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PARTE I
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
PARTE II
SISTEMA EDUCATIVO
PARTE III
SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES
PARTE IV
REGIME DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Estatuto do formando
Decreto-Regulamentar nº 16/2005, de 26 de Dezembro……………………………...460
Contrato de aprendizagem1
Decreto-Legislativo nº 5/2007, de 16 de Outubro…………………………………….498
PARTE V
ESTRUTURAS E ORGÃOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
E PROMOÇÃO DO EMPREGO
CABO
VERDE
PARTE I
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
(Na redacção dada pela Lei Constitucional nº 1//VII/2010, de 3 de Maio, que revê a
Constituição da República de Cabo Verde)
(…)
Artigo 42º
(Direito de escolha de profissão e de acesso à Função Pública)
(…)
Artigo 50º
(Liberdade de aprender, de educar e de ensinar)
(…)
Artigo 56º
(Participação na direcção dos assuntos públicos)
(…)
Artigo 61º
(Direito ao trabalho)
Artigo 62º
(Direito à retribuição)
1. Os trabalhadores têm direito a justa retribuição segundo a quantidade, natureza e
qualidade do trabalho prestado.
(…)
Artigo 65º
(Liberdade de inscrição em sindicatos)
Artigo 66º
(Direitos dos sindicatos e associações profissionais)
1. Para defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, é reconhecido aos sindicatos o
direito de, nos termos da lei, participar:
Artigo 67º
(Direito à greve e proibição do lock-out)
3. É proibido o lock-out.
(…)
Artigo 70º
(Direito à segurança social)
1. Todos têm direito à segurança social para sua protecção no desemprego, doença,
invalidez, velhice, orfandade, viuvez e em todas as situações de falta ou diminuição de
meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
2. Incumbe ao Estado criar as condições para o acesso universal dos cidadãos à
segurança social, designadamente:
3. O Estado incentiva, regula e fiscaliza, nos termos da lei, a actividade das instituições
particulares de solidariedade social e de outras de reconhecido interesse público, com
vista à prossecução dos objectivos de solidariedade social consignados na Constituição.
(…)
Artigo 75º
(Direitos dos jovens)
2. O estímulo, o apoio e a protecção especiais aos jovens têm por objectivos prioritários
o desenvolvimento da sua personalidade e das suas capacidades físicas e intelectuais, do
gosto pela criação livre e do sentido do serviço à comunidade, bem como a sua plena e
efectiva integração em todos os planos da vida activa.
Artigo 76º
(Direitos dos portadores de deficiência)
(…)
Artigo 78º
(Direito à educação)
Artigo 79º
(Direito à cultura)
1. Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar,
defender e valorizar o património cultural.
(…)
Artigo 241º
(Função Pública)
(…)
Artigo 251º
(Garantia dos cidadãos que prestam serviço militar)
PARTE II
SISTEMA EDUCATIVO
A actual Lei que aprovou as Bases do Sistema Educativo data de 1990 (Lei nº 103/III/90
de 29 de Dezembro), tendo sido revista pela Lei n.º 113/V/99, de 18 de Outubro que, no
essencial, introduziu os normativos atinentes à regulamentação do ensino superior em
Cabo Verde.
Desde logo, atento aos objectivos plasmados no Programa de Governo para a presente
VII Legislatura, nesta revisão da lei de Bases do Sistema Educativo salienta-se a
necessidade de regulação mais apropriada do subsistema de ensino pré-escolar,
privilegiando o desenvolvimento de uma política integrada com vista a ampliar as
condições para a generalização da educação pré-escolar, ao mesmo tempo que se
clarifica o papel do Governo, sobretudo no que tange, de um lado, às medidas de
coordenação, de orientação pedagógica e de formação do pessoal concernentes e, de
outro lado, quanto à determinação dos objectivos gerais e diversos dispositivos para a
educação das crianças antes da escolaridade obrigatória.
Com efeito, prevê-se que o novo modelo de ensino básico compreenda três ciclos
sequenciais, sendo primeiro de quatro anos e o segundo e o terceiro de dois anos cada,
em articulação sequencial progressiva, conferindo-se a cada ciclo a função de
completar, aprofundar e alargar o ciclo anterior, numa perspectiva de unidade global do
ensino básico.
Por outro lado, decorrente dos reflexos imediatos da opção e medida do alargamento do
ensino básico, recorta-se neste diploma uma nova formatação curricular do subsistema
de ensino secundário.
Assim, o ensino secundário, que passará a ser de quatro anos, compreenderá dois ciclos
de dois anos cada, prevendo que o 1º ciclo abarque o 9º e o 10º Anos de escolaridade –
com uma via geral, que constitui um ciclo de consolidação do ensino básico e de
orientação vocacional4 – e o 2º ciclo, abrangendo o 11º e o 12º Anos de escolaridade,
com uma via geral e uma via técnica profissionalizante.
Deste modo, aos alunos que tenham completado o 12º Ano de escolaridade deverá ainda
ser assegurada a possibilidade de frequência de mais um ano complementar de
formação, de especialização em determinada área de actividade profissional.
Com efeito, decorrente dos reflexos imediatos das opções curriculares recorta-se neste
diploma uma nova formatação curricular do subsistema de ensino secundário.
De resto, com este novo modelo do ensino secundário, implicando adaptação de novas
matrizes curriculares específicas, criam-se igualmente condições adequadas ao
estabelecimento de um quadro favorecedor da implementação articulada da formação
complementar profissionalizante, na linha do reforço da integração entre o sistema
educativo e o sistema de formação profissional, proporcionando uma rápida transição
dos jovens da escola para o mundo do trabalho.
4 Foi, para o efeito, criada a Unidade Nacional de Orientação Escolar Vocacional Profissional (UNOEVP),
pela Portaria conjunta nº /2010, de 15 de Fevereiro.
Nesta revisão, opta-se ainda pela eliminação do grau académico de bacharelato, assim
como o grau de ensino médio do sistema educativo formal, atento à dimensão actual da
oferta formativa do mercado, em que instituições privadas se pontificam.
Outrossim, com realce para a integração escolar efectiva das crianças e jovens com
necessidades educativas especiais (NEE), a presente revisão da LBSE propugna também
o fortalecimento da educação especial, implicando uma nova abordagem metodológica
de ensino e aprendizagem específicas, quer em relação aos educandos portadores de
deficiência quer quanto aos educandos sobredotados.
Conforme acima ficou assinalado, nesta revisão pretende-se dar especial atenção à
qualificação do pessoal docente, que constitui um recurso fundamental para o sucesso
dos objectivos traçados nos diversos subsistemas do sistema de ensino em Cabo Verde.
Também, neste diploma, dá-se especial ênfase à política de afirmação da língua nacional
cabo-verdiana, enquanto língua materna e património cultural da cabo-verdianidade,
visando o aprofundamento do conhecimento e da afirmação da escrita da língua
nacional cabo-verdiana, enquanto primeira língua de comunicação oral.
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Âmbito do sistema educativo
O sistema educativo abrange o conjunto das instituições de educação que funcionem sob
a dependência do Estado ou sob sua supervisão, assim como as iniciativas educacionais
levadas a efeito por outras entidades.
Artigo 3º
Competência
Artigo 4°
Direitos e deveres no âmbito da educação
3. O Estado, através dos seus órgãos competentes, dinamiza por diversas formas a
participação dos cidadãos e suas organizações na concretização dos objectivos da
Educação.
CAPÍTULO II
Objectivos e princípios gerais do sistema educativo
Artigo 5°
Objectivos e princípios gerais
Artigo 6°
Livre acesso ao sistema educativo
Artigo 7°
Educação e projecto nacional de desenvolvimento
Artigo 8°
Funcionalidade da educação
Artigo 9°
Educação e identidade cultural
Artigo 10°
Objectivos da política educativa
CAPÍTULO III
Organização do sistema educativo
Secção I
Estrutura, obrigatoriedade e definição curricular
Artigo 12º
Estrutura
Artigo 14º
Gratuitidade
Artigo 15º
Currículo
1. Para efeitos do presente diploma, entende-se por currículo nacional, o conjunto das
aprendizagens a desenvolver pelos alunos que frequentem o sistema e os subsistemas
educativos referidos no artigo 12.º
Secção II
Educação pré-escolar
Artigo 16º
Caracterização e âmbito
Artigo 17º
Objectivos
Artigo 18º
Organização
Secção III
Educação escolar
Subsecção I
Ensino Básico
Artigo 19º
Caracterização
Artigo 20º
Ingresso
Artigo 21º
Encargos de frequência
Os encargos de frequência do ensino básico são suportados pelo Estado, bem como
pelas famílias, nos termos do disposto no nº 3 do artigo 78º deste diploma.
Artigo 22º
Objectivos
São objectivos do ensino básico:
a) Favorecer a aquisição de conhecimentos, hábitos, atitudes e habilidades que
contribuam para o desenvolvimento pessoal e para a inserção do indivíduo na
comunidade;
b) Desenvolver capacidades de imaginação, observação, reflexão, como meios de
afirmação pessoal;
c) Fomentar a aquisição de conhecimentos que contribuam para a compreensão e
preservação do meio circundante;
d) Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
e) Desenvolver atitudes positivas em relação às questões ambientais;
f) Despertar o interesse pelos ofícios e profissões;
g) Desenvolver atitudes, hábitos e valores de natureza ética;
h) Promover o domínio da língua portuguesa como instrumento de comunicação e
de estudo, reforçando a capacidade de expressão oral e escrita dos educandos;
i) Proporcionar a aprendizagem de uma língua estrangeira e a iniciação facultativa
de uma segunda, nas escolas que reúnam condições para o efeito;
j) Promover o conhecimento, apreço e respeito pelos valores que consubstanciam a
identidade cultural cabo-verdiana.
Artigo 23º
Organização
1. O ensino básico tem a duração de oito anos e compreende três ciclos sequenciais,
sendo o 1º de quatro anos, o 2º e o 3º de dois anos cada, organizados da seguinte forma:
a) No 1º ciclo, o ensino é globalizante, da responsabilidade de um professor único,
que pode ser coadjuvado em áreas especializadas;
b) No 2º ciclo, o ensino organiza-se por áreas interdisciplinares de formação básica
e desenvolve-se predominantemente em regime de docente por área;
c) No 3º ciclo, o ensino organiza-se segundo um plano curricular unificado,
integrando áreas vocacionais diversificadas, e desenvolve-se em regime de um
docente por disciplina ou grupo de disciplinas.
Subsecção II
Ensino secundário
Artigo 24º
Caracterização
Artigo 25º
Objectivos
São objectivos do ensino secundário:
a) Desenvolver a capacidade de análise e despertar o espírito de pesquisa e de
investigação;
b) Propiciar a aquisição de conhecimento com base na cultura humanística,
científica e técnica visando nomeadamente, a sua ligação com a vida activa;
c) Promover o domínio da escrita da língua materna cabo-verdiana, bem como da
língua portuguesa, reforçando a capacidade de expressão oral e escrita;
d) Facilitar ao aluno o entendimento dos valores fundamentais da sociedade em
geral e sensibilizá-lo para os problemas da sociedade cabo-verdiana e da
comunidade internacional;
e) Garantir a orientação e formação profissional permitindo maior abertura para o
mercado de trabalho sobretudo pela via técnica;
f) Permitir os contactos com o mundo do trabalho visando a inserção dos
diplomados na vida activa;
g) Promover a educação para cidadania e o desenvolvimento de valores morais,
éticos e cívicos;
h) Promover o ensino obrigatório de duas línguas estrangeiras;
i) Criar hábitos de trabalho, individualmente e em grupo, e favorecer o
desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica, de abertura de espírito, de
sensibilidade e de disponibilidade e adaptação para a mudança.
Artigo 26º
Organização
Artigo 27º
1° Ciclo
1. O 1º Ciclo do ensino secundário compreende o 9º e o 10° anos de escolaridade.
2. Este ciclo visa, pela sua organização curricular, aumentar o nível de conhecimento e
possibilitar uma orientação escolar e vocacional tendo em vista o prosseguimento de
estudos.
3. Concluído o 1° ciclo, os alunos podem optar pela via do ensino geral ou pela via do
ensino técnico.
Artigo 28º
Via geral e via técnica do ensino secundário
Artigo 29º
Ano complementar profissionalizante
Artigo 30°
Matrizes curriculares
Artigo 31º
Formação artística
Subsecção III
Ensino superior
Artigo 32°
Âmbito do ensino superior
Artigo 33º
Estabelecimentos
Artigo 34º
Objectivos do ensino superior
Artigo 35º
Acesso
6. O Estado deve criar as condições para que os cursos existentes e a serem criados
correspondam globalmente às necessidades em quadros qualificados, às aspirações
individuais e à elevação do nível educativo, cultural e científico do País, para que seja
garantida a qualidade do ensino ministrado.
Artigo 36º
Organização e reconhecimento da formação
Artigo 37º
Graus académicos e diplomas
3. Nos termos a definir por Decreto-Lei, cabe apenas aos estabelecimentos de ensino
universitário organizar cursos ou programas de pós-doutoramento.
Artigo 38º
Licenciatura
1. O grau de licenciado comprova uma sólida formação cultural, científica e técnica, que
permita aprofundar os conhecimentos e competências, com vista à especialização, numa
determinada área do saber e a uma adequada inserção profissional.
Artigo 39°
Mestrado
7. O ciclo de estudos a que se refere o número anterior pode ser organizado por etapas,
atribuindo-se o grau de licenciado aos que tenham concluído, com aproveitamento, um
período de estudos com duração não inferior a seis semestres.
Artigo 40º
Doutoramento
Artigo 41º
Formação pós-secundária
2. Aos titulares dos cursos referidos no número anterior pode ser conferido Diploma de
Estudos Superiores Profissionais (DESP), sendo a formação superior neles realizada
creditável para efeitos de prosseguimento de estudos conducentes à obtenção do grau de
licenciatura no âmbito do curso em que hajam sido admitidos.
Artigo 42°
Doutoramento “honoris causa”
Artigo 43°
Doutoramento ‘insignis”
Artigo 44º
Regulamentação
O Governo, por Decreto-Lei, regula as demais condições de atribuição dos graus
académicos e dos diplomas referidos nos artigos 37º a 43º.
Artigo 45º
Investigação científica
Artigo 46º
Financiamento
Artigo 47º
Garantia da qualidade
Subsecção V
Modalidades especiais de ensino
Artigo 48º
Educação especial
1. Entende-se por educação especial, para os efeitos do presente diploma, a modalidade
de educação escolar ministrada preferencialmente em estabelecimentos regulares de
ensino a favor de alunos portadores de necessidades educativas especiais.
Artigo 49º
Educação para crianças sobredotadas
Artigo 50º
Educação para crianças e jovens com necessidades educativas especiais
3. A educação dos alunos com necessidades educativas especiais pode ser desenvolvida
em instituições específicas desde que o grau de deficiência ou a sobre dotação o
justifique.
4. A educação dos alunos com necessidades educativas especiais pode desenvolver-se,
para efeitos do cumprimento da escolaridade básica, de acordo com currículos,
programas e regime de avaliação adaptados às características do educando.
Artigo 51º
Ensino à distância
Artigo 52°
Ensino recorrente de adultos
Artigo 53º
Educação e as Comunidades cabo-verdianas no estrangeiro
Secção IV
Educação extra-escolar
Artigo 54º
Caracterização
Artigo 55º
Objectivos
Artigo 57°
Aprendizagem e formação profissional
Artigo 59º
Acção da administração
CAPÍTULO IV
Tecnologias de Informação e Comunicação e a sociedade de conhecimento
Artigo 60º
Tecnologias de Informação e Comunicação
Artigo 61º
Conectividade gratuita
Artigo 62º
Rádio e televisão educativas
Artigo 63º
Caracterização
Artigo 64º
Apoio pedagógico específico
Artigo 65º
Acção social escolar
Artigo 66º
Saúde escolar
Artigo 67°
Orientação escolar e profissional
Artigo 68°
Estágios profissionais
Artigo 69°
Estatuto do trabalhador estudante
CAPITULO VI
Pessoal docente
Artigo 70º
Pessoal da Educação
Secção I
Formação de docentes
Artigo 71º
Princípios orientadores
Artigo 72º
Objectivos e organização da formação de docentes
Artigo 73º
Formação de docentes de educação especial
Artigo 74º
Formação do pessoal docente na área artística e cultural
2. Para além de formação técnica de base, os docentes têm uma formação pedagógica a
ministrar por instituições de formação de docentes.
Artigo 75°
Formação contínua
Artigo 76°
Racionalidade da formação
Secção II
Formação de quadros no estrangeiro
Artigo 77°
Princípios Gerais
CAPÍTULO VII
Recursos financeiros e materiais
Artigo 78º
Recursos Financeiros
1. O sistema público de ensino deve ser considerado como uma prioridade da política
nacional, na elaboração e aprovação do Orçamento Geral do Estado e do Plano Nacional
de Desenvolvimento, caso houver.
Artigo 79º
Recursos materiais
CAPITULO VIII
Desporto escolar e actividades circum-escolares
Artigo 80º
Caracterização
CAPITULO IX
Administração e gestão da educação
Artigo 81º
Princípios gerais
3. Lei própria define os princípios que orientam a intervenção do poder local no âmbito
da administração e gestão da educação tendo em vista a obtenção de uma maior
operacionalidade educativa, numa rentabilidade mais evidente do sistema e uma
satisfação mais directa dos interesses regionais e locais em termos de educação.
Artigo 82º
Administração e gestão dos estabelecimentos de ensino
Artigo 83º
Gestão privada de estabelecimentos públicos de ensino
Artigo 84º
Conselho Nacional de Educação
CAPÍTULO X
Ensino particular e cooperativo
Artigo 85º
Caracterização
1. O ensino particular ou cooperativo é garantido por instituições criadas por pessoas
singulares ou colectivas privadas ou cooperativas.
3. O ensino particular ou cooperativo exerce também, sempre que tal for estabelecido
pelo Estado, face às necessidades do sistema, uma função supletiva do ensino público,
podendo, neste caso, receber do Estado os necessários apoios.
4. O ensino particular ou cooperativo rege-se por estatuto próprio que deve subordinar-
se ao disposto no presente diploma.
Artigo 86º
Pessoal docente
CAPÍTULO XI
Disposições finais e transitórias
Artigo 87°
Qualificações profissionais
Artigo 88°
Desenvolvimento do diploma
2. No prazo de 180 dias a contar da data de entrada em vigor deste diploma, o Governo
aprova e publica o calendário de transição do sistema ora em vigor para o sistema
consagrado neste diploma, que deve, prioritariamente, garantir uma sucessão gradual de
sistemas, com vista a evitar rupturas na evolução das actividades dos agentes do ensino
e funcionamento das suas estruturas.
Artigo 89º
Garantia de direitos
Artigo 90º
Cursos médios
1. Os cursos de nível médio previstos nos artigos 28º a 30º da Lei n° 103/III/90, de 29
de Dezembro, na redacção dada pela Lei n° 103/III/99, de 18 de Outubro, em
funcionamento à data do presente diploma, continuam a ser ministrados nos mesmos
termos, até à sua conclusão, sendo os respectivos diplomas e certificados válidos para
todos os efeitos legais.
2. No prazo de três anos, devem ser concluídos os cursos médios iniciados antes da
entrada em vigor do presente diploma.
4. Os indivíduos habilitados com cursos médios podem ingressar no ensino superior nas
mesmas condições que os titulares de curso do ensino secundário.
Artigo 91º
Cursos de bacharelato
Artigo 92º
Formação em exercício de professores do ensino básico e secundário
Artigo 93º
Norma revogatória
Artigo 94º
Entrada em vigor
Decreto-Lei nº 20/2010,
de 14 de Junho
Vários são os dispositivos constitucionais que deixam transparecer a importância que
o Estado de Cabo Verde atribui à educação e à formação profissional. Um deles é o n.º 1
do artigo 77º da Constituição da República, que, conjugado com o disposto no seu n.º 2,
reconhece a todos o direito à educação, deixando ainda claro que a educação deve
preparar e qualificar os cidadãos para o exercício da actividade profissional, com vista à
participação cívica e democrática na vida activa e para o exercício pleno da cidadania.
A preparação, formação e a qualificação dos indivíduos para o exercício de uma
actividade profissional constitui uma vertente da educação, de grande alcance e
significado social, da qual ela não pode dissociar-se.
O Programa do Governo para a Legislatura em curso absorve na íntegra as aspirações
do legislador constitucional cabo-verdiano ao colocar na linha da frente dos desafios a
vencer, o principal problema nacional que é o desemprego. Assim, a adopção de
medidas de políticas públicas favorecedoras do investimento privado, da densificação
do tecido empresarial e da inovação, com vista a acelerar o ritmo da geração de
empregos, é uma das grandes metas a atingir. Aliado aos esforços que vêm sendo
dispendidos nos domínios da educação e qualificação dos recursos humanos para o
emprego, na melhoria da qualidade do ensino, assim como, na extensão do ensino
técnico e da formação profissional, está-se a dar um grande passo para a implementação
dos importantes eixos do processo de construção da competitividade da economia cabo-
verdiana, quer em termos de qualidade, quer em termos de produtividade.
O presente diploma regula o Regime Jurídico Geral do Sistema Nacional de
Qualificações, definindo os instrumentos, as acções e as estruturas necessárias ao seu
funcionamento e desenvolvimento.
O SNQ deve ser configurado como um conjunto de instrumentos e acções necessários
à promoção, desenvolvimento e integração das ofertas da formação profissional, através
do Catálogo Nacional das Qualificações Profissionais, assim como, a permitir a
evolução e certificação das correspondentes competências profissionais, de modo a
favorecer o desenvolvimento humano, social e profissional da pessoa e satisfazer as
necessidades do sistema produtivo.
Algumas balizas norteiam a implementação do SNQ, de entre as quais merecem
destaque especial, a orientação escolar, vocacional e profissional centrada no
desenvolvimento humano e pessoal, tanto para a livre escolha da profissão como para o
exercício do direito ao trabalho, de modo a satisfazer as necessidades individuais,
sociais e económicas, o acesso em condições de igualdade, de todos os cidadãos, ao
reconhecimento de suas competências, independente do modo como os tenha adquirido,
a adequação da formação à qualificação de modo a satisfazer às exigências do mercado
e a mobilidade dos trabalhadores, entre outros.
Assim,
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do artigo 204º da Constituição, o
Governo decreta o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1º
Objecto
O presente diploma regula o Regime Jurídico Geral do Sistema Nacional de
Qualificações (SNQ) e define os instrumentos, acções e estruturas necessárias ao seu
funcionamento e desenvolvimento.
Artigo 2º
Âmbito de acção do diploma
O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) abrange um conjunto de instrumentos e
acções necessários à promoção, desenvolvimento e integração das ofertas da formação
profissional e técnica, através do Catálogo Nacional das Qualificações Profissionais,
assim como, a permitir a evolução e certificação das correspondentes competências
profissionais, de modo a favorecer o desenvolvimento profissional, humano e social das
pessoas e responder às necessidades do sistema produtivo.
Artigo 3º
Conceitos e definições
Para efeitos do disposto no presente diploma, entende-se por:
a) Certificado de formação técnico-profissional, o instrumento necessário à
certificação das qualificações e competências adquiridas por via formal e que
visam assegurar um nível de formação, incluindo competências profissionais,
pessoais e sociais;
b) Competência, a capacidade reconhecida para mobilizar conhecimentos, aptidões
e atitudes em contextos de trabalho, de desenvolvimento profissional, de
educação e de desenvolvimento humano e pessoal;
c) Competência profissional, o conjunto de conhecimentos e capacidades que
permitem o exercício da actividade profissional em conformidade com as
exigências da produção e do emprego;
d) Dupla certificação, o reconhecimento de competências para exercer uma ou mais
actividades profissionais e de uma habilitação escolar através de um diploma;
e) Família profissional, o conjunto de qualificações, por virtude das quais se
encontra estruturado o Catálogo Nacional de Qualificações Profissionais,
tendo em consideração os critérios de afinidade de competências profissionais
previamente estabelecidas;
f) Modalidade de formação, a organização da formação definida em função de
características específicas, previamente definidas, nomeadamente, objectivos,
destinatários, estrutura curricular, metodologia e duração;
g) Módulo de formação, o conjunto de unidades organizadas, com uma sequência
lógica e didáctica, que, levadas à prática, visam alcançar um objectivo geral;
h) Perfil profissional, a descrição detalhada de um conjunto de actividades e
saberes requeridos para o exercício de uma determinada actividade
profissional;
i) Qualificação profissional, o resultado formal de um processo de avaliação e
validação comprovado por um órgão competente, reconhecendo que um
indivíduo adquiriu competências, em conformidade com os referenciais
estabelecidos;
j) Reconhecimento, validação e certificação de competência, o processo formal que
permite aos indivíduos o reconhecimento, a validação e a certificação das
competências de que dispõe, independentemente de como os tenha adquirido;
k) Referencial de competências, o conjunto de competências exigidas para a
obtenção de uma qualificação;
l) Referencial de formação, o conjunto de informações que orienta a organização e
o desenvolvimento da formação, em função do perfil profissional ou do
referencial de competências associadas, referenciada no Catálogo Nacional de
Qualificações; e
m) Quadro Nacional de Qualificações, a descrição detalhada dos níveis de
qualificação que se estabelecem, atendendo-se à competência profissional
requerida pelas actividades produtivas com recurso a critérios de
conhecimentos, iniciativa, autonomia, responsabilidade e complexidade.
Artigo 4º
Princípios
O SNQ rege-se pelos seguintes princípios:
a) Da adequação da formação profissional e técnica à qualificação, de modo a
satisfazer as exigências do mercado e a mobilidade dos trabalhadores;
b) Do livre acesso em condições de igualdade de todos os cidadãos e do
reconhecimento de suas competências, independente do modo como as tenha
adquirido;
c) Da cooperação e articulação entre as diferentes instituições públicas e parceiros
económicos e sociais, de acordo com as respectivas competências, tanto na
implementação das políticas formativas e de qualificação profissional, como
no seguimento e avaliação das mesmas;
d) Da orientação da formação escolar, vocacional e profissional centrada no
desenvolvimento humano e pessoal, tanto para a livre escolha da profissão
como para o exercício do direito ao trabalho, de modo a satisfazer as
necessidades individuais, sociais e económicas;
e) Da promoção da qualificação enquanto factor de desenvolvimento
socioeconómico dos recursos humanos e sua adaptação às mudanças do tecido
económico e social;
f) Da auto-sustentabilidade do SNQ, assente na co-responsabilização e co-
financiamento de todos os envolvidos no sistema; e
g) Da eficácia das acções abrangidas pelo SNQ, através da sua adequação às
necessidades do mercado do trabalho, assente no seguimento e avaliação
permanentes.
Artigo 5º
Composição do SNQ
1. Fazem parte do SNQ, nos termos da legislação aplicável, as seguintes entidades:
a) A Unidade de Coordenação do Sistema Nacional de Qualificações (UC-SNQ)5;
b) A Direcção Geral do Emprego (DGE)6, enquanto entidade responsável pela
acreditação das entidades formadoras;
c) A Comissão Nacional de Equivalências Profissionais (CNEP)7;
d) O Conselho Nacional do Emprego e Formação Profissional (CNEF); e
e) Todas as demais entidades públicas, privadas ou de gestão mista, que
desenvolvam actividades de formação profissional.
2. Compete à UCSNQ elaborar e actualizar em permanência o Catálogo Nacional das
Qualificações, mediante a inclusão, exclusão ou alteração de qualificações, tendo em conta
as necessidades actuais e emergentes da economia.
Artigo 6º
Objectivos do SNQ
O SNQ, enquanto instrumento de promoção e desenvolvimento sócio-profissional
prossegue, designadamente, os seguintes objectivos:
a) Promover a integração dos sistemas da educação, da formação e do emprego;
b) Estruturar uma oferta de formação técnico-profissional ajustada às necessidades
do mercado de trabalho e assente nas necessidades actuais e emergentes;
c) Garantir que os programas dos cursos vinculados ao Catálogo Nacional de
Qualificações possam conferir a dupla certificação, designadamente, escolar e
profissional;
6. A Direcção Geral de Emprego (DGE) foi criada pelo Decreto-Lei nº 62/2009, de 14 de Dezembro.
7. A Comissão Nacional de Equivalência Profissional (CNEP) foi criada pelo Decreto-Regulamentar nº 5/2005,
de 27 de Junho.
d) Promover uma oferta formativa diversificada, na perspectiva da aprendizagem ao
longo da vida, geradora de qualificações baseadas em competências, de modo a
satisfazer as necessidades individuais, sociais e económicas;
e) Promover a igualdade de oportunidades e de género no acesso às profissões, bem
como, à empregabilidade e ao desenvolvimento do empreendedorismo;
f) Reconhecer as competências prévias, incluindo experiências de trabalho e de
vida, através do processos de verificação, reconhecimento, validação e
certificação das mesmas, considerando os vários contextos de aprendizagem;
g) Promover a elevação do nível de qualificação e integração sócio-profissional da
população activa, em especial, de grupos com manifesta dificuldade de
inserção, e elevação da qualificação de base da população activa,
possibilitando, a sua progressão escolar e profissional;
h) Incentivar o rigor e a objectividade na análise das equivalências e dos diplomas
relacionados com as formações adquiridas no estrangeiro;
i) Incentivar o investimento público, privado e familiar na optimização de recursos
destinados à qualificação profissional baseado em competências;
j) Promover quaisquer outros incentivos a actividades ou iniciativas relacionadas
com o desenvolvimento humano e sócio-profissional das pessoas, visando a
sua integração social e económica.
Artigo 7º
Componentes do SNQ
São componentes essenciais do SNQ:
a) O Quadro Nacional das Qualificações8;
b) O Catálogo Nacional de Qualificações9;
c) O sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências;
d) A monitorização, avaliação e a melhoria da qualidade do SNQ.
CAPÍTULO II
Qualificações profissionais
Artigo 8º
Qualificação profissional
A qualificação profissional pode ser adquirida mediante formação profissional,
experiência profissional ou através da combinação de ambas, ou ainda, resultar de
títulos obtidos noutros países.
Artigo 9º
Catálogo Nacional de Qualificações
1. O Catálogo Nacional de Qualificações 10 é um instrumento dinâmico, de gestão
estratégica das qualificações, essencial para a competitividade e modernização
8. O Quadro Nacional das Qualificações consta do Decreto-Lei n.º 65/2010, de 27 de Dezembro.
Artigo 11º
Reconhecimento, validação, certificação e registo de competências
1. Uma qualificação adquirida, prevista no Catálogo Nacional de Qualificações pode
ser comprovada por um diploma ou por um certificado de qualificação profissional ou
técnica, ou mediante prestação de provas “ad hoc” comprovativas de competências ou
qualificações adquiridas ao longo da vida, perante comissões examinadoras constituídas
para o efeito.
10. O Catálogo Nacional de Qualificações foi regulado pelo Decreto-Lei n.º 66/2010, de 27 de Dezembro.
11. O Quadro Nacional das Qualificações consta do Decreto-Lei n.º 65/2010, de 27 de Dezembro.
2. As comissões examinadoras referidas no número anterior são objecto de
regulamentação própria.
3. Os diplomas ou certificados de qualificação profissional fazem menção do nível de
qualificação correspondente, bem como da actividade profissional para a qual foi obtida
a qualificação, de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações.
4. A conclusão com aproveitamento de um ou mais módulos desenvolvidos, que não
permita de imediato a obtenção de qualificação, é comprovada por um certificado do
módulo correspondente às unidades de competência.
5. A certificação de qualificação profissional faz-se com base na cumulação de
créditos obtidos, numa das seguintes circunstâncias:
a) Através de programas de formação oficialmente validados e ministrados por
entidades formadoras acreditadas;
b) Através do reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas
pela via informal ou não formal, baseada em informação obtida por meio de
processos de testagem normalizadas e ou apresentação de certificados de
competências.
6. Compete às entidades que integram o SNQ a emissão dos diplomas e certificados
referidos nos números anteriores.
7. O reconhecimento de acções de formação não inseridas no Catálogo Nacional de
Qualificações é objecto de regulamentação própria, mediante portaria, por parte dos
membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação e formação profissional.
8. O reconhecimento de certificados de cursos concluídos com aproveitamento, das
acções de formação profissional, não constantes do Catálogo Nacional de Qualificações
é igualmente, objecto de regulamentação própria, por parte dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas da educação e formação profissional.
Artigo 12º
Dupla certificação
1. A dupla certificação é atribuída àquele que se munir de competências para exercer
uma ou mais actividades profissionais e disponha para esse efeito, de uma formação
técnica, profissional, escolar e ofício, comprovados através de um diploma ou
certificado.
2. A dupla certificação é regulada mediante despacho conjunto, pelos membros do
Governo responsáveis pelas áreas da educação, ensino superior, formação profissional e
emprego.
Artigo 13º
Qualificações adquiridas noutros países
1. A qualificação obtida noutros países pode, nos termos da lei, ser reconhecida
àqueles que forem portadores dos respectivos documentos comprovativos.
2. Compete à Comissão Nacional de Equivalência Profissional o reconhecimento dos
documentos comprovativos respeitantes a qualificações obtidas noutros países, sempre
que tais documentos comprovativos não se encontrem abrangidos por legislação
específica.
Artigo 14º
Registo individual das competências
1. Todas as competências reconhecidas, constantes do Catálogo Nacional de
Qualificações, são registadas numa caderneta individual própria.
2. O modelo de caderneta individual de competências é objecto de regulamentação
pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação, formação
profissional e emprego.
Artigo 15.º
Elaboração e aprovação dos perfis e programas
1. Compete à Unidade de Coordenação do SNQ a elaboração dos perfis profissionais
necessários à preparação dos módulos formativos.
2. Os perfis profissionais e programas formativos são elaborados segundo o manual
de elaboração de perfis e programas formativos aprovados pelos membros do Governo
de tutela, o qual tem em consideração os seguintes referenciais básicos:
a) Estabelecimento de critérios e procedimentos a aplicar, relacionados com os
participantes no processo, e suas funções;
b) Atribuições e tarefas a serem conferidos aos participantes;
c) Descrição das etapas do processo;
d) Identificação das instituições competentes;
e) Adequação dos programas aos perfis profissionais;
f) Definição das estratégias do ensino aprendizagem;
g) Inventariação dos recursos necessários; e
h) Apuramento do formato do produto final.
Artigo 16º
Referenciais da formação
1. A adequação da estrutura curricular e do plano dos cursos de formação profissional
inicial ao referencial constante do Catálogo Nacional de Qualificações realiza-se a partir
do momento da aprovação da mesma.
2. O estabelecido no número anterior constitui atribuição das entidades competentes, para
o efeito, tuteladas pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação,
formação profissional e emprego.
CAPÍTULO III
Funcionamento, qualidade e avaliação
do Sistema Nacional de Qualificações
Artigo 17º
Coordenação e avaliação
1. Compete aos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação, ensino
superior, formação profissional e emprego coordenarem entre si a implementação do
SNQ, através da Unidade de Coordenação do SNQ.
2. Os parceiros sociais participam na coordenação do SNQ, através do CNEF.
3. Compete aos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação, ensino
superior, formação profissional e emprego, promover o acompanhamento e a avaliação
permanente do SNQ mediante audição prévia da UCSNQ.
Artigo 18º
Garantia da qualidade
1. Os membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação, formação
profissional e emprego garantem e fomentam, no âmbito das suas atribuições, a
qualidade das ofertas formativas, e a estreita cooperação na definição e
desenvolvimento dos processos de avaliação do SNQ.
2. A qualidade das acções abrangidas pelo SNQ é igualmente garantida através da
informação e orientação escolar, vocacional e profissional, bem como, por intermédio
do financiamento público do SNQ.
3. A qualidade do SNQ é garantida através das suas componentes, incluindo o
financiamento público.
Artigo 19º
Colaboração de outras entidades
1. As entidades do sector produtivo podem colaborar com o SNQ, designadamente, na
identificação das prioridades formativas, na identificação das qualificações chaves e na
avaliação das competências, assim como outras relacionadas.
2. No âmbito da preparação do pessoal docente para a formação profissional, do
pessoal discente, da promoção de entidades formadoras, ou na realização de outras
práticas formativas, podem participar o sector empresarial público e privado.
Artigo 20º
Equivalências
As equivalências, as convalidações, as correspondências e os efeitos deles
decorrentes, nomeadamente os títulos e certificados da educação técnica, formação
profissional e aqueles que forem criados de acordo com o estabelecido no presente
diploma, são fixados pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas da educação,
ensino superior, formação profissional e emprego, após consulta à UCSNQ.
CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias
Artigo 21.º
Financiamento do Sistema Nacional de Qualificações
1. Os meios necessários ao funcionamento do SNQ constam de verba inscrita no
Orçamento do Estado.
2. O SNQ pode contar com outras formas de financiamento, ao abrigo de legislação
aplicável.
Artigo 22.º
Integração da Comissão Nacional de Equivalências Profissionais
Com a entrada em vigor do presente diploma, a CNEP 12 passa a integrar e a estar sob
a coordenação da UCSNQ, sem prejuízo para as suas competências próprias, definidas
por lei.
Artigo 23.º
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Natureza
1. O QNQ integra os subsistemas de educação e de formação profissional, contribuindo
para o melhoramento e transparência, do acesso, da progressão e da qualidade das
qualificações em relação ao mercado de trabalho e à sociedade civil.
Artigo 3.º
Âmbito
Artigo 4.º
Objectivos
CAPÍTULO II
Estrutura, coordenação e garantias
Artigo 5.º
Estrutura
O QNQ, de acordo com o anexo II do presente diploma, estrutura-se em 8 (oito) níveis
de qualificação, definidos por um conjunto de 3 (três) descritores que especificam as
competências correspondentes às qualificações dos diferentes níveis.
Artigo 6.º
Definição dos níveis de qualificação
Artigo 7.º
Descritores dos níveis de qualificação
Artigo 8.º
Coordenação
Artigo 9.º
Acompanhamento
Artigo 10.º
Garantia de qualidade
CAPÍTULO III
Disposições finais e transitórias
Artigo 11.º
Norma transitória
Artigo 12.º
Entrada em vigor
José Maria Pereira Neves – Maria Madalena Brito Neves – Octávio Ramos Tavares –
Fernanda Maria de Brito Leitão Marques Vera-Cruz Pinto
___
Anexo I
(A que se refere o artigo 3º)
Níveis de Qualificação
Acreditação de Qualificações
Anexo II
(A que se refere o artigo 5º)
Níveis
Definição segundo descritores de Nível de Qualificação - Resultados da
aprendizagem correspondentes a cada Nível:
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Nível 6
Nível 7
Nível 8
CATÁLOGO NACIONAL
DE QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS
(CNQP)
ANEXO I
Famílias profissionais do Catálogo Nacional de Qualificações profissionais
Código Família profissional
AGA Agrária
MAP Marítimo Pesqueira
MET Metalomecânica
SAL Saúde
ANEXO II
Correspondência entre os níveis de qualificação e os actuais
níveis de formação profissional e dos anteriores níveis de educação
Níveis de Educação de acordo com Níveis de Formação
Níveis de Qualificação
a Lei de Bases de Educação de profissional (RJGFP
1990 2003)
Ensino Médio 4 5
Bacharelato e Licenciatura 5 6
Mestrado …… 7
Doutoramento …… 8
UNIDADE DE COORDENAÇÃO DO
SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES (UC-SNQ)
Decreto-Lei nº 62/2009,
de 14 de Dezembro
(…)
Artigo 9º
Natureza
Artigo 10º
Atribuições
Artigo 11º
Articulação
(…)
Portaria nº /2010,
de 15 de Fevereiro
Artigo 1º
(Criação e instalação)
Artigo 2º
(Atribuições)
Artigo 3º
(Composição e coordenação)
Artigo 4º
(Organização)
A UNOEVP é estruturada e organizada com base numa equipa flexível e
multidisciplinar, com representantes dos Ministérios da Educação e Ensino Superior e
do Trabalho, Formação Profissional e Solidariedade Social e da Juventude e organiza-se
em três áreas de intervenção, designadamente:
13. Instituto do Emprego e Formação Profissional criado pelo Decreto Lei nº 51/94, de 22 de Agosto, cujos
estatuto consta do Decreto-Regulamentar nº 5/2010, de 16 de Agosto.
b) Conceber e actualizar um sistema de informação de forma permanente de modo
a ser produzido orientações e outros instrumentos técnicos para informação
escolar e profissional;
c) Conceber, preparar, aferir e propor a normatização de instrumentos técnicos para
informação escolar e profissional;
d) Conceber, preparar, aferir e propor a normatização de instrumentos técnicos de
análise e diagnóstico psicológico, a utilizar pelos serviços na área de orientação
vocacional;
e) Dar a conhecer aos jovens as oportunidades de formação dentro e fora do país,
aconselhando-os, o quanto possível, sobre às vias escolares e profissionais mais
adequadas às necessidades e à realidade do país;
f) Recolher elementos sobre a situação do mercado de trabalho e promover junto
das identidades competentes o seu tratamento e divulgação de modo a ajudar os
jovens a planear as suas acções escolares profissionais;
g) Institucionalizar um mecanismo de informação, divulgação e auscultação de
jovens, pais e encarregados de educação e da sociedade civil no geral em
parceria com os demais órgãos de comunicação social, escrita e audiovisual.
Artigo 5º
(Quórum e deliberação)
2. A UNOEVP delibera validamente com a presença de, pelo menos, dois terços dos
seus membros.
Artigo 6º
(Regimento)
2. O valor das senhas de presença é estipulado por despacho conjunto lavrado pelo
Ministro das Finanças e pelos Ministros que tutelam as áreas da Educação e da
Formação Profissional.
Artigo 8º
(Entrada em vigor)
Portaria nº 16/2009,
de 18 de Maio
É neste contexto, que o Governo de Cabo Verde entende que a via para se alcançar esse
desiderato, passa essencialmente pela massificação da formação técnica e profissional,
aumentando e diversificando a oferta formativa destinada aos jovens, mas pautando
sempre pela qualidade.
2. Para cada curso a ser ministrado pelas Unidades Formativas, é estabelecido o limite
máximo de 25 formandos.
Artigo 2º
Objectivos
Artigo 3º
Frequência às Unidades Formativas
Artigo 4º
Selecção dos candidatos
Artigo 5º
Matrículas
Artigo 6º
Formadores
Artigo 7º
Contrapartida aos cursos ministrados pelas Unidades Formativas
Artigo 8º
Emolumentos e Propinas
1. Os emolumentos e o montante da propina a ser pago por cada formando e por cada
curso serão objecto de despacho da Ministra da Educação e Ensino Superior.
2. O montante da propina a ser pago por cada formando e para cada curso será
condicionado aos rendimentos anuais do mesmo e/ou dos seus encarregados de
educação, mediante documento comprovativo.
Artigo 9º
Plano curricular e o organigrama das Unidades Formativas
O plano curricular das acções formativas a serem levadas a cabo nas Unidades
Formativas, bem como as normas de organização e funcionamento das Unidades
Formativas são estabelecidas por despacho conjunto dos membros de Governo
responsáveis pelos sectores de educação e formação profissional, ouvidos o Instituto de
Emprego e Formação Profissional e o Director da respectiva Escola Secundária.
Artigo 10º
Entrada em vigor
Artigo 1º
Criação
Artigo 2º
Composição
1. A CNEP é constituída por cinco personalidades de reconhecida competência,
designadas por despacho conjunto dos membros de Governo responsáveis pelas áreas da
Educação e Valorização dos Recursos Humanos e do Trabalho, sob proposta do Instituto
de Emprego e Formação Profissional.
Artigo 3º
Competências
À CNEP compete:
Artigo 4º
Âmbito da equivalência
Artigo 6º
Funcionamento da CNEP
Artigo 7º
Cumulação de grau académico e qualificação profissional
Artigo 8º
Dever de colaboração
Artigo 9º
Processo de equivalência
Artigo 10º
Instruções de tramitação processual
Artigo 11º
Homologação
Artigo 12°
Senhas de presença
1. Por sua participação nas reuniões plenárias da CNEP, os membros desta têm direito a
senha de presença, no montante de 4.000$00 (quatro mil escudos), actualizável por
despacho do membro de Governo responsável pela área de Educação e Valorização de
Recursos Humanos, por proposta do Director Geral do Instituto do Emprego e
Formação Profissional.
Artigo 13º
Imposto de selo e emolumentos
Artigo 14º
Entrada em vigor
Decreto-Lei nº 37/2003,
de 6 de Outubro
Passo importante nesse sentido é dado com a aprovação do presente Decreto-Lei, o qual
apesar de carecer de regulamentação por outros diplomas que o completem, em
domínios específicos atinentes ao funcionamento do sistema de formação profissional,
como sejam a certificação da formação profissional, o financiamento da formação
profissional, a entidade acreditadora, o regime jurídico da aprendizagem, os estatutos do
formando e do formador, os centros de formação, as entidades formadoras e as unidades
formativas das escolas secundárias, pois, definem-se as opções e os princípios básicos
que enformam o sistema de formação profissional.
Assim:
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Artigo 1º
Âmbito
Artigo 2º
Definições
Artigo 3º
Princípios gerais
Artigo 4º
Finalidades
Artigo 5º
Articulação com o sistema educativo
Artigo 6º
Articulação com o serviço público de emprego e outras entidades
Artigo 7º
Formação inicial, em exercício e contínua
15. A Portaria nº 16/2009, de 18 de Maio, criou, em concreto, diversas Unidades Formativas nas escolas
secundárias.
16. “1. Todo o trabalhador tem o dever de velar pela sua formação profissional, esforçando-se por adquirir os
conhecimentos necessários com vista ao aperfeiçoamento sistemático e permanente do seu desempenho
profissional.
2. O empregador pode tratar diferentemente o trabalhador que, culposamente, não cumpra o dever de
formação profissional, em matéria de abonos, subsídios, dispensas de serviço e outras medidas quando estas
pressuponham o aperfeiçoamento profissional do trabalhador.
4. A formação profissional contínua insere-se no decurso da vida profissional do
trabalhador e destina-se, essencialmente, a propiciar-lhe a adaptação às mutações
verificadas nos domínios tecnológico, organizacional ou qualquer outro relevante,
favorecer a promoção profissional e melhorar a qualidade do emprego.
CAPÍTULO II
Organização
Secção I
Princípios básicos da organização
Artigo 8º
Características
Artigo 9º
Forma de organização
2. As acções de formação poderão ser organizadas por módulos que confiram créditos
de formação capitalizáveis.
3. A contabilização dos créditos a que se refere o número anterior deverá permitir, em
condições a serem regulamentadas, a obtenção de certificados profissionais, em
conformidade com o disposto no artigo 25º do presente diploma.
3. O trabalhador com maior experiência profissional tem o dever funcional de criar condições adequadas para
facilitar a transmissão e aquisição desses conhecimentos pelos os trabalhadores menos experientes, de modo a
evitar estrangulamentos susceptíveis de comprometer o normal funcionamento da empresa” - Artigo 129º do
Código Laboral Cabo-verdiano aprovado pelo Decreto-Legislativo nº 5/2007, de 16 de Outubro.
Artigo 10º
Programas de formação profissional
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, por portaria dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas da Educação, Formação Profissional e Emprego, poderão ser
definidas orientações para elaboração e execução de programas de formação
profissional.
Artigo 11º
Certificação
Secção II
Intervenientes na formação profissional
Artigo 12º
Enumeração
Artigo 14º
Entidades formadoras
Secção III
Modalidades da formação
Artigo 15º
Modalidades
Artigo 17º
Aprendizagem
Artigo 18º
Modalidades da formação contínua
Artigo 19º
Áreas profissionais, profissões e postos de trabalho
1. A formação profissional abrange designadamente, áreas profissionais, profissões e
postos de trabalho.
Secção IV
Componentes da formação
Artigo 20º
Componentes de formação
Artigo 21º
Componentes de formação sociocultural
Artigo 22º
Componente da formação prática
Artigo 23º
Componente de formação tecnológica
Artigo 24º
Componente de formação científica
Artigo 25º
Níveis de formação profissional
2. Será objecto de diploma próprio a descrição detalhada dos níveis, dos requisitos
mínimos de entrada, a duração indicativa, o conteúdo e os certificados profissionais a
que dão direito, assim como a intercomunicação entre os diversos níveis de formação.
Secção V
Perfis
Artigo 26º
Perfis profissionais e perfis de formação
Secção VI
Financiamento e apoios públicos
Artigo 27º
Financiamento e apoios públicos à formação
3. Só pode ser apoiada técnica e/ou financeiramente pelo Estado ou por outras entidades
públicas a formação profissional a que seja reconhecido interesse nacional, regional ou
local, ministrada por entidades devidamente acreditadas.
Secção VII
Avaliação e coordenação
Artigo 28º
Avaliação
Artigo 29º
Coordenação
CAPÍTULO III
Disposições transitórias e finais
Artigo 30º
Regulamentação
a) A certificação20;
b) O financiamento da formação profissional21;
c) O estatuto do centro de formação, entidades formadoras 22 e unidades formativas
das escolas secundárias23;
d) O regime jurídico da aprendizagem;
e) A entidade acreditadora24;
f) O estatuto do formando25;
g) O estatuto do formador26.
Artigo 31º
Entrada em vigor
22. Nestes particular temos o Estatuto do centro de formação profissional, aprovado pelo Decreto-
Regulamentar n º 15/2005, de 26 de Dezembro. Por outro lado, o Decreto-Regulamentar nº 6/2011, de 21 de
Fevereiro, veio aprovar os estatutos dos Centros de Emprego e Formação Profissional (CEFP), a que se refere
o n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Regulamentar n.º 5/2010, de 16 de Agosto (estruturas desconcentradas do
IEFP). Não é clara a articulação entre os dois diplomas, se é que ela existe. Veja-se o exemplo da Escola de
Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, criado pela Portaria nº 38-A/2008, de 27 de Novembro.
23. A Portaria nº 16/2009, de 18 de Maio, criou, em concreto, diversas Unidades Formativas nas escolas
secundárias.
José Maria Pereira Neves – Carlos Augusto Duarte de Burgo – Victor Manuel Barbosa
Borges – Júlio Lopes Correia.
Decreto-Regulamentar nº 13/2005,
de 26 de Dezembro
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Conceitos
Artigo 3º
Objectivos da certificação
Artigo 4º
Critérios
Artigo 5º
Organização da Formação
Artigo 6º
Entidade competente para certificação
CAPÍTULO II
Certificados profissionais
Artigo 7º
Certificados profissionais
Secção I
Certificado de formação profissional
Artigo 8º
Certificado de formação profissional
Artigo 9º
Conteúdo
28. Ver o estatuto dos centros de formação profissional constante do Decreto-Regulamentar n.º 15/2005, de 26
de Dezembro.
a) A equivalência a habilitações escolares, nos termos da legislação aplicável;
b) A aptidão para o exercício de uma determinada profissão ou actividade
profissional.
Secção II
Certificado de aptidão profissional
Artigo 10º
Certificado de aptidão profissional
Artigo 11º
Avaliação de aptidão
Artigo 12º
Certificação
CAPÍTULO III
Disposições finais
Artigo 14º
Normas comuns
Artigo 15º
Níveis de formação
Artigo 16º
Reconhecimento dos planos curriculares
Artigo 17º
Certificados anteriormente emitidos
Os certificados ou quaisquer documentos de formação, aptidão, qualificação ou
designações afins emitidos antes da entrada em vigor do presente diploma, atestando a
preparação para o exercício qualificado de uma profissão ou actividade profissional,
consideram-se, para todos os efeitos, como certificados de aptidão, devendo o seu titular
solicitar o seu reconhecimento oficial à entidade competente, em conformidade com o
disposto no n° 3 do artigo 6°.
Artigo 18º
Entrada em vigor
Decreto-Regulamentar nº 14/2005,
de 26 de Dezembro
Em Cabo Verde, onde o sistema de formação profissional está na fase de afirmação, não
existe, para além do diploma que define o Regime Jurídico de Formação Profissional,
um instrumento específico de regulação dos aspectos atinentes ao exercício das funções
de formador de formação profissional, abstraindo-nos, é claro, do caso das escolas
secundárias da via técnica e profissionalizante, cujos formadores se sujeitam ao Estatuto
do Pessoal Docente.
Nestes termos, ao abrigo do disposto artigo 13º e na alínea g) do artigo 30º do Decreto-
Lei nº 37/2003, de 6 de Outubro;
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Âmbito
1. O presente Estatuto reporta-se a todo o profissional que, de forma permanente ou não,
exerce a actividade de formador de formação profissional em cursos e/ou acções de
formação oficialmente reconhecidos.
3. O formador das escolas secundárias de via técnica rege-se pelo disposto no Estatuto
do Pessoal Docente, sem prejuízo de submissão ao presente diploma para efeitos de
exercício da actividade profissional fora das referidas escolas.
Artigo 3º
Definição de Formador
Artigo 4º
Enquadramento
1. Para efeitos do presente Estatuto, o Formador de Formação Profissional, segundo o
regime de ocupação, em:
Artigo 5º
Requisitos
a) Os requisitos técnico-pedagógicos;
b) Os requisitos psicossociais;
c) Outros requisitos.
Artigo 6º
Requisitos técnico-pedagógicos
Artigo 7º
Requisitos psicossociais
Artigo 8º
Outros requisitos
Artigo 9º
Papel do formador
Artigo 10º
Direitos do Formador
Artigo 11º
Deveres do Formador
Artigo 12º
Disciplina
2. É nula qualquer sanção disciplinar que for aplicada a um formador sem que ao
mesmo tenha sido assegurado o direito de defesa.
Artigo 13º
Certificado de Formador
1. O formador de formação profissional, deve ser detentor de um Certificado de
Formador da Formação Profissional ou de um Certificado de Aptidão para Formador de
Formação Profissional.
Artigo 14º
Recrutamento e selecção
Artigo 15º
Carreira profissional
Salvo o disposto no presente diploma, a carreira profissional do Formador de Formação
Profissional dos centros públicos e privados obedece ao disposto na legislação que lhes
for especificamente aplicável e, designadamente, nas respectivas cláusulas contratuais.
Artigo 16º
29. Criado pelo Decreto Lei nº 51/94, de 22 de Agosto. O estatuto consta do Decreto-Regulamentar nº 5/2010,
de 16 de Agosto.
Avaliação de desempenho
Artigo 17º
Bolsa de formadores
Artigo 18º
Formadores sem requisitos
Artigo 19º
Artigo 20º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
ESTATUTO DO
FORMANDO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Decreto-Regulamentar nº 16/2005,
de 26 de Dezembro
Em Cabo Verde, para além dos princípios consagrados no Regime Jurídico de Formação
Profissional, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 37/2003, de 6 de Outubro, não existe ainda
um instrumento jurídico que regulamente, especificamente, o estatuto do formando dos
cursos ou acções de formação profissional, estabelecendo, nomeadamente, os direitos e
garantias de que gozam e os deveres a que são sujeitos ao longo do processo de sua
formação.
Face a esta lacuna, afigura-se pertinente a aprovação do Estatuto do Formando nos
cursos e acções de formação profissional, através da regulamentação dos aspectos mais
relevantes, em obediência ao disposto no referido diploma legal, remetendo-se para os
regulamentos internos dos centros e cursos de formação a regulação de questões
especificas e de pormenor.
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Direitos do formando
Artigo 4º
Procedimento disciplinar
Artigo 5º
Contrato de formação
2. Este contrato não gera nem titula relações de trabalho subordinado e caduca
imediatamente com a conclusão do curso e/ou acção de formação para que foi
celebrado.
Artigo 6º
Subsídio de formação
Artigo 7º
Duração da formação
Artigo 8º
Horário da formação
1. O horário da formação não pode exceder as oito horas diárias e quarenta e, oito horas
semanais e deve ser aprovado pelo órgão competente da entidade formadora.
3. O horário da formação deve ser fixado pelas entidades formadoras entre as sete e as
vinte horas.
4. Caso a formação teórica for frequentada em horário nocturno, este deve ser acordado
entre a entidade formadora e o formando ou, sendo este menor, seu representante legal.
Artigo 9º
Estágio profissional
4. O contrato de estágio não gera nem titula relações de trabalho subordinado e caduca
com a conclusão do estágio.
Artigo 10º
Seguro
Artigo 11º
Descanso e férias
Artigo 12º
Disposições finais
Artigo 13º
Entrada em vigor
Decreto-Regulamentar nº 2/2011
de 24 de Janeiro
Artigo 1º
Objecto e âmbito
Artigo 2º
Objectivos da acreditação
Artigo 3º
Conceitos
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
Artigo 4º
Entidade acreditadora
Artigo 5º
Requisitos de acreditação
2. À entidade formadora que não comprove deter os requisitos referidos nas alíneas k),
l), m), n), o) e p) do número anterior pode ser concedido a titulo excepcional e
provisório um alvará por um período máximo de 1 (um) ano, devendo no decorrer desse
período regularizar as insuficiências e/ou requisitos não comprovados.
Artigo 6º
Formalização dos pedidos de acreditação
Artigo 8º
Alvará de acreditação
Artigo 9º
Taxas
Artigo 10º
Valor das taxas
Artigo 11º
Fiscalização
Artigo 12º
Sanções
Artigo 13º
Valor das coimas
a) Coimas leves, que têm o valor mínimo de 80.000$00 (oitenta mil escudos), e o
máximo de 150.000$00 (cento e cinquenta mil escudos);
b) Coimas graves, que têm o valor mínimo 150.000$00 (cento e cinquenta mil
escudos), e o máximo de 300.000$00 (trezentos mil escudos mil escudos); e
c) Coimas muito graves, que têm o valor mínimo de 300.000$00 (trezentos mil
escudos mil escudos), e o máximo de 450.000$00 (quatrocentos e cinquenta mil
escudos).
2. Para o presente diploma são consideradas coimas leves, graves e muito graves os
seguintes:
a) Coimas leves as infracções contidas nas alíneas j) k), l), m), n), o) e p) do artigo
5º do presente diploma;
b) Coimas graves as infracções contidas nas alíneas f) g), h), i) do artigo 5º do
presente diploma; e
c) Coimas muito graves as infracções contidas nas alíneas a) b), c), d) e e) do
artigo 5º do presente diploma.
Artigo 14º
Destino das taxas e coimas
Artigo 15º
Manual de Procedimentos
1. A entidade acreditadora elabora e divulga o Manual de Procedimentos, o qual integra
os critérios de avaliação dos requisitos definidos no n.º 1 do artigo 5º, as normas de
formalização dos pedidos de acreditação e os respectivos formulários.
Artigo 16º
Norma revogatória
Artigo 17º
Norma transitória
Artigo 18º
Entrada em vigor
Decreto-Lei nº 24/2007,
de 30 de Julho
A promoção activa do emprego, encarada como uma das grandes prioridades nacionais,
tem-se traduzido na implementação de uma série de medidas de política e de carácter
legislativo que vêm contribuindo, por um lado, para a elevação progressiva do nível de
qualificação dos recursos humanos e, por outro, para a redução sustentável do
desemprego.
Nestes termos,
CAPÍTULO I
Definição e Objectivos
Artigo 1°
Objecto
Artigo 3º
Definição
Para efeitos deste diploma considera-se estágio profissional aquele que visa aquisição
de uma experiência de trabalho de natureza eminentemente prática a decorrer em
ambiente real de trabalho.
Artigo 4°
Objectivos
CAPÍTULO II
Anúncio dos Estágios
Artigo 5°
Anúncio da oferta de estágios
1. A oferta dos estágios profissionais abrangidos pelo presente diploma deve ser
anunciada e amplamente divulgada pelo IEFP através de programas específicos, de que
devem constar, nomeadamente:
Artigo 6°
Destinatários
Artigo 7°
Duração do estágio
CAPÍTULO III
Intervenientes
Artigo 8°
Entidades intervenientes
a) Entidades organizadoras;
b) Entidades acolhedoras;
c) Entidades parceiras;
d) Núcleo Central de Supervisão e Avaliação;
e) Núcleos de Pilotagem Local.
Artigo 9°
Entidades organizadoras
Artigo 10°
Entidades acolhedoras
Artigo 11°
Entidades parceiras
a) Associações empresariais;
b) Associações profissionais;
c) Associações sindicais;
d) Empresas;
e) Instituições públicas e privadas de formação superior e técnicoprofissionais;
f) Organizações não-governamentais; e,
g) Outras entidades que reúnam as condições referidas no número anterior.
Artigo 12°
Orientador de estágio
2. Cada orientador pode ter até três estagiários a seu cargo, com autorização do Núcleo
de Pilotagem.
Artigo 13º
Núcleo Central de Supervisão
2. Este Núcleo Central funciona junto do IEFP, que preside, e o apoia logística e
administrativamente 3. O Núcleo Central de Supervisão é constituído por cinco
personalidades de reconhecido mérito, sendo, três representantes dos Ministérios que
tutelam as áreas do Emprego, da Educação e da Finanças, um representante das
entidades empregadoras e um representante das Ordens ou Associações Profissionais.
Artigo 14º
Núcleo de pilotagem local
CAPÍTULO IV
Processo de selecção
Artigo 15°
Candidaturas
3. A decisão relativa à aprovação das candidaturas cabe ao IEFP, devendo ser tomada no
prazo máximo de 22 dias úteis a contar da data de recepção dos pareceres dos Núcleos
de Pilotagem Local.
Artigo 16°
Termo de aceitação da decisão de aprovação
Artigo 17º
Selecção dos candidatos a estágios
Artigo 18º
Prioridades na aprovação das ofertas de estágios profissionais
1. Na aprovação das ofertas de estágios, é concedida prioridade às entidades que
apresentem melhores condições de comparticipação nos custos do estágio, maiores
oportunidades de reconversão e aumento da empregabilidade dos estagiários, e ainda
maiores possibilidades de emprego após a conclusão dos estágios.
2. São ainda privilegiadas as empresas situadas nos concelhos com menores taxas de
quadros qualificados, mediante comparticipação destes nas despesas do alojamento dos
estagiários.
Artigo 19º
Contrato de estágio
CAPÍTULO V
Direitos e deveres dos estagiários
Artigo 20º
Direitos dos estagiários
Artigo 21º
Deveres dos estagiários
CAPÍTULO VI
Financiamento
Artigo 22º
Bolsas de estágio
2. As fórmulas e bem assim os valores máximos sobre os quais incidem os cálculos para
a determinação da comparticipação do IEFP quer nas bolsas de estágio, quer nos demais
subsídios devidos no âmbito deste programa, serão fixados por despacho conjunto dos
membros do governo responsáveis pelos sectores das Finanças e do Emprego.
Artigo 23º
Financiamento da bolsa de estágio
Artigo 24º
Outras despesas com os estágios
2. É condição para a assunção dos encargos referidos no número anterior a sua inclusão
pelas entidades acolhedoras no processo de candidatura, a ser submetido ao IEFP nos
termos do nº 2 do artigo 15º.
Artigo 25º
Incentivos fiscais às entidades financiadoras
Artigo 26º
Atribuição dos apoios
Artigo 27º
Estágio complementar
CAPÍTULO VII
Supervisão e Avaliação
Artigo 28º
Acompanhamento e avaliação
Artigo 29º
Comprovativo da realização de estágio
Artigo 30º
Entrada em vigor
Decreto-Legislativo nº 5/2007,
de 16 de Outubro31
(…)
Artigo 248º
Noção de contrato de aprendizagem
Artigo 249º
Idade do aprendiz
1. Ninguém pode ser aceite para iniciar a aprendizagem se tiver menos de catorze anos
de idade ou mais de dezoito anos.
Artigo 250º
Forma do contrato
O contrato de aprendizagem está sujeito a forma escrita e deve ser feito em triplicado,
assinado pela entidade formadora, pelo aprendiz e, no caso de este ser menor, pelo seu
representante legal.
Artigo 251º
Conteúdo
Artigo 252º
Requisitos do mestre de aprendiz
1. Ninguém pode ser mestre de aprendiz quando tenha sido condenado por crime
consumado ou simplesmente tentado contra menores, nomeadamente, os previstos no
artigo 133º e 141º e segs todos do Código Penal vigente.
2. Quando uma pessoa tenha sido condenada por outro crime que não os previstos no
número anterior, compete à Direcção-Geral do Trabalho, tendo em conta o grau de
ressocialização dessa pessoa, avaliar e decidir se deve ou não ser mestre de aprendiz.
Artigo 253º
Requisitos da empresa
Artigo 254º
Registo do contrato
Secção I
Direitos e deveres das partes
Artigo 255º
Bolsa de formação
2. Pode igualmente ser atribuída ao aprendiz uma bolsa de formação quando a acção
seja financiada por organismos de formação profissional ou através de cooperação
internacional, nos termos regulamentares.
Artigo 256º
Seguro obrigatório
Artigo 257º
Deveres da entidade formadora
Artigo 258º
Deveres do aprendiz
Constituem deveres do aprendiz:
a) Ser assíduo, pontual e realizar as suas tarefas com zelo e diligência;
b) Usar de urbanidade no trato com as pessoas com que se relacione durante e por
causa da aprendizagem;
c) Acatar e seguir as instruções das pessoas encarregadas da sua formação;
d) Guardar lealdade à entidade formadora e às pessoas que colaborem na sua
formação;
e) Utilizar cuidadosamente e zelar pela boa conservação dos bens materiais que lhe
sejam confiados;
f) Cumprir as demais obrigações decorrentes do contrato de aprendizagem e das
normas que o regem.
Artigo 259º
Duração da aprendizagem
CAPÍTULO II
Do trabalho de menores
Artigo 260º
Protecção moral do menor
É aplicável ao trabalho de menores o disposto nos artigos 250º e 251º deste Código.
Artigo 261º
Idade
32. Nos termos do n.º 1 do artigo 2º da Convenção n.º 138 de 1973 sobre a idade mínima, o Governo de Cabo
Verde declarou, pela Resolução n.º 68/2010, de 29 de Novembro, que a idade mínima de admissão ao emprego
ou ao trabalho no seu território e nos meios de transporte matriculados no seu território é de 15 (quinze) anos.
Assim sendo, conclui aquele dispositivo, “… nenhuma pessoa de idade inferior ao mínimo estabelecido pode
ser admitido ao emprego ou ao trabalho, seja em que profissão for”..
4. A execução do contrato sem o competente visto da Direcção-Geral do Trabalho
constitui contra-ordenação punível.
5. Quando a ambos pais incumba o poder paternal, a falta de um deles constitui motivo
de ilegitimidade para a obtenção de qualquer dos efeitos previstos neste artigo.
Artigo 262º
Tarefas domésticas e agrícolas
Artigo 263º
Forma
1. O contrato de trabalho celebrado com menor carece sempre de forma escrita, sob
pena de nulidade.
2. Além dos efeitos previstos no artigo 34º, a nulidade do contrato de trabalho celebrado
com quem não preenchia as condições previstas neste capítulo confere ao menor direito
a ser indemnizado como se tivesse sido despedido sem justa causa.
Artigo 264º
Trabalho defeso a menor
1. Os menores não podem desempenhar actividades que não sejam conformes com o seu
desenvolvimento físico e intelectual.
4. Quando a denúncia tiver sido apresentada perante outra autoridade, que não a
Direcção-Geral do Trabalho, a entidade que recebeu a denúncia deve retransmiti-la acto
contínuo à Direcção-Geral do Trabalho e tomar as medidas preventivas que se
inscreverem na sua esfera de competência.
Artigo 265º
Condições de prestação do trabalho
3. Salvo acordo em contrário, as despesas com os exames referidos nos dois artigos
anteriores correm por conta do empregador.
Artigo 266º
Duração do trabalho
2. O período normal de trabalho de menores pode ser, porém, igual ao dos outros
trabalhadores quando as tarefas exercidos sejam de simples presença, o trabalho seja
acentuadamente intermitente ou para efeitos exclusivos da formação do menor.
Artigo 267º
Trabalho nocturno e por turno
Estão interditos de prestar trabalho nocturno e por turnos, entre as 20 horas de um dia e
as 7 horas do dia seguinte, os trabalhadores menores de 18 anos, a não ser que o
trabalho nesse regime seja indispensável para a sua formação profissional e seja
autorizada pela Direcção-Geral o Trabalho.
Artigo 268º
Trabalho extraordinário
Artigo 269º
Capacidade de estar em juízo
(…)
PARTE V
ESTRUTURAS E ORGÃOS DE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
E PROMOÇÃO DO EMPREGO
DIRECÇÃO GERAL DE EMPREGO33
(DGE)
Decreto-Lei nº 62/2009,
de 14 de Dezembro34
(…)
Secção II
Direcção Geral de Emprego
Artigo 12º
Natureza
Artigo 13º
Atribuições
34
. Conforme a lei orgânica do Governo, aprovada pelo Decreto-Lei nº 25/2011, de 13 de Junho, a DGE integra o
Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos.
g) Acompanhar a implementação e a execução das medidas da política de formação
profissional, de emprego, auto-emprego e empreendedorismo, coordenar a
avaliação da sua execução e contribuir para a eficácia das intervenções,
recorrendo a estudos de impacto e outros que visem a melhoria dos sectores da
formação profissional e do emprego;
h) Acreditar e inspeccionar as entidades formadoras, os centros e estabelecimentos
de formação profissional acreditados;
i) Inspeccionar as actividades técnicas dos Centros, Agências e Balcões de
Emprego;
j) Proceder à pesquisa e tratamento de documentação e informação técnica nas
áreas da formação profissional do emprego;
k) Desenvolver actividades que contribuam para a consolidação das políticas de
formação profissional e emprego, em especial a promoção de actividades de
investigação no âmbito da formação profissional e do emprego;
l) Participar na gestão e a avaliação técnica do Fundo de Formação Profissional;
m) Acompanhar os trabalhos decorrentes das acções de cooperação internacional
relativos aos sectores da formação profissional e do emprego;
n) Participar na elaboração de propostas de investimento para o sector e
acompanhar a execução dos orçamentos;
o) Propor a criação de centros e pólos de Formação Profissional;
p) Propor a criação de centros, agencias e balcões de Emprego;
q) Articular com a DGPOG os apoios de natureza técnico-administrativa de
desenvolvimento de actividades nas áreas da formação profissional e do
emprego;
r) O que mais lhe for cometido por lei ou pelo Ministro.
Artigo 14º
Direcção
Artigo 15º
Estrutura
Subsecção I
Serviço de Formação Profissional
Artigo 16º
Natureza
O Serviço de Formação Profissional é um serviço de apoio técnico relativo à concepção
e formulação de políticas de formação profissional que visa assegurar a adequação da
formação profissional às realidades do mercado de emprego e a actualização
permanente dos instrumentos necessários às actividades do Ministério relacionadas com
a procura de formação profissional.
Artigo 17º
Atribuições
Subsecção II
Serviço de Emprego
Artigo 18º
Natureza
Artigo 19º
Atribuições
(…)
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
CRIAÇÃO
Decreto-Lei nº 51/94,
de 22 de Agosto
Artigo 1º
Artigo 2º
Artigo 3º
Artigo 4º
Carlos Veiga – Mário Silva – Jose Tomas Veiga – António Mendes dos Reis – Manuel
Faustino – Mario Fernandes
Promulgado em 8 de Agosto de 1994.
ESTATUTOS DO
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Decreto-Regulamentar nº 5/2010,
de 16 de Agosto
O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), foi criado pelo Decreto-Lei n.º
51/94, de 22 de Agosto. Os seus estatutos foram aprovados pelo mesmo Decreto-Lei.
Entretanto, volvidos mais de quinze anos sobre a aprovação dos estatutos do IEFP
constata-se que os mesmos se encontram desactualizados, quer no que concerne à
realidade prática, quer no tocante à realidade normativa.
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205º e pela alínea b) do artigo
264º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1º
Aprovação
Artigo 2º
Revogação
Artigo 3º
Entrada em vigor
ANEXO
ESTATUTOS DO
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
CAPITULO I
Disposições gerais
Artigo 1º
Natureza
O Instituto do Emprego e Formação Profissional, abreviadamente designado por IEFP, é
uma pessoa colectiva pública, com natureza institucional e dotada de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial.
Artigo 2º
Regime jurídico
O IEFP rege-se pelo disposto no Regime Jurídico Geral dos Serviços Autónomos, dos
Fundos Autónomos e dos Institutos Públicos, aprovado pela Lei n.º 96/V/99, de 22 de
Março, nos presentes estatutos e regulamentos internos.
Artigo 3º
Missão e atribuições
Artigo 4º
Sede, jurisdição e serviços desconcentrados
1. O IEFP tem a sua sede na cidade da Praia e exerce na sua actividade em todo o
território nacional.
CAPÍTULO II
Órgãos e estruturação interna
Secão I
Princípios gerais
Artigo 5º
Órgãos
a) O Presidente;
b) O Conselho de Administração;
c) O Conselho Técnico;
d) O Conselho Consultivo.
Artigo 6º
Estatuto remuneratório
35. Os Centros de Emprego e Formação Profissional (CEFP) do IEFP foram criados pela Resolução nº
13/2011, de 24 de Janeiro. O estatuto consta do Decreto-Regulamentar nº 6/2011, de 21 de Fevereiro.
O estatuto remuneratório do Presidente e dos membros do Conselho de Administração é
estabelecido pelo Conselho de Ministros, sob proposta do membro do Governo que
exerce superintendência sobre o IEFP.
Secção II
Presidente
Artigo 7º
Nomeação
Artigo 8º
Competência
Secção III
Conselho de Administração
Artigo 9º
Natureza
Artigo 10º
Composição e nomeação
Artigo 11º
Competência
Artigo 12º
Funcionamento
Secção IV
Conselho Técnico
Artigo 13º
Natureza
Artigo 14º
Composição
Artigo 15º
Competência
2. Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, por convocação do respectivo
presidente, mediante proposta do Conselho de Administração, quaisquer pessoas ou
entidades cuja presença seja considerada necessária para o esclarecimento dos assuntos
em apreciação.
Secção V
Conselho Consultivo
Artigo 17º
Natureza
Artigo 18º
Composição
Artigo 19º
Competência
Artigo 20º
Funcionamento
2. Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, por convocação do respectivo
presidente, por iniciativa própria ou mediante proposta do Conselho de Administração,
quaisquer pessoas ou entidades cuja presença seja considerada necessária para o
esclarecimento dos assuntos em apreciação.
Secção V
Serviços
Artigo 21º
Serviços
CAPITULO III
Superintendência
Artigo 22º
Superintendência
CAPITULO IV
Regime financeiro e patrimonial
Artigo 23º
Regime Financeiro
Artigo 24º
Receitas
Artigo 25º
Despesas
Artigo 26º
Património
Artigo 27º
Controlo Financeiro e Prestação de Contas
Artigo 28º
Fiscalização do Tribunal de contas
CAPÍTULO IV
Pessoal
Artigo 29º
Regime jurídico do pessoal
Artigo 30º
Instrumentos de Gestão de Pessoal
1. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários do pessoal do IEFP é aprovado por portaria
da entidade de superintendência, mediante proposta do Conselho de Administração.
Decreto-Regulamentar nº 6/2011,
de 21 de Fevereiro
O Decreto-Regulamentar n.º 5/2010, de 16 de Agosto, que aprova os novos Estatutos do
Instituto do Emprego e Formação Profissional, designado IEFP, estabelece no seu artigo
4.º, que são serviços desconcentrados do IEFP os Centros de Emprego e Formação
Profissional (CEFP).
Por seu lado, o n.º 3 desse mesmo artigo, intitulado “sede, jurisdição e serviços
desconcentrados”, dispõe que “por deliberação do Conselho de Administração,
homologada por despacho do membro do Governo que exerce a superintendência sobre
o IEFP, é definido o âmbito territorial de cada um dos CEFP”.
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205º e alínea a) do n.º 2 do artigo
264º, ambos da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Entrada em Vigor
___
ESTATUTOS DOS
CENTROS DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL (CEFP)
Artigo 1º
Natureza
Artigo 2º
Regime jurídico
Artigo 3º
Missão e atribuições
1. O CEFP tem por missão garantir, sob a orientação dos serviços centrais do IEFP e em
parceria com outras instituições públicas e privadas, apoiar na promoção e execução de
acções de formação profissional para satisfazer as necessidades do mercado de trabalho,
contribuindo para a promoção do emprego digno, qualificação relevante e atitude
empreendedora, visando a autonomia individual e a prosperidade colectiva.
38
. Ver a Portaria conjunta nº /2010, de 15 de Fevereiro.
Artigo 4º
Articulação
CAPÍTULO II
Estrutura interna e órgãos
Secção I
Coordenador
Artigo 5º
Nomeação
Artigo 6º
Competências
Secção II
Órgãos
Artigo 7º
Órgãos
a) O Conselho directivo;
b) O Conselho consultivo.
Subsecção I
Conselho Directivo
Artigo 8º
Natureza
Artigo 9º
Composição e nomeação
Artigo 10º
Competências
Artigo 11º
Funcionamento
5. As decisões do Conselho Directivo são tomadas por maioria absoluta de votos dos
membros presentes, cabendo ao Presidente o voto de qualidade, em caso de empate.
6. Podem ser convidados a participar nas reuniões do Conselho Directivo, com direito à
palavra, mas não ao voto, os coordenadores dos núcleos existentes no CEFP,
investigadores e técnicos de reconhecida competência e idoneidade.
Artigo 12º
Estatuto remuneratório
Subsecção II
Conselho Consultivo
Artigo 13º
Natureza
Artigo 14º
Composição
Artigo 15º
Competências
Artigo 16º
Funcionamento
2. Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, por convocação do respectivo
necessária para o estabelecimento dos assuntos em apreciação.
Secção III
Serviços
Artigo 17º
Serviços
Subsecção I
Serviço de Formação e Orientação Profissional
Artigo 18º
Natureza e coordenação
Artigo 19º
Atribuições
Artigo 20º
Organização
a) Núcleo pedagógico; e
b) Núcleo de Orientação profissional.
Artigo 21º
Atribuições do núcleo pedagógico
Artigo 22º
Atribuições do núcleo de orientação profissional
Subsecção II
Serviço de Emprego e Inserção na vida activa
Artigo 23º
Natureza e coordenação
Artigo 24º
Atribuições
Artigo 25º
Organização e coordenação
Artigo 26º
Atribuições do Núcleo de Emprego e Inserção na Vida Activa
Artigo 27º
Atribuições do Núcleo de Fomento do Empreendedorismo
Subsecção III
Serviço de Administração, Finanças e Recursos Humanos
Artigo 28º
Natureza e coordenação
Artigo 29º
Atribuições
CAPÍTULO III
Coordenação
Artigo 30º
Coordenação
CAPITULO IV
Pessoal
Artigo 31º
Regime jurídico do pessoal
O pessoal dos CEFP está sujeito ao regime jurídico geral do contrato individual de
trabalho, previsto no Código Laboral Cabo-verdiano, com as especificidades
decorrentes dos presentes estatutos e do diploma que
os aprova.
Artigo 32º
Instrumentos de Gestão do Pessoal
1. O pessoal dos CEFP é abrangido pelo Plano de Cargos Carreiras e Salários do IEFP.
CRIAÇÃO EM CONCRETO DE
CENTROS DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Resolução nº 13/2011,
de 24 de Janeiro
Hoje, volvidos mais de década e meia após a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 51/94,
de 22 de Agosto, ao abrigo do qual foi criado o Instituto de Emprego e Formação
Profissional, mostra-se necessário proceder à criação de novas estruturas capazes de dar
respostas eficazes e eficientes à acção governamental nas áreas do emprego e da
formação profissional ao mesmo tempo que se promove a racionalização dos recursos
humanos e materiais disponíveis.
Assim;
Artigo 1º
Criação
39. São extintos, pela Resolução nº 12/2011, de 24 de Janeiro, todos os Centros de Emprego criados ao abrigo
do disposto no n.º 2 do artigo 28º do Decreto-Lei n.º 51/94 de 22 de Agosto.
Diz a nota preambular que “presentemente a filosofia mudou, tanto a nível interno como a nível internacional,
razão porque se afigura necessário e pertinente proceder-se no presente contexto à junção das vertentes
“emprego” e “formação profissional”, com o objectivo de, a um tempo, racionalizar a utilização dos recursos
disponíveis de um lado, e salvaguardar a eficácia da acção governamental nesses domínios, por outro.
O Governo opta com a presente medida legislativa, pela extinção dos Centros de Emprego presentemente
existentes, ao mesmo tempo que procede à criação dos Centros de Emprego e Formação Profissional (CEFP).
Os novos CEPF, enquanto estruturas desconcentradas do IEFP, de âmbito regional, assumirão, a esse nível, o
papel de executores das políticas e medidas do emprego, empreendedorismo e formação profissional.”
k) Centro de Emprego e Formação Profissional do Tarrafal de Santiago, com sede
em Tarrafal, ilha de Santiago;
l) Centro de Emprego e Formação Profissional do Fogo, com sede em S. Filipe,
ilha do Fogo;
m) Centro de Emprego e Formação Profissional da Brava, com sede em Nova
Sintra, ilha da Brava.
Artigo 2º
Coordenação
Artigo 3º
Entrada em vigor
A presente Resolução entra em vigor no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da sua
publicação.
Publique-se.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
ESTATUTOS
Decreto-Regulamentar n º 15/2005,
de 26 de Dezembro
CAPÍTULO I
Das disposições gerais
Artigo 1º
Objecto
Artigo 2º
Premissas gerais de criação
Artigo 3º
Competência para criação
5. O acto de criação dos centros a que se refere o n°1 indicará a entidade pública junto
da qual deverão funcionar, bem como sua localização, natureza e nível dos cursos de
formação a serem neles ministrados.
Artigo 4º
Denominação e símbolos
CAPÍTULO II
Da autonomia
Artigo 5º
Autonomia técnica e pedagógica
Artigo 6º
Autonomia administrativa, financeira e patrimonial
CAPÍTULO III
Dos princípios e atribuições gerais
Artigo 7º
Princípios de gestão e funcionamento
A gestão dos centros de formação profissional norteia-se por seguintes princípios:
Artigo 8º
Gestão municipal e privada
2. A gestão dos centros de formação pode ser entregue a pessoas colectivas de direito
privado idóneas mediante contrato de gestão a celebrar com o Instituto do Emprego e
Formação Profissional.
Artigo 9º
Atribuições
Artigo 10º
Cooperação e parceria
2. Para a prossecução dos seus fins, com a máxima garantia de qualidade das acções de
formação profissional, o Estado apoiará o desenvolvimento de formas de parceria e
colaboração entre os centros de formação profissional e bem assim entre estes e outras
instituições de formação.
CAPÍTULO IV
Da formação
Artigo 11º
Modalidades de formação
Artigo 12º
Componentes da formação
Artigo 13º
Certificados
CAPÍTULO V
Dos órgãos
Secção I
Órgãos de gestão
Artigo 14º
Enumeração
1. São órgãos de gestão dos centros de formação, o Director e a Comissão Técnico-
Pedagógica.
Subsecção I
Director
Artigo 15º
Natureza e nomeação
Artigo 16º
Competências do Director
Subsecção II
Comissão Técnico-Pedagógica
Artigo 17º
Natureza
Artigo 18º
Composição
1. A CTP é constituída pelo Director, que preside, pelos coordenadores das áreas de
formação e pelos gestores de formação.
2. Os formandos podem fazer-se representar em reuniões da CTP sempre que para tal
forem convidados.
Artigo 19º
Competências
Artigo 20º
Funcionamento
Artigo 21º
Coordenador de formação
Artigo 22º
Competências do gestor de formação
Secção II
Órgãos consultivos
Artigo 23º
Denominação e natureza
Artigo 24º
Composição
Artigo 25º
Atribuições
Artigo 26º
Funcionamento
CAPÍTULO VI
Da gestão financeira
Artigo 27º
Instrumentos de gestão
Artigo 28º
Recursos financeiros
Artigo 29º
Depósito de fundos
Artigo 30º
Despesas
Artigo 31º
Assinaturas
CAPÍTULO VII
Do pessoal
Artigo 32º
Regime
2. O pessoal dos centros públicos rege-se pela legislação aplicável às instituições a que
se subordinam.
Artigo 33º
Formadores
O centro de formação recruta formadores devidamente certificados e ou a cumprir o
período transitório com vista à obtenção do Certificado de Aptidão Profissional.
Artigo 34º
Capacitação
CAPÍTULO VIII
Da política de qualidade
Artigo 35º
Sistema de qualidade
Artigo 36º
Medidas de qualidade
Artigo 37º
Controlo de qualidade
CAPÍTULO IX
Disposições transitórias e finais
Artigo 38º
Disposições transitórias
Artigo 39º
Entrada em vigor
CRIAÇÃO E ESTATUTOS
Portaria nº 38-A/2008,
de 27 de Novembro
Artigo 1º
Criação
Artigo 2º
Natureza
Artigo 4º
Áreas e níveis de formação
4. A EHTCV pode ainda ministrar cursos e outras acções de formação não conferentes
de nível profissional, tendo em vista, designadamente, o aperfeiçoamento, a reciclagem,
a reconversão, a especialização e o treino de pessoal nas áreas referidas nos números 1 e
2.
Artigo 5º
Superintendência
Artigo 6º
Gestão privada
1. A gestão da EHTCV pode ser entregue a uma pessoa colectiva de direito privado, de
reconhecida idoneidade na área do turismo, mediante contrato de gestão a ser celebrado
com o IEFP.
CAPÍTULO I
Princípios Gerais
Secção I
Natureza e atribuições
Artigo 1º
Definição
Artigo 2º
Autonomia
Artigo 3º
Missão e atribuições
Artigo 4º
Vinculação à lei e às políticas públicas
Artigo 5º
Superintendência
Artigo 6º
Relações institucionais e de parceria
Secção II
Autonomia, democraticidade e participação
Artigo 7º
Autonomia da Escola
Artigo 8º
Democraticidade e participação
Secção III
Gestão financeira e patrimonial
Artigo 9º
Gestão administrativa e financeira
Artigo 10º
Património
2. É vedado à EHTCV alienar o património imobiliário que lhe seja afecto pelo Estado
sem que, para tanto, obtenha, previamente, autorização governamental, mediante
despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas finanças e pela
formação profissional.
Artigo 11º
Pessoal
Artigo 12º
Receitas
Secção IV
Superintendência
Artigo 13º
Poderes de superintendência
1. Sem prejuízo da sua autonomia, a EHTCV funciona junto e sob a supervisão,
orientação e fiscalização do IEFP, ao qual incumbe, designadamente:
a) Propor a nomeação do respectivo Director;
b) Aprovar os símbolos da Escola, por proposta do respectivo Director;
c) Ratificar os regulamentos internos, salvo o disposto nos presentes Estatutos;
d) Ratificar os instrumentos de gestão previsional da EHTCV, designadamente os
planos de actividades e os projectos estratégicos;
e) Ratificar os instrumentos de prestação de contas da EHTCV, nomeadamente os
orçamentos privativos, os relatórios e contas de gerência;
f) Aprovar a criação, suspensão e extinção de cursos;
g) Aprovar as propostas de orçamento dependentes do Orçamento do Estado;
h) Conhecer e decidir dos recursos em processos disciplinares e outros cuja
interposição esteja prevista em disposição legal expressa;
i) Aplicar ao pessoal da EHTCV as sanções previstas no Código Laboral cabo-
verdiano resultantes de prévio processo disciplinar, salvo delegação de
competência no Director da Escola;
j) Controlar a legalidade do funcionamento da EHTCV e a qualidade da formação
nela ministrada; e
k) Exercer as demais atribuições constantes da lei e dos regulamentos aplicáveis.
Secção V
Cursos, diplomas e certificados
Artigo 14º
Cursos e acções de formação
2. A EHTCV pode ministrar cursos nos diferentes níveis previstos no artigo 25º do
Decreto-Lei nº 37/2003, de 6 de Outubro, especialmente os de nível III, IV e V.
4. A EHTCV, pode ainda ministrar outras acções de formação não conferentes de nível
profissional, tendo em vista, designadamente, o aperfeiçoamento, a reciclagem, a
actualização, a reconversão, a especialização e o treino de pessoal nas áreas referidas
nos números 1 e 2, creditáveis com certificados ou diplomas adequados.
5. Em função das demandas de formação e sempre que as necessidades de
desenvolvimento nacional o recomendarem, a EHTCV pode, mediante o aval do IEFP,
ministrar cursos em áreas profissionais conexas ou complementares às referidas no
número anterior.
Artigo 15º
Diplomas e certificados
Secção VI
Simbologia
Artigo 16º
Símbolos
Artigo 17º
Dia da Escola
CAPÍTULO II
Estrutura Orgânica
Secção I
Órgãos de gestão
Artigo 18º
Enumeração
2. A EHTCV poderá criar ainda outros órgãos de gestão que se revelarem convenientes
à prossecução cabal dos seus fins, nos termos previstos no respectivo regulamento
interno.
Subsecção I
Director
Artigo 19º
Natureza e nomeação
Artigo 20º
Competências
Subsecção II
Comissão Técnico-Pedagógica
Artigo 21º
Natureza
Artigo 22º
Composição
Artigo 23º
Competências
Artigo 24º
Reuniões
Subsecção III
Conselho Consultivo da Escola
Artigo 25º
Denominação e natureza
Artigo 26º
Composição
Artigo 28º
Reuniões e deliberações
Secção II
Departamentos e Serviços
Subsecção I
Natureza e constituição
Artigo 29º
Definição e especificação
Subsecção II
Departamento de formação em turismo
Artigo 30º
Natureza e competências
Subsecção III
Departamento de formação em hotelaria
Artigo 31º
Natureza e competências
Subsecção IV
Departamento de gestão académica
Artigo 32º
Natureza
Artigo 33º
Competências dos Serviços de Secretaria
Compete ao Departamento de gestão académica, através dos serviços de secretaria:
Artigo 34º
Competências Serviços Financeiros
2. No domínio da Tesouraria:
a) Proceder à arrecadação em conta de ordem das receitas da Escola, de acordo
com a sua autonomia administrativa e financeira e segundo as normas definidas
pelo conselho administrativo;
b) Executar os pagamentos decorrentes das despesas devidamente autorizadas;
c) Preencher e submeter à assinatura os recibos necessários para o levantamento
dos fundos orçamentais e para cobrança das receitas próprias da Escola;
d) Devolver diariamente, aos serviços competentes, a documentação respeitante aos
pagamentos efectuados;
e) Transferir para os cofres do Estado, dentro dos prazos legais, as respectivas
receitas, em conformidade com as guias e relações organizadas pelos serviços;
f) Manter rigorosamente actualizada a escrita da Tesouraria, de modo a ser possível
verificar, em qualquer momento, a exactidão dos fundos em cofre e em depósito;
e
g) Efectuar os pagamentos respeitantes a benefícios sociais, quer de pessoal, quer
de alunos da Escola.
Secção VI
Outras estruturas de apoio
Artigo 35º
Gabinete de Relações Públicas
1. A EHTCV pode dispor de um Gabinete de Relações Públicas, dirigido por quem for
indicado pelo Director da EHTCV, incumbido de promover a venda de serviços,
desenvolver actividades de Extensão Cultural, de Relações com Parceiros Nacionais e
Internacionais e de organização de Estágios Profissionais.
Artigo 36º
Secretariados de apoio
CAPÍTULO III
Disposições finais e transitórias
Artigo 37º
Regime do Pessoal
Artigo 38º
Legislação aplicável supletivamente
Em tudo o que não consta dos presentes Estatutos são aplicáveis à EHTCV as normas
constantes do regime jurídico geral da formação profissional e demais diplomas legais e
regulamentares aplicáveis à formação profissional.
Artigo 39º
Aplicabilidade em contexto de gestão privada
Artigo 40º
Revisão dos Estatutos
Resolução nº 5/2012,
de 25 de Janeiro
O Programa do Governo para a presente legislatura atribui à Formação profissional e
à qualificação dos recursos humanos um papel de relevo no contexto da política de
valorização dos recursos humanos e salienta como um dos elementos desta mesma
política, o desenvolvimento de um sistema integrado de educação, formação
profissional e a sua articulação e coordenação com o mercado de trabalho.
De entre as várias medidas a adoptar em matéria de Formação profissional, propõem-se a
institucionalização de um mecanismo de financiamento da formação profissional, que
envolve a comparticipação das empresas, dos formandos enquanto beneficiários directos da
formação, do Estado e das autarquias locais, incorporando a experiência existente e os
conhecimentos acumulados neste domínio.
A esse respeito, já o Decreto-Lei n.º 37/2003 de 6 de Dezembro que regula o Regime
Jurídico Geral da Formação Profissional deixa explícita a necessidade de se
providenciar a regulamentação de algumas matérias, designadamente, as concernentes
ao financiamento do emprego e da formação profissional, pois, por intermédio desta,
entre outras medidas que complementem o diploma em apreço, definem-se opções e
princípios básicos que enformam o sistema de Formação profissional.
Para tanto, é fundamental a reformulação do Fundo de Promoção do Emprego e da
Formação, criado pelo Decreto-Lei n.º 52/94, de 22 de Agosto, e bem assim o Decreto
Regulamentar nº 17/2005, de 26 de Dezembro, atendendo às estratégias da política de
formação profissional consensualmente formuladas.
Assim sendo, impõe-se como medida adequadamente desejável, designadamente,
financiamentos, parcial ou total, de cursos e/ou acções de formação profissional inicial,
na perspectiva de inserção sócio-profissional de activos em situação de desemprego, em
especial, dos jovens à procura do primeiro emprego, e de formação contínua com
pertinência para as necessidades da economia nacional.
Essa reformulação se justifica ainda pelo facto da realidade sócio-profissional ter
sofrido transformações substanciais deste a data da publicação e entrada em vigor
daqueles diplomas, até esta parte. Por outro lado, importa salientar que se mostra
necessário introduzir ajustamentos no âmbito da intervenção do Fundo, viabilizando a
sua abertura ao funcionamento de acções a montante e a jusante, dos processos de
selecção e integração dos projectos susceptíveis de financiamento pelo Fundo.
Neste contexto, e no quadro de concertação entre os membros de Governo
responsáveis pelas áreas da Formação Profissional, do Emprego e das Finanças,
decidiu-se criar o Fundo de Promoção do Emprego e da Formação, que funcionará sob a
Direcção Superior do Governo, através dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das Finanças, da Formação Profissional e do Emprego, e cujas atribuições,
competências, organização e financiamento serão regulados pelo respectivo estatuto e
regulamentos complementares.
De entre as inovações constantes dos estatutos do Fundo consta a sua concepção
numa lógica trans-sectorial afim de, por um lado, garantir a qualificação das pessoas no
desemprego e, por outro, assegurar, através de mecanismos de repartição adequados, a
afectação racional e equitativa dos seus recursos para os diferentes sectores objecto da
sua intervenção.
Igualmente, foram considerados os projectos e programas de formação de pessoas
com deficiência. É sabido que escolha de profissão e o acesso à função pública e ao
sector privado são direitos constitucionalmente garantidos a todos os cidadãos, em
condições de igualdade e liberdade. Os cidadãos com deficiência gozam plenamente dos
direitos consignados na Constituição, com ressalva daqueles para os quais se encontrem
incapacitados.
Porém, o número de cidadãos funcionários com deficiência na Administração Pública
ou trabalhadores com deficiência no sector privado é francamente insignificante, pelo
que a Administração Pública e o sector privado, na sua qualidade de entidades
empregadoras, devem tomar a seu cargo a responsabilidade de tornar acessível o
emprego a pessoas com deficiência.
Assim, se decidiu incluir, nas actividades do Fundo, projectos e programas de
formação e qualificação para pessoas com deficiência afim de, por um lado, dar
cumprimento à mencionada obrigação constitucionalmente consagrada e, por outro,
contribuir para a redução da pobreza e exclusão social das pessoas portadoras com
deficiência em idade de trabalhar ou permitir às mesmas ter uma formação que lhes
garanta o exercício de uma actividade remunerada.
Privilegiou, outrossim, a canalização, para o Fundo, de recursos não utilizados no
âmbito dos projectos da cooperação internacional (ou parte destes recursos).
Assim:
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º da Lei nº 96/V/99, de 22 de Março; e
No uso da faculdade conferida pelo nº 2 do artigo 266.º da Constituição, o Governo
aprova a seguinte Resolução:
Artigo 1.º
Criação
É criado o Fundo de Promoção do Emprego e da Formação, abreviadamente
designado por Fundo.
Artigo 2.º
Natureza
O Fundo de Promoção do Emprego e da Formação é o Fundo que visa apoiar as
políticas e iniciativas de desenvolvimento e empregabilidade dos recursos humanos,
dotado de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, sob a Direcção Superior
do Governo.
Artigo 3.º
Atribuições e competências
As atribuições, competências, organização e financiamento do Fundo serão regulados
pelos respectivos estatutos e regulamentos complementares.
Artigo 4.º
Revogação
São revogados o Decreto-Lei n.º 52/94, de 22 de Agosto e o Decreto-Regulamentar
n.º 17/2005, de 26 de Dezembro, bem como toda a legislação em contrário.
Artigo 5.º
Entrada em vigor
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Vista e Aprovada em Conselho de Ministros, em 28 de Dezembro de 2011.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves.
Publique-se.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves.
ESTATUTO DO
FUNDO DE PROMOÇÃO DO EMPREGO E DA FORMAÇÃO
Decreto-Regulamentar n.º 4/2012,
de 29 de Fevereiro
Com a criação do Fundo de Promoção do Emprego e da Formação, pela Resolução n.º
5/2012, de 25 de Janeiro, impõe-se aprovar o respectivo Estatuto.
Salienta-se que cabe ao departamento governamental responsável pela área das
Finanças a função de inspecção administrativa destinada a permitir a informação do
Governo sobre a actividade dos corpos administrativos e o funcionamento dos
respectivos serviços, de modo a permitir-lhe orientá-lo e para garantir a boa governação
do Fundo; e aos departamentos governamentais responsáveis pelas áreas da Formação
Profissional e do Emprego as restantes atribuições inerentes à Direcção Superior do
Governo, nos termos do Estatuto do Fundo e do Manual de Procedimentos.
Assim,
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 6.º da Lei nº 96/V/99, de 22 de Março; e
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205.º e pela alínea b) do n.º 2
do artigo 264.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Aprovação do estatuto
É aprovado o estatuto do Fundo de Promoção do Emprego e da Formação, anexo ao
presente diploma, do qual faz parte integrante e abaixa assinado pelos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Formação Profissional e do
Emprego.
Artigo 2.º
Entrada em vigor
Este diploma entra em vigor 30 dias após à sua publicação.
Visto e aprovado em Concelho de Ministros de 28 de Dezembro de 2011
José Maria Pereira Neves - Cristina Isabel Lopes da Silva Monteiro Duarte - Janira
Isabel Fonseca Hopffer Almada
Promulgado em 24 de Fevereiro de 2012
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE ALMEIDA FONSECA
___
ESTATUTO DO FUNDO DE PROMOÇÃO DO EMPREGO
E DA FORMAÇÃO
Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1º
Natureza
O Fundo de Promoção do Emprego e da Formação, abreviadamente designado por
Fundo, é o fundo que visa apoiar as políticas e iniciativas de desenvolvimento e
empregabilidade dos recursos humanos, dotado de autonomia administrativa, financeira
e patrimonial.
Artigo 2º
Sede e criação de delegação
O Fundo tem a sua sede na Cidade da Praia, podendo actuar em qualquer ponto do
território nacional, nos termos da Lei nº 96/V/99, de 22 de Março.
Artigo 3º
Normas reguladoras
O Fundo rege-se pelas normas do presente estatuto, pelos seus regulamentos internos,
manual de procedimento do Fundo e demais legislação aplicável.
Artigo 4º
Direcção Superior
O Fundo desenvolve as suas actividades sob a direcção superior do Governo, nos
termos do presente estatuto e da Lei nº 96/V/99, de 22 de Março.
Artigo 5º
Relações com terceiros
Nas suas relações com terceiros, o Fundo está sujeito às normas de direito privado.
Artigo 6º
Objectivos
1. O Fundo visa apoiar as políticas e iniciativas de desenvolvimento e
empregabilidade dos recursos humanos, designadamente a formação profissional e
promoção do emprego dos recursos humanos, em geral.
2. O Fundo financia total ou parcialmente:
a) Programas, projectos e acções de formação profissional inicial, em exercício,
incluindo a aprendizagem em domínios pertinentes para o sector produtivo e
para o mercado de emprego;
b) Iniciativas públicas e privadas de capacitação profissional de jovens e adultos em
actividade formativas para inserção e/ou reconversão socioprofissionais, auto-
emprego, empreendedorismo e/ou desenvolvimento de actividades
económicas independentes;
c) Programas e projectos de reforço da capacidade formativa, de programação e de
avaliação de instituições, escolas, centros e dispositivos de qualificação de
recursos humanos e de aperfeiçoamento técnico-profissionais;
d) Pedidos individuais de subsídios e bolsas de estudo reembolsáveis ou a fundo
perdido para formações com relevância pedagógica, social, económica e para
a administração pública, de acordo com os critérios e procedimentos
previamente aprovados pelas instâncias competentes;
e) Projectos e iniciativas de organizações profissionais e não governamentais
relevantes para os objectivos do governo, de capacitação e de
desenvolvimento de recursos humanos;
f) Projectos e iniciativas de organizações profissionais e não governamentais, de
pessoas individuais e colectivas, relevantes para os objectivos do governo que
visam a empregabilidade, designadamente, de apoio ao emprego, auto-
emprego e projectos de empreendedorismo.
g) Projectos e programas de formação e de qualificação de pessoas com deficiência.
3. O Fundo pode, ainda, financiar:
a) Projectos de avaliação, estudo ou de pesquisa sobre o sistema nacional de
formação profissional e de qualificação de recursos humanos; e
b) Valências formativas com garantias de empregabilidade e de viabilidade de
projectos de luta contra a pobreza e desenvolvimento local, social e
económico.
4. Na prossecução dos seus objectivos o Fundo deverá criar e cultivar relações de
coordenação e de partilha de informações com os serviços dos Ministérios envolvidos e
outras instituições vocacionadas para apoiar a formação e/ou com intervenções em áreas
próximas.
Artigo 7º
Capital social e sua representação
1. O capital social do Fundo é de oitenta milhões de escudos cabo-verdianos
(80.000.000$00) e está integralmente subscrito e realizado pelo Estado.
2. O capital social do Fundo pode ser aumentado uma ou mais vezes.
3. O capital social é representado por acções nominativas pertencentes ao Estado.
Artigo 8º
Fontes de receita e de alimentação
1. Constituem fontes de receitas do Fundo, tudo o que couber arrecadar nos termos da
lei, designadamente:
a) Dotações, subsídios ou doações concedidas pelo Estado, pelas Autarquias Locais
e por quaisquer outras entidades públicas ou privadas, nacionais ou
estrangeiras;
b) Rendimentos de bens próprios ou constituição de direitos sobre eles;
c) Produto de venda de bens e/ou serviços;
d) Produto de quaisquer indemnizações que lhe sejam devidas;
e) Juros e remunerações de aplicações bancárias sobre os recursos do Fundo;
f) Parte da contribuição dos formandos nos custos de formação;
g) O valor das taxas e coimas cobradas no âmbito da Acreditação das Entidades
Formadoras;
h) Recursos específicos provenientes de projectos e programas de formação
profissional;
i) 5% Sobre os resultados líquidos dos jogos de fortuna e azar realizados no
território nacional ou a partir deste;
j) Quaisquer outras receitas provenientes de suas actividades, ou que, por lei ou
contrato, devam pertencer-lhe.
2. Os Membros do Governo que exercem a Direcção Superior sobre o Fundo podem
criar outros mecanismos de financiamento do Fundo.
3. Em matéria de arrecadação de receitas exclui-se a dupla participação.
Artigo 9º
Beneficiários do Fundo
São beneficiários directos das operações do Fundo, nomeadamente:
a) Centros de Formação Profissional e Escolas Técnicas acreditados como
entidades formadoras, bem como Instituições de Ensino Superior que
ministram Cursos de Estudos Superiores Profissionalizantes, desde que
devidamente homologados pelo membro do Governo responsável pela área do
Ensino Superior e respeitados que sejam os incisos legais vigentes na matéria
no País, previstas no Decreto-Regulamentar nº 2/2011, de 24 de Janeiro,
relativamente ao pagamento das taxas”.
b) Outros organismos públicos ou privados acreditados como entidades formadoras;
c) Iniciativas de organizações profissionais e não governamentais, de pessoas
individuais e colectivas que visam a criação e ou a promoção de micro e
pequenos projectos e ou micro e pequenas empresas;
d) Jovens frequentando cursos ou acções de formação profissional relevantes para
os objectivos do Fundo.
Artigo 10º
Princípio de gestão e aplicação separadas das receitas
1. Para garantir o investimento sectorial equitativo e transparente das receitas do
Fundo, os Órgãos Sociais competentes assegurarão a gestão das receitas em contas
separadas, de acordo com a proveniência das mesmas.
2. A gestão e a aplicação sectorial das receitas serão objecto de regulamentação
especial.
CAPÍTULO II
Actividade do Fundo
Artigo 11º
Formação e inserção profissionais
1. Compete ao Fundo promover e financiar:
a) Projectos e actividades de formação e inserção profissional dos recursos
humanos;
b) Projectos de organizações profissionais e não governamentais, de pessoas
individuais e colectivas que visam a criação e ou promoção de micro ou
pequenos projectos e ou micro e pequenas empresas.
2. Para a concretização do disposto no número anterior, serão celebrados contratos com
pessoas singulares e colectivas, nos termos a regulamentar.
Artigo 12º
Condições de financiamento
O financiamento dos projectos referido no artigo 14º deste estatuto é condicionado à
verificação das condições exigidas no manual de procedimento do Fundo.
Artigo 13º
Financiamento de outras actividades
1. O Fundo pode financiar outras actividades que não as referidas no artigo 11º deste
estatuto, por decisão dos seus órgãos directivos competentes, desde que tais projectos
estejam em sintonia com os objectivos do Fundo e se submetam às condições exigidas
no presente estatuto e no manual de procedimento do Fundo.
2. O Fundo pode, ainda, financiar projectos de formação ao longo da vida.
Artigo 14º
Regras gerais de procedimento de financiamento
de projectos
1. A decisão de financiamento de projectos pelo Fundo é tomada após a análise de
propostas apresentadas.
2. A execução dos projectos financiados pelo Fundo é da responsabilidade da entidade
a que for atribuído o financiamento, sob a supervisão técnica e financeira do Fundo, que
é responsável, igualmente, pelo seu seguimento, para avaliação do respectivo impacto,
de forma a que os projectos sejam executados como tiver sido acordado e respondam
aos objectivos que determinaram a sua execução.
3. O disposto no número anterior não afasta a possibilidade de a execução, em certos
casos, ser feita no quadro de acordos ou protocolos a estabelecer, para o efeito, entre o
Fundo e outras entidades.
CAPÍTULO III
Da organização
Artigo 15º
Órgãos e Estatuto Remuneratório
1.São órgãos do Fundo:
a) O Conselho de Administração;
b) O Serviço de Apoio; e
c) O Conselho Consultivo.
2. O Estatuto Remuneratório dos membros do Conselho de Administração é
estabelecido por Resolução do Conselho de Ministros, sob proposta dos membros do
Governo que tutelam as áreas das Finanças, da Formação Profissional e do emprego.
Secção I
Do Conselho de Administração
Artigo 16º
Composição e requisitos
1. O Conselho de Administração é composto por três Administradores, sendo um
Presidente.
2. Os membros do Conselho de Administração são nomeados por Resolução de
Conselho de Ministros, sob proposta conjunta dos membros do Governo que tutelam as
áreas das Finanças, da Formação Profissional e do Emprego.
3. Os membros do Conselho de Administração são escolhidos de entre candidatos
com curso superior que confira grau mínimo de licenciatura nas áreas de economia,
gestão e finanças, com sensibilidade e experiência nos domínios da educação e
formação ou com formação em ciências humanas com sensibilidade e experiência em
gestão financeira e contabilística.
Artigo 17º
Competências do Presidente
1. Compete ao Presidente do Conselho de Administração:
a) Convocar e presidir as reuniões do Conselho de Administração e assegurar a
execução das suas deliberações;
b) Representar o Fundo em juízo e fora dele;
c) Assegurar as relações do Fundo com o Governo e as demais entidades públicas;
d) Autorizar despesas dentro dos limites que forem fixados pelo Conselho de
Administração;
e) Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo Conselho de
Administração, podendo entretanto praticar actos urgentes em matéria de
competência não delegada, os quais deverão ser ratificados na primeira
reunião seguinte do Conselho de Administração;
f) Garantir o bom funcionamento do Serviço de Apoio, enquanto espaço de
avaliação e seguimento dos projectos;
g) Assegurar a representação legal do Fundo, por delegação;
h) Dirigir as operações do Fundo;
i) Gerir os recursos e dirigir os serviços do Fundo;
j) Assinar, em nome do Fundo, os contratos relativos a aquisição de serviços que
venham a mostrar-se necessários;
k) Assinar, com autorização do Conselho de Administração, os instrumentos de
gestão previsional e os documentos de prestação de contas do Fundo;
l) Elaborar e submeter à apreciação do Conselho de Administração o orçamento e o
plano de actividades;
m) Apreciar as propostas de financiamento de projectos, nos termos e limites
fixados no Manual de Procedimento do Fundo;
n) Preparar, para aprovação pelo Conselho de administração, o Manual de
Procedimento e demais regulamentos internos do Fundo;
o) Assegurar o cumprimento das decisões do Conselho de Administração;
p) Organizar as sessões, seleccionar e instruir os processos, com vista às decisões
do Conselho de Administração respeitantes às operações do Fundo;
q) Preparar os instrumentos de gestão previsional e os documentos de prestação de
contas do Fundo;
r) Estabelecer o sistema de informação e controle financeiro das acções do Fundo;
s) Assegurar o cumprimento das regras de execução orçamental definidas, tendo em
atenção os orçamentos aprovados;
t) Assegurar que a elaboração dos pedidos de desembolso, reembolso e pagamento
sejam conformes às normas dos organismos financiadores respectivos,
explícitas nos acordos de concessão de crédito ou noutras directivas;
u) Assegurar a elaboração do plano de contas do Fundo, de acordo com as
necessidades de informação, de fiscalização do património e do cumprimento
de obrigações fiscais e outras;
v) Proceder periodicamente a verificações de contas para assegurar a integridade e a
regularidade dos lançamentos efectuados;
w) Assegurar que as contas sejam elaboradas de acordo com procedimentos
contabilísticos aceitáveis para os organismos financiadores do Fundo;
x) Assegurar o secretariado do Conselho Consultivo e do Conselho de
Administração.
2. O Presidente do Conselho de Administração pode delegar competências, nos
termos a regulamentar em legislação especial;
Artigo 18º
Substituição do Presidente
O Presidente do Conselho de administração é substituído, nos seus impedimentos e
ausências, pelo administrador que designar ou, na falta de designação, pelo
administrador mais antigo.
Artigo 19º
Funcionamento
1. O Conselho de Administração reúne-se uma vez por mês e, extraordinariamente,
sempre que convocado pelo Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de dois dos
seus membros.
2. Nas votações não pode haver abstenções.
3. A acta das reuniões deve ser aprovada e assinada por todos os membros presentes.
4. As reuniões do Conselho de Administração são convocadas com, pelo menos, 15
(quinze) dias de antecedência.
Artigo 20º
Quórum e deliberação
1. O Conselho de Administração só delibera validamente com a presença de, pelo
menos, dois terços dos seus membros.
2. As deliberações são tomadas por maioria absoluta dos membros.
3. O Presidente tem voto de qualidade.
Artigo 21º
Gratificação
1. Por cada reunião que participarem, os membros do Conselho de Administração
receberão uma gratificação, a liquidar pelo Fundo.
2. O valor da gratificação a que se refere o número anterior é estipulado por Portaria
conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Formação
Profissional e do Emprego, tendo em conta a dignidade própria do cargo.
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os Membros do Conselho de
Administração do Fundo beneficiam do pagamento de despesas de viagem e a
atribuição de ajudas de custo por deslocação para reuniões do Conselho, quando estas se
realizam fora do Concelho onde exercem a actividade profissional.
Artigo 22º
Atribuições
Cabe, em especial, ao Conselho de Administração:
a) Decidir da concessão de créditos ou subvenções do Fundo, a partir do exame dos
processos correspondentes submetidos pelo Presidente;
b) Aprovar o regulamento interno do Fundo;
c) Aprovar as políticas e as linhas gerais orientadoras das actividades do Fundo;
d) Aprovar o plano de actividades, o orçamento e o relatório de contas;
e) Aprovar propostas de financiamento de projectos;
f) Aprovar os instrumentos de gestão previsional e os documentos de prestação de
contas do Fundo;
g) Autorizar a constituição de mandatários especiais do Fundo;
h) Definir as linhas gerais de orientação das actividades, gestão e administração do
Fundo;
i) Analisar e aprovar os projectos a serem financiados pelo Fundo;
j) Avaliar e decidir sobre as propostas de concessão ou revisão dos benefícios a
serem atribuídos nos termos deste estatuto;
k) Definir e estabelecer um sistema de informação relativo aos processos e
programas acerca dos projectos susceptíveis de serem financiados pelo Fundo,
e constituir uma base de dados a nível nacional e local, e dinamizar a sua
implementação;
l) Aprovar os instrumentos de gestão previsional e os documentos de prestação de
contas do Fundo;
m) Aprovar os termos de referência dos quadros do Serviço de Apoio;
n) Informar a Entidade Tutelar das actividades do Fundo;
o) Ratear indicativamente a utilização dos recursos para os diferentes sectores da
formação profissional e emprego;
p) Estabelecer relações de parceria com vista à expansão do Fundo;
q) Pronunciar sobre os regulamentos internos do Fundo;
r) Definir indicadores de controlo e avaliação dos programas e projectos e proceder
à análise dos resultados;
s) Outras incumbências que lhe sejam afectadas, por lei, ou pelas entidades
competentes.
Artigo 23º
Incompatibilidade e impedimentos do Presidente
1. O Presidente do Conselho de Administração não pode, durante o seu mandato,
exercer qualquer outra função pública ou actividade profissional, salvo a actividade
docente, a tempo parcial e desde que não cause prejuízo ao exercício das funções
públicas.
2. Após o termo das suas funções, o Presidente do Conselho de Administração fica
impedido, pelo período de dois anos, de desempenhar quaisquer funções ou prestar
qualquer serviço às entidades que tenham beneficiado de ajuda financeira do Fundo.
Secção II
Do Serviço de Apoio
Artigo 24º
Composição do Serviço de Apoio
1. O Serviço de Apoio é constituído pelo Serviço de administração e finanças e pelo
Serviço de avaliação e seguimento dos projectos.
2. O Serviço de Apoio será objecto de regulamentação especial.
Secção III
Conselho Consultivo
Artigo 25º
Composição
1. O Conselho Consultivo é composto pelos seguintes representantes:
a) 1 (um) representante do departamento governamental responsável pelas áreas da
Formação Profissional e do Emprego;
b) 1 (um) representante do departamento governamental responsável pela área da
Administração pública;
c) 1 (um) representante do departamento governamental responsável pela área da
Educação e Desporto;
d) 1 (um) representante do departamento governamental responsável pela área do
Ensino Superior;
e) 1 (um) representante da Escola de Negócios e Governação;
f) 1 (um) representante da Associação dos Municípios de Cabo Verde;
g) 1 (um) representante de cada uma das Centrais Sindicais;
h) 1 (um) representante de cada uma das Câmaras de Comércio;
i) 2 (duas) personalidades de reconhecido mérito, na área da formação, designadas
pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Formação
Profissional e do Emprego;
j) 1 (um) representante da Plataforma das ONG’s;
k) 1 (um) representante das Associações das pessoas com deficiência;
l) 1 (um) representante da Reforma do Estado.
2. Compete ao responsável máximo das Entidades previstas no número anterior
designar o respectivo representante para o Conselho Consultivo.
Artigo 26º
Atribuições
1. Constitui atribuição do Conselho Consultivo a emissão de pareceres, sempre que
solicitado pelo Conselho de Administração ou pelo respectivo Presidente, e demais
competências que lhe forem conferidas em regulamentação especial.
2. Compete, ainda, ao Conselho Consultivo elaborar e propor ao Conselho de
Administração, para aprovação, projectos a serem financiados pelo Fundo.
Artigo 27º
Periodicidade das reuniões
1. O Conselho Consultivo reúne-se duas vezes por ano e, extraordinariamente, sempre
que convocado pelo Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de dois terços dos
seus membros.
2. Nas votações não pode haver abstenções.
3. A acta das reuniões deve ser aprovada e assinada por todos os membros presentes.
4. As reuniões do Conselho de Consultivo são convocadas com, pelo menos, 30
(trinta) dias de antecedência.
Artigo 28º
Quórum e deliberação
O Conselho Consultivo apenas delibera validamente com a presença de, pelo menos,
dois terços dos seus membros.
Artigo 29º
Designação do Presidente
O Presidente do Conselho Consultivo é designado, de entre os seus pares, na primeira
reunião do Conselho.
Artigo 30º
Senhas de presença
Para cada reunião é devida uma senha de presença, fixada nos termos do número 2 do
artigo 21.º.
CAPÍTULO IV
Responsabilidade
Artigo 31º
Responsabilidade disciplinar, financeira, civil e penal
Os titulares dos órgãos do Fundo e os seus trabalhadores respondem civil, criminal,
disciplinar e financeiramente pelos actos e omissões que pratiquem no exercício das
suas funções, nos termos da Constituição e demais legislação aplicável.
CAPÍTULO V
Da gestão patrimonial, económica e financeira
Artigo 32º
Património
1. O património do Fundo é constituído pela universalidade de seus bens, direitos e
obrigações.
2. A gestão financeira do Fundo rege-se pelas leis da contabilidade pública.
Artigo 33º
Instrumentos de gestão previsional
A gestão económica e financeira do Fundo será disciplinada pelos seguintes
instrumentos de gestão previsional:
a) Plano anual de actividade; e
b) Orçamento.
Artigo 34º
Documentos de prestação de contas
1. O Fundo deve apresentar os seguintes documentos de prestação de contas:
a) Relatório de actividades;
b) Contas de gerência; e
c) Balancete Trimestral.
2. As contas de gerência devem ser publicadas, através de meios adequados, até 31 de
Março do ano seguinte ao do exercício.
Artigo 35º
Modelos e prazos de apresentação
1. Os modelos dos instrumentos de gestão previsional e dos documentos de prestação
de contas são estabelecidas por portaria conjunta dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das Finanças, da Formação Profissional e do Emprego.
2. Os instrumentos de gestão previsional serão apresentados pelo Presidente do
Conselho de Administração, para aprovação do Conselho de Administração, até 31 de
Outubro do ano anterior àquele a que respeitem.
3. Os documentos de prestação de contas serão apresentados pelo Presidente do
Conselho de Administração para aprovação do Conselho de Administração até 31 de
Março do ano seguinte àquele a que respeitem.
Artigo 36º
Depósito de fundos
Os recursos financeiros do Fundo são depositados em contas bancárias, e
movimentadas nos termos nos termos do art. 4º, da Lei nº 78/V/98, de 7 de Dezembro,
do Manual de Procedimento do Fundo ou de acordo com os procedimentos específicos
estabelecidos com os organismos financeiros respectivos.
Artigo 37º
Despesas
Constituem despesas próprias do Fundo os encargos com o seu funcionamento e os
inerentes às actividades decorrentes das suas atribuições, bem como os custos de
aquisição, manutenção e conservação dos bens, equipamentos e serviços que tenha de
utilizar.
Artigo 38º
Fiscalização
1. O plano e o relatório de actividades do Fundo carecem de homologação do
Governo, que exerce a Direcção Superior sobre o Fundo.
2. O orçamento anual do Fundo carece de homologação conjunta dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Formação Profissional e do
Emprego.
3. A conta de gerência do Fundo, depois de aprovada, é submetida a julgamento do
Tribunal de Contas.
4. A fiscalização contabilística e financeira do Fundo, bem como o exame dos actos de
gestão dos seus órgãos, estão sujeitos a auditoria externa, sem prejuízo das
competências próprias da Inspecção-Geral das Finanças.
CAPÍTULO VI
Do pessoal
Artigo 39º
Regime
O pessoal do Fundo rege-se pelo estatuto da função pública e é provido nos termos do
art. 11º da Lei nº 96/V/99, de 22 de Março.
CAPÍTULO VII
Da vinculação
Artigo 40º
Assinaturas
O Fundo obriga-se por duas assinaturas, sendo uma do Presidente do Conselho de
Administração.
CAPÍTULO VIII
Da Direcção Superior
Artigo 41º
Da Direcção Superior
A Direcção Superior do Governo sobre o Fundo, no que tange à função de inspecção
administrativa destinada a permitir a informação do Governo sobre a actividade dos
corpos administrativos e funcionamento dos respectivos serviços, incumbe ao membro
do Governo responsável pela área das Finanças, e relativamente às restantes atribuições
inerentes à Direcção Superior do Governo, ao membro do Governo responsável pelas
áreas da Formação Profissional e do Emprego.
Artigo 42º
Poderes Inerentes à Direcção Superior
No âmbito dos poderes inerentes à Direcção Superior, incumbe ao Governo:
a) Definir as políticas gerais, as estratégias e as orientações a que devem
subordinar-se as actividades do Fundo;
b) Homologar os instrumentos de gestão previsional e os documentos de prestação
de contas, nos termos do artigo 34º dos presentes estatutos;
c) Aprovar o quadro de pessoal do Fundo e o respectivo estatuto;
d) Ordenar inquéritos, sindicância e inspecções às actividades do Fundo.
CAPÍTULO IX
Dissolução
Artigo 43º
Dissolução e liquidação do Fundo
A dissolução e a liquidação do Fundo ocorrem nos termos legais.
CAPÍTULO X
Disposições transitórias e finais
Artigo 44º
Organização dos serviços
1. O Fundo funcionará pelo período de seis meses em regime de instalação.
2. No período da instalação, o Conselho de Administração elaborará e submeterá à
aprovação do Governo um regulamento interno que define a sua estrutura orgânica, as
funções e competências dos serviços que a integram, os respectivos quadros de pessoal,
as normas gerais a observar no desenvolvimento das actividades a seu cargo e tudo o
mais que se torne necessário para o adequado funcionamento.
Artigo 45º
Comissão Instaladora
1. Será criada uma Comissão Instaladora para, no prazo de 6 (seis) meses, estabelecer,
designadamente, um plano de desenvolvimento do Fundo e proceder à instalação do
serviço e à capacitação do pessoal chave.
2. A Comissão Instaladora e o seu respectivo presidente serão designados por
despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da
Formação Profissional e do Emprego.
3. Durante o período de instalação, o Conselho de Administração será constituído
necessariamente por três membros, sendo um representante da área da Formação
Profissional e Emprego, que Preside, um representante da área das Finanças e um
representante do Sector privado, podendo um novo Presidente ser nomeado após o
decurso desse período.
As Ministras, Cristina Isabel Lopes da Silva Monteiro Duarte - Janira Isabel Fonseca
Hopffer Almada
OBSERVATÓRIO DO EMPREGO
(OE)
Decreto-Lei nº 34/2011,
de 26 de Dezembro
Por outro lado visa formular propostas, acompanhar e avaliar as políticas de emprego e
formação profissional.
Nestes termos,
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Natureza e objectivos
Artigo 3.º
Competências
Artigo 4.º
Direcção
Artigo 5.º
Recursos humanos e materiais
Artigo 6.º
Contactos e cooperação
1. Na execução das suas atribuições, o Observatório estabelece contactos que tiver por
convenientes e coopera com entidades nacionais e estrangeiras.
Artigo 7.º
Regulamento
Artigo 8.º
Entrada em vigor
José Maria Pereira Neves – Cristina Isabel Lopes da Silva Monteiro Duarte - Janira
Isabel Fonseca Hopffer Almada
CONSELHO NACIONAL
DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
(CNEFP)
Decreto-Lei nº 36/2007,
de 5 de Novembro
É assim que, mais de dez anos volvidos sobre a data da criação do CNEF, o Ministério
da Qualificação e Emprego, na qualidade de departamento governamental responsável
pelas áreas do Emprego e da Formação Profissional, usando das prerrogativas que lhe
são conferidas pelo artigo 7.º do diploma em referência, convocou um conselho
extraordinário alargado desse órgão, a fim de entre outros assuntos, reanalisar a
revitalização do conselho, pois que se mostra inquestionável a importância de um órgão
do tipo, sobretudo na presente conjuntura em que esforços estão sendo concentrados na
promoção do crescimento económico e na redução do desemprego.
Recolhidas que foram as mais variadas contribuições, analisadas à luz dos novos
desafios que se colocam ao sector do Emprego e por conseguinte à Qualificação e
Formação Profissional, conclui-se pela urgente renovação do CNEF enquanto conselho
consultivo funcional, actuante e eficiente na tomada de posições face aos desafios que
se colocam à formação profissional e às medidas de políticas de emprego, dotando-o de
uma nova roupagem jurídica.
Essa renovação impõe não só uma mexida na estrutura constitutiva do CNEF, alargando
o espectro dos seus membros efectivos, como também obrigando a uma reformulação
das incumbências deste órgão. Outrossim, mostra-se necessário que o conselho seja
dotado de um secretariado executivo e de um regimento interno que regule o seu modo
de funcionamento.
Artigo 2º
Natureza
Artigo 3º
Composição
Artigo 4º
Presidência
Artigo 5º
Competências
Incumbe ao CNEF:
Artigo 6º
Funcionamento
2. As sessões do CNEF são convocadas, com pelo menos quinze dias de antecedência.
3. A ordem do dia de cada sessão deve ser preparada e fixada pelo Presidente.
Artigo 7º
Participação especial no CNEF
Artigo 8º
Secretariado
Artigo 9º
Meios Financeiros
Artigo 10º
Regimento do CNEF
O CNEF aprova o seu regimento podendo nele prever normas sobre estruturas de
segundo nível, repartição de competências e sobre o seu funcionamento.
Artigo 11º
Assessoria ao CNEF
Artigo 12º
Revogação
Artigo 13º
Entrada em vigor
Decreto-Lei nº 35/93,
de 21 de Junho40
Artigo 1º
Criação
Artigo 2º
Natureza
Artigo 3º
Representação
Artigo 4º
Composição
1. O C.C.S. é composto pelo Presidente e mais 12 membros, sendo estes indicados por
cada uma das entidades referidas no artigo 3º em número de quatro representantes por
cada grupo e designados pelo Primeiro Ministro.
Artigo 5º
Participação sem direito a voto
Artigo 6º
Órgãos
a) A Presidência;
b) O Secretariado Permanente.
Artigo 6º-A
Presidência
Artigo 6º-B
Secretariado Permanente
Artigo 6º-C
Competência
Incumbe ao Secretariado Permanente:
Artigo 6º-D
Direcção
Artigo 6º-E
Artigo 7º
Atribuições
a) Procurar estabelecer, a seu nível, consensos sobre quaisquer questões que digam
respeito às partes nele representadas, viabilizando, sempre que possível, o
diálogo e a busca de soluções equilibradas;
b) Pronunciar-se sobre as políticas económicas e sociais do Governo e execução
das mesmas;
c) Propor medidas para o regular funcionamento da economia e das unidades
empresariais;
d) Estudar as questões relativas à situação do emprego e do trabalho, mão-de-obra,
higiene e segurança no trabalho e formular as recomendações pertinentes;
e) Propor medidas legislativas necessárias ao aperfeiçoamento do ordenamento
laboral e do regime da previdência e segurança social;
f) Avaliar a eficácia da aplicação da legislação laboral e social;
g) Analisar as implicações laborais e sociais das estratégias de desenvolvimento;
h) Emitir parecer sobre questões que lhe forem submetidas pelo Governo e que se
prendam com matérias ligadas à política económica e financeira, ao emprego, às
condições de trabalho, à política salarial e à previdência e segurança social.
Artigo 8º
Funcionamento
Artigo 9º
Deliberações e voto
1. O C.C.S. delibera validamente com a presença de, pelo menos, dois terços dos seus
membros.
Artigo 10º
Regulamento
1. O C.C.S. deverá elaborar o seu regulamento interno, podendo nele prever normas
sobre a organização das estruturas de segundo nível, repartição das competências e
sobre o funcionamento.
Artigo 11º
Autonomia do C.C.S.
Artigo 12º
Financiamento
O Ministério das Finanças dotará o C.C.S. das verbas necessárias à sua instalação e
funcionamento.
Artigo 13º
Indicação
Artigo 14º
Quadro de Pessoal
A erradicação do trabalho infantil tem merecido especial atenção das políticas sociais do
Governo Cabo-verdiano, que tem promovido acções integradas para garantir à criança o
direito à vida e ao desenvolvimento total. Na base dos diversos mecanismos de
protecção à infância e à juventude, principalmente nos que tangem à sua precoce
inserção no mercado de trabalho, há uma avançada produção jurídico - institucional, que
reforça as acções governamentais pela ênfase que dá, sobretudo, às parcerias com a
sociedade.
Artigo 1º
Declaração da Idade Mínima
1. Nos termos do n.º 1 do artigo 2 da Convenção n.º 138 sobre a idade mínima, de 1973,
o Governo de Cabo Verde declara que a idade mínima de admissão ao emprego ou ao
trabalho no seu território e nos meios de transporte matriculados no seu território é de
15 (quinze) anos41.
2. Sob reserva do disposto nos artigos 4.º, 6.º, 7.º e 8.º da Convenção, a que se refere o
nº anterior, nenhuma pessoa de idade inferior ao mínimo estabelecido pode ser admitido
ao emprego ou ao trabalho, seja em que profissão for.
Artigo 2º
Entrada em vigor
41. O artigo 261º do Código Laboral já consagra este principio decorrente das Convenções internacionais de
que Cabo Verde se vinculou e deve cumprir, ao estabelecer que “nenhum menor pode trabalhar enquanto não
completar a idade de escolaridade obrigatória e, em caso algum, antes de perfazer 15 anos”.
Vista e aprovada em Conselho de Ministros.