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REFERÊNCIA

FERNANDES, Florestan. A etnologia e a sociologia no Brasil. Editora: Anhambi, São


Paulo, 1958.

ROTEIRO DE LEITURA

1. Identifique o/a autor/autora(es) e resumo do(s) seus currículo(s) (Buscar informações


sobre o autor do texto, estritamente ligadas a sua formação acadêmica - graduação, mestrado,
doutorado, etc- principais trabalhos produzidos e atuação profissional. Uma dica é buscar na
plataforma lattes, no item “buscar currículo” - http://lattes.cnpq.br/ ).

O autor Florestan Fernandes, não possui curriculum lattes, as informações


encontradas sobre, foram através de pesquisas no site, para assim ser apresentada de forma
resumida. https://brasilescola.uol.com.br/biografia/florestan-fernandes.htm
Em relação ao autor Fernandes, foi um dos principais sociólogos brasileiros que
desenvolveu análise complexa sobre a estrutura social brasileira, marcada na época do
racismo e desigualdade social. Além da formação de sociólogo, o autor também foi
antropólogo, escritor, político e professor brasileiro. De origem humilde, trilhou os caminhos
de sua carreira aos 20 anos de sua carreira na Universidade de São Paulo, até o ano que foi
exilado, devido sua promulgação do AI-5. Desde o inicio de sua carreira dedicou-se ao estudo
etnológico dos índios tupinambá.
Na década de 1950, estudou os resquícios da escravidão, racismo e a difícil inserção
da população negra na sociedade que na época era dominada por pessoas brancas. Em 1941,
aos 21 anos de idade, iniciou seu bacharelado em Ciências Socias na Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências humanas, na Universidade de São Paulo (USP), graduou-se em 1943 e em
1944, graduou-se na licenciatura em Ciências Sociais. No ano de 1944 a 1946, cursou
mestrado em Antropologia pela Escola Livre de Sociologia e Política, vincula à Universidade
de São Paulo, na qual iniciou sua pesquisa sobre os índios Tupinambá.
Em 1945, ingressou como professor no Ensino Superior, foi professor assistente do
professor Fernando Azevedo, seu orientador de mestrado e doutorado na USP, na mesma
época filiou-se ao partido Socialista Revolucionário (PSR). Em 1947 defendeu sua dissertação
de mestrado e em 1951 defendeu sua tese de doutorado na USP.
Prosseguindo do ano de 1953, 1964, 1972, 1987 a 1994, Fernades teve grandes
trajetórias no decorrer de sua carreira, tanto como pesquisador, professor, políticas, foi preso
devido o golpe militar, foi solto, lutou pelo partido dos trabalhadores (PT), dentre outras
funções que ele acreditava contribuir com a sociedade. Com seu livro Corpo e Alma do
Brasil, publicado em 1964, recebeu o Prêmio Jabuti, um dos mais importantes prêmios
literários do país, e, por sua contribuição ao desenvolvimento da pesquisa na Sociologia, foi
agraciado postumamente com o Prêmio Anísio Teixeira, em 1996.
Assim como também participou das primeiras discussões na formulação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) que foi promulgada em 1996 e registrada
como Lei 9.394/96. No ano de 1995, foi submetido a um transplante de fígado e não obteve
sucesso, falecendo em 10 de agosto, aos 75 anos de idade. As obras do autor são amplas,
frutos de sua carreira acadêmica de mais 40 anos, no total de mais de 50 livros, inúmeros
ensaios e artigos.
Citar-se-á algumas de suas principais obras:
 Organização social dos Tupinambá (1949);
 A função social da guerra na sociedade Tupinambá (1952);
 A etnologia e a sociologia no Brasil (1958);
 Fundamentos empíricos da explicação sociológica (1959);
 Mudanças sociais no Brasil (1960);
 A integração do negro na sociedade de classes (1964);
 Corpo e alma do Brasil (1964);
 Sociedade de classes e subdesenvolvimento (1968);
 Capitalismo dependente e Classes sociais na América Latina (1973);
 A revolução burguesa no Brasil: Ensaio de Interpretação Sociológica (1975);
 Da guerrilha ao socialismo: A Revolução Cubana. (1979);
 Poder e Contrapoder na América Latina (1981).

Sobre seu legado e morte, suas obras serviram de fundamental importância para
compreender a sociedade brasileira.

2. Quando o texto foi publicado? (Ano de publicação, edição do livro). Identifique o tipo de
texto (artigo científico, capítulo, memorial, biografia etc.).
O texto trata-se do livro “A etnologia e a sociedade no Brasil” dividido em IX
capítulos, escrito pelo autor, Florestan Fernandes. O livro foi publicado no ano de 1958, no
idioma em Português, pela editora Anhambi, na cidade de São Paulo.

3. Qual o tema do texto? (ATENÇÃO: título do texto não é o tema! O tema é algo mais
abrangente e consiste numa definição genérica do que se pretende pesquisar e abordar no
texto.)

Acerca da leitura, compreende-se no que se delimita o título “A etnologia e a


sociedade no Brasil”, o foco do autor sustenta o tema acerca da importância da evolução e
renovação sobre os estudos etnológicos no Brasil, até chegar a etnologia moderna. Deste
modo, a etnologia tem se tornado uma disciplina integrada aos acadêmicos nas universidades.
Segundo o autor, os estudos etnográficos no Brasil têm se expandido muito em
relação a prática ou pesquisas em instituições oficiais, até mesmo particulares que tratam-se
de setores que dão apoio aos pesquisadores, em relação a capacidade de trabalhos
especialistas tantos, nacionais, quantos estrangeiros, e assim visa ampliar conhecimentos
enriquecedores sobre as histórias de diversas etnias e raças. Dentre outros conceitos e
situações que ocorreram no tempo e após a colonização no Brasil.
Deste modo, é salientado no decorrer do texto sobre as pesquisas de muitos teóricos,
mediante suas percepções e hipóteses. Bem como foram desenvolvidos diversos conceitos por
antropólogos, sociólogos, etnólogos, dentre outros pesquisadores que possuem como foco as
pesquisas regionais, locais e nacionais, referente aos povos indígenas, negros, dentre outros
no Brasil.

4. Quais objetivos do texto? Quais perguntas o(s) autor(es) pretende responder (Todos os
textos têm um objetivo! Os autores elaboram perguntas sobre um tema e o texto/pesquisa tem
por objetivo responder essas perguntas.)

O objetivo do texto é ressaltar a trajetória do desenvolvimento das teorias da


etnologia moderna no Brasil, assim como sua evolução, que partiu especialmente por meio
das obras de investigadores estrangeiros. E que conciliou com as pesquisas etnológicas
brasileiras. O autor evidencia diversos conceitos teóricos no decorrer do texto, e mediante à
leitura consegue-se visualizar as respostas respondidas em relação as perguntas evidenciadas
por ele.
Como seguimento das evidências, em relação à temática, tudo se expandiu mediante
à criação do ensino universitário de Ciências Sociais, vinculados com o contrato e
permanência de mestres estrangeiros que ministraram as disciplinas, nos principais centros
universitários, sobre o desenvolvimento de pesquisas etnográficas e política indigenista, com
o respaldo de especialistas no campo da etnologia.
Desde então, surgiram inúmeras possibilidades de desenvolvimento do ensino de
pesquisa, que serviram como embasamento para que os pesquisadores se sentissem aptos, a
encarar os desafios sobre a investigação etnológica nos país, até mesmo os especialistas
brasileiros pesquisadores, obtiveram resultados em suas pesquisas e acabaram conciliando
com as pesquisas dos especialistas estrangeiros. E assim ampliação das pesquisas etnológicas
evoluíram no decorrer dos séculos, visto que no século atual, a mesma tem sido mais
inspirações para muitos pesquisadores, brasileiros e estrangeiros.

5. Qual é o contexto do estudo: local, período e atores (ou sujeitos) envolvidos? (Podem ser
agentes sociais – indígenas, instituições; podem ser documentos; identificar se é local,
regional ou nacional; identificar qual o período específico do estudo).

Compreende-se que o contexto do texto, se delimita em um estudo nacional, porque


apesar do autor salientar sobre os teóricos estrangeiros que contribuíram com o
desenvolvimento da etnologia moderna na sociedade, ainda assim, retrata muito sobre
pesquisadores, etnólogos, sociólogos, historiadores, e diversos povos indígenas, direcionados
ao Brasil, sendo estes os sujeitos envolvidos na pesquisa.
Da mesma forma embasa sobre as contribuições das universidades tanto públicas,
quanto particulares que corroboraram com os acadêmicos pesquisadores, sustentando-os com
mestres especializados na área de pesquisa. No que diz respeito a Introdução à Antropologia
Brasileira, o autor exala que seu primeiro volume, salienta sobre as culturas dos povos
aborígenes e africanos, já no segundo volume, é mencionada as culturas europeias, e também
de outros povos colonizadores que envolvem os contatos raciais e culturais.
De tal modo que, o autor cita autores que conciliaram o aperfeiçoamento dos estudos
etnológicos que partiram de pesquisas, assim com os agrupamentos indígenas brasileiros,
sendo umas das pesquisas realizadas por especialistas estrangeiros como: Karl Friedrich
Philipp von Martius, Karl von den Steinen, Henri Coudreau, Paul Ehrenreich, Max Schmidt,
Theodor Koch-Grünberg, Fritz Krause, Antonio Colbacchini e, mais tarde, Cesar Albisetti,
Alfred Métraux, dentre outros.
6. Qual a área de conhecimento da publicação? Qual a metodologia aplicada e quais são os
materiais analisados/interpretados no texto? (Documentos, bibliografia, entrevistas – dados
qualitativos, quantitativos).

Diante do que foi exposto no texto, percebe-se que o autor utilizou contribuição das
pesquisas bibliográficas embasadas em outros autores que também discutem assuntos
relevantes sobre à temática em questão, ou seja, foram utilizados fundamentos e concepções
de teóricos que possuem conhecimento em relação a ampla história cultural das relações
raciais no Brasil.
Visto que, acerca das concepções de determinados teóricos o autor elucida sobre a
evolução dos estudos etnológicos dos investigadores pioneiros, de nacionalidade brasileira e
estrangeiros. Sobre as pesquisas etnológicas também são especificadas que foram exploradas,
por pesquisadores estrangeiros, como uso de instrumento racional para exemplificarem a
realidade brasileira.
Sendo assim, acredita-se que essas fontes abordadas pelo autor, somaram por meio
dos dados qualitativos e quantitativos que resultaram sobre os fatos e evidências empíricas,
sistematizadas nas pesquisas bibliográfica e de campo, sobre os problemas evidenciados no
Brasil, e que são abordados nas pesquisas etnológicas, na qual sempre são abordados sobre
raças e culturas de diversos povos.

7. Quais os conceitos utilizados pelo(s) autores: identificar os principais conceitos explorados


ao longo do texto, destacando e apresentando a definição e autores de referência utilizados.

Mediante os termos explorados, pelo autor no decorrer dos textos em cada capítulos,
este aborda as concepções determinadas por pesquisadores, o que costumam apresentar em
suas teses, pesquisas monográficas, etnográficas, artigos, etc. Em questão na maioria das
vezes voltados sempre à temática das adversidades, lutas e conquistas de muitos povos, na
qual não são envolvidos somente os povos indígenas, mas sim a diversidades raciais como a
histórias dos negros no tempo da escravidão e os preconceitos e discriminações enfrentados
por eles.
Em linhas gerais, percebe-se que os conceitos mais utilizados pelo autor na
explanação do texto no decorrer dos capítulos, remete muito sobre os indígenas, escravidão,
sociedade, folclore, cultura, dentre outros temas que envolvem a história brasileira e latino-
americana.
De modo, dá a compreender que o alvo teórico da pesquisa, é elucidada em relação
as condições sociais, em que se processaram os contatos e culturais, assim como os povos
raciais e culturalmente heterogêneos, dentre outros fatores.

8. Quais os resultados obtidos? Qual a conclusão do(s) autor(es)? (é importante registrar os


principais resultados e argumentos que levaram o(s) autor(es) a um entendimento, e não
apenas as conclusões).

No que diz respeito ao desenvolvimento da história da etnologia no Brasil, suas


concepções dos séculos passados, permanecem como grandes contribuições aos universitários
que possuem o mesmo ponto de vista, no século atual. Acredita-se que os resultados obtidos,
transcendem na referência dos conhecimentos empíricos específicos das investigações e dos
alvos teóricos mais gerais das explicações cientificas que delimitam à conclusão do foco da
pesquisa no texto.
Com base nesse contexto, o autor ressalta que a transformação da pesquisa de campo
e da pesquisa de reconstrução histórica, se amplia, mediante o influxo do padrão positivo de
pesquisa fundamental, que se relaciona de forma equilibrada, mediante aos conhecimentos
empíricos específicos e dos alvos teóricos mais gerais das investigações.
O mesmo também compila que os estudos de pesquisas podem até evoluir, porém, ao
ver dos teóricos,” nenhum progresso será duradouro e efetivo se os etnólogos brasileiros não
se empenharem diretamente na alteração do estilo dominante de labor etnológico”. Isso
devido que atualmente, que apesar dos pesquisadores, possuírem maiores oportunidades e
contribuições financeiras pelas instituições, para as investigações etnológicas, ainda assim
deixam a desejar e pouco fazem em relação às pesquisas.
Assim sendo, o autor frisa que enquanto, nenhum pesquisador visualizar mudança
nessa área, se subordina à própria capacidade da sociedade brasileira de se ajustar
institucionalmente às exigências da civilização científica e do mundo moderno. As pesquisas
etnológicas não terá valorização no mundo moderno, visto que são essas pesquisas que
constatam o que acontece na sociedade brasileira.
Como resultados almejados, serviram como embasamentos teóricos autores que
desempenharam alguma influência no ensino da etnologia no Brasil, como: Herbert Baldus,
Emílio Willems, Claude Lévi-Strauss, Kalervo Oberg, Arthur Ramos e Roger Bastide, dentre
outros, mediante os limites em que a sociologia entra em confluência com a etnologia, no
estudo das culturas africanas, e que basearam-se nas teorias etnológicas e de seus
fundamentos metodológicos.

9. Qual a relação entre as informações lidas no texto com a sua própria vida e prática
profissional e/ou acadêmica? Qual a principal contribuição do texto, na sua opinião?

No que diz respeito às percepções norteadas pelo autor, exalada de forma explicita
em relação aos conhecimentos expelidos sobre as pesquisas etnológicas, e sua revolução no
Brasil, servirá de grande relevância para minha trajetória acadêmica, porquanto contribuirá e
ampliará meus conhecimentos mútuos, sobre determinados conceitos que antes não eram
compreendidos por mim.
Da mesma forma contribuirá com minha vida pessoal, porque ao meu ver,
atualmente, temos muito apoio em relação à prática de pesquisas, isto é, existem bem mais
oportunidades como contribuição de financiamentos por parte de muitas instituições que
corroboram com o desenvolvimento das pesquisas etnológicas e de tal forma podem
contribuir com o campo de pesquisa e que essas oportunidades devem ser valorizadas.

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