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GUIA DEFINITIVO

COMO MONTAR UMA


FÁBRICA DE BLOCOS
LUCRATIVA
Aprenda como funciona uma fábrica de blocos
eficiente, planeje seu negócio para lucrar nos
primeiros meses e evite os erros mais comuns de
quem está iniciando.
Especialistas indicam que o pós-pandemia será um momento promissor
para o setor da construção civil.

Esse otimismo ainda é reflexo da redução que a taxa Selic vinha


apresentando, atingindo níveis nunca antes praticados, embora esteja
atualmente elevada. Esta taxa é responsável por regular os juros no
mercado nacional e permitiu, na época, uma maior aderência de pessoas
físicas a linhas de financiamento de imóveis.

Ao mesmo tempo, mudanças no setor da construção civil relacionadas à


digitalização e desburocratização de processos estão facilitando cada vez
mais o acesso ao crédito imobiliário.

Tudo isso tem um impacto muito positivo em negócios que atendem o


mercado da construção civil, e isso com certeza inclui os fabricantes de
blocos.

Se você está pensando em abrir um negócio de fabricação de blocos ou já


se decidiu, esse pode ser um dos melhores momentos para investir nesse
segmento.

Mas calma!

Tudo precisa ser feito com planejamento para que não se transforme em
um negócio que não gera lucro ou, no pior dos casos, em um mar de
dívidas impossíveis de pagar.

Para você ter uma ideia, segundo uma pesquisa do IBGE, cerca de uma em
cada cinco empresas fecham no primeiro ano de operação.

Isso é assustador, não?


E é pensando nessa estatística que resolvemos criar esse material para
ajudar os futuros empreendedores a montar uma fábrica de blocos
lucrativa.

Como vamos te ajudar a montar uma fábrica de


blocos?

Pensando nos requisitos para montar uma fábrica de blocos lucrativa, a


WM Máquinas e Gervasi em parceria com clientes e especialistas no
mercado de blocos, criaram este guia que promete ser o mais completo
que você irá encontrar na internet sobre como começar a produzir blocos e
pavimentos de concreto.

Nossa premissa básica foi fazer um guia bem completo, mas com
linguagem simples e instruções práticas para você tirar seu projeto do
papel.

Iremos te ajudar a manter foco nos pontos mais importantes para não
gastar seu tempo com detalhes que fazem pouca diferença para quem
está começando.

Com esse material, você terá uma visão mais apurada dos principais
problemas que irá enfrentar em cada etapa na montagem da sua fábrica
de blocos e qual é a melhor forma de atacá-los para começar do jeito certo.

Esperamos que, ao final dessa leitura, você esteja preparado para começar
a comercializar blocos de alta qualidade e atendendo clientes com alto
potencial de gerar lucro já nos primeiros meses de operação.
Como este material está organizado?

O conteúdo específico sobre como montar uma fábrica de blocos está


distribuído em cinco tópicos principais. Na sequência foram incluídos dois
itens complementares que vão ajudá-lo a obter mais informações.

Os tópicos principais foram organizados nessa sequência:

MERCADO
Identifique onde você terá maiores chances de sucesso
com sua fábrica de blocos.

PRODUÇÃO
Aprenda como funciona uma fábrica de blocos e as
principais etapas do processo produtivo.

ESTRUTURA
Planeje o espaço, recursos e mão de obra que irá
precisar em cada etapa do processo produtivo.

NORMAS
Aprenda as normas para entregar um produto final de
alta qualidade aos seus clientes e não ser
surpreendido.

EQUIPAMENTOS
Escolha os equipamentos mais adequados para
montar uma linha de produção otimizada para sua
demanda.
No tópico MERCADO você será apresentado às principais questões com as
quais terá que lidar para conhecer o mercado onde pretende atuar. Quem
são seus concorrentes? Como eles atuam? Quais os produtos mais
comercializados? Quem serão seus fornecedores?

Em PRODUÇÃO você terá uma visão geral do processo de produção de


blocos e pavers. Será uma introdução às principais etapas do processo.

Na seção ESTRUTURA você terá dicas sobre como dimensionar o espaço


para implantar a sua fábrica e como organizá-la de modo a ter um
processo eficiente. A questão da mão de obra necessária será abordada
aqui.

Na sequência não poderíamos deixar de falar sobre NORMAS, pois, no final


de contas, ninguém permanece muito tempo no mercado com produtos
de má qualidade e sem se preocupar com o meio ambiente e a segurança
dos seus colaboradores. Você será apresentado às principais normas que
deverá atender.

Em seguida vem uma seção específica sobre EQUIPAMENTOS. Como a


WM Máquinas é especialista em equipamentos para a produção de Blocos
e Pavers, não poderia deixar de compartilhar a nossa experiência com você.
Aqui você terá as principais informações para escolher o equipamento
certo para sua demanda.

Na sequência está a seção com MATERIAIS ADICIONAIS que o ajudará a


obter mais informações sobre produção, mercado, normalização e a
construção civil no contexto brasileiro de modo geral.

Desejamos um ótimo proveito deste material e sucesso em seu novo


empreendimento!
Com a palavra, os autores

Prof. Julio Cesar Filla

Mestre em Engenharia Civil

“Quando comecei a escrever e revisar este texto a pergunta que sempre


esteve na minha mente e norteou a minha escrita foi a seguinte: ‘Que
informações eu gostaria de ter se eu resolvesse abrir uma fábrica de
blocos?’

Com essa ideia em mente o texto foi fluindo e eu penso que o resultado
final foi um material bem completo. Procurei escrever coisas que nem
todo mundo está disposto a compartilhar. Nesse aspecto, o mercado
pode ser um pouco cruel com quem está pretendendo começar.

Você deve ler este e-book com a mente aberta, com os olhos no futuro e
os pés no chão. A atitude correta é a de um empreendedor que toma
decisões corajosas, mas com base em informações corretas.

Você está diante de uma oportunidade muito boa, especialmente porque


é vinculada à construção civil, que sempre terá demanda. Com um bom
produto, uma boa organização e bons contatos, montar uma fábrica de
blocos pode se tornar um excelente negócio.

Ao ler este e-book você entenderá os desafios que tem pela frente e sua
“veia empreendedora” será posta à prova. Avalie tudo que foi exposto e
continue a se informar sobre as suas condições locais.
O que você precisa avaliar a partir deste material é o seu contexto, buscar
informações e pensar sobre o seu mercado, sobre os seus recursos e sobre
a sua disposição.

Um grande abraço e o meu desejo de que tenha sucesso.”

Luiz Windmoller

Diretor da WM Máquinas

“Já são mais de 10 anos ouvindo repetidamente as mesmas histórias de


dificuldades de empreendedores aventureiros planejando montar sua
primeira fábrica de blocos e até de gente que já havia começado, mas
por algum erro de trajetória acabou batendo na trave com seu negócio.

Com essa bagagem, pudemos identificar as principais dores durante essa


etapa super difícil da jornada empreendedora e, a partir disso,
começamos a entender a lógica por trás dos erros e acertos mais
frequentes.

Assim, começamos a estreitar o relacionamento com nossos clientes e


deixamos de operar apenas como um fornecedor de máquinas de blocos,
mas como um parceiro estratégico para o seu sucesso.

E é com esse mesmo propósito que criamos esse conteúdo super


completo para ajudar todos aqueles que querem começar sua fábrica de
blocos com uma base de conhecimento sólida.
Acima de tudo, o sucesso da nossa empresa depende da longevidade de
nossos clientes no mercado.

Grande abraço!”
MERCADO
Identifique onde você terá maiores chances de
sucesso com sua fábrica de blocos.

Os blocos de concreto acompanham um mercado em expansão e têm


sido fabricados como alternativa para os tijolos de barro na construção civil.

Há alguns anos, os tijolos de cerâmica eram os materiais mais utilizados na


construção civil, para execução de paredes, e atualmente vem perdendo
espaço para os blocos de concreto.

Isso acontece por três motivos:

1. A produção de blocos de concreto é mais simples e sustentável que


a de tijolos;

2. Blocos de concreto são mais resistentes, pois suportam melhor as


alterações do tempo;
3. Os blocos de concreto têm a forma mais definida que os tijolos e
também se utilizam menos peças por metro quadrado. O pedreiro
trabalha melhor. Construir com blocos de concreto leva menos
tempo e, consequentemente, consome menos recursos.

Tudo isso e mais alguns outros pontos fazem dos blocos de concreto um
dos materiais mais atrativos para aplicação na construção civil, e um ótimo
investimento para quem pretende ser um fornecedor nesse mercado.

Nesse sentido, o primeiro passo para ter sucesso com sua fábrica está em
conhecer muito bem sobre as tendências no mercado da construção civil e
as características do mercado local onde pretende montar sua fábrica,
incluindo concorrentes, fornecedores e quem são os clientes em potencial.

Tudo isso você irá aprender nos próximos tópicos deste capítulo.

Se você quer começar do jeito certo, leia-o atentamente. E se ao final ainda


tiver dúvidas, busque se informar fazendo uma pesquisa minuciosa até
que esteja pronto para dar o próximo passo.

Conheça as tendências sobre o setor da construção


civil e o consumo de blocos e pavers

Ainda há no Brasil regiões onde a utilização de tijolos de cerâmica


predominam, mas sabemos que esse material está sendo cada vez menos
utilizado.

A demanda do mercado de construção civil por blocos de concreto vem


crescendo cada vez mais em vista à facilidade e qualidade que esse
material propicia em obras de todos os tamanhos. Essa tendência
evidenciada nos últimos anos mostra que esse setor continuará crescendo
em ritmo acelerado.
O setor da construção civil é visto como um propulsor para a economia no
país e, mesmo após uma pandemia, há um cenário bastante promissor.

Por exemplo, a recente redução da burocracia para obtenção de crédito


imobiliário, está estimulando empresas e pessoas que pretendem investir
neste mercado.

Para a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto — Bloco


Brasil, entidade que reúne grandes empresas do setor, o produto tem
muito espaço para crescimento nos próximos anos.

Entre os principais fatores que devem impulsionar o desenvolvimento do


setor estão os avanços tecnológicos em máquinas e equipamentos, e as
atualizações das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), que estão mais rigorosas em qualidade e desempenho.

Para ler um pouco mais sobre isso, leia em nosso site o artigo “O NEGÓCIO
BLOCOS DE CONCRETO E AS PERSPECTIVAS PARA 2022. PARTE 3 –
INDÚSTRIA DE BLOCOS: COMO ESTÁ E PARA AONDE VAI”.

Determine o local onde pretende montar sua fábrica


de blocos

Agora que você já conhece um pouco mais sobre as tendências do setor da


construção civil, chegou a hora de definir em qual localização pretende
montar sua fábrica.

Esse passo é fundamental, pois o sucesso da sua fábrica está totalmente


ligado à localização do negócio.

Isso se deve ao fato de que empresas de fabricação de artefatos de


concreto possuem uma atuação bastante limitada, geralmente em um raio
máximo entre 50 e 70 km.
Nesse sentido, dois fatores são determinantes para o sucesso do seu
negócio:

1. clientes próximos da sua fábrica que possuam uma demanda


constante ou crescente por seus produtos;
2. fornecedores próximos da sua fábrica que consigam lhe atender em
tempo hábil e com a qualidade desejada.

Por isso é importante que os fornecedores e clientes estejam a no máximo


entre 50 e 70 km de sua fábrica.

Mais distante do que isso, o custo com transporte poderá inviabilizar o


atendimento com preços competitivos.

Aí você se pergunta: — como faço para analisar esses fatores e decidir a


localidade ideal para montar minha fábrica?

Basicamente são três passos:

1. Compreenda quem são seus clientes em potencial e quais produtos


estão interessados em comprar;
2. Identifique os fornecedores locais de insumos, seus produtos, preços
e condições de pagamento;
3. Identifique quem são seus concorrentes locais e como atuam.

Vamos explicar nos próximos tópicos cada uma dessas etapas para que
você mesmo possa fazer uma pesquisa e decidir qual é a melhor
localidade para montar sua fábrica de blocos.
Compreenda quem são seus clientes em potencial e
quais produtos estão interessados em comprar

Antes de abrir uma fábrica de blocos de concreto, deve-se saber com


clareza quem são os clientes em potencial em sua localidade, quais
produtos necessitam e em qual volume (quantidade).

Se o foco for atender empresas, como grandes construtoras e materiais de


construção, por exemplo, a meta deve ser alta produtividade, baixo custo e
venda de grandes volumes. Isso exigirá um maior investimento.

Em contrapartida, se o foco for unicamente pessoa física, lembre-se que irá


concorrer diretamente com lojas de materiais de construção e terá que
arcar com um maior volume de negociações de valor menor, apesar de
conseguir uma margem de lucro maior.

Sabendo quem pretende atender, será possível estimar a quantidade


mínima e máxima de produção para satisfazer a demanda e facilitar suas
estimativas do quanto deverá produzir para fazer um investimento inicial
assertivo com o mínimo de perdas.

Além da quantidade, outro ponto importante é identificar o grau de


qualidade que seu cliente necessita: isso inclui a resistência, formato e
padronização do seu produto final.

Aí você se pergunta: — como saber o grau de qualidade que meu cliente


precisa? Nesse guia temos uma seção dedicada a esse tópico, onde
apresentamos as normas de qualidade para fabricação de blocos.

A seção sobre normas é imprescindível principalmente para quem


pretende atender grandes construtoras que irão exigir laudo técnico dos
produtos que você está vendendo.
Ao final dessa etapa você deverá ter bem claro:

1. quem são seus clientes em potencial;


2. quais sãos os tipos de produtos que mais compram;
3. qual é o volume de compra de cada tipo de produto;
4. e qual é a qualidade esperada.

Essas informações irão te ajudar no próximo passo, que trata sobre a


escolha dos fornecedores locais.

Identifique os fornecedores locais de insumos, seus


produtos, preços e condições de pagamento

Identificar e selecionar os fornecedores de matérias-primas para fabricação


de blocos não é tarefa das mais simples, tendo em vista a variedade
disponível.

Para tanto, alguns aspectos devem ser considerados:

● Qualidade das matérias-primas e se as mesmas atendem às normas


de legislação ambiental;
● Preço;
● Condições de pagamento;
● Prazos para entrega.

Quanto às matérias-primas, de modo geral, os blocos de concreto são


feitos a partir de uma mistura vibro-prensada de cimento, aditivo e
agregados, tais como areia, pedrisco, pó de pedra e similares. Observe os
exemplos de materiais:
Exemplos de matérias-primas.

FONTE: FILLA (Arquivo pessoal)

É importante ficar atento à qualidade desses materiais, especialmente


quanto à sua pureza, resistência e formato para não prejudicar o
comportamento da massa durante a moldagem e a resistência final das
peças.

Para isso, é importante consultar um engenheiro que possa te ajudar a


selecionar os materiais que possuam as propriedades adequadas para a
produção de blocos e pavers.

Para garantir a qualidade dos agregados é necessário encaminhar uma


amostra a laboratórios de tecnologia de concreto para a realização de
diversos ensaios. Entre os principais podemos citar:

● Análise granulométrica;
● Massa específica aparente (massa unitária);
● Massa específica real;
● Teor de argila;
● Teor de materiais pulverulentos;
● Inchamento da areia;

É muito importante conhecer as propriedades físicas e químicas dos


agregados, pois alguns tipos, dependendo da rocha de origem, reagem
negativamente ao serem misturados com o cimento e a água formando
produtos que podem diminuir a vida útil das peças.
Essa análise deve considerar os fornecedores cujo atendimento seja
economicamente viável. Muitas vezes o material disponível é excelente,
mas o frete torna antieconômica a sua aquisição.

Neste caso será mais importante ainda consultar um engenheiro para


fazer os ajustes necessários para utilizar os materiais disponíveis.

Outro ponto importante a considerar é a capacidade de fornecimento e o


atendimento. Nesse sentido, procure obter informação com algumas
empresas que já são clientes e verifique questões como pontualidade de
entrega, a constância da qualidade dos materiais e a facilidade de
negociação.

E frisamos: não dá para fazer de qualquer jeito! Os materiais naturais


podem apresentar variações que afetam a produção, por isso, é muito
importante não mudar com frequência o fornecedor e garantir que o
material entregue tenha sempre a mesma origem.

Materiais de origem industrial como o cimento, aditivos e pigmentos são


sujeitos a menores variações, pois são produzidos em processos muito
bem controlados.

Quanto ao tipo de cimento a ser utilizado, considerando que se trata de


um processo industrial que objetiva uma produção contínua, o ideal é o
tipo CPV ARI, pois vai garantir a desforma das peças no dia seguinte e com
isso o reaproveitamento das tábuas.

Pode ser que na sua região não haja disponibilidade deste tipo de cimento.
Neste caso você deverá dar preferência para os cimentos do tipo CP II F
32, CP II Z 32 ou o CP III. Dependendo da temperatura ambiente, se cair
demais, a desforma poderá ser mais lenta.
Identifique quem são seus concorrentes locais e
como atuam

Agora que você já trabalhou nos dois pontos cruciais para o sucesso do seu
negócio, que é entender se existe demanda no local onde você irá montar
sua fábrica de blocos e fornecedores que possam te atender de acordo
com sua necessidade, chegou hora de conhecer mais de perto seus
concorrentes.

Essa etapa é essencial para você conseguir oferecer produtos e serviços a


preços competitivos aos seus clientes e eles prefiram comprar de sua
empresa.

Nesse sentido, é comum que em grandes cidades ou regiões


metropolitanas a oferta, em geral, já esteja bem estabelecida. Ou seja, já
existam vários concorrentes.

Já em cidades pequenas ou do interior, é possível que haja uma demanda


reprimida pela falta fornecedores locais, e essa pode ser uma boa
oportunidade para estabelecer o seu negócio.

Então, seu próximo passo será identificar se já existem concorrentes em


sua localidade.

A seguir falaremos sobre cada uma dessas possibilidades.

Caso existam concorrentes em sua localidade

Se já existem concorrentes, é importante pesquisar sobre como eles


trabalham, quais produtos oferecem e qual a qualidade do seu produto,
pois, assim é possível iniciar um negócio oferecendo produtos
complementares ou melhores condições para clientes em potencial em
sua região.

Para tanto, é importante verificar os pontos fracos e fortes de seus


concorrentes com relação a:

● Tipos de produtos comercializados (ex. blocos, pavers, canaletas,


meio-fio, etc.).
● Qualidade dos produtos comercializados — atendem as normas
vigentes no Brasil?
● Localização da fábrica e pontos de vendas.
● Preço praticado.
● Condições de pagamento (prazos, descontos, etc.).
● Qualidade do atendimento prestado.
● Serviços adicionais (serviços de entrega, reposição de mercadorias,
garantias oferecidas, horários de funcionamento, etc.).

Outro fator importante a ser considerado é se existem outras empresas


fabricando blocos de concreto em sua região. Seria viável abrir mais uma?

A resposta provavelmente é: sim!

Ter outras empresas em sua região pode significar que há um mercado


sólido para esse negócio e, como já mencionamos aqui, sua empresa irá se
destacar se oferecer um produto de qualidade, independentemente do
preço, variedade, entre outros fatores (vamos explicar o que é um produto
de qualidade logo mais a frente).

Preço baixo, variedade em opções de produtos, bom atendimento, entre


outros fatores, sem dúvidas podem influenciar na compra. Mas primeiro, se
você quer garantir a longevidade do seu negócio, foque na qualidade dos
seus produtos!
Caso ainda não existam concorrentes em sua localidade

Por outro lado, pode ocorrer que em sua localidade ainda não existam
fabricantes de blocos de concreto. Neste caso, valeria a pena iniciar um
negócio neste ramo mesmo assim?

A resposta geralmente também é: sim!

Esse é um cenário bastante favorável para quem está iniciando neste ramo,
visto que pode haver uma demanda reprimida pela falta de fornecedores
locais.

Neste caso, vale à pena verificar a existência de mão de obra qualificada


para assentar os blocos. Se não houver, pode ser uma oportunidade para
oferecer treinamento e com isso se aproximar do mercado. A ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND — ABCP, tem muito interesse em
apoiar estas ações.

Registre tudo o que aprendeu até aqui

Se você seguiu todos os últimos passos, recomendamos fortemente que


deixe tudo anotado para você usar essas informações no decorrer das
próximas seções e se sinta mais seguro em tomar a decisão certa
baseando-se em evidências.
PRODUÇÃO
Aprenda como funciona uma fábrica de blocos e
as principais etapas do processo produtivo.

Para você poder entender um pouco melhor o ciclo de produção de blocos


e pavers vamos apresentar um fluxograma geral do processo e depois
acrescentar alguns comentários.

Fluxograma do processo produtivo de uma fábrica de blocos.


A produção de blocos e pavers, como ilustrado no fluxograma, envolve um
conjunto de etapas relativamente simples, mas que precisam ser
executadas de modo adequado.

Vamos chamar à atenção para alguns aspectos importantes de cada etapa.

Recebimento de materiais

Esta etapa envolve a conferência dos documentos fiscais ou romaneio de


entrega, e certificar-se da quantidade e da qualidade do material que está
sendo entregue. Uma dica importante, para o caso dos agregados, é ter
sempre à disposição uma amostra padrão de cada um para poder
comparar.

Outra atividade importante nesta etapa é acondicionar corretamente os


materiais. Os agregados devem ser colocados em baias separadas, de
preferência com fundo cimentado e cobertos. Cimento e pigmentos
devem ser estocados em barracões livres de umidade e de preferência
sobre paletes e ligeiramente afastados das paredes.

A dimensão das baias de agregados e do barracão para estoque de


cimento devem ser definidos considerando a produção, tempo, forma de
atendimento do fornecedor e estoque de segurança para cobrir eventuais
falhas no atendimento.

Dosagem dos materiais

Esta etapa precisa ser realizada com a maior precisão e constância


possível. Os materiais podem ser medidos a volume ou massa. O melhor
seria em massa, mas, inicialmente, muitos fabricantes trabalham em
volume.
Normalmente se utilizam padiolas com medidas ajustadas ao traço da
mistura e devem ser de material indeformável e de fácil manuseio.

A dica aqui é principalmente em relação aos agregados miúdos, a areia


principalmente. Ela “incha” quando está úmida e o volume de material fica
menor que o volume do recipiente. Este fenômeno é corrigido através do
“coeficiente de inchamento médio” que vem do ensaio de inchamento da
areia.

A dosagem é realizada a partir do estudo do traço, que nada mais do que a


determinação da quantidade de cada agregado e cimento que irá compor
a mistura.

A determinação do traço é realizada a partir dos agregados disponíveis na


região e pode ser feita tanto por um consultor em concreto (Engenheiro
civil) ou por um laboratório.

É importante dizer que não existe uma “receita padrão” que pode ser
levada de uma fábrica para outra, mesmo que os agregados sejam muito
semelhantes e os equipamentos equivalentes. Cada caso é um caso e
necessita de tratamento individual.

Produção da massa (concreto seco)

A melhor maneira de produzir a massa é com a utilização de um


misturador de eixo vertical planetário, devido ao tipo de concreto. O
tamanho do misturador deve estar ajustado à capacidade de produção da
máquina, para você conseguir obter a melhor produtividade.

O concreto para produção de blocos e pavers é chamado “concreto seco”,


pois lembra uma espécie de “farofa” ou “terra úmida”. Nessa condição a
massa é muito rígida e necessita de grande energia para ser misturada.
É verdade que muitas indústrias utilizam inicialmente betoneiras, que
fazem a mistura por “tombamento” ao invés de “rasgar” a massa como os
misturadores.

Quando se utiliza betoneira, a massa normalmente acaba tendo que ficar


um pouco mais seca que o ideal, para evitar a formação de “pelotas”.

Isso pode ser uma dificuldade para a moldagem, caso o equipamento não
tenha um poder de compactação muito forte. Quanto mais seca a mistura,
mais força a máquina precisa fazer.

A utilização de aditivos é muito importante: eles irão proporcionar uma


melhor mistura e principalmente compactação no molde. Neste caso,
devido ao baixo teor de cimento na mistura, o aditivo ideal é do tipo
“incorporador de ar”. O teor ideal é determinado durante o estudo do traço.

Moldagem

A moldagem das peças é realizada em equipamentos conhecidos como


“vibro-prensas” e existe uma grande variedade de equipamentos, tanto
que vamos dedicar um capítulo específico a eles.

Esta etapa é o ponto central do processo. Todas as etapas anteriores são


preparatórias, por isso precisam ser bem executadas. As etapas posteriores
visam conservar, da melhor maneira possível, as peças produzidas, até que
sejam entregues ao cliente.

É neste momento que se observa o ajuste da massa à máquina e o


operador deve ter treinamento adequado para perceber isso e ajudar a
corrigir a massa caso esta não esteja no ponto certo.

Se a massa não estiver “no ponto” e/ou a máquina não estiver ajustada
corretamente (tempo de alimentação, tempo de vibração, etc) serão
produzidas peças fora do padrão ou com defeitos que levarão à queda da
produtividade e perda de material.

Cura

Esta etapa é muito importante no processo. Como já foi dito, tudo que
acontece após a moldagem tem o objetivo de preservar as peças
produzidas.

É preciso que você entenda a importância dessa etapa. A cura tem o


objetivo de evitar que a água incorporada à mistura evapore e não reaja
com o cimento. Se não tiver água suficiente para reagir com o cimento a
peça não vai atingir a resistência necessária.

Tão logo a peça tenha sido moldada é necessário encaminhá-las para a


cura. O modo como será realizada a cura vai depender do porte da fábrica
que você está instalando e o espaço reservado deve ser proporcional à sua
produção diária.

Pode ser que as tábuas com as peças sejam depositadas diretamente


sobre o piso e cobertas com uma lona ou, quando colocadas em
prateleiras, sejam levadas a uma câmara de cura.

O espaço destinado à cura deve estar disposto entre o local de moldagem


e o local de acondicionamento das peças prontas, onde ocorre a
paletização, por exemplo.

A cura deve ter a duração de pelo menos 3 dias, iniciando após a


moldagem e se estendendo enquanto estiver no pátio esperando para ser
entregue.
Acondicionamento das peças

Esta atividade normalmente ocorre no dia seguinte à moldagem. Em


muitas indústrias ela se inicia antes mesmo do período normal de
produção, para liberar tábuas e espaço para realização de cura das peças
produzidas no dia.

O ideal é que as peças sejam acomodadas em paletes de até 2 toneladas,


para facilitar a sua movimentação e entrega. Nada impede que as peças
sejam apenas empilhadas, porém, isso irá demandar uma equipe maior de
pessoas no pátio e um grande esforço de carregamento e posterior
descarregamento na obra.

A maior parte dos clientes, especialmente as construtoras, prefere receber


o produto paletizado. Dessa forma você deve considerar que terá a
necessidade de adquirir, em algum momento, uma empilhadeira.

Os paletes, após preparados, devem receber uma cinta ou serem


envolvidos por um filme plástico para garantir a sua estabilidade. Todos os
paletes precisam ser identificados com uma etiqueta registrando o tipo de
peça, suas dimensões, a quantidade, coloração, data de fabricação e
procedência.

Outro elemento importante a ser considerado é que toda entrega deveria


ser acompanhada de nota fiscal. Algumas empresas optam por entregar
utilizando apenas um romaneio e efetuar o faturamento ao final do mês,
mas não é o ideal.
ESTRUTURA
Planeje o espaço, recursos e mão de obra que irá
precisar em cada etapa do processo produtivo.

A estrutura da sua fábrica de blocos depende basicamente do volume de


produção com o qual você pretende atender o mercado local. Pode ser
que você pretenda começar pequeno, mas “sonha grande”. Neste caso é
preciso um pouco mais de planejamento.

As primeiras dúvidas surgem já na hora de alocar o espaço, como a


localização ideal, custos de logística, dimensionamento e mão de obra
necessária.

Nessa seção iremos abordar alguns tópicos para elucidar as dúvidas mais
comuns sobre a estrutura de uma fábrica de blocos.
Entenda os custos de logística

É preciso estar o mais próximo possível dos fornecedores de cimento e


agregados e também dos clientes, sendo a combinação ideal dos dois um
grande desafio em logística.

Vamos tomar como exemplo o cimento. Normalmente as indústrias


utilizam duas modalidades de fornecimento: “CIF” ou “FOB”, ou seja: no
primeiro caso a indústria pode entregar o cimento e incluir isto no preço
ou você pode ir até à fábrica ou centro de distribuição e retirá-lo. Neste
caso as despesas com o transporte são por sua conta.

A sigla CIF, vem do inglês Cost, Insurance and Freight e significa “custo,
seguro e frete”. Todo o transporte da mercadoria, incluindo os custos e
riscos, são de responsabilidade do vendedor. O comprador recebe a
mercadoria no endereço indicado não tendo que se preocupar com nada.

FOB vem da sigla em inglês de Free on board. Neste caso, toda a


responsabilidade pelo transporte é do cliente, incluindo os riscos e os
custos.

Pode ser que inicialmente você não consiga comprar diretamente da


fábrica, por ser uma empresa nova e ter que efetuar compras à vista, e
acabe adquirindo o cimento de um distribuidor local.

Isso terá impacto sobre o preço, que será maior, contudo, você poderá
comprar em menores quantidades e com mais frequência, o que pode ser
bom para o seu fluxo de caixa. Os distribuidores também costumam
operar na modalidade CIF ou FOB, tal qual as indústrias.

Alguns empreendedores optam por ter caminhão caçamba e caminhão


munque para transporte de agregados e dos materiais produzidos,
respectivamente. Avalie o seu caso.
Quem não possui capital para ter um caminhão caçamba para fazer o
transporte dos agregados, adquire areia e pedra de outras empresas e
arcam com o valor do frete.

Já, quem não possui um caminhão munque, não deve se limitar a fechar
parcerias apenas com clientes que consigam fazer o transporte, como as
lojas de materiais de construção, mas podem “agregar” um terceiro que
trabalharia com exclusividade.

Fora os caminhões, que envolvem a maior parte do custo, terá que ter um
capital reservado para comprar o ferramental, como carrinho de mão, pá,
chave de boca, alicate, peças de reposição para equipamentos, como
mancal, rolamento, coxim, entre outros.

Projete uma estrutura eficiente para sua fábrica de


blocos

A estrutura de uma fábrica de blocos de concreto eficiente é composta


basicamente por 5 partes, sendo elas:

● Pátio para descarga e estocagem de insumos;

● Área de produção;

● Área de cura;

● Área de estocagem de peças prontas e expedição;

● Espaço para o pessoal.

O terreno onde será implantada a fábrica deve ser escolhido de modo a


permitir uma disposição racional destes espaços, de tal forma que o
trânsito de materiais, pessoas e informações possa ser realizado de
maneira segura e sem obstruções.

O leiaute da sua fábrica deve permitir que as operações sejam realizadas


de maneira progressiva, ou seja, uma vez iniciado o processo os materiais
devem avançar continuamente sendo transformados paulatinamente nas
peças de concreto.

À medida que o processo se desenrola, cada etapa deve agregar valor ao


produto, evitando-se perdas.

O espaço total que você irá necessitar para instalar a sua fábrica, como já
destacado, vai depender da configuração dos equipamentos escolhidos e
da produção esperada.

É possível iniciar a produção em um lote de terreno pequeno, ou até, no


fundo da sua casa?

Sim, é possível! Normalmente esta situação envolve um processo manual,


muito simples e de baixa eficiência.

Esta é uma situação que não se sustenta por muito tempo. É uma forma
simples de entrar neste mercado e típica de pequenas cidades. Tão logo
você tenha condições, terá que evoluir para uma situação melhor, se
desejar se firmar neste ramo.

Como realizar uma previsão da área total de terreno necessária para


instalar a fábrica pensando em todos estes espaços?

É possível fazer uma estimativa com base na experiência, mas os


resultados são variáveis, pois são muitos fatores a considerar, como, por
exemplo, a topografia do terreno, acessos, localização, configuração dos
equipamentos, etc.
Se você pretende iniciar com um equipamento manual de baixa
compactação, provavelmente você irá necessitar um terreno de cerca de
1500 m².

Se o equipamento escolhido for uma máquina pneumática de média


compactação, você pode acomodar o processo em um terreno de cerca de
2000 m²

Para equipamentos Hidráulicos de alta compactação e alta produtividade,


o ideal seria um terreno de pelo menos 5000 m².

Estas sugestões de áreas contemplam processos completos, por isso,


podem parecer superestimadas. Como dito, você pode começar no fundo
do quintal da sua própria casa, com áreas bem menores.

Pátio para descarga e estocagem de insumos

O Pátio para descarga e estocagem de insumos é o local onde são


recebidas e estocadas as matérias-primas, incluindo areia, pedrisco, pó de
brita e cimento. Recomenda-se reservar um espaço que varia de 300 m² a
600 m².

Estes materiais não podem ficar em contato direto com o solo, para evitar
sua contaminação, mas sim estocado em baias isoladas.

Outro ponto importante é que os agregados precisam de um local coberto.


A ausência de cobertura pode ser um problema sério para a produção em
dias muito chuvosos.

Caso não tenha um espaço com telhado, recomenda-se cobrir com lona
para preservar a umidade.
Pátio para descarga e estocagem de insumos.

Área de produção

A área de produção é um local coberto onde ficam as máquinas de blocos


e pavers e equipamentos periféricos, como central dosadora, misturador,
esteira de transporte, robô paletizador, entre outros.

O espaço necessário vai depender da produção almejada, tipos de


produtos e nível de automação, sendo recomendado um espaço entre 200
m² a 400 m².
Área de produção de um cliente WM Máquinas.

Área de cura

A área de cura é um espaço reservado para acondicionar os produtos


durante as primeiras horas após moldados, de modo que eles continuem o
processo de hidratação e ganho de resistência.

Normalmente deve ser dimensionada para acomodar a produção de ao


menos um dia de serviço. O ideal é que estas câmaras operem no sistema
FIFO (do inglês First In First Out), ou seja, as primeiras peças a entrar
devem ser as primeiras a sair. De preferência devem permitir um acesso
fácil ao espaço destinado ao acondicionamento das peças.

Recomenda-se reservar um espaço maior do que os anteriores, de cerca de


600 m² a 800 m².
Célula de uma câmara de cura.

FONTE: FILLA (Arquivo pessoal)

Área de estocagem de peças prontas e expedição

A área de estocagem de peças prontas e expedição é o local onde os


produtos são armazenados e carregados para serem despachados ao seu
destino.

É recomendado alocar uma área que varia de 600 m² a 1.200 m², visto que,
além da estocagem, deve permitir manobrar caminhões e outros
equipamentos necessários ao processo logístico.
Área de estocagem de peças prontas e expedição.

Espaço para o pessoal

O espaço para o pessoal contempla o setor administrativo, comercial, e


áreas de vivência para o pessoal de produção (Banheiros, vestiários,
refeitório e área de lazer e descanso). Esse espaço varia em função do
número de funcionários, e deve considerar as indicações da NR-18.

Um valor a considerar seria de pelo menos 100 m². A área administrativa vai
requerer um espaço à parte, especialmente pensando no atendimento a
clientes que forem até você para negociar e também para atender às
necessidades administrativas.
Espaço para o pessoal: exemplo de refeitório.

FONTE: NUTRIMIX ASSESSORIA

Entenda a mão de obra que irá precisar

A produção de todas as máquinas não automáticas é totalmente ligada a


três fatores:

● Capacidade técnica da mão de obra envolvida neste processo


(depende da força braçal do operador);

● Quantidade de material que é possível fornecer ao equipamento;

● Capacidade logística da fábrica.

Para se ter o mínimo de produção, independentemente do modelo de


equipamento usado, o ideal é ter na linha de produção ao menos 5
funcionários (1 encarregado e 4 serventes). Um processo bem ajustado
pode ser executado com 3 funcionários (1 encarregado e 2 serventes).

Máquinas manuais e pneumáticas são as que mais irão demandar esforço


físico de seus funcionários, pois dependem de força braçal e movimentos
repetitivos, que podem inclusive impactar diretamente na qualidade do
produto final, além de serem menos eficientes em produtividade.

As máquinas pneumáticas de média compactação e as hidráulicas


semi-automáticas possuem um certo nível de automação que dispensa
força braçal e movimentos repetitivos, tornando a produção mais eficiente
e conferindo maior qualidade nos blocos de concreto produzidos.

Inicialmente o processo pode necessitar de cerca de 7 pessoas (1


encarregado e 6 serventes), porém, à medida que o processo se ajustar,
ganhando eficiência, é possível reduzir a equipe de produção a 3
funcionários (1 encarregado e 2 serventes).

Por último, as máquinas hidráulicas automáticas oferecem o maior nível de


automação possível, dispensando praticamente todo o trabalho repetitivo,
dependendo mais do monitoramento adequado para sua operação.

Dado que a produção alcançada é muito maior, a quantidade de


funcionários necessários também cresce, chegando a sete funcionários (1
encarregado e 6 serventes).

O controle de produção em uma máquina automática é muito mais


eficiente, pois o operador consegue acompanhar quantos ciclos a máquina
faz, quantos ciclos foram desperdiçados, quantos blocos foram produzidos,
qual foi o percentual de perda, podendo assim otimizar o processo de
fabricação de blocos.

Em contrapartida, dada a grande eficiência das máquinas automáticas,


esses equipamentos demandam um sistema de abastecimento, mistura e
paletização também eficientes, utilizando-se equipamentos específicos
para esse fim.

É importante observar que, quanto mais força braçal for empregada na


linha de produção e menor for o nível de automação, maior será a
variabilidade existente no processo, o que se refletirá nas características
das peças produzidas e na produtividade do seu sistema, impactando
diretamente na confiança que seu cliente terá em seu negócio.

A variação das características físicas e mecânicas das peças, como


resistência, absorção e forma, podem levar à rejeição do lote de peças
entregues, se for efetuada uma análise estatística dos resultados de ensaio
em laboratório.

Os clientes que possuem algum tipo de certificação, especialmente


construtoras, são obrigados a realizar, com uma determinada frequência,
ensaios laboratoriais para verificar a adequação dos materiais empregados
em suas obras.

Em relação ao tipo de equipamento, a maioria dos clientes da WM


Máquinas prefere começar com uma máquina hidráulica semi-automática
ou automática, incluindo acessórios para complementar sua linha de
produção.

Fábricas com um baixo grau de automação, evidentemente, consomem


mais mão de obra que uma fábrica que utiliza um sistema automático.
Esta diferença, quando acumulada por alguns meses, pagaria o
investimento em um equipamento superior. Faça as contas!

Por isso o investimento em um equipamento semi-automático ou


automático e equipamentos periféricos geralmente se justificam
pensando na longevidade do negócio e na qualidade que se pretende
ofertar ao cliente final.
Iremos falar um pouco mais sobre isso em uma seção específica sobre
equipamentos no final deste guia.

Planeje seu estoque conforme o equilíbrio entre a


oferta e demanda

O produto final (blocos e pavers) deve ser mantido em estoque até que
seja realizada sua entrega, o qual deve ser planejado conforme o equilíbrio
entre oferta e demanda.

Com o decorrer do tempo você irá perceber quais produtos têm maior
saída e quanto se deveria manter em estoque para atender
emergencialmente algum cliente importante.

O excesso de produção é encarado, geralmente, como uma espécie de


perda, pois o capital empregado na produção poderia estar sendo utilizado
com outra finalidade.

Contudo, em situações em que o mercado está em baixa e você está com


estoque alto de insumos, especialmente o cimento, vale à pena manter um
certo nível de produção para ocupar a sua mão de obra, que deverá ser
paga de qualquer modo.

Recomenda-se manter um estoque mínimo, considerando o tempo entre


o recebimento da ordem de compra pelos clientes e o número de dias que
ficará em estoque até a entrega.
NORMAS
Como produzir blocos e pavers nas normas legais
e especificações técnicas?

Sabemos que todo empreendimento deve seguir diversas normas legais


específicas para seu funcionamento. Neste tópico, iremos elencar algumas
dicas para que sua fábrica esteja dentro dessas normas.

Pensando um pouco nas questões legais e


ambientais

Primeiramente, é importante estar atento à procedência da matéria-prima


utilizada. Para tanto, recomenda-se escolher empresas fornecedoras
licenciadas ambientalmente.
Quanto ao licenciamento da atividade de fabricação de blocos de concreto,
é recomendado fazer uma visita aos órgãos de licenciamento da prefeitura,
eles poderão fornecer as primeiras instruções, incluindo como encontrar
profissionais para assessorar em todo o processo.

Para ter uma ideia geral sobre o processo de licenciamento visite o nosso
blog e leia os seguintes artigos:

● FÁBRICA DE BLOCO PRECISA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL?

● E O PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL, COMO É?

Normas Regulamentadoras

Ainda no tema, além das questões ligadas ao meio ambiente, você precisa
estar atento às normas regulamentadoras que se referem à segurança do
trabalho. Para te ajudar com este tema vamos descrever as principais
normas que você vai ter que consultar:

● NR-5 — Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);

● NR-6 — Equipamento de Proteção Individual — EPIs;

● NR-10 — Segurança em instalações e serviços em eletricidade;

● NR-12 — Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos;

● NR-16 — Atividades e operações perigosas;

● NR-26 — Sinalização de segurança; e

● NR-28 — Fiscalização e penalidades.

Vamos dar uma breve indicação do que trata cada uma.


NR-5 — Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Se a sua empresa tem mais de 20 colaboradores, você deverá constituir


uma CIPA.

O objetivo da CIPA é prevenir a ocorrência dos acidentes e doenças


decorrentes do trabalho, permitindo que seja possível exercer a atividade
profissional permanentemente.

A CIPA é composta por representantes dos empregados, eleitos por voto


secreto e em número proporcional ao tamanho da empresa.

São funções importantes da CIPA:

● Elaboração de um mapa de riscos inerentes a atividade de trabalho


da empresa;

● Organização da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de


Trabalho (SIPAT), para conscientizar os trabalhadores sobre a
prevenção de acidentes.

NR-6 — Equipamento de Proteção Individual (EPIs)

O EPI é qualquer dispositivo ou acessório de uso individual, destinado à


proteção do trabalhador contra riscos a sua segurança e saúde.

Todas as empresas são obrigadas a disponibilizar, de graça, os EPIs


adequados ao exercício da atividade do trabalhador.

Os equipamentos de proteção individual devem ser utilizados quando não


for possível tomar medidas que eliminem totalmente os riscos do
ambiente de trabalho, quando a proteção coletiva não for suficiente, viável
ou eficiente.
Conheça os EPIs mais comuns:

● Capuz (balaclava);

● Protetores auriculares ou abafadores de ruídos;

● Óculos ou viseiras;

● Luvas e mangotes;

● Máscaras e filtros;

● Coletes e macacões;

● Sapatos, botas e botinas.

NR-10 — Segurança em instalações e serviços em eletricidade

É uma das principais e é bem abrangente.

Ela trata das atividades ligadas à geração, transmissão, distribuição e


consumo, desde as etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção e quaisquer trabalhos ao redor de áreas eletrificadas.

Fundamental para a indústria é o item que fala da Sinalização de


Segurança e obriga a implantação de bloqueios, travamentos e sinalização
de dispositivos e sistemas (lockout e tagout — LOTO).

NR-12 — Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

Não dá para ficar “por fora” desta norma. Observe o que ela trata em
relação ao trabalho com máquinas e equipamentos:
Atividades cobertas pelas recomendações da NR-12.

FONTE: Adaptado da NR-12

Veja se este não é, claramente, o dia a dia de uma fábrica de blocos ou


pavers.

É papel do empreendedor treinar e preparar seus colaboradores para


operar e garantir o uso e manutenção correta dos equipamentos. Tantos os
operadores dos equipamentos quanto aqueles que circulam próximo ou
apoiam as atividades.

O próprio leiaute da indústria deve ser pensado para atender as


especificações.

NR-16 — Atividades e operações perigosas

Já dissemos que as atividades em indústrias podem conter muitos riscos


para a saúde do trabalhador, mesmo utilizando todos os EPIs.
Para estes casos os trabalhadores têm a garantia de benefícios extras.

Existem 2 palavras que precisam ser entendidas direito para interpretar


esta norma:

● PERICULOSIDADE: quando o profissional está exposto a riscos

imediatos, colocando sua segurança e integridade física em perigo.

Isso inclui situações que podem levar a acidentes graves e até a

morte.

● INSALUBRIDADE: é uma condição em que o trabalhador está

exposto, com riscos à sua saúde, mas que poderá gerar

consequências a médio e longo prazos. São exemplos: atividades

com contato com produtos químicos, exposição ao calor e barulhos

excessivos.

Para definir estas situações a NR-16 exige que seja realizado um laudo
técnico por um médico ou engenheiro de Segurança do Trabalho.

NR-26 — Sinalização de segurança

Esta norma é muito interessante.

Ela define o uso das cores para garantir maior segurança em locais de
trabalho, de modo a indicar e advertir sobre os riscos existentes.

As cores podem ter diversas finalidades:

● Identificar os equipamentos de segurança,

● Tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases,

● Delimitar áreas e advertir contra riscos;


● Rotulagem de produtos químicos perigosos.

As cores não podem ser utilizadas de modo exagerado, para não distrair ou
levar ao cansaço visual.

A utilização das cores deve ser baseada na NBR-7195:2018 - Cores para


segurança.

NR-28 — Fiscalização e penalidades

Esta é uma norma que jamais deve sair do “radar” de um empresário.

Qualquer empresa pode receber a visita de um fiscal do trabalho

Ele vai inspecionar e verificar se o ambiente de trabalho corresponde com


as normas de segurança e regulamentos do ministério do trabalho.

Ele pode notificar os empreendedores utilizando um “auto de infração” e,


por norma, ele dá um prazo para a correção das irregularidades.

Pode acontecer um caso extremo: a interdição.

O fiscal pode pedir o embargo ou interdição do estabelecimento, ou de um


setor, uma máquina ou equipamento.

No caso de uma infração ser notificada por três vezes, no mesmo item de
uma norma regulamentadora, ou de negligência do empregador no
cumprimento das disposições legais, a NR-28 aponta as penalidades
possíveis de serem aplicadas.

Normas para blocos de concreto

Depois disso, mergulhe de cabeça nas normas de fabricação de blocos. É o


momento de entender o que é um produto de qualidade. Esse não é um
assunto simples, mas nosso parceiro especialista, Prof. Julio Filla, preparou
um material rápido para te ajudar a entender o básico sobre isso,
apresentado a seguir.

Muito provavelmente você já se deparou com a sigla “ABNT NBR...” em


muitos produtos que você adquiriu, mas pode não ter entendido o seu
significado e, porque ela estava lá.

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, mais popularmente


conhecida como “ABNT” é a entidade responsável pela elaboração das
normas aqui no Brasil.

Algo com o que se pode concordar, sem dificuldades, é que a execução de


uma tarefa ou a preparação de qualquer produto demanda conhecimento
específico, especialmente quanto aos requisitos a serem atendidos.

No caso da confecção dos blocos de concreto para alvenaria, sejam


estruturais ou não, há duas normas que qualquer fabricante precisa
conhecer:

● ABNT NBR 6.136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria


— Requisitos;

● ABNT NBR 12.118: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria


— Métodos de ensaio.

Se você tem dúvida sobre qual é a versão mais atualizada, basta consultar
o site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br) e efetuar uma busca
pelo número da norma.

Estas duas normas devem ser utilizadas em conjunto. A primeira (ABNT


NBR 6.136) trata das características que um bloco de concreto deve
apresentar e a segunda (ABNT NBR 12.118) sobre os métodos padronizados
para avaliar estas características.
O que se pode encontrar em cada norma? Vamos começar pela norma de
requisitos.

ABNT NBR 6.136

Esta norma é bem didática. Ela começa introduzindo algumas palavras e


expressões que são importantes, como, por exemplo: área bruta,
dimensões modulares, família de blocos, classe, etc. Isso facilita a leitura.

Em seguida ela apresenta as exigências (ou requisitos) para os materiais


que vão ser utilizados na produção do concreto.

Aí vem uma parte muito importante: os chamados “requisitos específicos”.


Nessa parte, a norma estabelece as dimensões dos blocos para cada
família (20 x 40; 15 x 40; etc.), a espessura mínima das suas paredes e os
valores mínimos para a resistência à compressão, absorção e retração.

Estas informações estão em três tabelas diferentes:

TABELA 1 — Dimensões nominais (mm)

FONTE: ABNT NBR 6.136


TABELA 2 — Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima
das paredes dos blocos

FONTE: ABNT NBR 6.136

TABELA 3 — Requisitos para resistência característica à compressão,


absorção e retração

FONTE: ABNT NBR 6.136

Os valores das propriedades físicas e mecânicas são apresentados


separadamente para o caso de blocos com ou sem função estrutural e
também pela sua classe (tipo de uso).

Na sequência ela trata sobre como estes parâmetros devem ser


inspecionados, que norma aplicar (no caso é a ABNT NBR 12.118), o
tamanho da amostra e as condições para aceitação da produção.
Veja como as coisas estão ligadas: são estas dimensões fornecidas pela
norma que os fabricantes de formas e equipamentos devem seguir e, à
medida que a utilização dos moldes acontece, você precisa verificar as suas
dimensões, caso contrário os produtos ficam “fora da bitola”.

A norma traz, inclusive, qual é a tolerância nas dimensões a ser observada.

ABNT NBR 12.118

A ABNT NBR 12.118 dispõe sobre diretrizes para padronizar os métodos de


ensaio que devem ser empregados para determinar as propriedades físicas
e mecânicas a serem alcançadas pelos blocos.

Nela você vai encontrar um breve “glossário” com os termos e definições


mais utilizados.

A especificação do tipo e das características mínimas que os


equipamentos devem ter para realizar os testes com precisão também
está descrita nela.

Igualmente importante, os procedimentos para preparação das amostras e


das condições para realização dos ensaios, estão lá.

Os ensaios devem ser passíveis de reprodução. Ou seja, se duas pessoas


analisarem a mesma amostra, os resultados devem ser semelhantes. Isso
só é possível quando você tem uma norma para orientar e padronizar.
EQUIPAMENTOS
Escolha os equipamentos mais adequados para
montar uma linha de produção otimizada para
sua demanda.

Ainda que a crise ocasionada pela Covid-19 permaneça, especialistas da


área estão bastante otimistas, portanto, o investimento em máquinas e
equipamentos modernos é uma ótima forma de elevar a competitividade
de fábricas já consolidadas e aumentar o potencial de sucesso de novos
entrantes.

Nessa seção vamos falar do coração da sua fábrica: os equipamentos da


linha produção.

Você irá perceber que existem muitos fornecedores de equipamentos no


mercado, assim como uma grande variedade de máquinas diferentes e
equipamentos específicos para diferentes tipos de demandas.
Mas calma lá! Antes de continuar a leitura, quero te lembrar sobre algo
vital: muito mais do que comprar uma máquina de blocos, é importante
que você tenha clareza sobre todos os pontos abordados nos tópicos
anteriores.

Isso porque o sucesso de sua fábrica de blocos irá muito além de apenas
adquirir uma máquina bem construída, plugá-la na tomada e sair usando.

E é nesse ponto que muitas pessoas que estão iniciando falham!

Nessa altura, você já deverá ter muito claro:

● quem são os clientes que pretende atender,


● qual é o tamanho da demanda desses clientes,
● qual é o tipo de produto que precisa fabricar e o grau de qualidade
esperada pelos clientes,
● qual é o espaço que irá disponibilizar para todo o processo produtivo,
● e quanto pretende investir em equipamentos, espaço, insumos e
funcionários.

Se um desses pontos ainda não estiver claro ou você pensar que ainda não
está preparado para dar o próximo passo, sugiro voltar aos tópicos
anteriores e destrinchar todas as informações até se sentir seguro em
seguir adiante.

Se estiver seguro, seu próximo passo será identificar fornecedores em


potencial e conhecer os diferentes tipos de equipamentos disponíveis no
mercado.

Quanto aos fornecedores, a primeira coisa que você deve se certificar é se


ele consegue te atender rapidamente em caso de problemas no
equipamento ou, se necessário, seja possível encontrar peças de reposição
facilmente em sua localidade.
Nesse sentido, avalie se o fornecedor do equipamento possui peças de
reposição fáceis de encontrar e fornece suporte rápido em caso de
emergências. Aliás, um dia de produção parada pode causar um grande
estrago em seu caixa.

Com o fornecedor escolhido, você terá de entender quais são os modelos


de máquinas disponibilizados. Existem várias opções: máquinas manuais,
poedeiras, semi-automáticas (pneumáticas ou hidráulicas) e automáticas
(apenas hidráulicas).

Cada modelo de máquina atende diferentes demandas em quantidade e


tipos de produtos, sendo as manuais e poedeiras as menos eficientes e
limitadas e, as automáticas, as mais eficientes e versáteis.

Para cada tipo de máquina, será necessária a complementação com outros


equipamentos e acessórios, tais como misturador ou betoneira, bandejas,
moldes e esteiras, sistema de paletização, entre outros, de modo a compor
um sistema eficiente de produção.

Nos próximos tópicos, iremos apresentar os equipamentos necessários e


custos básicos estimados para sistemas de pequena, média e grande
produção.

Observe que esses são valores aproximados, tendo como referência março
de 2022. Caso você deseje valores atualizados basta entrar em contato com
nosso departamento comercial pelo WhatsApp (48) 99206–2152.
Produção pequena de até 500 blocos por dia com
uma máquina de blocos manual

Para uma produção em escala praticamente artesanal e que pode ser feita
até no quintal de casa, algumas pessoas começam com uma máquina de
blocos manual.

Essa é uma das formas mais rudimentares e baratas para se começar,


basicamente necessitando apenas uma betoneira e muita força braçal
para dar conta de uma produção pequena. Por isso, não recomendamos
esse sistema.

Mesmo assim iremos apresentar os custos para você ter como referência,
caso escolha começar dessa forma:

ITEM CUSTO APROXIMADO

Máquina de
R$ 11.000,00 a R$ 13.000,00
blocos manual

Betoneira R$ 3.500,00 a R$ 4.500,00

2 moldes
R$ 6.000,00
adicionais

O valor desse material depende de cada


Tábuas região, por isso não colocamos uma
estimativa de preço aqui

INVESTIMENTO
entre R$ 20.500,00 e R$ 23.500,00
APROXIMADO

A WM Máquinas não comercializa máquinas de blocos manuais, dado que


a maioria das pessoas que começam com esse tipo de equipamento, em
pouco tempo, precisam adquirir uma nova máquina maior para suprir a
demanda de seus clientes e, com isso, acabam gastando mais dinheiro.

Máquina de blocos manual BL500 (descontinuada).

Produção pequena de até 1.500 blocos por dia com


uma máquina de blocos pneumática

Para uma produção ainda em escala pequena, mas superior em qualidade


e produtividade quando comparado com uma máquina manual, existem
as máquinas pneumáticas.

Aqui tomaremos como exemplo uma máquina mais completa com silo e
gaveta:
ITEM CUSTO APROXIMADO

Máquina de blocos
R$ 30.000,00 a R$ 50.000,00
pneumática

Betoneira R$ 3.500,00 a R$ 4.500,00

Compressor R$ 8.000,00 a R$10.000,00

2 moldes
R$ 6.000,00
adicionais

Esteira R$ 20.000,00

O valor desse material depende de cada


Tábuas região, por isso não colocamos uma
estimativa de preço aqui

INVESTIMENTO entre R$ 62.500,00 e R$ 85.500,00


APROXIMADO

A WM Máquinas também não fabrica esse tipo de equipamento, visto que


o emprego de mecanismo pneumático tende a gerar um produto final
com qualidade variável, além de demandar custo maior com cimento na
massa, ou seja, não é possível garantir 100% de qualidade a todo momento
em peças produzidas com esse tipo equipamento.

Apesar disso, existem muitos fornecedores de máquinas pneumáticas no


mercado, as quais tendem a ser a porta de entrada para muitos fabricantes
de blocos iniciantes, dado o seu baixo custo e facilidade na operação e
manutenção.
Máquina de blocos pneumática BL2000 (descontinuada).

Produção pequena de até 2.000 blocos por dia com


máquina de blocos hidráulica semi-automática

Aqui tomaremos como exemplo a máquina BL2000H Hidráulica, com valor


de mercado de R$ 48.000,00.

Com essa máquina, o cliente pode escolher se prefere iniciar usando uma
esteira transportadora de agregados ou não. Assim como também é
possível começar com uma betoneira e, depois, adicionar um misturador
em sua linha de produção.

É bastante comum nossos clientes iniciarem seu negócio utilizando-se de


uma betoneira e conforme a demanda aumenta, acabam comprando um
misturador para economizar no cimento, aumentando o volume da massa
e, consequentemente, aumentando sua produção diária com um custo
menor.

O misturador é um equipamento apropriado para se trabalhar com


concreto seco, pois consegue misturar com mais eficiência maiores
volumes e, ao mesmo tempo, garantir a homogeneidade da massa e
preencher o molde uniformemente.

Um ponto importante a ser frisado é que essa máquina é totalmente


hidráulica, ou seja, não precisa de compressor.

Segue o valor aproximado de cada item:

ITEM CUSTO APROXIMADO

Máquina de blocos
R$ 48.000,00
hidráulica BL2000H

Betoneira ou — Betoneira: R$ 3.500,00 a R$ 4.500,00


Misturador — Misturador: R$ 35.000,00

2 moldes adicionais R$ 6.000,00

Esteira R$ 20.000,00

O valor desse material depende de cada


Tábuas região, por isso não colocamos uma
estimativa de preço aqui.

INVESTIMENTO
entre R$ 77.500,00 e R$ 109.000,00
APROXIMADO
Máquina de blocos hidráulica semi-automática BL2000H.

Além da BL2000H, a WM Máquinas também conta com a BL3000H


Hidráulica, nossa campeã de vendas por mais de 3 anos. Uma máquina
mais potente, com a hidráulica e sistema de vibração mais eficientes para
cargas de trabalho maiores.
Máquina de blocos hidráulica semi-automática BL3000H.

Produção média de até 4.000 blocos ou 250 m² de


paver por dia com uma máquina de blocos hidráulica
automática

A WM Máquinas conta com a BL4000S Automática, desenvolvida para


fabricação de blocos e pisos de concreto. Seu diferencial é o sistema de
vibração e compactação mais eficiente.

A BL4000S Automática, é uma máquina de maior valor agregado, mas a


sua alta capacidade de produção e redução na mão de obra necessária,
justificam facilmente o investimento.
Dada a sua alta eficiência, graças à automação, esse modelo necessita de
um misturador para dar conta do volume de massa processado pela
máquina, não sendo possível a utilização de betoneira.

Segue abaixo o valor aproximado de cada item:

ITEM CUSTO APROXIMADO

Máquina de blocos
R$ 189.000,00
automática BL4000S

Misturador R$ 90.000,00 a R$ 120.000,00

2 moldes adicionais R$ 6.000,00

Esteira R$ 20.000,00

O valor desse material depende de


Tábuas cada região, por isso não colocamos
uma estimativa de preço aqui.

INVESTIMENTO
entre R$ 305.000,00 e R$ 335.000,00
APROXIMADO
Máquina de blocos hidráulica automática BL4000S.

Se você for investir em uma máquina como a BL4000S, recomendamos


adquirir a planta completa para extrair o máximo que esse equipamento
tem a oferecer em termos de produtividade.

Segue uma lista completa de equipamentos periféricos que podem ser


adicionados à sua planta para ter a produtividade máxima suportada por
esse equipamento:
ITEM CUSTO APROXIMADO

Central dosadora R$ 180.000,00

Robô paletizador R$ 52.000,00

Sistema de paletização R$ 200.000,00

Central dosadora de agregados.


Robô paletizador.

Caso tenha dúvidas, a WM Máquinas disponibiliza consultores


especializados para te ajudar a encontrar o equipamento certo para sua
demanda. Basta entrar em contato pelo nosso WhatsApp (48) 99206–2152

Produção grande a partir de 6.000 blocos ou 350 m²


de paver por dia com uma máquina de blocos
hidráulica automática

Se você está lendo esse material, provavelmente ficará satisfeito com os


modelos apresentados anteriormente. Mas a título de curiosidade, quero
apresentar outros modelos que você também vai encontrar dentre os
produtos da WM Máquinas.

Para quem pretende fabricar a partir de 6.000 blocos ou 350 m² de paver


por dia, temos o modelo BL5000X, feito com tecnologia Gervasi Itália, uma
das cinco maiores fabricantes do mundo e que desde 2020 é sócia
investidora na WM Máquinas.

Máquina de blocos automática BL5000X

Além dessa máquina, também fabricamos os modelos Gervasi para


demandas a partir de 10.000 blocos ou mais de 500 m² de pavimento por
dia.
Para você ter uma ideia de escala, essas máquinas exigem que a empresa
possua uma usina de concreto própria para dosar e misturar a massa em
tempo hábil durante turnos de 24h ininterruptas. Além de uma esteira de
saída eficiente com sistema de paletização e estocagem automáticos.

Toda a linha de produção é 100% automática, contando com robôs


sofisticados que fazem desde o transporte, até o armazenamento e
embalagem dos produtos finais.

É o que tem de mais moderno em tecnologia para fabricação de blocos no


mercado mundial, e agora disponível também no Brasil com preços e
condições competitivas para os grandes fabricantes de blocos.

Planta automática Gervasi MXL sendo montada no pátio de cliente.


Sistema de transporte e paletização automáticos Gervasi.

Esperamos que sua fábrica de blocos chegue logo nesse patamar.


Estaremos caminhando lado a lado até lá!
MATERIAIS ADICIONAIS
Vá além do básico e busque conhecimentos
específicos sobre fabricação de blocos

Além deste guia, que procurou organizar as principais informações sobre o


tema, existe uma grande quantidade de materiais na internet sobre como
montar uma fábrica de blocos. Procure avaliar a fonte, selecione materiais
de qualidade, e aproveite para aprender ainda mais.

Alguns poucos textos apresentam a profundidade de conhecimento


necessária para ajudar os empreendedores de primeira viagem.

Por isso, recomendamos alguns materiais adicionais para complementar o


conteúdo deste guia.
Guia do Sebrae: Como montar uma fábrica de tijolo
de concreto

Por meio deste guia gratuito e bem completo do Sebrae, você terá uma
visão 360º sobre todo o negócio de fabricação de blocos, incluindo não
apenas aspectos operacionais, mas também de marketing, vendas,
finanças, administração, entre outros imprescindíveis para o sucesso da sua
fábrica.

Livro: Blocos e Pavers – Produção e Controle de


Qualidade

Idário Fernandes, autor do livro Blocos e Pavers — Produção e Controle de


Qualidade é um dos maiores especialistas no Brasil sobre o assunto. Nesse
livro você irá encontrar o conhecimento técnico necessário para produzir
blocos nas normas.

Associações e eventos do setor

Vou listar agora alguns sites que podem te ajudar a obter informações
técnicas e de mercado, atualizadas. Isso irá dar uma visão mais ampla do
contexto onde você estará se inserindo.

● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND — ABCP


● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA DE
CONCRETO
● ASSOCIAÇÃO BLOCO BRASIL
● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS — ABNT
● CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO — CBIC
● CONCRETE SHOW
● CONGRESSO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO (CONSTRUBUSINESS)-
FIESP
● SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO CIMENTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como você pode perceber, procuramos te apresentar os principais pontos


a serem considerados no momento de tomar a decisão quanto a implantar
uma fábrica de blocos e pavers.

O texto é muito completo e apresenta as principais questões que você


precisa pesquisar na sua região para começar o seu negócio.

A demanda do mercado de construção civil por blocos de concreto vem


crescendo cada vez mais, em vista das possibilidades e da qualidade que
esse material proporciona em obras de todos os tipos e tamanhos.

Existe uma tendência muito clara quanto à industrialização da construção


civil e isso servirá de alavanca para que o setor de produção de blocos e
pavers continue crescendo em ritmo acelerado.

E mais uma vez reforçamos: foque na qualidade do produto final! O


sucesso será a consequência direta dos seus esforços nesse sentido.

Desejamos sucesso em seu empreendimento!

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