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Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar conceitos teóricos e práticos da
aprendizagem colaborativa com embasamento teórico da Computer Supported Collaborative
Learning (CSCL). Neste trabalho apresentamos o desenvolvimento do nosso projeto de
iniciação científica, que faz parte do programa PIBIC/UERN (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica – UERN), desenvolvido voluntariamente e que se encontra na
primeira fase do seu desenvolvimento. Apresentamos aqui também aspectos da fase atual, que
consiste em realizar um levantamento bibliográfico da literatura em CSCL para a
aprendizagem da Matemática. Apresentamos também, uma breve discussão sobre alguns
softwares que abordam ou auxiliam no desenvolvimento da aprendizagem colaborativa.
Buscamos também destacar uma distinção entre os termos colaboração e cooperação. Por fim,
apresentamos um breve cronograma do projeto para as fases posteriores e esperamos
encontrar outras possibilidades das que foram aqui apresentadas para contribuir nas pesquisas
voltadas para ambientes virtuais colaborativos.
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Introdução
A CSCL tem uma longa história, que teve como seus precursores três grandes projetos
como: o projeto CSILE, da Universidade de Toronto, o Projeto ENFI, da Universidade
Gallaudet, e o Projeto Fifth Dimension, da Universidade da Califórnia em San Diego. O
primeiro, CSILE (Computer Support Intentional Learning Environment), que trazia como
objetivo motivar e estimular os alunos através da invenção de comunidades de construção do
conhecimento. O segundo, ENFI trazia o objetivo de motivar os alunos deficientes auditivos a
desenvolver a escrita. E por fim o Fifth Dimension, que tinha como objetivo aumentar a
habilidade de leitura e resolução de problemas (STAHL, 2006)
Com base nas seguintes ideias, percebemos que o indivíduo no trabalho colaborativo
como destaca CSCL, ele não pensa só e compartilha seus resultados o grupo em si trabalham
se comunicando em busca de um único objetivo final. No tópico seguinte iremos abordar
sobre os ambientes colaborativos, que é o objeto central da nossa pesquisa.
Ambientes Colaborativos
As sessões colaborativas devem ser planejadas com bastante cuidado. Para planejar
estas sessões, utilizamos os roteiros que são chamados de scripts (DILLENBOURG, 2002).
Segundo Dillenbourg (2002) os scripts podem ser classificados em micro ou macro scripts. Os
macro scripts são roteiros mais detalhados e os micro scripts são definidos como roteiros de
atividades mais gerais (DILLENBOURG; TCHOUNIKINE 2007). Sendo assim, pode se
destacar alguns tipos de modelos como: O script induzido, o script de instrução, o script de
treinamento, o script orientado e o siga-me script. Como define Dillenbourg (2002) apud
Araújo Filho (2015, p. 23,24)
Os ambientes colaborativos por sua vez, utilizam-se dos scripts para desenvolver um
trabalho baseado na construção colaborativa, mas para isso os recursos tecnológicos são
fundamentais para se desenvolver situações voltadas para o ensino da Matemática em
ambientes CSCL. Na seção seguinte iremos abordar um pouco sobre o nosso projeto de
iniciação científica, que está atualmente em andamento.
Metodologia
A segunda fase da nossa pesquisa, que pretende se iniciar após o primeiro trimestre do
corrente ano, tem o foco voltado para a seleção de softwares colaborativos que apresentem
ferramentas específicas para o ensino e aprendizagem da Matemática, fazendo assim uma
ficha básica com instruções de uso e características desses softwares, bem como orientações
necessárias para o uso dos mesmos.
Os ambientes virtuais colaborativos são essenciais ao nosso projeto, pois o nosso foco
é investiga-los, e também, analisar suas limitações e potencialidades para o trabalho
colaborativo em Matemática. A seguir, vamos apresentar alguns softwares que estamos
investigando, com o objetivo de verificar sua pertinência ao nosso objeto de investigação.
Geogebra Tube
Tabulae
O Tabulae é um software de Geometria Dinâmica plana que foi desenvolvido no Projeto
Enibam do IM/UFRJ. A versão atualizada do Tabulae contém funcionalidades geométricas e
vetoriais, além de calculadora, podemos vê-lo também como um instrumento para o ensino
colaborativo à distância da matemática, por conter diversas possibilidades de ferramentas
construtiva de elementos geométricos passo a passo em tempo real. Nele podemos obter
diversas ferramentas como construção de figuras, retas, pontos, ângulos entres outros
contextos que abordam o ensino da geometria. A seguir, na figura 3, temos uma imagem da
tela do software.
II Semana da Matemática
Formação docente para o ensino da Matemática: caminhos a 7
trilhar
De 29 de outubro a 01 de novembro
Figura 3: Tela de Acesso do Software Tabulae
Moodle
Teamviewer
É um software, que nos possibilita o contato entre pessoas que desejam se comunicar a
distância. Por meio dele, podemos fazer o compartilhamento de telas, além de ser possível
também, a comunicação via chat, vídeo e áudio. No entanto, este software não é específico
para o ensino ou aprendizagem de Matemática, uma vez que, não possui ferramentas capazes
de expressar a linguagem matemática como álgebra e gráficos.
No entanto, o software possui uma ferramenta chamada quadro branco, que possibilita
ao usuário desenhar imagens ou quaisquer tipos de representação que desejar, embora não
apresente um teclado algébrico ou ferramentas capazes de construir tabelas. Na figura 4,
temos uma imagem da tela inicial do teamviewer.
II Semana da Matemática
Formação docente para o ensino da Matemática: caminhos a 9
trilhar
De 29 de outubro a 01 de novembro
Considerações Finais
Tendo em vista que estamos em fase inicial do desenvolvimento do projeto, até agora,
nós conseguirmos coletar informações preliminares em trabalhos científicos já existentes, que
utilizaram alguns tipos de softwares para colaboração em Matemática. As fases seguintes de
desenvolvimento do projeto, pretende buscar mais possibilidades de softwares colaborativos
para a aprendizagem em Matemática, como também, observar as características de cada um,
para em seguida, usar algum ou alguns desses softwares pesquisados em um experimento com
alunos da Licenciatura em Matemática. No quadro a seguir, temos um cronograma resumido
das fases do projeto que terá duração de um ano (Ago/2018 a Jul/2019).
Referências