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(a) Iracema.
(b) Contos novos.
(c) Triste fim de Policarpo Quaresma.
(d) Inocência.
(e) Dom Casmurro.
(b) Foi um período da literatura que buscou valorizar o nacional, elegendo o índio como um símbolo.
(c) O romance surgido no século XX foi um excelente índice dos interesses da sociedade rural. A sua
relevância se compararia hoje à do cinema e da televisão.
(e) O espírito romântico pode ser sintetizado pela capacidade extraordinária de idealização da
natureza e das personagens.
3. Quando José de Alencar publicou IRACEMA, recebeu uma série de críticas de que se defende, notadamente, em
posfácio à segunda edição. Pinheiro Chagas foi um crítico romântico que atacou José de Alencar e os escritores
brasileiros da época, como se lê no fragmento que se segue:
"o defeito que eu vejo em todos os livros brasileiros e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de
correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português por meio de
neologismos arrojados e injustificáveis e de insubordinações gramaticais..."
(CHAGAS, Pinheiro. APUD "José de Alencar". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, v.III, p.1129.)
(a) Desde a primeira ocupação que os povoadores do Brasil, e após eles seus
descendentes, estão criando por todo este vasto império um vocabulário novo, à proporção das necessidades de sua
vida americana, tão outra da vida européia.
(b) A língua portuguesa é original de Portugal. Por isso cabe aos gramáticos portugueses dizerem o que é certo
ou errado em relação àquela língua: os brasileiros, assim como os outros povos colonizados, devem obedecer à
orientação gramatical de Portugal.
(c) Os operários da transformação de nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia
até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas.
(d) Sempre direi que seria uma aberração de todas as leis morais que a pujante civilização brasileira, com todos
os elementos de força e grandeza, não aperfeiçoasse o instrumento das idéias, a língua.
(e) Não fazemos senão repetir que disse e provou um sábio filólogo, N. Webster: "Logo depois que duas raças
de homens de estirpe comum separam-se e se colocam em regiões distantes, a linguagem de cada um começa a divergir
por vários modos."
(a) "As leis da cavalaria no tempo em que floresceu em Europa não excediam por cento em pundonor e brios à
bizarria dos selvagens brasileiros." (José de Alencar)
(b) "Não há hoje razão porque desconheçamos a importância da parte indígena na população do Brasil; e
menos ainda para que apaixonados declamemos contra selvagens que por direto natural defendiam a sua liberdade,
independência e as terras que ocupavam." (Gonçalves Dias)
(c) "Imaginei um poema ... como nunca ouviste falar de outro: guerreiros diabólicos , mulheres feiticeiras,
sapos e jacarés sem conta: enfim, um gênesis americano, uma Ilíada Brasileira, uma criação recriada." (Gonçalves
Dias)
(d) "É certo que a civilização brasileira não está ligada ao elemento indiano nem dele recebeu influxo algum; e
isto basta para não ir buscar entre as tribos vencidas os títulos da nossa personalidade literária." (Machado de Assis)
(e) "O maravilhoso, tão necessário à poesia, encontrar-se-á nos antigos costumes desses povos [indígenas],
como na força incompreensível de uma natureza constantemente mutável em seus fenômenos." (Ferdinand Denis)
5. (UFSM-RS-modificada) "A filha de Araquém foi sentar-se longe, na raiz de uma árvore, como a cerva
solitária, que o ingrato companheiro afugentou do aprisco. O guerreiro potiguara desapareceu na espessura da
floresta."
6. A obra de José de Alencar abrange os grandes temas de nossa literatura romântica, incorporando quase
todos os aspectos da realidade brasileira do seu tempo. Seus inúmeros personagens representam a busca do
escritor em traçar o perfil do homem essencialmente brasileiro e de nossa realidade geográfica e política.
Favorecida por um texto escrito pelo próprio autor como prefácio da obra Sonhos D’Ouro, a crítica divide
seus romances em quatro tendências. Marque a alternativa que apresenta a CORRETA classificação da
prosa alencariana:
7. Leia o trecho a seguir, da "Carta ao Dr. Jaguaribe", que fecha o livro Iracema, de José de Alencar:
"Sem dúvida que o poeta brasileiro tem de traduzir em sua língua as idéias, embora rudes e grosseiras, dos índios; mas
nessa tradução está a grande dificuldade; é preciso que a língua civilizada se molde quanto possa à singeleza primitiva da língua
bárbara; e não represente as imagens e pensamentos indígenas senão por termos e frases que ao leitor pareçam naturais na boca do
selvagem.
O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos dá não só o verdadeiro
estilo, como as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito, e até as menores
particularidades de sua vida."
José de Alencar é constantemente visto como um autor "fundador da literatura brasileira". A partir do
texto acima, explique de que maneira, segundo José de Alencar, é possível construir uma literatura
brasileira e romper com a influência de Portugal.
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8. Segundo Antonio Candido, no texto "Literatura de dois gumes", foi possível para os autores da primeira
metade do século XIX resgatar o índio como "antepassado simbólico justificador tanto da mestiçagem quanto
do nativismo (...) porque sua evocação não tocava no sistema social". Explique por que o mesmo não poderia
ser feito com o negro.
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9. A figura feminina, durante o Romantismo, apresenta-se constantemente idealizada, posto que revelada pela lente
subjetiva e emotiva do autor, apresentando uma linguagem marcada por metáforas expressivas, hipérboles ousadas e
adjetivação abundante. Em que alternativa abaixo, a descrição da personagem foge a esse padrão estabelecido pelo
romantismo?
a) “Não é possível idear nada mais puro e harmonioso do que o perfil dessa estátua de moça.
Era alta e esbelta. Tinha um desses talhes flexíveis e
lançados, que são hastes de lírio para o rosto gentil; porém na mesma
delicadeza do porte esculpiam-se os contornos mais graciosos com firme
nitidez das linhas e uma deliciosa suavidade dos relevos.” (José de Alencar)
d) “Sem ser verdadeiramente bonita de rosto, era muito simpática e graciosa. Tez macia, de uma palidez fresca de
camélia; olhos, um pouco preguiçosos, bem guarnecidos e penetrantes; nariz curto, um nadinha arrebitado...”
(Aluísio Azevedo)
Um dia frio,
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você,
Eu sem você não vivo..
Um dia triste,
Toda a fragilidade incide
E o pensamento lá em você,
E tudo me divide.
Longe da felicidade
E todas as suas luzes,
Te desejo como ao ar,
Mais que tudo.
És manhã da natureza das flores.
Mesmo que por toda a riqueza
Dos “sheiks” árabes,
Não te esquecerei um dia,
Nem um dia.
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você.
E tudo nascerá mais belo,
O verde faz do azul com amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris
10. Identifique o verso em que o eu lírico define a mulher amada idealizando-a a partir de elementos retirados da
natureza.
GABARITO
1- A
2- C
3- B
4- D
5- E
6- D
7- A PARTIR DO USO DA LÍNGUA INDÍGENA OU DE ALGO QUE SE APROXIME DELA, PARA QUE HAJA O
RECONHECIMENTO DE CERTA NACIONALIDADE E INDEPENDÊNCIA.
8- PORQUE O NEGRO REPRESENTAVA A POSIÇÃO MAIS BAIXA NAQUELA PIRÂMIDE SOCIAL. SEMPRE
VISTO COMO SUBALTERNO, SUBMISSO. ASSIM, JAMAIS PODERIA REPRESENTAR ALGO QUE
SIMBOLIZASSE UM HEROI.
9- D