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Letivo
2022/2023
Madeira
Área científica: Hotelaria e Restauração
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“Declaramos que este trabalho é integralmente da nossa autoria, estando
devidamente referenciadas as fontes e obras consultadas, bem como identificadas de
modo claro as citações dessas obras.
Não contém, por isso, qualquer tipo de plágio quer de textos publicados,
qualquer que seja o meio dessa publicação, incluindo meios eletrónicos, quer de
trabalhos académicos.”
Os alunos:
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Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Algas..........................................................................................................................................10
Confeção................................................................................................................................11
Nutricionalmente....................................................................................................................13
Conclusão...................................................................................................................................14
Ementa.......................................................................................................................................15
Fichas técnicas...........................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................22
Requisição..................................................................................................................................24
Índice de ilustrações
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Introdução
Para a realização deste trabalho, o chefe António presenteou-nos com uma visita guiada
à WISSI: “uma marca portuguesa pioneira na apanha natural de algas com a missão de
introduzir estes vegetais marinhos na dieta quotidiana dos portugueses. Responsável
pela recolha, transformação e comercialização de algas que extrai no fundo do Oceano
Atlântico, saudáveis para o consumo humano.”(WISSI, 2022).
Posto isto, ao longo deste trabalho, faremos uma contextualização histórica da região, a
nível de influências, tipo de produtos e condições geológicas. Seguidamente, temos uma
breve abordagem das algas: começando de uma forma mais geral, e especificando
posteriormente cada um dos tipos de algas que tivemos oportunidade de conhecer. Mais
adiante, encontra-se uma proposta de menu feita por nós, incorporando as ditas algas,
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composto por duas entradas, dois pratos de carne e dois pratos de peixe. Em anexo,
facultaremos as fichas técnicas dos mesmos, bem como um esboço de cada prato.
O amparo que foi, na época dos descobrimentos portugueses, a ilha da Madeira, tende a
ser pouco falado por nós, estudantes. Todavia, a sua localização geográfica valeu de
muito aos nossos navegadores, principalmente durante as viagens ao Golfo da Guiné,
Índia e Brasil.
Uma vez que nestes longos cursos o abastecimento era algo imprescindível às
embarcações, os portugueses fizeram da Madeira (mais precisamente Funchal), “o
principal ancoradouro do Atlântico” (Vieira, 2004). Foi assim que se deu a ascensão
desta região, na qual providenciavam alimentos como o vinho, cereais, carne e alguns
legumes.
Uma das culturas que proliferou, para além da já predominante piscicultura e produção
hortícola, foi a cana-de-açúcar. A mérito do Infante D. Henrique, esta introdução e
plantio permitiram um desenvolvimento económico bastante notório.
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Contudo, esta indústria foi progressivamente declinando, e consigo surgindo uma nova
cultura na área: o vinho. Canaviais eram agora vinhedos, que tanto contribuíram para o
historial económico da Madeira e para o surgimento da burguesia.
Aquando do regresso de Vasco da Gama das Índias, dá-se uma paragem da frota no
posto madeirense. Consequentemente, as cinco conhecidas especiarias (pimenta, canela,
gengibre, cravinho e noz-moscada), chegaram primeiramente a este local do que a
qualquer outro. Esta é a razão pela qual estes são ingredientes estrela na confeção de
algumas das mais famosas sobremesas madeirenses, sendo exemplo disso o Bolo de
Mel.
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ferver e engrossar. Juntam-lhe depois a restante farinha que coze durante outra meia
hora, mexida de vez em quando para a papa não encaroçar.”(Pereira, E. C., 1989).
Já nos nossos dias, é mais frequente encontrarmos, na mesa madeirense, este alimento
confecionado de forma diferente, e servido como acompanhamento: o conhecido milho
frito, que é servido em cubinhos e lembra muitas vezes a polenta frita.
Por conta da humidade presente na ilha da madeira, esta região apresenta também um
clima húmido muito característico da parte nordeste da ilha, uma vez que a sua altitude
está sujeita a mais humidade e chuva, ao contrário de Porto Santo (devido ao seu relevo
menos acentuado e clima mais árido).
Como produtos DOP nesta região temos a Anona da Madeira DOP, Mel-de-Cana da
Madeira DOP, Vinho da Madeira.
Como produtos DOP nesta região temos a Poncha da Madeira IGP, Rum da Madeira
IGP E Sidra da Madeira IGP.
Ainda podemos referir produtos que são bastantes característicos desta região como o
Abacate, a Batata-Doce da Madeira, o Bolo de Mel-da-Madeira, o Bolo do Caco, a Cana
Sacarina, a Cebola da Madeira, o Cuscuz, o Inhame da Madeira, o Pão da Casa, as
Queijadas da Madeira, os Rebuçados de Funcho, o Requeijão da Madeira e o Tabaibo.
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Caracterização da gastronomia mais típica
O turismo funde-se com a gastronomia, visto que o turista procura conhecer a comida
local do destino que visita, para além das suas tradições, hábitos e costumes. A
gastronomia é também um fator de atratividade turística desde sempre.
Martins e Baptista (2010) citado por Barroco e Augusto (2016) diz que a “A
alimentação, no que toca a uma viagem turística, é um factor essencial, pois faz parte de
uma necessidade básica humana, para além de permitir a compreensão e melhor
conhecimento da cultura do destino visitado.”(Silva, 2021)
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Também podemos citar algumas iguarias como o Bolo de Caco, a Espetada em pau de
louro, as lapas, peixe espada preto, polvo, atum, entre outros.
Algas
São vistos como “alimentos do futuro”, as algas marinhas. Na esperança de dar resposta
a parte das necessidades nutricionais e alimentares dos seres humanos. Desde há muito,
que os povos japoneses as integraram na sua cozinha, demonstrando inúmeras
propriedades benéficas à saúde humana. Ainda, chefes da alta cozinha reconhecem o
seu poder nutritivo e têm vindo a incentivar a população ao seu consumo, o que não tem
sido fácil, e embora seja conseguido, até hoje, nunca se tornou um número significativo
de população aderente a esta inovação.
As algas marinhas podem ser classificadas com micro ou macroalgas que, tal como a
denominação indica, se refere à capacidade de serem, ou não, visíveis a olho nu. Posto
isto, as primeiras, tratam-se de seres de menores dimensões, como o fitoplâncton, que o
ser humano não consegue observar sem recorrer a determinados aparelhos. As
macroalgas, que iremos abordar ao longo deste trabalho, são visíveis a olho nu, havendo
3 variedades: algas verdes, vermelhas e castanhas, conforme as suas quantidades de
pigmentos fitossintéticos (Mouritsen (2013) citado por Leite, 2017).
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Confeção
No que toca a este parâmetro, o guia da nossa visita referiu alguns aspetos importantes
característico de cada uma das algas mencionadas.
A primeira, seria um potencial petisco nas típicas marisqueiras portugueses, uma vez
que faz lembrar os percebes. Esta é até
apelidada por muitos como os “percebes
vegetarianos”. Além disso, é um alimento que
vai bem confecionado numa tempura,
conferindo-lhe crocância, com a qual tanto
harmoniza.
Ilustração 4 morfologia do chorão do mar
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No que toca ao esparguete do mar, este tem um
sabor delicado e bastante característico. Esta alga faz
lembrar lula ou choco, mas em algumas receitas
pode até parecer feijão verde. O esparguete do mar
pode ser consumido fresco, mas também pode ser
desidratado, salgado ou mesmo em conserva. Esta
alga “é muito popular em restaurantes europeus e na panificação, entrando na
Ilustração 6 algas esparguete do mar
composição de pães; empadas, massas, pizzas,
patés e alguns aperitivos”
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Nutricionalmente
Esparguete do mar: Rico em ferro (59 mg por cada 100g de alga), vitamina C, é a alga
mais rica em potássio e fosforo. É a alga que tem uma porção de sódio/potássio
considerada ideal para a saúde do ser humano.
Wakame: Rica em iodo e dentro das algas comestíveis é a que tem a maior percentagem
de cálcio.
Conclusão
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Este trabalho, no qual abrangemos temáticas que passam pelo enquadramento histórico
da ilha da Madeira, bem como as suas influências a nível gastronómico até às algas
comestíveis, foi sem dúvida um enorme fator contribuinte para o aumento da nossa
noção do que são as bases da cozinha madeirense. É importante referir que não só
aprofundámos o nosso saber no que toca a estas “bases”, como também fomos capazes
de investigar, na medida de compreender verdadeiramente tudo o que se encontra por
detrás das mesmas, a razão pela qual, por exemplo, se consomem determinados
alimentos. Sabendo que estamos perante todo um historial a nível de influências, a nível
de poder económico ou até de indústrias de tamanha potência, tomamos uma posição
mais ciente, que nos permite raciocinar o modo como a comunidade madeirense, e não
só, tem vindo a evoluir até à data.
Concretizar esta ideia foi sem dúvida um grande desafio devido a vários aspetos, desde
a incorporação de algas marinhas em pratos tipicamente madeirenses, cuja cozinha é
isenta deste alimento, até à pesquisa pelo que são os complexos aspetos relacionados
com a fauna e flora deste arquipélago, juntamente os aspetos nutricionais e funcionais
das algas em questão.
Contudo, tenho em consideração o marcante papel que estes trabalhos pioneiros podem
vir a obter num futuro não tão longínquo. Além disso, foram-nos oferecidas duas
grandes oportunidades que foram pontos fulcrais para a execução deste trabalho: a visita
de estudo à WISSI, em S. Domingos de Rana, e uma degustação de pratos típicos
portugueses, nos quais foram introduzidos diversos tipos de algas. A primeira,
proporcionou-nos um contacto com as algas, a sua prova, o conhecimento acerca da sua
colheita, processo de secagem, questões nutricionais, etc. Já a degustação de pratos, a
mérito de uma aluna de mestrado da ESHTE, foi inquestionavelmente o vetor principal
para que obtivéssemos a perceção do gosto, textura e combinação de algas nos nossos
pratos típicos.
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Ementa
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Fichas técnicas
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Porções 4 Classe Peixes
Quantidade Custo
N.º Produto Unidade Custo Total Observações
L/Kg/Uni
9 Retificar Temperos
10 Empratar
11 Servir Com croûtons
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Bibliografia
cruz, V. d. P. d., 1963. Das Artes e da História da Madeira. A Culinária Madeirense, p. 33.
Fernandes, M. J. P., 2009. Riscos no Concelho da Ribeira Brava movimentos de vertente cheias
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Ferreira, P. L. & Lourenço, Ó. D., 2004. The impact of non-monetary factors on the primary care
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Coimbra: Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, FEUC.
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Um Estudioso da Cultura Madeirense.
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Leite, B. S. M., 2017. Novas Alternativas para o Uso de Macroalgas da Costa Portuguesa em
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Pereira, J. R. d. C., 2014. Codium tomentosum: Avaliação do seu potencial de cultivo num
sistema IMTA e do seu potencial biotecnológico. s.l.:Faculdade de Ciências e Tecnologias,
Universidade de Coimbra.
Rural, D.-G. d. A. e. D., n.d. IGP - Indicação Geográfica Protegida (Produtos agrícolas e géneros
alimentícios), s.l.: s.n.
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Silva, R. C. A. d., 2013. Agricultura Biológica na Ilha da Madeira: constrangimentos e
potencialidades, Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de
Lisboa.
Requisição
Número de pessoas:
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0,004 Alface do Mar 1 (L) Óleo Vegetal
0,065 Azeite 0,005 Azeite
0,400 (L) Água 0,1 Cebola
0,002 Orégãos 0,005 Alho
0,002 Tomilho 0,8 Inhame
0,004 Colorau 0,1 (L) Vinagre de Cidra
0,003 Pimenta 0,005 Louro
0,002 Sal 0,005 Salsa
REQUISITADO POR:
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