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CRIMES AMBIENTAIS:
A perícia ambiental como ferramenta de investigação
RESUMO
ENVIRONMENTAL CRIMES:
Environmental expertise as a research tool
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
industrial das populações como uma pressão negativa sobre os recursos naturais
(GARRIDO; RODRIGUES, 2017).
Moreira et al. (2022) corroboram com tal compreensão ao alertarem sobre os
impactos que práticas socioeconômicas atuais trazem para o ambiente natural:
para o fato de que ainda que os problemas ambientais sejam coletivos, os danos
ambientais podem ter caráter tanto individual como coletivamente.
Ainda de acordo com Ferreira e De Chagas (2015), um exemplo desta relação
coletiva e individual entre danos e problemas ambientais é facilmente explicada
quando há, a partir de um dado dano ambiental, o prejuízo de um grupo de pessoas
com patrimônio ou moral. Neste caso, de acordo com os autores loc. cit. o sistema
Legal prevê danos pessoais e a terceiros, sendo o comportamento individual
ambiental muito menos comum do que o comportamento coletivo.
Neste sentido, Cabreira et al. (2019) o problema do desenvolvimento social é
peculiar às sociedades de risco, diante da necessidade de reconstruir novos
modelos (não para negar os modelos tradicionais, mas para lhes dar novos
contornos) para que o direito possa responder com segurança e eficácia à
sociedade emergente- Política- necessidades econômicas, tendo em vista a
dignidade humana e uma assistência não afetada pelo meio ambiente.
Nesta direção de pensamento, Behrens (2015) discutir a assistência jurídica
ambiental não compreende apenas o combate à época destruição, mas inclui as
possibilidades e as necessidades da expansão de um pensamento sustentável que
venha reger a organização social e a racionalização da utilização dos recursos
naturais, salvaguardando o futuro da humanidade. Ainda segundo o autor loc. cit., o
desequilíbrio ecossistêmico sobre o qual tanto se falo e o qual a humanidade
percebe através do próprio aquecimento global, é uma condição multifatorial que
não envolve apenas a variável homem, mas também o próprio dinamismo terrestre
que inclui desde o aumento e redução da temperatura global, até a extinção natural
e artificial de espécies. Ainda de acordo com o mesmo autor, o meio ambiente é
uma combinação de subsídios naturais, artificiais e culturais, e fornece várias formas
de desenvolvimento pacífico da vida.
Nesta direção de pensamento, Galarraga (2019) corrobora com o supracitado
compreendendo as mudanças ambientais como um processo evolutivo estabelecido
por fatores naturais e antrópicos. De acordo com o autor loc. cit. o avanço
tecnológico e o desenvolvimento cultural exacerbaram tanto contribuem
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Para Moreira et al. (2022), justamente por esse conjunto de fatores que
envolve um dado dano ambiental, avaliar a sua extensão e seu real impacto para a
população humana pode ser uma tarefa bem difícil, já que os impactos gerados são
resultado tanto do dinamismo natural como da evolução cultural antrópica. Segundo
os autores loc. cit., ao passo que se compreende tal associação e fatores naturais e
artificiais na promoção de um dano ambiental, novas discussões Legais e de
ralações sociais passam a ser construídas.
Neste sentido, Botteon (2016) alerta para o fato de que o aquecimento global;
a extinção de espécies; e a perda de hábitats naturais mostram claramente que este
problema se torna cada vez mais sério. Segundo o autor loc. cit, na imensa maioria
dos casos, os impactos ambientais, quando considerados agudos, estão
relacionados às emissões no prazo, como acidentes e vazamentos subsequentes,
enquanto os impactos crônicos estão relacionados às emissões contínuas de óleo,
que são causadas por quebras, escoamento urbano (escoamento) causado e outros
incidentes semelhantes.
Considerando tal exposto, Pereira (2017) alerta para o fato de que uma vez
que há a demanda sobre um dado recurso, os problemas ambientais permanecem
por gerações, sendo necessário, para se combater os danos ambientais
potencialmente letais para a humanidade, a mudança de paradigmas sociais e de
padrões culturais. De acordo com o autor loc. cit., estes consumos e contínuos
desastres ambientais têm promovido a revisão dos parâmetros seguidos no
passado.
Vale aqui ressaltar que ao longo do tempo, seja em países desenvolvidos ou
em desenvolvimento, o desenvolvimento desordenado dos recursos naturais e a
poluição ambiental são suas características, sendo natural que em muitos casos
seja impossível repor seus recursos renováveis ao seu uso (LINS et al., 2021). De
acordo com os autores loc. cit., a velocidade não restaura os meios afetados. Isso
não se refere ao desenvolvimento de recursos naturais não renováveis. Ainda
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segundo os mesmos autores, esta situação acaba por levar a situações de conflito,
que se devem à restrição de bens ambientais e ao aumento da concentração
populacional, e têm resultado em processos judiciais cada vez mais complexos
envolvendo questões ambientais.
2.2 Perícia Ambiental
custos ambientais e sociais, e nos últimos anos tem sido necessário construir
teorias, princípios, métodos e ferramentas inovadores.
mesma prática forense que uma perícia criminal, mas cumpre requisitos específicos
decorrentes da questão ambiental.
Para Soares, Oliveira e Figueiredo (2017) ainda que esta espécie de perícia
atenda às necessidades específicas da preservação e da conservação dos
ambientes naturais, há uma dificuldade notória em se dimensionar o dano causado
por um dado prejuízo:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Retomando o objetivo geral traçado para este artigo, que versou sobre
compreender a atuação e os procedimentos dos peritos judiciais em caso de
acidente ou tragédia ambiental, pode-se dizer que o mesmo fora atendido já que foi
possível concluir que os laudos periciais são, muitas vezes, a única estratégica
palpável que um magistrado possui para julgar crimes ambientais, haja vista a
dificuldade de se materializar as provas para esta espécie.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Planalto Central. Lei no. 13.105 de 16 de março de 2015. Dispõe sobre o
Código de Processo Civil. Brasil: Presidência da República. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso
04 de nov. de 2022.
BRASIL, Planalto Central. Lei no. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre
as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências. Brasil: Casa Civil. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>. Acesso 04 de nov. de 2022.