da sindicância, anexando-se aos autos cópia da portaria
de prorrogação ou do boletim que a publicou.
§ 3º - A solicitação de prorrogação não obsta o prosseguimento do processo, nem interrompe
prazo e, não recebendo o sindicante a portaria, concedendo a prorrogação, antes do prazo
incialmente concedido, deverá presumir que seu pedido foi acatado, prosseguindo no feito.
Prazo para notificação do sindicado
Art. 58 - O sindicado deverá ser notificado, com a antecedência mínima de três dias úteis, da
realização das diligências de instrução da sindicância (inquirições, acareações, perícias,
expedição de cartas precatórias, etc.) para que, caso queira, possa acompanhá-las ou requerer
o que julgar de direito.
25 | P á g i n
§ 1º - A primeira notificação ao sindicado deverá ser feita através de seu comandante e as
demais ao próprio sindicado e, neste caso, este deverá dar ciência ao seu comandante, dos dias
e horários dos atos do processo que enseje sua ausência da unidade.
§ 2º - Sempre que possível, o sindicante acertará com o comandante do acusado, ou das
testemunhas, as datas e horários das apresentações dos mesmos, para participarem dos atos do
processo, para que não haja prejuízo às demais atividades da unidade.
Prazo para defesa prévia e alegações finais.
Art. 59 - Ao sindicado será facultado, no prazo de três dias úteis, contados de sua inquirição,
oferecer defesa prévia, arrolar testemunhas, juntar documentos e requerer o que julgar de
direito para sua defesa.
§ 1º - O sindicado será informado dos direitos previstos no caput deste artigo, quando da
notificação para sua inquirição.
§ 2º - Encerrada a instrução do feito, com a oitiva de testemunhas e demais diligências
consideradas necessárias, o sindicado será notificado para, no prazo de cinco dias corridos,
contados do recebimento da notificação, oferecer alegações finais.
§ 3º - Esgotado os prazos para o oferecimento de defesa prévia e alegações finais, sem que
estas sejam apresentadas, o sindicante lavrará certidão circunstanciada, que instruirá o
processo.
CAPÍTULO XI – DO GRAU DE SIGILO DA SINDICÂNCIA
Da sindicância ostensiva
Art. 60 - Em regra, a sindicância será ostensiva podendo, conforme o fato em apuração, ser
classificada, desde o início pela autoridade instauradora ou, em seu curso, pelo sindicante,
como sigilosa, no caso de juntada de documentos sigilosos ou da incidência de fatos que
ensejem o sigilo.
Parágrafo único. Quando houver necessidade de tornar a sindicância sigilosa, o sindicante
elaborará, desde logo, certidão que instruirá o processo, na qual deverá constar a motivação da
nova classificação, devendo dar ciência da mesma às partes e à autoridade instauradora.
Da sindicância sigilosa
Art. 61 – Será sempre sigilosa a sindicância que tenha como acusado o oficial ou que tenha
por objeto crimes contra a liberdade sexual, devendo sua portaria, relatório e
solução/homologação serem publicadas em boletim reservado, ficando o sindicado e o
escrivão, quando houver, durante a instrução processual, responsáveis pela restrição de acesso
aos autos de pessoas que não sejam as vítimas, o acusado e o advogado devidamente
constituído, pela vítima e/ou pelo acusado.
§ 1º - No caso previsto no caput, o dever de sigilo do processo será devido também aos
servidores que, pela função que exercem, manuseiam o processo.
§ 2º - Na sindicância sigilosa, a restrição de acesso não alcançará o sindicado nem seu
advogado, caso tenha sido devidamente constituído.

26 | P á g i n
CAPÍTULO XII – DOS RECURSOS
Art. 62 - Os recursos disciplinares, seus prazos, nomenclaturas e procedimentos são os
previstos no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE), aplicado na PMMA.
CAPÍTULO XI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 63 - Integram o presente manual os modelos exemplificativos dos apêndices, que deverão
ser adaptados conforme cada caso.
Art. 64 – Aplica-se às sindicâncias no âmbito da PMMA, subsidiariamente, as normas
previstas no Código de Processo Penal Militar e no Regulamento Disciplinar do exercito.
Art. 65 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-geral da PMMA.
Art. 66 - Integram o presente manual os modelos exemplificativos apensos, que deverão ser
adaptados conforme cada caso.

27 | P á g i n
APENDICE I - MODELO DE CAPA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

SINDICANTE:
ESCRIVÃO: [quando houver]
SINDICADO(S):
OBJETO: Apurar os fatos supostamente ocorridos no dia , na cidade de , [Fazer
breve relato dos fatos].

28 | P á g i n
Cidade
Ano

APÊNDICE II - MODELO DE PORTARIA DE INSTAURAÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

P O R T A R I A DE I N S T A U R A Ç Ã O

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas


atribuições legais, com fulcro nos art. 1 7º, inciso , do MPAD-PMMA-01-2022.

RESOLVE
Art. 1º. Designar como Encarregado de Sindicância o [Posto/graduação e
nome], matrícula ID nº , do _[unidade]_ e como escrivão o , matrícula
nº , ID nº , _[unidade]_, para apurar os fatos ocorridos no dia _, quando por volta
das , o , matrícula nº , ID nº , teria, em tese, [Fazer breve relato dos fatos].

Art. 2º. A presente Sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta)


dias, em conformidade com o art. 57, do MPAD-PMMA-01-2022.

Art. 3º. Determinar ao Encarregado que adote as seguintes providências:


Qualificar, inquirir, conhecer e acarear, se for o caso, os envolvidos e demais testemunhas,
juntando cópia das fichas individuais e certidões de assentamentos dos policiais envolvidos;

Art. 4º. Instruem a presente portaria, como anexos: [citar os anexos].


Art. 5º. Esta Portaria entrará em vigor a partir da data do recebimento pelo
encarregado, com fulcro no art. 57, parágrafo único, do MPAD-PMMA-01-2022, devendo os
órgãos competentes adotarem as providências complementares.

Quartel do em , de de .

1
O fundamento para a competência está determinada neste Manual no artigo 7º e seus incisos. Cada inciso
determina a competência de uma autoridade.

29 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
Cargo da autoridade instauradora

APÊNDICE III - MODELO DE PORTARIA DE ANULAÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
(GRANDE COMANDO)
(UNIDADE)

P O R T A R I A DE ANULAÇÃO2

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas


atribuições legais e,

CONSIDERANDO [Fazer breve relato dos fatos que originaram a anulação]


CONSIDERANDO [Fazer breve relato dos fatos que originaram a anulação]

RESOLVE

Art. 1º. Anular a Sindicância nº /2022, de / / , na qual figura como


sindicado o , matrícula nº , do _;

Art. 2º. Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Quartel do em , de de .

2
A anulação da sindicância não tem um fundamento normativo específico em norma estadual. A anulação se
fundamenta no artigo 54 da Lei Federal 9.784/99 aplicada no âmbito estadual por força da Súmula 633 do
Superior Tribunal de Justiça e, ainda, das Súmulas 473 e 346 do Supremo Tribunal Federal.

30 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
[Cargo da autoridade instauradora]

APÊNDICE IV - MODELO DE PORTARIA DE PRORROGAÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
(GRANDE COMANDO)
(UNIDADE)

PORTARIA DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas


atribuições legais, com fulcro nos art. 57 do MPAD-PMMA-01-2022.

CONSIDERANDO o teor do Ofício nº /2022-SIND, de de _ de


2022.
RESOLVE

Art. 1º. Conceder ao [Posto/graduação e nome], matrícula nº , ID nº


, 30 (trinta) dias de prorrogação de prazo, a contar de de de 2022, para
conclusão da Sindicância nº /2022-[unidade].

Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor em de de 2022.

Quartel do , em de de 2022.

31 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
[cargo da autoridade instauradora]

APÊNDICE V - MODELO DE PORTARIA DE SUBSTITUIÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
(GRANDE COMANDO)
(UNIDADE)

PORTARIA DE SUBSTITUIÇÃO DE SINDICANTE3

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas


atribuições legais e,

CONSIDERANDO [fazer aqui o relato dos motivos ensejadores da


substituição, citando os documentos que a provocaram]

RESOLVE

Art. 1º. Designar como encarregado da Sindicância nº /2022 -_ ,


[Posto/graduação e nome], matrícula nº , ID nº , do [unidade], em substituição
ao [Posto/graduação e nome], matrícula nº , ID nº , do [unidade].

Quartel do _, em , de de 2022

3
As substituições de sindicante e/ou escrivão se dará nos casos de incidente de impedimento, suspeição, motivo
de natureza administrativa, de saúde, judicial ou outro

32 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
[cargo da autoridade instauradora]

APÊNDICE VI - MODELO DE PORTARIA DE SOBRESTAMENTO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

PORTARIA DE SOBRESTAMENTO4

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]

[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas atribuições


legais e,

CONSIDERANDO [fazer aqui o relato dos motivos ensejadores do


sobrestamento]

RESOLVE
§ 1º. Sobrestar a Sindicância nº /2022 – [unidade], pelo prazo de dias
corridos, devendo o Sindicante prosseguir no feito a partir do dia seguinte ao encerramento
deste prazo.
[ou]

§ 1º. Sobrestar a Sindicância nº /2022 – [unidade], até que cessem os motivos


ensejadores do sobrestamento, devendo o Sindicante prosseguir no feito a partir do dia
seguinte à cessação dos referidos motivos, data a partir da qual deverão ser retomados os
prazos para a conclusão da Sindicância.

Art. 2º. Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

4
O sobrestamento do processo ocorrerá por decisão judicial, incidente de insanidade mental e outros.

33 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
[cargo da autoridade instauradora]

APÊNDICE VII - MODELO DE PORTARIA DE TORNAR SEM EFEITO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

PORTARIA DE TORNAR SEM EFEITO

SINDICÂNCIA Nº /2022 – [unidade]


[CARGO DA AUTORIDADE INSTAURADOURA], no uso das suas atribuições
legais e,5

CONSIDERANDO [fazer aqui o relato dos motivos ensejadores do


sobrestamento]

RESOLVE

Art. 1º. Tornar sem efeito a Portaria de Instauração de Sindicância /2022 –


[unidade], pelos motivos supraalinhados, devendo o sindicante remeter os autos integrais do
processo à [Diretoria de Pessoal ou à seção administrativa correspondente], no prazo de cinco
dias corridos.

Art. 2º. Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

5
O ato de tornar sem efeito uma portaria de sindicância não tem um fundamento normativo específico em
norma estadual. A anulação se fundamenta no artigo 54 da Lei Federal 9.784/99 aplicada no âmbito estadual
por

34 | P á g i n
força da Súmula 633 do Superior Tribunal de Justiça , ainda, das Súmulas 473 e 346 do Supremo Tribunal Federal.

35 | P á g i n
[Posto e nome da autoridade instauradora]
[cargo da autoridade instauradora]
APENDICE VIII - MODELO DE TERMO DE ABERTURA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ABERTURA

Aos dias do mês de de , nesta cidade de


– MA, no Quartel do , em cumprimento ao determinado na
Portaria nº , faço a abertura dos trabalhos atinentes à presente Sindicância, do
que, para constar, lavrei o presente termo.

Posto e nome do Sindicante


Sindicante

36 | P á g i n
APENDICE IX - MODELO DE JUNTADA DA PORTARIA DE INSTAURAÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

JUNTADA

Aos dias do mês de de , nesta cidade de _ –


MA, no Quartel do , faço a juntada aos autos da presente Sindicância,
dos documentos de folhas a , do que, para constar, lavrei o presente termo.

Posto/graduação e nome do Escrivão


Escrivão (ou Sindicante, quando não houver escrivão)

37 | P á g i n
APENDICE X - MODELO DE DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO

Nos termos do artigo 14 do MPAD-PMMA-01-2022, designo o [posto/graduação


e nome do escrivão], para exercer o encargo de Escrivão na Sindicância nº / -
[unidade], lavrando-se o respectivo termo de compromisso.

Local e data

Posto e nome
Sindicante

38 | P á g i n
APENDICE XI - MODELO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

COMPROMISSO DO ESCRIVÃO

Aos dias do mês de de , em razão de ter sido designado para


exercer o encargo de escrivão, o [posto/graduação e nome do escrivão] prestou, perante este
Sindicante, o compromisso de cumprir fielmente a legislação e as normas contidas no MPAD-
PMMA-01-2022, durante o exercício da função, do que, para constar, lavrei o presente termo que
vai assinado por mim e por ele.

Posto e nome
Sindicante

Posto e nome
Escrivão

39 | P á g i n
APENDICE XII - MODELO DE DESPACHO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

DESPACHO

Determino ao Senhor escrivão que autue a presente Portaria e seus anexos, bem
como:
1. Oficie ao(s) comandante(s) do(s) sindicado(s) informando da submissão de
seu(s) comandado(s) ao presente processo, o calendário inicial de audiências e solicitando a
apresentação do(s) mesmo(s), bem como, a remessa das suas fichas individuais e
assentamentos.
2. Oficie ao(s) denunciante(s) e às testemunhas, intimando-os para se fazerem
presentes no Quartel da , designando data e horário para tal.
3. [Outros].

Local e data

Nome e posto
Sindicante

40 | P á g i n
APENDICE XIII - MODELO DE CERTIDÃO E JUNTADA6

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

CERTIDÃO

Certifico que foi providenciado conforme despacho exarado pelo Senhor


[posto/grad] Sindicante.

Local e data

Posto e nome
Escrivão

JUNTADA

Aos dias mês de de , faço juntada aos presentes autos dos


documentos de folhas a , do que, para constar, lavrei o presente termo.

Nome e posto
Escrivão

6
Estes dois documentos podem ser confeccionados na mesma folha, pois são cronologicamente próximos e
vinculados.

41 | P á g i n
APENDICE XIV - MODELO DE COMUNICAÇÃO AO COMANDANTE DO MILITAR
SINDICADO E SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTOS.

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data
Ofício nº / – Sind.
Do [posto/grad e nome do sindicante].
Ao [posto/grad e nome do sindicado]
Assunto: apresentação de oficial/praça PM
Anexo: Portaria de sindicância /

Informo a Vossa Senhoria que o [sindicado] está sendo acusado da prática dos
fatos objeto da sindicância / , instaurada pelo Senhor [posto e nome da autoridade
instauradora].
Por oportuno solicito de Vossa Senhoria que se digne em remeter a este
Sindicante a ficha individual e os assentamentos do referido militar; que faça a entrega do
ofício nº [ofício da notificação prévia] ao mesmo e o apresente nos dias e horários, conforme
calendário de audiências abaixo:
Calendário de depoimentos:7
ORD GRAD NOME LOCAL DATA HORÁRI
O
01
02
03
04

[posto/grad e nome do sindicante]


Sindicante

7
Estabelecer um calendário de depoimentos logo no início do processo ajuda a sistematizar a instrução do
mesmo, facilitando os trabalhos e, ao mesmo tempo, evita a emissão repetitiva de documentos.

42 | P á g i n
APENDICE XV - MODELO DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data
Ofício nº / – Sind.
Do [posto/grad e nome do sindicante].
Ao [posto/grad e nome do sindicado]
Assunto: notificação prévia
Anexo: Portaria de sindicância /

Informo a Vossa Senhoria que figuras como Sindicado na Sindicância nº ,


instaurada pelo Senhor [posto e nome da autoridade instauradora], processo administrativo
no qual lhe será assegurado ampla defesa e contraditório, em especial, o direito de
acompanhar o processo, apresentar defesa prévia e alegações finais, arrolar testemunhas,
assistir aos depoimentos, solicitar reinquirições, requerer perícias, juntar documentos, obter
cópias de peças dos autos, formular quesitos em carta precatória e em prova pericial e
requerer o que entender necessário ao exercício de seu direito de defesa podendo, para tal,
designar um seu defensor para promover sua defesa técnica.
Por oportuno informo que as audiências iniciais ocorrerão conforme o calendário
abaixo, podendo Vossa Senhoria apresentar testemunhas em sua defesa.
Calendário de depoimentos:
ORD GRAD NOME LOCAL DATA HORÁRI
O
01
02
03
04

[posto/grad e nome do sindicante]


Sindicante

43 | P á g i n
APENDICE XVI - MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE TESTEMUNHA QUE PASSOU À
CONDIÇÃO DE SINDICADO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data
Ofício nº / – Sind.
Do [posto/grad e nome do sindicante].
Ao [posto/grad e nome do sindicado]
Assunto: notificação prévia
Anexo: Portaria de sindicância /

1. Venho, por meio deste, notificar Vossa Senhoria que, a partir da data de
recebimento deste documento, passará à condição de sindicado na sindicância nº / ,
instaurada pelo Senhor [posto e nome da autoridade instauradora], processo administrativo
no qual lhe será assegurado ampla defesa e contraditório, em especial, o direito de
acompanhar o processo, apresentar defesa prévia e alegações finais, arrolar testemunhas,
assistir aos depoimentos, solicitar reinquirições, requerer perícias, juntar documentos, obter
cópias de peças dos autos, formular quesitos em carta precatória e em prova pericial e
requerer o que entender necessário ao exercício de seu direito de defesa podendo, para tal,
designar um seu defensor para promover sua defesa técnica.

[posto/grad e nome do sindicante]


Sindicante

44 | P á g i n
APENDICE XVII - MODELO DE APRESENTAÇÃO DE TESTEMUNHA MILITAR

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data

Ofício nº / – Sind.

Do [posto/grad e nome do sindicante].


Ao [posto/grad e nome do sindicado]
Assunto: Apresentação de oficial/praça PM
Ref. Sindicância nº

Tendo sido designado pelo Senhor [posto/grad. da autoridade delegante] para


proceder à sindicância da referência, solicito de Vossa Senhoria que se digne em adotar as
medidas necessárias para apresentar o(s) policial(is) abaixo relacionados, para prestarem
depoimento na condição de testemunha, no Quartel do , no(s) dia(s) e horário(s)
abaixo relacionado(s).
ORD GRAD NOME LOCAL DATA HORÁRI
O
01
02
03
04

[posto/grad e nome do Sindicante]


Sindicante

45 | P á g i n
APENDICE XVIII - MODELO DE DOCUMENTO PARA TESTEMUNHA CIVIL

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Ofício nº / -Sind.

Local e data.
A Sua a Senhoria o(a) Senhor(a)
Fulano de Tal
Endereço completo.
NESTA.

Assunto: Intimação para testemunhar em processo administrativo.

Prezado(a) Senhor(a),
Na forma da legislação vigente, solicito de Senhoria que compareça, para prestar
depoimento, como testemunha, no âmbito de processo administrativo (Sindicância nº / ),
no dia , no Quartel do , às h.

[Posto/grad e nome do sindicante]


Sindicante

46 | P á g i n
APENDICE XIX - MODELO DE CARTA PRECATÓRIA8

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Ofício nº / -Sind.

Local e data.
A Sua a Senhoria/Excelência o(a) Senhor(a)
Fulano de Tal
Cargo
Endereço completo.
CIDADE.

Assunto: Carta precatória.


Anexo: cópia da portaria e rol de perguntas

Senhor Comandante/chefe,

Com os cumprimentos de estilo, sirvo-me do presente para solicitar de Vossa


Senhoria/Excelência que designe um oficial desta Unidade/Corporação, para tomar por termos
o(s) depoimento(s) da(s) testemunha(s) abaixo relacionada, conforme rol de perguntas em
anexo.
NOME ENDEREÇO TELEFONE

Solicito-vos, ainda, que o respectivo termo seja remetido a este Sindicante para os
endereços [endereço físico] e [endereço eletrônico], respectivamente.

Cordialmente/respeitosamente.

[Posto/grad e nome do sindicante]


Sindicante

8
A carta precatória deve ser remetida diretamente do sindicante à autoridade deprecada, evitando, assim
burocracia desnecessária.

47 | P á g i n
APENDICE XX - MODELO DE SOLICITAÇÃO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data
Ofício nº / – Sind.
Do
Ao [autoridade instauradora].
Assunto: prorrogação de prazo de sindicância
Anexo: Portaria de sindicância nº

Tendo sido designado por Vossa Senhoria para proceder à Sindicância e,


considerando que [relatar aqui os argumentos que fundamentam o pedido de prorrogação]
impossibilitaram a conclusão dos trabalhos no prazo inicialmente previsto, solicito de Vossa
Senhoria que se digne em conceder a este Sindicante trinta dias de prorrogação de prazo
para conclusão do referido processo administrativo.
Tal solicitação encontra arrimo no artigo 57, § 2º do MPAD-PMMA-01-2022.

[Posto/grad. e nome completo do sindicante]


Sindicante

48 | P á g i n
APENDICE XXI - MODELO DE TERMO DE DEPOIMENTO DE TESTEMUNHA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE DEPOIMENTO QUE PRESTA [FULANO DE TAL]

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no Quartel do ,


presente o Senhor [posto/grad. e nome do sindicante], Sindicante, comigo, [posto/grad. e
nome do escrivão], servindo de escrivão, presente o Sindicado e seu advogado, compareceu
[qualificar aqui a testemunha] que, após prestar o compromisso de dizer a verdade e ser
alertada sobre o conteúdo do art. 346 do Código Penal Militar, que trata do crime de falso
testemunho e falsa perícia e, sendo informado do objeto da sindicância e, lhe foi
PERGUNTADO sobre tais fatos, no que RESPONDEU [consignar aqui as perguntas e
respostas]
Dada a palavra ao sindicado e ao seu advogado [consignar aqui as perguntas do
acusado/advogado e as respostas da testemunha. PERGUNTADO se tinha algo mais a
declarar, RESPONDEU que .E como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dei por
encerrada o presente termo, que foi iniciado às horas e encerrado às horas e que
depois de lida e achado conforme vai devidamente assinada pelo Sindicante, pelo Sindicado,
pelo Declarante, pelo advogado e por mim, escrivão, que o digitei.

[posto/grad. e nome do sindicante] [posto/graduação (se militar) e nome da


Sindicante Escrivão

[posto/grad. e nome do escrivão] [posto/grad. e nome do acusado]


Testemunha Acusado

Advogado – OAB - _

49 | P á g i n
APENDICE XXII - MODELO DE TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO DE [POSTO/GRAD. E NOME DO


ACUSADO]

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no Quartel do ,


presente o Senhor [posto/grad. e nome do sindicante], Sindicante, comigo, [posto/grad. e
nome do escrivão], servindo de escrivão, compareceu o Sindicado [qualificar aqui a
acusado], acompanhado de seu advogado. PERGUNTADO sobre os fatos que deram origem
à presente sindicância RESPONDEU [consignar aqui as perguntas e respostas]
Dada a palavra ao seu advogado este [consignar aqui as perguntas do advogado e as
respostas do acusado]. PERGUNTADO se tinha algo mais a declarar, RESPONDEU que
. E
como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, dei por encerrada o presente termo, que foi
iniciado às horas e encerrado às horas e que depois de lida e achado conforme vai
devidamente assinada pelo Sindicante, pelo Sindicado, pelo advogado, pelas testemunhas
instrumentárias e por mim, escrivão, que o digitei.

[posto/grad. e nome do sindicante] [posto/grad. e nome do escrivão]


Sindicante Escrivão

[posto/grad. e nome do acusado] Advogado – OAB - _


Acusado

Testemunha instrumentária Testemunha instrumentária

50 | P á g i n
APENDICE XXIII - MODELO DE SUBSTITUIÇÃO DE SINDICANTE

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data.

Ofício nº 04/2016 – Sind.

Do [Sindicante]
Ao Sr. [autoridade instauradora]
Assunto: Substituição de sindicante

Tendo sido designado por Vossa Senhoria para proceder à sindicância nº


e tendo constatado que [informar aqui os motivos – geralmente, a suspeição se
dá com o descobrimento de indícios de transgressão praticadas por oficial de posto superior
ao do sindicante], solicito de Vossa Senhoria que se digne, SMJ, em indicar um outro
oficial/praça para me substituir neste encargo.

[posto/grad. e nome do sindicante]


Sindicante

51 | P á g i n
APENDICE XXIV - MODELO DE TERMO DE ACAREAÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ACAREAÇÃO

Aos dias do mês de de , nesta cidade de , no quartel


do , presentes as [nomear os presentes: acareados, sindicado, advogados], já
inquiridos nestes autos, à vista das divergências existentes nos seus depoimentos, nos pontos
[citar os pontos divergentes e as folhas onde estão seus depoimentos nos autos],
reperguntadas às mesmas testemunhas, uma em face da outra e demais presentes, para
explicarem as ditas divergências. E depois de lidos perante eles os depoimentos referidos nas
partes divergentes, foi declarado o seguinte [relatar aqui os depoimentos de cada uma em
face da outra]. E como nada mais declararam, lavrei o presente termo, que depois de lido e
achado conforme, assinam juntamente com este sindicante.

Posto/grad. e nome do sindicante

Acareado A

Acareado B

Posto/grad. do sindicado

Nome do advogado presente

52 | P á g i n
APENDICE XXV - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no quartel do


, faço o encerramento do volume, desta sindicância, contendo 9

folhas, do que, para constar, lavrei o presente termo.

Posto e nome do Sindicante


Sindicante

9
Em regra os volumes de cada processo ou procedimento devem ser encerrados com 200 (duzentas folhas).
Todavia, isso não impede uma flexibilização quanto à esse número, de pequena quantidade, para mais ou para
menos, quando a natureza dos documentos indicarem que é melhor que elas permaneçam no mesmo volume.

53 | P á g i n
APENDICE XXVI - MODELO DE TERMO DE ABERTURA DE VOLUME

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ABERTURA DE VOLUME

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no


quartel do , faço a abertura do 10
da
Sindicância nº , do que, para constar, lavrei o presente termo.

Posto e nome do Sindicante


Sindicante

10
O ideal é que se coloque o número do volume por extenso, em negrito e caixa alta, para melhor destaque.
Exemplo: SEGUNDO VOLUME.

54 | P á g i n
APENDICE XXVII - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE INSTRUÇÃO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ENCERRAMENTO DE INSTRUÇÃO

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no


quartel do , encerro a instrução do presente processo, do que, para constar,
lavrei o presente termo.

Posto e nome do Sindicante


Sindicante

55 | P á g i n
APENDICE XXVIII - MODELO DE NOTIFICAÇÃO PARA ALEGAÇÕES
FINAIS

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data.

Ofício nº – Sind.

Do [posto e nome do sindicante]


Ao Sr. [posto/graduação do Sindicado]
Assunto: notificação para alegações
finais Ref. Sindicância nº

Notifico Vossa Senhoria para, querendo, no prazo de cinco dias corridos,


apresentar alegações finais por escrito.
2. Informo, ainda, que os autos da Sindicância se encontram à sua disposição para
vista no [indicar local, período e horários].

[Posto/grad. e nome do sindicante]


Sindicante

56 | P á g i n
APENDICE XXIX - MODELO DE CERTIDÃO - DEFESA PRÉVIA E ALEGAÇÕES
FINAIS11

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

CERTIDÃO

Certifico que nesta data se encerrou o prazo concedido ao sindicado para que
apresentasse sua defesa prévia, sem que o mesmo o fizesse, motivo pelo qual lavrei a
presente certidão.

[posto/grad. e nome do sindicante]


Sindicante

[OU]

Certifico que nesta data se encerrou prazo concedido ao sindicado para que
apresentasse suas alegações finais, sem que o mesmo o fizesse, motivo pelo qual lavrei a
presente certidão.

[posto/grad. e nome do sindicante]


Sindicante

11
Deve-se atentar para o fato de que essas duas certidões são documentos distintos, que ocorrem em momentos
distintos devendo, portanto, serem feitos separadamente.

57 | P á g i n
APENDICE XXX - MODELO DE JUNTADA DE DOCUMENTOS RECEBIDOS

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

ATENÇÃO

1. Não se faz termo de juntada de documento expedido, visto que é consequência lógica
no processo;
2. O termo de juntada de documentos recebidos pode ser lavrado a punho pelo
sindicante, ou através de carimbo, no anverso do documento, com o seguinte escrito:

Junte-se aos autos em / /

[posto/grad. e nome do Sindicante]


Sindicante

58 | P á g i n
APENDICE XXXI - MODELO INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data.

Ofício nº – Sind.

Do [posto/grad e nome do Sindicante]


Ao Sr. [posto/graduação do Presidente da JMS]
Assunto: incidente de insanidade
mental Ref. Sindicância nº
Anexo: Rol de perguntas, portaria de instauração da
sindicância e resumo dos fatos
objeto do processo.

Tendo sido designado pelo Senhor [posto/grad. e nome da autoridade


instauradora], para proceder à sindicância da referência e, tendo sido instaurado um incidente
de insanidade mental, suscitado pela defesa [ou de ofício pelo sindicante], submeto o
[posto/grad., nome completo e matrícula do sindicado] a essa JMS, para que esta avalie a
condição de saúde do supracitado militar e emita laudo, nos termos do artigo , do MPAD-
PMMA-01-2022.

[posto/grad. e nome do sindicante]


Sindicante

59 | P á g i n
ROL DE PERGUNTAS
I - se o acusado sofre de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou de retardo
mental;
II - se no momento em que praticou as condutas que lhes estão sendo imputadas, se achava
em algum dos estados referidos no inciso anterior;
III - se, em virtude das circunstâncias referidas nos incisos antecedentes, possuía o acusado
capacidade de entender o caráter ilícito, imoral, antiético, desonroso ou indecoroso do fato ou
de se determinar de acordo com esse entendimento;
IV - se a doença ou deficiência mental do acusado, não lhe suprimindo, diminui-lhe,
entretanto, consideravelmente, a capacidade de entendimento da ilicitude, da imoralidade, da
falta de ética, da desonra ou da falta de decoro da(s) conduta(s) praticada(s) por ocasião do(s)
fato(s) ou a sua capacidade de autodeterminação, quando o(s) praticou;
V - se a enfermidade mental é superveniente ao cometimento dos fatos;
VI – se o acusado está ou não em condições de responder ao processo administrativo.
VII – Relacione outras informações que achar pertinentes ao processo

60 | P á g i n
APENDICE XXXII - MODELO DE RELATÓRIO

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

RELATÓRIO

1 INTRODUÇÃO

A presente sindicância foi instaurada pelo Senhor Cel. QOPM [posto, nome e
cargo da autoridade competente], através da Portaria , com a
finalidade de apurar a notícia de fatos supostamente ocorridos no dia , por volta
das min, na [citar endereço da ocorrência],
ocasião em que o [citar posto/graduação, nome completo, matrícula do acusado], teria, em
tese, [descrever a ocorrência e referenciar os documentos que a noticiaram]

2 DILIGÊNCIAS REALIZADAS

Com o escopo de reunir elementos probatórios que pudessem esclarecer o fato


objeto da presente Sindicância, este Sindicante, juntamente com o Escrivão [quando houver],
realizaram as diligências necessárias e possíveis.
Foram feitas as comunicações de praxe ao acusado, ao seu comandante e ao
defensor, restando-lhe assegurado o devido processo legal, ampla defesa e contraditório.
O acusado [não] ofereceu defesa prévia (fls ) e [nem] alegações finais (fls )
Foram ouvidas a vítima (fls __), as testemunhas (fls ) e o acusado (fls ).
Deixou-se de ouvir [indicar aqui quem não pode ser ouvido no processo, indicando
os motivos]
Realizou-se as seguintes perícias: [relacionar aqui as perícias realizadas indicando
as fls onde se encontram – se se tiver feito perícias]
Foi feito acareação entre [indicar quem foi acareado e as fls onde se encontram tais
documentos]
Juntou-se aos autos os seguintes documentos: [relacional os documentos mais
importantes juntados aos autos e as fls onde se encontram]
Relacionar outros fatos importantes ocorridos durante a instrução processual.
61 | P á g i n
3 DOS FATOS12

Da análise de todas as peças que compõem a presente Sindicância, restou apurado


que [relatar todo o fato, com data, horário, local, citar as partes envolvidas, descrevendo
objetos, danos valores, indicando as circunstâncias e as consequências do fato.]

4. CONCLUSÃO

Em face do exposto e que dos autos consta e conforme análise de todo o conjunto
probatório, verifica-se que o fato objeto da presente sindicância não se constituem em
transgressão disciplinar nem há indícios de crime militar ou comum, visto que [fundamentar
aqui seu parecer]. Em consequência, sou de parecer que os presentes autos sejam arquivados.
OU
Em face do exposto e que dos autos consta e conforme análise de todo o conjunto
probatório, verifica-se que o fato objeto da presente sindicância se constituem em transgressão
disciplinar praticada pelo [posto/grad. nome de quem praticou a transgressão], visto que
[fundamentar aqui seu parecer]. Por outro lado constata se indícios de crime militar [e/ou
comum] praticados por [posto/grad. nome de quem praticou a transgressão], um vez que
[fundamentar aqui seu parecer].
Em consequência, sou de parecer que [colocar aqui seu parecer sobre as medidas
a serem adotadas].

Local e data.

[posto/grad e nome completo do sindicante]


Sindicante

12
Na redação do relatório, se deve evitar as citações de partes dos depoimentos, uma vez que elas se
encontram no mesmo processo em que se inserirá o relatório. Assim, quando se quiser fortalecer o argumento,
ou comprovar o fato através de depoimentos ou outros documentos que já estão no processo, basta
indicar o

62 | P á g i n
número da folha correspondente.

63 | P á g i n
APENDICE XXXIII - MODELO DE TERMO DE ENCERRAMENTO DE SINDICÂNCIA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

TERMO DE ENCERRAMENTO DE SINDICÂNCIA

Aos dias do mês de , nesta cidade de , no quartel do


, encerro os trabalhos atinentes à presente sindicância, do que, para constar,
lavrei o presente termo.

Posto e nome do Sindicante


Sindicante

64 | P á g i n
APENDICE XXXIV - MODELO DE DOCUMENTO DE REMESSA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data.
Ofício nº – Sind.
Do [posto e nome do sindicante].
Ao Sr. [posto e nome da autoridade instauradora]
Assunto: Remessa de Sindicância
Anexo: 01 (uma) via física e original dos autos da
Sindicância ..........., com..........folhas e uma via
integral dos autos em mídia, no formato PDF, em
CD-ROM.

Senhor Comandante,

Na forma de estilo e com base no artigo 20, inciso XII do MPAD-PMMA-01-


2022, remeto a Vossa Senhoria os autos de Sindicância _ , para as providências cabíveis.

Respeitosamente,

Posto/grad e nome do sindicante


Sindicante

65 | P á g i n
APENDICE XXXV - MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE DILIGÊNCIAS
COMPLEMENTARES

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

Local e data
Ofício nº / – Sind.
Do [posto e nome da autoridade instauradora].
Ao [posto/grad e nome do sindicante]
Assunto: Diligências Complementares
Anexo: ( ) volumes da Sindicância nº
(com folhas cada).

Considerando que Vossa Senhoria foi encarregado da Sindicância nº .


Considerando a imprescindibilidade de compatibilizar o referido Processo
Administrativo Disciplinar às garantias constitucionais do Contraditório, ampla defesa e do
devido processo legal, nos termos do art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal;

[ou relacionar aqui outros motivos]

Ante o exposto, estamos devolvendo os autos da presente Sindicância, para


que Vossa Senhoria realize as diligências complementares abaixo discriminadas e demais
atos consecutivos, a fim de possibilitar melhor análise meritória dos fatos, uma vez que esta
restou prejudicada pela ausência de elementos informativos imprescindíveis para tal
desiderato. Para tanto, disporá do prazo de 20 dias corridos, consoante artigo 52 do
PMMA-MPAD-01-2022, devendo Vossa Senhoria observar o que preceitua os §§ 1º, 2º e
3º, do artigo 52 do referido Manual.
[relacionar aqui as diligências de forma objetiva ou fazer em documento separado
que deverá seguir em anexo a este ofício]

[posto/grad e nome da autoridade instauradora]


Cargo da autoridade instauradora

66 | P á g i n
APENDICE XXXVI - MODELO DE SOLUÇÃO DE SINDICÂNCIA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
[GRANDE COMANDO]
[UNIDADE]

SOLUÇÃO DA SINDICÂNCIA Nº / -[unidade], DE DE DE .

Trata-se de processo administrativo que teve como Sindicante o


, matrícula , ID , cuja portaria inaugural foi
elaborada nos termos do artigo do PMMA-MPAD-01-2022, para apurar os fatos
ocorridos no dia [transcrever aqui o fato descrito na portaria de instauração].
Em seu relatório, o Sindicante pugna pela [inexistência/existência de
crime/transgressão disciplina], sendo de parecer que [inserir aqui o parecer do sindicante].
Inicialmente, quanto aos aspectos formais do processo administrativo disciplinar,
esse se desenvolveu em observância aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do
devido processo legal. Foi oportunizado ao Sindicado o direito de apresentar defesa prévia,
alegações finais, de participação nos atos instrutórios e de constituir defensor particular, bem
como cumpridos todos os prazos procedimentais aplicáveis à espécie.
[ATENÇÃO. fazer a redação acima de acordo com a realidade do processo,
observando se houve ou não violação aos princípios e procedimentos citados]
No que tange à análise meritória, diante dos elementos de informações juntados aos
autos, e restringindo-se aos fatos objeto de apuração ou com este relacionado, infere-se que
[não/há indícios claros da prática [crime/transgressão/atos de improbidade administrativa].
[inserir aqui as linhas argumentativas concordando ou discordando total ou
parcialmente com o sindicante, atacando ponto a ponto os argumentos deste]
[analisar ponto a ponto os argumentos apresentados pela defesa, refutando ou
acatando, fundamentando na lei ou outras normas, na doutrina e na jurisprudência,
especialmente do STM, STJ e STF]
[inserir aqui a descrição da transgressão/princípio violado, constante no estatuto
dos policiais militares da PMMA/RDE, comentando e apontando a natureza da transgressão]
[fazer aqui a dosimetria da pena, mencionando sobre causas de justificação,
atenuantes, agravantes, fundamentando nos dispositivos do RDE].
Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

67 | P á g i n
a) a) Concordar integralmente com o parecer do Sindicante.
[ou]
a) Discordar totalmente do parecer do Sindicante, por entender que [fazer aqui
breve resumo da fundamentação supra].
[ou]
a) Discordar em parte do parecer do Sindicante, por entender que [fazer aqui
breve resumo da fundamentação supra].
b) Punir disciplinarmente o , matrícula e ID ,
com ( ) dias de , ingressa/permanece no comportamento . A
presente punição deverá ser cumprida no Quartel do , a contar da data da ciência de
sua publicação em BG/BI/BR, pelo nominado, devendo ser posto em liberdade após a parada
matinal do dia posterior ao último dia do cumprimento da punição.
[ou]
b) Deixar de punir disciplinarmente o , matrícula e ID
, pelos motivos supra alinhados.
[ou]
b) Deixar de aplicar qualquer sanção disciplinar e remeter a presente
sindicância ao Senhor Cel QOPM Comandante-geral da Corporação, por entender que a
conduta do , matrícula e ID , se constitui em transgressão
disciplinar grave que a fetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe.
c) Publicar em [BG/BI/BR] o Relatório e esta Solução de Sindicância;
d) Dar ciência da presente decisão ao Sindicado;
e) Arquivar uma via dos presentes autos de Sindicância na [Diretoria de Pessoal
(DP/3)/P/1, outros], para fins de controle.
Quartel do em , de de .

[posto e nome da autoridade instauradora]


[cargo da autoridade instauradora]

68 | P á g i n
APENDICE XXXVII - MODELO DE HOMOLOGAÇÃO DE SINDICÂNCIA

ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
COMANDO-GERAL
DIRETORIA DE PESSOAL

HOMOLOGAÇÃO DE SOLUÇÃO DA SIND Nº / -[UNIDADE], DE / /


Trata-se de processo administrativo, que tem como Sindicante o ,
matrícula , ID , mandado proceder pelo [autoridade instauradora], cuja
Portaria Inaugural nº / -[unidade], de de de , foi instaurada, nos
termos do art. , inciso , do PMMA-MPAD-01-2022, para apurar os fatos
ocorridos no dia [transcrever aqui o fato descrito na portaria de instauração].
Em seu relatório, o Sindicante pugna pela [inexistência/existência de
crime/transgressão disciplina], sendo de parecer que [inserir aqui o parecer do sindicante],
tendo esta conclusão sido acatada integralmente/parcialmente [colocar aqui o parecer da
autoridade instauradora constante na solução]
Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:
a) Concordar com a Solução de Sindicância da lavra do Comandante do
[unidade], [fazer aqui breve fundamentação].

[ou]

b) Discordar totalmente da Solução de Sindicância da lavra do Comandante do


[unidade], [fazer aqui breve fundamentação].
[ou]
c) Discordar em parte da Solução de Sindicância da lavra do Comandante do
[unidade], por entender que [fazer aqui breve fundamentação].

d) Determinar que [relacionar aqui as medidas a serem adotadas]

e) Publicar em Boletim Geral esta Homologação de Solução de Sindicância;

c) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos de Sindicância na Diretoria de Pessoal


(D/3), para fins de controle.
Quartel do Comando-geral, em São Luís-MA, de de .

[posto e nome do comandante-geral]


Comandante-geral da PMMA

69 | P á g i n

Você também pode gostar