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RESUMO
A perícia criminal opera em prol da justiça, que, por sua vez, é orientada pelo Direito
Positivo. O surgimento do Direito Ambiental Positivo em sua modalidade penal
necessariamente fez com que surgisse o exame criminalístico dos danos ambientais,
constituindo, assim, o corpo do delito. A importância dada pela sociedade à questão
ambiental ampliou a casuística de crimes relacionados à degradação ambiental e,
conseqüentemente, as demandas por perícias neste campo tiveram incremento
considerável.
1. INTRODUÇÃO
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Perito Criminal Federal em Exercício na SR/DPF/MA, Bacharel em Ciências Contábeis / UFRJ.
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2. ECOLOGIA X PERÍCIA
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2.2. PRINCÍPIOS
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Comentários: todo laudo pericial pode ser questionado por um assistente técnico bem
preparado, implicando dúvida à autoridade judicial, seja no intuito de por a prova sob
suspeição ou apenas para que o advogado consiga extensão de prazos legais. O laudo
pericial de exame em local de dano ambiental deve ter consistência, deve ser uma peça
que detalhe com magnitude o trabalho realizado, que se sirva de alicerces suficientes
para que, quando estiver sob apreciação na justiça, atenda à sua finalidade, sem que abra
espaço para proporcionar maiores delongas aos trâmites judiciais.
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Quando se fala que uma entidade / unidade obteve o certificado ISO 14000,
significa que a mesma, após ser ter sido avaliada com metodologia de auditoria em
aspectos relacionados ao risco e nível de degradação ambiental realizado por sua linha
normal de atividade, segue padrões de produção que – em tese – minimizam em quase
zero os possíveis danos ao meio ambiente.
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5. TRILHAS DE INDICADORES
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A.2. Retirada de Solo: Observar se houve retirada de solo por ação humana, se
possível determinando os instrumentos utilizados para tanto, relacionando o dano
ambiental ao contexto geral da situação (principalmente garimpos, pedreiras, corte de
dunas, retirada de húmus). Pode ocorrer concomitantemente com A.1.
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B.1.1. Extração de Madeira: áreas onde houve extração de madeiras (nobres ou não).
Identificar troncos serrados ou cortados com ferramentas especiais.
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B.6. Vegetais Atípicos: Presença de vegetal de qualquer porte o qual seja possível
identificar como resultante de ação humana. Normalmente são árvores frutíferas ou
raízes não nativas da região, que podem vir a causar desequilíbrio ecológico.
C. FAUNA TERRESTRE.
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C.3. Presença de Animais Atípicos: resultante da ação humana direta. Ocorre quando
determinada espécie de origem estrangeira é trazida para o país para criação, exibição
ou outros motivos, mas que, por alguma razão, libertou-se e encontrou em nosso
ecossistema condições ideais para sobrevivência. É o caso de abelhas africanas trazidas
por apicultores, crocodilos trazidos do Nilo para a Amazônia para criação e abate, ou
gatos selvagens (que são atípicos à fauna brasileira). A existência de animais atípicos no
ecossistema não necessariamente implica que tenham tido origem na área examinada.
Informações obtidas junto a agrônomos e veterinários locais podem contribuir no
reconhecimento do histórico da fauna da região.
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E.2.1. Maré Vermelha: fina camada de algas na parte superior da superfície marinha,
que impede a passagem de luz e conseqüentemente da fotossíntese das algas produtoras
de oxigênio. A maré vermelha é resultante do derramamento de excessivos nutrientes
(material orgânico) nas águas marinhas, implica mortandade de vertebrados e
invertebrados marinhos.
E.3.2. Caça Predatória: indícios que levem os peritos à concluir pela existência de
caça predatória de animais típicos. (No caso de ecossistema fluvial/lacustre, são
tartarugas, jacarés e anfíbios).
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6. CONCLUSÃO
O enunciado do postulado universal e dos princípios aplicáveis aos exames
de local de dano ambiental têm por meta consolidar uma lacuna doutrinária existente no
campo, de forma a produzir parâmetros para respaldo nos casos de dúvidas relacionadas
à convivência do homem com o meio ambiente.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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