Você está na página 1de 7

HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL

O DESEMPREGO ESTRUTURAL

-1-
Olá!
Ao fim desta aula, você será capaz de:

1. Demonstrar que trabalhar é estar preparado para exercer atividades com eficiência. 2. Justificar porque é

lento o aprendizado para o mercado de trabalho.

3. Explicar que a formação da mão de obra não está restrita somente ao aprimoramento profissional.

1 Introdução
Vamos analisar o motivo de se usar o preço do petróleo como arma política no mercado internacional.

Ilustraremos o que motivou as migrações de capitais dos países pobres para os países desenvolvidos.

Abordaremos o que levou ao aumento das taxas de juros internacionais e à consequente ação inflacionária

mundial.

O emprego é o móvel principal do homem a partir do momento em que ele atinge a idade produtiva. Nesse

momento, todas as suas atenções ficam voltadas para conseguir participar da vida útil de seu país, sendo

remunerado de maneira digna e exercendo funções para as quais se habilitou.

Essa é a história que todos deveriam contar, mas, infelizmente, não é a realidade. As diferenças de formação de

mão de obra e o acesso àquilo que representa para os indivíduos o objetivo para o qual ele se preparou tanto

tempo ainda não se realizam de maneira justa. Além disso, considera-se que as disparidades de desenvolvimento

entre os países fazem com que não haja uma democratização de oportunidades de acesso a ocupações que

trariam, indiscriminadamente, uma boa qualidade de vida para os cidadãos.

Essas diferenças não devem ser apreciadas somente confrontando estilos e graus diferenciados entre atores

internacionais, mas, sim, dentro do próprio ambiente doméstico. Vamos analisar essas conjunturas.

2 Coreia do Sul, um exemplo


Quando terminou a Guerra da Coreia, na década de 1950, o país, por iniciativa governamental, iniciou um

processo de investimento pesado em Educação. Tratava-se de alfabetização, escolaridade integral, ou seja,

desenvolvimento de projetos que erradicassem a situação de educação compatível com quem tem sua economia

nacional sustentada por atividades rurais que, historicamente, abrigam pessoas com menor acesso à educação.

-2-
Hoje, 50 anos depois, a Coreia do Sul é um exemplo, na área que estamos estudando, de qualificação de mão de

obra, bem como do uso de recursos sofisticados, pois há trabalhadores preparados para administrar as

atividades econômicas e preparadas para se adaptar às inovações tecnológicas que vão surgindo no cenário

internacional.

3 O desemprego estrutural
Todos os países estão sujeitos a passar por uma situação conjuntural que provoque um aumento nos índices de

desemprego, mas o que aflige os economistas é que quando é necessário enfrentar situações de desemprego que

não são fruto de desajustes ocasionais e, sim, de deficiências estruturais, ou seja, situações impregnadas de

variáveis, têm-se de combatê-los indo a fundo.

O desemprego estrutural é uma consequência da falta de vontade política de governantes e da apatia da

população desses países subdesenvolvidos que não sabem reivindicar o que precisam.

Nesse processo de formação de mão de obra qualificada, fica cada vez mais necessário que haja um

acompanhamento de atualização de escolaridade e de profissionalização. Nos países emergentes é que

constatamos a grande quantidade da força de trabalho à margem do processo produtivo moderno pela absoluta

-3-
falta de qualificação para o exercício de novas funções que vão surgindo no mercado de trabalho em substituição

a outras que vão sendo extintas.

-4-
4 As imigrações endêmicas
Outra consideração importante fica a cargo das imigrações endêmicas, que se transformaram em sérios

problemas para os países-alvo desses movimentos. Mesmo levando em conta que esses trabalhadores irão

exercer funções que, via de regra, o natural do país não tem interesse em ocupar, num momento de crise

mundial ou mesmo doméstica, tais imigrantes podem ser vistos como indivíduos que podem tirar vagas dos

nacionais que, sem alternativas, até se dispõem a ocupar.

Não é raro que isso evolua para uma política xenófoba e preconceituosa.

Estamos observando, atualmente, vários países europeus que estão experimentando esse desconforto. Afinal,

além do fator econômico-social, a Europa vem, há algum tempo, elegendo governos conservadores, que têm o

nacionalismo exacerbado como um dos seus lemas.

É interessante notar que a União Europeia, com a absorção contínua de um número crescente de membros, está

passando por dificuldades nesse sentido. A participação dos indivíduos nesse bloco econômico, contando com a

liberdade de amplo acesso de ir e vir entre os países, está impelindo os trabalhadores dos países

subdesenvolvidos desse grupo a tentar a vida nos países mais desenvolvidos.

União Europeia
Bloco integrado por países europeus que têm suas políticas econômicas harmonizadas para fazerem parte do

grupo.

A reação da população tem sido de pressionar seus governos a não permitirem tais entradas, mas isso seria

contrariar as próprias regras estabelecidas para a criação desse bloco. Assim, observamos que o desemprego

estrutural assola os países subdesenvolvidos no mundo todo e todos eles apresentam os mesmos problemas

básicos: mão de obra despreparada, impossível de ser absorvida em larga escala nas atividades industriais por

faltar formação.

-5-
5 Considerações finais
Para se superar o desemprego estrutural, é necessário que se tenha interesse político para resolver. Os países

mais desenvolvidos do mundo, para modificarem suas balanças comerciais, privilegiando as exportações

provenientes das indústrias, ou seja, com alto valor agregado, tiveram de investir no preparo da mão de obra.

Não adianta investir pesadamente em tecnologia se não temos o elemento fundamental e racional para operar

essas máquinas: o homem.

Saiba mais
BEAUD, Michel. História do Capitalismo – de 1500 aos nossos dias. São Paulo: Brasiliense,
1994, Capítulo III.

-6-
O que vem na próxima aula
• Os limites visíveis do crescimento econômico

CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Verificamos que o interesse político governamental influi nas condições oferecidas para a melhoria da
qualificação da mão de obra.
• Analisamos a imigração como fator determinante na composição da mão de obra dos países.
• Descrevemos a importância do desenvolvimento tecnológico da força de trabalho estar ao lado do
crescimento profissionalizante.

-7-

Você também pode gostar