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MACROECONOMIA INTERNA:

OS DESAFIOS PARA ESTABILIDADE DO PIB EM 2022

Gabriela de Araújo Moura


Matrícula: 04104123
Direito/ Unama

Pensar o prisma do desenvolvimento econômico nacional é refletir as disposições


dos recursos originários armazenados e produzidos internamente. Não obstante, a
complexidade das relações civis-econômicas, promovidas resignadamente pelo
capitalismo liberal, sugerem uma catalogalização deste patrimônio que permita
monitorar, organizar e revelar dados imprescindíveis para o adequado
funcionamento da vida social. Trata-se, portanto, do Produto Interno Bruto (PIB),
cujos índices anuais direcionam a melhor estratégia política estatal a ser adotada.

Sabe-se, nessa perspectiva, que a ascensão econômica de um país não traduz,


proporcionalmente, a realidade fática de seu PIB, muito embora o contrário seja
clarividente, isto é, um Estado economicamente potente deveria, em tese,
proporcionar bem-estar social à população uma vez que goza de recursos para tal,
todavia é possível que a economia esteja elevada e o PIB não corresponda a essa
elevação, como é o caso do Brasil, conforme preconiza a renomada revista “Poder -
360” (edição 2021) que traz o levantamento feito pela “Austin Rating”, apontando o
Brasil como a 13ª maior economia do mundo ao passo em que manteve-se na 15ª
posição entre os países com maiores PIBs.

Nesse contexto, dentre os fatores internos que podem explicar o baixo PIB do país,
está o reduzidíssimo poder de compra dos brasileiros que agravou-se por força do
contexto pandêmico, provocando alta no preço dos alimentos, dos combustíveis e a
instabilidade cambial. Soma-se a isso a crise inflacionária que já ultrapassa mais de
12,35% dos produtos e serviços, o que atinge diretamente a renda das famílias,
sobretudo as mais carentes, consoante demonstra o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo).

As aflições externas também são catalisadoras do défice do PIB brasileiro, como se


observa pela alta contínua do dólar e as taxas de exportação, as quais são
consequências diretas do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. Assim como o
aumento no preço do petróleo, tendo em vista que o combustível literalmente move
o mundo e o Brasil em especial é um dos principais compradores do barril, conforme
avaliação Selic pelo Banco Central.

Além disso, a mudança climática também é uma das maiores ameaças para a
estabilidade econômica. O ano de 2021 foi severamente marcado por fenômenos
anormais ocasionados pelas ações antrópicas, as secas, por exemplo, reduzem as
colheitas, dificultando a tarefa de alimentar a população, como alerta a ONU - 2019.
Investir, destarte, é mister para assegurar qualidade de vida ao povo brasileiro.
Nesse sentido, investimentos no setor empresarial são necessários para aumentar o
número de pessoas empregadas, gerando poder de consumo. Financiar obras
públicas nos setores mais vulneráveis do país, como educação e saúde, estimulará
o crescimento do PIB. Criar políticas de combate à degradação ambiental e de
incentivo ao mercado estrangeiro também contribuem para o progresso do PIB
pátrio.

REFERÊNCIAS

economia.uol.com.br - risco de recessão ameaça trabalho e renda do brasileiro.


Disponível em:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/12/02/risco-de-recessao-ameaca-
trabalho-e-renda-do-brasileiro-em-2022.htm

Cnnbrasil.com.br - guerra na ucrania pode causar prejuízos ao pib. Disponível em:


https://www.cnnbrasil.com.br/business/guerra-na-ucrania-pode-causar-prejuizos-ao-
pib-brasileiro/

iberdrola.com - sustentabilidade e mudanças climáticas. Disponível em:


https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/consequencias-das-mudancas-climaticas

Poder360.com - economia do Brasil. Disponível em:


https://www.poder360.com.br/economia/brasil-fica-em-15o-em-ranking-mundial-do-
pib-em-2021

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