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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS


COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA BRASILEIRA PERÍODO: 2019.1
DOCENTE: RAIMUNDO NONATO FERREIRA
DISCENTE: ANTONIO ANDRESON O. SILVA.

SINTÉSE DE CONTEÚDO

TEXTO 3: A antropologia no Brasil: um roteiro. Melatti.

Como apresentado no texto do Laraia sobre o percurso da antropologia


brasileira, Melatti apresenta uma das versões que demonstra a trajetória do campo
antropológico no país.
O material discorrido no texto constitui fascículo que integra a coleção do curso
de introdução a antropologia ministrado na Universidade de Brasília, o autor destaca
ainda que sendo objeto do texto discorrer sobre a trajetória da antropologia no Brasil
será dado um destaque maior para a construção do campo etnológico por duas razões: a
primeira por ser um dos primeiro é a quantidade de trabalhos desenvolvidos ao longo da
história com a constituição das ciência sociais, algo que antecedeu a antropologia
enquanto disciplina, e o segundo que o curso foi pensando a priori para a temática
etnológica.
O autor inicia o texto com o período cronista momento que remete as primeiras
incursões no Brasil onde os principais estudiosos eram constituídos por médicos,
historiadores, poetas etc. o autor trás destaque para que um dos primeiros cronistas
foram os viajantes/navegadores que se aventuraram em buscar ‘descobrir’ novos
territórios e com isso desvelaram novas culturas, reconhecendo a carta de Pero Vaz de
Caminha como um desses primeiros relatos etnológico.
No Brasil o campo etnográfico ainda não era difuso uma vez que as
universidades ainda não estavam operando com essa disciplina, alem de boa parte dos
estrangeiros não eram formados na área da etnologia e possuíam apenas formações
especificas realizada em centro no exterior que possuía a oferta dessa especialidade.
Isso ocorre porque a Etnologia que o autor busca apresentar no texto não deve ser
entendida apenas como uma ciência voltada para os estudos de povos tradicionais como
os indígenas e sim abrangendo uma perspectiva da Antropologia Cultural e Social.
Esse interesse do destino, por assim dizer, dessas comunidades e todo que a ela
pertence passa a ser uma preocupação desses pesquisadores, uma vez que aquelas
comunidades representavam a formação do povo brasileiro, ainda que preocupados com
o impacto do contato interétnico entre os europeus e povos tradicionais.
Desse modo uma das primeiras vertentes foi estudar o negro, o índio, e suas
formações econômicas, políticas e estruturas de parentescos, assim como busca pela
compreensão do significado atribuído aos ritos e símbolos trabalhados por diversos
estudiosos que vieram para o Brasil com o intuito de compreender esses fenômenos.
A criação das primeiras universidades e com elas as cátedras de ciências sociais
beneficiaram o desenvolvimento da antropologia no país, de forma que os primeiros
estudantes brasileiros que foram frutos dessas instituições ingressam em programas de
pós-graduação no exterior. Isso foi graças a influencia dos professores estrangeiros que
estavam ministrando aula no país, desse modo muito da influência dos estudos no
campo da antropologia brasileira é proveniente de uma influência norte-americana em
buscar estudar os povos da America latina, incluindo o Brasil.
Após essa extensa e detalhada exposição da maneira como os estudos no campo
da construção antropológica, a década de 30 foi marcada por estudos que buscavam
compreender principalmente a cultura no país, mudanças e demais processos que
incidiram diretamente pelo uso da teoria funcionalista na compreensão do impacto do
contato interétnico. A década de 40 até meados de 50 predominou o estudo de
comunidade, enquanto anteriormente eram pensados em visitas curtas em várias tribos,
comunidades ou grupos étnicos, agora as pesquisas estariam dedicadas à observação
direta de pequenas sociedades tribais. Essa corrente de pesquisa sofreu críticas por
pensar que essas comunidades estariam desvinculadas da sociedade mais ampla ou
desdenhar da documentação histórica.
Com isso surgem outras perspectivas de estudos durante o passar das décadas o
folclore e a relação de negros e brancos no país também constitui um número
representativo dos trabalhos desenvolvidos na época. Na década de 60 após a difusão
dos novos cursos de etnologia com a abertura do Museu do Índio por Darcy Ribeiro e
outros curso de vertente antropológico permite uma desenvolvimento da área etnológica
demonstrando um claro crescimento e difusão do campo.

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