Você está na página 1de 22

Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.

© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

Sexta-feira, 11 de janeiro de 2019 I Série


Número 4

BOLETIM OFICIAL
2 646000 001397

ÍNDICE
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Decreto-Presidencial nº 1/2019:
É condecorado com o Primeiro Grau da Ordem do Dragoeiro o cidadão Joaquim Soares Almeida, “Morgadinho”................66
Decreto-Presidencial nº 2/2019:
São condecorados com a Primeira Classe da Medalha de Mérito os cidadãos: Carlos Augusto Duarte de Burgo e Pedro
João Lomba de Morais; e é condecorada com a Segunda Classe da Medalha de Mérito a cidadã Lucília Gomes,
“Irmã Lulucha”............................................................................................................................................................66

Decreto-Presidencial nº 3/2019:

São condecoradas com a Primeira Classe da Medalha de Estrela de Honra as Forças Armadas de Cabo Verde.......................66
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei nº 5/2019:
Define os procedimentos à execução do Orçamento do Estado para o ano Económico de 2019.....................................67

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

66 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA favor da colectividade demonstram um elevado amor à Pátria.

–––––– Também da Ilha Brava, a mais pequena das ilhas


habitadas de Cabo Verde, ilha da morna e da morabeza,
Decreto-Presidencial n.º 1/2019 encontramos personalidades que se distinguem por acções
nobres e excepcionais dignas de registo e de estima e que
de 11 de janeiro fazem ecoar a ilha por onde passam.
Cabo Verde cedo fez-se conhecer pela sua Cultura. Uma Assim, no uso da competência conferida pelos artigos
Cultura rica, de um vasto repertório de manifestações: 13º e 14º, alínea a) da Lei nº 54/II/85, de 10 de janeiro,
desde a música à literatura, à dança, ao teatro, entre e pelo artigo 5.º, alínea a) da Lei nº 23/III/97, de 15 de
outras. Agosto, na redacção dadas pela Lei nº 18/V/96, de 30 de
Dezembro;
A música é uma das manifestações mais ricas da nossa
Cultura. Através dela, artistas e homens de cultura O Presidente da República decreta o seguinte:
deram, e dão, a conhecer ao mundo as nossas ilhas, a Artigo Primeiro
nossa história, o nosso quotidiano, as nossas inquietações,
o nosso modo de ser e de estar. São condecorados com a Primeira Classe da Medalha
de Mérito os cidadãos:
Dentro e fora de Cabo Verde, a nossa música une-nos: une
gerações, une as ilhas, une a diáspora, une classes sociais, Carlos Augusto Duarte de Burgo e
une o povo como que um laço fraterno, é o sentimento Pedro João Lomba de Morais.
de pertença, a expressão da nossa identidade singular.
Artigo Segundo
Fora de Cabo Verde, a nossa música chega além-mar,
não só à nossa diáspora, mas aos quatro cantos do mundo. É condecorada com a Segunda Classe da Medalha de
Mérito a cidadã Lucília Gomes, “Irmã Lulucha”.
De melodias mais suaves e doces a melodias mais Artigo Terceiro
aceleradas e agitadas com uma certa mordacidade e
crítica, a melodias de ritmo frenético e electrizante, a O Presente Decreto Presidencial entra imediatamente
nossa rica música faz ecoar Cabo Verde. em vigor.
Joaquim Soares de Almeida, mais conhecido por Publique-se.
Morgadinho, compositor, trompetista, baixista e intérprete Palácio do Presidente da República, na Praia, aos
cabo-verdiano, é um dos músicos que muito tem contribuído 11 de janeiro de 2019.
para a afirmação da Cultura cabo-verdiana. Com quase
2 646000 001397

70 anos de carreira, com talento e dedicação, tem O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
divulgado a nossa Cultura, representando toda uma ALMEIDA FONSECA
Nação, dignificando todo um povo. Em Cabo Verde e na
diáspora, faz da música o seu veículo de expressão por ––––––
meio de melodias de esperança, de mágoa, de angústia, Decreto-Presidencial n.º 3/2019
de dor, de saudade, de desdita, mas também de clamores
de alegria, de amor e de festejos. de 11 de janeiro

Assim, no uso da competência conferida pelos artigos As Forças Armadas cabo-verdianas, ao longo da sua
13º e 14º, alínea a) da Lei nº 54/II/85, de 10 de janeiro, existência, estiveram ligadas à afirmação do Estado
e pelo artigo 5.º, alínea a) da Lei nº 20/III/97, de 15 de soberano de Cabo Verde, tornando-se a primeira instituição
agosto, na redacção dadas pela Lei nº 18/V/96, de 30 de de defesa e segurança do país, elemento essencial para a
dezembro; construção de um Estado de Direito Democrático, fundado
numa Constituição que lhes reserva um papel muito
O Presidente da República decreta o seguinte: relevante. É, hoje, uma instituição verdadeiramente
republicana, com excelente participação, também, na
Artigo Primeiro melhoria das condições de vida da população, dando o seu
É condecorado com o Primeiro Grau da Ordem do contributo na segurança pública, bem como nas missões
Dragoeiro o cidadão Joaquim Soares Almeida, “Morgadinho”. de busca e salvamento, de assistência humanitária e
outras realizações de interesse público.
Artigo Segundo
Deste modo, têm merecido reconhecimento dos cabo-
O Presente Decreto Presidencial entra imediatamente verdianos.
em vigor. Assim, no uso da competência conferida pelo artigo 30.º
Publique-se. do Decreto-Lei n.º 66/2005, de 24 de Outubro;

Palácio do Presidente da República, na Praia, aos O Presidente da República decreta o seguinte:


10 de janeiro de 2019. Artigo Primeiro

O Presidente da República, JORGE CARLOS DE São condecoradas com a Primeira Classe da Medalha
ALMEIDA FONSECA de Estrela de Honra as Forças Armadas de Cabo Verde.
Artigo Segundo
––––––
O Presente Decreto Presidencial entra imediatamente
Decreto-Presidencial n.º 2/2019 em vigor.
de 11 de janeiro Publique-se.
Um pouco por todo o nosso país encontramos cidadãos Palácio do Presidente da República, na Praia, aos 11
cabo-verdianos cujo labor e empenho os torna merecedores de Janeiro de 2019.
de reconhecimento nacional, cujo desempenho de funções,
públicas ou privadas, institucionais ou de solidariedade, O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
dedicação, sentido de civismo, desinteresse e abnegação em ALMEIDA FONSECA

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 67

CONSELHO DE MINISTROS CAPÍTULO II

–––––– DISCIPLINA ORÇAMENTAL

Decreto-lei n.º 5/2016 Artigo 2.º

Disciplina Orçamental
de 11 de janeiro
Nenhuma despesa pode ser efetuada sem que, além de
Convindo cumprir o disposto nos nºs 1 e 2 do artigo 22.º da Lei ser legal, se encontre suficientemente discriminada no
de Enquadramento Orçamental, aprovado pela Lei n.º 78/V/98, Orçamento do Estado e tenha cabimento no correspondente
de 7 de dezembro e alterado pela Lei n.º 5/VIII/2011, de 29 de crédito orçamental.
agosto, o Governo deve, após a aprovação do Orçamento do
Estado, tomar todas as medidas necessárias à sua execução, Artigo 3.º
através da aprovação e publicação do Decreto-lei que define
as normas e os procedimentos necessários à execução do Utilização das dotações orçamentais
Orçamento do Estado.
1. No âmbito do disposto no artigo 3º da Lei nº 44/
O presente Decreto-lei cria as condições para que o IX/2018, 31 de dezembro, que aprova o Orçamento
Governo materialize a sua visão para o País partilhada do Estado para o ano económico de 2019, nos casos
e consensualizada com os parceiros sociais em sede de devidamente fundamentados, fica o Governo autorizado,
concertação social, tendo a sua estratégia de implementação mediante proposta do membro do Governo responsável
versada no Plano Estratégico de Desenvolvimento pela área das Finanças, através de Resolução do Conselho
Sustentável (PEDS). de Ministro, a cativar acima de 20% (vinte por cento)
do total das dotações orçamentais do orçamento de
Neste sentido, o exercício orçamental de 2019, em funcionamento, nos agrupamentos económicos relativos
continuidade e complementaridade aos exercícios dos às remunerações variáveis, aquisição de bens e serviços e
anos de 2017 e 2018, estará a empreender políticas ativos não financeiros, relativamente a todos os serviços.
e medidas que visam a materialização das metas
estruturantes para o período de 2017/2021: i) fazer de 2. Excetuam-se dos números anteriores, as verbas
Cabo Verde uma economia de circulação no Atlântico destinadas aos medicamentos, alimentos, serviços de
Médio; ii) garantir a sustentabilidade económica, social limpeza, higiene e conforto, vigilância e segurança, rendas,
e ambiental; iii) assegurar a inclusão social e a redução alugueres e seguros.
das desigualdades e assimetrias; iv) reforçar a soberania,
Artigo 4.º
valorizar a democracia e orientar as políticas externa e
2 646000 001397

interna para vencer desafios do desenvolvimento do País. Emissão de parecer sobre projetos de diplomas
legais ou despachos com impacto orçamental
Para o efeito, durante o presente exercício orçamental,
o diploma de execução prevê, nomeadamente: i) a adoção 1. Os projetos de diplomas legais ou despachos que
de medidas de racionalização e simplificação de processos impliquem aumento de despesas ou redução de receitas,
e procedimentos, reforçando a capacidade de resposta da devem ser remetidas para parecer prévio do Ministro
Administração Pública perante os cidadãos; ii) a contenção responsável pelas finanças e devem incluir uma estimativa
e o controlo das despesas para uma melhor gestão dos rigorosa das implicações orçamentais e financeiras, a curto
recursos e eficácia das políticas públicas, bem como a e médio prazo ao abrigo dos números 5 e 6 do artigo 24.º
previsibilidade no pagamento aos fornecedores e credores da Lei n.º 78/V/98, de 7 de dezembro, com as alterações
em geral; iii) o reforço das políticas ativas de emprego, introduzidas pela Lei n.º 5/VIII/2011, de 29 de agosto.
consolidando os incentivos ao primeiro emprego e emprego
jovem, assim como a implementação da comparticipação 2. O parecer a que se refere o número anterior deve
do Estado nos estágios profissionais; iv) o reforço de ser favorável, para efeitos de apreciação da proposta em
políticas e medidas para o desenvolvimento regional e sede do Conselho de Ministros.
socialmente inclusivo, tendo como base o emprego e a
criação de oportunidades para todos. CAPÍTULO III
Assim, MEDIDAS DE POLÍTICA
DE RECURSOS HUMANOS
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 2.º da Lei n.º
44/ IX/2018, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento Artigo 5.º
do Estado para o ano económico de 2019; e
Recrutamento, evolução na carreira e mobilidade de pessoal
No uso da faculdade conferida pela alínea c) do n.º 2 do
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 1. O concurso de ingresso na Administração Pública
fica condicionado, à utilização prévia dos instrumentos de
CAPÍTULO I mobilidade, previstos no Decreto-lei n.º 54/2009, de 7 de
dezembro, e à reclassificação do pessoal afeto aos sectores
DISPOSIÇÕES GERAIS que pretendem recrutar, desde que cumpram os requisitos
estabelecidos no artigo 19.º do Decreto-Lei nº 9/2013 de 26
Artigo 1.º de fevereiro de 2013.
Objeto e âmbito 2. A coordenação e supervisão de todos os procedimentos
de recrutamento e seleção na administração pública
1. O presente diploma define as normas e os procedimentos central direta e indireta são da responsabilidade da
necessários à execução do Orçamento do Estado para o Direção Nacional da Administração Pública.
ano económico de 2019.
3. A evolução e o desenvolvimento profissional na
2. O presente diploma aplica-se a todos os Organismos carreira na Administração Pública e nas entidades públicas
do Estado que realizam despesas públicas através do empresariais realizam-se de acordo com a disponibilidade
Orçamento do Estado. orçamental e financeira.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

68 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

4. É proibido o recrutamento de pessoal de cargo que aprova a Lei de Bases da Função Pública, é permitido
inferior a Assistente Técnico nível I, tanto no âmbito ao funcionário titular do cargo do regime geral de carreira
do orçamento de funcionamento como no orçamento e de emprego requerer a aposentação antecipada.
de investimento, podendo, excecionalmente, a Direção
Nacional da Administração Pública DNAP em articulação 2. O limite mínimo de tempo de serviço prestado ao
com a Direção Nacional do Orçamento e da Contabilidade Estado, para efeito do disposto no número anterior é de
Pública (DNOCP) autorizar o recrutamento de pessoal com 30 (trinta) anos.
cargo inferior àquele, mediante proposta fundamentada.
3. A pensão é calculada proporcionalmente ao tempo
5. O número anterior não se aplica ao recrutamento de de serviço, nos termos da lei.
pessoal das estruturas de ensino, das estruturas nacionais
de saúde e dos centros de acolhimento infantil. 4. Para os cargos do regime de emprego, à pensão fixada
nos termos do presente artigo, é concedida uma bonificação
6. Para efeito de aplicação do previsto no número 1, até 20% (vinte por cento), não podendo ultrapassar o
devem os sectores enviar à DNAP, até 20 de fevereiro limite máximo da pensão fixada a este cargo.
de 2019, o mapa de pessoal de acordo com o modelo
fornecido, assim como as necessidades de recrutamento 5. Os requisitos para a aposentação estabelecidos no
para o corrente ano. presente artigo são cumulativos.
7. O processo de recrutamento deve ser concluído num
prazo máximo de 60 (sessenta) dias. 6. O prazo de entrega dos requerimentos de pedido de
aposentação antecipada é de 180 (cento e oitenta) dias a
Artigo 6.º contar da data da entrada em vigor do presente diploma.
Procedimentos de recrutamento
7. Os lugares deixados vagos pelos funcionários aposentados
1. Todas as propostas para a efetivação de novos nos termos do presente diploma, são automaticamente
recrutamentos, nomeação de pessoal do quadro especial, extintos.
de pessoal dirigente e chefia operacional da Administração
Pública Central, que resultem ou não de mobilidade, devem 8. Os funcionários aposentados nos termos do presente
ser remetidas, diretamente, pelas Direções Gerais de diploma, ficam interditos de exercerem qualquer cargo
Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOG) ou serviços público remunerado na Administração Pública direta e
equiparados, responsáveis pela gestão dos recursos indireta, incluindo as Autarquias Locais.
humanos e administração, à DNAP, acompanhadas dos
elementos de acordo com a legislação aplicável. 9. A aposentação antecipada não é automática e
depende da conveniência do serviço a que o funcionário
2 646000 001397

2. Todos os recrutamentos, incluindo contratos de está vinculado.


gestão, devem ser inseridos no Sistema Integrado de
Gestão Orçamental e Financeira (SIGOF) e na Base de Artigo 9.º
Dados de Recursos Humanos (BDRH).
Controlo orçamental
3. Todos os contratos de gestão e de avença em vigor
são obrigatoriamente revistos e enquadrados nos termos 1. Fica interdita a liquidação ou o pagamento de
dos números 7, 8 e 9 do artigo 8.º da Lei do Orçamento qualquer despesa de encargos com o pessoal, resultante
para o ano económico 2019. de novos recrutamentos e nomeações, bem como com
contratos de avença, antes da publicação do respetivo
4. A mobilidade de funcionários na administração despacho permissivo.
pública é efetuada mediante instrumentos de mobilidade
geral e de mobilidade especial, de acordo com a legislação 2. Fica interdita a atribuição de efeito retroativo à
existente. data da publicação do despacho acima referido, salvas
5. Para satisfação das necessidades de pessoal, os as exceções previstas na lei.
recrutamentos na Administração Pública Central direta
e indireta devem ser feitos mediante concurso público. 3. Antes da homologação, pelo membro do Governo, de
contratos a prazo, contratos de tarefa, ou ainda qualquer
Artigo 7.º outra forma de relação laboral, fica igualmente interdita a
liquidação ou pagamento de qualquer despesa de encargos
Exclusividade com o pessoal resultante dos mesmos.
1. Fica proibida a concessão de dispensa a funcionários
nomeados em regime de carreira, para estudos durante o 4. As despesas com a publicação dos atos administrativos
período normal de funcionamento da Administração Pública. de gestão de recursos Humanos são da responsabilidade
do sector a que pertence o funcionário.
2. É igualmente aplicado o previsto no número anterior,
salvo legislação especial contrária, ao exercício da atividade 5. Cabe ao Ministério das Finanças, através de retenção,
de docência ou ministrar ações de formação, ou a preparação efetuar o pagamento das despesas com a publicação do
de aulas no local e na hora normal de trabalho. ato da aposentação dos ex-subscritores da função pública.
3. O incumprimento do prescrito nos números anteriores, 6. A liquidação ou pagamento de qualquer despesa de
é sancionado nos termos previstos no estatuto disciplinar encargos com o pessoal, recrutado no âmbito de projetos
dos agentes da Administração Pública. de investimento, fica condicionado ao respetivo cadastro
Artigo 8.º
na BDRH, aquando da criação das condições no sistema.

Aposentação antecipada no interesse da Administração 7. Os funcionários públicos no ativo e na situação de


aposentados e reformados, com familiares beneficiários de
1. No âmbito da reforma administrativa e da racionalização abono de família, devem apresentar, no último trimestre do
de estruturas em curso e, no cumprimento do disposto nos ano precedente a este direito, os documentos que legitimem
artigos 76.º e 77.º da Lei n.º 42/VII/2009, de 27 de julho, o pagamento desta prestação pecuniária, nomeadamente:

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 69

a) Boletim de Abono de Família e a Cédula pessoal ou Forças Armadas, os processos devem ser encaminhados
Bilhete de Identidade ou Certidão de Nascimento; com a proposta de transferência da dotação prevista para
o funcionário público em ativo ou o efetivo das Forças
b) Tratando-se de filhos com idades superiores a 18 (dezoito) Armadas no respetivo ano, para as rubricas “Pensão de
anos e, a frequentarem estabelecimentos de ensino no país Aposentação” e “Pensão de Reserva”, respetivamente.
ou no estrangeiro, devem igualmente, anexar documentos
comprovativos de matrícula e frequência escolar com 4. Igualmente, os processos de “Pensão de Sobrevivência”
aproveitamento; devem ser acompanhados da proposta de transferência
da dotação inscrita na rúbrica “Pensão de Aposentação”
c) Tratando-se de pais ou outros familiares a viverem na para “Pensão de Sobrevivência”.
dependência dos funcionários públicos, devem apresentar
prova de vida e documento passado pela autoridade Artigo 12.º
administrativa do seu local de residência, confirmando Funcionários das missões diplomáticas
não possuírem bens de sustento e viverem na dependência
dos descendentes. 1. O pagamento dos subsídios aos funcionários públicos
do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades
8. O incumprimento do previsto no número anterior (MNEC) colocados nas missões diplomáticas e postos
implica a suspensão do pagamento da respetiva prestação consulares, é efetuado mediante transferência bancária,
pecuniária. segundo o calendário para a transferência de fundos para
as missões diplomáticas e postos consulares.
9. Fica expressamente proibida, nos termos da
Resolução n.º 22/93, de 29 de novembro, a organização 2. A liquidação das despesas, referidas no número
de festas, bem como a atribuição de prendas, brindes ou anterior, faz-se pela rubrica “Subsídios Permanentes”.
similares, com recursos públicos por parte dos serviços e
organismos integrantes do sector público, administrativo 3. Para efeito da efetivação das transferências, a DGPOG
e empresarial, ou de fundos e serviços sociais existentes do MNEC deve remeter, trimestralmente, à DNOCP a lista
no sector público alimentados em mais de 50% (cinquenta nominal dos funcionários públicos abrangidos no n.º 1.
por cento) por transferências do sector público.
4. A DGPOG do MNEC deve comunicar imediatamente
10. Os dirigentes e gestores públicos que realizarem à DNOCP, todas as situações que impliquem a alteração
as ações previstas no artigo anterior incorrem em das transferências referidos no n.º 1.
responsabilidade disciplinar e ou civil, ficando obrigados a
Artigo 13.º
repor de uma só vez o montante das despesas realizadas.
Processamento de remunerações e abonos
Artigo 10.º
2 646000 001397

Dotação provisional para despesas com pessoal 1. Compete às DGPOG ou serviços equiparados dos
departamentos governamentais inserir, através do SIGOF,
1. Os encargos provisionais para recrutamentos, nomeações, o registo mensal das remunerações de todos os funcionários
regresso ao quadro, reclassificações e reformulações de públicos pertencentes aos respetivos quadros de pessoal.
contrato, evolução e desenvolvimento profissional são
cativados pela DNOCP e disponibilizados caso a caso, 2. Compete às DGPOG ou serviços equiparados e aos
de acordo com a observância do disposto nos artigos 2.º Controladores Financeiros a fiscalização e o cumprimento
e 3.º do presente diploma, e de forma centralizada pelo da Lei n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro, que altera a Lei
Ministério das Finanças. n.º 61/III/89, de 30 de dezembro, no que tange ao regime
de incompatibilidade do pessoal aposentado.
2. As transferências do Orçamento do Estado aos
Serviços e Fundos Autónomos e Institutos Públicos 3. O processamento das remunerações que viola o previsto
devem ser deduzidas dos encargos provisionais previstos no diploma referido no número anterior é considerado,
no n.º 1 deste artigo, até ao momento da autorização da para todos os efeitos, indevido, cabendo às DGPOG ou
despesa associada a cada caso de regresso ao quadro, serviços equiparados e aos Controladores Financeiros a
recrutamento e nomeação. responsabilidade solidária pela recuperação e reposição
integral dos montantes pagos indevidamente.
3. Para o controlo da disponibilidade orçamental
inscrita na verba Dotação Provisional para despesas 4. São consideradas remunerações, designadamente, os
com pessoal, cada departamento governamental, em ordenados, vencimentos, salários, subsídio de residência,
concertação com a DNOCP, deve elaborar e manter subsídio de comunicação, subsídio de representação,
atualizado um quadro de disponibilidade da verba, no subsídio de férias, subsídio de natal, subsídio de refeições,
qual devem constar o montante do orçamento inicial, a suplementos remuneratórios diversos, gratificações
lista nominal dos beneficiários, o impacto financeiro dos certas e permanentes, gratificações eventuais, horas
processos em trâmite e dos processos já publicados em extraordinárias, prémio de produtividade, comissões ou
Boletim Oficial e os respetivos saldos. prémios, participações em custas e multas, participações
nos emolumentos, senhas de presença e abonos para falhas.
Artigo 11.º
5. Os registos das alterações devem ser efetuados, pelas
Transferência de verbas entidades referidas no n.º 1, até ao dia 10 (dez) de cada
mês, com os dados das alterações relativos ao mês anterior.
1. As dotações orçamentais correspondentes às despesas
com o pessoal não podem ser utilizadas como contrapartida 6. Fica proibida a contemplação, no mês a que respeitam,
para o reforço de outras rúbricas de despesas que não de alterações posteriores à data estabelecida e que
estejam integradas naquela, salvo para casos de pensões. ultrapassem o prazo definido no número anterior, sendo
da inteira responsabilidade dos serviços referidos a não
2. O número anterior não se aplica aos projetos de introdução dessas alterações para efeitos do processamento
investimentos públicos. dos vencimentos.
3. Durante o ano económico de 2019, na passagem dos 7. Os dados inseridos, após o prazo estabelecido, devem
funcionários públicos do ativo para aposentação, bem ser processados no mês imediatamente seguinte a que
como na entrada em regime de reserva dos efetivos das disserem respeito.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

70 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

8. Compete às DGPOG ou serviços equiparados processar Artigo 15.º


o Abono de Família dos filhos e outros dependentes dos Restituição de pagamentos indevidos
funcionários públicos afetos aos respetivos departamentos
governamentais, cabendo-lhes, igualmente, introduzir 1. As DGPOG ou serviços equiparados e a DNOCP, em
na BDRH os dados individuais dos beneficiários e a articulação com a Direção Geral do Tesouro (DGT), devem
consequente suspensão daqueles que, nos termos da lei, zelar pelo pagamento devido de remunerações e pensões,
perderam direito a esta prestação pecuniária. cabendo-lhes a responsabilidade pela recuperação integral
dos montantes eventualmente pagos indevidamente.
9. Constitui tarefa das DGPOG ou serviços equiparados
inserir o desconto das faltas injustificadas, o desconto 2. Em caso de pagamentos indevidos, os beneficiários
proveniente da aplicação de penas disciplinares e outros devem proceder à devolução imediata dos respetivos
que tenham enquadramento legal. montantes à DGT, via Documento Único de Cobrança
(DUC), emitido por esta.
10. As DGPOG ou serviços equiparados responsabilizam-
se pela introdução da “Pensão de Alimentos”, “Depósitos 3. O incumprimento do estabelecido no número anterior
Judiciais Obrigatórios” por solicitação dos Tribunais determina a suspensão do recebimento dos salários
Judiciais, bem como dos descontos de “quotas” dos sindicatos. subsequentes, até o limite da compensação do valor pago
indevidamente.
11. Cabe também às DGPOG ou serviços equiparados
processar os subsídios por morte aos familiares dos 4. São solidariamente responsáveis, todos os funcionários
funcionários públicos falecidos. públicos e dirigentes que, culposamente, ainda, que a
título de negligência, contribuírem para o processamento
12. Por Portaria do membro do Governo responsável e o pagamento indevido de remunerações ou pensões.
pela área das Finanças são fixadas as datas-valor dos 5. É considerado pagamento indevido, os valores
processamentos, por ministérios, cabimentação e liquidação, recebidos a título de salário, que violem o disposto no
visto do controlador financeiro e a data de creditação das artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 3/2010, de 8 de março, que
remunerações e das pensões nas contas dos beneficiários. aprova o regime faltas, férias e licença dos funcionários
públicos, sendo a responsabilidade das DGPOG ou serviços
Artigo 14.º
equiparados o envio do processo ao Instituto Nacional de
Processamento de Pensões Previdência Social (INPS).
Artigo 16.º
1. Transitoriamente, cabe à DNOCP processar, até ao
dia 10 (dez) de cada mês, através do SIGOF, as pensões Gestão da Base de Dados
2 646000 001397

de aposentação, as de sobrevivência e as demais cujos


beneficiários constem da Base de Dados das Pensões. Os órgãos de soberania, os serviços simples, assim como
os Serviços e Fundos Autónomos, incluindo os Institutos
2. Cabe, igualmente, à DNOCP processar o Abono Públicos, ficam obrigados a fazer toda a gestão do seu
de Família devido aos aposentados e reformados, cujos pessoal a partir da Base de Dados dos Recursos Humanos
beneficiários devem provar documentalmente, durante (BDRH) da Administração Pública.
o último trimestre do ano precedente, o direito a esta CAPÍTULO IV
prestação social pecuniária.
PATRIMÓNIO PÚBLICO
3. Constitui, também, tarefa da DNOCP processar
o subsídio por morte aos familiares dos aposentados e Secção I
reformados falecidos.
Aquisições Públicas
4. A DNOCP toma providências visando a atualização da Artigo 17.º
BDRH relativamente às Pensões, de todos os beneficiários,
eliminando os falecidos, menores que atingiram a maioridade Plano anual de aquisições
e que perderam o direito à pensão de sobrevivência
e cônjuges sobreviventes que hajam celebrado novos 1. As entidades adjudicantes devem elaborar, anualmente,
casamentos. um Plano de Aquisições, com a indicação dos bens móveis
e serviços a adquirir ou alugar no ano seguinte, bem como
as empreitadas de obras públicas a realizar devidamente
5. A prova de vida efetua-se de forma automática pelo aprovado pela entidade competente para autorizar as
Ministério das Finanças, mediante cruzamento de dados despesas.
entre o Registo, Notariado e Identificação e a Base dados
dos pensionistas. 2. Os Planos Anuais de Aquisições devem ser submetidos,
para visto, à Direção Geral do Património e da Contratação
6. O disposto no número anterior não se aplica aos Pública (DGPCP) e á entidade responsável pelo controlo
beneficiários não residentes da pensão de aposentação, de procedimentos do ministério responsável pela área
devendo estes proceder à prova de vida, mediante a das finanças, previamente à publicação dos mesmos no
presentação dos “Certificados de Vida” ou presencialmente portal da contratação pública.
na DNOCP, nas repartições Concelhias de Finanças, na
casa do Cidadão, nas Embaixadas e Postos Consulares, 3. Em caso de incumprimento pelas entidades adjudicantes
no último trimestre do ano procedente ao direito à pensão do disposto dos números anteriores, ficam sujeitas à
ou abono. instauração do competente processo de contraordenação,
nos termos do Código de Contratação Pública.
7. Os beneficiários da pensão de sobrevivência residentes
Artigo 18.º
e não residentes devem apresentar os documentos que
comprovem os requisitos legais estabelecidos para a Contrato de aprovisionamento
atribuição e manutenção dos respetivos direitos.
1. Tendo por base o protocolo estabelecido entre a DGPCP
8. O incumprimento do prazo estabelecido no número 6 e 7 e os fornecedores, os contratos de aquisição de bens e
implica a suspensão da pensão a partir do mês de fevereiro. serviços, tais como, de eletricidade, água, telefone, fax,

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 71

telex, internet, seguro auto, devem ser celebrados entre 10. Os contratos de aquisição de veículos destinados aos
as DGPOG ou serviços equiparados de cada ministério e serviços com autonomia financeira devem ser celebrados
o fornecedor direto, nos termos do Código da Contratação entre o serviço e o fornecedor, devendo, entretanto,
Pública. remeter, para conhecimento e registo na DGPCP o referido
contrato e os anexos.
2. Os contratos de aquisição de bens e serviços,
designadamente, serviços de segurança e vigilância 11. Durante o ano de 2019, o Ministério das Finanças
privada, serviços externos de limpeza, manutenção de determina procedimentos com vista a aquisição de veículos
equipamentos e instalações, só podem ser celebrados preferencialmente mediante contrato de leasing.
mediante procedimento de contratação pública adequado,
promovido pela UGA ou pela UGAC. 12. Nos casos das doações, devem ser enviadas à DGPCP
o dossiê completo, para efeito de inventário e cadastro.
3. Os contratos mencionados no número anterior Artigo 20.º
que tenham sido celebrados há 3 (três) ou mais anos,
não devem ser renovados, e ficam sujeitos a uma nova Aquisição de imóveis
consulta do mercado em conformidade com a modalidade
de aquisição prevista na lei. 1. A instrução dos processos de aquisição de imóveis
deve obedecer o prescrito nos artigos 66.º e seguintes
4. O disposto nos números antecedentes aplica-se do Decreto-lei n.º 2/97, de 21 de janeiro, alterado pelo
igualmente aos Projetos de Investimento. decreto-lei n.º 35/2008, de 27 de outubro.

5. A formação dos contratos para aquisição e locação 2. As aquisições onerosas de edifícios, sem prejuízo do
de bens, serviços e obras, serviços de consultoria feita no estabelecido na lei para representações diplomáticas,
âmbito dos Projetos de Investimentos, pode ser conduzida carecem de autorização prévia do membro do Governo
pela Unidade de Coordenação dos Projetos e deve cumprir responsável pela área das Finanças, precedida de
com o previsto no Código da Contratação Pública (CCP). parecer técnico do Ministério responsável pela área das
Infraestruturas.
Artigo 19.º
3. A aquisição de imóveis pelos Serviços e Fundos
Aquisição de veículos Autónomos e os Institutos Públicos, fica dependente de
autorização conjunta do membro do Governo responsável
1. Todas as entidades referidas nas alíneas a) e c) do pela área das Finanças e do membro do Governo de que
n.º 1 do artigo 5.º do Código da Contratação Pública, dependem, precedida de parecer técnico do Ministério
incluindo todas as unidades de coordenação de projetos responsável pela área das Infraestruturas.
de investimentos, devem adquirir veículos através da
formulação de uma proposta fundamentada, indicando Artigo 21.º
2 646000 001397

o preço previsto da viatura, a proveniência da verba, a Reparação e conservação de edifícios


tipologia, características técnico-mecânicas, bem como
cilindrada, potencia, modelo e o uso previsto. 1. Todas as propostas para intervenções com previsão de
custo superior a 1.500.000 CVE (um milhão e quinhentos
2. A proposta de aquisição de veículo, para além dos mil escudos) a realizar em imóveis propriedade do Estado,
requisitos referidos no n.º 1, devem conter, nomeadamente, devem ser autorizadas pela DGPCP, como condição prévia
a indicação de, pelo menos, mais dois modelos alternativos, à consulta de mercado nos termos estabelecidos pelas
adequadas à necessidade do serviço proponente. regras de contratação pública.
3. Antes da abertura de qualquer processo de aquisição 2. As propostas de intervenções devem estar autorizadas
de veículos, deve ser dada preferência à afetação de veículos nos termos do artigo 3.º do CCP e artigo 42.º da Lei n.º 1/2009,
disponíveis no parque automóvel do Estado. de 5 de janeiro.
4. As propostas devem ser apreciadas pela DGPCP, 3. Obtida a aprovação mencionada no numero anterior o
a qual emite um parecer sobre os pedidos e remete ao serviço preponente deve cumprir com as regras prescritas
membro do Governo responsável pela área das Finanças, no CCP, mantendo as especificações técnicas e requisitos
para efeitos de decisão final. alvos de aprovação.
5. Obtida a aprovação mencionada no numero anterior o 4. Os trabalhos de manutenção, reparação e conservação
serviço preponente deve cumprir com as regras prescritas de edifícios devolutos do Estado e das residências oficiais
no CCP, mantendo as especificações técnicas e requisitos são assegurados, respetivamente, pela DGPCP em
alvos de aprovação. articulação com as entidades responsáveis, e pelo sector
ao qual pertence o beneficiário da residência oficial.
6. As aquisições de veículos para a Administração
Central do Estado, durante o ano de 2019, são adquiridas 5. As entidades adjudicantes devem identificar as
de forma agrupada e centralizada na UGAC, mediante o necessidades de conservação e manutenção de imoveis
lançamento de procedimento concursal, a ocorrer no mês e as DGPOG ou serviços equiparados dos respetivos
de março e agosto. departamentos ministeriais devem integrar essas
necessidades no Plano de Aquisição Anual, e submeter para
7. Em casos de urgência devidamente justificada, pode aprovação do respetivo membro do Governo, e posterior
o Ministro responsável pela área das Finanças, autorizar, formação do contrato nos termos do CCP, visando uma
individualmente, as aquisições pelos ministérios. adequada conservação e manutenção dos imóveis a eles
afetos, inclusive residências oficiais.
8. Nos termos do número 6, a UGAC deve remeter à
DGPCP toda a documentação, nomeadamente, os termos 6. Nos casos em que os imóveis estejam afetos a mais
de referência, cadernos de encargos propostas técnicas e do que um departamento governamental, a DGPCP
financeiras apresentadas pelas empresas participantes deve indicar o departamento responsável pela formação
e os relatórios de avaliação. e execução dos contratos visando a realização das obras.
9. Os contratos de aquisição de veículos destinados aos 7. O processo de execução de todas as obras de reparação
serviços simples da Administração Central devem ser e conservação de imóveis do Estado com valor igual ou
celebrados entre a DGPCP, em nome do Estado, e o fornecedor. superior a 3.500.000 CVE (três milhões e quinhentos

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

72 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

escudos) e que afetam a estrutura do edifício, devem Artigo 25.º


ter o parecer e a supervisão técnica do Ministério das
Seguros de veículos
Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação
(MIOTH) e para as obras de reparação e conservação 1. Todos os contratos apólices de seguros de veículos
cujo valor seja inferior a 3.500.000 CVE (três milhões e devem ser registados e cadastrados no Sistema Integrado
quinhentos escudos) devem ser alvos apenas do parecer de Gestão Patrimonial Georreferenciado.
técnico do mesmo.
Artigo 22.º 2. O disposto no número antecedente aplica-se igualmente
aos Institutos, Fundos e Serviços Autónomos e Projetos
Construção de Investimentos.
1. Todos os projetos de infraestrutura e obras públicas Artigo 26.º
da administração central, cuja execução seja centralizada
e financiada através do Orçamento do Estado, devem ser Gestão de contratos
efetuados por intervenção do MIOTH, em concertação com
o departamento governamental responsável pelo sector. As entidades adjudicantes devem indicar para cada
procedimento de contratação pública lançado um Gestor
2. Sem prejuízo do disposto no CCP, a intervenção do de contrato, com atribuição de assegurar a execução
MIOTH nos projetos de infraestruturas e obras públicas física e financeira do mesmo e de todas as obrigações
da administração central direta é obrigatória, tanto na contratualizadas.
aprovação dos projetos quanto na sua fiscalização.
Artigo 27.º
3. Nos casos em que, por força dos acordos de financiamento
externo, seja obrigatória a constituição de unidades de Adendas ao contrato
gestão ou de coordenação de projetos de infraestruturas
e obras públicas, as mesmas devem funcionar sob a 1. Todas as propostas de adendas aos contratos
coordenação do departamento competente do MIOTH, celebrados pelas Entidades adjudicantes objetos do Código
com a participação da entidade responsável pela obra, e da Contratação Pública estão sujeitas às regras e limites
do Ministério das Finanças. nela previstos e no Regime Substantivo dos Contratos
Administrativos.
4. A situação jurídica dos terrenos sobre os quais se
pretende realizar infraestruturas ou obras públicas, deve 2. As adendas assinadas sem a observância do procedimento
ser previamente definida ou regularizada, junto do sector previsto no número anterior são nulas e sem qualquer
responsável pela área do Património do Estado. efeito, isentando o Ministério das Finanças de quaisquer
responsabilidades ou encargos.
2 646000 001397

5. Toda a documentação, em suporte digital e/ou impresso,


Secção II
designadamente projetos, levantamentos topográficos e
respetivas coordenadas geográficas, plantas de localização, Dinamização da economia local
registos prediais e matriciais das obras realizadas no
âmbito do presente artigo, deve ser remetida à DGPCP, Artigo 28.º
para efeito de inventário e cadastro.
Dinamização da economia local
Artigo 23.º

Reparação e conservação de veículos


1. Para efeito de implementação da política definida
no n.º 1 do artigo 42.º da Lei que aprova o Orçamento do
1. Todas as intervenções no âmbito da reparação e Estado, ficam fixados os seguintes limites para a escolha
conservação de veículos de valor superior a 400.000 CVE de procedimentos em função do valor, exclusivamente
(quatrocentos mil escudos) a realizar em veículos do para o ano económico de 2019:
Estado devem ser autorizadas pela DGPCP.
a) Deve-se adotar o procedimento de concurso público,
2. As DGPOG ou serviços equiparados dos respetivos para a celebração dos contratos de empreitadas
ministérios, para uma adequada conservação e manutenção de obras públicas, de aquisição e locação de
dos veículos a eles afetos, inclusive os veículos de uso bens, serviços e serviços de consultoria, cujo
pessoal, devem identificar, planear e executar as respetivas valor seja superior a 17.000.000 CVE (dezassete
intervenções mediante a autorização da DGPCP. milhões de escudos);
Artigo 24.º b) Deve-se adotar o procedimento de concurso restrito,
para a celebração dos contratos de empreitadas
Fornecimentos de combustíveis
de obras públicas, de aquisição e locação de bens,
1. As aquisições de combustíveis pelos serviços da serviços e serviços de consultoria, cujo valor
Administração Central do Estado devem fazer-se nos seja superior a 5.000.000 CVE (cinco milhões
termos da Portaria n.º 15/98, de 2 de março, alterada de escudos) e inferior ou igual a 17.000.000
pela Portaria n.º 5/2006, de 23 de janeiro, através de CVE (dezassete milhões de escudos);
carregamentos dos chips pela DGPCP.
c) Deve-se adotar o procedimento de ajuste direto,
2. A requisição da recarga dos chips de combustíveis para a celebração dos contratos de empreitadas
deve ser precedida da cabimentação automática através do de obras públicas, de aquisição e locação de
Sistema Integrado de Gestão Patrimonial Georreferenciado bens, serviços e serviços de consultoria, cujo
sob pena de não aprovação do pedido. valor seja inferior ou igual a 5.000.000 CVE
(cinco milhões de escudos).
3. A efetivação da recarga somente é feita no Chip do
respetivo bem e mediante o pagamento prévio. 2. O previsto no número anterior e respetivas alíneas,
aplica-se exclusivamente aos programas do Governos cujos
4. O disposto nos números antecedentes aplica-se objetivos sejam promover e dinamizar a economia local e a
igualmente aos Institutos, Fundos e Serviços Autónomos geração de empregos nos Concelhos, de acordo com o previsto
e Projetos de Investimentos. no n.º 2 do artigo 42.º da Lei do Orçamento do Estado.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 73

3. Nos casos de ausência ou inexistência de operadores 4. Os contratos de arrendamento relativos aos serviços
económicos habilitados nos Concelhos para efeitos simples da Administração Central, mencionados nos nºs
de aplicação dos números anteriores deve-se recorrer 1 e 2 são celebrados entre a DGPCP, em nome do Estado,
primeiramente, nos mesmos moldes, ao mercado da e o Senhorio.
respetiva ilha, e persistindo a situação, deve-se proceder
ao lançamento de concurso público nos termos do Código 5. Os contratos de arrendamento relativos aos serviços
da Contratação Pública (CCP). simples da Administração Central cujo valor mensal
seja inferior a 50.000 CVE (cinquenta mil escudos), são
4. Para os contratos de empreitadas de obras públicas, celebrados entre o responsável dos serviços administrativo
os empreiteiros e construtores devem ser identificados central do departamento governal em que se integra o
na base de dados da Inspeção Geral da Construção e serviço a instalar e o Senhorio, perante o Notário Privativo
Imobiliária (IGCI), bem como a habilitação exigida. do Estado.
5. Para os contratos de locação e aquisição de bens 6. Os contratos de arrendamento entre os Institutos,
móveis, aquisição de serviços, e serviços de consultoria, Fundos e Serviços Autónomos e os respetivos Senhorios
a identificação dos operadores económicos deve ser devem ser celebrados perante o Notário Privativo do Estado.
mediante comprovativo de domicilio da sede no respetivo
Concelho ou Ilha. 7. O disposto nos números antecedentes aplica-se
igualmente aos Projetos de Investimentos.
6. As entidades adjudicantes, nos termos do artigo 5.º do CCP,
devem destinar, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do Artigo 31.º
seu orçamento relativo a aquisição de bens e serviços para as
Comunicação de rescisão dos contratos de arrendamento
micro e pequenas empresas definidas na Lei n.º 70/VIII/2014,
de 26 de agosto que aprova o Regime Jurídico das Micro e 1. Os serviços ficam obrigados a comunicar à DGPCP,
Pequenas Empresas, Alterado pela Lei n.º 70/VIII/2014, de com a antecedência mínima de 60 (sessenta) dias antes
26 de agosto. do fim do prazo contratual, o propósito de rescindir os
Secção III contratos respeitantes a prédios tomados de arrendamento
para instalação de serviços ou outros fins de interesse
Gestão Patrimonial administrativo.
Artigo 29.º
2. A comunicação intempestiva implica o apuramento
Gestão de bens imóveis de responsabilidades e o ressarcimento ao Estado, através
de DUC, por eventuais despesas com rendas que forem
1. Compete à DGPCP tomar as decisões estratégicas relativas liquidadas e depositadas nas contas dos senhorios para
à entrada e saída de ativos imóveis do Património do Estado além da data da desocupação ou devolução dos prédios.
2 646000 001397

e dos expedientes associados à gestão administrativa dos


bens imóveis, nomeadamente aquisições, arrendamentos, 3. Todos os serviços são obrigados a providenciar a
afetação, concessões e alienações. entrega dos imóveis aos senhorios, livres e desocupados
2. Nenhum sector pode autorizar a ocupação de na data de cessação dos respetivos contratos e no estado
instalações por outros sectores ou serviços, sem a devida em que se encontravam na altura do arrendamento, salvo
autorização prévia do membro do Governo responsável desgastes ocasionados pelo seu uso normal e/ou quando
pela área das Finanças. o contrato dispuser de forma diferente.
Artigo 32.º
3. As propostas de atribuição de imóveis ou instalações
públicas, devem ser adequadamente fundamentadas, nos Inventário Geral dos Bens Patrimoniais do Estado
termos do Decreto-lei n.º 2/97 de 21 de janeiro, alterado
pelo decreto-Lei n.º 35/2008, de 27 de outubro, e submetidas Os serviços e organismos do Estado, incluindo os Institutos
à autorização ministerial por intermédio da DGPCP. Públicos, Serviços e Fundos Autónomos, devem prestar a
devida colaboração à DGPCP, diretamente ou através de
4. Os imóveis que não estejam a ser utilizados, deixem entidade por esta indicada, na realização do Inventário
de ser necessários aos serviços ou de qualquer forma não Geral dos Bens Patrimoniais do Estado, nomeadamente:
estejam a ser aplicados aos fins de interesse público a que
obedeceram a sua afetação, regressam à DGPCP, nos termos a) Procedendo ao registo e cadastro dos bens que
do artigo 91.º do Decreto-lei n.º 2/97, de 21 de janeiro alterado lhes estejam afetos, no Sistema Integrado de
pelo decreto-Lei n.º 35/2008, de 27 de outubro. Gestão Patrimonial Georreferenciado, logo que
Artigo 30.º tal lhes seja solicitado, dentro dos prazos para
tanto estipulados, com respeito pelos parâmetros
Arrendamento para a instalação de serviços públicos que hajam sido estabelecidos em formulários ou
outros documentos apresentados pela DGPCP; e
1. Os contratos de arrendamento de imóveis para
instalação de serviços e organismos do Estado, qualquer b) Colaborando com a DGPCP e entidades por esta indicada
que sejam o fim a que se destinam, incluindo os Serviços no âmbito da elaboração do referido inventário.
e Fundos Autónomos, cuja renda mensal exceda 50.000
CVE (cinquenta mil escudos), carecem de autorização Artigo 33.º
prévia da DGPCP.
Gestão de bens móveis
2. Os contratos cujas rendas mensais excedam 500.000
CVE (quinhentos mil escudos) carecem de autorização 1. No âmbito da desconcentração patrimonial, a DGPCP
prévia do ministro responsável pela área das Finanças define as políticas e regras de aquisição, renovação e abate
e do sector a que depende o serviço. dos bens móveis de forma transversal, regras relativas ao
cadastro e inventário e supervisionar o seu cumprimento.
3. Os serviços interessados devem enviar á DGPCP
as propostas, devidamente fundamentadas, nos termos 2. As DGPOG ou serviços equiparados gerem em termos
do Decreto-Lei n. º 2/97, de 21 de janeiro, alterado pelo operacionais os bens móveis, designadamente a aquisição
decreto-Lei n.º 35/2008, de 27 de outubro e aprovadas e a atualização do cadastro de inventário e zelam pelo
pelo ministro de que dependem. seu estado de conservação.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

74 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019


Artigo 34.º 4. Havendo consumos sem que haja a disponibilidade
para o respetivo pagamento, a entidade fornecedora deve
Gestão de Parque de Veículos do Estado cessar imediatamente o fornecimento de energia elétrica
e água, cabendo aos serviços ou unidades orgânicas, no
1. A DGPCP deve tomar decisões estratégicas de entrada, quadro do seu orçamento, efetuar os ajustes orçamentais
saída, afetação e reafectação de veículos e os respetivos necessários à solução do problema.
registos nas conservatórias.
5. Os serviços ou unidades orgânicas devem proceder
2. Os serviços e organismos do Estado, incluindo os diretamente à análise e controlo dos consumos, em
Institutos Públicos, Serviços e Fundos Autónomos, devem, conformidade com as faturas mensais que lhes são enviadas
através da DGPOG ou serviços equiparados, proceder à pelos fornecedores e, de acordo com os plafonds atribuídos,
identificação e o planeamento das necessidades futuras. remeter trimestralmente os mapas de despesas à DGPCP.
3. Os serviços e organismos do Estado, incluindo Artigo 38.º
os Institutos Públicos, Serviços e Fundos Autónomos, Implementação de Contadores Pré-pagos
devem igualmente proceder à manutenção e reparação
dos veículos e zelar pela sua correta utilização. Visando a racionalização do consumo da energia elétrica,
em todos os edifícios públicos e ocupados pelos serviços
Artigo 35.º
públicos devem ser instalados os Contadores Pré-pagos.
Deslocações e estadias Artigo 39.º

1. As deslocações em serviço, inter-ilhas e ao exterior, Encargos com as telecomunicações


carecem da autorização prévia do membro do Governo
responsável pelo serviço onde o funcionário está integrado. 1. O acesso à linha internacional e às chamadas interurbanas,
locais, redes fixas/móvel, deve ser concedido de acordo com
2. As deslocações ao exterior dos chefes de missão e o estipulado na Portaria n.º 52/2009, de 30 de dezembro.
dos funcionários públicos colocados nas representações
diplomáticas de Cabo Verde carecem da autorização 2. As DGPOG ou serviços equiparados, em casos
prévia do membro do Governo responsável pelos Negócios excecionais, devidamente justificados, e mediante proposta
Estrangeiros. do responsável máximo do serviço solicitante, podem
autorizar tais comunicações a funcionários públicos cuja
3. As deslocações para o exterior fazem-se, sempre que natureza do trabalho justifique.
possível, pela via direta e mais económica, atendendo aos 3. Com base na faturação recebida mensalmente, as
preços praticados no mercado, salvo nos casos devidamente
2 646000 001397

DGPOG ou entidades equiparadas procedem a cabimentação,


autorizados pela respetiva tutela. liquidação e pagamento, não carecendo da intervenção
Artigo 36.º do Controlador Financeiro.

Reposição ao Tesouro 4. O reforço da verba com as telecomunicações só pode


ser feito com contrapartida da verba do orçamento do
1. As despesas liquidadas e pagas, designadamente na departamento governamental interessado, devendo cada
rubrica “Deslocações e Estadias”, cujo bem ou serviço não um adotar medidas efetivas de controlo de utilização dos
tenha sido utilizado e tenha dado lugar à sua devolução e telefones e dos correspondentes custos.
correspondente reposição ao Tesouro, dá direito à reposição Artigo 40.º
do crédito, pelo montante reposto.
Serviço telefónico móvel
2. Os funcionários do Estado, incluindo pessoal dirigente,
do quadro especial e titulares dos órgãos de direção dos 1. O membro do Governo responsável pela área das
Institutos Públicos e das empresas públicas, que efetuarem Finanças deve fixar, por Portaria, limites para as despesas
deslocações em violação ao disposto no n.º 3 do artigo 5.º com o serviço telefónico móvel, designadamente em
da Lei do Orçamento para o ano económico de 2019 devem relação às comunicações internacionais e às comunicações
repor, mediante dedução, a diferença correspondente a em roaming feitas pelas entidades não abrangidas pelo
despesa a mais a que deu origem. serviço gratuito.
Artigo 37.º 2. O encargo com o pagamento das comunicações
através do serviço telefónico móvel, para além dos limites
Controlo de eletricidade e água a serem fixados nos termos do número anterior, feitos por
qualquer utilizador não abrangido pelo serviço gratuito, é
1. Todos os contratos de eletricidade e água devem ser imputado ao responsável do departamento que autorizar
registados e cadastrados no Sistema Integrado de Gestão o fornecimento e a utilização desse serviço.
Patrimonial Georreferenciado.
3. As comunicações em roaming só podem ser utilizadas
2. As DGPOG ou serviços equiparados, nos casos em mediante autorização do membro do Governo responsável
que os respetivos orçamentos estejam dotados com verba pelo departamento interessado e do membro do Governo
para consumo de eletricidade e água, devem comunicar à responsável pela área das Finanças.
DGPCP e, aos serviços utilizadores, num prazo máximo
Artigo 41.º
de 15 (quinze) dias a contar da publicação do presente
diploma, os plafonds anuais para as despesas para cada Controle do serviço das telecomunicações
serviço ou unidade orgânica e a sua distribuição por cada
local de consumo. 1. As DGPOG ou serviços equiparados devem proceder
diretamente à análise e controlo dos consumos, em
3. Com base na faturação recebida mensalmente, os conformidade com as faturas mensais que lhes são
serviços ordenadores de despesas procedem a cabimentação, enviadas pelos fornecedores, e de acordo com os plafonds
liquidação e pagamento, não carecendo da intervenção atribuídos, e remeter trimestralmente à DGPCP mapas
do Controlador Financeiro. de despesas com as comunicações.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 75

2. Havendo despesas com os serviços de telecomunicações Artigo 46.º


sem que haja a disponibilidade para o respetivo pagamento,
Prestação de Contas dos Órgão de Soberania
a entidade fornecedora deve cessar imediatamente a
prestação de serviços de telecomunicações, cabendo 1. É obrigatório a utilização do SIGOF pelos Órgãos
aos serviços ou unidades orgânicas, no quadro do seu da Soberania, para procederem ao registo da informação
orçamento, efetuar os ajustes orçamentais necessários sobre a execução orçamental e remeter à DNOCP as
à resolução do problema. seguintes informações:
3. Em casos devidamente justificados, pode o membro a) Mensalmente, até os 5 (cinco) dias subsequentes
do Governo responsável pela área das Finanças, mediante ao período a que respeitam, os balancetes da
proposta do departamento governamental respetivo, execução orçamental, em conformidade com as
autorizar o acesso ao serviço móvel profissional às instruções da DNOCP;
unidades cuja natureza do trabalho justifique o acesso a
esse serviço adicional. b) Igualmente com a periodicidade e prazos definidos na
alínea anterior, todas as alterações orçamentais
4. As comunicações indevidamente efetuadas implicam o ocorridas no período;
apuramento de responsabilidades e o respetivo ressarcimento
de eventuais despesas ao Estado. c) Trimestralmente, até o dia 20 (vinte) do mês
Artigo 42.º
seguinte, o relatório da execução orçamental,
elaborado pelo órgão de gestão, acompanhado
Adoção do Sistema Voice Over Internet Protocol do quadro de indicadores de gestão orçamental,
para permitir acompanhar e avaliar o grau de
1. As novas instalações devem ser, preferencialmente, realização das atividades orçamentadas; e
dotadas do sistema Voice Over Internet Protocol (VOIP).
d) As contas do exercício de 2018, até 30 de março
2. A instalação do sistema VOIP é da responsabilidade do ano seguinte àquele a que respeitam.
do serviço beneficiário, da DGPCP e do Núcleo Operacional
da Sociedade de Informação (NOSI). 2. Em caso de incumprimento das obrigações de
informação decorrentes do número anterior, a DNOCP
3. Com a instalação do sistema VOIP, as dotações não procede à análise de quaisquer pedidos, processos ou
inscritas na rubrica “comunicações” dos sectores são de qualquer expediente proveniente dos organismos em
reduzidas pela DNOCP e DGPCP, em conformidade com causa, com exceção daqueles cujos processamentos sejam
as poupanças geradas. expressamente autorizados por despacho do membro do
Governo responsável pela área das Finanças.
Secção III
2 646000 001397

Execução de Projetos de Investimentos 3. O disposto no número anterior inclui a apreciação


de pedidos de libertação de créditos, com exceção dos
Artigo 43.º relativos às remunerações certas e permanentes e à
segurança social.
Execução de Projetos de Investimentos Públicos
CAPÍTULO VII
Todas as disposições constantes do presente capítulo aplicam-
se, com as necessárias adaptações, aos projetos de investimento. PROCESSAMENTO DE RECEITAS PELOS
CAPÍTULO V DEPARTAMENTOS GOVERNAMENTAIS
Artigo 47.º
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES ÀS FAMÍLIAS
Arrecadação de receitas
Artigo 44.º
1. Todas as Recebedorias do Estado devem dispor de
Evacuação de doentes carenciados para o exterior sistema informático adaptado ao Documento Único de
1. A execução das despesas com a evacuação de doentes, Cobrança (DUC) e plenamente integrado no sistema de
beneficiários do regime de solidariedade social, para o controlo de recebimento administrado pela DGT.
exterior, faz-se mediante transferências ordenadas a 2. Todas as Recebedorias do Estado devem assegurar
favor da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, pelo o depósito diário das receitas cobradas em conta de
Ministério da Família e Inclusão Social (MFIS). passagem expressamente indicadas pela DGT, abertas
2. Do montante das transferências mensais, a Embaixada junto dos Bancos Comerciais e na rede dos Correios,
deve deduzir 5% (cinco por cento) para a cobertura de custos através do DUC.
administrativos com o serviço de apoio aos doentes evacuados. 3. Os serviços da Administração Pública que ainda
não têm acesso ao sistema informático adaptado ao
3. A Embaixada remete mensalmente, através do MNEC, DUC devem solicitar à DGT a sua integração na Rede
ao MFIS e ao Ministério das Finanças, os documentos de de Cobranças do Estado.
prestação de contas.
4. A falta de solicitação de integração na Rede de Cobrança
CAPÍTULO VI do Estado implica a suspensão dos duodécimos, os quais
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DOS ÓRGÃOS DE são retomados somente após o respetivo cumprimento.
SOBERANIA 5. A identificação da conta de passagem de fundo, a que
Artigo 45.º se refere o n.º 2, e os procedimentos inerentes ao depósito
de valores, são definidos pela DGT.
Regime de duodécimo
6. As receitas consulares arrecadadas pelas missões
A transferência de fundos aos Órgãos de Soberania diplomáticas e consulares de Cabo Verde no exterior
efetua-se mediante o regime de duodécimos, nos termos devem ser depositadas nas contas bancárias dessas
da alínea c) do artigo 7.º da Lei do Orçamento do Estado missões, procedendo-se a comunicação à DGT, à DNOCP
para o ano económico de 2019. e à DGPOG do MNEC.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

76 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

7. Ficam consignadas ao financiamento de despesas 5. Não sendo possível o cumprimento do exposto no


inscritas nos orçamentos de cada missão diplomática ou número 2, deve ser efetuada a receção provisória dos
consular, as receitas consulares por elas arrecadadas, documentos e o recebimento dos valores financeiros
devendo ser deduzidas das transferências para os fundos das obrigações, ficando a emissão do recibo de entrega
de gestão os montantes correspondentes. pendente da substituição dos documentos.
8. Outros procedimentos, resultantes do processo de Artigo 50.º
reforma e da modernização das finanças públicas, e cuja
implementação altere os circuitos atuais, são aprovados Pré-notificação de contribuintes
por Portaria do membro do Governo responsável pela De modo a estimular o cumprimento voluntário de
área das Finanças. obrigações fiscais, a DGCI, através do Serviço de Tributação
Artigo 48.º e Cobrança (STC), deve garantir a comunicação atempada
de pré-notificação de contribuintes por meios eletrónicos
Procedimentos para arrecadação das receitas e/ou telefónicos.
1. Os pagamentos das receitas, nas Entidades Colaboradoras Artigo 51.º
na Cobrança, podem ser efetuados por cheque visado,
cheques do próprio banco, numerário, Serviço de Pagamento Reconciliação bancária
Automático (POS), Automated Teller Machine (ATM),
telemóvel e homebanking. Todas as Repartições de Finanças têm a obrigatoriedade
de proceder diariamente ao fecho de caixa.
2. Diariamente, as Entidades Colaboradoras na Cobrança
devem remeter à Direção Geral do Tesouro uma relação de Artigo 52.º
todos os pagamentos efetuados em cada dia, em ficheiro Isenção de direitos na importação de táxis
informático, enviado por Protocolo de Transferência de
Ficheiro (FTP). 1. Os titulares de licença para exploração do serviço de
táxis devem solicitar o pedido da isenção ao Diretor-Geral
3. As informações específicas, referente às cobranças e das Alfândegas, com os seguintes documentos:
aos pagamentos efetuados, conforme previsto no número
anterior, devem discriminar o número do DUC. a) Cópia da fatura com especificação das características
técnicas da viatura e/ou dos equipamentos;
4. Após a identificação de um dos elementos referidos no
número anterior, a Entidades Colaboradora na Cobrança b) Fotocópia do livrete do veículo automóvel a substituir;
deve recolher o montante, registar a data da cobrança, o
código do banco e da agência da cobrança, formando um c) Fotocópia atualizada e certificada da licença de operador
número que identifique, inequivocamente, esse registo de táxi, emitida pela Câmara Municipal competente;
2 646000 001397

de cobrança.
d) Situação fiscal regularizada;
5. Os pagamentos nas caixas das Recebedorias do Estado
podem ser efetuados através de cheques, numerário e do e) Parecer técnico favorável emitido pela DGTSR.
Serviço de Pagamento Automático (POS).
2. Só podem beneficiar da isenção prevista no artigo 27.º, da
6. Diariamente, o responsável pela cobrança nas caixas Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2019, as viaturas
das Recebedorias do Estado deve elaborar um balancete que preenchem, cumulativamente, as seguintes características:
do movimento diário, o qual deve ser conferido pela DGT,
mediante reconciliação com os registos efetuados durante a) Terem motor com cilindrada mínima de 1400cm3;
o dia e o montante existente em caixa.
b) Possuírem quatro ou cinco portas;
7. O montante arrecadado durante o dia deve ser
depositado na conta de passagem do Tesouro junto dos c) Apresentarem distância entre os eixos não inferior
Bancos Comerciais e na rede dos Correios no dia imediato a 2.5 metros;
ao da sua arrecadação, impreterivelmente.
d) Não ter sido anteriormente matriculadas definitivamente
CAPÍTULO VIII noutro país.
PROCEDIMENTOS NO ÂMBITO DA REFORMA 3. Não beneficiam da isenção de direitos previstos
DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL no presente artigo os automóveis do tipo ‘Minibus’
Artigo 49.º independentemente da sua lotação.
Declaração e pagamento de obrigações fiscais 4. Os beneficiários das isenções previstas no presente
artigo, nos cinco anos subsequentes à sua desalfandegação,
1. As Repartições de Finanças estão obrigadas ao estrito não podem ceder, alienar ou transmitir, a título gratuito
cumprimento dos novos procedimentos de processamento, ou oneroso, as mercadorias importadas no âmbito deste
conforme instruções técnicas emitidas pela instância diploma, salvo em casos excecionais, devidamente justificados
central. e aprovados pelo Director Geral das Alfandegas mediante
2. As Repartições de Finanças estão autorizadas a o pagamento dos direitos e demais imposições calculados
aceitar apenas formulários preenchidos de declaração com base no valor que tenham no ato de alienação ou
fiscal que respeitem os formatos dos modelos aprovados mudança de destino ou aplicação.
oficialmente. CAPÍTULO IX
3. As Repartições de Finanças têm a obrigação de
emitir recibos por cada ato de entrega de formulários RECEITAS CONSIGNADAS
de declaração fiscal e/ou pagamento pelos contribuintes. Artigo 53.º
4. No ato de emissão dos recibos de entrega, as Repartições Receitas consignadas
de Finanças devem garantir a recolha de informações
cadastrais relevantes, especificamente identificados nas 1. As receitas consignadas são criadas por lei própria e
instruções técnicas emitidas pela instância central. devem dar entrada numa conta própria junto ao Tesouro.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 77

2. As receitas consignadas e as despesas delas decorrentes Artigo 57.º


regem-se pelo Regime Jurídico da Tesouraria do Estado
aprovado pelo Decreto-lei n.º 10/2012, de 2 de abril. Reembolso de imposto

3. O Conselho de Ministros aprova anualmente, a Os contribuintes em dívida para com o fisco e à Previdência
anteceder a aprovação do OE, as diretivas de aplicação Social podem solicitar encontro de contas, caso sejam credores
das receitas consignadas, sob proposta do membro do do Estado, decorrente do não reembolso dos impostos sobre
Governo responsável pela gestão dessas receitas. o rendimento e sobre o valor acrescentado (IVA).

4. As diretivas definem as prioridades de investimentos a Artigo 58.º


serem financiados pelas receitas consignadas, devidamente
fundamentadas e com previsão orçamental. Quotas a organismos internacionais

Artigo 54.º 1. O Ministério responsável pela área dos Negócios


Estrangeiros assume a programação financeira dos
Utilização de Receitas consignadas pagamentos das “Quotas a organismos internacionais”
previstas na dotação orçamental inscrita na rúbrica de
1. As receitas consignadas só podem ser utilizadas classificação económica 03.05.04.01 do Orçamento do
para liquidação e pagamento das despesas na medida da Ministério responsável pela área das Finanças.
disponibilidade existente e entrada efetiva das receitas
na respetiva conta. 2. O plano de pagamento é aprovado pelo Conselho
de Ministro, sob proposta do Ministério dos Negócios
2. O prazo vinculativo para o pagamento das despesas Estrangeiros e Comunidades, incorporando as quotas dos
por débito das contas das receitas consignadas é de 15 organismos a serem pagas, bem com a calendarização dos
(quinze) dias no máximo, a contar da data da liquidação respetivos pagamentos.
da despesa.
Artigo 59.º
3. O financiamento de despesas através da receita
consignada concretiza-se mediante a celebração de um: Prazos para autorização das despesas e fim
do exercício orçamental
a) Protocolo, para o financiamento de projetos executados
pelos serviços da administração central, assinado 1. As alterações orçamentais devem ser processadas
entre o membro do governo responsável pela até o dia 15 de novembro de 2019.
gestão da conta da receita ou seu representante
2 646000 001397

e o representante promotor do projeto; 2. A cabimentação das despesas deve ser processada


até o dia 25 de novembro de 2019.
b) Contrato-programa, para o financiamento de
projetos executados pela administração local 3. A autorização das despesas deve ser processada até
e ou associações da sociedade civil, nos termos o dia 30 de novembro de 2019.
do artigo 78.º.
Artigo 55.º 4. A liquidação das despesas deve ser feita até o dia 10
de dezembro de 2019, com exceção de salários do pessoal
Processamento de despesas dos Fundos com receitas jornaleiro afeto aos projetos de investimentos, evacuação
consignadas de doentes, deslocações e estadias e outras consideradas
urgentes, devidamente justificadas.
1. A execução das despesas dos Fundos com receitas
consignadas não está sujeita ao visto do Controlador 5. É estipulado o dia 15 de dezembro como data limite
Financeiro, passando a ser executada em 3 (três) fases. para liquidação dos contratos-programa no quadro da
execução descentralizada dos projetos de investimentos.
2. A Inspeção Geral das Finanças realiza trimestralmente
ações de inspeções sobre a conformidade da execução das 6. A data limite de cabimentação da conta cliente e das
despesas, nos termos da lei. contas especiais e da conta cliente é fixada no dia 14 e 19
de dezembro de 2019, respetivamente.
3. No caso de verificação de irregularidade os gestores são
responsabilizados disciplinar e criminalmente se for o caso. 7. A regularização do fundo de maneio deve ser feita
até 17 de dezembro.
CAPÍTULO X
8. As datas previstas nos números anteriores podem ser
PROCESSAMENTO DE DESPESAS PELOS atualizadas mediante despacho do membro do Governo
DEPARTAMENTOS GOVERNAMENTAIS responsável pela área das Finanças.
Artigo 56.º
9. Para efeito de encerramento do ano fiscal, a DGT deve
Autorização de despesas e Pagamento efetuar todos os pagamentos até 31 de dezembro de 2019.

1. Os departamentos governamentais ficam autorizados 10. A DGT, após o término do exercício orçamental, deve
a ordenar, até aos montantes das disponibilidades fazer o levantamento de todas as despesas cabimentadas
inscritas nos seus orçamentos, e de acordo com os créditos e liquidadas e não pagas e, em concertação com a e a
disponibilizados pela DGT, o pagamento aos fornecedores DNOCP, proceder a anulação das referidas despesas no
ou beneficiários. Orçamento de 2019, bem como o respetivo enquadramento
no exercício económico seguinte, para efeito de pagamento.
2. Não devem ser pagas quaisquer faturas emitidas
por fornecedores ou beneficiários do Estado que sejam 11. A DGT deve apurar os saldos financeiros de 2019 de todas
detentores de dívidas fiscais. as contas ativas junto do Tesouro e proceder da seguinte forma:

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

78 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

a) Os saldos dos serviços simples da Administração Artigo 61.º


Pública, Serviços e Fundos Autónomos e Institutos
Movimentação de conta
Públicos com conta aberta junto do Tesouro, cujo
recurso provém essencialmente de transferência 1. A conta referida no artigo anterior é movimentada
do Orçamento do Estado, são transferidos para a crédito, de acordo com os seguintes procedimentos:
a Conta Única do Tesouro, no prazo de 5 (cinco)
dias úteis após o término do ano 2019; a) Por ordem de transferência dos duodécimos,
correspondentes à dotação inscrita no Orçamento
b) Os saldos dos Serviços e Fundos Autónomos e do Estado, com a indicação das datas de efetivação
Institutos Públicos apurados na execução dos movimentos;
orçamental de 2019, cuja receita própria for
superior a 50% (cinquenta por cento) do total b) Pelas receitas próprias arrecadadas pelos serviços
de despesa anual, podem transitar para o referidos no n.º 1 do artigo anterior, as quais
Orçamento 2020, quando, cumulativamente, são depositadas na conta do Tesouro;
seja autorizada a transição pelo membro de
Governo responsável das Finanças e tenha sido c) Pelas receitas provenientes do financiamento de
prevista a utilização desse saldo como recurso projetos inscritos no Programa de Investimento
ao financiamento do Orçamento de 2020; Público (PIP) e executados de forma descentralizada
por um determinado Serviço, Fundo Autónomo
c) A não inscrição dos respetivos saldos nos termos da ou Instituto Público; e
alínea anterior, implica o seu depósito, no prazo
de 10 (dez) dias após o término do ano 2019; d) Pelos reforços superiormente autorizados.

d) Os saldos das contas especiais financiados com 2. A conta é movimentada a débito, pelas ordens de
recursos externos em execução no final do ano pagamento emitidas pelos organismos detentores dessas
de 2019 são inscritos no Orçamento do Estado contas.
2020, mediante autorização prévia do membro
Artigo 62.º
da Governo responsável pelas Finanças.
Retenção na fonte de impostos devidos na aquisição de bens
12. saldos dos Órgãos de Soberania, e outras entidades e serviços
sem conta aberta junto do Tesouro cuja receita própria
for superior a 50% (cinquenta por cento) do total da Nas situações em que os serviços tenham que reter
despesa anual, apurados na execução do orçamento impostos devidos pelos fornecedores ou prestadores de
de 2019, cuja utilização não tenha sido prevista como serviços, as requisições de transferências para o pagamento
2 646000 001397

recurso de financiamento do orçamento de 2020 devem aos beneficiários devem ser sempre efetuadas através de
ser transferidos para a conta de passagem do Tesouro DUC ou modelo equivalente, conforme couber.
junto dos Bancos Comerciais, no prazo de 10 (dez) dias
Artigo 63.º
úteis após o término do ano 2019.
Receitas próprias
13. Os eventuais saldos dos duodécimos disponibilizados
pelo Tesouro durante o ano 2019 aos Órgãos de Soberania Todas as receitas arrecadadas pelos Serviços, Fundos
e outras entidades sem conta aberta junto do Tesouro, Autónomos e Institutos Públicos devem ser depositadas
devem ser transferidos para a conta de passagem do imediatamente numa das contas de passagem expressamente
Tesouro junto dos Bancos Comerciais, no prazo de 10 indicada pela Direção Geral do Tesouro, abertas junto
(dez) dias úteis após o término do ano 2019, sob pena de das agências dos Bancos Comerciais, rede dos Correios,
não ser feita a primeira transferência do duodécimo do através do DUC ou pagas nos meios da Rede Vinti4.
Orçamento do Estado do ano 2020.
Artigo 64.º
CAPÍTULO XI
Fundo de Maneio
EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS DOS
SERVIÇOS, FUNDOS AUTÓNOMOS E 1. O fundo de maneio, aprovado pelo Decreto-Regulamentar
n.º 1/2007, de 15 de janeiro, alterado pelo Decreto-regulamentar
INSTITUTOS PÚBLICOS n.º 18/2013, de 24 de julho, pode ser constituído por um
Artigo 60.º valor a definir pela DGT, devidamente autorizado pelo
Membro do Governo responsável pela área das Finanças,
Contas junto do Tesouro até o limite máximo de 10% (dez por cento) da soma dos
duodécimos das rúbricas orçamentais abrangidas, líquida
1. Cada Serviço ou Fundo Autónomo, Instituto Público de valores orçamentais cativos.
e Unidades de Coordenação de Projetos, com exceção do
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), deve 2. O fundo de maneio é composto por rubricas de
possuir conta exclusivamente junto do Tesouro, sobre funcionamento que correspondem às despesas nas seguintes
a qual se registam, a crédito e a débito, os movimentos rubricas económicas:
necessários para a execução do seu orçamento.
a) Material de escritório e consumo de secretaria;
2. Salvo casos excecionais, devidamente autorizados
pelo Ministério das Finanças, através da DGT, é vedado b) Material de consumo clínico;
aos serviços referidos na alínea anterior, a abertura de
contas financeiras junto dos Bancos Comerciais.
c) Material de Limpeza, higiene e conforto;
3. O incumprimento do estipulado no número anterior
implica o encerramento da conta pela DGT e consequente d) Transporte;
suspensão dos duodécimos.
e) Materiais e serviços de conservação e reparação;
4. Os duodécimos só são retomados após o cumprimento
do princípio da unicidade de caixa. f) Outros bens e serviços.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 79

3. O Membro do Governo responsável pela área das na mesma rubrica orçamental, não devendo ser reforçada
Finanças pode autorizar a utilização de algumas rúbricas uma rubrica anulada e vice-versa, salvo autorização expressa
não previstas no regulamento, sempre que for solicitado do membro do Governo responsável pela área das Finanças.
pelo sector e devidamente fundamentado.
2. Para efeitos do número anterior, não são considerados
4. O encerramento do fundo de Maneio é obrigatoriamente projetos financiados por donativos e empréstimos externos.
efetuado até 30 de novembro de 2019 para todos os serviços
e organismos abrangidos pelo diploma do Fundo de Maneio, Artigo 68.º
a titulo excecional, mediante proposta fundamentada Alterações orçamentais da competência do Governo
submetida a DGT o prazo pode ser prorrogado até meados
de dezembro 2019. 1. O reforço e a anulação de verbas das dotações
Artigo 65.º previstas no n.º 7 do artigo 70.º é da responsabilidade
do departamento governamental ordenador da despesa.
Regime de duodécimos

1. Ficam sujeitos ao regime de transferência duodecimal, 2. O reforço referido no número anterior só pode ser
o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, a Comissão efetuado por contrapartida de outra rubrica do mesmo
de Recenseamento Eleitoral e a Comissão Nacional de orçamento, sem alteração do montante global da dotação
Eleições, podendo, excecionalmente, o regime de duodécimos orçamental inicial.
ser flexibilizado em casos de aquisição de bens e serviços 3. As transferências de verbas entre ministérios
e ou equipamentos cujos preços são indivisíveis. carecem da autorização prévia e expressa do Conselho
2. Os duodécimos atribuídos aos Institutos cuja receita de Ministros, salvo situações excecionais, devidamente
própria cobre a totalidade da despesa orçamentada, não explicitadas e fundamentadas.
estão sujeitos aos constrangimentos financeiros do Tesouro,
desde que o instituto possua saldo positivo em sua conta. 4. Da decisão do Conselho de Ministros, deve constar a
indicação da verba necessária para a cobertura de encargos
Artigo 66.º resultantes da proposta de alteração e a sua origem.
Prestação de contas pelos Serviços,
Fundos Autónomos e Institutos Públicos 5. As transferências de verbas inter-rubricas, dentro
da mesma unidade orçamental, são autorizadas pela
1. Para efeitos do controlo sistemático e sucessivo da DGPOG ou serviço equiparado.
gestão orçamental, os Serviços, Fundos Autónomos e
Institutos Públicos, integrados ou não no SIGOF, bem 6. As transferências de verbas que se venham a mostrar
como as Embaixadas e Postos Consulares, delegações do necessárias dentro do orçamento entre departamentos
Ministério da Educação, escolas secundárias e Delegacias governamentais, durante a sua execução, são autorizadas
2 646000 001397

de Saúde devem remeter, mensalmente, à DNOCP, até pelo respetivo membro do Governo.
o dia 5 (cinco) do mês seguinte, balancetes de execução
Artigo 69.º
orçamental de receitas e despesas, com a identificação
das respetivas fontes de financiamento. Alterações orçamentais dos Serviços,
Fundos Autónomos e Institutos Públicos
2. Igualmente, devem ser enviadas, até 20 (vinte) dias
após o final de cada trimestre, as contas trimestrais e 1. As alterações nos orçamentos dos Serviços e Fundos
anual, respetivamente, acompanhadas do correspondente Autónomos e dos Institutos Públicos obedecem, para além
relatório para serem integradas nas Contas trimestrais do que a lei geral dispõe, às seguintes regras:
e anual a serem apresentadas à Assembleia Nacional.
a) As transferências de verbas inter-rubricas são da
3. Os Serviços, Fundos Autónomos e Institutos Públicos, competência do dirigente máximo do organismo; e
que executam o orçamento no quadro do programa de
investimento, devem remeter o relatório, referido no b) As alterações que impliquem acréscimo de despesa
número anterior, no qual conste a execução física. global do Serviço, Fundo Autónomo ou Instituto Público,
4. O modelo dos elementos a serem remetidos à DNOCP são da competência do membro do Governo responsável
é definido por Portaria do membro do Governo responsável pelo respetivo departamento Governamental.
pela área das Finanças.
2. O Tesouro não assume quaisquer despesas ou
5. Em caso de incumprimento das obrigações de compromissos para com terceiros originados pelos Serviços
informação, decorrentes dos números anteriores, a e Fundos Autónomos e pelos Institutos Públicos.
DNOCP, em concertação com a DNP, não procede a
Artigo 70.º
análise de quaisquer pedidos, processos ou expediente
proveniente dos organismos em causa, salvo daquele Alterações orçamentais no Programa
cujo processamento seja expressamente autorizado por de Investimentos Públicos
Despacho do membro do Governo responsável pela área
das Finanças. 1. A inscrição e reforço de verba de projetos financiados
por donativos e empréstimos externos, referidos na
6. O disposto no número anterior inclui a apreciação alínea d) do n.º 1 do artigo 26.º da Lei n.º 78/V/98, de 7
de pedidos de libertação de créditos, com exceção dos de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei
relativos as remunerações certas e permanentes e à n.º 5/VIII/2011, de 29 de Agosto que define os princípios
segurança social. e regras do Orçamento do Estado, devem ser feitos
CAPÍTULO XII oportunamente, através da DNOCP, em concertação
com DGT e DNP, sem prejuízo do estipulado no n.º 3
ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS do mesmo artigo, mediante autorização do membro do
Governo responsável pela área das Finanças.
Artigo 67.º
Restrições
2. As transferências de verbas inter-projetos, enquadrados
dentro do mesmo programa e/ou programas diferentes
1. São proibidas as transferências dos ativos não financeiros do mesmo pilar, nas dotações dos projetos financiados
para as despesas correntes, bem como alterações sucessivas com recursos não consignados, que venham a mostrar-se

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

80 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

necessárias durante a execução, devem ser propostas pela 4. Os procedimentos para a inscrição dos projetos
DGPOG ou serviços equiparados do sector, acompanhadas no Sistema Nacional de Investimento, no Modulo de
do parecer do Gestor do Programa e/ou Projeto respetivo e Gestão Pré-Investimento Público constam do manual de
autorizadas pelo membro do Governo responsável pelo sector. procedimento próprio elaborado e distribuído pela Direção
Nacional do Planeamento.
3. As transferências de verbas inter-projectos enquadrados
em programas de pilares diferentes, só podem ser efetuadas Secção II
mediante resolução do Conselho de Ministro, sob a proposta Programa de Investimento Público
conjunta do membro do Governo responsável pelo sector
e pelo da área das finanças. Artigo 72.º

4. Cabe à DNOCP analisar a solicitação, proceder as Execução de Projetos de Investimento Público


respetivas alterações orçamentais no SIGOF, e comunicar
ao Serviço de Planeamento, Seguimento e Avaliação Apenas são executados no Sistema Nacional de
(SPESA) da DNP e às DGPOG ou serviços equiparados Investimento, os projetos de investimento público inscritos
sectoriais, cabendo a estas comunicar aos Gestores dos nos termos do artigo anterior.
Projetos e ao M&E Officer, para efeito de regularização das Artigo 73.º
alterações a nível do Módulo de Seguimento e Avaliação.
Execução do Programa de Investimento
5. Ficam interditas quaisquer novas alterações aos
referidos projetos enquanto não se verificar a regularização 1. A execução do Programa de Investimento Público
estipulada no número anterior. (PIP) incumbe aos departamentos governamentais e aos
Institutos Públicos.
6. As alterações devem estar devidamente acompanhadas
da respetiva reprogramação dos produtos. 2. A execução do PIP pode ser descentralizada para as
Câmaras Municipais, e Organizações da Sociedade Civil
7. As transferências de verbas inter-rubricas, dentro do (OSC), empresas públicas ou outras entidades com as
mesmo projeto e durante a execução, são autorizadas pelo quais o Governo tenha convenção, mediante celebração
dirigente responsável pela gestão e execução do projeto. de contratos-programa e protocolos.
8. É proibida a transferência de verbas destinadas ao 3. A execução do PIP é feita através da realização de
financiamento de projetos do PIP, após a autorização de projetos.
despesa ou a celebração de contratos de obras públicas,
contratos programa, protocolos, contratos de prestação de 4. Os projetos constantes do PIP, que têm acordos ou
serviços ou acordos de financiamento, salvo autorização convenções de financiamento e que obrigam a abertura
de Contas Especiais no BCV, devem ser previamente
2 646000 001397

expressa do membro do Governo responsável pela área


das Finanças. inscritos no SIGOF, junto à DNOCP.

9. É interdita a transferência de verbas de projetos 5. A abertura das Contas Especiais está sujeita a um
financiados com recursos consignados ao abrigo de acordos modelo de execução próprio, cujos procedimentos devem
de crédito ou de donativo, incluindo a ajuda alimentar, obedecer às normas e procedimentos estabelecidos pela
salvo acordo prévio do doador. DGT.

10. As solicitações de transferências de verbas previstas 6. A execução do PIP pelos serviços simples dos
no n.º 2 devem ser enviadas à DNOCP, com conhecimento departamentos governamentais, com financiamento do
da DNP, acompanhadas das respetivas listas de produtos Tesouro, fica sujeita a cativação de 40% (quarenta por
atualizados, fichas dos projetos e nota justificativa, para cento) das despesas de deslocações e estadia, incluindo
devida atualização dos orçamentos dos respetivos projetos. os cativos previstos na Lei que aprova o Orçamento do
Estado para o ano económico de 2019.
11. As transferências mencionadas no n.º 5 do presente Secção III
artigo são atualizadas no SIGOF pelo Ordenador Financeiro
do respetivo ministério. Execução de Projetos de Investimento

CAPÍTULO XIII Artigo 74.º


Recursos consignados
PROGRAMA DE INVESTIMENTO
1. A execução orçamental de projetos financiados com
Secção I recursos consignados ao abrigo de acordos de créditos
Fase de Pré-Investimentos Públicos e/ou de donativos, incluindo a ajuda alimentar, é feita
com base na disponibilidade efetiva dos recursos pelos
Artigo 71.º financiadores numa conta aberta no Tesouro ou no
Banco de Cabo Verde e confirmação prévia da DNOCP
Inscrição de Projetos na fase pré –investimento
do enquadramento orçamental.
1. Todo o projeto de investimento público deve ser 2. O saldo disponível em cada momento para um
inscrito no Sistema Nacional de Investimento, no Módulo determinado projeto ou programa é o limite máximo
de Gestão pré- Investimento Público.  permitido para a execução de despesas desse projeto
ou programa, podendo o mesmo ser sujeito ao reforço
mediante autorização, nos termos do artigo 70.º.
2. O projeto referido no número anterior de montante Artigo 75.º
superior a 100.000.000 CVE (cem milhões de escudos) e
independentemente da fonte de financiamento está sujeito Execução de projetos pelos Serviços,
ao estudo prévio de viabilidade financeira e económica. Fundo Autónomos e Institutos Públicos

3. Dependendo da natureza do projeto, podem ser 1. Compete aos Institutos Públicos iniciar e autorizar as
necessários estudos complementares, nomeadamente operações de execução das despesas dos projetos de investimentos
de dimensão técnica, sociocultural, politico e ambiental. propostos para financiamento no quadro do PIP.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 81

2. Os projetos de investimentos financiados com recursos 11. Os adiantamentos acima de 30% (trinta por cento),
do Tesouro e a serem executados pelos Serviços, Fundo em caso de contrato-programa com o valor superior a três
Autónomos e Institutos Públicos ficam sujeitos a cativação mil contos, devem ser objeto de autorização do membro
de 30% (trinta por cento) do respetivo montante. do Governo responsável para áreas das Finanças.
3. Excetuam-se do disposto no número anterior, a 12. É proibida a assinatura de novos contratos-programa,
execução dos projetos de investimentos públicos de cariz com qualquer entidade ou instituição, enquanto esta não
social a serem realizados pelos serviços e fundos autónomos justificar a utilização de verbas adiantadas.
e institutos públicos.
13. É estipulado um prazo de 1(uma) semana, no máximo,
4. A cativação referida no n.º 2 não abrange o agrupamento para a tramitação do processo até a sua conclusão, com
das despesas com o pessoal, podendo haver cativação até a assinatura do contrato programa por todas as partes
o limite do disponível nas demais rúbricas. envolventes.
5. O Serviço Ordenador do sector da tutela e o Controlador 14. O incumprimento das normas estabelecidas nas
Financeiro são os órgãos responsáveis para proceder ao cláusulas dos contratos programas implica a suspensão
controlo da legalidade e regularidade financeira, das imediata dos mesmos.
operações de despesas realizadas pelos Institutos, cabendo
ao Ordenador Principal proceder à liquidação. 15. O modelo de contratos financiados através de fundos
alimentados com receitas consignadas é aprovado por
Artigo 76.º Portaria do membro do Governo responsável pela área
das Finanças.
Projetos de Municípios e Organizações da Sociedade Civil
Artigo 77.º
1. Os projetos das Câmaras Municipais, Organizações da
Sociedade Civil (OSC) ou outras entidades com as quais o Seguimento e avaliação
Governo tenha convenção, propostos para financiamento no 1. Para efeitos de Monitoramento e Avaliação, as
quadro do PIP, devem ser apresentados ao departamento entidades responsáveis pelos programas do PEDS 2017-
governamental competente na matéria, para autorização. 2021, devem submeter à DNP os Quadros Lógicos dos 34
2. O enquadramento nos programas, de valor superior (trinta e quatro) programas, contendo objetivos específicos,
a 1.000.000.00 CVE (um milhão de escudos), deve ser indicadores de resultados e suas metas, assim como os
efetuado a quando da autorização da despesa, mediante produtos (bens e serviços) destinados aos beneficiários de
parecer técnico da DNP, a ser emitido num prazo máximo cada programa e respetivos indicadores, metas e custos.
de 72 (setenta e duas) horas. 2. Durante o ano orçamental 2019, o Ministério das
2 646000 001397

3. Para efeito de analise os contratos Programas devem Finanças, através da DNP, inicia implementação do sistema
ser submetidos via correio eletrónico e os pareceres piloto de monitoramento e avaliação, como instrumento
emitidos por esta mesma via. de programação, gestão e monitoramento dos Quadros
Lógicos de programas do PEDS.
4. A não emissão do parecer no prazo referido no número 3. As entidades responsáveis pelos programas devem
anterior, faz com que se considere, automaticamente, submeter a lista homologada dos Gestores de programas,
adequado o enquadramento apresentado. projetos e unidades finalísticas à DNP até o dia 20 janeiro
5. Sem prejuízo da aplicação do disposto no número do ano orçamental.
anterior, a entidade com competência para o enquadramento 4. Os gestores de projetos e unidades finalísticas devem
dos programas é responsabilizada civilmente pelo atualizar, mensalmente, as informações referentes à
enquadramento indevido, nos termos da lei. evolução dos indicadores de produto, até o dia 15 (quinze)
6. Autorizada e enquadrada a despesa nos programas o do mês subsequente a que correspondem. 
departamento governamental competente e o Ministério 5. As informações referentes à evolução dos indicadores de
das Finanças, celebram um contrato-programa com as objetivos específicos do programa devem ser atualizadas pelo
entidades referidas no n.º 1, onde são definidos o e todos Gestor de Programa até o dia 20 de fevereiro de cada ano.
os procedimentos de execução, de prestação de contas e
de auditoria, incluindo a previsão financeira plurianual, 6. Até o dia 15 (quinze) após o fim de cada trimestre, o
caso seja aplicável, e as fichas dos projetos. Gestor de Programa submete um relatório qualitativo que
inclui (i) atividades realizadas no período, (ii) principais
7. O contrato-programa deve conter obrigatoriamente objetivos alcançados, (iii) dificuldades e aprendizagens,
informação sobre o número de identificação fiscal (NIF), (iv) objetivos para o próximo período.
número de conta bancária, o endereço e o contacto do
beneficiário, respeitando a estrutura do modelo em anexo, 7. A disponibilização das verbas, incluindo os produtos
que integra o presente diploma. das alterações orçamentais, ficam condicionadas ao cabal
cumprimento dos prazos estabelecidos no presente artigo.
8. O contrato-programa é outorgado, por parte do
Governo, pelo sector a que a matéria do contrato-programa 8. Mediante exercício de controlo de conformidade pelo
respeite, representado pela Direção Geral do Planeamento, SSA, Projetos, Unidades e Programas que não cumpram
Orçamento e Gestão, entidade a qual cabe a fiscalização o estabelecido nos números anteriores tem a sua execução
financeira e a execução orçamental do contrato. orçamental bloqueada até a regularização dos seus dados.
9. Os contratos assinados nos termos do número anterior 9. Os produtos gerados pelas Unidades de Gestão e
devem ser remetidos, em formato digital, à DGT e à Apoio estarão apenas sujeitos a um seguimento financeiro.
DNOCP, para efeitos de gestão.
Artigo 78.º
10. Em caso de projetos, de valor igual ou superior Adiantamento de verba
a três mil contos, de infraestruturas e obras públicas,
agrícolas e do ambiente, o contrato-programa deve integrar, 1. Pode ser estabelecido para cada projeto um adiantamento
também, como primeiro outorgante o sector responsável até 30% (trinta por cento) da dotação disponível, mediante
pelas respetivas áreas. programação financeira trimestral.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

82 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

2. O limite estabelecido no número anterior pode ser g) A DGT, através do Serviço de Tesouraria e
ultrapassado em casos atendíveis, autorizados pelo Contas (STC), deve programar ou atualizar a
DGT, sob proposta do serviço ordenador a que o projeto programação financeira dos DUC dos acordos
diretamente respeite. de financiamento externo direto por donativo,
com base nos contratos resultantes;
Artigo 79.º

Financiamento Externo h) A DGT, através do Serviço das Operações Financeiras


(SOF), deve programar ou atualizar a programação
Os pagamentos ao abrigo de acordos internacionais financeira dos DUC dos acordos de financiamento
só podem ser processados diretamente pelo financiador externo direto por empréstimo, com base nos
no estrangeiro para empresas não-residentes, de acordo contratos resultantes.
com a definição vigente na lei fiscal.
3. A execução dos desembolsos deve ser efetuada
Artigo 80.º respeitando a seguinte ordem de atos e respetivos
intervenientes:
Programação de desembolsos
a) O sector responsável pelo projeto deve inserir e
Para efeito do início de desbloqueamento de verbas, é auditar os valores medidos dos indicadores dos
obrigatório a apresentação prévia, pelos departamentos projetos;
requisitantes e para cada projeto, de uma programação de
desembolsos trimestral, a qual pode vir a ser atualizada b) O sector responsável pelo projeto deve inserir um
consoante a necessidade, de acordo com a execução e com cabimento por cada fatura recebida dos prestadores
as disponibilidades de tesouraria. de serviço ou fornecedores, especificando o número da
Artigo 81.º fatura, anexando no primeiro cabimento o contrato;
Desembolso externo c) A DGT, através do SOF, deve liquidar as despesas
resultantes do desembolso de empréstimo externo
1. O pedido de desembolso, referente a projetos com com pagamento direto emitido no estrangeiro;
financiamento direto por empréstimos e/ou donativos
externos, deve ser feito mediante inserção de um cabimento d) A DGT, através do SOF, deve lançar o DUC por
no e-gov no mesmo valor, que permita a identificação do desembolsos realizados por empréstimo externo
projeto conforme o acordo de financiamento. direto a projetos, efetuando a compensação
correspondente;
2. O planeamento e programação dos desembolsos
devem ser efetuados respeitando a seguinte ordem de e) A DGT, através do STC, deve lançar o DUC por
2 646000 001397

atos e respetivos intervenientes: desembolsos realizados por donativo externo


direto a projetos, efetuando a compensação
a) A DNP, através do Serviço de Mobilização de correspondente.
Recursos (SMR), deve encaminhar todos os
acordos de financiamento externo celebrados, por 4. As alterações e reprogramações dos desembolsos
empréstimo ou donativo que tenha conhecimento, devem ser efetuadas respeitando a seguinte ordem de
acompanhados da sua respetiva programação atos e respetivos intervenientes:
financeira de desembolsos, à DGT e DNOCP;
a) A DGT, através da SOF, deve analisar a sustentabilidade
b) O MNEC, através da Direção Nacional de Assuntos da dívida em relação às novas adendas, mediante
de Política Externa e Cooperação (DNAPEC), apresentação de nova proposta de financiamento da adenda
deve encaminhar à DNP, DGT e DNOCP cópia contratual pela DNP, e submeter para aprovação do
de todo e qualquer acordo de financiamento membro do Governo responsável pela área das Finanças;
externo por donativo celebrado, acompanhado da
respetiva programação financeira de desembolsos; b) A DNP, através do SMR, deve submeter as adendas
contratuais aos credores externos, para aprovação de
c) A DGT, através do Serviço das Operações Financeiras disponibilidade de financiamento;
(SOF), deve lançar todos os DUC referentes à
previsão de desembolsos de acordos de empréstimo c) A DNOCP, através do Serviço de Orçamental (SO),
externo com pagamento direto a projetos, com efetua as alterações orçamentais que sustentem a adenda,
base na programação financeira dos acordos; mediante aprovação do membro do Governo responsável
pela área das Finanças.
d) A DGT, através do Serviço de Tesouraria e Contas
(STC), deve lançar todos os DUC referentes à CAPÍTULO XIV
previsão de desembolsos de acordos de donativo
externo com pagamento direto a projetos e da PRAZO MÁXIMO DE PAGAMENTO
Ajuda Orçamental, com base na programação
financeira dos acordos; Sessão I

e) O sector responsável pelo projeto com financiamento Prazos


externo direto deve inscrevê-lo, especificando o Artigo 82.º
valor completo do financiamento, no seu respetivo
Programa de Investimento, conforme a designação Prazo de pagamento
dada ao projeto no acordo de financiamento e
efetuar o registo no SIGOF, por financiador 1. É fixado um prazo máximo de 45 (quarenta e
e tipo de financiamento, incluindo os valores cinco) dias para o pagamento de faturas referentes ao
de contrapartida nacional, quando previstos; fornecimento de bens e serviços à Administração Pública
direta e indireta.
f) O sector responsável pelo projeto deve preencher
toda a informação do projeto com financiamento 2. O processo de pagamento é desencadeado pelo
externo diretamente no Módulo de Seguimento fornecedor de bens e serviços, mediante a apresentação
e Avaliação do SIGOF, conforme artigo 79.º; das faturas, nos termos legalmente fixados pelo CIVA.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 83

3. Para o cumprimento do disposto no numero 1, d) Pagar as prestações devidas pelo trabalhador, para
são estabelecidos os seguintes prazos para as fases de a entidade gestora dos regimes obrigatórios de
processamento das despesas: segurança social;
a) 7 (sete) dias para a cabimentação da fatura, a e) Ter o contratado idade superior a 18 (dezoito) e
contar da data da respetiva receção, anexando inferior a 35 (trinta e cinco) anos.
todos os comprovativos legalmente exigidos;
4. Para requerer a isenção, as pessoas coletivas ou
b) 5 (cinco) dias para a autorização pelo sector ou gestor singulares, devem submeter à entidade gestora dos
da unidade ou projeto, a contar da cabimentação; regimes obrigatórios de segurança social:
c) 6 (seis) dias para o Controlador Financeiro, a contar a) Um requerimento, em modelo a ser definido por
da data da autorização pelo sector ou gestor esta, contendo todos os documentos referidos
da unidade ou projeto; no número anterior;
d) 5 (cinco) dias para a liquidação pela DGOPG do b) Este requerimento, bem como os documentos que o
sector, a contar do visto prévio do Controlador acompanham, devem ser entregues, pela pessoa
Financeiro; coletiva ou singular, no mês seguinte ao da
celebração do contrato de trabalho.
e) 22 (vinte e dois) dias para a emissão de pagamento
de escudos pela DGT, a contar da liquidação 5. A contagem do período de isenção é suspensa se o contrato
pela DGOPG. de trabalho for suspenso devido a situações devidamente
comprovadas de incapacidade ou impossibilidade para o
4. Os prazos fixados no presente artigo são contados em dias úteis. trabalho por parte do trabalhador.
Sessão II 6. O direito à isenção cessa nas seguintes situações:
Incumprimento a) Fim do período de isenção;
Artigo 83º
b) Deixem de se verificar as condições de acesso;
Incumprimento e publicação
c) Falta de entrega, no prazo legal, das declarações
1. O incumprimento dos prazos fixados no artigo de remuneração ou a não inclusão de quaisquer
anterior impacta negativamente nas métricas dos gestores trabalhadores nas referidas declarações;
e técnicos que integram as etapas do processamento das
despesas, para efeitos de avaliação de desempenho, sem d) Cessação do contrato de trabalho por iniciativa
2 646000 001397

prejuízo da responsabilização disciplinar e financeira. da pessoa coletiva ou singular com base em


despedimento sem justa causa, despedimento
2. É publicada, trimestralmente, no sítio de internet do coletivo, despedimento por extinção do posto
Ministério das Finanças a lista do prazo médio de cada etapa de trabalho ou despedimento por inadaptação;
do processamento de despesas executadas por cada entidade.
e) Nas situações em que a entidade beneficiária da
CAPÍTULO XV isenção do pagamento de contribuições passe
a ter dívida à entidade gestora dos regimes
POLITICAS ATIVAS DE EMPREGO obrigatórios de segurança social ou à administração
fiscal, o direito à isenção cessa a partir do mês
Artigo 84.º seguinte àquele em que contraiu a dívida.
Contratação de Jovens para o Primeiro Emprego 7. A isenção ou redução da taxa contributiva pode ser
retomada a partir do mês seguinte àquele em que tiver
1. As pessoas coletivas ou singulares, enquadradas lugar a regularização da situação contributiva à entidade
no regime de contabilidade organizada, que contratem gestora dos regimes obrigatórios de segurança social ou
jovens para o primeiro emprego, beneficiam de isenção à administração fiscal.
relativamente às prestações devidas pelas entidades
patronais para os regimes obrigatórios de segurança social. 8. As falsas declarações ou a utilização de qualquer
outro meio de que resulte a isenção ou redução indevida
2. Consideram-se jovens, para efeitos do número anterior, da obrigação de contribuir constitui infração punível nos
os indivíduos com idade superior a 18 e inferior a 35 anos termos da lei penal e contraordenacional.
e que à data do contrato, nunca tenham exercido atividade
profissional ao abrigo de contrato trabalho. 9. Anualmente, faz-se uma avaliação do cumprimento
das obrigações derivadas deste incentivo.
3. São condições de acesso e manutenção, pelas pessoas
coletivas ou singulares, do benefício referido no n.º 1: 10. A entidade gestora dos regimes obrigatórios de
segurança social é reembolsada pela perda de receita
a) Ter a situação contributiva regularizada perante não arrecadada decorrente de tal isenção, nos termos de
a entidade gestora dos regimes obrigatórios um Protocolo a celebrar com o Ministério das Finanças.
da segurança social e a administração fiscal;
11. A entidade gestora dos regimes obrigatórios de
b) Celebrar com o trabalhador contrato de trabalho, segurança social verifica:
com duração igual ou superior a 1 (um) ano;
a) A inexistência de dívidas para com ela por parte
c) Ter ao seu serviço um número de trabalhadores das pessoas coletivas e singulares que solicitam
subordinados superior ao que tinha: o benefício;
i. Em dezembro do ano anterior; ou b) Tratar-se de uma 1ª inscrição no regime obrigatório
da segurança social;
ii. No mês imediatamente anterior ao da contratação de
novos trabalhadores, no caso de a entidade empregadora c) O cumprimento das condições de acesso exigidas
ter iniciado a sua atividade no mesmo ano. no número 3.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

84 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

CAPÍTULO XVI que se rege pelas cláusulas seguintes:


Clausula 1ª
DIFERENCIAÇÃO POSITIVA
Objeto e Finalidade
Artigo 85.º

Desembolso de diferenciação positiva 1. O presente contrato destina-se ao financiamento


do(s) projeto(s) ……………………….
1. O desembolso da verba da diferenciação positiva é
efetuado em regime duodecimal, juntamento com o FFM. 2. O(s) projeto(s) tem por objetivo…………………………………………

2. Os municípios são obrigados a remeter os relatórios 3. Este projeto tem como atividade:
de reporte anual, com a execução física e financeira dos
projetos financiados pela verba da descriminação positiva. ………………………………………………………………………………
Clausula 2ª
CAPÍTULO XVII
Custo
INSPEÇÕES PERIÓDICAS
O custo total do(s) projeto (s), é o valor correspondente
Artigo 86.º a ……………….
Auditorias Clausula 3.º

As entidades que tenham violado o disposto no Localização e Beneficiários


presente diploma ou que apresentem riscos acrescidos
de incumprimento ficam sujeitas a auditorias periódicas O projeto a ser desenvolvido beneficia a zona de
pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF). …………… no Concelho de ………
Clausula 4ª
CAPÍTULO XVIII
Duração
DISPOSIÇÕES FINAIS
O prazo de execução do projeto é de……………(dias/
Artigo 87.º mês/ano) a contar da data do primeiro desembolso.
Entrada em vigor Clausula 5ª
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
2 646000 001397

Financiamento
da sua publicação.
O projeto é financiado pelo Governo, através do
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 20 de (tipo de financiador) e enquadra-se no Programa
dezembro de 2018. ………………………………...... Projeto/Unidade……………………………
José Ulisses de Pina Correia e Silva – Olavo Avelino Clausula 6.º
Garcia Correia
Formas e modalidades de desembolso
Promulgado em 10 de janeiro de 2019
1. O desembolso das verbas para a execução do projeto,
Publique-se. na componente do financiamento do governo, processa-se
da seguinte forma:
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
ALMEIDA FONSECA a) Adiantamento de _________________, correspondente
à _____% do valor referido no artigo 2.º, após a assinatura
ANEXO do contrato;
(A que se refere o n.º 6 do artigo 76.º) b) Os restantes ________ % são disponibilizados, em
MODELO DO CONTRATO PROGRAMA
tranches, no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, a
contar de ……….., mediante a apresentação de todos os
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS elementos justificativos de despesa e (quando aplicado)
certificação da execução física pelos ministérios responsáveis
-------------------- pelas áreas específicas1;
ORGÂNICA DO SECTOR DO DEPARTAMENTO SECTORIAL 2. O pedido de pagamento e os elementos referidos
CONTRATO PROGRAMA N/Ref: _____ Departamento sectorial/Ano no número anterior da presente cláusula, devem ser
enviados pela 2.ª Outorgante ao departamento sectorial
Entre: que representa o primeiro outorgante ou Comissões
especiais criadas para o efeito.
O Departamento(s) sectorial(ais) adiante designado
1.º outorgante e representado neste ato pelo(a) Director(a) 3. Nos casos em que os documentos apresentados estejam
Nacional do Planeamento, e os representante(s) do incompletos ou com insuficiências, o 2.º outorgante é
departamento(s) sectorial(ais). comunicado pelo departamento sectorial que representa
o primeiro outorgante ou Comissões especiais criadas
E para o efeito, para num prazo de 10 (dez) dias as suprir.
A Entidade Executante, adiante designada 2.º 4. O incumprimento do prazo referido no número anterior
outorgante e representada neste ato pelo …,ao abrigo da implica a suspensão imediata do desembolso, até à regularização
Lei XXXX, que aprova o Orçamento do Estado para o ano da situação, ficando a 2.ª outorgante diretamente responsável
XXXX e do disposto no Decreto-lei XXXX, que aprova as pelas consequências daí advenientes.
normas e procedimentos da execução do Orçamento do
Estado para Ano XXXX é celebrado o presente contrato 1
Infraestrutura, agricultura e ambiente.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019 85

5. As verbas desembolsadas são depositadas na a) departamento(s) sectorial(ais) que representa(m)


conta bancária da 2.ª outorgante n.º _______________ o primeiro outorgante ou Comissões especiais
sediada________________________, com o número de criadas para o efeito;
Identificação Fiscal (NIF) ……………………
b) serviços competentes do Ministério das Finanças
Clausula 7ª e pelo 2.º outorgante, no tocante à execução
financeira.
Prestação de contas
3. Da avaliação física deve constar, para além do
1. A 2.ª outorgante organiza e arquiva os documentos relatório de execução, a documentação fotográfica
de prestação de contas relativos a cada desembolso, atualizada do avanço de execução do programa, cuja
conforme se indica: cópia é obrigatoriamente remetida à Direção Nacional
do Planeamento.
a) Cópias das faturas ou recibos dos pagamentos
efetuados aos fornecedores de bens e serviços; Clausula 9.º

b) Folhas de salários, comprovativos dos pagamentos Trabalhos e obras a mais


efetuados aos trabalhadores, quando aplicado;
1. O presente contrato não contempla o financiamento
c) Balancete sintético mensal dos recebimentos e de obras e trabalhos a mais nem despesas excecionais.
pagamentos efetuados.
2. A 2.ªa outorgante é responsável por todos e quaisquer
2. Os elementos previstos no número anterior devem tipos de trabalhos a mais necessários para a realização
ser disponibilizados pela 2.ª outorgante para consulta, do projeto, quaisquer que sejam a sua origem.
sempre que a entidade responsável pela fiscalização os
solicitar, devendo, igualmente, fazer parte integrante Clausula 10.º
do relatório final do projeto.
Alteração, interpretação e integração do
3. O incumprimento do disposto no número anterior Contrato
implica a suspensão imediata do financiamento, até
à regularização da situação, ficando a 2.ª outorgante 1. O presente contrato não pode ser alterado pelos
diretamente responsável pelas consequências daí outorgantes, sem autorização prévia do Ministro das
advenientes. Finanças.
2 646000 001397

4. A utilização dos recursos transferidos para fins 2. A interpretação do contrato pelas partes e a integração
diversos que não constam do presente contrato-programa, de lacuna, faz-se nos termos da lei administrativa para
comprovada pela análise dos documentos de prestação o efeito e subsidiariamente, pela lei civil.
de contas ou pela avaliação do projeto, pode implicar
a suspensão imediata do financiamento, sem prejuízo
de 2.º outorgante repor no prazo de 30 (trinta) dias Clausula 11ª
após a comunicação do departamento sectorial que
representa o primeiro outorgante ou Comissões especiais Dos anexos
a entidade executante com o conhecimento do membro do
Governo responsável pela área das finanças o montante Constituem anexos ao presente contrato os seguintes
indevidamente utilizado. documentos:

5. Nos casos previstos nos números anteriores, compete a) Ficha do projeto;


ao Ministro das Finanças, ordenar a suspensão do
financiamento, mediante solicitação e informação do(s) b) Orçamento do projeto com a descrição detalhada
departamento(s) sectorial(ais) que representa o primeiro dos trabalhos a executar.
outorgante ou Comissões especiais criadas para o efeito,
sem prejuízo do controlo próprio do Ministério das Finanças,
ficando o 2.º outorgante diretamente responsável pelas
consequências daí advenientes. Elaborado e assinado em duas vias
6. Os elementos justificativos das despesas devem ser Praia, ……. de mês de Ano
validados e certificados pelos departamentos governamentais
responsáveis pelo financiamento. Pelo Ministério Sectorial
7. Não são assinados novos contratos programas, DGPOG
enquanto não for justificada a utilização das verbas
adiantadas. _________________________
Clausula 8ª Sr(a). ……
Gestão e avaliação do Programa Pela Entidade executante
1. A 2.ª outorgante assegura a boa gestão das verbas _________________________
disponibilizadas, a elaboração de todos os documentos
de prestação de contas referidos no presente contrato.
Sr(a). …….
2. A monitorização, a meio percurso e avaliação final
do programa são efetuadas pelas seguintes entidades: /Cargo/

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D
Documento descarregado pelo utilizador DGPOGMFP (10.72.24.64) em 14-01-2019 10:08:44.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

86 I Série — n o 4 «B.O.» da República de Cabo Verde — 11 de janeiro de 2019

O Presidente da República, JORGE CARLOS DE


ALMEIDA FONSECA
2 646000 001397

I SÉRIE

BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

Endereço Electronico: www.incv.cv

Av. da Macaronésia,cidade da Praia - Achada Grande Frente, República Cabo Verde


C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: kioske.incv@incv.cv / incv@incv.cv

I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

https://kiosk.incv.cv B7F82497-7DBE-41CD-9F1B-8DF72547926D

Você também pode gostar