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SUMÁRIO

Introdução 1
Objetivos 3
1 | O que são produtos digitais? 4
Short bio 4
Produto digital 5
Atividade 6
Infoproduto 7
Atividade 8
Subtipos de infoprodutos – E-book e Podcasts 8
Atividade 10
Videoaulas 10
Atividade 11
Serviços online e aplicativos 12
Atividade 13
Metaverso 14
Atividade 15
2 | Benefícios dos produtos digitais 16
Baixo custo de inicialização 16
Atividade 18
Independência de localização 18
Atividade 20
Comercialização escalável 20
Atividade 22
Margem de lucro alta 22
Atividade 23
Renda passiva 24
Atividade 25
Alavancador de seu produto principal 26
Atividade 28
3 | Como construir produtos digitais com excelência 29
Tenha um bom processo de design thinking 29
Atividade 31
Etapa 1 - Crie sua persona 31
Atividade 32
Etapa 2 e 3 – A proposta de valor 33
Atividade 34
Etapa 4 – Pense em uma boa experiência 35
Atividade 36
Etapa 5 – Seja ágil e construa um MVP 36
Atividade 38
Etapa 6 – Atualize o seu produto continuamente 38
Atividade 40
4 | Como escolher a melhor tecnologia 40
Considere a proposta de valor de seu produto 40
Atividade 41
Estude o mercado 42
Atividade 43
Considere o conhecimento de sua equipe 43
Atividade 44
Considere os custos envolvidos 45
Atividade 46
Tenha cuidado com o hype 46
Atividade 47
O caso de adoção de tecnologia do Nubank 48
Atividade 49
5 | Cloud computing 50
O que é cloud computing 50
Atividade 52
Entendendo IaaS, SaaS e PaaS 53
Atividade 55
Segurança na cloud 55
Atividade 57
Operação na cloud 58
Atividade 60
Governança na cloud 61
Atividade 63
Edge computing 63
Atividade 65
6 | Inteligência artificial e machine learning 65
Inteligência artificial 66
Atividade 68
Programação de linguagem natural 68
Atividade 70
Robot Processing Automation (RPA) 70
Atividade 72
Machine learning 72
Atividade 74
Formas de aprendizagem de máquina 74
Atividade 76
Machine learning – Caso Netflix 76
Atividade 77
7 | Data science 78
Data science / Caso Target 78
Atividade 79
Internet das coisas e geração de dados 80
Atividade 83
O processo de data science 83
Atividade 85
O processo de data science 86
Atividade 87
O processo de data science 87
Atividade 89
O processo de data science 89
Atividade 91
8 | Computação quântica 92
Como a computação clássica funciona 92
Atividade 94
Limitantes da computação atual 94
Atividade 96
O que é computação quântica? 96
Atividade 97
A história da computação quântica 98
Atividade 99
Como a computação quântica pode ser utilizada hoje? 99
Atividade 101
Alguns cases reais de computação quântica 101
Atividade 102
9 | Realidade digital 103
Enganando os nossos sentidos 103
Atividade 105
O que é a era phygital? 105
Atividade 107
Como ter sucesso na era phygital 108
Atividade 109
Tecnologias que habilitam a era phygital 110
Atividade 111
Aplicações reais da era phygital 111
Atividade 114
Cuidados ao criar uma estratégia phygital 114
Atividade 115
10 | Web 3.0 116
O surgimento da internet 116
Atividade 118
As eras da internet 118
Atividade 121
Componentes centrais da Web 3.0 e blockchain 121
Atividade 123
Descentralização e operação da Web 3.0 123
Atividade 124
Como a Web 3.0 pode impactar o seu negócio 125
Atividade 126
As principais aplicações da Web 3.0 126
Atividade 127
11 | Tecnologias que habilitam metaverso e realidade virtual 128
Realidade aumentada 128
Atividade 129
Realidade aumentada – Aplicações reais 130
Atividade 131
Realidade virtual 131
Atividade 133
Realidade virtual – Aplicações reais 133
Atividade 134
Realidade mista 135
Atividade 136
Realidade mista – Aplicações reais 136
Atividade 137
12 | O metaverso 138
O que é, afinal, o metaverso? 138
Atividade 140
De onde vem o metaverso? 140
Atividade 142
Quais são as tecnologias que impulsionam o metaverso? 142
Atividade 143
Quais são as oportunidades no metaverso? 143
Atividade 145
Aplicações reais de metaverso 145
Atividade 147
Aplicações reais de metaverso 148
Atividade 150
Tecnologias da
Informação para
Produtos Digitais

Produtos digitais Produtos digitais Produtos digitais


O que são produtos digitais? Benefícios dos produtos Como construir produtos
Aplicar e operar produtos digitais digitais com excelência
digitais de forma a ter Reconhecer os benefícios dos Idealizar sua persona e
conhecimento necessário para produtos digitais e de um criar um processo bem
escolher a melhor tecnologia bom processo de design estruturado de design
para sua aplicação ou para o thinking como meios de thinking que lhe permita
seu portfólio. alavancar o seu produto gerar insights válidos é
principal. essencial para o seu
negócio.

Pag. 1
Produtos digitais Tecnologias emergentes Tecnologias emergentes
Como escolher a melhor para produtos digitais para produtos digitais
tecnologia para o seu Cloud computing Inteligência artificial e
produto digital Atualmente várias machine learning
Construir uma proposta de tecnologias emergentes têm Novas técnicas e
valor que possa entregar a impactado o futuro dos aprimoramentos estão cada
seu consumidor uma negócios digitais. Dentro vez mais presentes em nossa
experiência única. Para isso desse cenário o vida. Compreender os
o primeiro passo é conhecer reconhecimento de tais benefícios da inteligência
o modelo de negócios onde tecnologias se torna artificial e do machine
seu produto está inserido e necessário para a aplicação learning torna-se vital para
entender as principais dessas inovações que que seu negócio ganhe
tecnologias disponíveis. permitirá que seu negócio destaque no mercado.
atinja novos patamares.

Tecnologias emergentes Tecnologias emergentes Aplicações tecnológicas


para produtos digitais para produtos digitais em metaverso e
Data science Computação quântica realidade virtual
Compreender as informações Reconhecer as tecnologias de Realidade digital
nunca se tornou tão ponta é o primeiro passo Como tornar única a
necessária nos dias atuais, para ter um empreendimento experiência de seu
a aplicação e análise de de sucesso. A compreensão consumidor? Essa é uma das
dados permite conhecer as das inovações necessárias perguntas que muitos
necessidades e dores do seu para o seu negócio, dos empreendedores fazem.
consumidor. Permitindo a limites que estas apresentam Entender as expectativas de
fidelização de sua marca no e de suas aplicações, abre mercado e como isso pode
mercado cada vez mais um leque de oportunidades no influenciar na aceitação de
concorrido. mercado para a sua empresa seu produto. Conhecer a
ou negócio. origem da tecnologia e de
suas possíveis aplicações
lhe possibilitará vantagens
em seu empreendimento.

Pag. 2
Aplicações tecnológicas Aplicações tecnológicas Aplicações tecnológicas
em metaverso e em metaverso e em metaverso e
realidade virtual realidade virtual realidade virtual
Web 3.0 Tecnologias que habilitam O metaverso
Conhecer como o mercado metaverso e realidade O metaverso vem alcançando
digital funciona e suas virtual espaço rapidamente no
infinitas possibilidades, é Identificar e implementar as mercado e conhecer sua
apenas o começo para aqueles tecnologias que habilitam as origem, as tecnologias que
que querem empreender ou futuras inovações passaram a impulsionam esse universo e
inovar. O mercado exige ser vital para o mercado. sua aplicação é só o início
tempo, qualidade e Tecnologias como: o de um grande investimento
segurança, e é isso o que o metaverso e a realidade para o seu negócio. O
mundo da Web está virtual, estão cada vez mais metaverso já está presente e
possibilitando. Conhecer atuantes e acessíveis às tende a ficar cada vez mais
como a Web 3.0 poderá novas aplicações em nossos frequente em nosso dia, por
impactar o seu negócio é o negócios e empreendimentos, isso saber como aplicá-lo é
que este estudo se propõe a isso nos impulsiona a uma essencial.
fazer. atualização frequente.

Pag. 3
Tecnologias da Informação para Produtos
Digitais

1 | O que são produtos digitais?


Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de conhecer e entender:
• O que é um produto digital e quais os seus benefícios.
• Como criar produtos digitais com excelência.
• Escolher a melhor tecnologia aplicada para o seu produto digital.
• O metaverso e de como ele pode influenciar sua vida.

Short bio

Agora que você conheceu um pouco sobre a professora Izabela Anholett, entraremos no
universo dos produtos digitais.

Pag. 4
Produto digital

O que são produtos digitais?


São produtos construídos, comercializados e consumidos no meio online para
atendimento de uma necessidade específica:
• Resolver um problema.
• Aprender algo novo.
• Solucionar dúvidas.
Esses produtos podem ser acessados por meios digitais como: computadores, tablets e
smartphones.
Fonte: NYLÉN, Daniel; HOLMSTRÖM, Jonny. Digital innovation strategy: A framework for diagnosing and improving digital

product and service innovation.Business Horizons, v. 58, n. 1, p. 57-67, 2015.

Diferentemente dos produtos físicos, os produtos digitais têm como características:


• Não podem ser tocados, provados ou segurados.
• Não possuem estoque para gerenciar.
• Não possuem frete para serem vendidos.
• Não precisam ser produzidos sempre que alguém os compra.
Fonte: NYLÉN, Daniel; HOLMSTRÖM, Jonny. Digital innovation strategy: A framework for diagnosing and improving digital

product and service innovation.Business Horizons, v. 58, n. 1, p. 57-67, 2015.

Veja na tabela a seguir, os diferentes modos de aquisição entre um produto digital e


físico:
Post-it MIRO, Easy Retro
Bloco de anotações autocolante. Você consegue Site com espaços de post-it virtuais. Você consegue utilizar pelo
segurar os blocos na sua mão. site do produto.

Você pode comprar em uma papelaria ou por Você cria um usuário no site e pode até comprar uma assinatura
meio de um site. digital para usar as funcionalidades.

O fabricante tem um estoque deste produto. A estrutura do site está pronta com apenas uma ou mil pessoas
Quanto mais pessoas compram, mais ele usando. Ele não precisa ser produzido para que novas assinaturas
precisa ser produzido. sejam possíveis.

Na sequência é possível verificar como os produtos digitais e físicos podem ser


utilizados:

Podem ser utilizados como:


Para alavancar e potencializar o produto principal da empresa Como o principal produto da empresa

Exemplo: Streaming Disney+ Exemplo: Plataforma de cursos online

Você assiste aos filmes e às séries da Disney+ da Marvel e isso te faz Você compra o curso que está disponível
querer comprar os bonecos de seus personagens preferidos. dentro da própria plataforma digital.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Assinale qual frase melhor define um produto digital:

Qualquer produto que possa ser comprado na internet.

Um produto que fale sobre transformação digital.

Um produto construído, comercializado e consumido no meio online.

Um produto que é vendido somente na internet.

Vimos o que são produtos digitais, como podem ser acessados, suas características,
aquisições e utilizações. No próximo módulo, falaremos como a escolha de um
infoproduto adequado poderá alavancar, ainda mais, seus negócios.

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Infoproduto

Infoproduto
Um infoproduto nada mais é do que um produto digital que, na grande maioria das
vezes, ensina alguém a fazer alguma coisa. Também são uma forma de entreter, gerar
engajamento ou de resolver/apoiar alguma necessidade da pessoa que o adquiriu.
Uma das principais características do infoproduto é vender algo que já está preparado
para diversas pessoas.
A sua agenda agora não seria mais o problema, pois os vídeos já estão gravados,
basta o cliente consumir no horário que preferir.
Fonte: Inspired - How to Create Tech Products Customers Love, Marty Cagan - 2017.

Um infoproduto também não precisa necessariamente de um desenvolvimento de


tecnologia.
• Caso você queira montar um e-book para venda, você pode utilizar o seu Word e
disponibilizar seu e-book para comprar em plataformas especializadas.
Para decidir sobre a criação de um infoproduto, você deve escolher um tema com o qual
tenha afinidade e saiba falar sobre.
• Um bom exemplo: seus amigos podem te pedir ajuda sobre um tema em comum. Será que
sua forma de explicar não viraria um infoproduto?
Escolher em qual formato você se sente mais à vontade para produzir o seu material.
• Alguns dos tipos mais comuns do mercado: e-book, podcasts, audiobooks, vídeos
tutoriais, videoaulas, programas de mentoria online, entre outros.
Definir como será a venda deste infoproduto:
• O seu infoproduto será a principal fonte de renda de sua empresa?
• Ou ele será um alavancador de leads para o seu negócio?

Pag. 7
Formas de venda:
• Modo Lançamento: as vendas ficam fechadas na maior parte do ano e só são abertas em
algumas semanas específicas.
• Modo Perpétuo: o seu produto está sempre disponível para a compra.
Fonte: Inspired - How to Create Tech Products Customers Love, Marty Cagan - 2017.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

A seguir, assinale qual produto melhor representa um infoproduto:

Um panfleto que você recebeu pelo correio.

Uma videoaula sobre como fazer sobremesas.

Uma roupa comprada pelo e-commerce.

Uma live de exercícios que você acompanha.

Neste tópico foi possível verificar: o que são infoprodutos; como escolher o melhor
infoproduto para o seu negócio; como analisar o melhor mercado para seu infoproduto,
e qual é a melhor forma de venda de seu infoproduto.
Na sequência veremos um pouco mais sobre os subtipos de infoprodutos. Vamos lá!

Subtipos de infoprodutos – E-book e Podcasts

Infoproduto - E-book
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É o modelo mais simples de transmitir conteúdo por meio digital.
É um livro digital que pode ser lido pelo smartphone, computador, tablet ou
dispositivos próprios (ex: Kindle).
O produtor do e-book tem o trabalho de escolher qual o tema que gostaria de tratar,
escrever o texto, fazer uma diagramação bonita e pronto: o trabalho é feito apenas
uma vez e pode ser vendido sem limites.
Os e-books podem ser comercializados de diversas formas:
• Como o produto principal em si: você vende um livro que escreveu de forma digital e
lucra com sua venda.
• Como um primeiro nível de captação a um preço acessível para depois vender um
produto mais caro de seu portfólio.
• Como forma de captura de leads no site de sua empresa: a pessoa preenche alguns
dados para receber gratuitamente o seu e-book.

Infoproduto - Podcast
É uma forma de produto transmitido por áudio que se assemelha a uma rádio.
Costumeiramente, o podcast aborda um assunto específico, facilitando a criação de uma
audiência fiel.
O podcast também pode contar com a participação de convidados, transformando o
assunto em uma conversa.
O podcast pode ser transmitido por:
• Serviços de streaming como Spotify, Apple Music, Google Podcast, entre outros.
• Compartilhado em plataformas de mídias digitais como Instagram, YouTube, Facebook
(caso o podcast também tenha gravação de imagem).
Assim como os outros exemplos de infoprodutos, o podcast pode ser o produto final de
sua empresa ou também uma porta de entrada para você oferecer outros produtos de sua
empresa.
Para um podcast de sucesso, você deve se atentar aos seguintes pontos durante sua
construção:
• Qual o tema que você quer abordar?
• Qual o público que você gostaria que escutasse o seu podcast?
• Com qual frequência você vai disponibilizar novos episódios?
• Como a sua personalidade pode ser impressa para te diferenciar dos outros podcasts
que existem no mercado?

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como é possível vender um e-book ou podcast?

O e-book deve ser ofertado apenas para captura de leads.

Ele deve ser vendido em conjunto, como o produto principal.

Ele deve ser ofertado separado, como forma de captura de leads.

Como produto principal da empresa ou ofertado para captura de leads.

Vimos que são vários os subtipos de infoprodutos e suas formas de comercialização,


que tal continuarmos com mais um tipo de infoproduto, as videoaulas!

Videoaulas

Infoproduto - Videoaulas
Conforme estudo da Decode, O Legado da Quarentena para o Consumo:
• A busca por “cursos online” aumentou em 63% desde o início da pandemia.
Videoaulas
• Um dos formatos mais famosos de infoproduto.
• Nesse modelo, uma pessoa compartilha seu conhecimento através da gravação de um
vídeo sobre o assunto.
• O próprio curso de MBA que estamos fazendo agora é um exemplo deste infoproduto.
Fonte: Decode, O Legado da Quarentena para o Consumo – 2020.

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Infoproduto - Videoaulas
Alguns motivos para esse estilo de infoproduto ter uma alta demanda no mercado é a
sua praticidade para consumo:
• Não se limita à sua agenda para estar presencialmente em uma sala de aula: os
vídeos gravados podem ser assistidos a qualquer horário.
• Não se limita ao espaço físico onde o curso aconteceria.
• Não se limita ao horário determinado para a aula: as pessoas podem assistir
conforme sua disponibilidade.
Isso também possibilita uma escala de alcance grande, pois pessoas de todos os
lugares poderão consumir o seu infoproduto.
Usualmente, a entrega desse tipo de produto é realizada dentro de uma área exclusiva
de membros ou alunos.
Também podem ser distribuídas de forma gratuita, através do YouTube, como forma de
alavancar outro produto de sua empresa.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo as videoaulas são o infoproduto com maior procura?

Por serem gratuitas ou com valor baixo.

Pela praticidade de consumo sem limitação de horário e local.

Pelo interesse das pessoas em assistir às aulas gravadas.

Por estarem disponíveis na internet.

Aprendemos como as videoaulas são importantes e como esse infoproduto se comporta no


mercado atual.
Veremos sobre os serviços online e os aplicativos, como esses dispositivos podem nos
auxiliar.

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Que tal aprendermos mais sobre eles?

Serviços online e aplicativos

Serviços online e aplicativos


• Aqui começamos a falar de produtos digitais que precisam de investimentos em
tecnologia para que sejam disponibilizados a seus usuários.
• Os serviços online são todos os sites que atualmente você usa para realizar tarefas
completamente digitais. Não consegue pensar em algum? Vamos aos exemplos.
Assinatura de documentos digitais, como Docusign:
• Você paga uma assinatura mensal para ter acesso a uma plataforma onde você inclui o
arquivo digital de um contrato e as partes interessadas assinam através do site, sem
necessidade de impressão e assinatura física de todas as folhas.
Streaming de filmes ou música, como Netflix e Spotify:
• Você paga uma assinatura mensal para ter acesso a uma plataforma onde você pode
escolher qual música quer escutar sem a necessidade de ir até uma loja comprar o CD
daquele artista.
• Ou então, você paga uma assinatura para ter acesso a filmes sem a necessidade de
ter o DVD físico para assistir quando quiser.

Serviços online e aplicativos


Conforme relatório da Euromonitor sobre Tendências Globais de Consumo, 46% dos
consumidores valorizam as experiências virtuais online, contribuindo para a geração
de uma cultura de serviços 24 horas.
• Isto é: serviços digitais disponíveis para o consumo conforme agenda do cliente que
o adquirir.

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Fonte: Euromonitor, 2021 – 10 Tendências Globais de Consumo.

Serviços online e aplicativos


O que todos esses serviços têm em comum?
• Em sua maioria, eles são o principal foco das empresas onde foram criados.
• Todos têm um foco muito claro em resolver o problema de seu usuário.
• Uma vez desenvolvido o serviço, a plataforma consegue atender a diversos usuários
sem precisar ser configurada novamente.
• As plataformas que vivenciamos atualmente são bem diferentes das primeiras versões
lançadas no mercado.
Por qual motivo?
• Com o tempo, todas as plataformas entenderam o que seus usuários mais gostavam e
focaram em criar experiências mais direcionadas.
• A tecnologia ao longo dos anos evoluiu de tal forma a permitir novas
funcionalidades.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Dos exemplos abaixo, qual não é a característica de um serviço online ou


aplicativo?

Uma vez desenvolvido, pode ser vendido para diversas pessoas.

Está disponibilizado digitalmente a qualquer hora.

Uma vez desenvolvido, não pode ser atualizado com novas funções.

Tem um foco muito claro em resolver o problema de seu usuário.

Vimos sobre os aplicativos e os serviços online, verificamos a influência destes em


nosso dia a dia. Que tal falarmos de algo que irá mudar a nossa forma de encarar esse
universo online?
Me siga em mais essa aventura.

Pag. 13
Metaverso

Metaverso
Nada mais digital do que criar um mundo completamente novo, completamente digital,
com uma economia própria, cidades, empresas e muito mais.
O tema metaverso já era utilizado em muitos games imersivos, mas a grande chamada
para essa tecnologia aconteceu em outubro de 2021 com a mudança de posicionamento do
Facebook Inc., incluindo seu próprio nome, antes Facebook, para Meta.
Fonte: Facebook, 2021 – Connect.

“No metaverso, você será capaz de fazer quase tudo que possa imaginar – reunir-se com
amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar –, bem como ter
experiências completamente novas que realmente não se encaixam em como pensamos sobre
computadores ou telefones hoje”. (Mark Zuckerberg)

Metaverso
O metaverso é um produto digital nativo:
• Tudo é vivenciado no mundo online.
• Pessoas irão para os seus trabalhos dirigindo carros ou caminhando sem saírem de
suas casas.
• Você poderá encontrar e abraçar seus amigos mesmo estando a milhas de distância.
• Você comprará produtos com criptomoedas que serão usadas pelo seu avatar para viver
no mundo digital.

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Fonte: Facebook, 2021 – Connect

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com Mark Zuckerberg, qual a resposta mais completa sobre o que será
possível realizar dentro do Metaverso?

Reuniões de trabalho e participar de eventos.

Comprar produtos feitos exclusivamente para o metaverso.

Reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras e


criar.

Criar diversos personagens para você mesmo.

Um novo mundo online está se abrindo à nossa frente: o metaverso. E devemos estar
preparados para ele. Neste módulo abordamos um pouco sobre esse universo, e veremos,
em mais detalhes, no último tema desta disciplina – tecnologias da Informação para
produtos digitais; até lá você terá novidades incríveis, não percam!
Veremos no próximo módulo os benefícios dos produtos digitais.

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Tecnologias da Informação para Produtos
Digitais

2 | Benefícios dos produtos digitais


Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de entender:
• Os custo de inicialização do produto digital e físico.
• O que significa independência de localização para produtos digitais.
• Sobre comercialização escalável para produtos digitais.
• O conceito de margem de lucro e de renda passiva para o mercado de produtos digitais.
• O que é alavancar venda de outros produtos.

Baixo custo de inicialização

Baixo custo de inicialização


Um dos principais benefícios do produto digital é ele poder ser construído com baixo
custo ou, em alguns casos, nenhum custo inicial.
Diferentemente dos produtos físicos que precisam de matéria-prima, mão de obra,
estoque, enfim, diversos outros custos para serem produzidos, o produto digital pode
utilizar do que já está disponível na internet para ser criado e lançado.
Imagine que você, após ter vivenciado anos no mercado de cosméticos, aprendeu uma
fórmula para aumentar a duração dos perfumes na pele.
• Nesse cenário, podemos ter duas abordagens para a criação de um produto.

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Alto custo de inicialização
($$$$$)
Produto físico
Criar um fixador universal para perfumes:
• Montar uma fábrica.
• Comprar equipamentos.
• Comprar matéria-prima.
• Contratar colaboradores.
• Produzir o primeiro lote.
• Fazer campanha para venda.
Fonte: istockphoto.com/br

Baixo custo de inicialização ($)


Produto digital
Criar uma série de vídeos mostrando como fazer o seu
fixador:
• Preparar as aulas.
• Gravar as aulas.
• Disponibilizar no site de EAD.
• Fazer campanha para venda.

Fonte: istockphoto.com/br

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Assinale por qual motivo o produto digital possui baixo custo de


inicialização:

Ele possui o mesmo custo de inicialização do produto físico.

Pode ser utilizado o que já está disponível na internet para criar o produto
digital.

O produto digital precisa de um investimento inicial em tecnologia.

O produto digital só precisa pagar custo de entrega para o consumidor.

Pag. 17
Vimos a diferença de custo entre um produtos digital e um físico. Na sequência,
veremos como estes custos podem variar quanto ao espaço geográfico. Venha comigo para
a nossa próxima videoaula.

Independência de localização

Independência de localização
Por ser distribuído e consumido no meio online, o produto digital aproveita o que de
melhor existe nessa realidade: ele estará disponível onde quer que seja, isto é, onde
quer que a internet esteja.
O cliente do produto digital é quem escolhe quando, de onde e que horas ele vai
comprar ou consumi-lo. E a escolha do cliente não interfere na sua agenda ou
disponibilidade.
• Assim como quem o produz: não é necessário estar em um escritório ou estúdio para
que o seu produto digital seja criado.
Voltando ao nosso exemplo anterior sobre os dois possíveis produtos a respeito da
fórmula para aumentar a duração dos perfumes na pele.

Pag. 18
Independência de localização
Produto físico
• Ter o produto disponível em uma loja física ou e-commerce.
• Em loja física, a pessoa só pode adquirir o produto no
período em que a loja está aberta.
• No e-commerce, a pessoa só pode adquirir o produto se ele
for entregue na sua casa, e ainda é necessário aguardar o
prazo de entrega.

Fonte: istockphoto.com/br

Produto digital
• Ter uma conexão de internet que permita consumir o produto
digital.

Fonte: istockphoto.com/br

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Quando falamos em independência de localização para produtos digitais, o que


queremos dizer?

O produto pode ser consumido de qualquer lugar, mas sua criação tem de ser
feita em um estúdio.

O produto pode ser consumido de qualquer lugar e em qualquer horário, desde


que tenha acesso a internet.

Um produto que pode ser consumido de qualquer lugar, porém, dentro de um


horário específico.

O produto digital só consegue ser consumido por pessoas de uma única


localidade, na qual foi criado.

Pag. 19
Vimos como a localização física de um produto pode limitar o seu negócio e como os
produtos digitais ampliam as possibilidades de vendas e consequentemente de suas
rendas. Veremos a comercialização escalável e qual a sua importância. As novidades
não param, vamos lá!

Comercialização escalável

Comercialização escalável
Outro grande benefício dos produtos digitais está relacionado à sua capacidade de ser
escalável.
O que isso significa?
• Para você servir o seu produto digital para apenas uma ou para 100 mil pessoas, o
seu trabalho de produção será o mesmo.
• O seu custo com seu produto não aumenta de acordo com a quantidade de pessoas que o
consomem: você já investiu o seu tempo em gerar o produto e ele agora pode ser
consumido diversas vezes sem necessidade de ser produzido novamente.
Voltando ao nosso exemplo anterior sobre os dois possíveis produtos a respeito da
fórmula para aumentar a duração dos perfumes na pele.

Pag. 20
Comercialização escalável
Produto físico

Se alguém compra o meu produto físico e eu quero continuar


vendendo, eu preciso produzir um mesmo produto para repor o
estoque.
Se o consumo for grande, eu vou precisar aumentar a
produção:
• Tamanho da fábrica.
• Quantidade de colaboradores.
Fonte: istockphoto.com/br • Quantidade de matéria-prima, entre outros.

Produto digital
Uma vez a aula gravada, eu posso vender para quantas pessoas
quiserem comprar.
Se mais pessoas comprarem o curso, eu não preciso gravar
novas aulas. Não existe estoque para repor.

Fonte: istockphoto.com/br

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo os produtos digitais possuem comercialização escalável?

Por ser um produto que possa ser comprado na internet.

O tempo de produção do seu produto digital vai reduzindo ao longo do tempo com
o aprendizado que você adquire sobre como montá-lo.

Você investe o seu tempo em gerar o produto uma vez e ele pode ser consumido
diversas vezes sem necessidade de ser produzido novamente.

O produto digital pode ser adquirido em qualquer momento do dia e de qualquer


local.

Pag. 21
Falamos um pouco sobre a comercialização escalável do produto dígital vs. o produto
físico, veremos quais são as possíveis margens de lucro entre um produto e outro.

Margem de lucro alta

Margem de lucro alta


Talvez aqui esteja o maior chamariz de todos os produtos digitais atualmente. Sua
margem de lucro é alta.
Mas, o que significa margem de lucro?
• Indica a parcela de toda a receita que a sua empresa recebeu que efetivamente virou
lucro.

Considere os custos envolvidos

Fonte: Izabela Anholett.

Margem de lucro alta

Pag. 22
E por qual motivo os produtos digitais possuem margem mais alta?
• Os custos relacionados à produção são menores, como já vimos anteriormente.
• Não existem despesas relacionadas a local para estocagem ou envio de produtos.
• As possibilidades de venda são maiores, pois estão disponíveis na internet para
quem quiser adquirir.
Então podemos dizer que os produtos digitais não têm custos?
Não podemos generalizar e dizer que todos os produtos digitais possuem custo zero de
produção.
Alguns custos que precisamos levar em consideração para produtos digitais:
• O seu tempo dedicado para a construção do produto.
• Campanhas digitais para divulgação de seu produto.
• Gastos com afiliados, caso decida por esse modelo de venda.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo os produtos digitais apresentam margens de lucro mais altas?

Não existem custos para criação e comercialização.

Não existem despesas de produção, estoque e frete altos.

Eles podem ser vendidos para muitas pessoas.

As pessoas compram mais de uma vez o mesmo produto.

Vimos um pouco sobre a margem de lucro alta, veremos como a renda passiva se
diferencia entre o produto digital e o produto físico. Vamos lá!

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Renda passiva

Renda passiva
Imagine você daqui cinco anos ainda recebendo dinheiro por algo que você investiu
algumas horas de seu dia hoje? Sim, isso é possível através de um produto digital.
Diferentemente dos produtos físicos que precisam de um trabalho contínuo para que
possam continuar gerando renda, o produto digital exige pouco esforço após seu
lançamento e continuará gerando receita pelo tempo que estiver disponível na
internet.
Voltando ao nosso exemplo anterior sobre os dois possíveis produtos a respeito da
fórmula para aumentar a duração dos perfumes na pele.

Renda Passiva
Produto físico

• É preciso manter a loja física ou e-commerce em


funcionamento com todos os seus custos.
• É preciso manter a compra de matéria-prima e produção.
• É preciso fazer campanhas de divulgação para continuarem
comprando o produto.

Fonte: istockphoto.com/br

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Produto digital
• É preciso manter o material disponível para compra na
internet.
• Caso alguém esteja procurando uma solução de fixador na
internet, meu produto vai aparecer como possibilidade de
compra.

Fonte: istockphoto.com/br

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Assinale como um produto digital pode gerar renda passiva:

A compra do produto pode ser parcelada e gerará pagamentos mensais.

O produto é sempre vendido sem esforço de divulgação.

Todos os produtos geram uma renda mensal fixa para a pessoa que os criou.

Se estiver disponível na internet, o produto pode ser encontrado por quem


procura o assunto.

Vimos o diferencial que é ter uma renda passiva. Na próxima videoaula, iremos saber
como alavancar seu produto principal e como isso irá te ajudar.

Pag. 25
Alavancador de seu produto principal

Alavancador de seu produto principal


Um produto digital pode, sim, ser um alavancador de seu negócio. Você não precisa
cancelar todas as suas linhas de produção e fazer uma total transformação de seu
negócio para apenas ter produtos online.
Entenda quais são os requisitos que fazem o seu produto tão especial e pense em como
transformar isso em um produto digital que leve ainda mais consumidores para o seu
negócio.

Um estudo da Globant indica que 75% dos empresários aproveitaram os recursos das
plataformas e ecossistemas digitais para adaptar sua cadeia de valor a novos
mercados, setores e áreas. (Fonte: Trends Report, Globant, 2022)

Alavancador de seu produto principal


Voltando ao nosso exemplo anterior sobre os dois possíveis produtos a respeito da
fórmula para aumentar a duração dos perfumes na pele.
Considere que o produto físico é o produto principal do seu negócio. Como você pode
usar produtos digitais para alavancar seu principal negócio?

Pag. 26
Alavancador de seu produto
principal
Produto físico
Considerando o exemplo da fórmula do fixador universal para
perfumes:
Este é o produto principal da empresa.

Fonte: istockphoto.com/br

Produto digital
• E-book que conte a história do perfume e qual o futuro do
mercado.
• Uma série de aulas sobre aromaterapia e seus efeitos no
dia a dia.
• Um workshop sobre estilo e marca pessoal.

Fonte: istockphoto.com/br

Pag. 27
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que significa utilizar produto digital para alavancar um produto físico?

Criar um produto digital complementar que leve mais leads para o seu produto
físico.

Aplicar tecnologias para a produção do seu produto físico.

Transformar toda a linha de produção do produto físico para digital.

Vender o seu produto físico em diversas plataformas de e-commerce e


marketplaces.

Vimos como é possível alavancar o seu produto principal e qual a diferença entre os
métodos de alavancagem do produto digital e do produto físico.
Vamos ver no próximo módulo como ter um bom processo de design thinking faz a
diferença.

Pag. 28
Tecnologias da Informação para Produtos
Digitais

3 | Como construir produtos digitais com


excelência
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Entender o que é design thinking.
• Identificar as personas para seu produto.
• Compreender o que é uma proposta de valor.
• Entender os aspectos de uma boa experiência.
• Construir um bom MVP.
• Entender o processo de atualização contínua de produto.

Tenha um bom processo de design thinking

Tenha um bom processo de design thinking


O pontapé inicial para que você construa com excelência um produto digital, parte do
pressuposto de entender com clareza quem é o seu cliente, qual a dor que precisa ser
resolvida e quais as soluções disponíveis para serem aplicadas.
Para realizar todo esse processo de descoberta gerando respostas e insights válidos
para o seu negócio, é ideal que você tenha metodologia e processo bem estruturados.
Aqui, o design thinking é uma ferramenta fundamental para essa construção.
Fonte: ROWE, Peter G.Design thinking. MIT press, 1991.

Pag. 29
Mas, afinal, o que é design thinking?
Criado em 2015 pelo British Design Council, o design thinking é um processo
interativo para melhor entender a visão e o problema de seus usuários, questionar
“verdades absolutas” e criar e prototipar soluções inovadoras.
O processo do design thinking é chamado double diamond.

Tenha um bom processo de design thinking

Fonte: DesignCouncil, 2005.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é o design thinking?

Metodologia apenas para criar produtos digitais.

Método de melhoria de processos contínua.

Processo para questionar suposições e encontrar soluções inovadoras.

Metodologia para coletar percepções de clientes sobre o seu produto.

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Vimos como o design thinking questiona as “verdades absolutas” possibilitando o
entendimento dos problemas de usuários. Aprenderemos como criar a persona para seu
produto. Vamos lá!

Etapa 1 - Crie sua persona

Etapa 1 - Crie sua persona


Um dos maiores erros durante a criação de um produto digital é não ter clareza de
qual problema está sendo resolvido pela sua solução.
Você pode encontrar algum problema, mas, nem sempre ele incomoda a ponto de ser uma
demanda de mercado e se tornar um negócio financeiramente viável.
Por isso, o pontapé inicial para você que quer criar um produto digital de sucesso é
decifrar quem é o seu cliente e qual problema você vai resolver.
Você pode escolher o melhor framework para fazer essa descoberta. Se você ainda não
conhece algum, indico que utilize o mapa de empatia.
Fonte: MELO, Adriana; ABELHEIRA, Ricardo.Design Thinking & Thinking Design: Metodologia, ferramentas e uma reflexão

sobre o tema. Novatec Editora, 2015.

Etapa 1 - Crie sua persona

Pag. 31
Fonte: Gamestorming: A Playbook for Innovators, Rulebreakers, and Changemakers – Dave Gray, Sunni Brown, James Macanufo,

2010.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a importância da criação de personas para o seu produto?

Compreender como realizar a venda de seu produto.

Ter clareza de qual problema será resolvido pelo seu produto.

Mapear possíveis funcionalidades para o seu produto.

Saber como gerar renda com a venda do seu produto.

Vimos a importância de criar uma persona para o nosso produto e aprendemos como
utilizar o mapa da empatia e de sua relevância para seu produto.
Veremos os benefícios de construir uma proposta de valor e aprenderemos sobre o
Canvas da proposta de valor e o Business model. Vamos lá!

Pag. 32
Etapa 2 e 3 – A proposta de valor

Etapa 2 e 3 – A proposta de valor


Ao finalizar a primeira etapa de definição de personas, você terá uma lista de
problemas que possivelmente podem virar um produto digital para o seu negócio.
Na etapa 2, você deverá entender quais são as dores que causam maior impacto a seu
usuário e como podemos aliviar esses problemas no seu dia a dia.
Comece esta etapa pensando em soluções e não em tecnologia.
• Por algumas vezes nos apaixonamos pela tecnologia que está sendo desenhada e
perde-se o foco se o problema inicial está realmente sendo resolvido.
Você pode escolher o melhor framework para fazer essa descoberta. Se você ainda não
conhece algum, indico que utilize o Canvas da proposta de valor.

Já sabendo qual problema você irá resolver e o que vai entregar a seu cliente, está
na hora de pensar em todos os demais aspectos de seu produto:
• Por qual motivo o cliente vai escolher o seu serviço?
• Como será a sua fonte de receita dentro deste produto?
• O que você precisa executar para entregar esses benefícios?
• Qual será a sua estrutura de custos?
Para construir uma boa proposta de valor, o framework que indico é o Business model
Canvas.
Fonte: ROWE, Peter G.Design thinking. MIT press, 1991.

Etapa 2 e 3 – A proposta de valor

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Fonte: Value Proposition Design - Alex Osterwalder, Yves Pigneur, Greg Bernarda E Alan Smith, 2015.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual o melhor motivo para construir uma proposta de valor?

Conseguir investimentos para iniciar a construção de seu produto.

Escolher para quais pessoas poderá vender seu produto.

Estabelecer um prazo para lançar o seu produto.

Compreender se o seu produto será vendável na visão do cliente.

Verificamos pontos-chave de uma proposta de valor.


Na próxima videoaula veremos como uma boa experiência pode ditar o sucesso de seu
produto. Que tal avançarmos para mais esse aprendizado?
Vamos!

Pag. 34
Etapa 4 – Pense em uma boa experiência

Etapa 4 – Pense em uma boa experiência


A experiência de seu usuário com sua marca ou sua solução deve ser a principal
preocupação de seu produto digital.
• Soluções com grandes tecnologias, mas com usabilidade ruim, complexa e de difícil
operação, são motivos pelos quais os produtos digitais mais falham no mercado.
• Se o seu usuário não conseguir utilizar a solução da forma como ele precisa, no
momento que ele precisa, o cliente vai passar a não querer mais usar o seu produto.
Para esta etapa você poderá desenhar telas do seu produto digital, você poderá
realizar sessões de brainstorming com seus times.
Fonte: HASSENZAHL, Marc. User experience and experience design.The encyclopedia of human-computer interaction, v. 2,

2013.

Pense também em como o seu usuário utilizará o seu produto:


• Quais telas ele iria acessar primeiro?
• Quais são as etapas de navegação seguintes, que ele poderá executar?
• Qual a tela final que você gostaria que ele chegasse?

Algumas ferramentas que você pode aplicar para esta etapa: Adobe XD, Figma e UXCam
Screen Flow.

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a importância da experiência do usuário para o seu produto?

Garantir que os usuários utilizarão seu produto da mesma forma.

Contribuir para o sucesso de seu produto no mercado.

Demonstrar todas as tecnologias que estão no seu produto.

Reduzir os custos com funcionalidades que não precisam ser desenvolvidas.

Vimos que uma boa experiência pode definir seu produto no mercado. Veremos como
construir um MVP e saberemos quais são seus benefícios. Vamos conhecer um pouco mais
sobre o que é um MVP?
Continue comigo!

Etapa 5 – Seja ágil e construa um MVP

Etapa 5 – Seja ágil e construa um MVP


Quando falamos em agilidade na entrega de produtos, o que muitas pessoas
imediatamente pensam é conseguir entregar algo em menos tempo. Na verdade, como vocês
viram na disciplina anterior, o ágil não é somente entregar algo mais rápido para
alguém:
• Ser ágil é conseguir errar mais rápido.
Então, antes de investir meses de desenvolvimento no seu produto digital para somente

Pag. 36
depois lançar no mercado, construa um MVP.
O que é um MVP?
MVP significa minimum viable product = versão mínima do produto.
Seu objetivo é identificar se a solução proposta atende às necessidades de seu
cliente e se o produto terá uma boa aceitação do mercado, gerando receita para o seu
negócio.
Como construir um bom MVP?
Primeiro, você precisa saber quais são as funcionalidades essenciais de seu produto.
• Saber escolher o que deve ser feito ou não deve ser feito, é a chave do sucesso
para o seu MVP.
• Todas as funções de seu produto são importantes, mas qual delas é fundamental para
entregar a proposta de valor a seu cliente?

Como construir um bom MVP?


Uma vez escolhida a funcionalidade, você precisa entender como apresentar a seu
cliente de forma rápida e com o mínimo de investimento inicial.
• Sua plataforma será utilizada por milhões de usuários, mas neste momento você
precisa ter algo tão grandioso ou pode reduzir o tamanho para um primeiro teste?
Por fim, mensure os resultados do seu MVP.
• Quais são os resultados que você espera?
• Qual o comportamento esperado do seu cliente e como você pode medir essa interação?
• Quantidade de pessoas que acessam?
• Quanto tempo que eles permanecem na plataforma?
Invista em Net Promote Score (NPS): escute o feedback de seu cliente.
Depois de seu MVP validado, chegou a hora de desenvolver seu produto e colocar no
mercado.
• Novamente, a metodologia ágil deve ser a base da estruturação do desenvolvimento de
seu produto.
• Desenvolva as funcionalidades com maior valor para o seu cliente primeiro, coloque
no ar e monitore.
Fonte: The Lean Product Playbook: How to Innovate with Minimum Viable Products and Rapid Customer Feedback, Dan Olsen -

2015.

Pag. 37
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo o seu produto deveria ter um MVP?

Ser lançado mais rápido ao mercado.

Entregar funcionalidades em fases para o usuário.

Testar o seu produto no mercado com um custo de iniciação reduzido.

Investir no desenvolvimento de todas as funcionalidades de seu produto.

Vimos o que é MVP e como ele é importante na geração de receita para o seu negócio.
Aprenderemos um pouco sobre o processo de atualização contínua para seu produto.

Etapa 6 – Atualize o seu produto continuamente

“Uma pesquisa da McKinsey, aponta que as necessidades do mercado mudam a cada 15


meses, enquanto os ciclos de criação de produtos tendem a ser de 18 meses.”
Ter um bom processo de atualização contínua do seu produto é fundamental para se
manter no mercado digital.

Etapa 6 – Atualize o seu produto continuamente

Pag. 38
Como então criar um processo de melhoria contínua?
Colete dados continuamente sobre o comportamento de seu usuário dentro de seu
produto.
• Existe alguma funcionalidade que está decaindo de uso?
• A satisfação de seu consumidor com o produto está alterando?
Consuma dados sobre o comportamento futuro de seus usuários fora de seu produto.
• Alguma nova dor surgirá ao longo do tempo?
• O seu usuário está procurando alguma experiência diferente?
• Algo mudou na relação do seu usuário com a sociedade e que impacte o seu produto?
Como exemplo, o período de pandemia trouxe novos comportamentos para nossos
consumidores, mudando a forma como eles se relacionam e consomem produtos e serviços.

Como, então, criar um processo de melhoria contínua?


Avalie se a tecnologia utilizada atualmente ainda é adequada.
• Surgiu alguma nova tecnologia que possibilite a criação de uma experiência
diferente para o seu usuário?
• Existe uma nova forma de estruturar o seu produto para reduzir custos de operação?
• A tecnologia utilizada está caindo em desuso no mercado e será difícil encontrar
profissionais para manter em funcionamento?
Fonte: The Lean Product Playbook: How to Innovate with Minimum Viable Products and Rapid Customer Feedback, Dan Olsen -

2015.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a importância de manter o seu produto continuamente atualizado?

Garantir a continuidade e relevância de seu produto no mercado.

Aplicar novas tecnologias para testar em seu produto.

Identificar funcionalidades que podem ser retiradas de seu produto.

Entender como conquistar novos clientes para o seu produto.

Pag. 39
Vimos como é importante o processo de atualização contínua e aprendemos como aplicar
essa etapa na construção do produto. No próximo módulo veremos como aplicar a
proposta de valor do produto juntamente com as ferramentas que auxiliam nessa etapa.
Vem com a gente!

Tecnologias da Informação para Produtos


Digitais

4 | Como escolher a melhor tecnologia


Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de conhecer e entender:
• A proposta de valor do seu produto.
• Quais tecnologias podem ser utilizadas para cada tipo de produto.
• Em qual modelo de negócios seu produto digital se encontra.
• Quais os custos estão envolvidos com a tecnologia escolhida.
• Os cuidados necessários com o hype.

Considere a proposta de valor de seu produto

Considere a proposta de valor de seu produto


No momento de escolher quais as tecnologias você aplicará no seu produto, você deverá
revisitar qual a sua proposta de valor e quais os seus canais de contato com o

Pag. 40
consumidor.
Para cada canal de contato com o seu consumidor, poderemos ter diferentes tecnologias
a serem aplicadas.
Isso porque, a depender do que você quer entregar para o seu cliente, uma tecnologia
pode se destacar e ser melhor adaptável para o resultados que você quer gerar. Alguns
exemplos:
• Aplicações Web: Javascript, PHP, Java.
• Dados e estatísticas: Python.
• Conectar sistemas (através de API): C#, PHP, Java, JavaScript.
• Criação de aplicativos: Flutter, React, Kotlin.

Outra plataforma que também pode ajudar a encontrar a melhor linguagem é a


StackShare. Lá, você pode encontrar produtos digitais do mesmo ramo de atuação que o
seu produto e entender quais são os frameworks ou bibliotecas que essas aplicações
usam.
Vocês podem acessar a plataforma em: https://stackshare.io/stacks

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a importância de analisar a proposta de valor para escolher a tecnologia


de seu produto?

Descobrir o que seus concorrentes utilizam.

Escolher a tecnologia que melhor se adequa à necessidade de seu cliente.

Garantir alinhamento do time ao desenvolver o produto.

Escolher funcionalidades que melhor se adequem ao objetivo do produto.

Vimos um pouco sobre as propostas e as ferramentas que auxiliam nesse processo, na

Pag. 41
sequência iremos aprender como identificar em qual modelo de negócios o seu produto
digital se encontra e quais são as suas principais características.
Vamos conquistar mais essa etapa!

Estude o mercado

Estude o mercado
O primeiro passo para escolher o melhor framework ou linguagem para o seu produto
digital é entender e estudar o mercado onde você está inserido.
• Isso evitará que você escolha uma tecnologia pouco conhecida no mercado onde você
está inserido.
• Reduz a complexidade de contratação de talentos para a sua empresa.
• Contribui para uma continuidade de seu negócio ao longo do tempo.
• Evita a aplicação de tecnologias não atuais e uma possível refaturação de seu
produto pouco tempo após seu lançamento.

Uma boa plataforma para auxiliar nesta busca é o relatório anual da Stack Overflow.

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo é importante analisar o mercado ao decidir qual tecnologia


adotar para o seu produto?

Reduzir os custos de iniciação de seu produto.

Escolher a tecnologia adequada para o seu produto.

Evitar uma revisão tecnológica de seu produto pouco tempo após seu lançamento.

Garantir que você terá um grande time de tecnologia.

Verificamos que é importante estudar o mercado e reconhecer quais as principais


características do produto digital. Na próxima videoaula, veremos que o conhecimento
de sua equipe deve ser considerado.
Vamos lá!

Considere o conhecimento de sua equipe

Considere o conhecimento de sua equipe


Nós já analisamos o mercado e entendemos quais são as principais tecnologias
utilizadas. Já navegamos na proposta de valor do seu produto digital e entendemos
quais são as linguagens mais indicadas para o seu cenário.
Porém, você já analisou se o seu time de desenvolvimento está capacitado para as
tecnologias escolhidas?

Pag. 43
Não adianta você escolher uma tecnologia que é a mais utilizada pelo mercado
mundialmente se o seu time não possui ninguém especializado para trabalhar com ela.
Utilizar uma tecnologia que é amplamente conhecida pelo seu time será fundamental
para os momentos de resolução de problemas.
Caso o seu time não possua o conhecimento nas linguagens escolhidas, você terá
algumas formas de trabalhar o produto:
• Você inicia o desenvolvimento na linguagem que o seu time conhece e criar um
roadmap de treinamento para aprendizagem das linguagens ideais para o seu produto e
posterior migração do seu produto para as novas tecnologias.
• Você primeiro realiza o treinamento de todo o time e somente depois inicia o
desenvolvimento de seu produto. Aqui o risco de atrasos, erros de programação e
refação serão maiores.
• Você terceiriza o desenvolvimento de sua plataforma para alguma empresa
especializada nas linguagens que escolheu.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Você deve considerar o conhecimento do seu time para:

Aumentar a satisfação de seu time na hora de desenvolver o produto.

Não utilizar a tecnologia caso o seu time não tenha conhecimento sobre ela.

Contratar um fornecedor que conheça a linguagem escolhida.

Acelerar a entrega de seu produto ao mercado.

Vimos que o conhecimento de novas tecnologias pela sua equipe é de suma importância,
pois o conhecimento prévio agiliza o processo. Veremos como a escolha da tecnologia
poderá impactar a margem de lucro de seu negócio.

Pag. 44
Considere os custos envolvidos

Considere os custos envolvidos


Nós já falamos em temas anteriores sobre a geração da margem de lucro em produtos
digitais ser mais alta do que produtos físicos. Mas isso não quer dizer descuidar
totalmente da gestão de custos de seu negócio.

Considere os custos envolvidos

Fonte: Izabela Anholett.

Considere os custos envolvidos


Para que o seu produto seja viável ao longo do tempo, você precisa entender qual a
estrutura de custos com tecnologia é necessária para o momento de seu negócio:
• Qual o custo envolvido com o desenvolvimento de sua plataforma?
• Qual o consumo de infraestrutura e banco de dados que o seu produto precisa para
ficar no ar?

Pag. 45
• Qual o tamanho de time que você pode ter nesse momento?
• Qual o tempo dedicado para a manutenção dessa tecnologia?

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Ao analisar o custo da tecnologia, você deverá:

Considerar esse fator o principal para escolher a tecnologia.

Entender o que é factível para o seu negócio.

Buscar sempre a tecnologia mais barata ou gratuita no mercado.

Escolher a melhor tecnologia independente de seu custo.

Vimos a necessidade de escolher o melhor custo-benefício para o seu negócio. Iremos


compreender o porquê ter cuidado com o hype. Vamos lá, saber como o hype pode afetar
o seu negócio!

Tenha cuidado com o hype

Tenha cuidado com o hype


Assim como em outros aspectos da nossa vida, a área de tecnologia também passa por
momentos em que a moda do mercado é uma linguagem ou framework específico.
• Para que o seu produto digital tenha uma entrega consistente, você deverá tomar

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todo o cuidado possível para evitar a adoção de uma stack só porque é a mais falada
do momento.
E sim, uma parte dos desenvolvedores prefere trabalhar com as tecnologias mais
recentes. Mas nem sempre a tecnologia que está em alta no momento é a necessária para
o seu negócio.
Então, por qual motivo devo tomar cuidado com o hype?
Porque assim como acontece com a sua vida pessoal, o que é moda dessa estação tem
muita chance de não ser a moda da próxima.
• O que você fará quando a moda for outra?
• Vai repensar todo o seu produto e refazer para a nova linguagem?
Mas cuidado não quer dizer evitar sua adoção: pode ser que, para você, a moda do
momento também faça sentido. Só saiba escolher com cautela para depois não precisar
refaturar o seu produto.
Além de levar em consideração todos os pontos que falamos anteriormente, uma
ferramenta que pode te ajudar na hora de adotar uma tecnologia é o radar da
ToughWorks.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual o principal motivo para tomar cuidado com o hype?

Encontrar profissionais no mercado pode ser difícil.

Não aumentar o custo de seu negócio.

Entender se a nova tecnologia faz sentido para o produto.

Somente alterar sua tecnologia se os seus concorrentes também o fizerem.

Vimos o hype e a sua influência no mercado. Que tal conhecermos o case de sucesso do
Nubank e verificar como a escolha da tecnologia tem um papel fundamental no negócio?

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O caso de adoção de tecnologia do Nubank

O caso de adoção de tecnologia do Nubank


Um ótimo caso para você entender como a escolha da tecnologia é uma parte fundamental
da decisão do seu produto digital é o Nubank.
“Em 2013, sentados à mesa com uma folha de papel em branco para pensar em como
poderíamos construir um tipo diferente de instituição financeira, três coisas eram
razoavelmente claras:
• Resultados pequenos e médios provavelmente não funcionam – o Nubank precisaria
atingir uma escala alta para competir efetivamente com os operadores históricos;
• A maior ameaça para alcançar escala, do ponto de vista técnico, provavelmente seria
a complexidade, tanto para o sistema quanto para a equipe;
• Restringir e mitigar explicitamente certas categorias de complexidade (por exemplo,
estado mutável acidental, variação não estratégica no estilo/abordagem, Lei de
Conway) provavelmente valeria a pena no médio e longo prazo.” (Edward Wible, CTO do
Nubank)
“Na época, eu nunca tinha codificado em Clojure nem ninguém na equipe de engenharia
inicial.Não pudemos contar com a experiência histórica para orientar a decisão porque
nenhum de nós havia construído algo comparável.Mas todos experimentaram complexidade
acidental, e o alinhamento com nosso espaço de problemas e princípios estratégicos
foi excelente.Demos o salto e nunca nos arrependemos.” (Edward Wible, CTO do Nubank)
O que nos chama a atenção nessas falas?
• A força da visão da proposta de valor que o Nubank queria entregar ao seu
consumidor.
• Foi ela quem dirigiu toda a escolha da tecnologia, mesmo com o time do Nubank não
tendo conhecimento prévio.
A solução deu tão certo para o negócio que, em 2020, o Nubank anunciou a compra da

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empresa Cognitect, responsável pela criação das duas tecnologias amplamente usadas
aqui no Nubank: Clojure (linguagem de programação) e Datomic (banco de dados).
Fonte: Building.nubank.com.br/welcoming-cognitect-nubank/

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual o principal fator levado em consideração para escolher a tecnologia do


Nubank?

A proposta de valor do produto.

O conhecimento prévio do time.

O custo da tecnologia para implementação.

Evitar a tecnologia em alta no momento.

Finalizamos o nosso primeiro tema sobre os produtos digitais. No próximo, iremos


abordar sobre as tecnologias emergentes e como elas afetam os nossos negócios e a
nossa vida. Espero você lá para mais essa jornada!

Pag. 49
Tecnologias Emergentes para Produtos
Digitais

5 | Cloud computing
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Reconhecer tecnologias emergentes que impactam o futuro dos negócios digitais.
• Identificar quais os tipos de serviços que podem ser utilizados.
• Compreender os conceitos de segurança na cloud.
• Realizar o monitoramento de cloud.
• Compreender como planejar a governança na cloud.
• Identificar quais os componentes doedgecomputing.

O que é cloud computing

Cloud computing
A computação em nuvem é basicamente o aproveitamento e pools de recursos de
computação para minimizar custos e maximizar a eficiência dos recursos.
• No passado, hospedar aplicativos e dados significava alugar ou construir um data
center para abrigar os milhões de dólares em ativos de hardware e software que você
precisava comprar. Agora temos opções acessíveis e poderosas sob demanda na forma de
plataformas de computação em nuvem.
A computação em nuvem tem as seguintes características:
• É sob demanda e self-service.
• Você pode iniciar os recursos de um portal de administração ou script.

Pag. 50
• Possui acesso onipresente à rede para que você possa se conectar a ele pela
internet.
• Ele utiliza o pool de recursos. Assim, sua computação, armazenamento e outras
infraestruturas são usadas e liberadas quando você termina para que outras pessoas
usem.
• Possui elasticidade para que você possa aumentar ou diminuir de acordo com a sua
necessidade de negócio.
Na sequência serão abordados os três modelos de nuvem, que você pode escolher para
aplicar no seu negócio.
Fonte: HAYES, Brian. Cloud computing. 2008.

Fonte: istockphoto.com/br

Nuvem privada, pública e híbrida


• Nuvem privada significa que o hardware no qual sua nuvem é executada é apenas para
uso exclusivo de sua organização. A principal vantagem é que os recursos são
provisionados para uso exclusivo por uma única organização. Alguns acreditam que isso
fornece a melhor segurança em relação às públicas e híbridas, pois elas mantêm um
certo grau de isolamento. Existem alguns tipos de organizações que são obrigadas por
lei a manter a separação de recursos e dados, como aquelas que lidam com dados
médicos ou financeiros.

Pag. 51
• Nuvens públicas são executadas na internet aberta e você pode nem saber onde seu
aplicativo e seus dados existem fisicamente. Alguns consideram isso menos seguro,
pois um recurso pode ser multilocatário, o que significa que eles são compartilhados
simultaneamente entre muitos usuários. No entanto, as nuvens públicas não exigem que
os hardware ou software sejam exclusivos, Assim, o conceito de evitar despesas de
capital é um valor fundamental para alavancar uma nuvem pública.
• Nuvens híbridas podem fornecer o melhor das nuvens privadas e das nuvens públicas.
Como você tem dois modelos de implantação de nuvem emparelhados, você pode aproveitar
os pontos fortes de cada um para atender às necessidades da carga de trabalho. Em
alguns casos, as cargas de trabalho podem ser movidas entre nuvens públicas e
privadas para maximizar o valor do aproveitamento das plataformas de nuvem.
Fonte: ANTONOPOULOS, Nick; GILLAM, Lee. Cloud computing. London: Springer, 2010.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por que a cloud computing é importante para as organizações:

Ela fornece eficiência de custos e teste aprimorados.

Fornece segurança aprimorada e promove metodologias ágeis.

Fornece segurança aprimorada e testes.

Proporciona eficiência de custos e promove metodologia ágeis.

Tratamos neste vídeo como as tecnologias emergentes irão impactar o futuro dos
negócios digitais e conhecemos alguns casos de sucessos das aplicações dessas
tecnologias.
Na sequência iremos conhecer os tipos de serviços possíveis a serem utilizados,
poderemos identificar cada um deles e escolher o que melhor se adapte ao seu negócio.

Pag. 52
Entendendo IaaS, SaaS e PaaS

IaaS
• Infraestrutura como serviço fornece recursos tradicionalmente encontrados no
próprio data center de uma organização, como armazenamento e processamento. Um modelo
IaaS significa que um provedor terceirizado hospeda armazenamento de servidores de
hardware e software e outros componentes de infraestrutura em nome do usuário final.
• Esses serviços de infraestrutura podem ser usados para qualquer finalidade, como
hospedagem e aplicativos ou dados. Embora as nuvens IaaS forneçam serviços de
infraestrutura encontrados em data centers tradicionais, como processamento e
armazenamento, elas também podem fornecer hospedagem de aplicativos e dados para
cargas de trabalho corporativas existentes, como aplicativos e bancos de dados ou
ambos.
• O principal valor da utilização de IaaS é evitar a despesa de compra de hardware e
software. Isso significa que estamos mudando os gastos de CapEx ou despesas de
capital para OpEx ou despesas operacionais.
• As nuvens IaaS possuem dimensionamento elástico, isso significa que elas podem
aumentar ou diminuir com base nas necessidades da carga de trabalho. Isso também
significa que pagamos mais ou menos, dependendo da capacidade necessária.
Fonte: KAVIS, Michael J. Architecting the cloud: design decisions for cloud computing service models (SaaS, PaaS, and

IaaS). John Wiley & Sons, 2014.

PaaS
• Plataforma como serviço significa que um provedor terceirizado fornece
desenvolvimento de aplicativos, teste, implantação e serviço de hospedagem como
serviço. Isso fornece plataformas eficientes de desenvolvimento de aplicativos que

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podem ser aproveitadas por qualquer empresa para tornar o desenvolvimento de
aplicativos mais econômico.
• O PaaS fornece plataformas completas de desenvolvimento, teste e implantação que em
geral estarão mais prontas para uso do trabalho de desenvolvimento que os modelos
tradicionais.
• Ela também reduz a complexidade de construir, testar e implantar aplicativos,
mantendo os desenvolvedores dentro de um ambiente bem definido que diminui a
ocorrência de erros.
• PaaS permite que você pague apenas pelos serviços que você usa. Esse serviço medido
por tempo ou pelos dados que você armazena, significa que seus custos podem torná-lo
mais econômico de maneira geral.
Fonte: KAVIS, Michael J. Architecting the cloud: design decisions for cloud computing service models (SaaS, PaaS, and

IaaS). John Wiley & Sons, 2014.

SaaS
• Você pode pensar em SaaS mais como aplicativos que são entregues por meio de
navegadores da Web ou sites que fornecem o mesmo valor que aplicativos tradicionais,
como ERP, CRM, gerenciamento de relacionamento com o cliente e até aplicativos de
produtividade.
• O uso de uma nuvem SaaS elimina a necessidade de as empresas gastarem muito
dinheiro em software empresarial, e o provedor de nuvem SaaS mantém o hardware e o
software. Além disso, há escalabilidade quase ilimitada para empresas em crescimento,
pois você pode adicionar licenças ou assinaturas à medida que adiciona funcionários à
equipe. Além disso, não há necessidade de atualizar ou corrigir as atualizações de
software são contínuas e automáticas.
• A capacidade de pagar apenas a assinatura normalmente por pessoa permite alinhar
seu uso diretamente com os gastos. Por fim, o SaaS oferece suporte à entrega de
aplicativos abrangentes, incluindo desktops e dispositivos móveis. Isso significa que
não importa se você está em seu computador, telefone ou tablet, você pode aproveitar
o mesmo aplicativo e os mesmos dados. Isso permite que o SaaS alcance a maioria dos
usuários nos dispositivos que eles preferem usar.
Fonte: KAVIS, Michael J. Architecting the cloud: design decisions for cloud computing service models (SaaS, PaaS, and

IaaS). John Wiley & Sons, 2014.

Pag. 54
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Quais fatores caracterizam o modelo de infraestrutura como serviço?

Melhorias com software e hardware que são difíceis de oferecer quando


hospedado internamente.

Maior velocidade e virtualização para a organização.

O provedor hospeda, atende e mantém todos os aspectos do sistema.

Maior ajuda em questões de lógica e codificação em sistemas proprietários.

Começamos a entender, um pouco, sobre o cloud computing identificando qual a melhor


escolha para o seu negócio. Veremos na próxima videoaula como é aplicada a segurança
na cloud e qual o seu conceito.

Segurança na cloud

Planejamento da segurança em cloud


• Segurança é o aspecto mais importante de qualquer projeto de nuvem. Um plano de
ação eficaz é lidar primeiro com o básico. Isso significa que estabeleceremos a base
que forneça a mínima segurança de que precisamos. Seja proativo, o que significa que
o coração de qualquer boa arquitetura e tecnologia de segurança em nuvem é a
capacidade de identificar problemas antes que eles se tornem realidade. No momento em
que um hacker tem acesso a seus dados, é tarde demais. Mas você pode ver facilmente

Pag. 55
como eles progridem até um ponto, e interrompe o ataque antes que ele se torne um
problema.
• Forneça clareza nas políticas de segurança, padrões, processos, funções e
responsabilidades. A segurança é tanto uma questão de pessoas quanto uma questão de
tecnologia e, portanto, precisamos nos concentrar nas funções e nos processos.
• Impulsione a melhoria contínua. Aproveite as capacidades existentes. Isso significa
que também estamos procurando melhorar. Portanto, existe um ciclo de feedback sólido
que permite que os administradores de segurança da nuvem melhorem a segurança
continuamente.
Fonte: ALI, Mazhar; KHAN, Samee U.; VASILAKOS, Athanasios V. Security in cloud computing: Opportunities and challenges.

Information sciences, v. 305, p. 357-383, 2015.

Requerimentos da segurança em cloud


• Disponibilidade de sistemas de segurança. A capacidade de resposta deve ser
considerada uma prioridade. Isso significa que você precisa testar e comparar suas
ferramentas de segurança.
• Cumprimento Legal. Normalmente, existem leis que devem ser respeitadas em seu
setor, tanto do ponto de vista técnico quanto comercial.
• Desenvolvedores treinados em ferramentas de segurança, incluindo operações e outras
funções que existem na organização.
• Percentual de sistemas e aplicativos que utilizam serviços de segurança.
• Documentação do sistema, o que significa que precisamos de um conjunto completo de
documentação para garantir que estamos detalhando o uso das ferramentas.
• Melhoria na capacidade de aplicar políticas de segurança e privacidade, o que
significa que estamos automatizando esse processo o máximo possível.
Fonte: XIAO, Zhifeng; XIAO, Yang. Security and privacy in cloud computing. IEEE communications surveys & tutorials,

v. 15, n. 2, p. 843-859, 2012.

Pag. 56
Não se prenda ao que os outros estão fazendo, concentre-se em suas necessidades de
segurança. Certifique-se de testar suas ferramentas, nunca assuma que elas
funcionarão. Os provedores de ferramentas de segurança em nuvem não podem testar tudo
em tudo, e você pode ter a única configuração em que as coisas não funcionam. Você
precisa descobrir isso antecipadamente.

À medida que trabalhamos para entender nossas necessidades de segurança, tiramos


conclusões sobre quais ferramentas escolher com base no processo em evolução e no
entendimento até agora. Neste ponto, devemos saber quais são os requisitos, incluindo
negócios e técnicos. Além disso, devemos saber quais são as melhores apostas em
ferramentas e tecnologia que provavelmente serão o melhor caso de uso para nosso
investimento.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

A manutenção de _____ é essencial para garantir o entendimento relativo ao


armazenamento e à recuperação baseados em nuvem.

API

Consistência entre os sistemas

Sistemas redundantes

Logs centralizados

Aprendemos sobre a segurança na cloud e o roadmap utilizado para a implementação de


segurança. Na sequência iremos compreender como planejar a operação na cloud,
reconhecer as possíveis tecnologias aplicáveis e a identificar como realizar o
monitoramento de cloud. Siga conosco para mais essa etapa do conhecimento nas

Pag. 57
tecnologias emergentes para produtos digitais.

Operação na cloud

As operações contínuas têm a capacidade de executar sistemas baseados em nuvem de


forma que nunca haja a necessidade de tirar um aplicativo de serviço. Chamamos isso
de objetivo de tempo de inatividade zero.

Planejando a operação
Operações em nuvem são a formalização das melhores práticas e procedimentos que
permitem que plataformas e aplicativos baseados em nuvem e dados que vivem lá
funcionem bem por um longo período de tempo. Em outras palavras, embora a migração
para a nuvem seja importante, a capacidade de permanecer e ser eficaz depende dos
procedimentos operacionais e da excelência operacional.
Fonte: ZHANG, Qi; CHENG, Lu; BOUTABA, Raouf. Cloud computing: state-of-the-art and research challenges. Journal of

internet services and applications, v. 1, n. 1, p. 7-18, 2010.

Tecnologia e conjunto de ferramentas


Se você estiver encarregado de operações em nuvem ou CloudOps, recomendo não focar
nas ferramentas e em tecnologia em detrimento aos processos. Minha recomendação é que
você entenda as ferramentas, mas não as veja como seu guia para a excelência do
CloudOps. As pessoas e os processos são as chaves finais para o sucesso.
Fonte: MOHAMMAD, Sikender Mohsienuddin. Streamlining DevOps automation for Cloud applications. International Journal of

Creative Research Thoughts (IJCRT), ISSN, p. 2320-2882, 2018.

Pag. 58
A capacidade de configurar sistemas redundantes é apenas parte da batalha do
CloudOps. A ação real é encontrada na capacidade da nuvem de colocar esses sistemas
atrás de uma camada de gerenciamento que pode gerenciar as instâncias da máquina para
contornar atualizações e falhas.

AIOps é a abreviação de operações de TI artificialmente inteligentes. Refere-se a


plataformas de tecnologia multicamadas que automatizam e aprimoram as operações de TI
por meio de análises e aprendizado de máquina. AIOps representa tanto uma evolução
quanto uma revolução no gerenciamento de operações de TI. É uma evolução em que as
ferramentas tradicionais de gerenciamento e monitoramento foram habilitadas para IA
e, portanto, tornaram-se AIOps simplesmente adicionando recursos.

Monitoramento e gerenciamento
O monitoramento e a medição precisam fornecer visibilidade de ponta a ponta para
todos os sistemas de forma holística. Lembre-se de que nuvens privadas, públicas e
híbridas fazem parte da infraestrutura que suporta cargas de trabalho críticas, e
essas cargas de trabalho também devem interagir com sistemas locais tradicionais.
Isso significa que ele se torna o mecanismo que vê tudo em termos de cargas de
trabalho, serviços, dados, segurança, governança etc. Isso significa aproveitar um
único painel para ver como os sistemas estão operando de forma holística.
Fonte: SPRING, Jonathan. Monitoring cloud computing by layer, part 2. IEEE Security & Privacy, v. 9, n. 3, p. 52-55,

2011.

Operações MultiCloud
As empresas continuarão a migrar para Multicloud como um modelo de implantação de
preferencial. Embora os serviços nativos de cada nuvem sejam talvez mais maduros do
que muitas das soluções cruzadas, eles são nativos de apenas uma nuvem. Assim, os
serviços nativos podem fornecer uma função ou funções operacionais para a nuvem

Pag. 59
nativa. E alguns foram modificados para interagir com outras nuvens. Mas nenhum deles
foi desenvolvido especificamente para gerenciar outras nuvens.
Fonte: HONG, Jiangshui et al. An overview of multi-cloud computing. In: Workshops of the international conference on

advanced information networking and applications. Springer, Cham, 2019. p. 1055-106.

Deve-se estar preparado para gerenciar essas estruturas e tirar o máximo de cada um
dos serviços que cada provedor pode fornecer, mas também buscar a sinergia entre os
serviços, facilitando a sua gestão e optimização em relação às necessidade do
negócio.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O monitoramento e a medição precisam fornecer ______ para todos os sistemas.

Políticas estruturadas

Dados

Visibilidade depontaa ponta

APIs

Aprendemos como planejar as operações em nuvem, fazer seu monitoramento e


gerenciamento. Abordaremos na próxima videoaula os tópicos relacionados à governança,
ao planejamento da governança e de como alavancá-la.

Pag. 60
Governança na cloud

Planejamento da governança
A governança de serviço é a capacidade de usar uma API ou interface de programação de
aplicativos ou serviço da Web que pode fazer parte de um aplicativo orientado a
serviços ou para outros usos. Segurança e governança são a capacidade de vincular os
principais recursos de governança, como o processamento de políticas e o
processamento principal envolvidos na manutenção da segurança.
• Segurança e conformidade, a maioria dos problemas que vemos em torno da
conformidade tem a ver com erros humanos. Os dados são colocados no lugar errado e
são encontrados em auditorias de conformidade, colocando a empresa em risco por uma
multa pesada, por exemplo.
• Existem ferramentas de governança que se concentram na conformidade. Eles usam
políticas que controlam para onde os dados podem ir, quem pode vê-los e onde os
processos podem agir sobre eles.
Fonte: SAREEN, Pankaj. Cloud computing: types, architecture, applications, concerns, virtualization and role of it

governance in cloud. International Journal of Advanced Research in Computer Science and Software Engineering, v. 3, n.

3, 2013.

Selecionando a tecnologia
Alavancar a governança é algo que muitos daqueles que constroem sistemas baseados em
nuvem negligenciam ou ignoram completamente. No entanto, as etapas para selecionar os
processos, ferramentas e habilidades corretas são diretas se você as dividir em
algumas etapas fáceis. Encontrar as ferramentas certas ou quais serão necessárias
para automatizar a governança, como as de governança de serviços e recursos.
Limite o foco para três ou quatro ferramentas rapidamente, o que significa que

Pag. 61
estamos limitando as que temos para entender e testar.
• Certifique-se de que o fornecedor de ferramentas seja um jogador sólido, o que
significa olhar para os negócios e se é provável que eles sobrevivam e prosperem no
futuro.
• Verifique o treinamento disponível e os especialistas no assunto da ferramenta
entendendo que você precisará ter as habilidades necessárias para fazer a governança
funcionar.
• Certifique-se de que você tenha um microplano para implantação, indo da arquitetura
para as operações. Não tenha medo de parar, fazer backup e tentar novamente.
Fonte: SAREEN, Pankaj. Cloud computing: types, architecture, applications, concerns, virtualization and role of it

governance in cloud. International Journal of Advanced Research in Computer Science and Software Engineering, v. 3, n.

3, 2013.

Operação da governança
Aqui estão as etapas para executar sistemas de governança:
• Certifique-se de escrever políticas e processos de operações. Quem faz o quê e
quando. Isso geralmente é chamado de playbook, mas significa realmente definir quem é
responsável pelo quê.
• Integrar esse processo de operações com outros processos, como segurança,
desempenho, gerenciamento de SLA ou gerenciamento de contrato de nível de serviço,
gerenciamento de custos etc.
Fonte: SAREEN, Pankaj. Cloud computing: types, architecture, applications, concerns, virtualization and role of it

governance in cloud. International Journal of Advanced Research in Computer Science and Software Engineering, v. 3, n.

3, 2013.

Pag. 62
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Ao selecionar ferramentas de governança, o que você deve fazer?

Adiar as considerações de segurança para mais tarde.

Selecionar a ferramenta mais complexa, pois ela terá a melhor performance.

Rapidamente criar uma shortlist com três ou quatro ferramentas.

Selecionar o maior número de ferramentas possível.

Vimos a importância das ferramentas e os treinamentos disponíveis. A seguir, iremos


ver o edge computing. O que ele é? Como pode nos ajudar?
Siga comigo para que consigamos, juntos, ampliar seus conhecimentos.

Edge computing

O que é edge computing?


Então, afinal, o que é edge computing? Bem, é uma arquitetura em essência onde
estamos colocando a computação e o armazenamento nos recursos de dados o mais próximo
possível da fonte dos dados. Portanto, tornando-o mais eficaz e mais eficiente,
reduzindo a latência, aumentando o desempenho.
Arquitetura básica do edge consiste da entrada de dados, que normalmente é coletada
por meio de sensores que enviam as informações coletadas a um processamento
centralizado, geralmente localizado em uma nuvem pública, que normalmente é conectada

Pag. 63
a um, alguns ou muitos dispositivos [edge computing].
Fonte: SHI, Weisong; DUSTDAR, Schahram. The promise of edge computing. Computer, v. 49, n. 5, p. 78-81, 2016.

Componentes da edge computing


Vamos ver os componentes dos sistemas baseados em edge computing. Temos os sensores
com a capacidade de “olhar para algo”, seja sensor óptico de temperatura, seja sensor
de umidade, seja sensor de localização, qualquer coisa que possa fornecer um ponto
para a entrada de dados. Por exemplo, em seu carro, você tem muitos sensores para
detectar quando ele pode se envolver em um acidente e automaticamente acionar os
freios, ou quando você está prestes a dar ré e há alguém em um estacionamento.
O dispositivo em si tem uma certa quantidade de recursos, incluindo armazenamento e
processamento. Normalmente são processadores de baixo custo, que possuem uma certa
capacidade e são capazes de tomar decisões rápidas e permitir que seu dispositivo
“pense”.
Fonte: SATYANARAYANAN, Mahadev. The emergence of edge computing. Computer, v. 50, n. 1, p. 30-39, 2017.

Segurança na edge computing


Você precisa considerar a segurança; em outras palavras, certificar-se de que as
informações que saem desses sensores, em alguns casos, podem ser muito sensíveis,
como informações que saem de um dispositivo médico, que estejam seguras. Uma boa
prática é transformar as informações em um código secreto (encriptar), que só pode
ser lido por quem possui a chave para decodificar os dados.
Fonte: KHAN, Wazir Zada et al. Edge computing: A survey. Future Generation Computer Systems, v. 97, p. 219-235, 2019.

Precisamos considerar também outras tecnologias sem fio, como Bluetooth, Wi-Fi e
alguns dos outros padrões emergentes. Para distâncias curtas, o Bluetooth pode ser
bom. Para distâncias um pouco maiores, você precisa confiar no Wi-Fi. Lembre-se de
que o Bluetooth normalmente será o preferido porque funcionará com menos energia e,
portanto, menos calor.

Pag. 64
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como garantir a segurança na edge computing?

Confiança zero.

Encriptar tudo.

Foco em treinamento.

Ser reativo a ameaças.

Analisamos um pouco sobre a estrutura do edge computing e a importância da segurança


da informação. No próximo módulo iremos abordar sobre a IA e sobre machine learning.
Essa você não pode perder.

Tecnologias Emergentes para Produtos


Digitais

6 | Inteligência artificial e machine


learning
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer o conceito de inteligência artificial.
• Identificar os tipos de tecnologia aplicáveis em inteligência artificial.
• Identificar os tipos de programação de linguagem natural.
• Compreender os benefícios possíveis deRPA –RobotProcessingAutomation.
• Conhecer o conceito demachinelearning.
• Identificar os tipos de aprendizagem da IA.

Pag. 65
Inteligência artificial

Inteligência artificial
Inteligência artificial se refere ao uso de tecnologias que simulem a inteligência e
o comportamento humanos para execução de tarefas, além de aprenderem sozinhas com
base nas informações que coletam.
Fonte: Oracle, What is AI.

Inteligência artificial

Fonte: Izabela Anholett.

Inteligência artificial

Pag. 66
Fonte: Izabela Anholett.

Inteligência artificial

Fonte: Izabela Anholett.

A inteligência artificial não é uma programação de tecnologia. É um treinamento


baseado em dados históricos, exemplos, modelos, entre outros.

Pag. 67
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é inteligência artificial?

Uso de tecnologias para prever futuras situações possíveis no mercado.

Programação de um computador para realizar atividades sozinho.

Uso de tecnologias para simular a inteligência e o comportamento humanos.

Uso de tecnologias para simular o comportamento humano.

Vimos o comportamento da inteligência artificial e a relacionamos à inteligência


humana. Que tal aprimorar ainda mais o seu conhecimento sobre a programação de
linguagem natural e como ela poderá nos auxiliar no dia a dia?

Programação de linguagem natural

Para saber mais sobre a linguagem natural, acesse o vídeo:


https://youtu.be/JvbHu_bVa_g

Programação de linguagem natural


O que é então a linguagem natural?

Pag. 68
• É a mais antiga interface de comunicação: é a forma que nós, humanos, utilizamos
para nos comunicar.
• É a nossa capacidade de entender o que o outro está dizendo, de entender o contexto
que rodeia a conversa e as causalidades entre uma fala e outra.
Sendo assim, a programação de linguagem natural é uma área da inteligência artificial
que se dedica a fazer com que a tecnologia entenda a linguagem natural humana.
• Para que a tecnologia possa responder a perguntas, fazer sugestões e, até mesmo,
entreter.
Fonte: CHOWDHARY, KR1442. Natural language processing. Fundamentals of artificial intelligence, 2020.

Programação de linguagem natural

Fonte: NADKARNI, Prakash M.; OHNO-MACHADO, Lucila; CHAPMAN, Wendy W. Natural language processing: an introduction.

Journal of the American Medical Informatics Association, v. 18, n. 5, 2011.

Programação de linguagem natural


Aplicações de linguagem natural:
Plataformas de busca online + Sugestões automáticas do buscador.
Assistentes virtuais, como Siri e Alexa.
Chatbots.

Pag. 69
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é o processamento de linguagem natural?

Desenvolvimento de sistemas de tradução simultânea de idiomas.

Programa que consegue ler os textos disponíveis na internet.

Inteligência artificial aplicada para acelerar o desenvolvimento de sistemas.

Tecnologia que se propõe a entender a linguagem dos humanos, seja falada, seja
escrita.

Aprendemos que a programação de linguagem natural é importante na interação mais


natural entre a IA e o ser humano. Na sequência iremos abordar o que é o RPA e as
suas aplicações.

Robot Processing Automation (RPA)

Robot Processing Automation (RPA)


Consiste na execução automatizada de tarefas e processos repetitivos/padrões que
ocorrem dentro de regras estabelecidas. Para executar a ação é empregado um software
que refaz exatamente as ações do usuário dentro da tela do sistema.
Imagine que você trabalhe na área fiscal de uma fábrica. Todos os dias, cerca de dez
caminhões chegam para abastecer o estoque de matéria-prima de sua empresa. Para que o
material possa ser entregue, você precisa inserir manualmente todas as notas fiscais

Pag. 70
desses caminhões.
Fonte: HOFMANN, Peter; SAMP, Caroline; URBACH, Nils. Robotic process automation. Electronic Markets, 2020.

A entrada das notas fiscais é feita sempre preenchendo os mesmos campos, com as
mesmas regras:
• Data da nota fiscal,
• Quantidade do material,
• Valor unitário,
• Valor total,
• Cálculo dos impostos, entre outros.
Você gasta de 3 a 5 minutos por nota fiscal. E ainda pode errar durante a digitação.
Agora imagine se tudo isso pudesse ser feito em menos de 30 segundos por um robô que
vai copiar os dados do XML da nota e inserir em todos os campos do sistema? É isso
que um RPA faz.
Fonte: AGUIRRE, Santiago; RODRIGUEZ, Alejandro. Automation of a business process using robotic process automation (RPA):

A case study. In: Workshop on engineering applications. Springer, Cham, 2017. p. 65-71.

Robot Processing Automation (RPA)

Fonte: Izabela Anholett.

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é um Robot Processing Automation?

Programa que define qual a melhor forma de executar ações-padrão no sistema.

Programa automatizado que executa ações-padrão como se fosse um usuário do


sistema.

Programa que checa se as ações estão sendo executadas corretamente pelos


usuários.

Programa que executa ações em sistemas mais rapidamente do que humanos.

Vocês viram como o RPA é importante na realização de processos repetitivos e em


tornar mais ágil os processos. Abordaremos na próxima videoaula o machine learning e
como ele acontece. Vamos saber mais sobre esse processo e como fazemos parte dele?

Machine learning

Machine learning
• Atualmente, quando falamos em inteligência artificial, a forma de aplicação mais
comumente citada são casos de “aprendizagem de máquina”, isto é, machine learning.
• Porém, machine learning e inteligência artificial não são sinônimos em si. Machine
learning é uma das subdivisões e aplicações de inteligência artificial.
Fonte: MOLNAR, Christoph. Interpretable machine learning. Lulu. com, 2020.

Pag. 72
Machine learning / Diagrama de aprendizagem

Fonte: Prof. Yaser S. Alba Mostafa - CALTEC.

Machine learning
O que é um algoritmo?
De acordo com Dasqupta, Christos e Umesh = "Algoritmos são procedimentos precisos,
não ambíguos, padronizados, eficientes e corretos.”
Podemos assim dizer que o algoritmo é uma série-padrão de ações a serem seguidas com
o objetivo de solucionar um problema.
Quando escrevemos um algoritmo para que o computador decifre o problema, temos de
tomar o cuidado para descrever todas as etapas na sequência correta de execução.
Caso algum passo não seja descrito ou esteja na ordem errada, o programa não
conseguirá resolver o problema em questão.
Fonte: Dasgupta, Sanjoy; Papadimitriou, Christos; Vazirani, Umesh. Algoritmos. Porto Alegre: AMGH, 2010.

Pag. 73
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é um algoritmo?

Conjunto de ações a serem executadas para resolver um problema.

Lista de tarefas a serem realizadas sem ordem predeterminada.

Série-padrão de ações precisas a serem seguidas para resolver um problema.

Código desenvolvido para computadores processarem tarefas.

Vimos o diagrama de aprendizagem e o que é um algoritmo. Que tal avançarmos para


aprendermos mais sobre quais são as formas de aprendizagem de máquina e como ela
interfere no algoritmo da IA?

Formas de aprendizagem de máquina

Machine learning / Formas de aprendizagem de máquina

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Fonte: Prof. Yaser S. Alba Mostafa – CALTEC; Understanding Key Terms in AI – Rajesh Narayanan.

Machine learning / Formas de aprendizagem de máquina

Fonte: Prof. Yaser S. Alba Mostafa – CALTEC; Understanding Key Terms in AI – Rajesh Narayanan.

Machine learning / Formas de aprendizagem de máquina

Fonte: Prof. Yaser S. Alba Mostafa – CALTEC; Understanding Key Terms in AI – Rajesh Narayanan.

Pag. 75
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como é realizado o treino do algoritmo na aprendizagem supervisionada?

Uma série de dados aleatórios como sendo de uma categoria e aprende a cada
interação.

Uma série de dados não categorizados para que o algoritmo encontre padrões.

Uma série de dados categorizados corretamente para que o algoritmo entenda as


características da resposta que se busca.

Uma série de dados com características similares e monitorando cada resultado


gerado pelo algoritmo.

Verificamos as três formas de linguagem de máquina e o seu comportamento. E você


sabia que a plataforma da Netflix não é igual para todos? Que tal saber por quê?

Machine learning – Caso Netflix

Machine learning – Caso Netflix


• Certamente você já reparou que a sua lista de recomendados dentro da Netflix é
diferente para você e para um amigo seu. Isso devido aos títulos anteriores que cada
um de vocês possa ter assistido ao longo de toda a sua trajetória na plataforma.
• Agora, você sabia, que a Netflix também personaliza a imagem de cada filme somente

Pag. 76
para você? É isso mesmo, para você o filme Pulp Fiction pode aparecer com uma imagem
e para mim o mesmo filme pode aparecer com outra imagem completamente diferente.
• Mas como isso é possível? Usando machine learning, a Netflix eleva a personalização
de sua plataforma para outro nível.
Antes de seguir adiante, vamos apenas entender o seguinte:
• O objetivo da plataforma é que você, usuário, passe o maior tempo possível
conectado na Netflix assistindo aos mais diversos filmes disponíveis na sua
biblioteca.
O que a plataforma faz é utilizar os dados de seu comportamento para garantir que
você vai se interessar pelo próximo filme.
Fonte: Netflix, Artwork Personalization at Netflix - 2017.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como o machine learning foi aplicado na Netflix?

Aumentar aceitabilidade de filmes de acordo com histórico de navegação.

Fornecer diferentes capas de filmes para diferentes usuários.

Testar se os usuários iriam gostar das sugestões de filmes.

Indicar aos usuários os melhores filmes para eles assistirem.

Vimos como a Netflix muda o comportamento conforme os padrões comportamentais do


usuário.
Finalizamos este módulo e seguiremos nesta jornada espetacular, que nos desperta para
novas conquistas e oportunidades! Veja como isso é possível.

Pag. 77
Tecnologias Emergentes para Produtos
Digitais

7 | Data science
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer a aplicação de data scienceutilizada na Target.
• Conhecer o conceito de internet das coisas.
• Compreender o processo para aplicação de data science.
• Entender o conceito de ABT.
• Entender os conceitos matemáticos aplicáveis.

Data science / Caso Target

Data science – Caso Target


• Rede de lojas de varejo dos Estados Unidos.
• Fundada em 1902 por George Draper Dayton, sediada em Minneapolis no estado de
Minnesota.
• É a segunda maior rede de lojas de departamento nos Estados Unidos, atrás do
Walmart.
• Mais de 1.900 lojas nos Estados Unidos.
• Em 2020, a receita total foi de US$ 93,6 bilhões.
Fonte: Target

Observando o consumo de seus clientes ao longo do tempo em suas lojas, o time da Pag. 78
Target conseguiu identificar uma cesta de 25 produtos que todas as mulheres grávidas
costumam comprar:
• Loções sem essência;
• Sabonetes sem cheiro;
• Suplementos alimentares.
O modelo era também capaz de predizer em qual período da gravidez a mulher estava e a
probabilidade do mês de nascimento. Com isso em mãos, a Target enviava cupons de
descontos e ofertas personalizadas para as “potenciais mães”
O caso aconteceu em 2012.
• Pai de uma menina ainda no ensino médio, o homem foi até uma loja da Target
enfurecido com os e-mails que a empresa estava enviando para a sua filha com
promoções e descontos para produtos de grávidas.
• Segundo o pai, a filha estava sendo incentivada pela Target a uma gravidez precoce.
• O gerente da loja, então, se prontificou a entender o caso, conferiu junto à sede
da Target que, sim, foram disparados os e-mails com esses conteúdos e pediu desculpas
ao pai da adolescente.
• Porém, pouco tempo depois, foi a vez do pai da menina ir até a loja e pedir
desculpas sobre o que ele tinha dito anteriormente: acontece que, de fato, sua filha
estava grávida e eles não sabiam do fato.
Fonte: Kashimir Hill, Forbes - 2012.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como o data science foi aplicado na Target?

Acompanhar o consumo dos clientes no e-commerce.

Entender os comportamentos dos clientes na internet.

Gerar promoções para os clientes mais assíduos da marca.

Prever futuras necessidades dos clientes e ofertar produtos direcionados.

Conhecemos a empresa Target e como a análise comportamental de mulheres grávidas por


Pag. 79
um determinado período possibilitou que fossem identificados produtos de uso comum
dentre este público-alvo. Veremos na sequência um pouco sobre a internet das coisas e
a geração de dados. Vamos lá!

Internet das coisas e geração de dados

Para saber mais sobre a quantidade de informações que são geradas no mundo em 1
minuto, acesse o vídeo: https://youtu.be/nH51tfOiFIM

Internet das coisas e geração de dados


Geração de dados:
Atualmente, todas as ações que você toma durante uma leitura, compra ou pesquisa na
internet, são armazenadas como dados gerados sobre você.
• Quais os livros você mais compra?
• Quais sites você mais visita?
• Você está procurando algum móvel para seu novo apartamento?
• Quais são os posts do Instagram que você mais curte?
Tudo, absolutamente tudo o que você faz, fica registrado.
Todos esses dados estão disponíveis a respeito de você e podem ser vendidos para
empresas que querem entender o comportamento de consumo para te oferecer os serviços
e produtos mais adequados para o seu momento de vida.
Fonte: WORTMANN, Felix; FLÜCHTER, Kristina. Internet of things. Business & Information Systems Engineering, 2015.

Pag. 80
Outra tecnologia que também gera dados a todo o tempo sobre você são dispositivos
carregados de internet das coisas que facilitam o seu dia a dia.

Geração de dados:
Para alguns de vocês, isso pode parecer invasão de privacidade. Mas, para a geração
millennials, privacidade é algo que eles estão dispostos a abrir mão.
De acordo com uma pesquisa da Fluent, com cerca de 14.000 adultos americanos:
• A geração Z é a que menos se preocupa com o que as empresas farão com seus dados:
43% desses jovens demonstram preocupação.
• Uma consciência de que quanto mais dados uma marca tiver, mais relevantes e
personalizadas suas experiências irão ser.
Fonte: Fluent, Consumers, Data, and Control: Driving Loyalty and Trust Through a Strong Value Exchange, 2021.

O que é a internet das coisas, ou comumente chamada, IoT? “A internet das coisas
(IoT) descreve a rede de objetos físicos incorporados a sensores, software e outras
tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e
sistemas pela internet.” (Oracle, What is IoT)

Internet das coisas e geração de dados


Como a informação flui na IoT?
• Os dispositivos físicos de IoT têm um gêmeo no meio digital: exatamente o mesmo
dispositivo, porém, apenas digital.
• Qual é a importância desse gêmeo digital? É ele quem transforma todos os dados
coletados pelos sensores dos dispositivos físicos em alguma informação digital que
pode ser consumida.
Fonte: WORTMANN, Felix; FLÜCHTER, Kristina. Internet of things.Business & Information Systems Engineering, 2015.

Internet das coisas e geração de dados

Pag. 81
Fonte: WORTMANN, Felix; FLÜCHTER, Kristina. Internet of things. Business & Information Systems Engineering, 2015.

Internet das coisas e geração de dados


Exemplos de dispositivos de IoT:
Wearables: são dispositivos vestíveis que você utiliza no seu corpo. Exemplos: os
smartwatches e smart clothes.
• Monitoram dados de exercícios, batimentos cardíacos, sono.
• Conseguem descrever via GPS os locais por onde o usuário esteve.
• Notificações de ligações ou atividades em redes sociais.
Casa inteligente: dispositivos que você utiliza para gerenciar a sua casa ou
facilitar alguma atividade do seu dia a dia. Exemplos: fechaduras inteligentes que
liberam a entrada de pessoas sem que você esteja em casa; eletrodomésticos, como a
cervejeira Consul, que identifica quando seu estoque mínimo de cervejas foi atingido
e dispara uma compra.
Fonte: ROSE, Karen; ELDRIDGE, Scott; CHAPIN, Lyman. The internet of things: An overview. The internet society (ISOC),

2015.

Pag. 82
Qual a importância do gêmeo digital para a IoT?

Ser um backup caso o dispositivo físico quebre.

Ter as mesmas informações coletadas pelos sensores físicos.

Transformação dos dados coletados pelos sensores físicos.

Acessar as informações através de um website.

Vimos sobre a geração de dados e como é possível a comercialização destes dados.


Vimos também como a internet das coisas faz cada vez mais parte de nossa vida. Iremos
verificar na próxima videoaula sobre o processo da data science e como a análise dos
dados nos permite tomar as melhores decisões.

O processo de data science

O processo de data science


Em 2017, o The Economist classificou dados como o recurso mais valioso do mundo, e
não mais o petróleo.
Como eu posso aproveitar todos os dados que são gerados para tomar a melhor decisão
no meu negócio? A seguir, alguns passos que você pode utilizar para implementar o
data science.
Fonte: The Economist, The worlds most valuable resource is no longer oil but data - 2017.

O processo de data science Pag. 83


Fonte: IVAN DER AALST, Wil MP. Process mining: data science in action. Springer, 2016.

Entender o contexto do negócio no processo de data science


Antes de iniciar a conexão de seu repositório com as mais diversas fontes de dados
possíveis disponíveis no mercado, você deverá primeiro entender o que é importante
para o seu negócio.
• Qual é a proposta de valor do seu negócio?
• Quais são os acontecimentos que podem influenciar o seu negócio?
• O que pode alavancar a sua receita?
• Ou o que pode fazer ela cair?
Você também pode entender a pergunta que você quer responder sobre o seu negócio.
• Quais são as dúvidas que você tem a respeito do seu modelo de negócios?
• Quais são as hipóteses que você quer testar para saber se são verdadeiras ou
falsas?
• Quais são as verdades absolutas que você quer reforçar ou quebrar?
É verdade que, em alguns casos, a pergunta não existe até que você tenha uma primeira
exploração sobre os seus dados. E também está tudo bem. Nesse caso, você fará uma
aplicação de ciência de dados mais generalista para entender aspectos importantes
para o seu negócio.
Fonte: CAO, Longbing. Data science: challenges and directions. Communications of the ACM, 2017.

Entender contexto do negócio no processo de data science


E por qual motivo eu deveria entender esse contexto?
• Como falamos no tópico anterior, atualmente a geração de dados que acontece no
nosso mundo é sem igual. Milhões, bilhões, trilhões de dados são gerados a cada
minuto.
Se você quiser buscar todas essas informações para depois entender o que é

Pag. 84
importante, você enfrentará:
• Altos custos com sua estrutura de dados: obter todos os dados, guardar todos eles,
organizar, rodar modelos matemáticos e estatísticos. Tudo isso consumirá uma
infraestrutura gigantesca com processamentos altíssimos. Quanto maior sua
infraestrutura e quantidade de dados que transitam nela, maior será o seu custo.
• Alto tempo de análise: você tem um mar de dados para interpretar. Modelar todos
eles, entender comportamentos e relações e tirar conclusões vai levar muito mais
tempo se você tem muitos dados para executar.
• Perder o timing do negócio: o aspecto mais importante, se você demora muito tempo
para entender uma tendência, você pode perder o tempo de lançar um novo produto ou de
alterar o seu modelo de negócios.
Fonte: CAO, Longbing. Data science: challenges and directions. Communications of the ACM, 2017.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo é importante entender o contexto do negócio para o data


science?

Não perder o timing do negócio, evitar altos custos e aumentar a rapidez de


análise.

Entender onde você vai buscar os dados que precisa.

Para saber quem deverá acessar o modelo de dados.

Para buscar todas essas informações primeiro, e só depois entender o que é


importante.

Vimos como devemos aplicar a ciência de dados para entender quais são os aspectos
mais importantes para os nossos negócios. Veremos a seguir o processo de data science
relacionado à obtenção de dados.

Pag. 85
O processo de data science

O processo de data science


Obter os dados
• Uma das características mais interessantes da ciência de dados, e que acelera sua
adoção da maior parte das empresas com inteligência artificial, é a capacidade que
essa tecnologia tem de coletar os mais diversos dados das mais diversas fontes.
• Esses dados podem estar estruturados ou não. Podem vir de um website ou de um
sistema de faturamento.
• Mas, ainda assim, misturar dados de fontes tão diversas e estruturados de forma tão
distinta pode ser mais um problema. Um dos conceitos que são a base para ter um bom
modelo de ciência de dados é a analytic base table (ABT), em português, “tabela base
analítica”.
Fonte: IVAN DER AALST, Wil MP. Process mining: data science in action. Springer, 2016.

O processo de data science / Obter os dados


O que é então uma ABT?
Nada mais é do que todos os seus dados em uma única grande tabela com centenas e
milhares de linhas.
Quais são as partes de uma ABT?
Diferentemente de tabelas que têm os seus dados organizados por colunas, em uma ABT
essas colunas são chamadas de features, ou atributos.
As features podem ser classificadas em dois tipos:
• Target feature: apenas uma feature é classificada como target, e o dado que vai
nela é o resultado, o que você está tentando prever, o objeto da análise em si.
• Descriptive feature: podem ser milhares de dados, e esses dados são características

Pag. 86
que descrevem o objeto de sua análise.
Fonte: MULLER, Michael et al. How data science workers work with data: Discovery, capture, curation, design, creation.

In: Proceedings of the 2019 CHI conference on human factors in computing systems. 2019.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a característica que mais contribui para a adoção de data science nas
empresas?

Substituir a inteligência humana na análise de dados.

A capacidade de coletar muitos dados de um mesmo sistema.

Uma nova forma de organizar os dados sem utilizar o Excel.

Capacidade de lidar com diversas fontes de dados ao mesmo tempo, estruturados


ou não.

Vimos a importância quanto ao processo de obtenção de dados. Veremos agora como


explorar e modelar esses dados. Vem comigo para saber como esse conhecimento irá
agregar para o seu negócio!

O processo de data science

O processo de data science

Pag. 87
Explorar os dados e modelar:
Uma vez que estes dados estejam coletados e estruturados, está na hora de explorar o
que eles contam e dizem a respeito do seu negócio.
• Os dados que foram coletados estão fazendo sentido?
• Tem algum dado extra que poderia ser adicionado para trazer ainda mais valor à sua
análise?
Nesse momento você pode ter duas abordagens distintas com os seus dados:
• Ter um olhar mais geral de todo o quadro e entender quais são as nuances que os
dados trazem sobre o seu negócio. Essa é uma abordagem positiva quando você não sabe
quais são as dúvidas ou correlações que podem existir entre os dados. Então, deixe
que eles o digam.
• Você também pode querer testar uma hipótese específica a respeito do seu negócio.
Nesse momento, você pode modelar um machine learning para que ele busque as respostas
e correlações em toda a sua base de dados.
Fonte: Discovering and Exploring Data in a Graphical Interface - Julia Signell2019.

O processo de data science


Explorar os dados e modelar:
Por que incluir machine learning nesse momento de modelagem dos dados?
• Algumas pessoas já fazem essa análise de correlação entre dados utilizando Excel.
Mas ela é uma ferramenta que tem uma capacidade específica: seja no tamanho da base
de dados que você pode utilizar ou no tempo que pode ser necessário desencadear para
fazer essa análise.
• Quando você inclui machine learning para que ele entenda seus dados e te ajude a
explorar, você ganhará escalabilidade (não importa o tamanho de sua base de dados e
quantas features sua tabela tem), rapidez para analisar todos os dados e uma
capacidade de granularidade muito superior.
• Também na etapa de modelagem dos dados, você deverá saber como irá apresentar os
dados coletados para as pessoas que o acessarão.
• Falar de modelos matemáticos e estatísticos.
Fonte: Introduction to Statistics & Data Analysis (Roxy Peck, Chris Olsen, Jay L. Devore).

Pag. 88
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Por qual motivo é benéfico incluir machine learning no seu modelo de data
science?

Não temos muitos benefícios que justifiquem essa inclusão.

Para ganhar escalabilidade e rapidez na análise dos dados.

Adicionar uma tecnologia de vanguarda no seu produto.

Para evitar erros de humanos na interpretação dos dados.

Você viu que incluir machine learning no seu modelo de ciência de dados permitirá
ganhar escalabilidade e rapidez na análise de dados. Veremos na próxima videoaula
como interpretar esses dados evitando os possíveis erros.

O processo de data science

O processo de data science


Interpretar os dados
• Interpretar os dados nada mais é do que entender quais são as relações de
correlação e causalidade que existem no seu modelo de dados.
Como essas relações podem acontecer?
Correlação:
• Esse fator indica se existe uma relação entre duas variáveis.

Pag. 89
• Quando você tem uma relação linear entre duas variáveis, a correlação é
representada por um número que varia entre -1 e 1 e é resultado do método estatístico
denominado R de Pearson, do cientista britânico Karl Pearson. Relação linear mantém a
taxa de mudanças da variável constante.
• O que o R de Pearson pode te ajudar.
Fonte: Statistics(Robert Pisani, David Freedman).

O processo de data science


Interpretar os dados
Como essas relações podem acontecer?
• Entendendo qual o nível de correlação entre as variáveis, partimos para uma segunda
possível análise: a alteração de uma dessas variáveis causa impacto na outra?
• A esse aspecto damos o nome de causalidade:
Esse aspecto indica os motivos do relacionamento das duas variáveis. Ou seja, a
famosa fórmula de causa e efeito.
Aqui, estamos procurando entender qual das variáveis causa o comportamento diferente
na outra.
Por qual motivo é importante entender esses dois contextos?
• Um dos erros comuns na hora de interpretar os dados é entender uma correlação como
uma causa. Isso quer dizer, entender que se a variável A muda ao mesmo tempo que a
variável B, então deve ser a variável A que causa da mudança na variável B.
• E aí que podemos encontrar os maiores erros: nem sempre uma causa de correlação
entre duas variáveis indica que uma causa o efeito na outra.
Fonte: Jonathan Philips no workshop “Interpretando Dados: Se correlação não é causalidade, o que é?” (Coda.Br 2019).

O processo de data science


Interpretar os dados
Alguns dos exemplos mais inusitados podem ser encontrados no site Spurious
Correlations, do estudante de direito Tyler Vigen.
Um dos exemplos que eu gosto é este gráfico que demonstra ao longo do tempo o número
de pessoas que se afogam quando caem em piscina com o número de filmes estrelados
pelo Nicolas Cage lançados no ano.
• Por mais estranho que possa te parecer, existe sim uma correlação entre as duas
variáveis. Escute bem, uma correlação. Nos anos em que aumentam os casos de pessoas

Pag. 90
afogadas também ocorre um aumento na quantidade de filmes estrelados pelo Nicolas
Cage.
• Mas não é correto afirmar que, pelo Nicolas Cage ter lançado mais filmes, as
pessoas se afogaram mais ao cair na piscina. Ou até mesmo o contrário, que o Nicolas
Cage estrelou mais filmes porque as pessoas se afogaram mais na piscina naquele ano.
Fonte: Spurious Correlations, Tyler Vigen, 2015.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Quando você interpreta duas variáveis que mudam ao mesmo passo, é correto:

Explicar a alteração de uma variável com a mudança da outra.

Se as duas aumentam no mesmo ritmo, podemos afirmar que uma causa a outra.

Ser cauteloso e analisar se o aspecto da causalidade é verdadeiro.

Adicionar mais variáveis para entender a correlação.

Neste módulo foi possível entender o processo de data science. No próximo módulo
veremos como a computação quântica está mudando a nossa realidade.
Que tal prosseguirmos em mais este fenomenal mundo de possibilidades!

Pag. 91
Tecnologias Emergentes para Produtos
Digitais

8 | Computação quântica
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer o funcionamento básico da computação clássica.
• Compreender os desafios da computação atual para o novo mundo.
• Entender o conceito de interferência em computação quântica.
• Conhecer os conceitos que rodeiam computação quântica.
• Entender como a computação quântica tem sido aplicada em diversos ramos.

Como a computação clássica funciona

Como a computação clássica funciona


• Antes de falarmos sobre as implicações da computação clássica e iniciarmos a
discussão sobre a computação quântica, precisamos definir como a computação clássica
funciona.
• No centro da computação de hoje está o papel essencial da eletricidade. A
eletricidade é energia e é alimentada por elétrons. Elétrons são pequenas partículas
que orbitam em torno de átomos.
• Os elétrons podem permanecer ligados a um átomo em particular,que chamamos de
eletricidade estática, ou podem ser movidosde átomo para átomo, o que é chamado de
eletricidade atual.

Pag. 92
• Os elétrons precisam de material chamado condutor para semover. Material que impede
o fluxo de elétrons é chamadoisolante.
• Para acender uma luz, a eletricidade deve fluir através de material condutor de um
interruptor para uma lâmpada. O fio de cobre é um excelente condutor. Quando o
interruptor está ligado, os elétrons fluem e alimentam a lâmpada. Quando a chave está
na posição desligada, não há fluxo de elétrons e a lâmpada desliga.
• Esse conceito de switch que habilita ou desabilita o fluxo de eletricidade é quase
tudo o que você precisa saber para entender como funciona a computação clássica.
• Na computação, chamamos esses interruptores de transistores. Vamos explorar isso
mais a fundo.
• Um interruptor que está ligado ou desligado representa apenas dois estados. Isso é
chamado de binário. Digamos que o interruptor que está ligado é o número 1 e o
interruptor desligado é o número 0.
• Ao controlar o fluxo de eletricidade entre ligado e desligado, podemos obter uma
série de 1 e 0. Estes são chamados de bits binários. Uma série única desses 1 e 0
pode equivaler a dizer, as letras do alfabeto. Por exemplo, a comunidade de ciência
da computação concordou, há muito tempo, que a seguinte série de bits, 01000110, é a
letra F.
• Hoje, os microchips de ponta contêm bilhões de transistores isso mesmo, bilhões.
• A inovação nas últimas décadas nos permitiu miniaturizar ainda mais a tecnologia,
permitindo mais e mais transistores no mesmo pequeno microchip imobiliário.
• Esses transistores equivalem a processadores mais rápidos. Basicamente, isso
resulta em mais instruções sendo processadas em menos tempo.

Pag. 93
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

A qualquer momento, que valor pode ter um único bit?

Qualquer letra

Qualquer número

1 ou 0

1e0

Vimos como a computação clássica funciona e como a inovação está mudando o rumo de
nossa tecnologia. Veremos na próxima videoaula as duas dimensões limitantes da
computação atual.

Limitantes da computação atual

Limitantes da computação atual


• Estamos gradualmente nos aproximando de pelo menos duas dimensões limitantes.
• Primeiro, estamos próximos das restrições físicas de quão pequeno um transistor
pode ser e ainda funcionar
• Segundo, a próxima era de necessidades de processamento para uma ampla gama de
aspirações humanas levará muito tempo usando a tecnologia de computação atual.
• Porém, com problemas científicos realmente complexos, usamos computadores muito
maiores porque eles precisam de muito mais processadores. Cálculos grandes e ruins

Pag. 94
podem levar horas e, às vezes, dias para serem computados, mesmo com os melhores
recursos de computação atuais.
• Um planeta hiperconectado e orientado a dados, porém, não fica parado. À medida que
as organizações estão se tornando tecnologia em sua essência, que mais dados são
criados, armazenados e aproveitados, que o software gera mais soluções e a
inteligência computacional é incorporada a tudo, que nossa ambição e confiança
aumentam para lidar com nossos problemas mais intratáveis, nossas necessidades estão
alcançando o limite da computação clássica.
• Os supercomputadores estão nos permitindo entender melhor as interações das
moléculas, mas a modelagem leva tempo e tem restrições de processamento. Antecipar o
clima e entender mais amplamente nosso clima ao longo do tempo já testa os
computadores mais avançados. A pesquisa de medicamentos precisa de melhores
capacidades de desempenho para projetar uma nova geração de tratamentos, incluindo a
criação de soluções personalizadas. Um medicamento projetado para um único indivíduo
para seu corpo e problema de saúde únicos.
Fonte: GRUSKA, Jozef et al.Quantum computing. London: McGraw-Hill, 1999.

Agora imagine se essa barreira atual de transistores fosse apenas um valor de cada
vez, e quebrado. Se eles pudessem ser ao mesmo tempo 0 e 1? O limitante principal da
nossa capacidade atual estaria chegando ao fim.

Pag. 95
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De qual restrição física estamos nos aproximando em relação à capacidade


computacional?

Tamanho dos transistores.

Falta de material condutor.

Tamanho dos processadores.

Velocidade das válvulas.

Entendemos as limitações da computação moderna. Na sequência, veremos o que é a


computação quântica e como ela funciona.

O que é computação quântica?

O que é computação quântica?


Quando olhamos para o oceano e vemos ondas, ou uma lagoa, e você deixa cair uma pedra
e vê ondas se formando. E se você deixar cair uma pedra em um ponto diferente, ao
mesmo tempo, você verá ondas ondulando, e então elas se juntam e formam
superposições. Você terá picos e vales que somam e subtraem uns aos outros de alguma
forma coerente que pode ser destrutiva ou construtiva.
• Então, o que aconteceria se pudéssemos ter um modelo computacional que gerenciasse
um, zero ou ambos ao mesmo tempo?

Pag. 96
• Isso é um qubit. A capacidade de um qubit ter vários estados simultaneamente é
chamada de superposição.
• Para transformar um elétron em um qubit, podemos usar feixes de laser, campos
eletromagnéticos, ondas de rádio e outras técnicas. Deixe-me usar um exemplo para
explicar melhor essa ideia de vários estados até serem medidos. Para isso, usaremos
uma moeda. Quando giramos essa moeda em cima da mesa, ela atualmente é cara ou coroa?
Como a moeda está girando, não é nenhum dos dois.
• É só quando se trata de um descanso que sabemos se será cara ou coroa. Portanto,
este dispositivo binário, uma moeda, com apenas dois lados, ao girar tecnicamente
está em vários estados.
• Se fosse um qubit, estaria em um estado chamado superposição.
Fonte: GRUSKA, Jozef et al.Quantum computing. London: McGraw-Hill, 1999.

O que é computação quântica? Um modelo de computação clássico tentará cada solução


possível em sequência até chegar à resposta correta. Um computador quântico
adivinharia muitas respostas em paralelo, encontrando assim a solução em pouco tempo.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que é qubit?

10x um bit.

Modelo computacional que gerencia 0 ou 1.

Modelo computacional que pode gerenciar 1, 0 ou ambos ao mesmo tempo.

1000x um bit.

Vimos o que é a computação quântica. Veremos na próxima videoaula a história da


computação quântica. Não perca essa oportunidade de ampliar seu conhecimento ainda

Pag. 97
mais.

A história da computação quântica

A história da computação quântica


Em um artigo de 1975, Roman Ingarden, um físico matemático polonês, propôs uma teoria
da informação quântica. Essa teoria descrevia como a informação quântica, assim como
a clássica, poderia ser processada, transmitida e analisada. Ao contrário da
computação clássica, porém, que depende de bits binários, o processamento quântico
usaria bits quânticos, ou qubits, e funcionaria de maneira totalmente diferente.
Feynman, um físico teórico americano, é notável. Ele já havia ganhado o Prêmio Nobel
de Física em 1965 por sua contribuição para o desenvolvimento da eletrodinâmica
quântica.
Ele também trabalhou na bomba atômica e introduziu o conceito de nanotecnologia. Ele
é frequentemente creditado como o pioneiro da computação quântica.
Além disso, um físico britânico, David Deutsch, é chamado de pai da computação
quântica por seu trabalho inovador e por ser um dos primeiros a especificar um
algoritmo projetado para rodar exponencialmente mais rápido em condições quânticas.
No início da década de 1990, pesquisas conduzidas nos Estados Unidos pela Bell Labs e
pelo governo americano, juntamente com várias universidades internacionais,
prepararam o terreno para a construção dos primeiros computadores quânticos físicos.
Por volta de 1998, surgiram os primeiroscomputadores funcionais.
Durante o início dos anos 2000 e em2010, a pesquisa e o desenvolvimento dacomputação
quântica aceleraramsignificativamente.
Hoje existem muitos tipos diferentes de computadores quânticos desenvolvidos por uma
variedade de produtores, comerciais e não comerciais. Ainda não existe um produto de
consumo que você possa comprar em uma loja ou online, mas as empresas já os estão

Pag. 98
utilizando. Como indivíduo, porém, você pode explorar a capacidade quântica fornecida
por várias entidades. Falaremos sobre isso um pouco mais tarde.
Fonte: LI, Shu-Shen et al. Quantum computing.Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 98, n. 21, p.

11847-11848, 2001.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Quem é o pai da computação quântica?

Richard Feynman.

David Deutsch.

Albert Einstein.

Paul Benioff.

Conhecemos um pouco da história da computação quântica. Na próxima aula veremos como


a computação quântica pode ser utilizada nos dias atuais.

Como a computação quântica pode ser utilizada hoje?

Como a computação quântica pode ser utilizada hoje?


Hoje, continua a ser categorizada no domínio do protótipo e experimental, embora já
esteja contribuindo para decisões em uma variedade de indústrias importantes. Também

Pag. 99
veremos onde isso pode desempenhar um papel no futuro. É provável que os usos reais e
amplos da computação quântica nos surpreendam de maneiras completamente não
intuitivas da perspectiva de hoje.
Os usuários atuais estão amplamente limitados a grandes indústrias ou pesquisa na
academia. Sem surpresa, essas entidades incluem Nasa, Lockheed Martin, Airbus, Google
e o Laboratório Nacional de Los Alamos.
A Lockheed Martin e a Airbus, grandes empresas de aviação, estão usando seus
computadores quânticos para modelagem aeronáutica. Ambos estão, por exemplo,
pesquisando e investindo no poder de otimização do quantum para auxiliar no
roteamento e programação de aeronaves. Para eles, isso traz benefícios comerciais em
termos de tempo e custos.
A indústria farmacêutica está particularmente empolgada com a possibilidade de o
quantum acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos. Eu sugiro que seja
uma promessa em potencial com a qual todos deveríamos estar entusiasmados. A
computação quântica tem o potencial de impactar muitos setores.
O principal avanço que estamos buscando agora é obter apenas o primeiro qubit
topológico em funcionamento. Portanto, é realmente o bloco de construção mais básico
de todo o sistema, de toda a abordagem. A esperança é que, uma vez que tenhamos o
primeiro bloco de construção funcionando ou os primeiros dois blocos de construção,
as coisas se tornem uma bola de neve e decolem de uma maneira muito mais fácil do que
esses outros sistemas, como qubits supercondutores.
Fonte: AHARONOV, Dorit. Quantum computation.Annual Reviews of Computational Physics VI, p. 259-346, 1999.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Atualmente quais são os principais usuários atuais da computação quântica?

Rede 5G.

Grandes indústrias e pesquisas acadêmicas.

ERP e CRM.

Blockchain.

Pag. 100
Vimos as várias áreas que já estão usando a computação quântica. Na sequência veremos
alguns cases reais de sua utilização.

Alguns cases reais de computação quântica

Alguns cases reais de computação quântica


• Vamos explorar alguns exemplos de implementações reais de computação quântica. A
IBM é um grande player de computação quântica. Eles têm pesquisado e experimentado
por muitos anos. Hoje, eles têm vários protótipos físicos de máquinas e simuladores.
Chamados Série Q, eles diferem em suas implementações, incluindo o número de qubits
suportados, que variam de 5 a 32. Esses sistemas estão disponíveis para uso público.
• A Microsoft trabalha em hardware e software para computadores quânticos há mais de
uma década. Sua linguagem de programação com foco quântico é chamada Q# e tem
integração com o Visual Studio e a linguagem Python. Ele permite o desenvolvimento em
Windows, Mac OS e Linux.
• O Google agora está profundamente envolvido no negócio de pesquisa e
desenvolvimento de computação quântica. Seu foco está na inteligência artificial
quântica, desenvolvida por meio de hardware e software. Seu atual processador
quântico chamado Bristlecone suporta 72 qubits. Ele também oferece duas plataformas
de código aberto, Cirq, que é para experimentar algoritmos quânticos, e OpenFermion,
que é para trabalhar em problemas associados às ciências químicas e de materiais.
• A D-Wave foi fundada em 1999 e é frequentemente citada como a primeira empresa
comercial de computação quântica. Ela desenvolve hardware e software e recebeu mais
de 160 patentes nos EUA. Seu primeiro sistema comercial, chamado D-Wave One, e as
gerações subsequentes do sistema dobraram o número de qubits suportados. Em 2017,
eles lançaram o D-Wave 2000Q com suporte para 2000 qubits. Isso soa notavelmente alto

Pag. 101
em relação, digamos, aos inovadores 72 qubits do Google. No entanto, a arquitetura
quântica da D-Wave difere da computação quântica tradicional ou pura, pois usa uma
abordagem chamada recozimento quântico.
• A Amazon indicou sua intenção de oferecer processamento quântico baseado em nuvem
por meio de suas populares ofertas Amazon Web Services (AWS). O chinês Alibaba está
seguindo um caminho semelhante. Muitos outros fornecedores de tecnologia conhecidos,
incluindo Fujitsu, HP, Hitachi e Intel, estão investindo dólares e recursos em
pesquisas e serviços de computaçãoquântica.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual é a maior capacidade do computador quântico da IBM?

5 qubits.

72 qubits.

2000 qubits.

32 qubits.

Vimos várias tecnologias emergentes e como elas são importantes em etapas diferentes
de nossos negócios. Entendemos que as inovações não param, por isso, te espero no
próximo módulo, com novidades e muitas dicas.

Pag. 102
Aplicações Tecnológicas em Metaverso e
Realidade Virtual

9 | Realidade digital
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Reconhecer tecnologias que possibilitam o surgimento do metaverso.
• Entender quais as principais expectativas de mercado.
• Conhecer as três dimensões importantes para o sucesso na era phygital.
• Entender como cada tecnologia se relaciona com a era phygital.
• Reconhecer os cuidados necessários com a estratégia phygital.

Enganando os nossos sentidos

Enganando os nossos sentidos, saiba um pouco mais sobre esse assunto no vídeo:
https://youtu.be/oxXpB9pSETo

Enganando os nossos sentidos


O que tornou possível chegarmos a esse exemplo de duvidar se algo é real ou não foi o
avanço de tecnologias.
Nós estamos interagindo nesse momento com essas novas tecnologias. Vai ficar cada vez
mais difícil percebermos o que é o mundo real ou não.

Pag. 103
Quais são as formas que hoje confiamos para dizer se algo é real ou não?
• Audição
• Visão
• Tato
• Olfato
No vídeo Enganando os nossos sentidos é possível notar quais são os sentidos que
conseguem nos enganar, veja a seguir:
• Visão: o rosto do Morgan Freeman é um deepfake feito por Bob de Jong, que utilizou
diversas tecnologias de inteligência artificial.
• Audição: a voz de Morgan Freeman nada mais é do que uma imitação feita por Boet
Schouwink.
• Tato e olfato não são sentidos ativados no vídeo.
Fonte: Diep Nep, 2021

Enganando os nossos sentidos


Sendo assim, começamos a entender que já existem formas de enganar os nossos sentidos
e dificultar o entendimento:
• Visão: deepfake é a manipulação digital de vídeos para utilizar as características
do rosto de alguém e transformá-lo em outra pessoa, com apoio de redes neurais
aliadas à computação gráfica.
• Audição: uma imitação perfeita de voz já é suficiente para enganar esse sentido.
• Tato: sim, já estão sendo trabalhadas tecnologias que contribuirão para que
possamos sentir algo que só acontece na vida digital. Um exemplo são as luvas em
desenvolvimento pela Meta.
• Olfato: outra novidade surpreendente, já estão sendo desenvolvidos softwares que
possibilitem a percepção de cheiros vindos do mundo digital.
Fonte: WESTERLUND, Mika. The emergence of deepfake technology: A review.Technology Innovation Management Review, v. 9,

n. 11, 2019.

Pag. 104
Um exemplo é a startup brasileiraNoar. Foi a primeira no mundo a conseguir isso
através do “cheiro digital”. A empresa revolucionou omercadode beleza ao criar uma
tecnologia que dispara um “cheiro seco”, que é sem gotículas e através de um
dispositivo ligado a um celular.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Dado o apresentado anteriormente, quais sentidos já podem ser enganados pela


tecnologia?

Visão.

Visão, olfato e audição.

Visão e olfato.

Visão, olfato, audição e tato.

Vimos que com essa tecnologia é possível enganar alguns sentidos, ficará ainda mais
difícil podermos diferenciar o que é real e o que não é. Que tal conhecermos um pouco
mais a era phygital e como ela pode influenciar o nosso dia a dia?

O que é a era phygital?

O que é a era phygital?


Pag. 105
Muito impulsionada após a pandemia de covid-19, a era phygital já é realidade no
nosso dia a dia.
Como demonstrado pela pesquisa “10 Tendências de Consumo 2021” publicada pela
Euromonitor, os consumidores estão utilizando seus dispositivos com conexão à
internet para se manterem conectados com o mundo exterior mesmo estando dentro de
suas casas. Assim, eles podem escolher retornar ao ambiente físico apenas quando for
mais seguro.
Fonte: 10 Tendências de Consumo 2021, Euromonitor - 2021.

O que é a Era Phygital?

Fonte: MELE, Cristina et al. The millennial customer journey: a Phygital mapping of emotional, behavioural, and social

experiences.Journal of Consumer Marketing, 2021.

O que é a era phygital?


Sendo assim, uma realidade phygital nada mais é do que a junção do mundo físico com
as experiências digitais.
• A realidade phygital não é a automatização de processos. Mas sim a reinvenção deles
para colaborar entre o mundo físico e o mundo digital.
O objetivo dessa era é juntar o melhor da experiência digital com o melhor do mundo
físico, e vice-versa.
Essa realidade já tem alterado as formas de relacionamento, trabalho e consumo de
todos nós.
Fonte: MELE, Cristina et al. The millennial customer journey: a Phygital mapping of emotional, behavioural, and social

experiences.Journal of Consumer Marketing, 2021.

Pag. 106
Conforme pesquisa “Trends Report” publicada pela Globant em 2022: 80% dos
consumidores veem o mundo como totalmente digital, sem divisões. (Trends Report,
Globant - 2022)

Nosso mundo está sendo impulsionado cada vez mais para uma convivência digital
harmoniosa com o nosso mundo físico. (Trends Report, Globant - 2022)

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual a melhor definição para o conceito de realidade phygital?

Automatização de processos.

Digitalização de todos os canais de vendas.

Inclusão de experiências digitais no fluxo de vendas.

Junção do mundo físico com as experiências digitais.

Entendemos a era phygital e como ela é importante na junção do que há de melhor no


mundo digital e no mundo físico. Na sequência veremos as dimensões dessa era e os
cuidados necessários.

Pag. 107
Como ter sucesso na era phygital

Como ter sucesso na era phygital


Para ter sucesso na era phygital, deveremos tomar cuidado com três dimensões
importantes:
• Instantâneo;
• Conexão;
• Engajamento.
Vamos falar um pouco de cada um deles.
Fonte: MORAVCIKOVA, Dominika; KLIESTIKOVA, Jana. Brand building with using phygital marketing communication.Journal of

Economics, Business and Management, v. 5, n. 3, p. 148-153, 2017.

Como ter sucesso na era phygital


Instantâneo
• Vivemos na era do imediatismo. Cada vez mais buscamos serviços com o menor tempo de
entrega possível, com a maior rapidez para fornecer o que precisamos.
• Basta pensar no nosso próprio comportamento.
Quantos aqui já cancelaram o seu Uber porque ele estava demorando mais de 10 minutos
para chegar?
Quantos de nós já pagamos R$ 5 ou R$ 10 a mais em um mesmo produto no Mercado Livre
só porque a entrega era no mesmo dia?
• Seu negócio tem de estar preparado para dar uma resposta no menor tempo possível.
Conexão
Aqui temos dois conceitos para aplicar.
• Primeiro, conexão significa que o seu consumidor estará falando diretamente com
você. E esse ponto de contato precisa ser uma conversa de duas vias: se somente o seu

Pag. 108
negócio quiser ditar as regras, terá problemas com o seu consumidor.
• Segundo, como negócio, a sua experiência de compra ou serviço presencial deve estar
conectada com o seu negócio online. Isso significa que a qualidade de seu
atendimento, o cuidado com o cliente e a atenção tem de ser as mesmas, não importa o
meio em que o seu consumidor esteja.
Engajamento
• Você deverá saber como engajar o seu consumidor na experiência phygital.
• Faça desse momento algo divertido, interativo e também conveniente para o seu
cliente.
• Não faça uma rota de interação com muitos passos ou um caminho confuso para o seu
cliente. Saiba quando ofertar essas experiências para não ser em um momento
inapropriado para seu consumidor.
Fonte: MORAVCIKOVA, Dominika; KLIESTIKOVA, Jana. Brand building with using phygital marketing communication.Journal of

Economics, Business and Management, v. 5, n. 3, p. 148-153, 2017.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual dimensão não deve ser tratada com destaque para o sucesso da
implementação da realidade phygital?

Preditiva.

Conexão.

Engajamento.

Instantâneo.

Vimos um pouco sobre as três dimensões que formam a era phygital. Veremos na
sequência quais as tecnologias e como elas podem ser aplicadas nessa era. Vamos em
mais essa aventura no campo da tecnologia?

Pag. 109
Tecnologias que habilitam a era phygital

Tecnologias que habilitam a era phygital


Algumas tecnologias que você precisa conhecer e saber aplicar para garantir uma boa
interação phygital:
• Plataformas mobile: ao desenvolver o seu produto ou serviço, tenha sempre em mente
que mais de 87% dos consumidores já possuem smartphones e eles serão a principal
fonte de tráfego para o seu negócio. Você precisa ser mobile first a qualquer momento
do seu negócio.
• Cloud computing: nesta realidade a experiência de seus clientes pode acontecer a
qualquer momento do dia. Então você precisa aplicar uma infraestrutura que suporte o
seu negócio no ar 24 horas por sete dias da semana. Paralisar o seu serviço ou
produto para uma manutenção física de data center não é mais opção neste mercado.
• Sensores: já falamos bastante do uso de sensores nas aulas sobre IoT, também em
edge computing e na aula sobre cloud computing. Conseguir utilizar as informações
geradas por sensores para personalizar a experiência do seu consumidor ou, até mesmo,
fornecer experiências diferentes com o uso de sensores, é altamente recomendável na
era phygital.
• Vídeo live: pode parecer bobeira ao primeiro momento, mas fornecer uma boa
experiência de vídeo para o seu consumidor se sentir ainda mais inserido na realidade
é fundamental. O importante aqui não é adicionar o vídeo à experiência física, mas
sim pensar em como desenvolver uma experiência de proximidade e direcionada ao
público que consumirá seu serviço por um live vídeo.
Fonte: SOLOVIOV, E.; DANILOV, A. The beginning of phygital world.South Asian J. Eng. Technol, v. 10, 2020.

Pag. 110
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual tecnologia não deve ser destacada como habilitadora da realidade


phygital?

Cloud computing.

IoT e edge computing.

Robot Processing Automation (RPA).

Plataformas mobile.

Vimos algumas tecnologias necessárias para garantir uma boa interação phygital.
Veremos alguns cases em que a aplicação à era phygital teve sucesso.

Aplicações reais da era phygital

O que é a era phygital?


Alguns exemplos de nossa realidade phygital:
Amazon Go: uma loja física da Amazon em que o cliente, para entrar, precisa ter uma
conta na Amazon e estar com seu smartphone. Assim, o cliente escaneia seu celular ao
entrar na loja e seleciona os produtos que quer levar para casa. Com o uso de
tecnologias, a Amazon sabe quais produtos estão sendo selecionados, faz o somatório
de todo o gasto e o cliente sai da loja sem precisar pagar fisicamente. O valor total
é cobrado na sua conta da Amazon.

Pag. 111
Fonte: Amazon

Aplicações reais da era phygital


Alguns exemplos de nossa realidade phygital:
O Zwift é um aplicativo que simula um treino ou uma corrida de ciclismo, deixando as
pedaladas indoors mais interativas. Ele funciona como uma espécie de videogame, com
outros ciclistas pedalando online com você.
Você pode pedalar em circuitos famosos mundialmente, como o Tour de France.
Para deixar mais interativo e real, o Zwift utiliza um rolo de treino com sensores
que consegue dar ao ciclista a experiência de estar pedalando com fatores reais como
vento, inclinação, tipo de terreno e vácuo. Por exemplo, ao subir uma ladeira, você
sentirá o esforço aumentando, ou ao pedalar em uma rua de paralelepípedo você sentirá
a bike vibrar e balançar como se estivesse lá.
Fonte: Zwift

Aplicações reais da era phygital - Exemplo Zwift

Fonte: istockphoto.com/br

Live commerce
Alguns exemplos de nossa realidade phygital:

Pag. 112
Live commerce é uma ferramenta que usa as funcionalidades de transmissões ao vivo
pela internet para ofertar mercadorias online.
Assim, vendedores ou influenciadores apresentam as características dos produtos junto
com suas aplicações e utilidades. A ideia é gerar engajamento, interesse e o
sentimento de urgência de compra durante a transmissão.
Uma câmera funciona como umavitrine virtual, apontando as dimensões e as vantagens
dos itens à venda para quem esteja assistindo.
Curiosamente, o live commerce teve seu início na China.

Aplicações reais da era phygital - Exemplo Live commerce

Fonte: istockphoto.com/br

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os cases apresentados, o que é comum entre eles na aplicação da


realidade phygital?

Aplicação de tecnologias digitais para ampliar a experiência física.

Uso de tecnologias de realidade virtual somente para a venda de produtos


online.

Necessidade de uso de gadgets específicos para a realidade phygital.

Uso intensivo de machine learning para conferir mais realidade à experiência.

Notamos que é possível a aplicação de tecnologias digitais para aumentar a


experiência física. Veremos os cuidados necessários ao utilizar uma estratégia
phygital e avaliar como o seu negócio pode aplicar essa estratégia.

Cuidados ao criar uma estratégia phygital

Cuidados ao criar uma estratégia phygital


Como eu comentei lá na primeira aula, essa realidade não é a automatização do que já
acontece hoje. Ela deve ser encarada pela sua empresa como uma reinvenção de
processos para colaborar entre o mundo físico e o mundo digital.
E aqui está o primeiro cuidado que você precisa ter: apenas incluir o digital como
mais um canal de distribuição de seu produto, não vai funcionar.

Pag. 114
Outro ponto que você precisa evitar é introduzir o phygital no seu negócio só porque
todos estão fazendo.
Sim, esse é um dos assuntos do momento, principalmente com a atenção que o metaverso
está chamando nesse momento.
Mas, se o seu negócio ainda não está estruturado o suficiente para fazer o phygital
com excelência, não faça. Organize seu negócio primeiro, repense seus processos e só
então entre nessa realidade. É melhor não oferecer ainda essa opção do que fazê-lo e
frustrar seus clientes.
Falamos aqui também de tecnologias que são propulsoras dessa realidade. E não
escolher a tecnologia adequada para o phygital é um dos maiores erros que sua empresa
poderá cometer.
Fonte: MORAVCIKOVA, Dominika; KLIESTIKOVA, Jana. Brand building with using phygital marketing communication.Journal of

Economics, Business and Management, v. 5, n. 3, p. 148-153, 2017.

Avalie: sua experiência mobile é dinâmica e de fácil usabilidade?


Sua plataforma online ainda tem problemas de estabilidade?

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com o que vimos, o que não é um cuidado na hora de implementar a


realidade phygital no seu negócio?

Escolher cuidadosamente qual processo será automatizado.

Incluir o digital apenas como mais um canal de distribuição de seu produto.

Introduzir o phygital no seu negócio só porque todos estão fazendo.

Não escolher a tecnologia adequada para o phygital.

Verificamos vários pontos importantes da era phygital, conhecemos o conceito de

Pag. 115
deepfake e vimos algumas tecnologias que já estão enganando os sentidos humanos. Essa
jornada está apenas começando e ainda há muitas novidades. No próximo módulo iremos
falar da Web 3.0, sua origem, história e muito mais.
Venham comigo nessa jornada única de conhecimento!

Aplicações Tecnológicas em Metaverso e


Realidade Virtual

10 | Web 3.0
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer os fatos históricos do surgimento da internet.
• Identificar as eras de internet.
• Identificar os componentes centrais da Web 3.0.
• Conhecer o conceito de descentralização da internet.
• Compreender como a Web 3.0 mudará nosso modelo de negócios.
• Entender como Web 3.0 possibilita a tecnologia de carteira digital.

O surgimento da internet

O surgimento da internet
Estamos em 1958, período de guerra fria entre duas superpotências globais: Estados
Unidos e União Soviética. O primeiro satélite artificial da história é lançado pela
URSS e os EUA temem que suas bases possam ser afetadas.

Pag. 116
Assim, é criada a Darpa (Defense Advanced Research Projects Agency, ou “Agência de
Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa”, em português) que desempenha um papel
fundamental na história de internet.
Em 1969, a internet foi criada pela Darpa como garantia de que a comunicação entre
cientistas e o Exército continuaria a existir caso a União Soviética atacasse as
linhas de comunicação tradicionais.
A primeira conexão foi estabelecida entre a Universidade da Califórnia e o Instituto
de Pesquisa de Stanford, e o primeiro e-mail foi enviado.
A partir de 1990, a internet passa a ser utilizada pela população americana em geral,
com a abertura de empresas que ofereciam essa conexão como serviço.
No mesmo ano, Tim Bernes-Lee cientista do Cern, na Suíça, desenvolveu o World Wide
Web, nosso famoso WWW, como um sistema para informações apresentadas em formato de
texto. Começam também a surgir os primeiros navegadores de internet. Assim é iniciado
o “boom da internet”.
No Brasil, a internet surgiu na década de 1980 com a conexão entre universidades
brasileiras e americanas.
Porém, foi somente após 1989, com o lançamento do projeto Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa (RPN), pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, que a internet ganha força.
A partir de 1997 foram criadas redes locais de conexão, permitindo a expansão e o uso
por todo o território nacional.
Fonte: LEINER, Barry M. et al. Una breve historia de Internet.Novática, v. 130, 1997.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com a história, qual foi o primeiro objetivo da internet?

Conexão entre universidades americanas.

Disponibilização de espaços para interação.

Comunicação entre pessoas e negócios.

Garantia de comunicação entre cientistas e o Exército americano.

Pag. 117
Citamos neste ponto a trajetória do surgimento da internet. Na sequência, abordaremos
as eras da internet e suas inovações.
Vamos conhecer mais da internet e sua evolução!

As eras da internet

As eras da internet
Já chegamos até aqui entendendo como a internet surgiu. Mas quais transformações têm
ocorrido desde a sua ampla utilização?

As eras da internet
Começamos com a internet ali em 1990, inaugurando nossa era Web 1.0. Você pode
acessar a internet para procurar informações, usar e-mail, talvez participar de um
bate-papo, mas em páginas informativas estáticas.
Diferentemente do que vivemos hoje, você provavelmente não tinha uma presença pessoal
real na internet porque aqui nessa era é priorizado o controle da empresa sobre sua
imagem e informações disponíveis.
A Web 1.0 conectava as pessoas com a informação.
Antes de continuarmos só é importante ressaltar que não houve um único momento em que
a Web 1.0 terminou e a Web 2.0 começou. Foi uma evolução contínua, não apenas na
tecnologia mas também na forma como a usamos. Como digital manager, você nem sempre
precisa conhecer as especificidades de como essas tecnologias funcionam para
alavancar seu poder para seus negócios. Mas você precisa reconhecer como essas
tecnologias podem mudar seu relacionamento com o mundo digital, mudar seus clientes e
abrir novas oportunidades.

Pag. 118
Fonte: GIL, Henrique. A passagem da Web 1.0 para a Web 2.0 e… Web 3.0: potenciais consequências para uma «humanização»

em contexto educativo.Educatic: boletim informativo, p. 1-2, 2014.

As eras da internet
Tudo muda na Web 2.0. A internet passa agora a conectar as pessoas. As empresas
começaram a construir ferramentas que reduziram as barreiras para a participação
online. As pessoas podem postar seu próprio conteúdo em blogs, criar rapidamente seus
próprios sites e contribuir para a enciclopédia coletiva do mundo, a Wikipedia.
Quem aqui não lembra de ter criado o seu próprio blog? Não era nada rebuscado como os
de hoje, era apenas um espaço para você expor suas ideias. Já não eram mais somente
as empresas que publicavam, mas você mesmo.
Mais tarde, vieram as plataformas e as redes sociais. Para encontrar pessoas, você
pode usar o Facebook ou o Instagram. Para encontrar empresas, você pode utilizar o
Google. Para encontrar oportunidades de emprego, você pode utilizar o LinkedIn. Temos
então uma centralização dos fluxos de informação por essas plataformas.
A Web 2.0, ainda está em nossa realidade atual, e prioriza o engajamento e a
interação, com os clientes impactando fortemente a identidade e a reputação da marca.

Pag. 119
Fonte: GIL, Henrique. A passagem da Web 1.0 para a Web 2.0 e… Web 3.0: potenciais consequências para uma «humanização»

em contexto educativo.Educatic: boletim informativo, p. 1-2, 2014.

As eras da internet
• A Web 3.0 vai mudar as coisas novamente de maneira totalmente nova. A Web 3.0 ainda
não está aqui e não é algo garantido. Pelo contrário, é uma proposta de futuro
potencial para a web, uma visão compartilhada por muitas pessoas e ainda em
desenvolvimento.
• Olhando para os seus componentes centrais, ela representa uma nova forma de
interagir com a internet. A Web 3.0 conecta pessoas, lugares e coisas.
• O ponto importante da Web 3.0 será o seu foco em propriedade. O que interessa aqui
é conseguir ter rastreabilidade e provar que realmente aquele texto, avatar ou
propriedades digitais são seus e somente seus.
• Negócios que acontecem na Web 3.0 só fazem sentido se usados e consumidos dentro da
Web 3.0. Não fará sentido trazer para o mundo física uma vez que os serviços e
produtos são criados, trocados e consumidos exclusivamente no novo ambiente digital.
• Sim, a Web 3.0 está intimamente ligada ao metaverso.

Fonte: GIL, Henrique. A passagem da Web 1.0 para a Web 2.0 e… Web 3.0: potenciais consequências para uma «humanização»

Pag. 120
em contexto educativo.Educatic: boletim informativo, p. 1-2, 2014.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os conceitos apresentados, em qual era da internet nós estamos


vivendo?

Web 1.0.

Web 2.0.

Web 3.0.

Entre a Web 1.0 e Web 2.0.

Conhecemos a Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0. Vimos a importância de cada uma delas. Que
tal seguirmos para falar sobre os componentes centrais da web 3.0 e do blockchain.

Componentes centrais da Web 3.0 e blockchain

Componentes centrais da Web 3.0 e blockchain


Podemos listar como componentes da Web 3.0:
1) Ela é construída na tecnologia blockchain.
2) Ela enfatiza a descentralização e maior propriedade individual dos ativos
digitais.

Pag. 121
3) Há muitas visões diferentes de como operará.
Vamos falar sobre cada um deles para ampliar nosso entendimento e visualização do
impacto dessa nova era da internet na nossa vida e nos nossos negócios.
Fonte: NOFER, Michael et al. Blockchain.Business & Information Systems Engineering, v. 59, n. 3, p. 183-187, 2017.

O que é o blockchain?
• Blockchain é um banco de dados compartilhado que vincula dados de qualquer
transação que ocorra em meio digital em blocos que não podem ser editados.
• Isso cria uma linha do tempo irreversível de dados, permitindo que você veja quando
e onde qualquer dado foi criado ou armazenado em um determinado momento.
• Outra característica importante do blockchain é que é um livro-razão distribuído, o
que significa que as mesmas informações são armazenadas em vários locais dentro de
uma rede. Sempre que as informações são inseridas em um blockchain, elas são
registradas em toda a rede.
• O blockchain surgiu juntamente com obitcoin (BTC), em 2008,e continua sendo um dos
pilares da primeira criptomoeda do mundo até hoje.
• Cinco anos após o surgimento do bitcoin, o mercado percebeu no blockchain
possibilidades de uso que não seriam somente para a criação e gestão de moedas
digitais.
• Atualmente vemos empresas trabalhando para implantar blockchain em seus produtos e
processos como forma de evitar o uso de terceiros que realizaram o controle de
propriedade.
Fonte: NOFER, Michael et al. Blockchain.Business & Information Systems Engineering, v. 59, n. 3, p. 183-187, 2017.

Pag. 122
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

O que melhor define o conceito de blockchain?

É a gestão de carteiras digitais.

Nova forma de organizar toda a economia digital.

É um livro-razão distribuído de todos os movimentos digitais realizados.

É a listagem de compra e venda de todos os NFTs.

Vimos as diferentes funções de um blockchain e abordamos também sobre bitcoins.


Veremos a seguir operação da Web 3.0 e os componentes da web.

Descentralização e operação da Web 3.0

Descentralização e operação da Web 3.0


Continuando nossa lista de componentes da Web 3.0, o segundo é a enfatização da
descentralização e maior propriedade individual dos ativos digitais.
Como base da operação de um blockchain, as informações são registradas em toda a
rede, nos levando ao segundo componente da Web 3.0, a descentralização. Por sua
natureza, o blockchain é descentralizado. Não existe uma empresa de servidor central
que controle ou seja proprietária dos dados. Isso é diferente do que temos agora.
Em nosso mundo Web 2.0, qualquer informação sobre como usamos a internet ou que

Pag. 123
colocamos nela é armazenada pela empresa que fornece a plataforma que usamos.
Você utiliza o Facebook e tudo o que você curte, comenta, posta, consome como vídeo,
é armazenado pela própria empresa Meta.
No mundo da Web 3.0, você teria mais controle e propriedade sobre seus dados porque
teria acesso direto ao blockchain em que foram armazenados. Em vez de empresas
coletarem e monetizarem seus dados pessoais, você pode monetizá-los para si mesmo.
Você pode realmente possuir os ativos digitais que comprou ou ganhou no blockchain.
Para nossas mentes da Web 2.0, pode ser difícil imaginar como tudo isso funcionará.
Mesmo entre os atuais visionários da Web 3.0, existem opiniões diferentes sobre como
seria o futuro, que é o nosso terceiro grande princípio da Web 3.0. Algumas pessoas
esperam comunidades e economias de mídia social totalmente descentralizadas, baseados
no blockchain que são gerenciados pela comunidade de usuários. Alguns estão
construindo sistemas de inteligência artificial que permitem que os computadores
funcionem além de responder a comandos de servidores centralizados e até mesmo
entender a linguagem humana. Alguns chamam de Web 3.0 e outros preferem chamá-lo de
web três. Por enquanto, apenas reconheça que a internet está mudando para a
descentralização e o controle individual e a propriedade dos dados.
Fonte: RUDMAN, Riaan; BRUWER, Rikus. Defining Web 3.0: opportunities and challenges.The Electronic Library, 2016.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

A respeito dos princípios da Web 3.0, não podemos afirmar que:

Descentralização das informações.

Está claro para todas as empresas como será o futuro.

Construída na tecnologia blockchain.

Propriedade individual dos ativos digitais.

Entendemos nesta aula que a internet está mudando para a descentralização e o


controle individual e a propriedade dos dados. Veremos como a Web 3.0 poderá impactar

Pag. 124
o seu negócio.

Como a Web 3.0 pode impactar o seu negócio

Como a Web 3.0 pode impactar o seu negócio


• No mundo da Web 3.0, você teria mais controle e propriedade sobre seus dados porque
teria acesso direto ao blockchain em que foram armazenados. Em vez de empresas
coletarem e monetizarem seus dados pessoais, você pode monetizá-los para si mesmo.
Você pode realmente possuir os ativos digitais que comprou ou ganhou no blockchain.
Mas o que isso indica como impacto para o seu negócio?
Bem, na aula sobre data science falamos sobre o The Economist ter classificado, em
2017, o novo ouro da nossa era, sendo mais valioso do que petróleo. Vocês lembram
qual era? Sim, dados. Dados são o novo outro da nossa era.
E como esses dados atualmente são coletados na era Web 2.0?
Através de todas as ações que você tem durante a sua interação com plataformas na
internet.
Com a alteração desse poder de guarda de dados sendo descentralizada e passando a ser
mais controlado por você mesmo, as empresas perdem o que mais gera valor para o
negócio delas: a centralização de todos os dados a respeito de você, de suas
preferências, de seus hábitos, de seu comportamento na internet.
Para nós, como usuários dentro da Web 3.0, isso garante maior segurança e
conhecimento sobre os nossos dados e os consumos que estão sendo realizados deles por
outras empresas interessadas em nós como potenciais consumidores.
Porém, do outro lado, a Web 3.0 traz consigo uma clara necessidade de todos os
negócios em repensar como poderão coletar e trabalhar os dados de pessoas.
E esse não será um desafio apenas para a área de tecnologia. Este desafio também está
embutido para a área de marketing, que amplamente utiliza os dados hoje disponíveis

Pag. 125
em suas campanhas.
Fonte: SILVA, Juan M.; MAHFUJUR RAHMAN, Abu Saleh Md; EL SADDIK, Abdulmotaleb. Web 3.0: a vision for bridging the gap

between real and virtual. In:Proceedings of the 1st ACM international workshop on Communicability design and evaluation

in cultural and ecological multimedia system. 2008. p. 9-14.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Como a Web 3.0 mais pode impactar os negócios atuais?

Coleta de dados de comportamento dos consumidores.

Aplicações de tecnologias que ainda não conhecemos.

Fragilidade de segurança com descentralização dos dados.

Dificuldade de comprovação de propriedade.

Vimos que a segurança e o conhecimento de como estão sendo utilizados os nossos dados
são de suma importância. Na próxima videoaula veremos sobre as principais aplicações
da Web 3.0 e seus impactos nos negócios.

As principais aplicações da Web 3.0

As principais aplicações da Web 3.0


Como principais aplicações da Web 3.0, podemos citar:

Pag. 126
• Carteira digital - Aqui é a aplicação mais clara e também já em uso atualmente com
a compra de criptomoedas e geração de carteiras digitais para gestão desses seus
ativos.
Utilizando-se de blockchain, as carteiras digitais são responsáveis por garantir
transações seguras, instantâneas e reais entre seus usuários.
• Ferramentas de mensagem - Sendo a segurança de seus dados um dos principais
problemas resolvidos pela Web 3.0, confiar nas ferramentas de mensagem no futuro será
menos complexo.
Atualmente, na Web 2.0, temos dúvidas se realmente nossas mensagens trocadas pelos
aplicativos não são também armazenadas pelos proprietários dessas plataformas. A
partir da Web 3.0, os seus dados serão mais sua propriedade e seu uso totalmente
registrado pelas blockchains.
• Assistentes inteligentes por voz - Se você utiliza algum assistente inteligente por
voz, já deve ter se deparado com alguém que também conseguiu acessar o seu celular
pois tinha um tom de voz parecido com o seu, confundindo assim o seu assistente.
Com a comprovação de que somente sua voz é sua, os riscos disso acontecerem podem ser
minimizados em um futuro próximo.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com o apresentado, qual não deve ser listada como uma aplicação de
Web 3.0?

Carteira digital.

Centralização de dados em plataformas.

Ferramentas de mensagem.

Assistentes inteligentes por voz.

Conhecemos as principais aplicações da Web 3.0 como a carteira digital, as


ferramentas de mensagens e a assistente inteligente por voz. No próximo módulo espero
você para mais uma aventura neste mundo novo do metaverso e da realidade virtual.

Pag. 127
Você não pode perder essa!

Aplicações Tecnológicas em Metaverso e


Realidade Virtual

11 | Tecnologias que habilitam metaverso


e realidade virtual
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer o conceito de realidade aumentada.
• Identificar as aplicações de realidade aumentada.
• Conhecer o conceito de realidade virtual.
• Identificar as aplicações de realidade virtual.
• Conhecer o conceito de realidade mista.

Realidade aumentada

Realidade aumentada
O principal para começarmos a entender esses três tipos de realidades é que elas não
são sinônimos. Todas essas realidades têm suas características únicas e aplicações
devidas a cada uma delas.
Sim, todas utilizam tecnologias como o 3D e são experimentadas através de gadgets.
Mas, as semelhanças terminam por aí. Sua forma de vivenciar, utilizar e até os
objetivos de uso dessas realidades são diferentes.

Pag. 128
A realidade aumentada é a sobreposição de elementos digitais no seu ambiente físico.
Você utiliza gadgets, com a finalidade de projetar esses artigos virtuais na
realidade em que você está.
O local onde você está não é transformado pela realidade aumentada. Apenas são
adicionados vídeos, fotos, gráficos que o usuário consegue visualizar.
Para a realidade aumentada, um dos gadgets que podem ser utilizados é o seu
smartphone ou tablet, após a instalação de um aplicativo.
• Os aplicativos captam o mundo real com a câmera do dispositivo e sobrepõe objetos
virtuais no mundo real, que podem ser vistos no próprio aplicativo.
Outro gadget que também pode ser utilizado são os headsets de RA.
• Ao invés de imergiram o usuário em um mundo virtual, esses headsets adicionam
objetos virtuais diretamente no mundo físico e que podem ser vistos pelas lentes do
seu headset.
Fonte: KIRNER, Cláudio; TORI, Romero. Fundamentos de realidade aumentada.Fundamentos e Tecnologia de Realidade Virtual e

Aumentada, v. 1, p. 22-38, 2006.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual não é o melhor conceito de realidade aumentada?

Sobreposição de elementos digitais no seu ambiente físico.

Aplicação de tecnologias 3D para visualização no mundo físico.

Criação de uma realidade digital imersiva.

É necessária a utilização de gadgets para navegar na realidade aumentada.

Abordamos sobre a realidade aumentada e suas aplicações. Na próxima videoaula


conheceremos suas aplicações reais.

Pag. 129
Realidade aumentada – Aplicações reais

Realidade aumentada – Aplicações reais


Pokémon Go
Lançado em julho de 2016, o jogo Pokémon Go é um ótimo exemplo de aplicação de
realidade aumentada.
Com o seu smartphone, o jogador poderia encontrar Pokémons enquanto estava andando
pela rua. Era só abrir o aplicativo, apontar a câmera do seu celular para um local
real e o aplicativo demonstrava um Pokémon na sua tela.
No aplicativo, o usuário via exatamente o mundo real, apenas com a adição da figura
animada do pokémon.
Não era realizada a alteração do mundo físico onde o jogador estava.
Fonte: Pokemon Go

Realidade aumentada – Aplicações reais


Ikea Place
Lançado em setembro de 2017, a Ikea desenvolveu um aplicativo onde seus consumidores
podem mapear o local onde gostariam de inserir um novo móvel, selecionar qual o móvel
gostariam de colocar e inserir virtualmente para verificar como seria antes mesmo de
comprar.
No próprio ano de 2017, a Ikea teve 2,3 milhões de acessos em seu site.
Fonte: Ikea

Pag. 130
Saiba mais como utilizar a realidade aumentada em aplicações reais em Ikea Place.
Acesse: https://youtu.be/UudV1VdFtuQ

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os casos apresentados, a realidade aumentada não é indicada


para:

Visualização de elementos digitais no ambiente físico.

Visualização de como itens de decoração poderiam ficar na sua casa.

Apresentação de novos produtos com alto realismo.

Criação de jogos que interagem com o mundo real.

Vimos os aplicativos do Pokémon Go e o da Ikea e como eles fizeram a diferença nas


suas respectivas marcas. Abordaremos sobre a realidade virtual e sobre sua
importância cada vez maior na nossa vida.

Realidade virtual

Realidade virtual
Diferente das duas outras realidades que acabamos de conhecer, a realidade virtual é

Pag. 131
a mais imersiva. Na verdade, ela é totalmente imersiva.
A realidade virtual consiste na criação de um universo completamente digital, mesmo
que ele seja parecido com o ambiente físico no qual o jogador está inserido.
Através do uso de gadgets especiais para a realidade virtual, a pessoa entra em um
mundo completamente novo, onde ela poderá se mover e interagir.
A visão que você tem desse mundo sempre acompanha o movimento da sua cabeça. Isto é,
se você virar o seu rosto para a esquerda, direita, para baixo ou para cima,
continuará vendo outros aspectos da realidade digital criada: recursos gráficos 3D e
imagens 360 graus.
Para serem imersivos, os headsets VR normalmente contam com espumas que isolam
completamente o seu usuário do mundo exterior, inclusive da própria luz natural do
ambiente.
Os headsets VR podem ser de dois tipos:
• Headsets VR que se conectam a um computador: são dispositivos capazes de gerar uma
experiência com maior qualidade se apoiando no processamento dos computadores para a
geração dessa experiência imersiva.
• Em geral, esses gadgets também estão entre os mais caros do mercado.
• Mas se, ainda assim, você quer experimentar a realidade virtual, você também pode
utilizar um Standalone VR Headset. Esses gadgets possuem um encaixe para o seu
smartphone utilizando seu aparelho para a geração dessa experiência.
• No mercado, seus preços são mais acessíveis.
Fonte: TORI, Romero; KIRNER, Claudio; SISCOUTTO, Robson Augusto.Fundamentos e tecnologia de realidade virtual e

aumentada. Porto Alegre: Editora SBC, 2006.

Pag. 132
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual é o melhor conceito de realidade virtual?

É um passo mais imersivo da realidade aumentada.

A realidade virtual é a criação de novos jogos realistas.

A realidade virtual é a criação de uma realidade digital 100% imersiva.

A realidade virtual sobrepõe o mundo real com objetos digitais.

Vimos sobre a realidade virtual e alguns gadgets que auxiliam nessa interação,
veremos alguns cases de aplicações da realidade virtual como a Lowe's Companies Inc.
e o Audi Q7.

Realidade virtual – Aplicações reais

Realidade Virtual – Aplicações Reais


Lowe’s Holoroom How To:
• A Lowe's Companies Inc. é uma empresa americana do ramo de material de construção
com sede em North Wilkesboro, Carolina do Norte. Com mais de 1.850 lojas nos Estados
Unidos, Canadá e México, a Lowe's é a segunda maior empresa do ramo no mundo, atrás
somente da também americana The Home Depot.
• A primeira clínica de realidade virtual de Lowe, Holoroom How To, ensinou os
clientes a colocar azulejos em um banheiro num ambiente virtual totalmente imersivo.

Pag. 133
Fonte: Lowe’s Innovation Labs

Veja essa técnica em Lowe’s Holoroom How To. Acesse: https://youtu.be/OIYItG1RKuI

Realidade virtual – Aplicações reais


Revelação do novo Audi Q7:
• Para o lançamento do seu novo Audi Q7, a Audi apostou na utilização da realidade
virtual para oferecer a seus espectadores a sensação de conhecer, observar o interior
do carro e experimentar como seria dirigi-lo.
• “O enredo da viagem virtual incluiu um voo panorâmico pelo espaço e uma viagem
rápida por uma metrópole movimentada ao volante do novo Audi Q7. “

Revelação do novo Audi Q7. Acesse: https://youtu.be/Y6LqDSQqj5k

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os casos apresentados, a realidade virtual não é indicada para:

Criação de experiência virtual totalmente imersiva.

Visualização de como itens de decoração poderiam ficar em sua casa.

Apresentação de novos produtos com alto realismo.

Realização de treinamentos com material perigoso.

Conhecemos algumas aplicações da realidade virtual e como ela pode ser aplicada em
seu negócio. Vamos conhecer mais uma realidade? Veremos a seguir a realidade mista.

Pag. 134
Realidade mista

Realidade mista
Agora que conhecemos a realidade aumentada, ficará mais fácil entendermos o conceito
de realidade mista. A realidade mista é um passo mais imersivo de realidade aumentada
que conversamos anteriormente.
• Isso implica dizer que a realidade mista pode ser vivenciada de duas formas
distintas.
Na primeira forma, mais parecida com a realidade aumentada, a realidade mista
sobrepõe objetos e elementos digitais no mundo físico. Porém, aqui, os elementos são
interativos. Interatividade é a palavra de ordem para a realidade mista.
• Isso quer dizer que você pode visualizar gráficos digitais à sua frente e interagir
com eles, movendo linhas, mudando cores e adicionando novos dados.
A segunda forma de interação da RM é mais parecida com a realidade virtual. O mundo
físico é substituído por um mundo virtual, porém, os gadgets de RM possuem sensores
que mapeiam objetos físicos reais que estão no local onde o usuário do RM está e
evitam que ele sofra algum acidente ou queda.
Fonte: BILLINGHURST, Mark; KATO, Hirokazu. Collaborative mixed reality. In:Proceedings of the First International

Symposium on Mixed Reality. 1999. p. 261-284.

Pag. 135
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual não é o melhor conceito de realidade mista?

É um passo mais imersivo de realidade aumentada.

Experiência virtual com monitoramento do ambiente real para evitar acidentes.

A realidade mista sobrepõe objetos e elementos digitais no mundo físico.

A realidade mista é a junção de aspectos da realidade aumentada e virtual.

Vimos como a realidade mista também pode ser aplicada em seus negócios. O que acha de
conhecer alguns cases da aplicação da realidade mista?

Realidade mista – Aplicações reais

Realidade mista – Aplicações reais


Windows Mixed Reality
• Nesse case temos a realidade mista sendo utilizada para a construção de um projeto
de arquitetura.
• Observe como o mundo físico é utilizado como base para inserir elementos digitais
interativos e assim testar novas disposições e layouts.
Fonte: Microsoft

Pag. 136
Veja um pouco mais sobre o Windows Mixed Reality em: https://youtu.be/2MqGrF6JaOM

Realidade mista – Aplicações reais


Realização de cirurgias
• Um dos campos que também tem feito um bom uso da realidade mista é a saúde, mais
precisamente no campo das cirurgias.
• Pelo gadget você consegue acompanhar dados do paciente e ainda ter uma visão
ampliada do sistema onde a cirurgia está sendo realizada.

Realização de cirurgias, acesse: https://youtu.be/ehvD2zGNvzI

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os casos apresentados, a realidade mista não é indicada para:

Uso em projetos de arquitetura.

Criação de experiência virtual totalmente imersiva.

Facilitar a realização de cirurgias complexas.

Cooperação entre duas pessoas ou mais sobre um mesmo projeto.

Conhecemos vários casos em que é possível a aplicação da realidade mista. No próximo


módulo abordaremos sobre o metaverso e entenderemos seus impactos no mercado de
trabalho.

Pag. 137
Aplicações Tecnológicas em Metaverso e
Realidade Virtual

12 | O metaverso
Prof. Autora Izabela Anholett
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer o conceito de metaverso.
• Entender a complexidade envolvida na definição do metaverso.
• Identificar quais as tecnologias impulsionam o metaverso.
• Entender os impactos no mercado de trabalho.

O que é, afinal, o metaverso?

O que é, afinal, o metaverso?


• Tudo que nós aprendemos até este momento vai se conectar de uma forma muito única.
Você já conhece as possibilidades e tecnologias emergentes para produtos digitais, já
falamos sobre realidade phygital e também sobre o impacto da nova era da internet, a
Web 3.0.
• Muitos conceitos existem sobre o que é ou o que será o metaverso. Algumas pessoas
dizem que é errado chamarmos de metaverso, no singular, e o correto seria dizer
“metaversos”, dado a pluralidade de plataformas que estão se dedicando a esse novo
universo.
• Mas, para não ficarmos no mundo filosófico das discussões, eu vou aqui ser o mais

Pag. 138
leal ao conceito de metaverso quanto possível e também sintetizar para vocês.
• Em um nível básico, o metaverso envolve a internet se libertando dos objetos em
nossas mãos e nas nossas mesas. É uma convergência muito profunda de nossa vida
física e digital.
• Quando falamos no tema metaverso, o que vem em nossa mente quase automaticamente
são avatares caminhando por lugares construídos no mundo digital e a pessoa
experimentando todas essas sensações através de seu dispositivo de realidade virtual.
• Esse conceito, em si, não está errado. Ele está apenas simplista demais, pois o
metaverso não é apenas isso. O metaverso é também uma nova economia digital
impulsionada pelo uso de criptomoedas, produção e compra de NFT (non-fungible token,
ou “token não fungível” em português).
• E aqui está mais um dos principais motivos para fundamentar o sucesso do metaverso:
ele não é apenas uma realidade digital, ele também é uma economia digital.
Fonte: MYSTAKIDIS, Stylianos. Metaverse.Encyclopedia, v. 2, n. 1, p. 486-497, 2022.

O que é, afinal, o metaverso?


De acordo com as estimativas da Bloomberg, o metaverso representa uma oportunidade de
mercado de quase US$ 800 bilhões.
Mas o que precisamos principalmente entender é que metaverso não é a revolução da
tecnologia. O metaverso é, primeiramente, a revolução do nosso mindset. E olhar para
ele com essa racionalidade de quem utiliza Web 2.0 é limitar seu grande potencial.
Fonte: Metaverse may be $800 billion market, next tech platform, Bloomberg - 2021.

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Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Em uma definição simplista, o que é o metaverso?

Aplicação de realidade virtual para entretenimento.

Convergência muito profunda de nossa vida física e digital.

É a nova moda na era da Web 3.0.

Um universo paralelo de jogos que simulam situações da vida real.

Vimos o que é o metaverso, porém, de onde ele vem? Quando ele surgiu?
Vem comigo e responderei a esta e outras dúvidas sobre esse maravilhoso mundo.

De onde vem o metaverso?

De onde vem o metaverso?


• A primeira vez que o termo metaverso foi utilizado foi em Snow Crash, livro de 1992
do escritor americano Neal Stephenson.
“No mundo real, Hiro Protagonist é entregador de pizzas na CosaNostra, pizzaria
controlada pela organização mafiosa do Tio Enzo. Mas, no metaverso, ele é um príncipe
samurai. Um novo vírus vem derrubando hackers por todo o mundo, e Hiro parte em uma
jornada perigosa para encontrar e destruir o sombrio vilão virtual que ameaça não só
a existência daquele universo virtual mas da própria realidade.”
• Em 1999 é lançado o filme Matrix que trata sobre humanos que vivem em uma realidade

Pag. 140
que julgam ser a verdadeira até que descobrem que tudo não passa de um jogo criado
pelo “Arquiteto” e que nada do que viveram foi real.
• Em 2003 são lançados os dois últimos filmes da trilogia Matrix, reforçando o
conceito de um mundo virtual dominado por máquinas e inteligência artificial e um
mundo real.
• Também em 2003 é lançado o game Second Life, idealizado por Philip Rosedale
fundador da Linden Lab.
• A Linden Lab classifica o Second Life como um mundo virtual 3D e não um jogo, como
muitos de nós o conhecemos.
• No SL temos um ambiente virtual 3D que simula a vida social de quem joga através da
interação de avatares.
• Em 2006, a Business Week lança como capa da sua edição de Maio o avatar Anshe
Chung, cuja dona é Ailin Graef, como a primeira milionária do mundo virtual.
• Sua fortuna foi feita “alugando centenas deservidorese ilhas dentro do Second Life
e prestando serviços de câmbio de moedas do jogo”.
• Em 2011, foi a vez do escritor Ernest Cline tratar sobre o tema metaverso em seu
livro Ready Player One (“Jogador Número 1”, em português).
• O enredo conta a história de Wade Watts que, cansado das dificuldades da Terra em
2044, escapa para o jogo Oasis a fim de esquecer tudo o que vive no seu dia a dia.
• O livro também teve um filme, de mesmo nome, lançado em 2018 e dirigido por Steven
Spielberg.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

A respeito do termo metaverso, sua primeira utilização data de:

1999, filme Matrix.

2011, livro Jogador Número 1.

1992, livro Snow Crash.

2003, jogo Second Life.

Pag. 141
Vimos a origem do metaverso e a primeira vez que esse termo foi usado. Que tal
conhecermos quais as tecnologias que impulsionaram o metaverso?

Quais são as tecnologias que impulsionam o metaverso?

Quais são as tecnologias que impulsionam o metaverso?


O metaverso respira tecnologia, disto ninguém duvida. Mas, como comentei
anteriormente, tudo que vimos nessa matéria até agora nos preparou para entender
quais são as tecnologias utilizadas no metaverso.
O metaverso é composto de um conjunto de tecnologias que, juntas, potencializam a
experiência imersiva, a experiência de economia digital e de aspectos da vida real.
Fonte: NING, Huansheng et al. A Survey on Metaverse: the State-of-the-art, Technologies, Applications, and

Challenges.arXiv preprint arXiv:2111.09673, 2021.

Quais são as tecnologias que impulsionam o metaverso?

Fonte: NING, Huansheng et al. A Survey on Metaverse: the State-of-the-art, Technologies, Applications, and

Challenges.arXiv preprint arXiv:2111.09673, 2021.

Quais são as tecnologias que impulsionam o metaverso? Pag. 142


Ainda existem outras tecnologias que vão colaborar ainda mais para a aplicação do
metaverso, são elas:
• A nova conexão 5G;
• Novos sensores mais eficientes e também para os sentidos de tato e olfato;
• Desenvolvimento de softwares mais robustos.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Assinale qual tecnologia não é apresentada como impulsionadora do metaverso:

Blockchain e NFT.

Realidade aumentada e virtual.

Inteligência artificial.

Desenvolvimento web.

Vimos as tecnologias que impulsionaram o metaverso como: realidade aumentada;


realidade virtual; internet das coisas (IoT); edge computing; inteligência
artificial; blockchain e NFTS. Vamos conhecer, a seguir, quais as oportunidades do
metaverso! Espero você para desbravar esse novo mundo cheio de oportunidades.

Quais são as oportunidades no metaverso?

Quais são as oportunidades no metaverso?


Pag. 143
Sentimento de escassez
A junção das tecnologias de blockchain com realidade virtual e design gráficos 3D
possibilitou a criação de produtos únicos e exclusivamente desenhados para o
metaverso.
Mas não somente isso: atualmente, na nossa Web 2.0, os recursos digitais são
infinitos.
Com a aplicação de blockchain, nós conseguimos dar um senso de escassez e
exclusividade que até então não tinha sido experimentado no mundo digital.
Esse sentimento é capacitado através da tecnologia dos NFTs, Non Fungible Token ou
“Tokens Não Fungíveis”.
O papel dos NFTs é garantir integridade a todos os itens digitais adquiridos para
serem utilizados no metaverso. É essa tecnologia que impede a cópia do ativo virtual
para ser distribuído ou utilizado gratuitamente por outros usuários.
O que significa ser um token não fungível? Ser infungível significa que é algo
insubstituível, que não pode ser substituído por outro bem da mesma categoria, valor
e quantidade.
• Ou seja, cada NFT criado e vendido no mundo do metaverso é ÚNICO. Somente existe
aquele NFT para ser chamado de seu.
Sendo assim, as oportunidades existentes dentro do metaverso são inúmeras, tanto para
empresas quanto para as pessoas que utilizam.
• Sim, nós, usuários, também podemos criar nossos próprios NFTs e vendê-los dentro
das diversas plataformas com o uso de criptomoedas.
As oportunidades vão desde a criação de experiências completamente imersivas e
divertidas para seus consumidores até a criação de produtos e serviços que serão
comprados e consumidos apenas para o mundo virtual. Nas próximas aulas, falaremos de
algumas aplicações que já estão sendo realizadas.
E para que tudo isso exista, um novo mercado de trabalho também está em construção.
• Assim como vocês que estão aqui procurando essa primeira formação disponível no
mercado para digital managers.
• Teremos também artistas e designers gráficos criando soluções tridimensionais cada
vez mais realistas e imersivas.
• Teremos novos profissionais de marketing, comercial, finanças que deverão aprender
como gerenciar seus negócios criados nos mundos digitais.
• Também existirão oportunidades para desenvolvedores, engenheiros, cientistas de
dados continuamente aplicaram soluções de inteligência artificial, transformando o
mundo virtual em algo mais próximo ao mundo real.

Pag. 144
Fonte: CHOHAN, Usman W. Non-fungible tokens: Blockchains, scarcity, and value.Critical Blockchain Research Initiative

(CBRI) Working Papers, 2021.

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

Qual é o sentimento base que impulsiona a economia digital do metaverso:

Sentimento de luxo.

Sentimento de necessidade.

Sentimento de pertencimento.

Sentimento de escassez.

Verificamos que o sentimento base que impulsiona a economia digital dos metaversos é
o sentimento de escassez. Veremos quais as aplicações reais no metaverso. Vamos lá!

Aplicações reais de metaverso

Aplicações reais de metaverso


Ralph Lauren & Zepeto
Em 2021, a Ralph Lauren lançou uma coleção completa de 12 looks e 50 itens exclusivos
dentro do metaverso da Zepeto.
As peças podem ser adquiridas pelos usuários da Zepeto para vestirem os seus avatares

Pag. 145
3D na plataforma.
Além disto, a Ralph Lauren também lançou três espaços interativos na plataforma
Zepeto com experiências que permitam capturar a essência da Ralph Lauren.
• Flagship virtual idêntica a que a marca possui na Av. Madison.
• Ralph’s Coffee Shop.
• Central Park.
Fonte: Zepeto

Veja o vídeo Ralph Lauren e Zepeto em: https://youtu.be/F-Ixqt4bPpQ

Aplicações reais de metaverso


Roblox Gucci Garden
• A Gucci também tem criado experiências imersivas através da plataforma de jogos
Roblox.
• Em uma de suas edições, como vimos no vídeo, a Gucci lançou 400 versões de sua
bolsa Dionysus apenas para ser utilizada por avatares no metaverso Roblox. As
negociações entre jogadores chegaram a picos que a marca não imaginava, e uma de suas
bolsas virtuais foi adquirida por 350 mil Robux, isto é, quase R$ 22 mil. Para
comparação, a mesma bolsa, mas em uma loja real da Gucci, é vendida entre R$ 4 mil e
R$ 13 mil.
Fonte: Roblox

Para ver Roblox Gucci Garden, acesse: https://youtu.be/016X2X50mHc

Aplicações reais de metaverso


Sharky B da Burberry
• A Burberry lançou 750 personagens digitais, chamados Sharky B. Cada personagem era
uma visão única de um tubarão, isso mesmo, um tubarão animado usando designs da
Burberry.

Pag. 146
• Esses NFTs foram vendidos no jogo Blankos Block Party e as peças esgotaram em 30
segundos.
• Os valores negociados por cada Sharky B também surpreenderam a marca: a Burberry
originalmente estimou que cada personagem seria vendido por US$ 300. Mas, na
realidade, alguns chegaram a ser negociados por mais de US$ 1.000.
Fonte: Blankos Block Party

Veja o vídeo do Sharky B da Burberry em: https://www.youtube.com/shorts/qkbEswEItOk

Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os casos apresentados, qual tecnologia suporta essa


transformação do varejo:

NFTs, Token Não Fungíveis.

Realidade virtual.

Edge computing.

Realidade aumentada.

Vimos alguns cases de sucesso como: Roblox Gucci Garden, Sharky B da Burberry e Ralph
Lauren & Zepeto. Na sequência conheceremos como o metaverso irá mudar o mundo dos
negócios.

Pag. 147
Aplicações reais de metaverso

Aplicações reais de metaverso


Show Ariana Grande no Fortnite
• Ariana Grande fez um show no Fortnite em agosto de 2021, como parte de um grande
evento chamado Turnê da Fenda.
• O show foi assistido por 27,7 milhões de usuários únicos e teve a marca de 12,3
milhões de usuários em acesso simultâneo.
Fonte: Fortnite

Veja o vídeo do show da Ariana Grande no Fortnite em: https://youtu.be/RiM0moNk74o

Aplicações reais de metaverso


O futuro com Microsoft Mesh
• Anunciada em março de 2021, a plataforma Mesh é uma solução de realidade virtual
imersiva para a interação entre pessoas no ambiente de trabalho.
• Com o uso de gadgets, como o HoloLens, a plataforma promete criar ambientes de
reuniões interativos, com lousas, gráficos, apresentações e participação de pessoas,
tudo com o uso de hologramas.
• O Mesh já pode ser experimentado, porém, sem o uso de hologramas. Atualmente está
disponível uma versão com avatares 3D dos participantes.
• Já existem planos da Microsoft em lançar essa experiência no Microsoft Teams ainda
em 2022.
Fonte: Microsoft

Pag. 148
Para saber um pouco mais sobre o Microsoft Mesh for Teams, veja os vídeos:
https://youtu.be/z6mfpiv-PlM e https://youtu.be/Jd2GK0qDtRg

Aplicações reais de metaverso


O futuro do trabalho com Meta Horizon Workrooms
• O Horizon Worlds surgiu em 2019, porém, só foi aberto ao público após o comunicado
de Mark Zuckeberg em outubro de 2021 com a mudança de posicionamento do Facebook
Inc., incluindo o seu próprio nome, antes Facebook, para Meta.
• Para utilizar o Horizon Worlds você precisa ter o gadget Oculus, em qualquer de
suas duas versões, e conectar a sua conta da Meta com esses dois novos ambiente: o
Horizon e o Oculus.
• A plataforma ainda está um pouco distante de ser o que Zuckeberg apresentou no
evento Connect em 2021, mas já é um grande passo rumo a esse objetivo.
Fonte: Facebook, 2021 – Connect

O futuro do trabalho com Meta Horizon Workrooms veja em: https://youtu.be/lgj50IxRrKQ

Pag. 149
Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos?

De acordo com os casos apresentados, é possível entender que:

O metaverso é apenas um ambiente de entretenimento.

O mundo real não sofrerá nenhum impacto dessa tecnologia.

Enfrentaremos transformações em todas as áreas da nossa vida, seja


entretenimento, seja trabalho ou como nos relacionamos.

O trabalho será amplamente impactado por essa tecnologia.

Finalizamos este tema maravilhoso e cheio de novidades. Mas não fiquem tristes, nossa
aventura ainda não terminou. Há possibilidades infinitas quando falamos da internet,
das realidades e do próprio metaverso.

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