Este documento discute o déficit habitacional na cidade de Manacapuru no Amazonas e analisa o Residencial Ataliba David Antônio construído pelo programa Minha Casa Minha Vida. O déficit habitacional na região metropolitana de Manaus em 2019 era de 133.493 pessoas. O residencial foi construído em 2014 com 1.000 unidades, porém ficava afastado dos serviços da cidade e causou segregação socioespacial.
Este documento discute o déficit habitacional na cidade de Manacapuru no Amazonas e analisa o Residencial Ataliba David Antônio construído pelo programa Minha Casa Minha Vida. O déficit habitacional na região metropolitana de Manaus em 2019 era de 133.493 pessoas. O residencial foi construído em 2014 com 1.000 unidades, porém ficava afastado dos serviços da cidade e causou segregação socioespacial.
Este documento discute o déficit habitacional na cidade de Manacapuru no Amazonas e analisa o Residencial Ataliba David Antônio construído pelo programa Minha Casa Minha Vida. O déficit habitacional na região metropolitana de Manaus em 2019 era de 133.493 pessoas. O residencial foi construído em 2014 com 1.000 unidades, porém ficava afastado dos serviços da cidade e causou segregação socioespacial.
A habitação popular e os rumos da fronteira urbana nas cidades
amazônicas: analise do Residencial Desembargador Ataliba David Antônio –
Programa Minha Casa Minha Vida
Francisco Igo Said Pinheiro – Bolsista Fapeam/CNPq
Problema: O déficit habitacional brasileiro que dá sustento a operalização das
ações do PMCMV provém de pesquisas realizadas pelo IBGE, Fundação João Pinheiro – FJP e Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Continua – PNADC. Recentemente, dados do Cadastro Único sobre adensamento domiciliar foram incorporados aos cálculos do déficit. Se tratando do PMCMV, o principal objetivo preconizado em sua legislação diz respeito do acesso à moradia adequada a população. Diante disso, para se ter acesso ao programa é necessário que o indivíduo esteja inserido nos grupos que compõem o déficit habitacional quantitativo local. Entretanto, a legislação do PMCMV não define, tampouco diferencia o contingente caracterizado como déficit habitacional daqueles cuja moradia apresentam algum tipo de “inadequação domiciliar”. Segundo o Plano Nacional de Habitação para se ter efetividade nos programas sociais do setor seria necessário subsídios para que unidades domiciliares em condições precárias - que configurassem déficit - pudessem realizar reparos na estrutura, bem como a regularização fundiária. Dessa maneira, o programa alcançaria o publico carente de moradia, ao passo que realizaria melhorias na infraestrutura urbana em parceria com o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Contudo, há o interesse do mercado imobiliário imbricado a política publica, onde constroem-se residenciais verticais ou casas do tipo geminadas em regiões longínquas, sem acesso a serviços e equipamentos comunitários, em cidades aquém do planejamento urbano e que a nova política estabelecida nas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS configuram o avanço das fronteiras do capital nos espaços urbanos ainda não capitalizados. Tese: O déficit habitacional urbano amazonense em 2019 representava 133. 493 pessoas na busca pela casa própria, onde a Região Metropolitana de Manaus – RMM concentrava 68,7% de todo o déficit estadual (FJP, 2019). A cidade de Manacapuru/AM além de pertencer a RMM possui expressiva notoriedade cultural, social e econômica para o estado. Limítrofe as cidades de Manaquiri, Iranduba, Novo Airão, Beruri, Caapiranga e Anamã, segundo estimativa populacional do IBGE (2020) a população da cidade estava em torno de 98. 502 munícipes. O elevado fluxo migratório para a cidade tem inicio na década de 80 quando a cidade - assim como boa parte das cidades brasileiras – tornaram-se predominantemente urbanas. Mais recentemente, na primeira década do século XXI as demandas sociais expuseram os resultados do mau gerenciamento urbano na cidade, sendo a moradia a principal necessidade da população. Desde o final do Banco Nacional de Habitação, em 1986, um hiato marcou a produção de moradias sociais no país, ficando a cargo das secretarias estaduais e municipais captarem recursos para a produção local no setor. Através da SUHAB e Prefeitura Municipal de Manacapuru, foram edificados e entregues dois residenciais: Eduardo Braga I e II, no bairro do Novo Manacá. Após isso, em 2010, por intermédio do Programa Minha Casa Minha Vida (2009), foram retomadas obras no setor após a aprovação do projeto de construção do Residencial Ataliba David Antônio, com recursos provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Orçamento Geral da União. A Prefeitura de Manacapuru a partir daquele momento passaria a ter a função de Entidade Organizadora - EO, a qual desempenharia papel nos tramites burocráticos que envolviam o planejamento, gerenciamento e execução, bem como a chamada licitatória para contratação de construtora. Em 2014 foram entregues 1.000 unidades verticalizadas ao longo da Rodovia AM/070 – km 10 (Rodovia Manuel Urbano), com apenas um equipamento comunitário disponível as famílias, o centro de ensino de tempo integral. Demais serviços que subsidiam a vida estavam na distancia média de 5 km que separam o centro comercial da cidade e o condomínio, caracterizando a segregação socioespacial, mas também territorial do ponto de vista de ações que, concomitantemente as obras, puderiam minimizar os reflexos de uma nova territorialização, integrando a população ao direito de acesso igualitário assim como os demais habitantes da cidade.
OBJETIVO
Geral: Analisar o processo da produção de moradias populares construídas na
cidade de Manacapuru-AM, entre a infraestrutura, o nível de satisfação dos moradores do Residencial Ataliba David Antônio e as competências dos poderes públicos no planejamento urbano.
Específicos:
- Enumerar os equipamentos urbanos implantados no entorno por conta da
construção do Residencial e quais as estratégias de acesso:
- Identificar a situação dos apartamentos;
- Aplicar formulários (10%) para moradores com ênfase na mudanças de hábitos e
na qualidade de vida.
METODOLOGIA: a) Levantamento de dados bibliográficos acerca da literatura
sobre cidades, planejamento urbano, moradias e políticas publicas habitacionais – PMCMV; b) Uso de notas técnicas da FJP, PnadC sobre déficit habitacional e download de variáveis socioeconômicos das respectivas bases de dados; c) tabulação dos dados coletados em campo (100 questionários).
Políticas públicas de regularização fundiária como instrumentos de concretização do direito fundamental à moradia: a implementação de políticas habitacionais no município de Camaçari-BA a partir de 2010