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Resumo: A proposta desse trabalho tem como objetivo falar sobre a importância da
sustentabilidade e a redução dos impactos ambientais ao meio ambiente. O arremate
metodológico se pautou: na base conforme consta da referencias. Como resultados primeiros
o estudo aponta o seguinte olhar: algumas empresas já atuam no mercado com produtos
sustentáveis, visando gerar menos impacto ambiental, tanto em seu processo de produção como
também depois de seu descarte. Outro resultado: alguns usuários estão mais atentos aos
problemas ambientais, adotam medidas de proteção ambiental e assim garantindo as gerações
futuras usufruir dos recursos naturais. Conclusões: existência de produtos no mercado com
identidade sustentável como a energia solar, os produtos biodegradáveis que geram menos
resíduos no meio ambiente e a utilização de madeira de reflorestamento que evita o
desmatamento de árvores de floresta virgem.
Palavras chave: identidade, sustentabilidade e design.
Introdução
O presente trabalho tem como tema Identidade: um diálogo com o design e a semiótica.
Surgiu a partir da problemática de como os produtos sustentáveis podem ajudar a sociedade
sobre a importância da identidade sustentável, devido ao grande aumento do interesse por parte
das marcas em busca de uma visão mais sustentável quanto a fabricação de novos produtos e
embalagens no mercado brasileiro. Além da percepção dos profissionais envolvidos no
processo de criação do produto para uma redução dos impactos ambientais, o trabalho tem como
objetivos específicos descrever sobre a importância do design, apresentar produtos sustentáveis
com identidade do usuário e desenvolver um debate sobre a simbologia dos ícones e signos.
1
Acadêmica do segundo semestre do curso de Tecnologia em Design da Universidade do Estado do Amapá -
UEAP
2
Acadêmico do segundo semestre do curso de Tecnologia em Design da Universidade do Estado do Amapá -
UEAP
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Acadêmica do segundo semestre do curso de Tecnologia em Design da Universidade do Estado do Amapá -
UEAP
4
Acadêmica do segundo semestre do curso de Tecnologia em Design da Universidade do Estado do Amapá -
UEAP
5
Professora doutora, da universidade do Estado do Amapá – UEAP, lotada no curso de Tecnologia de design
docente da disciplina: Design e identidade cultural, membro do GEPEM UFPA e do grupo de pesquisa Aldeia
UEAP.
Nesse percurso, tomamos como referências, pesquisas bibliográficas e teóricos que
falam sobre identidade, design e semiótica. Com os pensamentos de que os humanos aprenderão
a viver melhor em um mundo menos exacerbado ao consumismo, mudando suas perspectivas
e selecionando melhor seus critérios de avaliação ambiental e econômica Manzini (2008); de
priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos e evitar produtos sem sentido (BÜRDEK,
2012) e ainda de prosseguir com problematizações e resoluções referente ao desenvolvimento
sustentável, contribuindo assim para os debates sobre a importância da sustentabilidade na
sociedade contemporânea e com vistas ao reencontro de uma relação equilibrada do indivíduo,
a natureza e consumo, como um meio para a preservação e desenvolvimento da vida humana.
Durante a pesquisa, enfrentamos algumas dificuldades por estarmos estudando virtualmente,
mas no decorrer dos dias fomos superando essas dificuldades, o que resultou na elaboração do
trabalho final.
Em 1992 a ONU realizou no Rio de Janeiro a conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento, reunião que ficou conhecida como Rio92, a mesma teve
a participação de 179 países que acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um documento
de 40 capítulos contendo um novo padrão de desenvolvimento que foi denominado
"desenvolvimento sustentável", a Agenda 21 é um modelo de planejamento para a construção
das sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas que concilia métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica (BEZERRA, 2020).
O design sustentável é uma alternativa com o objetivo de gerar produtos e ideias que
considerem o tripé ambiental, econômico e social que compõem os princípios
do desenvolvimento sustentável (DATTO, 2020, p. 01). Com o design sustentável busca-se
diminuir ao máximo os impactos ambientais, gerando valor econômico ao produto sem
desconsiderar o bem-estar social.
Manzini e Vezzoli (2002) afirmam que é possível conceber produtos mais sustentáveis,
utilizando-se tecnologias limpas, reduzindo-se recursos e energia utilizados na produção, dentre
alternativas que se caracterizam como novo campo de pesquisa do design.
Para Margolin e Margolin (2004), uma abordagem multifacetada pode ser usada para
abordar estás questões. Questionários de pesquisas com profissionais de serviços humanos e
designers podem conduzir a união dessas informações sobre as percepções e atitudes. Além da
pesquisa de observação participativa, sendo o ingresso dos designers em ambientes sociais
possibilitando documentar através da observação, as necessidades sociais que podem ser
atendidas pelo Design com complemento a sustentabilidade.
De acordo com Manzini (2008) essa transição para a sustentabilidade será um processo
de aprendizagem social no qual os seres humanos aprenderão gradualmente, aprendendo a viver
melhor consumido menos e regenerando a qualidade do ambiente onde vivem. Sendo essa
afirmação, uma declaração ao pensamento do ser que deseja mudar o pensamento, sabendo que
não pode partir de algum coisa ruim que aconteceu na sociedade e sim em ações positivas que
trazem vantagens para o individual e coletivo. Podendo se basear no poder de entender o
objetivo de tal transformação para a melhoria na condição de vida.
Para Manzini (2008), devem ser considerados possíveis passos a serem realizado no
projeto (design) de uma nova solução. Sendo eles: mudar a perspectiva do interesse com foco
nas atividades; imaginar soluções alternativas, planejando diferentes combinações de produtos;
avaliar e comparar várias soluções alternativas, usando critérios de avaliação econômica, social
e ambiental; desenvolver soluções mais adequadas que promovam convergência e ligações aos
produtos; promover uma abordagem sistêmica e abrir discussão sobre atuais modelos
sistêmicos dos produtos e serviços. Seguindo a mesma linha de pensamento, o Design
estratégico para a sustentabilidade requer definições de soluções sustentáveis de tal forma que
o consumo dos recursos ambientais seja reduzido e com os contextos da qualidade de vida
regenerados.
Sabemos que nosso planeta pede socorro e não podemos mais nos manter distantes dos
problemas ambientais que vemos o mundo todo passar, desde o aquecimento do planeta,
queimadas, destruição das nossas florestas, grande produção de lixo sem destinação adequada.
O ecoproduto tem se mostrado uma boa alternativa para aliviar os impactos ambientais
negativos, pois são produtos criados para não agredirem o meio ambiente.
A energia solar é uma forma de energia limpa que se dá pela conversão da luz e do calor
do sol, feitas por diversos tipos de tecnologias como painéis fotovoltaicos, usinas heliotérmicas
e aquecedores solares. Energia fotovoltaica é a conversão direta da radiação solar em energia
elétrica feita por meio de uma célula fotovoltaica composta por material semicondutor
normalmente o silício, já a energia heliotérmica é feita a partir de painéis solares que refletem
a luz solar concentrando em um único ponto na qual a um receptor que é constituído por um
líquido que é responsável pelo armazenamento do calor, que aquece a água nas usinas
produzindo vapor que movimenta as turbinas que acionam geradores que produzem energia
elétrica.
Painéis solares
Além disso, o conceito principal para uma espécie utilizada para o reflorestamento
comercial é o tempo de produção e crescimento, a qualidade da madeira e o valor no mercado.
Segundo IBF (2020), as principais espécies comerciais são: Pinus, Eucalipto, Ganadi, Ipê,
Mongo Africano e Teca.
Floresta de Reflorestamento
Fonte: (FAZENDA JOA, 2020)
Dentro do signo há uma espécie de olhar, caracterizado pelo ícone que aparece como a
qualidade na relação com o objeto, possuindo semelhança através da forma e sentindo. Neste
contexto, como o Design tem um uma grande relação com outras áreas para essa construção do
sentindo e estética do objeto. Para Lucca (2012) ele tem o poder de criar a identidade do
produto, propor pesquisas que dão origem a comunidades artesanais e unificar as diversas
experiências existentes. Identificando com base nas embalagens dos objetos apresentados no
capítulo acima, uma representação do signo a partir da identificação da cor verde e o desejo de
folhas na embalagem, remetendo a uma visão de sustentabilidade e identidade do produto.
Propondo uma comunicação clara com o usuário, possibilitando o fácil entendimento da
proposta sustentável do produto através da estética, ética e lógica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fizemos essa pesquisa para mostrar como o design pode colaborar com a
sustentabilidade e como a sociedade se relaciona com os produtos sustentáveis. As empresas já
atuam no mercado com produtos sustentáveis, que visam satisfazer as necessidades de seus
usuários e ao mesmo tempo gerar menos impacto ambiental, tanto em seu processo de produção
como também depois de seu descarte.
Hoje os usuários estão muito mais atentos aos problemas ambientais e como eles afetam
o meio ambiente, a sociedade e como podemos garantir que as gerações futuras também possam
usufruir dos recursos naturais, tomando como base o respeito pelo meio ambiente e o bem-estar
social. Alguns produtos apresentados nessa pesquisa já expressam a identidade sustentável
como a energia solar que é uma forma de energia limpa que gera o mínimo de impacto
ambiental, os produtos biodegradáveis que se decompõem em poucos meses gerando assim
menos resíduos no meio ambiente e a utilização de madeira de reflorestamento que evita o
desmatamento de árvores de floresta virgem.
Desejamos assim, que essa pesquisa aumente a curiosidade e vontade dos leitores de
conhecer produtos ecologicamente corretos, que busquem cada vez mais leituras sobre outros
processos e produtos que geram menos impactos ambientais, no intuito de agregar mais
conhecimento sobre esse assunto tão importante nos dias atuais.
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