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Centro Cultural de Belém (CCB) localiza-se na praça do Império, freguesia de Belém,


na cidade e no município de Lisboa, no distrito de Lisboa, em Portugal.[2]
Foi concebido originalmente para acolher a sede da presidência portuguesa da União
Europeia e posteriormente para desenvolver atividade cultural. Atualmente alberga
o Museu de Arte Contemporânea - Centro Cultural de Belém, entre outros equipamentos
culturais.
O Centro Cultural de Belém está classificado como Imóvel de Interesse Público desde
2002.[2]

História
Foi iniciado em setembro de 1988 e concluído em setembro de 1993. Na base da sua
construção esteve a necessidade de um equipamento arquitetónico, que pudesse acolher,
em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, e que, ao mesmo tempo, pudesse
permanecer, como um pólo dinamizador de atividades culturais e de lazer. O seu projeto
definitivo foi decidido no início de 1988. Após de acolher a presidência da União Europeia,
ele é transformado em um centro cultural e de conferências em 1993.[3]
A sua polémica implantação teve como fundamento, o facto de assinalar o ponto de
partida dos descobrimentos marítimos, à semelhança da Torre de Belém e do Padrão dos
Descobrimentos. O simbolismo associado a esta localização, é confirmado pela escolha
na década de 1940, da grande Exposição do Mundo Português. O CCB veio ocupar o
mesmo espaço que foi destinado a instalar o Pavilhão "Portugueses no Mundo" e as
"Aldeias Portuguesas".
Por concurso internacional, e 57 projetos acolhidos, foi selecionada a proposta do arquiteto
português Manuel Salgado e do consórcio do arquiteto italiano Vittorio Gregotti. De cinco
módulos apresentados no projeto, apenas foram construídos, três; o Centro de Reuniões,
o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições.

O projeto
 O Centro de Reuniões, constituído pelo Grande Auditório (1700 m2) e
Pequeno Auditório (600 m2) e 14 salas (entre 24m2 e 314 m2), foi pensado
para acolher, de forma privilegiada, congressos e reuniões de qualquer
natureza ou dimensão, através de equipamentos e acabamentos de qualidade.
A estrutura passou também a incluir os serviços gerais de funcionamento do
CCB, várias lojas, um restaurante, dois bares e duas garagens abertas a
utilizadores.
 O Centro de Espetáculos, é o núcleo da produção e apresentação de carácter
artístico e cultural do CCB. Três salas equipadas para acolher diversos tipos
de espetáculo, desde o cinema à ópera, do bailado ao teatro ou qualquer tipo
de género musical. O grande auditório acomoda 1429 lugares, o pequeno
auditório tem uma lotação de 310 lugares e a Sala de Ensaio comporta 85
lugares.
 O Centro de Exposições, composto por um conjunto qualificado de áreas
expositivas divididas por quatro galerias que apresenta e produz exposições
de artes plásticas, arquitetura, design e fotografia. Lojas e uma cafetaria
completam a estrutura e ainda um espaço destinado ao tratamento e
armazenamento de peças de arte.
O CCB ocupa hoje uma área de construção de 97 mil metros quadrados, por seis
hectares. As paredes do complexo são aproximadamente 36 mil metros quadrados,
cobertas por pedra calcária Abancado de Pero Pinheiro com acabamento Rústico
Gastejado assente em suportes metálicos. Possui vários espaços ao ar livre que podem
ser frequentados pelo público, nomeadamente os Jardins da Commenda, das Oliveiras e
da Água, o Caminho Pedonal e a Praça CCB (1140 m2).[4]

Inauguração
Abriu como centro cultural e de conferências em 1993, destacando-se no seu programa
a música, artes teatrais e fotografia.
Tem também um museu de design com uma colecção de peças datadas de 1937 até aos
nossos dias. Na sua curta e conturbada existência, o museu de design encerrou
definitivamente, no dia 31 de agosto de 2006, mas, através do Serviço Educativo e
mediante marcação prévia, é possível realizar visitas e ateliers a grupos organizados.
Durante o fim de semana realizam-se visitas guiadas gerais, temáticas, ciclos de
conferências, debates e atividades para famílias.
Com vista para os jardins de relvados geométricos e oliveiras, do seu restaurante e
cafetaria, pode apreciar-se o cais e o rio Tejo, ali tão perto.
Aos fins de semana Centro Cultural de Belém, enche-se de visitantes, que para além dos
programas culturais habituais que oferece, podem usufruir da presença de artistas de
rua, atores, e outras manifestações públicas de arte, performances, etc. Albergou entre
junho de 2007 e dezembro de 2022 o Museu Coleção Berardo, entretanto substituído
pelo Museu de Arte Contemporânea - Centro Cultural de Belém.
Até 31 de janeiro de 2010, a exposição "Amália, Coração Independente" esteve presente
neste monumento, em conjunto com o Museu da Eletricidade.

Curiosidades
 1600 km de cabos elétricos.
 15 mil lâmpadas.
 280 quadros elétricos.
 2600 sensores de incêndios, gás e intrusão
 700 sensores de temperatura, humidade e pressão.
 19 elevadores e monta-cargas.
 1300 portas e portões.
 550 ventiladores, caixas e unidades de ar condicionado.

Futuro
Em janeiro de 2017, Elísio Summavielle, presidente do Centro Cultural de Belém, anunciou
que o CCB ia ter um hotel de cinco estrelas e mais lojas.
As obras em causa, previstas para durar três anos, serão financiadas por privados. O
concurso público internacional arranca em 29 de novembro de 2018 — os dois novos
blocos (os módulos 4 e 5) vão ser concessionados por 50 anos, renováveis, a quem fizer a
melhor oferta. Durante o período de concessão, a Fundação CCB vai receber um mínimo
de 900 mil euros anuais.
O hotel estará voltado para o rio Tejo, com a entrada a situar-se na Avenida de Brasília. O
edifício previsto receber os escritórios e as lojas ficará virado para a Rua Bartolomeu Dias.

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