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HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL

OS LIMITES VISÍVEIS DO CRESCIMENTO

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Olá!
Ao fim desta aula, você será capaz de:

1. Explicar por que o crescimento econômico de um país esbarra nas suas disponibilidades de recursos.

2. Demonstrar que o uso intensivo dos recursos naturais para fins energéticos deve ser acompanhado de estudos

na busca de alternativas de combustíveis.

3. Analisar os motivos que impedem o acesso à energia nuclear por parte dos países periféricos.

4. Descrever os problemas que um crescimento desordenado pode causar ao nosso planeta, já surgindo por meio

de severas alterações climáticas.

1 Introdução
Analisaremos o receio dos países detentores das técnicas para uso de energia atômica, no sentido de ajudar, ou

mesmo permitir, o acesso a essa alternativa.

Demonstraremos a relação preocupante entre o uso e os depósitos disponíveis de petróleo.

Justificaremos a necessidade de maior cuidado com as medidas voltadas para a expansão da economia, no intuito

de que não se ofenda a natureza.

Façamos uma análise da situação econômica mundial: trata-se de uma economia cujo desenvolvimento veio

demonstrando, até os dias de hoje, todas as técnicas, problemas e desigualdades que podemos constatar. O que

será que nos espera no futuro, a médio prazo?

Chegamos a um impasse a ser resolvido: ou adaptamos nossa cruzada desenvolvimentista às limitações que o

próprio ambiente suporta, ou caminharemos para um descontrole natural que trará situações imprevisíveis.

2 Energia e Petróleo
Um dos primeiros focos de que devemos cuidar é o uso da energia originada do petróleo. É um uso universal, já

que não foi encontrada uma fonte energética substituta, em termos de aplicabilidade e de custo, que pudesse ser

eficiente tal qual é o petróleo.

Porém, como todo recurso natural, é escasso. Sua continuada utilização, dentro do processo de industrialização o

qual todos os países se dedicam a aprimorar ou desenvolver, faz com que esse bem seja cada vez mais solicitado.

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O grande problema, entretanto, é averiguarmos as quantidades de reservas disponíveis. Mesmo com as grandes

descobertas que estão sendo apregoadas, inclusive pelo governo brasileiro, é fundamental que se estabeleça uma

relação entre o petróleo encontrado, o tempo de prospecção para trazê-lo à superfície e o volume de utilização

que o mundo está cada vez mais demandando.

O aspecto da intensidade de uso é aflitivo, pois observamos que as sete grandes potências mundiais (Japão,

Canadá, Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Estados Unidos) lideram um largo consumo em termos industriais,

aquecimento (passam por invernos rigorosos) e possuem frotas imensas de veículos abastecidos por derivados

do óleo. Só esse nível de consumo preocuparia, se não tivéssemos, ainda, os muitos países em desenvolvimento,

tais como a China, operando em larga escala e atingindo índices de crescimento anual invejáveis.

3 A busca de soluções
Buscar um substituto para esse combustível já vem sendo tentado, e um dos caminhos seria o uso da energia

atômica para fins pacíficos, porém há receio de os detentores da tecnologia necessária de que a posse desses

conhecimentos seja utilizada para outros fins, ou seja, de reafirmação militar, de destruição de inimigos

ancestrais ou, simplesmente, de pressão política sobre aqueles que não tenham conseguido, ainda, tal tecnologia.

Desse modo, há limitações ao conhecimento sobre energia nuclear em função da falta de confiança dos países

que já possuem a técnica com relação aos pretendentes. Os países que já possuem tal tecnologia, e que não fazem

parte desse grupo de desenvolvidos, são aqueles que dependem economicamente das grandes potências e, por

isso, têm pactos políticos rigorosos e atávicos com os países hegemônicos.

Outra alternativa, como a energia solar, é bem vista e, aos poucos, com o barateamento dos equipamentos

necessários, poderá ser usada por todos, disseminando um tipo de fonte energética limpa.

Os países que já possuem tal tecnologia, e que não fazem parte desse grupo de desenvolvidos, são aqueles que

dependem economicamente das grandes potências e, por isso, têm pactos políticos rigorosos e atávicos com os

países hegemônicos.

4 Investimento pelo mundo


Sob outro prisma, temos de considerar as diferenças de disponibilidades para investimento entre os países

desenvolvidos e os pobres. Mesmo com as dificuldades conjunturais que os centrais passem, vez por outra, eles

já possuem uma estrutura econômica que pode sofrer reajustes, mesmo que mais profundos, mas que permitem

uma recuperação mais rápida do que o soerguimento das economias dos países periféricos. Dessa forma, os

investimentos na área energética nos países centrais podem ficar estagnados durante muito tempo e

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continuarem a se utilizar de meios modernos, o que já não ocorre com os países pobres, obrigados a abortar

programas que estejam desenvolvendo por falta de recursos internos ou, então, em função da conjuntura

externa, obrigados a captar recursos internacionais a juros extorsivos.

A tentativa de se desenvolver projetos que utilizem fontes energéticas modernas e que não poluam o ambiente,

considerando todos os países, está muito longe da simples vontade e conscientização de sua importância: o

crescimento econômico demanda energia e, para levarmos a termo essa proposta mundial, é fundamental que

haja recursos financeiros para os mais pobres e, para os mais ricos, o entendimento de que sua contribuição

passa por algumas substituições nas fontes de energia utilizadas.

5 A busca de soluções
Estamos assistindo a grandes modificações climáticas que têm chamado a atenção do mundo todo. Áreas glaciais

que apresentam derretimento do gelo de forma bastante acelerada, influenciando nas vidas que ali habitam, bem

como trazendo possibilidades de avanço das águas do mar em cidades litorâneas espalhadas pelo mundo;

regiões de clima frio serem assoladas por temperaturas inusitadamente altas para os seus padrões e, outras

áreas de clima quente sofrerem com baixas temperaturas para as quais não estão preparadas.

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O nosso planeta tem sido palco de enchentes e/ou secas extremamente rigorosas, que só comprovam a ação do

homem atuando na biosfera.

6 Considerações finais
Não é impossível fazer as economias crescerem sem agredir o meio ambiente. É nesse momento que surge a

necessidade de compor os interesses econômicos com medidas saudáveis de expansão e, para refinar essa

postura, buscando a tecnologia certa para ser aplicada no desenvolvimento que todos têm direito a ter, para

usufruto de suas populações, é que os recursos precisam ser disponibilizados sob custos suportáveis para sua

aplicação, em operações que estão ligadas a nossa própria sobrevivência.

Saiba mais
ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – Da Pré-História à Idade
Contemporânea. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001, Capítulo XI.

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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Verificamos que o uso continuado do petróleo como combustível para mover as economias preocupa em
função da sua escassez.
• Constatamos que o acesso a fontes energéticas limpas é uma necessidade.
• Descrevemos as injunções políticas de acesso à energia nuclear para fins pacíficos.

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