Você está na página 1de 312

Curso de Orientação Mediúnica e Passes

COMP II

APOSTILA DE ESTUDOS
Filhos,
(...)
“A alma do homem encarnado, tão acostumada que está a ver e sentir todos os
problemas que lhe ocorrem, como simples manifestações do acaso – suas dores e seus
problemas, levados em conta como se fossem apenas dificuldades da matéria –, precisa
aprender a analisá-los pela ótica espírita, que nos dará a noção mais exata possível das
causas extrafísicas de tais situações. A convicção fundada puramente na matéria vai
cedendo espaço ao homem-espírito, embora as forças puramente materializadas que
ainda envolvem os homens procurem mostrar sua inexistência.

Trabalhemos por firmar o conceito de que não há corpo sem espírito. Busquemos
mostrar, tão claramente quanto possível, que as dores humanas não são dores
matematicamente certas, mas, sim, que a misericórdia de Deus está sempre presente em
todos os momentos e em todas as manifestações da dor-corrigenda.” (...)

Paz!

Inácio Bittencourt
(Mensagem recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 07/10/1998)

COMP II 1
A Medicina Espiritual
Resumo biográfico da vida e obra de Inácio Bittencourt
Patrono do Curso
Espírita bastante popular na terra carioca, homem de bem e incansável trabalhador na seara cristã, Inácio
Bittencourt nasceu aos 10 de abril de 1862, na Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira do
Arquipélago dos Açores, em Portugal.

Chegou ao Brasil em 1875, desembarcando no Porto do Rio de Janeiro, sem qualquer proteção ou amparo, sozinho
e com irrisória quantia de dinheiro no bolso. Jovem ainda, já demonstrava um caráter sério de grandes dotes
morais. Dias após sua chegada, empregou-se em pequenas tarefas no bairro de Botafogo, onde fixou residência.

Em 1883, casou-se com Dona Rosa Costa Bittencourt. O seu lar modesto, pobre mesmo, seria o refúgio acolhedor
de uma grande família.

Em 1885, aos vinte e dois anos de idade, inteirou-se da Doutrina Espírita, quando bastante enfermo e
desesperançado, foi levado à presença de um médium chamado Cordeiro, e, graças ao auxílio espiritual então
recebido, teve sua saúde restabelecida completamente. Admirado e surpreso com o diagnóstico e a receita
prescrita, questiona o médium sobre sua cura e obtém como resposta a indicação para ler as seguintes obras : “O
Evangelho Segundo o Espiritismo e “O Livros dos Espíritos”. Assim o fez. Descortinando novos horizontes, integrou-
se resolutamente na tarefa de divulgação evangélica e de assistência aos mais necessitados. Sua convicção se
estabeleceu através do estudo, transformando-o em ardoroso divulgador da Doutrina Espírita.

Anos mais tarde, surge-lhe naturalmente a faculdade mediúnica. Esta lhe possibilita intermediar milhares de curas,
o que, não raro, assumiam caráter assombroso. Isto trouxe como consequência, e em muitíssimas ocasiões,
surpreendentes conversões ao Espiritismo. Sempre solícito, exercendo a mediunidade de receitista, com a máxima
sinceridade e humildade, jamais distinguiu sofredores, do espírito ou da matéria, acolhendo a todos sem ver classe
social, sem perguntar a origem de um enfermo. Consciente do valor e significado do dom mediúnico e da grande
responsabilidade da tarefa, exerceu-a com consciência cristã.

Autodidata, buscou os conhecimentos que as dificuldades da vida material impediram-no de ter. A sua pouca
escolaridade não obstou a que viesse a ser fervoroso orador e grande conhecedor do Espiritismo. Tornou-se, desse
modo, um ponto de convergência de toda gente, quer dos seus adversários e inimigos quer daqueles que se
convertiam ao Espiritismo.

Como médium apto a receber do alto a inspiração, durante longa fase do mediunato, fez inúmeras conferências, no
Rio e em outros Estados. Nestas ocasiões proclamava o Espiritismo como algo sublime, pouco compreendido e
muito combatido. Demonstrava o Espiritismo como ciência, como filosofia e, por último, como religião.

Embora pobre e sobrecarregado, não lhe faltava tempo para dedicar-se de corpo e alma à divulgação do Espiritismo
e ao trabalho da caridade.

Inácio Bittencourt participou, direta ou indiretamente, da fundação de muitas instituições, dentre elas: Abrigo
Teresa de Jesus, União Espírita Suburbana, Asilo Legião do Bem, Círculo Cáritas, Centro Espírita Humildade e Fé, e
ainda dos Periódicos “Aurora” e “Tribuna Espírita”.

COMP II 2
A Medicina Espiritual
Resumo biográfico da vida e obra de Inácio Bittencourt
Patrono do Curso
O “Aurora” foi um dos órgãos espíritas aparecidos numa época em que o Espiritismo era assediado por todos os
lados, um período em que se precisava da bravura dos seus seguidores. Inácio soube cumprir com determinação e
capacidade o trabalho ao apelo então feito pela própria doutrina.

Durante dois anos foi Vice-Presidente da FEB ao lado de Leopoldo Cirne. Era uma época conturbada para o
movimento espírita. Sua palavra era sempre ouvida com acatamento. Diante do trabalho perseverante, surgiram as
perseguições ante a Doutrina Espírita, na figura do seu trabalhador incansável. Foi processado várias vezes por
médicos que alegaram estar exercendo falsamente a Medicina. Porém, como acima da justiça humana, está a de
Deus, Inácio foi absolvido de todas as acusações. Foi também perseguido pelo cardeal do Brasil, Joaquim Arcoverde;
enfrentou as perseguições através da Imprensa, sempre com serenidade e humildade de verdadeiro cristão.

Como médium receitista se constituiu expoente no quadro mediúnico brasileiro.

Trabalhou durante 54 anos seguidos, na mediunidade e na oratória além de dirigir várias instituições.

Aos 75 anos de idade começaram a quebrantar-se as energias obrigando-o a afastar-se das grandes atividades
permanecendo no receituário mediúnico e frequentando a FEB. Trabalhou até o limite de suas forças.

Dias antes do seu desencarne, num último gesto de tolerância e humildade, cedeu ao argumento da esposa,
concordando em receber as flores que lhe chegassem. Transformou, assim, o ato de simpatia e afeto, dos bondosos
amigos, em última homenagem à D. Rosa, sua querida esposa.

Desencarnou aos 18 de fevereiro de 1943, com 80 anos de idade, após lenta agonia. Liberto do corpo físico
prossegue, levando o tesouro indestrutível de suas boas ações.

Em mensagem póstuma, reafirma: “A vida prossegue imperturbável e nós precisamos acompanhar-lhe o ritmo.
Resta-nos, então, recomeçar humildemente, reaprendendo antigas lições de simplicidade e serviço...”

Não só receitando, curando e pregando o Evangelho; não só assistindo aos necessitados e fundando Instituições,
viveu Inácio Bittencourt. Foi mais além: legou-nos o exemplo vivo de verdadeiro homem de bem. Discípulo assíduo
do Cristo, ingressou na sua seara, trilhando os caminhos que o Espiritismo lhe abria, tornando-se, assim, um espírita
verdadeiro.

Trabalhando junto às instituições espíritas, continua ele a nos amparar, destacando o impositivo da oração e da
vigilância a fim de que estejamos seguros no discernimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso
dever face a face. Seja o exemplo de sua determinação, perseverança e disciplina o nosso roteiro de estudo no dia
de hoje. Vejamos nele o ser humano que lutou e que venceu.

Fonte: 19º ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL – EEME


ANO 2008 – Seção Doutrinária - Apostila do Encontrista

COMP II 3
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA
A DOENÇA - Fundamentação Doutrinária

1. O ESPÍRITO

Definição Dic. Aurélio (Ed. Nova Fronteira):


Espírito é a parte imaterial do ser humano, alma. Inteligência. Pensamento, ideia.

Etimologia:
A palavra espírito tem sua raiz etimológica do Latim "spiritus", significando "respiração" ou "sopro", mas também
pode estar se referindo a "alma", "coragem", "vigor". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrit o - em 25/04/08)

“... obra de DEUS, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o
próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem!
O mesmo se dá com relação a DEUS: somos seus filhos, pois que somos obra sua. (Kardec, Allan, O Livro dos
Espíritos, ed. FEB, perg. 77)

No livro O Grande Enigma, Leon Denis traça vários questionamentos sobre o homem:

2) O que é um homem?
“Um ser composto de uma alma e de um corpo, isto é, de espírito e de carne.”

3) O que é, portanto, a alma?


“É o princípio de vida em nós. A alma do homem é um espírito encarnado na matéria; é o princípio da inteligência,
da vontade, do amor, o foco da consciência e da personalidade.”

4) O que é o corpo?
“O corpo é um envoltório de carne, composto de elementos materiais, sujeito à mudança, à dissolução, à morte.”

No Livro dos Espíritos nós encontramos os seguintes questionamentos sobre o Espírito:

23. Que é o Espírito?


“O princípio inteligente do Universo.”

a) - Qual a natureza íntima do Espírito?


“Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós,
entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”

24. Espírito é sinônimo de inteligência?


“A inteligência é um atributo essencial do Espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de
sorte que, para vós, são a mesma coisa.” (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, ed. FEB, perg.23)

COMP II 4
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA
A DOENÇA - Fundamentação Doutrinária

2. O PERISPÍRITO

No livro O Grande Enigma, Leon Denis traça vários questionamentos sobre o perispírito:

7) Como a alma está unida ao corpo, o espírito à carne?


“Por meio de um elemento intermediário chamado corpo fluídico ou perispírito, que participa, ao mesmo tempo,
da alma e do corpo, do espírito e da carne, e os une, de alguma forma, um ao outro.”

8) O que quer dizer a palavra perispírito?


“Esta palavra quer dizer que: que está em torno no espírito. Assim como o fruto está envolvido com um envoltório
muito fino chamado perisperma, o espírito está envolvido com um corpo muito sutil chamado perispírito.”

10) O homem é, portanto, na realidade composto de três elementos constitutivos?


“Sim. Esses três elementos são: o corpo, o espírito e o perispírito.”

(Denis, Léon, O Grande Enigma, Edições Leon Denis, 2003, Quarta Parte, questões 07 , 08 e 10).

COMP II 5
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA

A DOENÇA - Fundamentação Doutrinária

3. CAUSA PRIMÁRIA – DEUS

Que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos ,ed. FEB, perg. 1)

Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?


Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do
homem, e a vossa razão vos responderá.

Nota de Kardec:
Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele
tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o
nada pôde fazer alguma coisa. (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg 4, ed. FEB)

4. LEIS UNIVERSAIS (DIVINAS)

Que objetivos abrangem as leis divinas? Elas se referem a outra coisa além da conduta moral?
“Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é o criador de todas as coisas. O sábio estuda as leis da
matéria, o homem de bem estuda as da alma e as pratica.”
“A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos
seres que os habitam.” (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, perg. 617 e 618)

“(...) A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo
sofrimento”.(...) (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, perg. 633)

4.1 – Leis materiais

Segundo Emmanuel (espírito) no livro O Consolador:

19 – As noções de física conhecidas pelos homens são definições reais e definitivas?


Os homens possuem da matéria a conceituação possível de ser fornecida pela sua mente, compreendendo-se que o
aspecto real do mundo não é aquele que os olhos mortais podem abranger, porquanto as percepções humanas
estão condicionadas ao plano sensorial, sem que o homem consiga ultrapassar o domínio de determinadas
vibrações.

Mergulhadas nas vibrações posadas dos círculos da carne, as criaturas têm notícias muito imperfeitas do Universo,
em razão da exigüidade dos seus pobres cinco sentidos.

COMP II 6
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA
A DOENÇA - Fundamentação Doutrinária

É por isso que o homem terá sempre um limite nas suas observações da matéria, força e movimento, não só pela
deficiência de percepção sensorial, como também pela estrutura do olho, onde a sabedoria divina delimitou as
possibilidades humanas de análise, de modo a valorizar os esforços e iniciativas da criatura.

23 – Existe uma lei de equilíbrio e uma lei de fluidos?


As grandes leis gerais do equilíbrio têm a sua sede sagrada em Deus, fonte perene de toda a vida. E, em se falando
da lei de fluidos, cada orbe a possui de conformidade com a sua organização planetária.

Com relação ao plano terrestre, somente Jesus e os seus mensageiros mais elevados conhecem os seus processos,
com a devida plenitude, constituindo essa lei um campo divino de estudos, não só para a mentalidade humana,
como também para os seres desencarnados que já se redimiram dos labores mais grosseiros junto dos círculos da
carne, a fim de evoluírem nas esferas mais próximas do cenário terrestre. (Xavier, Francisco Cândido, O Consolador,
pelo Espírito Emmanuel, Editora FEB, 1991, Primeira Parte, questões 19 e 23)

4.2 – Leis Morais (Leis da Alma)

Leis Morais
Adoração Sociedade
Trabalho Progresso
Reprodução Igualdade
Conservação Liberdade
Destruição Justiça, amor e caridade

614. Que se deve entender por lei natural?


“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar
de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”

647. A lei de Deus se acha contida toda no preceito do amor ao próximo, ensinado por Jesus?
“Certamente. Esse preceito encerra todos os deveres dos homens uns para com os outros. Cumpre, porém, se lhes
mostre a aplicação que comporta, do contrário deixarão de cumpri-lo, como o fazem presentemente. Demais, a lei
natural abrange todas as circunstâncias da vida e esse preceito compreende só uma parte da lei. Aos homens são
necessárias regras precisas; os preceitos gerais e muito vagos deixam grande número de portas abertas à
interpretação.” (Karde, Allan. O Livro dos Espíritos, Ed. FEB. Perg. 614 e 647)

COMP II 7
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA

5. REENCARNAÇÃO

“O princípio da reencarnação é uma consequência necessária da lei de progresso. Sem a reencarnação, como se
explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e o dos tempos de barbárie? Se as almas são criadas
ao mesmo tempo que os corpos, as que nascem hoje são tão novas, tão primitivas, quanto as que viviam há mil
anos; acrescentemos que nenhuma conexão haveria entre elas, nenhuma relação necessária; seriam de todo
estranhas umas às outras. Por que, então, as de hoje haviam de ser melhor dotadas por Deus, do que as que as
precederam? Por que têm aquelas melhor compreensão? Por que possuem instintos mais apurados, costumes mais
brandos? Por que têm a intuição de certas coisas, sem as haverem aprendido? Duvidamos de que alguém saia
desses dilemas, a menos admita que Deus cria almas de diversas qualidades, de acordo com os tempos e lugares,
proposição inconciliável com a ideia de uma justiça soberana.” (Kardec, Allan. A Gênese, Ed. Celd, cap. XI, it.33)

5.1 – Objetivo da Reencarnação

Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?


“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão.
Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a
expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na
obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a
matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que,
concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

Nota de Kardec:
A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa
mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. Deste modo, por uma admirável lei
da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza. (Kardec. Allan. O Livro dos Espíritos, ed. FEB, perg.
132 e nota)

5.2 – Justiça da Reencarnação

Em que se funda o dogma da reencarnação?


“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos
uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna
todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os
egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”

Nota de Kaedec:
“Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as
provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam
fazer ou concluir numa primeira prova.(...) A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o
Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com
os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas
esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la
indica e os Espíritos a ensinam.” (Kardec. Allan. O Livro dos Espíritos, ed. FEB, perg. 171 e nota de Kardec)
COMP II 8
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA

5.3 – Justiça das Aflições

“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados “ (MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza
do futuro, estas máximas seriam um contrassenso; mais ainda: seriam um engodo.(...) (Kardec, Allan. O Evangelho
Segundo o Espiritismo, ed. FEB, Cap. V , item 3)

6. O LIVRE-ARBÍTRIO

843 - Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?


“Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”

851 - Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer:
todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer.
Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a
achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito,
conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.”(...)

(Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, ed. FEB, pergs. 843 e 851)

A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação; é a


responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais do que um
autômato, um joguete das forças ambientes: a noção de moralidade é inseparável da de liberdade.(...)

O livre-arbítrio é, pois, a expansão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário


querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões
baixas, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo da razão.

Isto só se pode obter por uma educação e uma preparação prolongada das faculdades humanas:
libertação física pela limitação dos apetites; libertação intelectual pela conquista da verdade; libertação
moral pela procura da virtude. É esta a obra dos séculos. Mas, em todos os graus de sua ascensão, na
repartição dos bens e dos males da vida, ao lado da concatenação das coisas, sem prejuízo dos destinos
que nosso passado nos inflige, há sempre lugar para a livre vontade do homem.(...)

... Suprida, a princípio, pelo instinto, que pouco a pouco desaparece para dar lugar à razão, nossa
liberdade é muito escassa nos graus inferiores e em todo o período de nossa educação primária. Toma
extensão considerável, desde que o Espírito adquire a compreensão da lei.”(...)

(Denis, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor, ed. FEB, cap. XXII)

COMP II 9
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA

7. LEI DE CAUSA E EFEITO

“(...) Cada um leva para a outra vida e traz, ao nascer, a semente do passado. Essa semente há de espalhar seus
frutos, conforme a sua natureza, ou para a nossa felicidade ou para a nossa desgraça na nova vida que começa e até
sobre as seguintes, se uma só existência não bastar para desfazer as consequências más de nossas vidas passadas.
Ao mesmo tempo, os nossos atos cotidianos, fontes de novos efeitos, vêm juntar-se às causas antigas, atenuando-as
ou agravando-as, e formam com elas um encadeamento de bens ou de males que, no seu conjunto, urdirão a teia
do nosso destino.”

(Denis, Léon. O Problema do Ser do Destino e da Dor. 10. ed. FEB - cap. XIII – As Vidas Sucessivas e a Reencarnação e Suas Leis, §8 -)

7.1 – Causas atuais das aflições

“De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que
importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e
do proceder dos que os suportam.”(...)

(Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, Cap. V, itens 4 e 5)

7.2 – Causas anteriores das aflições

Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência,
ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. (...) Todavia, por virtude do axioma
segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se
admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não
se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro
lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que
fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma alternativa a que
ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus. (...)

Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias
que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante
anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão-só do ponto de vista da vida presente. Aquele
que se elevar, pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é
atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a justiça de
Deus nunca se interrompe. (...)

(Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, Cap. V, itens 6 a 10)

COMP II 10
A Medicina Espiritual
MÓDULO I - A DOENÇA
7.3 – A desgraça real

As denominadas desgraças terrestres, aquelas que se convencionaram como divinas punições, tais os acidentes com
vítimas fatais ou que ficaram imobilizadas, os terremotos e tornados, os prejuízos econômicos e as perdas materiais,
as enfermidades extenuadoras, os dissabores morais, assim se apresentam face à ignorância humana em relação
aos Soberanos Códigos. (...)

Espíritos em processo de aprimoramento, retornamos sempre ao proscênio terrestre para aprender; reeducar-nos,
quando erramos; recuperar-nos, quando nos comprometemos. Como consequência, volvemos sob a injunção das
provas e expiações, que se nos tornam os educadores ideais.

Essas provas surgem-nos, suaves e constantes, levando-nos à meditação e ao aprendizado dos deveres elevados.
Constituem-nos estímulos para o crescimento moral e espiritual, aplainando-nos as arestas e dulcificando-nos os
sentimentos, quando embrutecidos. (...)

Quando alguém explora o seu próximo, levando-o à miséria e ao sofrimento, isto, sim, é-lhe uma desgraça. Quando
se trai um amigo, induzindo-o ao desequilíbrio e à loucura, eis um ato de desgraça conscientemente praticado.

Quando se estimula o crime ou dele se vive, sem qualquer consideração pela vida das demais criaturas, pela ordem
ou pelo dever, defrontamos com a desgraça real.

Quando o indivíduo se permite a inveja, o ciúme, o ressentimento, e cultiva o revide, o desejo do mal, ei-lo à borda
do abismo que o derrubará na desgraça verdadeira.

Quando se vive parasitariamente, na inutilidade ou no desperdício, olvidando os compromissos para com a


existência em forma de edificação moral, pratica-se uma desgraça que se lamentará.

Quando, por insensatez ou perversidade, prejudica-se outrem, ferindo-lhe a confiança, sobrecarregando-o de


dores, infelicitando-o de qualquer maneira, aí está a desgraça sem disfarce.

Desgraça verdadeira é o mal que se pratica em relação ao próximo.

Num sentido mais lato, a agressão à natureza como resultado da ambição desmedida do ser humano; o desrespeito
à vida, na flora e na fauna, destruindo-a – tais comportamentos são desgraças quase irremediáveis, que resultarão
em expiações rudes para os seus transgressores.

Produzir sofrimento nos outros é cumular-se de desgraças. Aqueles que são as vítimas, sabendo aproveitar o
ensejo, beneficiar-se-ão pelos sofrimentos advindos, resgatando os débitos perante a Consciência Cósmica e
adquirindo a sabedoria que deles decorre. (...)

(Franco, Divaldo Pereira, pelo Espírito Joanna de Angelis, Sob a Proteção de Deus. Salvador. LEAL, 1994)

POR QUE FICAMOS DOENTES?

COMP II 11
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
8. SAÚDE

8.1 – Visão dos Encarnados sobre Saúde

Definição do dicionário Houaiss:


i. é o estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características
estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para a forma particular de vida (raça,
gênero, espécie) e para a fase particular de seu ciclo vital;
ii. é o estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar;
iii. força física; robustez, vigor, energia.

8.2 – Visão dos Espíritos sobre Saúde

“Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais; para o plano espiritual,
todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma, para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da
contribuição preciosa das moléstias e deficiências transitórias da Terra.” (Xavier, Francisco C.O Consolador, pelo
espírito Emmanuel, l Ed. FEB, perg.95).

A saúde integral – harmonia psicológica, equilíbrio fisiológico e normalidade socioeconômica – somente será fruída
quando a consciência de paz viger, no ser humano, sem jaça. Para que isso ocorra, faz-se mister promover e viver os
ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, em espírito e verdade, todos eles centrados no amor e nos seus
derivados: o perdão das ofensas, a humildade, a renúncia, a abnegação e, especialmente, a caridade.

A ideação da transformação interior, com a consequente mudança de atitude para a constante edificação pessoal,
torna-se eficiente psicoterapia, por modificar os campos estabelecidos, e novas ondas de sutil energia passarem a
irradiar-se, alterando as estruturas das partículas celulares, que se encarregarão de restabelecer as áreas afetadas,
produzindo saúde. (Franco, Divaldo P. Sob a proteção de Deus; Diversos Espíritos. Salvador, BA: Livraria Espírita
Alvorada, 1994)

As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do
espírito enfermo. A patogenia é um conjunto de inferioridade do aparelho psíquico. E é ainda na alma que reside a
fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode
remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio
espírito enfermiço. Podeis objetar que as injeções e os comprimidos suprimem a dor; todavia, o mal ressurgirá mais
tarde nas células do corpo. Indagareis, aflitos, quanto às moléstias incuráveis pela ciência da Terra e eu vos direi que
a reencarnação, em si mesma, nas circunstâncias do mundo envelhecido nos abusos, já representa uma estação de
tratamento e de cura e que há enfermidades d’alma, tão persistentes, que podem reclamar várias estações
sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores. (Xavier, Francisco C., “O Consolador” pelo
Espíri.to Emmanuel , ed. FEB, perg. 96)

(...) assim, a dor tem uma função educativa, que decorre da necessidade de aprendizagem e de afirmação de
valores internos que devem ser desenvolvidos.

(...) Não obstante, a Divindade, que é Amor, dispõe de recursos inumeráveis para que o Espírito evolua sem a
necessidade do sofrimento, tais como a obediência, o trabalho, o devotamento ao Bem, a equidade, o serviço
desinteressado, a elevação mental, produzindo a sintonia com a Ordem Universal.”(Franco. Divaldo P. Atualidade do
Pensamento Espírita, pelo espírito Vianna de Carvalho, Ed. Leal Perg.180) – nosso grifo
COMP II 12
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
9. MEDICINA ESPIRITUAL

9.1 – Definição de Medicina Espiritual

“Medicina Espiritual é a atividade exercida pelos espíritos, que utilizando recursos fluídicos, magnéticos e
espirituais, objetiva a cura dos indivíduos, do ponto de vista físico e principalmente espiritual. Também pode-se
considerar como medicina espiritual a ação curadora por cirurgias espirituais ou por medicamentos prescritos pelos
espíritos através do receituário mediúnico. O plano espiritual, configurado nos espíritos, age pelo magnetismo e
pelos fluidos, que são movimentados pela nossa vontade para a cura dos corpos.” (Balthazar, Mensagem recebida
pelo médium Altivo Pamphiro).

“A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra
do espírito.” (Ignácio Bittencourt – Mensagem recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, no CELD).

9.2 – A visão dos encarnados sobra a Medicina Espiritual

“Quando estamos pensando em Medicina Espiritual, estamos pensando, por parte dos homens, na procura de um
fator além dos limites da medicina terrena. E como é além dos limites da medicina terrena, quer dizer uma situação
miraculosa. Isto é fundamental que a gente tenha na cabeça. “O doutor não me curou do câncer, vou tomar passe
nesse ou naquele lugar, porque lá vou conseguir um milagre que o doutor não está podendo me dar, a cura do
câncer.” Não é isso que os espíritos estão nos dizendo. Quando nos apresentam a proposta do tratamento
espiritual, estão nos apresentando a proposta de curarmos as causas espirituais das nossas doenças. O motivo pelo
qual nessa existência eu tenho câncer e, se eu não curar isso, na próxima eu vou ter isso e aquilo outro, na terceira
vou ter isso e aquilo outro, até que tendo me curado do desequilíbrio da alma eu não volte a enfermar. Isso é
fundamental na nossa visão.”(Aula: A Visão da Medicina Espiritual, por Márcia Cordeiro, em 18/03/2006, no CELD).

9.3 – A visão dos Espíritos sobre a cura

“A Terapia Espírita é a do convite ao enfermo para a responsabilidade, conclamando-o a uma autoanálise honesta,
de modo a que ele possa romper em definitivo com as imperfeições, reformulando propósitos de saúde moral e
mergulhando nos rios claros da meditação para prosseguir revigorado, senda a fora”. (Franco, Divado P. “Bastidores
da Obsessão, pelo Espírito: Manoel P. de Miranda, Ed. FEB)

COMP II 13
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
9.4 – Definição de Medicina Espiritual

“Sendo a mediunidade de cura uma faculdade fundada em Leis Naturais, tem limites traçados pelas mesmas.
Compreende-se que a ação fluídica possa dar sensibilidade a um órgão existente, fazer dissolver e desaparecer um
obstáculo ao movimento e à percepção, cicatrizar uma ferida, porque então o fluido se torna um verdadeiro agente
terapêutico”. (“Revista Espírita” - 1866 - pág.348 - Allan Kardec - ed. FEB)

“Mediunidade de cura é uma mediunidade em que a doação do fluido do médium é apropriada para exercer a cura
das doenças, de modo rápido. A única diferença do médium comum para o médium curador é que o médium
curador exerce uma ação curativa de modo mais ou menos rápido. Uma pessoa que não seja médium curador
poderá, no curso de muitos passes, provocar a cura de determinada doença, não de todas. Já o médium curador,
consegue exercer com sua ação curativa uma cura eficaz, mais ou menos rápida ou, pelo menos, a interrupção do
curso da doença. Esta é a grande diferença do médium curador para o médium comum”. (Aula dada por Altivo
Carissimi Pamphiro - 20/08/90)

“A Mediunidade Curadora abarca assim, ao mesmo tempo, a saúde moral e a saúde física, o mundo dos encarnados
e o dos Espíritos”. (“Revista Espírita” - Allan Kardec - 1867 - pág. 319 - ed. FEB)

“Mediunidade Curativa - No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de
grandeza. Cercam-no doentes de variada expressão. Paralíticos estendem-lhe membros mirrados, obtendo socorro.
Cegos recuperam a visão. Ulcerados mostram-se limpos. Alienados mentais, notadamente, obsidiados diversos,
recobram o equilíbrio.”(Xavier, Francisco C. “Mecanismo da Mediunidade”, pelo Espírito André Luiz, ed. FEB. Cap. 26
pág. 186)

9.5 – Recursos usados pela Medicina Espiritual

(Retirado da apostila do X EEME - 1999 – Seção Doutrinária)

9.5.1 – Água fluidificada: (...) – Por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus –, precioso esforço de
medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico,
que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura. (...)
(Xavier, Francisco C., Nos Domínios da Mediunidade, pelo espírito André Luiz, ed. FEB. Cap. 12)

9.5.2 – Fluidos: “O fluido magnético tem pois duas fontes distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos
desencarnados; essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade dos fluidos e nos seus efeitos.
O fluido humano está mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado, o dos bons Espíritos
é necessariamente mais puro e, por isso mesmo, tem propriedades mais ativas., que acarreta uma cura mais
pronta. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um
vaso impuro. Daí, para todo verdadeiro médium curador a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto
é, o seu melhoramento moral. (“Revista Espírita” - 1865 - pág. 251 - Allan Kardec - ed. FEB)
COMP II 14
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
9.5.3 – Passes: “Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma
transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório
limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Xavier, Francisco C., “O
Consolador”, pelo Espírito Emmanuel, ed. FEB, questão 98)

“O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça a adesão daquele que lhe
recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao limite máximo de aceitação, determina sobre si
mesmo mais elevados potenciais de cura. Nesse estado de ambientação, ao influxo dos passes recebidos, as
oscilações mentais do enfermo se condensam, mecanicamente, na direção do trabalho restaurativo, passando a
sugeri-lo às entidades celulares do veículo em que se expressam, e os milhões de corpúsculos do organismo
fisiopsicossomático tendem a obedecer, instintivamente, às ordens recebidas, sintonizando-se com os propósitos
do comando espiritual que os agrega.” (Xavier, Francisco C., “Mecanismos da Mediunidade”, pelo espírito André
Luiz, ed. FEB. Cap. 22)

9.5.4 – Magnetismo: Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo, mas inexplicado
até hoje: o da mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador,
quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que, como
atrás dissemos, e a substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora, desde que ele
pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os
fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida. (Kardec, Allan. O
Livros dos Médiuns, ed. FEB, Cap. VIII – Laboratório do mundo invisível, item 131)

9.5.5 – Receituários: (...) Vezes outras, ainda. Mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os
buscam, estimulando-os à mudança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das
tinturas-mães devidamente dinamizadas. (Franco, Divaldo P., Nascente de Bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
ed. Leal, Lição 15)

9.5.6 – Cirurgias espirituais: Mais especialmente quando se utilizam de médiuns portadores de faculdades de
efeitos físicos ou de ectoplasmia, para procedimentos cirúrgicos com instrumentos próprios ou sem eles.(...)

(...) Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito, o
campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito.(...)

9.5.7 – A prece: Podem obter-se curas unicamente por meio da prece?


"Sim, desde que Deus o permita; pode dar-se, no entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e
então julgais que a vossa prece não foi ouvida." (Kardec, Allan, O Livro dos Médiuns, ed. FEB, Cap. XIV – 7. Médiuns
curadores, item 176)

9.5.8 – A Fé: “O homem deve mobilizar todos os recursos ao seu alcance, em favor do seu equilíbrio orgânico. Por
muito tempo ainda, a Humanidade não poderá prescindir da contribuição do clínico, do cirurgião e do farmacêutico,
missionários do bem coletivo. O homem tratará da saúde do corpo, até que aprenda a preservá-lo, conservando a
preciosa saúde de sua alma. (Xavier, Francisco C. “O Consolador”, pelo espírito Emmanuel, ed. FEB, Perg. 97)

“A fé vivaz, à vontade, a prece e a evocação dos poderes superiores amparam o operador e o sensitivo. Quando
ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo coração, a ação curativa é mais intensa. (Denis, Léon, “No Invisível”
ed. FEB, Cap. XV - Pág. 181)

COMP II 15
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
10. A CURA REAL

Cura - Ato ou efeito de curar (-se); restabelecimento da saúde. (Dic. Mini Aurélio)

O que é a cura ?
“É o equilíbrio do Espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico.” (Pamphiro, Altivo C.- Pelo Espírito Ignácio
Bittencourt, mensagem psicofônica recebida no CELD)

“O ser humano é, em decorrência, o resultado de tudo aquilo que elabora, cultiva e realiza.

“A cura real é uma operação profunda de transformação interior que ocorre somente quando os fatores
propiciadores da injunção danosa se modificam para melhor dando lugar ao equilíbrio das suas variadas funções no
campo da energia.” (Franco, Divaldo P. “Dias Gloriosos, pelo espírito Joanna de Angelis, ed. Leal, pág. 66)

10.1 – Como curar o corpo

“A lei de Conservação obriga o homem a prover as necessidades do corpo?”


R: “Sim, porque, sem a força e saúde impossível é o trabalho.”(Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, perg. 718)

(...) “Pode-se observar que, antes do surgimento ou instalação de diversas doenças, o paciente se permitiu
desconsertos íntimos, anelou pelo abandono da luta material, sentiu-se esgotado pela sucessão de tormentos e
dores morais, permitindo-se o desânimo desgastante. (Franco, Divaldo P. Dias Gloriosos, pelo espírito Joanna de
Angelis, Ed. Leal, p. 67)

“(...) Lembremos, a todos, que o remédio, a determinação de médicos, enfermeiros ou outros técnicos é muito
importante, que a força do corpo, igualmente, é determinante, mas que não se deve esquecer, jamais, a
contribuição que o nosso espírito oferece para manutenção das energias orgânicas.

(...) É isso que vocês deverão, também, falar às criaturas; não irão prometer-lhes cura, mas as ensinarão a andar em
terreno não-minado, como a cólera, o da indiferença, o da raiva concentrada, o do desequilíbrio, enfim. Ensinar a
criatura a andar num terreno limpo é estabelecer bases mínimas para a saúde de seu corpo.

(...) Assim, meus irmãos, cultivem esses hábitos, afastem a desarmonia interna, para que seus espíritos realmente
sejam espíritos voltados para o bem e para a prática do ensino.”(...) (Mensagem psicofônica recebida pelo Médium
Altivo Pamphiro, no CELD, em 13/10/99)

10.2 – Como curar o Espírito

“A ciência espírita, por sua vez, reconhecendo que todo o sofrimento decorre do mau uso do livre-arbítrio pelo
homem, nos valores morais em recomposição se encontra o mecanismo essencial para a libertação do mesmo. A
tese é extensiva à problemática das doenças.

Sem uma correspondente transformação moral do paciente, a terapia que se lhe aplique, quando enfermo, poderá
modificar-lhe o quadro orgânico, não, porém, liberá-lo, porquanto ao primeiro ensejo, ela ressurgirá ou facultará a
manifestação de outras patologias já vigentes, no campo vibratório não reequilibrado. (Franco, Divaldo P. Plenitude,
pelo espírito Joanna de Angelis, Ed. Arte e Cultura, Cap. XI) – nosso grifo
COMP II 16
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
10.3 – A Vontade na Cura

“A vontade é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a
essência da sua personalidade. Seu poder sobre os fluidos é acrescido com a elevação do Espírito. (...)

(...) Assim, a vontade humana destrói e repara a bel-prazer os tecidos vivos; pode também modificar as
substâncias materiais a ponto de comunicar-lhes propriedades novas. (Denis, Léon. Depois da Morte 17a.ed. FEB,
parte quarta – Págs.208 até 211) nosso grifo

10.4 – O Pensamento na Cura

“Primeiro que tudo, é preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção
determinada, um fim nobre e digno.

A fiscalização dos nossos pensamentos implica a fiscalização dos atos, porque, se uns são bons, os outros sê-lo-ão
igualmente, e todo o nosso procedimento achar-se-á regulado por uma concatenação harmônica. A obediência é o
consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração.” (Denis, Leon, O Problema do Ser, do Destino e
da Do, ed. FEB, Cap. XXIV – Pág. 357)

“O pensamento harmônico propicia, então, o equilíbrio psicofísico, em face das infinitas possibilidades de que
dispõe a mente, especialmente no que se refere ao dualismo saúde-doença, trabalhando pela conquista possível da
plenitude, mesmo durante a jornada carnal.”(Franco, Divaldo P. Encontro com a Paz e a Saúde, pelo espírito Joanna
de Ângelis, ed. Leal,2007, pág.33) nosso grifo

10.5 – A Fé na Cura

“A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em
germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade
ativa.

Eu vos repito: a fé é humana e divina. Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da
força que trazem consigo, e se quisessem por sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que
até hoje chamais de prodígios, e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas.” (Kardec, Allan.
O Evangelho Segundo o Espiritismo -1ª.ed. –CELD – Cap. XIX, item 12) nosso grifo

10.6 – A Prece na Cura

“Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a
inspirar-lhes ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao
caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas
próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se
entregou, e arrasta , até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não
obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.”
(Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB – Cap. XXVII, item 11) nosso grifo
COMP II 17
A Medicina Espiritual
MÓDULO II - A CURA
10.7 – O Autoconhecimento na Cura

“Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nessa vida e de resistir à atração do mal?”

“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: conhece-te a ti mesmo.”

a) “Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a
si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?”

“(...) Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes
em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes
alguma ação que não ousaríeis confessar. (...)”

“Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós
mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser
curado. (Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos – FEB – Cap. XII, perguntas: 919 e 919 a.)

COMO VAMOS NOS CURAR?

COMP II 18
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO
11. DOUTRINA ESPÍRITA E SAÚDE

O CONSOLADOR

“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de
que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e
absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. - Porém,
o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
recordar tudo o que vos tenho dito.” (JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26) nosso grifo

4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro
para o compreender, (...) O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu
advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo
compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: "Ouçam os que têm ouvidos para ouvir." O
Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu
intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da
Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores. (Kardec, Allan, O Evangelho
Segundo o Espiritismo, ed. FEB, cap. VI, item 4) nosso grifo

“Busquemos estudar. Pior que a situação de quem não sabe ler, é a situação de quem sabe e, no entanto, não lê.
Todo espírita cristão é um predestinado, trazendo nos tímpanos e nas retinas vozes e visões doutro mundo; um
paisagista a fixar, com o próprio sangue as telas do bom exemplo; um tarefeiro a regar, com o próprio suor, a lavra
do bem.” (Xavier, Francisco C. Seareiros de Volta, espírito diversos, Ed. FEB, mensagem de Ignácio Bittencourt, - Página 109 )

“Prezados irmãos, que Jesus Cristo esteja com todos agora e sempre.
O estímulo ao estudo, vem sendo dado por essa casa ao longo dos anos. A Doutrina Espírita será para todos nós, a
doutrina de apoio que ilumina, que sustenta, que nos eleva e que nos faz seguir adiante; os momentos de luta por
que passa a humanidade, nos faz ver de modo permanente, que a doutrina precisa ser difundida de modo claro,
objetivo, visando mostrar aos corações ansiosos de paz que será através dela que se conseguirá alcançar o mínimo
de equilíbrio interior.(...)
Um abraço amigo do Hermann, que sintetiza o abraço de todos os amigos espirituais de vocês que aqui estão.
Deus fique com todos.
Muita paz.! Hermann”
(Apostila X EEME – 1999, Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 09/11/91)

COMP II 19
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO
“[...] Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se
todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram... “Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o
vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade”. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860) ...” (Kardec, Allan, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, cap.. VI, item 5)

11.2 – Doutrina Espírita e Saúde

[...] “Se o enfermo guarda a receita no bolso e foge à instrução indicada, não adianta o esforço do clínico ou do
cirurgião que despendem estudo e tempo para servi-lo”. [...]

[...] “Dispomos, contudo, na Doutrina Espírita, à luz dos ensinamentos do Cristo, de verdadeira ciência curativa da
alma, com recursos próprios à solução de cada processo morboso da mente, removendo o obsessor do obsidiado,
como o agente químico ou a intervenção operatória suprimem a enfermidade no enfermo, desde que os
interessados se submetam aos impositivos do tratamento”.(...)
(Xavier, Francisco. C., Seara dos Médiuns, pelo esp. Emmanuel, ed. FEB, cap. Obsessão e Cura.)

[...] “Não basta que um doente diga ao seu médico: dê-me saúde, quero passar bem. O médico nada pode, se o
doente não faz o que é preciso." [...] (Kardec., Allan, O Livro dos Médiuns, ed. FEB. Capítulo XXIII – item 254)

11.3 -Cuidar do corpo e do espírito

[...] “começo demonstrando a necessidade de cuidar do corpo, que, segundo as alternativas de saúde e de doença,
influi de uma forma muito importante sobre a alma; pois é preciso considerá-la como prisioneira na carne. Para que
essa prisioneira viva, se movimente e até mesmo conceba as ilusões da liberdade, o corpo deve estar são, disposto
e vigoroso”. (Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, ed. FEB, cap., XVII, item 11)

12. A CASA ESPÍRITA – SEU PAPEL EM NOSSA VIDA

Tratamento preventivo:

[...] O ambiente da Casa Espírita retempera fluidos. Vocês podem abrir um leque de opções. A começar pelas
experiências pessoais ou com aquilo que leram. Quem faz visitas a doentes, onde existe o desgaste emocional, visita
a hospital, ambiente de trabalho, aquilo tudo é ambiente fluídico, comecem a enriquecer com suas experiências.

A retemperação de energia na Casa Espírita: o ambiente doutrinário é um ambiente que se envolve com nossas
ideias, nós estamos aqui rezando, criando a fluidificação das paredes, criando uma tranquilidade. Essa parede
fluidificada serve de proteção para os espíritos trabalharem aqui dentro [...].

[...] existe também, na Casa Espírita, a fonte de ligação com o plano mais alto. Constantemente do mais alto,
descem energias que sustentam o ambiente da Casa, e esta sustentação também é como se fosse um ponto de
referência para os guias espirituais. Eles olham para aquele ambiente e sentem que eles ajudam e podem ser
ajudados, pois na hora de um socorro eles trazem os espíritos que precisam ser ajudados para essa ambientação. A
Casa Espírita previne, fluidicamente, com essas vibrações e retempera também todas as nossas energias por força
do trabalho [...].

COMP II 20
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO
(...) A cura da parte física na Casa Espírita e com a Doutrina Espírita é o passe, água fluidificada, os passes magnéticos,
estudo das causas, a criação de um ambiente favorável para as pessoas não se sentirem expulsas do local. O ambiente de
passe, por exemplo, deve ser um ambiente que convide a pessoa a ser atendida. Não é só falar para as pessoas que elas
precisam estudar, tem que se falar para estudarem a causa de suas dores para obterem a cura. Falar só do estudo em si
não basta. Muitas vão em busca de soluções imediatas e sem o estudo das causas de suas dores não vai adiantar. A cura
das doenças morais está no estudo das causas e sempre é bom lembrar, que muitos problemas que temos existem
porque nós não buscamos nossa origem espiritual, não buscamos o porquê estamos reencarnamos [...].
(A importância da Casa Espírita e da Doutrina Espírita na prevenção das doenças - Aula dada por Altivo Pamphiro em
11/08/2005)

O que é um Centro Espírita na ótica dos bons espíritos?

Balthazar: Uma Casa Espírita, segundo o nosso ponto de vista, é aquilo que procuramos ao longo dos anos implantar na
cabeça dos que desejam aprender, é um núcleo de resistência ao mal e simultaneamente, um núcleo de orações e
trabalhos a Deus e por Deus. Assim, entendemos que uma Casa Espírita é um local de relações entre seres humanos que
se propõem a trabalhar a própria misericórdia Divina em si, e que se propõe também a produzir algo em favor do bem.

A Casa Espírita é assim, ou deveria ser um núcleo em que as pessoas que se abrigassem sob seu teto, se amparassem
entre suas paredes, seria um núcleo em que simultaneamente se compareceria para orar, para isso, as pessoas deveriam
ter uma profunda convicção que dali pode emanar, uma vibração, uma ordem, uma força em direção a Deus na figura de
Jesus evidentemente. Neste caso, os que estão na Casa Espírita, fariam dela um núcleo impulsionador de suas próprias
preces, de seus apelos às forças Divinais. Comparecer-se-ia ao Centro Espírita por ser ali o seu local de oração, saber-se-ia
que ali estão bases de forças que o levariam as preces, as indagações, os apelos de quem o fizesse até mais adiante, por
outro lado, a pessoa que orasse naquela casa iria fazer desta oração, um circuito de forças, então, a oração não seria só a
oração individual, mas seria um apoio, uns dos outros, seria feito assim, como se fosse um apelo coletivo. Por outro lado,
na condição de núcleo de luz em meio às trevas, seria o local em que unidos, os seres fizessem daquele local, um local de
luz, de paz, de disciplina moral, um núcleo de transformação superior da alma. Então, os trabalhadores que ali se
abrigassem, fariam com plena consciência de que estão servindo ao Bem, estão servindo nas hostes do Cristo, estão
desenvolvendo valores de elevação em forma de auxílio ao próximo, entenderiam que a própria alma que está em
processo de prece, ali, seria a grande trabalhadora e ,portanto, a grande beneficiária também. Seria a pessoa que
encarasse o seu núcleo de trabalho como uma oportunidade de progresso, estaria vigilante para não perder o seu tempo,
estaria atenta a necessidade de quem está a sua volta. Estaria sempre pronta a servir, nunca abandonaria o clima de
oração, e por fim, teria em conta a necessidade de progredir e levar progresso aos outros. Desse modo, entendemos a
Casa Espírita como uma oportunidade de congregar seres que se dedicassem, sinceramente, aos propósitos do bem
construir.

O perfil do trabalhador da Casa Espírita seria, do núcleo espírita, seria exatamente este, uma oportunidade em que as
pessoas teriam de praticar o bem onde estivessem. (Perguntas feitas ao Espírito Balthazar — Psicofonia de Altivo C.
Pamphiro – Apostila de 2001)

COMP II 21
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO
13. O PAPEL DE JESUS EM NOSSAS VIDAS

[...]
Jesus, o Divino Sol! [...]
E amou sempre, incessantemente, por ser o amor a fonte inexaurível da vida.
Diante dos aparentemente grandes na Terra jamais se apequenou e ao lado dos pequenos não os sombreou com a
Sua grandeza, antes os levantou à categoria de amigos, à nobreza de irmãos. [...]
Sua mensagem de fraternidade igualou todos os homens, cujas diferenças estão nas indestrutíveis inamovíveis
conquistas do espírito imortal, [...].
[...] plantou as bases da família universal legítima sem qualquer limite de fronteira, raça ou posição terrena.”
(Ângelis, Joanna de – Estudos espíritas – Divaldo Franco – 7 ed. – RJ: FEB,1999) nosso grifo

13.1 – Qual a importância de Jesus em nossas vidas?

“625 - Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?
- Jesus.
Jesus é para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos
oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era
o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.(...) (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, ed.
FEB, perg. 625) nosso grifo

O jugo leve:

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou
manso e humilde de coração, e achareis repouso para vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é
leve”. (Mateus, XI: 28 a 30.)

Jesus, como psicoterapeuta extraordinário, conseguia libertar os padecentes das obsessões, através da autoridade
moral de que era revestido, facilmente afastando os adversários desencarnados, enquanto propunha aos pacientes
em recuperação, que não voltassem aos comprometimentos infelizes, de modo que lhes não acontecessem
sofrimentos ainda mais graves... (Franco, Divaldo P. Encontro com a Paz e a Saúde, pelo espírito Joanna de Ângelis,
ed. Leal, 2007, p. 135) nosso grifo

Inevitavelmente, todos temos de olhar-nos interiormente, de despertarmos para a realidade interna e procurarmos
nas fontes do sentimento, os melhores e mais eficientes recursos, a fim de libertarmo-nos das injunções penosas
do ego... (Franco, Divaldo P. Encontro com a Paz e a Saúde, pelo espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal, 2007, p. 213)
nosso grifo

13.2 - Qual a relação que existe entre Jesus e a Saúde?

Médico das almas:


“Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os
enfermos são os meus filhos prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos,
e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-
las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o [...]”. (Kardec, Allan, “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” , ed. FEB, Capítulo VI, item 7)

COMP II 22
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO

“Jesus é sempre o Modelo. Segue-O e mantém a caridade na pauta dos teus pensamentos, palavras e ações, em
todo lugar.” (Franco, Divaldo P. Sob a proteção de Deus, pelo Esp. diversos – ed. Leal, mensagem de Joanna de
Ângelis)

13.3 - “Eu sou o Caminho, ninguém vai ao Pai senão por Mim.”

O conhecimento cristão, quando penetra o âmago da criatura, torna-se uma claridade que vence as resistências das
sombras egoístas que teimam por perdurar.

Como consequência, impõe a necessidade da renovação interior, vencendo as paixões que ferreteiam o caráter e
atormentam os sentimentos.

Superar as más inclinações e submeter as tendências dissolventes, eis o campo de trabalho silencioso e difícil que
não pode ser marginalizado.

Para que se logrem os resultados positivos, o empreendimento exige disciplina e resolução firme, cujas resistências
se haurem no estudo da doutrina do Mestre, na prece e na meditação, com a atitude constante da caridade, que faz
desabrocharem os tesouros que jazem no espírito.

Sem a decisão firme da renovação íntima, o homem faz-se joguete de forças em choque, contra as quais se vê
obrigado a lutar.

É uma batalha árdua e demorada, porque objetiva anular o efeito dos hábitos infelizes, milenarmente fixados na
tessitura do próprio ser.” (Franco, Divaldo P. Alerta, pelo espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal, lição 50)

13.4 - O Perdão

“Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia.” (Mt.,V:7)

“É imperioso e mesmo urgente, o impositivo do perdão incondicional, de modo que a paz se estabeleça por
definitivo na consciência humana. [...]

Qualquer tipo de ressentimento preservado transforma-se em morbo que afeta aquele que o conduz, ao tempo em
que vitaliza a ocorrência infeliz, mantendo-a sempre presente na memória e na emoção. [...]

O perdão é medicamento valioso para sarar as feridas da alma e instalar áreas de bem-estar na mente e na emoção.
(Franco, Divaldo. Libertação pelo Amor, pelo espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal, cap. 9, Terapia do Perdão)

13.5 - A Paciência:

[...] “O fardo que carregamos parece menos pesado, quando olhamos para o alto do que quando curvamos a cabeça
para a terra”.

Coragem, amigos, o Cristo é vosso modelo; Ele sofreu mais do que qualquer um de vós, e nada fez que pudesse ser
reprovado, enquanto que tendes que expiar o vosso passado e vos fortificar para o futuro. Portanto, sede
pacientes, sede cristãos; essa palavra resume tudo”. (Um espírito amigo. Havre, 1862.) (Kardec, Allan, O Evangelho
Segundo o Espiritismo, ed. FEB, cap., IX, item 7)

COMP II 23
A Medicina Espiritual
MÓDULO III – A PREVENÇÃO

13.6 -Trabalho no bem:

“(...) O trabalho é também um grande consolador, é um preservativo salutar contra as nossas aflições, contra as
nossas tristezas. Acalma as angústias do nosso espírito e fecunda a nossa inteligência. Não há dor moral, decepções
ou reveses que resistam à sua ação prolongada. O trabalho é sempre um refúgio seguro na prova, um verdadeiro
amigo na tribulação.” (Denis, Léon, “Depois da Morte” , ed. FEB, Capítulo LII - Página 302)

13.7 - Fora da Caridade não há Salvação

“Meus filhos, na afirmativa fora da caridade não há salvação, encerram-se todos os destinos dos homens na Terra e
no Céu; na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no Céu, porque, aqueles que a
houverem praticado encontrarão graça diante do Senhor. Essa divisa é a luz celeste, a coluna luminosa que guia o
homem no deserto da vida, para conduzi-lo à Terra da Promissão.”

“Meus amigos, agradecei a Deus, que permitiu pudésseis desfrutar da luz do Espiritismo; não que somente os que a
possuem possam ser salvos, mas, ajudando-vos a compreender melhor os ensinamentos do Cristo, ela faz de nós
melhores cristãos. Fazei, portanto, que, ao serdes observados, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o
verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, porque todos aqueles que praticam a caridade são discípulos de
Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam.” (Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, ed. FEB, Cap. XV, item 10 )

COMP II 24
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

A HISTÓRIA DO MAGNETISMO

COMP II 25
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 26
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 27
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 28
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 29
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 30
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 31
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 32
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
O MAGNETISMO EM NOSSA VIDA
387 - A simpatia tem sempre por princípio um anterior conhecimento?
Não. Dois Espíritos, que se ligam bem, naturalmente se procuram um ao outro, sem que se tenham conhecido como
homens.

388 - Os encontros, que costumam dar-se, de algumas pessoas, e que comumente se atribuem ao acaso, não
serão efeito de certa relação de simpatia?
Entre os seres pensantes há ligações que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais
tarde compreendereis melhor.

(O Livro dos Espíritos.)

1. Você já teve relações de simpatia ou de antipatia com alguma pessoa, que se enquadre nesta explicação?
2. Você percebe alguma sensação física nestes casos? Se positivo, que tipo de sensação?
3. Há pessoas que possuem o que chamamos de magnetismo humano. Elas são capazes de influenciar outras
pessoas? Dê exemplos de personalidades que têm este poder.

SISTEMATIZAÇÃO:
Há uma força que provoca atração ou repulsão entre os seres. Chamamos esta força de magnetismo humano. Em
JESUS observamos esta força na sua maior expressão, pois se trata de um espírito muito elevado e que
exemplificou da melhor maneira a aplicação desta força. JESUS influenciou tanto o comportamento das pessoas,
quanto a saúde dos seus corpos, através da cura; é só lembrar fatos de sua passagem pela Terra.

Como se dá a ação magnética entre os homens? Será que o mecanismo é idêntico ao do magnetismo mineral?

[…] Entre tais fluidos, há os tão intimamente ligados à vida corporal, que de certa forma pertencem ao meio
terreno. Em falta de observação mais direta, seus efeitos podem observar-se como se observam os do fluido do
ímã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão. É
essencial este estudo, porque está nele a chave de uma imensidade de fenômenos que não se consegue explicar
unicamente com as leis da matéria […]
(A Gênese – item 4, “Elementos Fluídicos” – cap. XIV.)

PRÁTICA 1: Experiência para observar os efeitos do fluido magnético do ímã.

· O que está separando um ímã do outro?


· Vocês estão enxergando alguma coisa atuando entre os ímãs?

SISTEMATIZAÇÃO:
. Podemos constatar que entre os dois ímãs há uma força invisível, porém atuante e perceptível?
· Porque os ímãs se atraem ou se repelem?

COMP II 33
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
Características do ímã:

- Polaridade magnética: todo ímã apresenta uma polaridade. Dizemos que eles têm um polo Norte e um polo Sul,
que não podem ser separados.

- Polos diferentes se atraem.


- Polos iguais se repelem.

Campo magnético:

Todo ímã forma em torno de si um campo magnético e esse campo é determinado pelo que chamamos de Linhas
de Força ou Linhas de Indução.

PRÁTICA 2: Experiência para observar a presença das linhas de força.

Características das linhas de força que atuam no ímã:

- Linhas de Força (Linhas de Indução): linhas imaginárias que partem do polo Norte do ímã, tendendo a voltar para
o polo Sul.

- As linhas de força têm direção e polaridade.


- As linhas de força formam círculos completos.
- As linhas de força não se cruzam.

O que faz o ímã ser diferente dos outros tipos de matéria que conhecemos?

ORIGEM DAS PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS:

Toda matéria é formada por MOLÉCULAS, que são formadas por ÁTOMOS.

Os ÁTOMOS são formados por:

- PRÓTONS (carga positiva)


- NÊUTRONS (sem cargas) que formam o núcleo
- ELÉTRONS (cargas negativas), que giram em órbitas em torno deste núcleo

COMP II 34
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
Os elétrons possuem um movimento giratório em torno do próprio eixo, conhecido como SPIN. O SPIN produz um
campo magnético em cada elétron do átomo. Mas os elétrons organizam-se em pares chamados orbitais. Os SPINS
desses pares são sempre em sentidos opostos e não contribuem para a formação do campo magnético do átomo.

Alguns átomos também possuem orbitais incompletos, com somente um elétron. Os SPINS dos elétrons dos orbitais
incompletos de um átomo têm o mesmo sentido. O campo magnético desses átomos é gerado, principalmente,
pelos SPINS dos elétrons de orbitais incompletos.

Se o campo magnético é provocado pelo movimento de rotação dos elétrons não pareados
(spins paralelos), o ser humano também teria um campo magnético?

Não é só o ímã que possui um campo magnético. Os outros corpos também podem apresentar um campo
magnético, caso tenham pares de elétrons descompensados presentes nos átomos que compõem a sua estrutura,
mas esse campo pode ser imperceptível. Nós também podemos ter um campo magnético, porque somos
constituídos de átomos, assim como o ímã.

COMP II 35
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

Um corpo com propriedades magnéticas pode induzir outro corpo que não apresente essas
propriedades, para que ele passe a apresentá-las?

PRÁTICA 3: Experiência para constatar a indução magnética.

Alguns materiais podem ter seus campos magnéticos ativados por indução, provocada por material
magneticamente ativo.

Por que o prego grande passou a atrair os preguinhos?

INDUÇÃO MAGNÉTICA - É a capacidade de transmitir as características magnéticas a outro corpo temporariamente.

PERMEABILIDADE MAGNÉTICA - É a capacidade que o material tem de deixar que as linhas de força o penetrem
mais facilmente.

RELUTÂNCIA MAGNÉTICA - É o oposto de permeabilidade magnética.

O nosso pensamento pode interferir no campo magnético do outro? Como?

INDUÇÃO MENTAL: A corrente de partículas mentais exterioriza-se de cada Espírito com qualidade de indução
mental, tanto maior quanto mais amplas se lhe evidenciem as faculdades de concentração e o teor de persistência
no rumo dos objetivos que demande. Tanto quanto, no domínio da energia elétrica, a indução significa o processo
através do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem
contato visível, no reino dos poderes mentais a indução exprime processo idêntico, porquanto a corrente mental é
suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra corrente mental que se lhe sintonize. E tanto na
eletricidade quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas, enquanto perdure a sustentação
do fluxo energético.

(André Luiz – Mecanismos da Mediunidade – cap. IV)

O ser humano também pode se mostrar mais ou menos propenso a sofrer influência magnética?
Um campo magnético também pode apresentar uma inversão de sua orientação?

PRÁTICA 4: Experiência para constatar a inversão do campo magnético.

Quando há em nós uma mudança de humor, também haverá uma mudança de


orientação do nosso campo?
Estamos sempre permeáveis a um campo ou padrão vibratório e relutantes a todos os demais. Os nossos
pensamentos e sentimentos é que fazem essa seleção.

COMP II 36
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

524 – Os avisos de nossos espíritos protetores têm como único objetivo a conduta moral ou também a conduta a
adotar nos assuntos da vida particular?
Tudo; eles tentam vos fazer viver o melhor possível; porém, frequentemente, tapais os ouvidos aos bons e vos
tornais infelizes por vossa culpa.

(O Livro dos Espíritos)

Se entre os seres existe essa força atuante, será que ela também é gerada por um
campo existente em torno deles?

AURA HUMANA - Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão
com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas
radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por
"tecidos de força", em torno dos corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares
aos mais complexos se revestem de um "halo energético" que lhes corresponde à natureza.

(André Luiz – Evolução em Dois Mundos – cap. XVII)

À medida que o princípio inteligente se desenvolve mais dinâmico torna-se o campo que o envolve.

No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do
pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da
personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos
radiante da criatura. Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja,
circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as
solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda. Aí
temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivíduo,
interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovoide, não obstante a feição
irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com
sinais característicos e em que todas as ideias se evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e
semelhança, como no cinematógrafo comum. Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à
cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores e
imagens que nos respondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes.

(André Luiz – Evolução em Dois Mundos – cap. XVII)


COMP II 37
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

Qual o meio que o princípio inteligente utiliza para conquistar sua capacidade de pensar?

REENCARNAÇÕES
______________________________________________________________________________
Princípio inteligente Espírito
Sensação  Automatismo  Instinto  Inteligência Rudimentar  Reflexão Avançada
_____________________________________________________________________________
Campo magnético Campo mag nético
estático dinâmico

Através das reencarnações, o princípio inteligente vai passando por experiências, até adquirir a capacidade do
pensamento contínuo. Torna-se um Espírito e estrutura em torno de si um campo dinâmico, que irradia, influencia e
sofre influência de outros Espíritos. Esse campo estará sempre relacionado com a força e a qualidade dos
pensamentos emitidos.

Se entre os seres há essa força atuante, será que o efeito que ela provoca é sempre
fisicamente perceptível?

CAMPO DA AURA:
Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcionais das agregações celulares do campo físico
ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças
eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares. Evidenciam-se essas irradiações,
de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe
configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espontâneo de autoexteriorização, ponto esse do qual a sua
onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a
atuação de todos os que se lhe revelem simpáticos.
(André Luiz – Mecanismos da Mediunidade – cap. X)

COMP II 38
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

VOCAÇÃO DE PEDRO, ANDRÉ, TIAGO, JOÃO E MATEUS

8 - Ora, caminhando ao longo do Mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão,
que lançavam suas redes ao mar, pois eram pescadores; Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de
homens.” Logo eles deixaram as suas redes e o seguiram. Daí, continuando, Jesus viu dois outros irmãos, Tiago e
João, que estavam numa barca com Zebedeu, pai de ambos, consertando as suas redes; e ele os chamou.
Imediatamente eles deixaram suas redes e seu pai, e o seguiram. (Mateus, IV: 18 a 22)

[...] Saindo dali, Jesus viu um homem sentado à banca de cobrança dos impostos, chamado Mateus, ao qual disse:
“Segue-me,” e o homem logo se levantou e o seguiu. (Mateus, IX: 9)

9 - Esses fatos nada têm de surpreendente, quando se conhece o poder da dupla vista e a causa, muito natural,
dessa faculdade. Jesus a possuía em grau máximo, e pode-se dizer que ela era o seu estado normal, como atestam
um grande número de atos da sua vida, e o que explicam, atualmente, os fenômenos magnéticos e o Espiritismo...
Em muitas passagens do Evangelho é dito: “Mas Jesus, conhecendo o seu pensamento lhe diz...” Ora, como Jesus
poderia conhecer o pensamento de alguém senão pela irradiação fluídica que esse pensamento lhe fornecia, e a
visão espiritual que lhe permitia ler o foro íntimo das pessoas. Muitas vezes, supondo que um pensamento se acha
sepultado nos refolhos da alma, o homem não suspeita que traz em si um espelho que o reflete, um revelador na
sua própria irradiação fluídica, que se encontra impregnada desse pensamento. Se víssemos o mecanismo do
mundo invisível que nos cerca, as ramificações dos fios condutores do pensamento que ligam todos os seres
inteligentes, corpóreos e incorpóreos, os eflúvios fluídicos carregados das impressões do mundo moral, e que, como
correntes aéreas, atravessam o espaço, ficaríamos muito menos surpresos diante de certos efeitos que a ignorância
atribui ao acaso.

(A Gênese – cap. XV)

CONCLUSÃO:
Todos os indivíduos possuem uma atmosfera particular, uma túnica de forças eletromagnéticas, proveniente das
vibrações da matéria que os constituem, das energias que circulam em volta de si; porém esta túnica é enriquecida
pela atuação dos pensamentos, cujas irradiações espelham as emanações do mundo íntimo de cada um. É através
desse conjunto que influenciamos e somos influenciados, atraindo para nós aqueles que conosco se afinizam.
Assim, podemos concluir que o magnetismo é uma lei da Natureza e está presente no nosso dia a dia.

COMP II 39
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

MAGNETISMO E HIPNOTISMO
Histórico

No tempo de Ísis (Egito), os sacerdotes caldeus utilizavam os passes para o restabelecimento da saúde humana. No
século XV muito se falava na simpatia magnética, designando um sistema análogo nas suas bases essenciais, ao que
tinha sido formulado por Paracelso. No século XVII Van Helmont, muito citado na Alta Magia, afirmava ter obtido
curas valiosas com a aplicação do ímã e de placas metálicas nos corpos de doentes. Um contemporâneo dele, o
jesuíta Hell, que também era físico de renome, obteve efeitos interessantes com a aplicação do ímã não só nos
homens, mas também nos animais.

Até por volta do início do século XIX, a medicina era algo totalmente diferente do que conhecemos na atualidade e
não havia uma nítida separação entre o médico, o curandeiro e o charlatão. Tal fato fez com que padres e até Reis
do século XVI se autointitulassem “homens de cura”. A iniciativa dos padres era bem óbvia, uma vez que naquele
tempo o conhecimento estava centrado na mão da Igreja Católica. Eram pouquíssimas as pessoas que sabiam ler e
os livros, além de raríssimos, eram guardados nos monastérios. Os reis, por sua vez, eram privilegiados, pois
detinham o poder financeiro e bélico e tinham acesso à educação e ao conhecimento de livros e tratados antigos
que falavam, entre outras coisas, sobre como curar as doenças.

Atribuía-se uma verdadeira revolução na medicina do século XV às obras de Paracelso (1493-1541). Sua teoria
magnética, ou Sistema da Simpatia Magnética, defendia que os ímãs, assim como eram capazes de atrair o ferro,
também poderiam atrair certas enfermidades e doenças (Prado, 1967). Durantes alguns séculos a aplicação de ímãs
no corpo para curar enfermidades foi um dos tratamentos de saúdes mais populares que existiam. E o mais
interessante ainda era que não faltavam relatos de cura de doenças, e melhoria dos sintomas após a aplicação da
terapia magnética. Alguns padres jesuítas passaram a usar o “poder do ímã” até para realizar exorcismos.

“O ímã cura os fluxos dos olhos, dos ouvidos, do nariz e das articulações externas; por este mesmo método se
curam as úlceras, as fístulas, o câncer e os fluxos menstruais. Também contribui para resolver as fraturas e cura a
icterícia e a hidropsia, segundo a prática me tem demonstrado com frequência.” - Relato de curandeiros do Séc.
XVI.

Foi a partir da posterior constatação, em 1786, de que os ímãs não possuíam qualquer propriedade curativa, que se
abriu o caminho para uma nova explicação do porquê de algumas pessoas se diziam curadas. Como resposta, os
cientistas descobriram que a sugestão e a imaginação poderiam ser os responsáveis pelas curas. Ou seja, a “mente”,
que por muitos anos fora deixada de lado pelos médicos naturalistas, que preferiam buscar explicação na anatomia
e na fisiologia, passou a ser a principal suspeita de ser a responsável pelas curas.

Foi, contudo, Franz Anton Mesmer, médico, quem estudou os mistérios científicos até então cuidadosamente
guardados em segredo pelos seus predecessores com sendo coisa de magia. Admitia Mesmer que, assim como o
ímã, as mãos e os olhos de alguns indivíduos podiam irradiar um fluido especial proveniente do próprio organismo,
com influência nos indivíduos e nos próprios animais. As teorias mesmerianas foram combatidas em Viena, motivo
por que Mesmer transferiu residência para Paris em 1778. Em 1779 ele publica a obra Magnetismo Animal, em que
expõe a tese defendida até então, ou seja, a existência de um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas,
propriedades análogas àquelas do ímã. Teve boa aceitação, mas depois caiu em descrédito.

Em 1784, o Marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobrira Sonambulismo Artificial e em 1787 Pététin
descobria a Catalepsia Artificial. Em 1841, Braid descobre o hipnotismo. Charcot o estuda metodicamente, Liebault
o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.
COMP II 40
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
O Magnetismo

Em Física: Fluido emanado do ferro magnético e dos ímãs, que tem a propriedade de atrair outros metais e de
orientar a agulha magnética em direção Norte-Sul.

Teoria do Magnetismo Animal: Existe no indivíduo uma força latente que pode ser emitida mediante a ação da
vontade. Esta força apresenta analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral e existe em todos os seres vivos
no estado estático e no estado dinâmico, circulando ao longo das fibras nervosas e irradiando para o exterior pelos
olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.

Segundo Michaelus, o mesmerismo foi o arauto do magnetismo para a sociedade com suas vinte e sete proposições
em “Memóire sur la découvet du magnétisme animal”, destacando-se: “essas propriedades podem ser transmitidas
a outros corpos animados ou inanimados; a moléstia é apenas resultante da falta ou do desequilíbrio na distribuição
do magnetismo pelo corpo”; e Rouxel em “Rapports du magnétisme et du Spiritisme” afirmou ser o “magnetismo
uma transfusão de vida espiritualizada do organismo do operador para o paciente”.

O Hipnotismo

Deriva de Hipnose, palavra introduzida por James Braid em 1843. Provém da palavra grega hypnos, que na
mitologia helênica significa Deus do sono, chamado Sommus pelos romanos. O termo não é feliz, uma vez que dá a
errônea impressão de ser a hipnose igual ao sono. Hypnos quer dizer sono, mas os estados hipnóticos não são
obrigatoriamente tranquilos e semelhantes ao sono. Braid, após propor o termo hipnose, observou que a mesma
distinguia-se de um estado de sono, porém o termo já havia se consagrado. O hipnotismo são os vários processos,
pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo
mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe).

Nasceu com Braid o primeiro esboço da neurofisiologia da hipnose. Na realidade, há indícios do uso da hipnose
desde tempos muito remotos, onde eram utilizadas induções hipnóticas nas várias civilizações, encontrando-se a
mesma fenomenologia em muitas partes do mundo. Os hebreus, os astecas, os índios americanos chippewas e os
araucanos do sul do Chile sabiam induzir o “sono mágico” e outras formas de transes grupais e individuais. Podiam
produzir analgesia, gravar sugestões pós-hipnóticas e curar dores físicas ou psicossomáticas.

Chiron induzia o estado de transe em seu grande discípulo Esculápio. O “sono mágico” era usado tanto nos Templos
do Sono egípcios, como individualmente por sibilas e oráculos. Andrade Faria, relata que num baixo relevo
encontrado num sarcófago de Tebas, nota-se um sacerdote em pleno ato de indução hipnótica de um paciente. Os
egípcios, os caldeus e os hindus realizavam induções através de rituais mágico-religiosos há milênios.

A Era Científica da hipnose começou com o alemão Franz Friedrich Anton Mesmer, que em 1775, diplomou-se em
medicina onde apresentou sua tese de formatura “De planetarium influxu”, inspirada em idéias filosóficas e
teosóficas do século XVI e XVII, como por exemplo as de Paracelso. Defendia em sua tese que corpos celestes
influenciavam na cura de doenças. Existiria um fluido ou energia universal interligando os corpos e os astros, sendo
captado e emitido pelo ferro magnético. Aos poucos, Mesmer percebe que o ferro imantado não é necessário, pois
parecia que ele mesmo podia emitir essa força magnética curadora recebida dos astros, a qual então ele passa a
chamar de “magnetismo humano”, que podia ser transmitido em cadeia para outras pessoas. O sensacionalismo e
as perseguições, não permitiram a Mesmer introduzir suas descobertas nas universidades. Mudou-se para Paris
onde todavia se repetem os sucessos espetaculares e o insucesso científico. A repercussão das curas alcançada por
Mesmer, leva o Rei da França, Luís XVI, a nomear uma comissão da Sociedade Real de Medicina e outra da
Academia de Ciências para analisar métodos tão pouco ortodoxos. Foram convidados os maiores expoentes da
cultura científica francesa, entre os quais Lavoisier, Benjamin Franklin, Jussieu e Guillotin. Apenas Jussieu não
considera as curas maravilhosas como resultados da sugestão.

Podemos afirmar que a hipnose pode ser vista como “antes de Mesmer” e “depois de Mesmer”, embora o termo
hipnose só tenha surgido com James Braid.
COMP II 41
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
James Braid, com bases no mesmerismo, apresentando um quadro fisiológico, apresentou o hipnotismo moderno,
definindo-o como: “o estado particular do sistema nervoso, determinado por manobras artificiais, tendendo, pela
paralisia dos centros nervosos a destruir o equilíbrio nervoso”, entretanto, Charles Richet, ao descrever o seu
método, afirmou: “o hipnotismo tratava-se de projetar o fluido magnético no corpo do paciente”.

O Hipnotismo moderno admite que o paciente fica hipnotizado por autossugestão e concentração mental, não
havendo fluido algum. Os cientistas não aceitaram o termo magnetismo; preferiram o hipnotismo. Apenas o
hipnotismo é aceito pela ciência. Ficou assim prestigiado o hipnotismo através dos tempos pela ciência oficial e
relegado o magnetismo com os seus passes as suas imposições e os seus fluidos para o monturo das teorias
condenadas como obra do charlatanismo. (Michaelus, in Magnetismo Espiritual, Ed. FEB, 1967)

“Há quem diga que o ato de hipnotizar se filia à ciência de atuar sobre o espírito alheio, e, para que a impressão
provocada, nesse sentido, se faça duradoura e profunda é imperioso se não desenvolva maior intimidade entre o
magnetizador e a pessoa que lhe serve de instrumento, porquanto a faculdade de hipnotizar, para persistir em
alguém, reclama dos outros obediência e respeito.

Exteriorizando-se em mais rigoroso regime de ação e reação sobre si mesma, a corrente mental dos assistentes
capazes de entrar em sintonia com o toque de indução do hipnotizador passa a absorver-lhe os agentes mentais,
predispondo-se a executar-lhe as ordens.

Semelhantes pessoas não precisarão estar absolutamente coladas à região espacial em que se encontra a vontade
que as magnetiza. Podem estar até mesmo muito distanciadas, sofrendo-lhe a influência através do rádio, de
gravações e da televisão.

Desde que se rendam, profundamente, à sugestão inicial recebida, começam a emitir certo tipo de onda mental com
todas as potencialidades criadoras da ideação comum, e ficam habilitadas a plasmar as formas-pensamentos que lhes
sejam sugeridas, formas essas que, estruturadas pelos movimentos de ação dos princípios mentais exteriorizados,
reagem sobre elas próprias, determinando os efeitos ou alucinações que lhes imprima a vontade a que se
submetem.” (Do livro 'Mecanismos da Mediunidade‘ - Pelo espírito André Luiz - Psicografia Francisco Cândido Xavier)

MESMER FALA SOBRE MEDIUNIDADE E MAGNETISMO


Mensagens de Mesmer (Espírito): A Revista Espírita, editada por Allan Kardec, em suas edições de Janeiro e
Outubro/1864 e Maio/1865 publicou quatro instrutivas mensagens mediúnicas assinadas por Mesmer, abordando os
temas: Médiuns Curadores, Fenômenos Espíritas, Imigração dos Espíritos Superiores para a Terra e Criações Fluídicas.

Dentre os seus conceitos sobre mediunidade de cura e magnetismo, destaca-se o seguinte tópico: “A vontade
desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de magnetismo, entre
os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência, pedir apoio ao
primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura e
desinteressada dirige a Deus.” (Revista Espírita, Jan./1864, p. 7, IDE)

Vejamos abaixo, na íntegra, a mensagem que acabamos de citar:

Médiuns Curadores

“A vontade, existindo no homem em diferentes graus de desenvolvimento, serviu, em todas as épocas, seja para
curar, seja para aliviar. É lamentável ser obrigado a constatar que ela foi também a fonte de muitos males, mas é uma
das consequências do abuso que, frequentemente, o ser faz de seu livre arbítrio.
COMP II 42
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
A vontade desenvolve o fluido seja animal, seja espiritual, porque, o sabeis todos agora, há vários gêneros de
magnetismo, entre os quais estão o magnetismo animal e o magnetismo espiritual que pode, segundo a ocorrência,
pedir apoio ao primeiro. Um outro gênero de magnetismo, muito mais poderoso ainda, é a prece que uma alma pura
e desinteressada dirige a Deus.

A vontade foi, frequentemente, mal compreendida; em geral aquele que magnetiza não pensa senão em desdobrar
sua força fluídica, senão em derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido a seus cuidados, sem se ocupar
se há ou não uma Providência que nisso se interessa tanto e mais do que ele; agindo só, não pode obter senão o que
sua única força pode produzir; ao passo que nossos médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus, e para
reconhecer que, por eles mesmos, não podem nada; fazem, por isso mesmo, um ato de humildade, de abnegação;
então, confessando-se muito fracos por si mesmos, Deus, em sua solicitude, lhes envia poderosos recursos que não
pode obter o primeiro, uma vez que se julga suficiente para a obra empreendida. Deus recompensa sempre a
humildade sincera elevando-a, ao passo que rebaixa o orgulho.

Esse recurso que envia, são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benfazejo, que este transmite
ao enfermo. Também é por isso que o magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão poderoso e produz
essas curas qualificadas de miraculosas, e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o
médium; ao passo que o magnetizador comum se esgota, frequentemente, em vão, em fazer passes, o médium
curador infiltra um fluido regenerador pela única imposição das mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos; mas
esse concurso não é concedido senão à fé sincera e à pureza de intenção.” (MESMER (Médium - Sr. Albert) - Revista Espírita –
Ano 7 – Janeiro/1864)

EMPREGO OFICIAL DO MAGNETISMO ANIMAL


A DOENÇA DO REI DA SUÉCIA
Escreveu-se de Estocolmo, em 10 de setembro de 1858, ao Journal dês Débats:

"Infelizmente, nada tenho de muito consolador a vos anunciar quanto à doença da qual sofre, desde logo aos dez
anos, o nosso soberano. Todos os tratamentos e remédios que as pessoas credenciadas prescreveram nesse
intervalo, não trouxeram nenhum alívio aos sofrimentos que acabrunham o rei Oscar. Seguindo o conselho de seus
médicos, o senhor Klugenstiem, que goza de alguma reputação como magnetizador, foi recentemente chamado ao
castelo de Drottningholm, onde continua a residir a família real, para proporcionar, ao augusto doente, um
tratamento periódico de magnetismo.

Crê-se mesmo aqui que, por uma coincidência bastante singular, a sede da doença do rei Oscar se acha precisamente
estabelecida nessa região da cabeça onde está colocado o cerebelo, como isso parece, infelizmente, ser o caso hoje
do rei Frederico Guilherme IV, da Prússia.“

Perguntamos se, há vinte e cinco anos somente, os médicos teriam usado propor, publicamente, um semelhante
meio, mesmo a um simples particular, com mais forte razão a uma cabeça coroada? Nessa época, todas as Faculdades
científicas, e todos os jornais, não tinham sarcasmo bastante para denegrirem o magnetismo e seus partidários. As
coisas muito mudaram nesse curto espaço de tempo! Não somente não se ri mais do magnetismo, mas hei-lo
oficialmente reconhecido como agente terapêutico. Que lição para aqueles que se riem das ideias novas! Fá-los-á
enfim, compreenderem o quanto é imprudente inscrever-se em falso contra as coisas que não se compreendem?
Temos uma multidão de livros escritos contra o magnetismo, por homens em evidência; ora, esses livros ficarão como
uma mancha indelével sobre sua alta inteligência. Não teria sido melhor calar e esperar? Então, como hoje para o
Espiritismo, se lhe opuseram a opinião dos mais eminentes homens, os mais esclarecidos e mais conscienciosos: nada
abalava seu ceticismo. Aos seus olhos, o magnetismo não era senão um malabarismo indigno de pessoas sérias. Qual
ação poderia ter um agente oculto, movido pelo pensamento e pela vontade, e do qual não se podia fazer análise
química? Apressemo-nos em dizer que os médicos suecos não foram os únicos que mudaram de opinião sobre essa

COMP II 43
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
ideia estreita, e que por toda parte, na França como alhures, a opinião mudou completamente a esse respeito; e isso
é tão verdadeiro que, quando se passa um fenômeno inexplicável, diz-se: é um efeito magnético. Acha-se, pois, no
magnetismo a razão de ser de uma multidão de coisas que se levava à conta da imaginação, essa razão tão cômoda
para aqueles que não sabem senão dizer.

O magnetismo curará o rei Oscar? É uma outra questão. Sem dúvida, ele tem operado curas prodigiosas e
inesperadas, mas tem os seus limites, como tudo o que está na Natureza; e, aliás, é preciso ter em conta esta
circunstância que a ele não se recorre, em geral, senão in extremis e em desespero de causa, quando,
frequentemente, o mal fez progressos irremediáveis, ou foi agravado por uma medicação contrária Para que ele
triunfe de tais obstáculos, é preciso que seja bem poderoso!

Se a ação do fluido magnético é hoje um ponto geralmente admitido, não ocorre o mesmo com respeito às
faculdades sonambúlicas que encontram, ainda, muitos incrédulos no mundo oficial, sobretudo no que toca às
questões médicas. Todavia, se convirá que os preconceitos, sobre esse ponto, estão singularmente enfraquecidos,
mesmo entre os homens de ciência: disso temos a prova no grande número de médicos que fazem parte de todas as
sociedades magnéticas, seja na Franca, seja no estrangeiro. Os fatos estão de tal modo vulgarizados, que é bem
preciso ceder à evidência e seguir a corrente, bom ou malgrado. Logo isso ocorrerá com a lucidez intuitiva como com
o fluido magnético.

O Espiritismo liga-se ao Magnetismo por laços íntimos (essas duas ciências são solidárias uma com a outra); e todavia,
quem o teria acreditado? Ele encontra adversários obstinados mesmo entre certos magnetizadores que, eles, não os
contam entre os espiritistas. Os Espíritos sempre preconizaram o magnetismo, seja como meio curativo, seja como
causa primeira de uma multidão de coisas; eles defendem sua causa e vêm prestar-lhe apoio contra seus inimigos. Os
fenômenos espíritas abriram os olhos a muitas pessoas, que ao mesmo tempo se juntaram ao Magnetismo. Não é
bizarro ver os magnetizadores esquecerem tão cedo o que deveram sofrer com os preconceitos, negarem à existência
de seus defensores, e lançarem contra eles os golpes que se lhes lançaram outrora? Isso não é grande, isso não é
digno de homens aos quais a Natureza, revelando-lhes um dos mais sublimes mistérios, mais do que a ninguém, tirou
o direito de pronunciar o famoso nec plus ultra. Tudo prova, no desenvolvimento rápido do Espiritismo, que ele
também terá logo seu direito de burguesia; a espera disso, aplaude com todas as suas forças a categoria que acaba de
alcançar o Magnetismo, como a um sinal incontestável do progresso das ideias. (Joseph François Oscar Bernadotte –
08/03/1844-08/07/1859 - REVISTA ESPÍRITA, OUTUBRO DE 1858)

http://espiritaespiritismoberg.blogspot.com

COMP II 44
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 45
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 46
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 47
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 48
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 49
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 50
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 51
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 52
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 53
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

Diferenças entre Magnetizador, Médium Curadores


e Espíritos Curadores

REVISTA ESPIRITA – JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS – 8º ANO – Nº 9 - SETEMBRO 1865


DA MEDIUNIDADE CURADORA.

5. O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetização prolongada e um verdadeiro tratamento, às vezes,
muito longo; o magnetizador, dispensando seu próprio fluido, se esgota e se fatiga, porque é de seu próprio elemento
vital que ele dá; é porque deve, de tempos em tempos recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso em
razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, frequentemente, quase instantâneos. Esse fluido não sendo o do
magnetizador, disto resulta que a fadiga é quase nula.
6. O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, assim como se pôde constatar em muitas
ocasiões, seja para aliviá-lo, curá-lo se isto se pode, ou para produzir o sono sonambúlico. Quando se age por
intermediário, é o caso da mediunidade curadora.

COMP II 54
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
7. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador haure tudo em si mesmo.
Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, quer dizer, aqueles cuja personalidade se apaga
completamente diante da ação espiritual, são extremamente raros, porque esta faculdade, elevada ao seu mais alto
grau, requer um conjunto de qualidades morais que raramente se encontra sobre a Terra; somente eles podem
obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas; muito poucas pessoas
podem pretender este favor. O orgulho e o egoísmo sendo as principais fontes das imperfeições humanas, disso
resulta que aqueles que se gabam de possuir esse dom, que vão por toda a parte enaltecendo as curas maravilhosas
que fizeram, ou que dizem ter feito, que procuram a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições
para obtê-la, porque esta faculdade é o privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do
desinteresse. Jesus dizia àqueles que tinha curado: Ide dar graças a Deus, e não o digais a ninguém.

A GÊNESE - CAPÍTULO XIV - AÇÃO DOS ESPÍRITOS. CRIAÇÕES FLUÍDICAS


Qualidades dos fluidos

16. - Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos
espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente
que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar,
modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais,
como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes
projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o
comporta o grau da perfeição moral destes.

17. - Fora impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar-lhes as
respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles.

Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos
eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as
circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito
especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.

Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus
efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de
orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc.
Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos,
narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. O quadro dos fluidos
seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria,
correspondentes aos efeitos que eles produzem.

18. - Sendo apenas Espíritos encarnados, os homens têm uma parcela da vida espiritual, visto que vivem dessa vida
tanto quanto da vida corporal; primeiramente, durante o sono e, muitas vezes, no estado de vigília. O Espírito,
encarnado, conserva, com as qualidades que lhe são próprias, o seu perispírito que, como se sabe, não fica
circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu derredor e o envolve como que de uma atmosfera fluídica.

Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão,
põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados.

COMP II 55
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a
Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte
constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda
mais, guardar a de suas qualidades boas ou más. Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurar-
se pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar
por si próprio.

Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como
uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto,
por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.

Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em
contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a
impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é
outra a causa de certas enfermidades.

Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve
pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.

19. - Assim se explicam os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma assembleia é um foco de irradiação
de pensamentos diversos. É como uma orquestra, um coro de pensamentos, onde cada um emite uma nota. Resulta
daí uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual,
como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.

Mas, do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos
ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão; penosa, se aquele é discordante. Ora, para
isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe
sempre.

Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos.
Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dali, porque
impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para
produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada num concerto.
Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática,
onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo.

COMP II 56
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 57
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 58
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 59
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 60
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 61
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 62
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

COMP II 63
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
O perispírito
A GÊNESE – CAPÍTULO XIV - FORMAÇÃO E PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO

7. - O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma
condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que também o corpo carnal tem seu
princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a
transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas
qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são
matéria, ainda que em dois estados diferentes.

8. - Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos
ambientes. Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam, conforme os mundos.
Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação com a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não
apresenta a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada
do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também os nossos
Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa
aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.

9. - A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os
Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de um
mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável com relação à
matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para
não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é
tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos, cujo
número é avultado, permanecem na superfície da Terra, como os encarnados, julgando-se entregues às suas
ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem
acima das regiões terrestres. ¹

Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram, dos elementos
constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao
meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes
plebeus, sem deixar por isso de ser nobre.

É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em
missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões donde
vieram e que, em pensamento, eles veem. São videntes entre cegos.

__________
¹ Exemplos de Espíritos que ainda se julgam deste mundo: Revue Spirite, dezembro de 1859, pág. 310; - novembro de 1864, pág. 339; - abril de
1865, pág. 177.
COMP II 64
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO

“No conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.”
(O LIVRO DOS MÉDIUNS – Cap. I, Item 54)

O perispírito também pode ser encontrado na doutrina espírita pelos nomes de "psicossoma" ou "corpo espiritual".

Na obra "Evolução Em Dois Mundos" psicografada por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, de autoria do Espírito
André Luiz, no segundo capítulo, nos é revelado o seguinte esclarecimento:

"formação-sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente poroso e plástica, em cuja tessitura as células, noutra
faixa vibratória, diante do sistema de permuta visceralmente renovado, distribuem-se mais ou menos à feição das
partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e
apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.“

Nesta passagem o Espírito de André Luiz, nos esclarece que o perispírito possui propriedades naturais que são
compostas por células sutis vibrando em outra faixa vibratória, ou seja, vibrando na faixa que a mente condiciona.

COMP II 65
A Medicina Espiritual
MÓDULO IV – MAGNETISMO
Os Espíritos desencarnados e também os encarnados catalogaram as seguintes propriedades: plasticidade, densidade,
ponderabilidade, luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, corporeidade, tangibilidade, sensibilidade global,
sensibilidade magnética, expansibilidade, bicorporeidade, unicidade, perenidade, mutabilidade, capacidade refletora,
odor e temperatura. Vamos estudar alguns desses itens de forma resumida e superficial.

Plasticidade - O perispírito se molda conforme o comando da mente, contudo a alteração da forma perispiritual é
limitada de acordo com o grau evolutivo da criatura.

Densidade - O perispírito é matéria, não grosseira como o corpo físico, mas matéria de natureza quintessenciada que
se relaciona ao grau de evolução do Espírito. Essa densidade varia de indivíduo para indivíduo. Quanto menor a sua
densidade menor o seu peso e maior a sua luminosidade.

Ponderabilidade - O perispírito tem o seu peso acondicionado à evolução do Espírito, pois a nossa posição mental é o
ponto determinante para o peso do nosso envoltório perispiritual.

Luminosidade - A luminosidade do perispírito é uma condição particular de cada Ser. A luz irradiada por um Espírito é
muito diferente da luz emitida no plano físico.

Penetrabilidade - O perispírito pode penetrar qualquer ambiente físico, pois a sua natureza está em uma faixa
vibratória diferente ao do plano carnal, no entanto, a penetração do Espírito depende da condição mental da criatura.

Visibilidade - O perispírito é invisível aos olhos físicos, mas não aos olhos do Espírito. Os médiuns videntes só podem
ver aqueles perispíritos que estão atuando em sua faixa vibratória.

Corporeidade - O corpo perispiritual é o resultado de uma aglutinação de recursos naturais terrestres que surge como
uma estrutura, quase material.

Tangibilidade - O perispírito pode se tornar tangível, recolhendo do ambiente e da natureza recursos que lhe sejam
necessários para ser visto e tocado.

Expansibilidade - O perispírito pode expandir-se conforme suas condições, ampliando o seu campo de sensibilidade,
eventual ou temporariamente, de acordo com a realidade do mundo espiritual.

Mutabilidade - O perispírito é suscetível de modificar-se no que se refere à sua estrutura e forma. Quanto mais
evoluída for a criatura, mais delicada a sua forma. Quanto mais primitivo é o Espírito, mais grosseira é a forma do
períspirito.

Odor - O perispírito possui odores particulares que são perceptíveis por Espíritos, mas não devemos nos confundir
com as manipulações ectoplasmáticas (odores criados por Espíritos).

Temperatura - O perispírito de um médium pode registrar sensações térmicas dependendo do grau de evolução dos
desencarnados, que podem ser frio ou calor.

COMP II 66
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

Fluido, a Matéria Invisível (parte I)


Definições:

a) Segundo o Dicionário:
Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, encontramos que: Fluido – é
um termo genérico empregado para traduzir a característica das substancias líquidas ou gasosas, ou de substância que
corre ou se expande à maneira de um líquido ou um gás.

Obs.: A palavra fluido por ser um ditongo (encontro de uma vogal com uma semivogal ou de uma semivogal com uma vogal – são inseparáveis),
logo a pronúncia correta é FLUI – DO (e não flu-í-do). Exemplos de outros ditongos:, mui–to, sau-na, cir-cui-to, gra-tui-to, for-tui-to.

Fluido e fluído são palavras distintas, que apresentam significados, escritas e pronúncias diferentes. São frequentemente confundidas.

b) Popularmente falando:
O fluido pode ser designado como a fase não sólida da matéria, a qual pode se apresentar em quatro subfases:
pastosa, líquida, gasosa e radiante, tendo sido esta última apresentada à Ciência, pelo inglês Sir William Crookes.

(Observamos que, atualmente, a Ciência já considera até sete subfases para a matéria)

c) De acordo com o entendimento Espírita:


Fluido é tudo quanto importa à matéria, da mais grosseira à mais diáfana, variando em multiplicidade infinita a fim de
atender a todas as necessidades físicas, químicas e inclusive vitais da matéria, bem como de sua intermediação entre
os reinos material e espiritual. É o fluido não apenas algo que se move, a exemplo dos líquidos e dos gases, mas a
própria essência desses mesmos líquidos e gases e de todas as matérias, inclusive aquelas inapreciáveis por nossos
instrumentos físicos ou mesmo psíquicos.

“O estudo dos fenômenos espíritas nos fez conhecer estados de matéria e condições de vida que a Ciência havia longo
tempo ignorado. Ficamos sabendo que, além do estado gasoso e mesmo do estado radiante descoberto por W.
Crookes, a matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos
“fluidos”. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente;
torna-se uma das formas da energia.”
(Léon Denis – No Invisível – Capítulo XV)

Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à
mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando
entregues a si mesmas.

Temos, assim, os fluidos líquidos, elásticos ou aeriformes e os outrora chamados fluidos imponderáveis tidos como
agentes dos fenômenos luminosos, caloríficos e outros mais.
(André Luiz – Evolução em Dois Mundos – Capítulo XIII)

COMP II 67
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Universo em que vivemos:
O Universo em que vivemos se apresenta sob duas formas:
1. Forma visível, material ou tangível: É o espaço em que nós, hoje, Espíritos encarnados estamos vivendo.
2. Forma Invisível, imaterial ou intangível: Espaço ou Mundo, em que habitam os seres desencarnados ou Espíritos;
aqueles que perderam o seu invólucro material e retornaram ao mundo de origem.

O mundo imaterial começa justamente onde o visível e material termina, porque em a Natureza, tudo segue um plano
perfeito de continuidade. No Universo visível e material os fenômenos ocorrem dentro de certos limites, segundo
determinadas leis.
Como já vimos, no mundo visível a matéria se nos apresenta sob vários estados ou subfases reconhecidos pela ciência
(sólido, pastoso, líquido, gasoso e radiante). Além de outros já reconhecidos, como anteriormente mencionado.
Logo, podemos constatar que em nosso chamado "Universo Visível“ já existem determinados estados da matéria em
condições de invisibilidade para os nossos cinco sentidos. No entanto, aquilo que não podemos perceber
normalmente pelos sentidos que somos dotados, o fazemos utilizando determinados instrumentos, ou mesmo,
cálculos matemáticos.
No Universo invisível e imaterial ocorrem igualmente fenômenos que também seguem leis que nos são reveladas
pelos seres que nele habitam.
A Ciência resolveu a questão dos milagres que mais particularmente derivam do elemento material, quer explicando-
os, quer lhes demonstrando a impossibilidade, em face das leis que regem a matéria. Mas, os fenômenos em que
prepondera o elemento espiritual, esses, não podendo ser explicados unicamente por meio das leis da Natureza,
escapam às investigações da Ciência. Tal a razão por que eles, mais do que os outros, apresentam os caracteres
aparentes do maravilhoso. É, pois, nas leis que regem a vida espiritual que se pode encontrar a explicação dos
milagres dessa categoria.

FCU – Fluido Cósmico Universal:


De acordo com "A Gênese" (Quinta obra da Codificação/1.868 - cap. XIV - itens 1 e 2), “o Fluido Cósmico Universal é a
matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da
Natureza".
O mundo imaterial, invisível ou espiritual, como é costumeiramente chamado, também é composto de alguma coisa,
de algum material, de alguma substância, de algum elemento - é composto de fluidos. Tais fluidos tem uma estrutura,
uma forma habitual de agregação, de composição e, de acordo com as variações sofridas nessa estrutura, apresentam
propriedades especiais e diferentes das dos demais. Portanto, há vários estados e várias formas pelos quais os fluidos
se apresentam, cada um com propriedades específicas, mas todos se originando de um elemento primordial - o Fluido
Cósmico Universal.
Ele é a própria matéria primitiva, da qual derivam todas as demais formas de matéria e energias. Preenche todos os
vazios do espaço, estando presente em toda a natureza. Por ser o elemento gerador de todo o restante das
manifestações materiais e energéticas, guarda similaridade e afinidade com estas, podendo, muito facilmente, sob a
ação de uma vontade, interagir com todas, inclusive mudando suas propriedades físicas, temporária ou
permanentemente.

COMP II 68
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos:

1- Eterização ou Imponderabilidade:
É o que se pode considerar de "primitivo estado normal".
No estado de eterização, o Fluido Cósmico Universal não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão
variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem
fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos
fenômenos peculiares ao mundo invisível.

Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos tem para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão
material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substancias do
mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com
os seus materiais, ainda que por processos diferentes.
Os espíritos utilizam-se do FCU para realização de muitas ações, inclusive como "matéria-prima" para suas
intervenções sobre a matéria, no plano espiritual e no plano material. Os espíritos utilizam o FCU como "amálgama"
para compatibilizar a utilização conjunta de diferentes tipos de fluidos, energias e mesmo matéria, graças a afinidade
do FCU com todos, por ser o elemento primitivo.
A possibilidade de manipulação consciente do FCU é proporcional ao grau de evolução do espírito, pois lá, como neste
mundo, somente aos Espíritos mais esclarecidos é dado compreender o papel que desempenham os elementos
constitutivos do mundo onde eles se acham. Os ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si
mesmos os fenômenos a que assistem e para os quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes
da Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo é que veem e escutam.
Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à percepção dos nossos
sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. Alguns há, pertencentes a um meio
diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer ideia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas
mediante as quais um cego de nascença procura fazer ideia da teoria das cores.
Como vemos, é através do corpo que percebemos os fenômenos do nosso meio material; somente em condições
especiais é que o espírito encarnado, alcançando uma maior liberdade de ação, percebe as ocorrências do mundo
espiritual.

2- Materialização ou de Ponderabilidade:
Neste estado, podemos considerar o Fluido Cósmico Universal, como um estágio consecutivo do primeiro (eterização),
e o percebemos através dos diferentes estados da matéria.
Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo
visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência
propriamente dita; os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à
existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se
acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente.
No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida
corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.

COMP II 69
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Fluidos Espirituais:

Ainda de acordo com "A Gênese“ (cap. XIV, itens 4 e 5) não é rigorosamente exata a qualificação de Fluidos Espirituais,
porque, na verdade, eles são matéria, embora extremamente quintessenciada.
De realmente espiritual, somente o Espírito ou Princípio Inteligente.
Recebem essa denominação "Fluidos Espirituais", por comparação, e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com
os Espíritos. Diz-se Fluidos Espirituais, no sentido de matéria do Mundo Espiritual.
Os Fluidos Espirituais, que são um dos estados do Fluido Cósmico Universal, são a bem dizer:
 A atmosfera dos seres Espirituais;
 O elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam;
 O meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e audição dos Espíritos, mas que escapam aos
sentidos carnais;
 O meio onde se forma a luz peculiar ao Mundo Espiritual, diferentes pelas causas e pelos efeitos, da luz ordinária;
 E, finalmente, o veículo do pensamento como o ar o é do som.

Atuação dos Espíritos sobre os Fluidos Espirituais:


Os Espíritos atuam sobre os Fluidos Espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas
empregando o pensamento e a vontade.
Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam,
organizando com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-
lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É
a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento
inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para
que esta repercuta na atmosfera.
Cabe neste momento, observar-se, que há uma consequência bastante séria para os encarnados a ação dos Espíritos
sobre os Fluidos Espirituais, pois sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo os pensamentos modificar-
lhes as propriedades, é claro que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que
os fazem vibrar. Desta forma, os maus pensamentos corrompem os Fluidos Espirituais, como os miasmas deletérios
corrompem o ar respirável. Os fluidos projetados por Espíritos inferiores, são, portanto, passíveis de viciações.
Por outro lado, os fluidos emanados pelos Espíritos bons, podem sanear, harmonizar os ambientes e trazer muito
conforto.
Imprescindível também o registro de que, os pensamentos dos encarnados também atuam sobre os Fluidos
Espirituais, da mesma forma, viciando ou saneando-os, logo, o ensinamento de Jesus a respeito da vigilância (Vigiai e
orai), se emprega, sobretudo, com relação aos nossos pensamentos.

Qualidade dos fluidos:


Os fluidos não possuem qualidades "sui generis", mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos
eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as
circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito
especiais à produção de tais ou tais efeitos.

COMP II 70
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus
efeitos e tipos originais. Observamos porém, que ao dizer-se que tal fluido é bom ou mau, estamos nos referindo ao
"produto final" e não à sua generalidade, pois o Fluido Cósmico é puro, sendo suas derivações o produto das
"manipulações", em níveis e padrões variados.

Qualidade dos Fluidos sob o Ponto de Vista Moral:


Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de
violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc.

Qualidade dos Fluidos sob o Ponto de Vista Físico:


Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos,
narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc.
O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da humanidade e das propriedades da
matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.

Correlação entre o Perispírito dos Encarnados e os Fluidos Espirituais:


Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos Fluidos Espirituais, eles o assimilam com facilidade,
como por exemplo, uma esponja se embebe de um líquido. Conforme a expansão ou irradiação do perispírito do
encarnado, maior a ação dos fluidos sobre ele.
Atuando os fluidos sobre o perispírito, este, ao seu turno, reage sobre o organismo material, com que se acha em
contato molecular. Logo, se os eflúvios são de boa natureza, o corpo recebe uma impressão salutar; se, por outro lado,
são maus, a impressão é penosa para o corpo.
Se são permanentes e energéticos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas - não sendo outra, senão esta,
a causa de certas enfermidades.
O encarnado absorve pelos poros perispiríticos os fluidos emanados.
Uma assembleia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. Nessas reuniões há uma multiplicidade de
correntes e de eflúvios cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual. Logo, ressalta-se a importância em se
procurar reuniões homogêneas e simpáticas, onde se pode haurir novas forças morais e se recuperar das perdas
fluídicas que sofremos todos os dias.

Fluidos, Energias e suas relações com o Perispírito:


1- Fluidos:
Denomina-se fluidos as emanações energéticas trabalhadas em um processo orgânico ou perispiritual. São energias,
que recebem essa denominação especial, como por exemplo o "fluido vital", que também poderia ser denominado
"energia vital”. São mais próximos a matéria palpável.
2- Energias:
São as emanações não materiais, no campo vibratório, derivadas de atividades do pensamento ou de fenômenos
vibratórios inerentes a estrutura da matéria e suas propriedades (ex.: luz solar, pensamentos, etc.)

COMP II 71
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
3- Relações entre Fluidos, Energias e Perispírito:
Em existindo o Espírito, existirá também o perispírito. Um não existe sem o outro. O perispírito é semimaterial,
constituído de um complexo de energias e fluidos, estruturando um "corpo" para o espírito. Pode ser comparado
como uma matéria muito sutil que envolve o Espírito. O perispírito tem a função de dar limite e relação ao espírito,
permitindo a interação deste com a parte "material" da natureza. As energias e fluidos constituintes do perispírito são
oriundos da metabolização das energias e fluidos do local onde está o Espírito, ou seja, o perispírito está sempre
"ajustado" ao meio onde se encontra o espírito. O perispírito, no seu componente energético "transita" nos planos ou
dimensões material e espiritual, sendo o elemento de "ajuste" ou "interligação" entre os dois planos. Como
"pertence“ simultaneamente aos dois planos, sujeita-se, ao mesmo tempo, às Leis "físicas“ características de cada
uma dessa dimensões.
A matéria que constitui o perispírito possui propriedades especiais, entre as quais a de ser manipulada, de maneira
consciente ou automática pelo próprio espírito. A matéria do perispírito é flexível, expansível, compressível, interage
com o F.C.U. – Fluido Cósmico Universal e pode absorver e fundir-se com outras formas de energia e de matéria, pela
ação do pensamento e da vontade. Utilizando-se da matéria do perispírito e combinado esta com outras formas de
energia e fluidos, o Espírito pode agir sobre a própria matéria.
O perispírito no encarnado, embora mais limitado pela presença da energia vital e pela ligação com o corpo físico,
conserva afinidade e semelhança com o perispírito dos desencarnados. Também é expansível, compressível, flexível,
apenas em grau menor que o do desencarnado. Todos os fenômenos de intercâmbio ou de interação entre o plano
material e o plano espiritual exigem a participação dos perispíritos do espírito e de um encarnado, e da interação com
outras formas de energia ou de outros perispíritos.

O espírito, através do perispírito, assimila energias das mais diversas, de acordo com seu estado de maior ou menor
equilíbrio, físico e espiritual. O Perispírito então metaboliza essas energias nos centros de força e as distribui em nosso
organismo. Essas energias se manifestam em nossa aura, formando nosso "hálito mental". O hálito mental caracteriza
as energias e fluidos que emitimos ao nosso redor, transmitindo sensações e impressões decorrentes de sua
"qualidade".

BIBLIOGRAFIA:
• A Gênese – Allan Kardec. Cap. XIV – Os Fluidos.
• O Livro dos Espíritos – Allan Kardec. Perguntas 27 e 427.
• O Livro dos Médiuns – Allan Kardec. Perguntas 74 e 98.
• No Invisível – Cap. XV. – Léon Denis. Páginas 175 à 185.
• A Alma é Imortal – Gabriel Delanne - 3.ª parte, cap. III páginas 226, 232, 284, 289.
• Evolução em Dois Mundos – Páginas 19 e 95.
• Depois da Morte – Léon Denis. Páginas 51, 52, 153 e 207
• Mecanismos da Mediunidade – André Luiz – psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Páginas 35 e 158.
• Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica - 20.ª Sessão Teórica - Centro Espírita Luz Eterna.
• O Passe – Jacob de Melo. Cap. IV, 1. Fluidos, páginas 53 à 69.
• Pesquisa complementar e Transparências (Power Point) – Carlos Parchen , do Centro Espírita Luz Eterna

COMP II 72
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

Fluido, a Matéria Invisível (parte II)


Quando estamos dando ou recebendo passes, ou mesmo quando estamos pensando e sentindo, movimentamos com
o nosso magnetismo aquilo que chamamos de fluido. Assim como o fluido do ímã, a maioria de nós não consegue ver
o fluido que movimentamos, mas sabemos que ele produz uma ação que pode ser perceptível.

• O que é fluido?

• Fluido é matéria?

“Fluido é matéria cujas moléculas têm tão pouca adesão entre si, que facilmente mudam de posição e que, portanto,
cedem à menor pressão.” (Dicionário Michaelis)

Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas


moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando
retidas por um agente de contenção ou separando-se quando entregues a si
mesmas.
(André Luiz – Evolução em Dois Mundos – cap. XIII, item: “Fluidos em Geral”)

• Qual a definição de matéria, segundo a Ciência?

Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço, que possui massa e que está sujeito à inércia.

• Como se forma a matéria? Qual é a sua constituição?

A matéria é formada por processos de transformação que originam os seus constituintes básicos. Combinados, eles
formam os átomos, que formam as moléculas, com as suas diversas propriedades.

Vejamos alguns desses processos:

• Que molécula está presente na formação da água, do gelo e do vapor?

COMP II 73
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
• O que faz a molécula H2O apresentar-se como água líquida, gelo ou vapor?

Comportamento das moléculas da água quando


nos estados líquido, sólido e gasoso.

Nos três casos, a variação da temperatura atuou para as moléculas H2O organizarem-se nos estados físicos: sólido,
líquido ou gasoso. A variação da pressão também pode provocar um efeito semelhante.

• Quais são as propriedades da água, do gelo e do vapor?

A água é o solvente universal. O gelo, por sua vez, é capaz de conservar alimentos, enquanto que o vapor pode ser
usado para cozinhar alimentos e acionar máquinas.

· No processo exemplificado acima, a molécula da água não sofreu nenhuma alteração na sua constituição.

COMP II 74
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
• Qual a diferença entre a composição da água e da água oxigenada?

presença de mais um átomo de oxigênio na molécula modifica as suas propriedades.

Através desse processo, a partir de pouco mais de uma centena de átomos conhecidos, as moléculas de todas as
substâncias existentes são formadas.

• Dois elementos químicos estão presentes na molécula da água. Quantos átomos diferentes ou elementos
químicos foram identificados na Natureza?

COMP II 75
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
De acordo com a Tabela da IUPAC foram identificados 116 átomos diferentes. Isso significa que o nosso corpo, o nosso
planeta, os outros planetas, as estrelas e as galáxias são formados pela combinação de pouco mais que uma centena
de átomos diferentes.

• O hidrogênio é o átomo mais simples que existe. Qual a sua constituição?

O hidrogênio apresenta somente 1 próton no seu núcleo e 1 elétron na sua órbita. Se ele também apresentar 1
nêutron no seu núcleo é conhecido como deutério.

• O que acontecerá se acrescentarmos ao átomo de hidrogênio mais 1 próton, 1 elétron e 1 nêutron?

A diferença entre os dois elementos é o número de partículas que os compõem.

O acréscimo de 1 próton ao átomo de hidrogênio gera o hélio.

SISTEMATIZAÇÃO:

De três elementos básicos (próton, nêutron e elétron) são criados pouco mais de uma centena de elementos químicos
– os átomos.

De pouco mais de uma centena de átomos, ou elementos químicos, são criadas todas as moléculas existentes – as
substâncias.

Essas moléculas ou substâncias, sob a ação da temperatura, da pressão e outras forças, apresentam-se nos diferentes
estados físicos da matéria – sólido, líquido, gasoso, etc.

Na visão científica, toda a matéria que compõe o nosso corpo, o nosso planeta, os outros planetas, as estrelas e as
galáxias, é formada através desses três processos, utilizando apenas três partículas: o próton, o nêutron e o elétron.

As descobertas mostram que mesmo o próton, o nêutron e o elétron são formados por partículas ainda menores –
as subpartículas. A Ciência continua na busca da partícula fundamental, formadora de todas as outras.

COMP II 76
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Todos os elementos que conhecemos, mesmo os aparentemente mais diferentes, são constituídos pelos mesmos
elementos básicos. O que muda é o número de cada componente na sua estrutura, fazendo com que eles tenham
propriedades físico-químicas totalmente diferentes. Os elementos formadores da matéria na visão científica não são
tão diferentes quanto parecem.

• Qual a definição de matéria, segundo a Doutrina Espírita?

22 - Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os
sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que
ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é
sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.

30 - A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?


De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são
transformações da matéria primitiva.

27a - Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade?


Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais de fluido elétrico, fluido magnético, são
modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se
pode considerar independente.

31 - Donde se originam as diversas propriedades da matéria?


São modificações que as moléculas elementares sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias.

34 - As moléculas têm forma determinada?


Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la...

34a - Essa forma é constante ou variável?


Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que
aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais de molécula longe ainda está da molécula elementar.

(O Livro dos Espíritos – cap. I)

A pureza absoluta, da qual nada nos pode dar ideia, é o ponto de partida do fluido universal; o ponto oposto é o em
que ele se transforma em matéria tangível. Entre esses dois extremos, dão-se inúmeras transformações, mais ou
menos aproximadas de um e de outro.

(A Gênese – cap. XIV – “Elementos Fluídicos”)

COMP II 77
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

XV - A força psíquica. Os fluidos. O magnetismo.

O estudo dos fenômenos espíritas nos fez conhecer estados de matéria e condições de vida que a Ciência havia
longo tempo ignorado. Ficamos sabendo que, além do estado gasoso e mesmo do estado radiante descoberto por W.
Crookes, a matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos
“fluidos”. À medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente;
torna-se uma das formas da energia.

(Léon Denis – No Invisível – cap. XV)

O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e
transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo,
ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, que se pode considerar o primitivo estado
normal, e o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto
intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto
podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados.

Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo
visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência
propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à
existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se
acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente.
No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida
corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.

Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão
material, quanto à dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do
mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com
os seus materiais, ainda que por processos diferentes (grifos nossos).

(A Gênese – cap. X, IV e XIV)

COMP II 78
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

• Os fluidos se comportam do mesmo modo que a matéria densa?

• Como eles são manipulados pelos espíritos?

14 - Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas
empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o
homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou
dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas;
mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo
certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.

16 - Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos
espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente
que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar,
modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais,
como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes
projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o
comporta o grau da perfeição moral destes.

(A Gênese - Capítulo XIV)

COMP II 79
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

17 - (...) Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram;
modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa.
Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os
torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos. Também carecem de denominações
particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o
ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de
violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc. Sob o aspecto físico,
são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxicos,
reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o de
todas as paixões, as virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos
efeitos que eles produzem.

18 - (...) O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de
Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes...

(...) Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade,
como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta,
quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o
perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Se os
eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são
permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas
enfermidades.

7 - (...) O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma
condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.

(A Gênese – cap. XIV)

• No texto acima, os espíritos falam em fluido espiritual. Ele tem uma origem diferente dos demais fluidos?

5 - Não é rigorosamente exata a qualificação de fluidos espirituais, pois que, em definitiva, eles são sempre matéria
mais ou menos quintessenciada. De realmente espiritual, só a alma ou princípio inteligente. Dá-se-lhes essa
denominação por comparação apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Pode dizer-se
que são a matéria do mundo espiritual, razão por que são chamados fluidos espirituais (...)

(A Gênese – cap. XIV)

COMP II 80
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

• Outro fluido importante para o trabalho dos passes é o fluido vital. Como podemos definir esse fluido?

O princípio vital comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem, reside no fluido que chamamos de
fluido vital.

O fluido vital é uma das transformações do fluido cósmico universal, que possui a característica de animar a matéria,
dando-lhe movimento e atividade. É o que chamamos comumente de fluido magnético ou fluido elétrico animalizado
e pode ser transmitido de um indivíduo a outro.

(Texto baseado em O Livro dos Espíritos – cap. IV – “Do princípio Vital”.)

A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos; ela varia segundo as espécies e não é
constante nem no mesmo indivíduo, nem nos indivíduos da mesma espécie. A quantidade de fluido vital se esgota;
ela pode tornar-se insuficiente para a manutenção da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das
substâncias que o contêm. O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior porção
pode dá-lo a um que o tenha de menos, e em certos casos, reacender a vida prestes a extinguir-se.

(O Livro dos Espíritos – Comentários da questão 70.)

Resumo das características dos fluidos:

· Tanto os Espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades dos fluidos, através do
pensamento e da vontade.
· Os Espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles
conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinada.
· Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles que os fazem vibrar.
· Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram.
· O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo para outro.
· Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se acha em contato
molecular.

COMP II 81
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 82
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 83
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 84
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 85
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 86
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 87
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 88
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 89
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 90
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 91
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 92
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 93
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 94
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

COMP II 95
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

A Ciência e A Medicina Espiritual


A Medicina Oficial se abre para a questão Espiritual
UniEspírito, 29 de novembro de 2017

A sobrevivência do espírito após a morte do corpo biológico, sendo este a sede da emoção, da personalidade, da
identidade de uma pessoa na hipótese do continuum da vida, a comunicabilidade entre a dimensão espiritual e o
plano biológico nos estados de transe, na mediunidade, o entendimento do cérebro como o transdutor da alma e não
como foco produtor do pensamento, são questões em aberto no território da Ciência.

A visão materialista entende que a pessoa é o corpo biológico, portanto a vida termina com a morte do corpo. Esta é
uma hipótese que não foi comprovada pela Ciência. Assim, tanto a visão espírita proposta por Allan Kardec, quanto à
visão organicista-materialista são hipóteses abertas à investigação pela Ciência Oficial.

Afirmar o materialismo como realidade existencial é hoje uma hipótese e não uma confirmação cientifica. Um
cientista que se diz materialista fala em nome próprio e não em nome da Ciência. A Ciência Oficial está aberta à
investigação das hipóteses espíritas tanto quanto as hipóteses materialistas. Assim é que as universidades americanas
como a Universidade de Harvard (Mind-body Institut), a Universidade de Virginia (Pesquisa sobre reencarnação), a
Universidade do Arizona (Laboratório de pesquisa sobre vida após a morte) www.veritas.arizona.edu e por extensão
as 50 maiores faculdades de medicina dos EUA, incluem em seus currículos de graduação e pós-graduação a Disciplina
Medicina e Espiritualidade, segundo JAMA – Journal of American Medical Association.

A OMS _ Organização Mundial de Saúde, passa a admitir o sistema espiritual na caracterização de saúde e qualidade
de vida como observamos no protocolo do WHOQOL-100 –www.ufrgs.br/psiq/whoqol1.html – (domínio VI Aspectos
espirituais, religião e crenças pessoais na tabela 2 – Domínios e facetas do WHOQOL).

Também, o CID-10, Código Internacional de Doenças, item F.44.3 – Estados de Transe e Possessão – configura como
diagnóstico médico e qualifica o transe patológico (mediunidade/doença) quando o individuo não tem controle sobre
o fenômeno, ocorrendo de forma involuntária e não desejada. Mas não é considerada doença o estado de transe
(mediunidade/saúde) sob domínio da pessoa em seu contexto cultural ou religioso –
www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm.

O DSM-IV, Casos Clínicos da Associação Americana de Psiquiatria, chega a ser mais objetivo utilizando o termo
“possessão por espíritos”, colocando que consiste num transtorno dissociativo, com a ressalva de que “é o termo mais
próximo deste intrigante diagnóstico”, demonstrando objetivamente que o entendimento do fenômeno ainda está
em aberto – www.psych.org.

De fato, o estado de transe é um estado dissociativo (conversão) podendo configurar-se como Transtorno Dissociativo
nos casos patológicos (mediunidade/doença) porque a interferência espiritual naturalmente provoca dissociação da
mente. Portanto, considerar o estado de transe como transtorno dissociativo ou conversivo não exclui a hipótese de
que seja um fenômeno espirítico.

COMP II 96
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Os estados conversivos ou dissociativos foram amplamente estudados no Hospital Salpêtrière de Paris, na escola do
Prof. Charcot, onde Freud estudou. Em seus estudos alguns pesquisadores abordaram a hipótese espirítica
(Mediunidade) como entendimento etiológico dos estados conversivos. Um deles foi Carl Gustav Jung que no segundo
capítulo do primeiro volume de Obras Completas (Ed. Vozes) estuda o médium espírita. Também na mesma escola os
médicos Gustav Geley e Albert Scherenck-Notzing abordaram formalmente a hipótese espírita como valida em
medicina (Scherenck-Notzing em Le Phenomene Physique de La Mediunite e Gustav Geley em O Ser Subconsciente).
Com isso, mesmo o termo Conversão Histérica enquanto fórmula estritamente anímica, como proposto por Freud,
não foi e não é um consenso em medicina.

Como médico participo da hipótese espírita dos estados de transe e possessão e também no entendimento do
sistema espiritual abordado pelo protocolo de Qualidade de Vida da OMS, procurando pesquisar as possibilidades da
hipótese espiritual no processo de saúde e doença. Esta argumentação frente à abertura que a Medicina Oficial está
dando para o entendimento do sistema espiritual permitiu que meu protocolo de pesquisa no estudo de 120
pacientes abordados segundo a óptica bio-psico-socio-espiritual fosse aprovado oficialmente junto à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, e esta pesquisa já está sendo desenvolvida.

Julgo que a Medicina e a Ciência nas universidades precisam criar institutos e departamentos com todos os recursos
para pesquisa cientifica, a fim de estudar a hipótese espiritual. É para este ideal que procuro contribuir para que esta
questão não fique pautada em cima de opiniões pessoais.

É inequívoco que a Medicina e a Ciência não estão abertas para esta hipótese.

Dr. Sergio Felipe de Oliveira – CRM 62.051

Sou médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Anatomista pelo Instituto de Ciências Biomédicas
da Universidade de São Paulo com área de concentração em Neurociências e Neuroanatomia Ultraestrutural. Mestre em Ciências
pela USP. Coordeno a Disciplina Optativa Medicina e Espiritualidade da FMUSP enquadrada no item práticas médicas para
graduandos de medicina. www.fm.usp.br/cedem/simposio/simposio.php

1) Os médicos em geral acreditam que o passe pode curar? A “Ciência oficial” aceita o passe? Por quê?
2) Qual a posição da Ciência em geral sobre a sobrevivência da Alma?

 Não acreditam na Alma, na sua sobrevivência nem na reencarnação.


 Não enxergam o Homem Integral, ou seja, Espírito, Perispírito e Corpo Físico.
 Não aceitam que o comportamento moral influencia na doença.
 Desconhecem os mecanismos envolvidos no processo.
 Não entendem a natureza do fluido magnético.
 Não enxergam o passe como um fenômeno natural.
 Todos os pontos podem ser gerados por desconhecimento, por falta de uma explicação lógica ou ainda pelo
orgulho, que os impede de buscar as explicações necessárias.

COMP II 97
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
" Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se
desprende das mãos de um médium, atingem ao corpo, mas não é para substituir pura e simplesmente a medicação
terrena, e sim para colocar o corpo em condições de equilíbrio, e até receber a medicação terrena.“
Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

O trabalho da Medicina Espiritual baseia-se na influência de um indivíduo sobre o outro e no uso do fluido magnético.
Embora o magnetismo ainda não seja totalmente aceito pela “Ciência oficial” ele se baseia nos mesmos princípios do
hipnotismo, porém, a “Ciência oficial” ainda não aceita que o comportamento moral influencie na saúde do individuo
e nem no fato de que as doenças podem ter tido origem em vidas passadas.

Mesmer foi quem despertou a atenção pública para os fenômenos magnéticos. Sua teoria baseava-se no fluido
universal, matéria sutil que serve como agente do magnetismo. Embora seus efeitos não pudessem ser negados, a
sociedade científica e filosófica da época entendeu como algo sobrenatural e acusou Mesmer de usar métodos
charlatanescos e extravagantes. Na época de Mesmer, a classe médica ainda estava dividida sobre o “magnetismo”, e
este, tão antigo quanto o mundo, acabou por penetrar no domínio científico sob o nome de "hipnotismo", ambos se
apoiam na influência de um indivíduo, sobre o outro, por ação do fluido magnético.

São exemplos da aplicação do magnetismo no hipnotismo: anestesia, regressão, sugestão, na medicina alternativa uso
no tratamento da psoríase e vitiligo e etc.

Dessa forma, a Ciência admitiu os conceitos do magnetismo, porém só o aceitou com o nome de hipnotismo. Os fatos
comprovam o seu efeito e a cada dia cresce o número de cientistas que o admitem, apesar de ainda não ser aceito
pela “Ciência oficial”. Entretanto, nós temos como diferencial os conhecimentos da ciência espírita, que nos mostra
estas realidades de um modo diferente, sobretudo através das revelações dos espíritos, porém assentadas numa
lógica irresistível.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FLUIDOS:

 Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades dos fluidos, através do
pensamento e da vontade.
 Os espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com
eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas.
 Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles que os fazem vibrar.
 Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram.
 O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro.
 Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico é o perispírito.
 Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se acha em contato
molecular.

COMP II 98
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
O Homem Integral

 Corpo mental – envoltório sutil da mente, presente desde a criação do Espírito, com as suas 4 subdivisões
(sublime, superior, médio e inferior). É neste corpo que ficam gravadas as experiências adquiridas pelo Espírito.
Sua complexidade é proporcional à evolução do espírito.
 Corpo espiritual ou corpo astral ou psicossoma – é o retrato do corpo mental. Corpo de relação do espírito,
quando separado do corpo físico. Esta separação pode ser temporária, como no desdobramento que ocorre
durante o sono físico, ou definitiva, como no fenômeno da morte.
 Corpo etéreo ou duplo etérico – corpo formado de eflúvios vitais na sua maior parte emanados do
neuropsiquismo do corpo físico, ambos desaparecem após a morte. É a parte que permanece junto ao corpo físico
quando o espírito deste se separa temporária ou definitivamente.
 Centros de Força – é através deles que o espírito comanda o conjunto perispiritual. Os sete Centros de Força
vibram em sintonia uns com os outros ao influxo do poder diretriz da mente. Um pensamento viciado provoca uma
desarmonia no Centro de Força que irá refletir este desequilíbrio no corpo.
 O conjunto perispiritual está ligado molécula a molécula ao corpo físico. (A Gênese – cap. XI, item 18), daí a
repercussão do desequilíbrio do perispírito no corpo físico.

Obs.: Os Centros de Força e os plexos serão estudados com mais detalhes na próxima aula.

COMP II 99
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

O que é doença?
O que é cura?

“Do ponto de vista espiritual, a doença é o resultado do desequilíbrio do espírito que não mantém o corpo espiritual
equilibrado, tornando o corpo físico vulnerável.”

“É o equilíbrio do espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico.”


Ignácio Bittencourt

Para melhor entendermos a relação do espírito com o corpo é necessário que ele seja encarado como um veículo
fisiológico, um instrumento na mão do espírito. Se o analisarmos isoladamente, veremos que ele tem uma
constituição perecível, fruto da combinação genética dos responsáveis pela geração do corpo orgânico. Com o tempo
este corpo vai se deteriorar naturalmente, devido à característica dos elementos que o compõem. Mas, do mesmo
modo que um carro pode ter a sua vida útil aumentada ou diminuída, por causa da boa ou má condução do piloto
responsável por sua conservação, o corpo físico também vai ser o reflexo da conduta do espírito que o governa. Não
podemos esquecer que vai chegar um momento que independente da conduta do espírito, o corpo físico vai
perdendo as suas funcionalidades por degeneração das células.

Se o espírito durante a sua vida emite pensamentos com vibrações desarmonizadas, ele desequilibrará o corpo
espiritual e por consequência o corpo físico. Se esta atitude for uma constante vai provocar deterioração antecipada
do corpo físico, do mesmo modo que o piloto descuidado acaba precocemente com o seu carro. Por outro lado, se o
espírito mantém a estabilidade dos seus pensamentos, ele pode fazer com que o seu veículo físico tenha a duração de
acordo com o previsto, ou mesmo uma vida acima do tempo esperado, valendo ainda a comparação com o piloto e o
seu carro. Deste modo podemos ter uma boa noção do que representa a doença e a saúde na visão espírita.

De acordo com esta visão, o que podemos dizer do tratamento das doenças?

 As doenças do corpo físico são tratadas com eficácia com remédios alopáticos, pois ambos são constituídos de
materiais afins.
 Homem Integral é composto por Espírito, Perispírito e Corpo Físico.
 As doenças perispirituais têm que ser tratadas com uma substância semelhante à sua composição, ou seja, com os
fluidos. Neste caso, estaremos tratando a área que primeiro reflete o desequilíbrio do espírito.
 Para que o tratamento seja completo, temos que tratar também do espírito, que é o gerenciador desse conjunto.
Estaremos tratando a causa e só assim teremos a cura integral.

COMP II 100
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
"(...) Se o corpo reflete o que há no espírito, quem precisa ser curado primeiro? (...) O espírito. A Medicina Espiritual
há de ser associada à Medicina Humana, encarnada, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra vai cuidar do
espírito."
Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

O que é passe?

“Transfusão de energia alterando o campo molecular.”


“Na assistência magnética os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura
necessitada, para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no
templo do corpo, edificando valorosas reconstruções.”
Áulus – Nos Domínios da Mediunidade, cap. 17.

“Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito
mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do estado orgânico” (...)

André Luiz – Evolução em Dois Mundos, cap. XV.

Onde irá atuar o passe?

O passe irá atuar principalmente no corpo espiritual, se a Medicina levasse em conta a existência deste corpo fluídico,
haveria possibilidade de dar um tratamento mais adequado aos pacientes e mais, o tratamento seria completo se
entendesse que a causa de todos os problemas é o desequilíbrio do espírito.

Conceito de Medicina Espiritual que utilizaremos no COMP II

Atividade exercida pelos espíritos que, utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos
indivíduos.

" A Medicina Espiritual socorre o perispírito, mas socorre o corpo também; mas ela não se sobrepõe ao remédio,
porque cada um age no seu campo; cada um tem a sua esfera de ação; cada um tem seu papel no seu momento.

(...) Toda ação fluídica, toda ação curativa, todo o trabalho da Medicina Espiritual é feito para auxiliar o espírito. Nós
não viemos substituir os médicos, e sim ajudar o corpo físico através do corpo espiritual, o que a grande maioria de
médicos não acreditam; eles creem que tudo é matéria. Eles precisam sentir que nós estamos lidando com elemento
fluídico, palpável, capaz de curar; mas ninguém esta querendo substituir o médico na sua missão de cura. Isto por
quê? Porque existem aqueles que creem que a Medicina Espiritual deve substituir a material, a de encarnado; tanto
quanto existem aqueles que, encarnados, descreem da Medicina Espiritual. O nosso papel está justamente em
estabelecer, em mostrar e direcionar esta fronteira.”

Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.


COMP II 101
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

O Homem e Os Fluidos Curadores


A prática do que hoje chamamos de passes, é recente ou sempre houve Homens usando os fluidos curadores?
Gabriel Delanne expôs um histórico do fenômeno da cura pelo magnetismo, lembrando que desde a remota
antiguidade os sacerdotes tinham conhecimento profundo das propriedades das práticas magnéticas, citando os
magos da Caldeia, os brâmanes da Índia e em seu tempo, os faquires; assim também egípcios "empregavam, no alívio
dos sofrimentos, os passes a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias", citados nos escritos de
Arnóbio, Celso e Jâmblico; Celso narra que Asclepíades de Pruse, entre os romanos, fazia adormecer as pessoas
acometidas de frenesi; de todos os antigos, o mais famoso nesta prática foi Simão, o Mago; de igual forma era prática
comum na Gália entre os druidas e estes eram tão aptos e famosos na prática que vinham pessoas de todo o mundo
consultá-los; na Idade Média os sábios praticavam-na, e Avicena, no século X escrevera que a alma pode atuar não
apenas sobre o próprio corpo, como sobre outros à distância; em 1682 Valentine Greatrakes curava com as mãos, na
Inglaterra.

Que benefícios a Doutrina Espírita leva àqueles que têm poder magnético?

 O caráter moralizador da doutrina de Jesus, equilibrando o indivíduo.


 A potencialização do magnetismo humano pelos espíritos.
 O equilíbrio das faculdades.
 O entendimento dos mecanismos envolvidos no fenômeno.

O que é necessário para a aplicação de fluidos curadores?

É necessário ter compreensão do fenômeno e do plano espiritual.

Para quem tem a força magnética essa compreensão possibilita o seu melhor uso, principalmente os médiuns com
trabalho efetivo, o estudo constante é fator essencial, para que sejamos cada vez mais e melhores instrumentos no
serviço da mediunidade com Jesus.

Para os demais, evita a influência das superstições, diminuindo a possibilidade de iludir-se com falsas promessas.

É possível alguém fazer mal a outra pessoa usando a força magnética? Se sim, qual é o limite desse mal?

“Algumas pessoas dispõem de um poder magnético muito grande, poder de que podem fazer mau uso, se seus
próprios Espíritos forem maus e, neste caso, podem ser secundadas por outros maus Espíritos; mas, não creiais nesse
pretenso poder mágico, que só existe na imaginação das pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da
Natureza. Os fatos que citam são fatos naturais, mal observados e, principalmente, mal compreendidos.”
O Livro dos Espíritos – questão 552

NOTA: O magnetismo é neutro e pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal. Não basta que o médium tenha o fluido magnético o bom
uso vai depender das qualidades morais do indivíduo que o médium possua. A LEI DE DEUS impõe limites ao mal que se quer fazer. Explicar que
esses limites são dados pelo merecimento e a necessidade de cada um.

COMP II 102
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

Terapia magnética ou Magnetoterapia


A terapia magnética ou Magnetoterapia, como também é conhecida, é bem disseminada em todo mundo e
considerada como medicina alternativa devido a sua eficácia não comprovada nos órgãos reguladores de medicina.
São diversos tratamentos alternativos e produtos que prometem alivio de dores, emagrecimento e até a cura de
algumas doenças.

A terapia magnética é baseada na ideia de que nosso corpo forma um campo magnético que reage aos ímãs quando
os aproximamos. Essa ideia tem fundamento no fato do nosso corpo possuir certa porcentagem de ferro no sangue e
que, junto com os íons de células e das próprias células, esses três componentes formarem sozinhos um campo
magnético próprio do nosso corpo. Na teoria, quando aproximamos um ímã de Neodímio, por exemplo, em uma área
dolorida, sangue fresco oxigenado é atraído para o local ajudando a diminuir a acidez diminuindo e/ou curando a dor.

Este certamente é um assunto controverso. Segundo uma pesquisa publicada em uma revista britânica especializada
em medicina, terapias que usam ímãs e campos magnéticos, não tem efeito comprovado. Segundo os cientistas
americanos, da Universidade Drexel da Filadélfia e do Kaiser Permanente Medical Center na Califórnia, responsáveis
pela pesquisa, as experiências existentes são de caráter duvidoso. Eles ainda alertam para o risco que as pessoas
correm a deixar de recorrer a tratamentos comprovadamente eficazes e tradicionais para se tratarem com essa
medida alternativa com ímãs.

https://www.magtek.com.br/blog/terapia-magnetica-ou-magnetoterapia-como-funciona/

Magnetismo que cura


Já aprovada em alguns países, como Canadá, Austrália e Israel, estimulação magnética transcraniana repetitiva
(EMTr) passa a ser usada também no Brasil para tratar depressão
FLÁVIA MANTOVANI
TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Imagine um aparelho que emite campos magnéticos 40 mil vezes maiores do que o campo magnético da Terra sendo
direcionado para o seu crânio. Os pulsos produzidos por esse dispositivo penetram cerca de 3 cm em uma pequena
área do cérebro.

Após uma série de aplicações, são capazes de gerar mudanças nos neurônios, ativando-os ou inibindo-os dependendo
dos objetivos -que vão de tratar uma depressão a melhorar a criatividade ou a resistência.

Parece ficção científica, mas o procedimento acima já é realidade para alguns brasileiros. Chamado de estimulação
magnética transcraniana repetitiva (EMTr), o método já é aprovado para o tratamento de depressão em países como
Canadá, Austrália e Israel.

No dia 26 de janeiro, a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos EUA, avaliará os resultados de
estudos para decidir se libera o tratamento no país.

Por aqui, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso do aparelho de EMTr em março de
2006. Há dois meses, após seis anos de pesquisa com o método, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
USP (Universidade de São Paulo) decidiu liberá-lo para uso clínico em depressão.
COMP II 103
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Por aqui, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso do aparelho de EMTr em março de
2006. Há dois meses, após seis anos de pesquisa com o método, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
USP (Universidade de São Paulo) decidiu liberá-lo para uso clínico em depressão.

O próximo passo será pedir a inclusão do tratamento no SUS e nos planos de saúde -atualmente, quem quer receber
os pulsos magnéticos fora de protocolos de pesquisa precisa desembolsar R$ 300 por sessão.

Primórdios

Apesar da aplicação terapêutica recente, as origens da estimulação magnética remetem ao século 19. Já em 1896, o
francês Jacques-Arsène D'Arsonval havia testado os efeitos do magnetismo sobre as emoções.

Por volta de 1940, os estímulos magnéticos eram pesquisados na fisiologia animal. Na década de 80, surgiram
aparelhos semelhantes aos atuais -só eram usados, no entanto, para diagnósticos neurológicos.

Foi só em meados da década de 90 que o método passou a ser usado para tratar doenças.

Uma das vantagens da EMTr é a quase ausência de efeitos colaterais. Até agora, uma leve dor de cabeça que passa
depois da sessão tem sido o único sintoma relatado -mesmo assim, só por alguns pacientes.

Isso tornaria a técnica útil para grávidas e lactantes, para as quais é mais delicado receitar medicamentos.

Diferentemente da ECT (eletroconvulsoterapia, também conhecida como eletrochoque), outra técnica não
medicamentosa usada para transtornos mentais, as aplicações de EMTr são indolores.

"A ECT não exige cortes, mas demanda anestesia e o uso de remédios anticonvulsivos. Já a estimulação magnética não
exige nada disso e tem mostrado a mesma eficácia", diz o psiquiatra Marco Antonio Marcolin, coordenador do grupo
de EMTr do HC.

[...] Por se tratar de um novo campo de pesquisa, ainda não há diretrizes que padronizem como o tratamento deve
ser feito para cada doença (duração da sessão, intensidade e intervalo entre os pulsos

Os estudos com depressão - feitos principalmente com pacientes que não reagem a outros tratamentos - são os mais
numerosos e os que vêm conseguindo melhores resultados. "Há pouca informação consistente sobre indicações
terapêuticas em outras áreas", afirmou à Folha um dos pioneiros na área, o psiquiatra americano Mark George,
diretor do laboratório de estimulação cerebral da Universidade Médica da Carolina do Sul.

Mas já há trabalhos no Brasil e no mundo que avaliam os efeitos da terapia sobre a esquizofrenia, o TOC (transtorno
obsessivo-compulsivo) e a epilepsia, entre outras doenças.

Na USP, acaba de ser concluído um estudo sobre o uso da EMTr em um tipo de dor crônica. Os resultados ainda não
podem ser divulgados, mas Marcolin adianta que a eficácia foi boa. Ele vai pesquisar agora a eficácia do método para
autismo, dislexia e transtorno de déficit de atenção.

Outro estudo do mesmo grupo vem acompanhando 20 pacientes de TOC resistentes a medicamentos. Uma parte foi
submetida a sessões reais de EMTr; a outra, a simulações.

COMP II 104
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Segundo o autor da pesquisa, o psiquiatra Carlos Gustavo Mansur, os dados não são conclusivos. "Mas, na prática,
observamos melhoras evidentes em alguns pacientes.“

A coleta de dados deve ser encerrada em meados de 2008.

"Esperamos obter respostas seguras sobre a possibilidade de usar a técnica para TOC. Se as constatações forem
positivas, creio que levará de cinco a dez anos para a EMTr chegar ao uso clínico", diz Mansur.

Padronização

Por se tratar de um novo campo de pesquisa, as perguntas ainda são muitas. Não há, por exemplo, diretrizes que
padronizem como o tratamento deve ser feito para cada doença -duração da sessão, intensidade e intervalo entre os
pulsos etc. Em geral, para depressão, são feitas aplicações diárias durante um mês -alguns pacientes melhoram antes.
"Os protocolos variam muito. É preciso criar padrões. Também não se sabe quanto tempo dura o efeito das sessões.
Os relatos vão de semanas a vários meses", diz o neurologista e neurofisiologista Joaquim Brasil-Neto, da UnB
(Universidade de Brasília).

No laboratório de neurociências e comportamento do Instituto Central de Ciências da UnB, a técnica é aplicada


principalmente para depressão.

Mas já foi feito um trabalho com epilepsia que constatou que o método só funciona bem em um tipo específico, no
qual o foco epiléptico fica no córtex (a camada mais externa do cérebro). "Quando o problema está profundamente
situado no cérebro, não conseguimos atingir", explica Brasil-Neto.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul também já pesquisa a EMTr, principalmente para alucinações auditivas -
comuns em pacientes com esquizofrenia.

"Os resultados são muito interessantes. Não só os sintomas diminuem como a qualidade de vida melhora. Pacientes
que não ficavam mais do que 15 minutos com a família já conseguem passar todo um fim de semana", conta o
psiquiatra Paulo Belmonte de Abreu, coordenador do Programa de Esquizofrenia e Demências do HC de Porto Alegre.

A psiquiatra Marina Odebrecht Rosa explica que, nesses pacientes, a EMTr é usada para inibir zonas em que o
metabolismo cerebral é muito intenso. Ela também investigou, na USP, o uso do método em 11 portadores de
esquizofrenia grave que não reagiam a remédios. Seis receberam a estimulação real e cinco foram submetidos a
sessões simuladas. "Em duas semanas, dois pacientes atingiram melhoras excelentes e se livraram das vozes por três
meses. Mas houve também casos que não apresentaram melhora", pondera Marina.

Criatividade

Não é só para aliviar doenças que a EMTr tem despertado interesse. Já há quem estude seu uso em pessoas
saudáveis, para estimular áreas do cérebro ligadas a capacidades cognitivas.

Na Austrália, por exemplo, o Centre for the Mind, ligado à Universidade de Sidney e à Universidade Nacional da
Austrália, tem usado a estimulação magnética para tentar melhorar temporariamente a criatividade das pessoas.

COMP II 105
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa encomendou um estudo com um dispositivo portátil de EMTr que
pudesse potencializar os reflexos de soldados. "A técnica melhorou a performance de homens que não tinham
dormido nas últimas 36 horas. Mas o efeito foi menor do que o de uma xícara de café", diz Mark George, que
conduziu o teste.

"Acontece com toda técnica", afirma Joaquim Brasil-Neto. "Abre-se um leque enorme e pensa-se em usar para uma
série de coisas. Com o tempo, só os usos mais interessantes são incorporados.“

No próprio HC da USP já foi constatado, em uma pesquisa, a melhora de um tipo de memória em estudantes
saudáveis. "Temos que ir com calma. Ainda faltam estudos. E, mesmo que funcione, há uma questão ética, pois isso
pode ser usado com objetivos que não são adequados", alerta Marcolin.

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1101200701.htm

Assim como objetos imantados, há pessoas que curam e que dizem não serem médiuns, principalmente os
magnetizadores que atuam na Europa e nos EUA.

A principal diferença está entre os fluidos do magnetizador e o do médium, devido ao fato dos espíritos atuarem mais
ativamente, junto ao médium, apesar de que, sempre que o magnetizador estiver movido pelo desejo de curar,
haverá sempre um espírito disposto a ajudá-lo.

1 - Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns?
"Não há o que duvidar."

2- Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo sua força
em si mesmo, não parece ser o intermediário de qualquer poder estranho?
“É um erro; o poder magnético reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentado pela ação dos Espíritos, que ele
chama em seu auxílio. Se magnetizas, tendo em vista curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito, que se interessa
por ti e pelo teu doente, ele aumenta tua força e tua vontade; dirige teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias.”

3- Há, entretanto, muito bons magnetizadores que não acreditam nos Espíritos?
“Pensas, então, que os Espíritos só agem sobre aqueles que neles acreditam? Os que magnetizam para o bem são
secundados pelos bons Espíritos. Todo homem que possui o desejo do bem, chama-os, sem perceber, assim como,
pelo desejo do mal e as más intenções, ele chama os maus.”

4- Agiria com mais eficácia aquele que, possuindo o poder magnético, acreditasse na intervenção dos Espíritos?
“Ele faria coisas que consideraríeis milagres.”

O Livro dos Médiuns, cap. XIV – Item 176.

O fluido magnético é mais eficaz quando potencializado pelos bons espíritos, pois eles possuem
um fluido de maior qualidade e estão presentes, sempre que nos dispomos a trabalhar no bem

COMP II 106
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Quem é o médium? Que tipo de espírito tem esta tarefa?
Mediunidade e eletromagnetismo
«DESCOMPENSAÇÃO VIBRATÓRIA» — Sem obstáculo, reconhecemos que a mediunidade ou capacidade de sintonia
está em todas as criaturas, porque todas as criaturas são dotadas de campo magnético particular, campo esse, porém,
que é sempre mais pronunciado naquelas que estejam temporariamente em regime de «descompensação
vibratória», seja de teor purgativo ou de elevada situação, a transparecer no trabalho expiatório da alma que se
rendeu à delinquência ou na ação missionária dos Espíritos de eleição que se entregam à bem-aventurança do
sacrifício por amor, em estágios curtos ou longos na reencarnação terrestre, com o objetivo de trazerem das Esferas
Superiores mais alta contribuição de progresso ao pensamento da Humanidade.

André Luiz - MECANISMOS DA MEDIUNIDADE – Cap. VIII

1 - Como o fator moral pode influenciar, tanto na ação de um magnetizador, quanto na de um médium curador?
Há a necessidade de tanto o médium quanto o magnetizador terem um bom comportamento moral, para terem uma
atuação mais efetiva nos trabalhos de cura. Bem como uma saúde quer proporcione fluidos de origem animal de boa
qualidade e acima de tudo uma grande vontade de ajudar ao próximo.

2- Quais as principais características que diferem um médium curador de um médium comum?


Grande desejo de ajudar ao próximo, o desejo de curar. Esta é a principal característica, que se desdobra em outras,
como:
• Diferença no mecanismo de geração de fluidos.
• Grande capacidade de absorver fluidos materiais.
• Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente.
Texto baseado na entrevista com Ignácio Bittencourt –
mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro em 17/4/1998.

3- Como se programa uma possibilidade de trabalho de cura?


Além da grande capacidade de absorver fluidos materiais, este médium terá no seu sistema nervoso, uma grande
capacidade de servir, distribuir energias e de imediato, lançar para o cérebro o apelo que vê no doente. O sistema
nervoso não existe, senão para passar a informação para o cérebro, para ele voltar àquela informação. É isto que o
sistema nervoso faz. Então, quando ele olha, ele de imediato passa e de imediato reage e de imediato cria o
automatismo do fluido.
Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

A maior capacidade de impulsão de fluidos, esta baseada no


grande desejo de ajudar ao próximo, o desejo de curar.

COMP II 107
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
4 - Como o fluido pode atuar em um processo de cura ?
31. - "(…) Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são
simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer
princípios reparadores ao corpo; o espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo
deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição de uma
molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância
inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão
fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daqueles que
desejam realizar a cura, seja homem ou espírito (...)”
A Gênese, cap. XIV.

Os órgãos físicos são constituídos de moléculas físicas, os órgãos do corpo espiritual são constituídos de moléculas mais sutis.
As moléculas materiais são aglomerações das moléculas primitivas; se equilibrarmos energeticamente as moléculas mais sutis
teremos como consequência um equilíbrio de funções nas moléculas materiais, ou seja, no órgão do corpo físico.

5- Escutamos falar que o fluido de um médium é específico para isto e o de outro é específico para aquilo. Quais os
fatores que dão a característica fluídica a um médium?

Perg.: Qual a causa da especialidade mediúnica para o médium?


Ignácio: Só a experiência; ele se dá melhor em um serviço do que em outro.

Ignácio: O fluido é mudado pelo desejo que a criatura expressa.


Trecho da entrevista com Ignácio Bittencourt em 17/4/1998 – Médium Altivo Pamphiro.

Pensamento - é um fluxo energético produzido pelas criaturas através da excitação da matéria mental, em seus vários
níveis.
André Luiz – Mecanismos da Mediunidade, cap. IV.

Quanto mais equilibrado o pensamento Maior a excitação da matéria mental  Onda de Maior frequência  O
fluido resultante é Mais sutil e tem Mais qualidade  Mais eficiente.

OS PLEXOS E OS CENTROS DE FORÇA (CHÁCRAS)


PLEXOS - “São entrelaçamentos de muitas ramificações de nervos, formando os entroncamentos de filetes nervosos
que pertencem ao sistema autônomo vagosimpático. Os plexos, sem dúvida, estão situados no corpo físico.”

CENTROS DE FORÇA - “Centros de força ou rodas, são acumuladores e distribuidores de força espiritual situados no
duplo etérico, pelos quais transitam fluidos energéticos de uns para os outros envoltórios exteriores do espírito
encarnado.”
Edgard Armond – Passes e Radiações, cap. 2.

COMP II 108
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
“Como não desconhecem, diz o espírito de Clarêncio, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por
sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos que vibram em sintonia, uns com os outros.”
André Luiz – Entre a Terra e o Céu, cap. 20

Aplicação de passes nos centros de força:


 O fluido atinge o perispírito e é distribuído para os órgãos. O órgão afetado, absorve o fluido por um processo
natural e mecânico, conforme a sua necessidade.
 O mecanismo de absorção do fluido, segue o mesmo princípio de transferência de energia, o ponto de menor
energia, absorve do ponto que tem mais; quanto ao aspecto de seleção, o órgão lesado vai absorver a energia que
lhe esta faltando, a complementar.

Aplicação de passes no órgão afetado:


 Se o médium não tiver conhecimento do corpo humano, o fluido vai ser depositado sobre o órgão lesado e será
absorvido, por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade.
 Se o médium tiver este conhecimento, ele vai direcionar o fluido, injetando-o no órgão lesado, acelerando o
processo de absorção; quanto maior o conhecimento do médium, melhor o resultado.

Uso de fluidos da Natureza:


 Há espíritos com pouca evolução, mas são bondosos e têm um sentimento muito grande de servir, que são
utilizados como fonte de armazenagem de fluidos da Natureza, vindos das matas e do mar. Estes fluidos são
utilizados na cura, quando necessário.
 Estes espíritos têm mais facilidade de armazenar estes fluidos, devido à afinidade ainda existentes entre a natureza
de ambos.

Trecho da entrevista com Ignácio Bittencourt em 24/4/1998 – Médium Altivo Pamphiro.

COMP II 109
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

Aplicação no centro de
força – Absorção lenta.

Aplicação direta no órgão


– Absorção mais rápida.

Aplicação no órgão com


conhecimento específico
– Absorção direta e mais
eficiente.

A eficácia do tratamento com passes depende da qualidade dos fluidos ministrados.


O maior conhecimento do médium, em torno do mecanismo envolvido, aumenta esta eficácia.

COMP II 110
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
A CURA SOB A ÓTICA ESPÍRITA
1) Todas as pessoas que recebem tratamento de passes são curadas? Por quê?

2) Todas as doenças têm a sua origem nesta vida?

3) Por que Jesus disse “vá e não peques mais, para que não te suceda coisa pior”?

“Enfermidades irreversíveis, problemas teratológicos, perturbações psíquicas de largo porte,


limitações e mutilações físicas, degenerescências orgânicas e mentais, aberrações congênitas
procedem do uso indevido e abuso do livre-arbítrio quando de outras experiências evolutivas
em encarnações pregressas.”
Joanna de Ângelis – Leis Morais da Vida – lição 41.

Nota: É necessário compreender que a doença, na maioria das vezes, é de origem moral, ou seja quem está doente é
o espírito. O que aparece no corpo é consequência dos nossos desregramentos em vidas anteriores e nem sempre o
momento é propício para que a cura ocorra. A cura só vai ocorrer se não tivermos mais necessidade da ação educativa
da doença.

4) Nosso desequilíbrio em vidas anteriores provoca a doença do corpo físico, através da


maculação do perispírito. Como será que ocorre este mecanismo?
A Doença Cármica

O que geralmente ocorre é o espírito se arrepender após a sua desencarnação e no plano espiritual acontecer o
processo de marcação do seu corpo espiritual. Esse processo pode se dar após uma ou várias encarnações. Há casos
de espíritos que deixam passar até dez encarnações, sem completar o processo, porém a Lei de Deus sempre espera
o momento de cada um.

Quando há o arrependimento, o espírito irradia um pensamento com caráter energético, capaz de desequilibrar
órgãos específicos no corpo espiritual. É esse desequilíbrio energético que causa a doença no órgão do corpo físico.

Textos baseados em entrevistas com Ignácio Bittencourt, psicofonia do médium Altivo Pamphiro.

5) Todas as doenças são cármicas, em outras palavras, são derivadas de um desequilíbrio


anterior? Têm causas anteriores?

6) O que podemos comentar sobre o desenvolvimento de um tumor cerebral, por exemplo?

COMP II 111
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

7) O que pode causar, por exemplo, um tumor?

8) O Espírito reencarnado pode evitar a formação do tumor? Como?

O sentimento de culpa que ele alimenta durante toda a sua existência; a postura de autopunição desencadeia a
formação do tumor. Esta postura é muito semelhante à postura que assumimos diante dos fatos mais simples em
nossas vidas. Ficar se autopunindo é sofrer mais de uma vez pelo mesmo erro. Se o Espírito escolhesse o trabalho no
bem, como forma de se recompor com a Lei, teria quitado o seu débito de uma maneira mais suave e produtiva. É
uma forma de demonstrarmos que estamos subindo mais alguns degraus rumo à superioridade.

9) O passe pode ser uma auxiliar nesse processo?

10) Será que a nossa postura no momento do passe, pode influenciar na sua eficiência? Como?

11) E as nossas atitudes após o recebimento do passe têm alguma influência?

Nota: Em todas as situações apresentadas o receptor pode melhorar a absorção dos fluidos, direcionando-os, com o
seu pensamento para o órgão lesado. O Evangelho nos apresenta o exemplo da cura da mulher hemorroíssa.

COMP II 112
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Texto de apoio: A Gênese, cap. XV, itens 10 e 11
PERDA DE SANGUE

10. – Então, uma mulher, que havia doze anos sofria de uma hemorragia; – que sofrera muito nas mãos dos médicos e
que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, – como ouvisse falar de Jesus, veio com a multidão
atrás dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada. – No
mesmo instante o fluxo sanguíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade.

Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: Quem me
tocou as vestes? – Seus discípulos lhe disseram: Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te
tocou? – Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara.

A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe aos pés e lhe declarou toda a
verdade. – Disse-lhe Jesus: Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade. (Marcos, 5: 25 a
34.)

11. – Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o movimento
fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-
se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização nem imposição das
mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.

Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava
nela e tinha a cercá-lo a multidão?

É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de
repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela
confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba
calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações;
doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos.

Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude
mística, qual a entendem, muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui
opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo,
também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado
e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias
aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural. (Cap. XlV, item 31, 32 e 33.)

12) Fica claro neste exemplo, a atuação positiva do paciente?

13) Analisando a doença e a cura, apoiados na Doutrina Espírita, como podemos atuar como
construtores da própria saúde?

Nota: Observar que a nossa transformação moral e a atuação do nosso próprio pensamento são instrumentos de
vitalização das nossas células.

COMP II 113
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
“PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES – Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios
inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e
nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações
vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.”

André Luiz – Evolução em Dois Mundos, cap. 5.

“O corpo reflete o que há no espírito, sendo assim o espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de
ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do espírito.”

Ignácio Bittencourt – Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Pamphiro.

Nota: O desequilíbrio do espírito é que causa a maioria das doenças, a melhor maneira de obtermos a cura integral é
obtermos o equilíbrio do espírito, através da evolução moral.

“Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade
absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto
sobre o moral.”

A Gênese, cap. XIV – item 20.

Nota: Esta postura seria fruto do entendimento de que é no desequilíbrio do espírito que está a causa do problema
orgânico e deste modo, também algumas palavras podem ajudar o espírito a recuperar o seu equilíbrio.

14) Podemos entender que o magnetismo é uma lei, que a mediunidade é o veículo, que os
espíritos são os verdadeiros agentes do equilíbrio orgânico e/ou da possível cura e que a
verdadeira cura, a cura da Alma, só obteremos pela nossa transformação moral?

Nota: No processo da cura o trabalho dos espíritos é de suma importância, o nosso papel como médiuns é de simples
coadjuvantes e aprendizes. A nossa maior participação, vai depender da qualidade que possamos imprimir ao nosso
fluido, através da nossa transformação moral, do conhecimento maior dos mecanismos envolvidos nesse processo e
em consequência da nossa vontade de ajudar ao próximo.

Jesus, o médico das almas o maior curador que já passou pelo nosso planeta é um espírito que conhece a fundo a arte
de manipular os fluidos, mas acima de tudo é o grande conhecedor da arte de transformar e conquistar almas.
Trabalhar na mediunidade com Jesus é a melhor e mais eficiente maneira de servir. Como pacientes, podemos ter a
certeza de que sempre poderemos contar com a ajuda de Deus, nosso Pai amoroso, de Jesus e dos espíritos que com
Ele trabalham, porém a nossa cura depende de nossa transformação moral e da observância irrestrita da Lei de
Deus.

COMP II 114
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS

O Ectoplasma e a Mediunidade de Efeitos Físicos


Para a biologia, plasma é a substância fundamental das células. É o mesmo que protoplasma. Caracteriza-se como um
líquido de cor amarelada composta de uma solução de proteínas em que se encontram, em suspensão, as células.
Fazem parte da composição do sangue: plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. Conforme instruções do mundo
espiritual, o sangue fixa as atividades no campo material e, em seu fluxo e refluxo, movimenta as forças do organismo,
proporcionando o tônus vital do corpo físico. Prova disso é que, quando a circulação se torna difícil, as enfermidades
começam a surgir e pode sobrevir, em casos graves, a morte do corpo. Essas informações e as que vêm a seguir, por
exemplo, fazem parte das orientações do instrutor espiritual ao Espírito André Luiz que, segundo consta, foi médico
em vida:

“Você não ignora que o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez não saiba que o
corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. Na organização fetal,
o patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de
assimilação diferente das energias orgânicas, em que o “eu” reencarnado ensaia a consolidação de suas novas
experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir por si mesmo, ao processo de formação do
sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado.”
(XAVIER, F. C. / André Luiz in Missionários da Luz; Ed. FEB, p. 220).

Desde eras pretéritas, o Homem se sentiu fascinado pelo sangue. A Bíblia (Deuteronômio, 12:23), depois de falar num
mar desse líquido, diz: “Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida; [...]. E uma infinidade
de sacrifícios perversos foram executados devido a crenças e rituais primitivos cultuados por indivíduos e povos na
pretensão ilusória de acalmar e presentear os seus “deuses” com a preciosa substância. O prof. C. Torres Pastorino,
em sua obra Técnica da Mediunidade, dedica um capítulo ao sangue e ao ectoplasma e a íntima relação entre eles e a
mediunidade de efeitos físicos. Entretanto, ainda não foi devidamente explicado o papel do ectoplasma na
mediunidade. Alguns pesquisadores expuseram teorias sobre a sua função, deixando, entretanto, muito a
acrescentar e muitas dúvidas a esclarecer. As pesquisas pararam no tempo. Isso se deve, principalmente, à falta de
indivíduos com faculdades especiais que se prestem à observação e, também, ao desinteresse pelo aspecto
científico do Espiritismo dos que lidam com a educação mediúnica. Consideram tais pesquisas, talvez, um trabalho
inútil e desnecessário. Entretanto, para que se tenha uma noção aprofundada sobre o ectoplasma, é preciso que a
pesquisa abranja vários aspectos: as suas propriedades; seus efeitos sobre os médiuns; os métodos para a sua
manipulação. As referências ao ectoplasma são antigas. O médium sueco Swedenborg (1688-1772), no início de
suas visões, referiu-se a uma espécie de vapor que exsudava de seu corpo e escorria até o tapete. Na Idade Média,
Thomas Vaughan, em sua obra Lumen de lúmine, descreve uma substância que ele teria colhido para observação:

“Tenho apanhado um pouco desse licor para estudar que estranha substância era essa, reconheci que se desfazia
como uma neve. Quando a tinha nas mãos, não era água comum, mas uma espécie de óleo, cuja consistência
viscosa, graxa, mineral, brilhante como a pérola, me pareceu transparente como o cristal. Examinando-a ainda,
pareceu-me que tinha certa aparência espermática e, em verdade, era mais obscena ao tato que à vista.” (Apud
PASTORINO, T., Técnica da Mediunidade; Ed. Sabedoria, p. 144).

Certos pesquisadores descrevem o ectoplasma como pesado, úmido, viscoso e frio. Como se tivesse vida própria,
saindo do corpo do médium, dele se afastando e se aproximando, passeando pelo ambiente, formando longas hastes,
mãos, rostos e corpos inteiros. O barão Schrenck Notzing, em Munich (Alemanha), conseguiu filmar o ectoplasma em
movimento no momento em que era exteriorizado pela boca da médium polonesa Stanislawa P..

(grifo nosso)

COMP II 115
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Tais afirmativas vêm ao encontro das pesquisas que realizamos no Grupo Ambroise Paré, dirigido por Carlos Bernardo
Loureiro, com o Espírito que se denominava “Noiva”, em sessões com o médium José Medrado. As características do
ectoplasma eram as mesmas. Coletamos um pouco dessa substância em um pequeno frasco em cujas paredes se
formaram gotículas. Tinha o cheiro de ozona, algumas vezes muito semelhante ao esperma, que exalava no ambiente
durante as experimentações. Mas, até então, o que sabe sobre o ectoplasma, é que, em seu primeiro estádio,
constitui-se uma matéria invisível que se vaporiza, liquidifica-se ou solidifica-se em vários níveis de condensação.
Seu significado vem do grego “ektos” e “plasma” = substância exteriorizada, termo criado pelo francês Charles
Richet, após os acontecimentos em Hydesville, em meados do século XX. Também é chamado psicoplasma e
teleplasma. Trata-se de um protoplasma, ainda considerado “misterioso”, que certos indivíduos expelem por
diversos orifícios do corpo como nariz, olhos, ouvidos e, também, pelo topo da cabeça, pelo tórax e pelo abdômen,
com a finalidade de provocar efeitos físicos e materializações de seres e produtos dos mundos animal, vegetal e
mineral. Daí, no caso de pessoas desencarnadas, comparar-se a materialização de um Espírito a uma “reencarnação
temporária”, embora, como se verá, nem sempre com a formação plena de um organismo.

Em toda história dos fenômenos espirituais, médiuns têm relatado suas experiências durante as sessões de
materialização a que se submeteram para observação de cientistas idôneos em todo o mundo, na maioria dos fatos
muito semelhantes. Apesar de inúmeras pesquisas realizadas, questionamentos ainda persistem no campo da
materialização de Espíritos e efeitos físicos. Um é sobre as vestimentas e acessórios usados pelos Espíritos nos
laboratórios mediúnicos, além do próprio corpo moldado por eles. Interrogados sobre o assunto, os Espíritos
revelaram que as vestimentas com que se apresentam são criadas pela força do pensamento, por uma projeção de
sua consciência. Segundo revelaram os Espíritos instrutores, ou controles, as roupas são imprescindíveis por dois
motivos: cobrir os buracos no corpo, as manchas e as deformações nele existentes e, mais importante, proteger o
ectoplasma que forma o “organismo temporário”, evitando uma possível agressão da luz que venha causar alguma
mal ao médium. Há casos - dizem - que nem o corpo existe; apenas materializam as partes visíveis, como braços, mãos
e rosto, deixando oco o interior. Reportando ao Espírito “Noiva”, um véu lhe cobria o rosto devido aos aspectos ainda
defeituoso que trazia, conforme explicou o Espírito Ambroise Paré. Em algumas fotos tiradas desse Espírito, observa-
se, também, a má formação de alguns dedos.

Pergunta-se: o ectoplasma assume diferentes tipos de matéria além da parte orgânica a depender do objeto que vai
ser moldado? Uma infinidade de coisas faz parte da apresentação do Espírito. Ele pode usar joias, flores, chapéus,
bengalas e trazer consigo frutas etc... De que espécie será tal matéria? O mais intrigante é que muitos Espíritos
costumam oferecer presentes aos participantes, como mechas de cabelo e pedaços de vestimenta. Mais intrigante
ainda é que alguns desses “souvenirs” desaparecem após determinado tempo e outros nunca desaparecem. Eis alguns
fatos bastante surpreendentes na história dos fenômenos espirituais.

Katie Brink, o Espírito que se materializava através da Sra. Compton, em certa reunião, desejou oferecer um pedaço
de sua vestimenta ao coronel Richard Cross, de Montreal. Entretanto, impôs uma condição: teriam de comprar outro
vestido para a médium. Após a reunião, os participantes souberam o motivo da estranha solicitação. Havia um grande
buraco no vestido da médium exatamente de onde foi retirado um pedaço da vestimenta do Espírito. O mais curioso é
que enquanto o tecido cortado do vestido do Espírito, de modelo diferente do da médium, era fino e delicado, o da
roupa da médium era uma alpaca preta bastante grosseira.

Abd-u-lah, Espírito controle do médium Eglington, costumava materializar, durante as sessões, esmeraldas, rubis e
diamantes. Certa feita, a sra. Nichols, presente na reunião do dia 26 de outubro de 1877, narrou que o referido
Espírito fez uma movimentação no ar como se estivesse pegando algo. Após alguns minutos, caiu sobre a mesa um
belo anel com um diamante incrustado.

(grifo nosso)

COMP II 116
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Abd-u-lah mandou que todos examinassem à luz do gás e uma moça, Miss M,. o segurasse contando até doze. O
Espírito foi materializando outras pedras preciosas de tamanhos variados, algumas avaliadas por um joalheiro
presente por 25.000 libras. E disse o Espírito: “Eu poderia fazer Willie o homem mais rico do mundo, mas isso não
seria a melhor coisa, poderia ser a pior.” (FODOR, Nando, in: Encyclopaedia of Psychic Science; University Books,
p.225). Em seguida, juntou todas aquelas preciosidades sobre a mesa e as dissolveu como um material submetido a
alta temperatura até a dissipação total de todas. Como afirmou Hamlet (Shakespeare): “Há mais coisas entre o Céu e a
Terra, Horácio, do que sonha a vossa vã filosofia”. Cabe, portanto, à Humanidade desvendá-las.

- Lúcia Loureiro -

Ler mais: https://www.iakee.org/products/o-ectoplasma-e-a-mediunidade-de-efeitos-fisicos/

Ectoplasma – Mediunidade de Efeitos Físicos


Por Jorge Andrea – 01/04/2003
Este pequeno ensaio sobre “Ectoplasmia” faz referências iniciais sobre o significado do título e os pesquisadores que
contribuíram na elucidação do processo. Procura mostrar o que é “ectoplasma” e o resultado de algumas análises
realizadas.

Apresenta o conceito bioquímico que pode responder pelo processo, onde o ATP, elemento bastante difundido no
metabolismo celular e resultante do ciclo de Krebs, seria uma das unidades chaves na formação da substância
ectoplásmica.

Na moldagem de objetos ou seres humanos, com propósitos bem definidos, terá de existir o campo de energias
responsável pela congregação e orientação das moléculas do ectoplasma, traduzido num verdadeiro campo-
organizador, consciente e inteligente pelo que demonstra, representando o agente Psi-Theta (Espírito) ou campo
espiritual.

A ectoplasmia, conhecida de modo mais popular como fenômeno de materialização, pelos estudos realizados e
experiências criteriosas há um século aproximadamente, ainda vem despertando o mais expressivo interesse da
área cientifica. Foi Charles Richet quem utilizou a denominação diante das pesquisas realizadas em sua época.

A Parapsicologia, com os conhecimentos dos dias atuais, tem por obrigação fazer a abordagem da temática, no
capítulo dos fenômenos Psi-Theta. Devido à existência de inúmeros fatos a ectoplasmia não pode ser relegada ao
desconhecimento ou mesmo falta de interesse como desejam algumas posições sectaristas.

A ciência avalia os fenômenos de ectoplasmia com desconfiança. Como todo fenômeno Psi-Theta, não pode ser
controlado de acordo com as diretrizes e vontade do pesquisador. Essa fenomenologia, em que os agentes Psi-Theta
(Espíritos) participam, é quase sempre fugaz, de difícil abordagem e controle, pela presença de inúmeros fatores que
se desenvolvem em dimensão diversa daquela que a metodologia cientifica pode avaliar e controlar.

Laboram nestes fatos inúmeros pesquisadores dos quais lembramos: Albert Coste em 1895; Alexandre Aksakof em
1895; Paul Gibier em 1898; Williams Crookes em 1899 e 1923; Gabriel Delanne em 1909 e 1911 e muitos outros.

(grifo nosso)

COMP II 117
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Os autores são categóricos em afirmar a inconteste existência dessa mecânica, onde dois elementos entram,
indiscutivelmente, no processo: o ectoplasma e o agente orientador para que a moldagem se observe.

De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e vaporosa e, do outro, o campo organizador da forma (campo espiritual)
às expensas do qual o ectoplasma se distribui em adequada moldagem.

Ektós (do grego) - por fora; plasseinforma. O vocábulo ectoplasmia passa a definir, com mais precisão do que o termo
materialização, a formação de objetos e pessoas, em ambiente apropriado, às expensas da substância especifica
doada pelos sensíveis ou médiuns (ectoplasma).

Devemos fazer diferença do termo ectoplasma empregado em biologia para designar a região mais externa do
protoplasma celular, do significado parapsicológico do presente escrito.

O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência a solidificação pela evolução do fenômeno, tomando
forma por influência de um campo-organizador especifico. Facilmente fotografado; de cor branco acinzentado; vai
desde a névoa transparente à forma tangível; de aspecto semelhante aos tecidos vivos oferecendo sensação de
viscosidade e frieza.

O ectoplasma foi analisado por vários pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:

Dr.V.Dombrowsky (Varsóvia): "O ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de
células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".

Dr. Francês (Munich): "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".

Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por Charles Richet: "O ectoplasma está constituído por restos de tecido epitelial e
gorduras".

Dr. Hernani G. Andrade: "O ectoplasma é Substância formada com recursos da natureza originando-se dos tecidos
vegetais (ectofiloplasma) e de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral (ectomineroplasma)".

Muitos autores que analisaram a substância encontram células anucleadas em sua constituição. O ectoplasma seria
substância originária no protoplasma das usinas celulares, onde o ATP (trifosfato de adenosina) teria expressiva
participação, ao lado de outros elementos.

Dessa forma, não podemos deixar de considerar a importância do fósforo nas atividades bioquímicas orgânicas e,
consequentemente, no desenvolvimento do processo ectoplásmico em suas especificas dosagens.

No dizer do professor Aldemar Brasil: Em síntese, o ATP, que equivale por cada ligação pirofosfática desgarrada de sua
molécula, a mais ou menos 7.500 kcal, é a unidade usada em biologia para expressar a transferência de energia
oriunda do ciclo de Krebs, e de outras fontes.

No ciclo de Krebs, também denominado de ciclo dos ácidos tri-carboxílicos, a energia é libertada pela transferência de
elétrons para a cadeia respiratória, provindos de substratos em que o hidrogênio é ativado, desgarrado e
transportado com seu elétron até o oxigênio, também ativado ao receber esses elétrons, formando-se, então, a água.

(grifo nosso)

COMP II 118
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Para tanto, no ciclo de Krebs há processos de descarbolização, desidrogenação, etc., operados por enzimas especificas
ativadas por coenzimas determinadas.

Qual o mecanismo criativo do ectoplasma na organização do agente doador (sensível ou médium)? Claro que seria
uma condensação energética apropriada transformando-se em matéria.

A informação de André Luiz (espírito), no livro "Mecanismos da Mediunidade", é bastante lógica e sensata: "O
ectoplasma resulta de um processo de desagregação molecular formado por forças desconhecidas, ao mesmo
tempo que o fenômeno fica sob controle de campos de forças organizadoras capazes de reagrupar as moléculas
segundo um modelo determinado”.

O fenômeno de ectoplasmia, é preciso que se diga, é fenômeno de plasmagem e não de criação de matéria. A
plasmagem se dará às expensas da substância (energia) fornecida pelo médium que, a pouco e pouco, atingirá o
processo de condensação, voltando à sua fonte por mecanismo inverso.

Temos como certo, também, que o ectoplasma é substância que, além de fornecida pela organização humana
(médium), será plenamente enriquecida (completada) com outros elementos da natureza provindos dos vegetais e
de outras matérias orgânicas, de origem animal, numa específica arregimentação.

Os chamados processos de ectoplasmia investem complexa mecânica, de difícil avaliação pelos atuais métodos que a
ciência pode oferecer.

Para que o fenômeno se observe e seja bem equacionado, haverá necessidade de lembrarmos o conceito de Claude
Bernard de que na usina celular opera-se a totalidade dos fenômenos vitais, muitos dos quais transcendem a avaliação
pelos nossos sentidos.

A maioria desses fenômenos bioquímicos, mormente da esfera da ectoplasmia, estariam ligados aos compostos
fosforados e suas correlações com as enzimas e hormônios.

No núcleo celular existiriam fontes especificas de energia, ligadas ao ADN e ARN (ácido desoxirribonucleico e
ribonucleico), a comandarem os processos metabólicos mais expressivos no soalho protoplasmático.

O elemento participante ativo desse processo de formação de energias no corpo celular seria o ATP (trifosfato de
adenosina), resultante do ciclo de Krebs.

O ATP, sendo a primordial fonte de energia nos processos celulares, estaria comprometido na formação do
ectoplasma. Esse processo de doação do ATP traduziria uma "qualidade especifica" do médium na manifestação da
fenomenologia paranormal de efeitos físicos.

Haveria, neste caso, por intermédio das organizações celulares, uma maior irradiação dessas energias, que se
tornariam mais expressivas nas reuniões destinadas a esse tipo de trabalho.

Isto mostraria a influência dos participantes da equipe (encarnados e desencarnados) concorrendo no maior
fornecimento da substância ectoplasmática por parte dos que apresentam essa possibilidade.

(grifo nosso)

COMP II 119
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Quando a quantidade de substância irradiativa fosse bem expressiva, já fora da fonte de origem, poderia mostrar-se
sob forma gasosa visível (nuvem), por um processo de condensação, constituindo material especializado e com
possibilidades de aproveitamento nos mecanismos em pauta.

No denominado passe energético, muito utilizado nas casas espíritas sob forma de fluidoterapia, acreditamos que
esses elementos de irradiação, devidamente elaborados pelo psiquismo, carregam em seu bojo quase que
especificamente energias originárias no ATP da usina celular.

Ainda mais, este material de doação energética, passando à dimensão física por condensação, poderá ser
aproveitado pelas Entidades Espirituais na vestidura de seus campos de forças nos trabalhos especializados da
ectoplasmia.

Assim, essa substância, o ATP, deverá fazer parte do ectoplasma e, na medida que o processo se desenvolve por
condensação, vai oferecendo as naturais modificações químicas pela queima da molécula fosfórica que permitirá a
ectoplasmia luminosa; por tudo, podemos avaliar a importância do fósforo, em suas múltiplas combinações, no
mecanismo da ectoplasmia.

Esclarecemos que o processo da ectoplasmia revelando o aparecimento de um ser humano (Espírito envolto no
ectoplasma) não representa exclusivamente a vestidura com ATP.

Haveria, na massa ectoplásmica, em sua constituição, pelo alto teor de energias que carrega consigo, outros
elementos orgânicos das próprias células ou mesmo substâncias arrecadadas na Natureza, em especificas reações
químicas, às expensas de equipes espirituais que participem do processo.

Chepelle, descobriu que o mecanismo de emissão de luz dos pirilampos (vagalumes) estaria ligado a uma enzima, a
luciferase, quando oxidada pela luciferina. Neste mecanismo não haveria participação ativa do ATP celular? Não
existiria, neste processo, uma correlação, pelas reações afins, de doação de energias embora em degrau bioquímico
diverso, com a mecânica da ectoplasmia?

Na ectoplasmia a bioquímica seria mais avançada e onde deverá existir uma participação toda especial das camadas
profundas do psiquismo do doador, sem que a vontade e o raciocínio da zona superficial ou consciente possam
interferir.

Isto não quer dizer que a zona do inconsciente ou espiritual do doador ou médium seja a responsável pelo processo
ectoplásmico, mas uma zona orientadora dos mecanismos psicológicos e parapsicológicos. Só haverá ectoplasmia de
um ser humano quando o campo inteligente do agente Psi-Theta, ou campo espiritual, comandar o processo.

O inconsciente ou psiquismo de profundidade do médium dirige o seu próprio metabolismo e quimismo, mas, nunca a
moldagem externa do objeto.

A substância ectoplásmica, ao definir a morfologia humana, terá que sofrer a influência orientadora dos vórtices
inteligentes do agente modelador que, de acordo com a necessidade e possibilidade, traduzirá o processo de modo
parcial ou total, a fim de atingir a sua finalidade.

As variedades de ectoplasmia são inúmeras e com tonalidades especificas. Existem moldagens tão marcantes da parte
do doador (médium), que o campo modelador não consegue efetivar com precisão as suas próprias características,
mostrando semelhança com o corpo do médium; é como se o médium reforçasse o mecanismo com substância pré-
moldada, isto é, o seu corpo astral (matéria orgânica especifica irradiante) fosse projetado na massa ectoplásmica em
processamento. COMP II 120
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Isto tem criado muita celeuma quanto à validade do processo. Aqui não cabe a discussão do problema. Além das
variedades parciais ou totais, a ectoplasmia poderá ser opaca ou luminosa. Neste último caso, pela iluminação da
forma em exposição, devido à queima do fósforo, será apreciado, com detalhes, pela nossa visão, a aparição.

Sabemos que os processos da ectoplasmia, em sua maioria, necessitam da ausência de luz branca para a sua
realização; esta como que desorganiza o processo, o que não acontece com a faixa luminosa do vermelho, até
recomendado nas câmaras de ectoplasmia.

Concluindo: a ectoplasmia encontraria no ATP das células uma das substâncias especificas para as próprias moldagens.
E, estas, só seriam possíveis com a presença do campo-organizador-orientador do agente Psi-Theta ou Campo
Espiritual.

Jorge Andrea dos Santos


Nascido em Salvador, Bahia, em 10 de agosto de 1916, Jorge Andrea, oficial da Força Aérea Brasileira, é psiquiatra, escritor, conferencista, e
Presidente de Honra do Instituto de Cultura Espírita do Brasil - ICEB, sendo considerado uma das mais importantes figuras do Movimento Espírita
no país. Morreu em 1 de fevereiro de 2017

Ectoplasma e a saúde
A existência do ectoplasma é conhecida há muito tempo, trata-se de uma substância que permite a existência da vida
material, desde os organismos moleculares até o ser humano.

Para Tubino, (1997, p.24), historicamente o ectoplasma tem sido identificado como algo que é produzido pelo ser
humano que em determinadas condições pode liberá-lo, produzindo fenômenos diversos, entre estes fenômenos,
temos a materialização de pessoas que já morreram.

Para a ciência o ectoplasma é a maior parte da célula, situado entre a membrana plasmática e o núcleo. Segundo
RICHET, apud TUBINO,2014, p.492, o ectoplasma é uma substância como uma espécie de plasma, flexível, viscoso,
incolor e inodoro, presente em todos os seres.

Segundo Chiesa (2014, p. 3):

Os primeiros estudos sobre o ectoplasma foram realizados por pesquisadores – químicos, físicos, biólogos, médicos,
psiquiatras – renomados da ciência estabelecida e praticada no final do século XIX e início do século XX, com
destaque para o ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1913, Charles Richet, autor, inclusive, do próprio termo
em questão (do grego: ektos = fora; plasma = molde ou substância).

Os cientistas acreditam que o ectoplasma é uma substância formada por uma combinação de fluidos emanados do
plano espiritual, do médium e das demais forças da natureza, como outras pessoas, animais e vegetais que se
encontrem próximos ao local onde se produzirá o fenômeno de ectoplasmia. O modo como os espíritos operam
essa subtração de energias, entretanto, bem como a forma como são por ele manipuladas, são informações que
ainda não possuímos.

COMP II 121
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Chiesa (2014, p2)

partiria dos espíritos ideia de que existe uma “substância”, um “fluido”, uma “coisa”, “semi-material” ou “material-
espiritual”, que dá origem à vida na Terra. Mais exatamente, o mundo físico material, conforme definido pela Física e
Química clássicas, seria uma “variação”, “transformação” ou “continuação” do mundo espiritual, não havendo,
portanto, uma rígida separação ou polarização entre esses dois planos. Trata-se de um fluxo, um movimento, um
processo que depende dessa “substância” para acontecer. Tal substância é o “fluido vital” e sua “variação” ou
“condensação” será denominada “ectoplasma”.

O ectoplasma é formado por leucócitos, células epiteliais, lipídios, muco, albumina, cloreto de sódio, fosfato de
cálcio, entre outros elementos. Sua consistência varia entre os estados gasoso, líquido, “semissólido” e sólido,
sendo, portanto, altamente plástica, elástica, instável, fluida e volátil, nas sessões espíritas, o ectoplasma é
utilizado por entidades espirituais para materializar um corpo etéreo que, não pode ser visto de maneira
convencional.

Segundo Chiesa (2014, p. 4):

Todas as criaturas vivas, incluindo os vegetais e os animais, possuem fluido vital e há quem diga que até os seres
“não-vivos”, como as pedras e demais minerais, armazenam, em alguma medida, essa energia vital. Dessa forma,
todos os seres são, em algum grau, capazes de produzir, absorver e externalizar ectoplasma, variando apenas na
qualidade e na quantidade do “material-espiritual” produzido, absorvido e externalizado por cada um de nós. Tal
variação é reflexo não só dos pensamentos e sentimentos emanados pelo médium doador de ectoplasma, mas
também por todo o ambiente que o envolve, pois todos que ali se encontram contribuem para a produção dessa
substância.

Chiesa, (2014, p4), nos apresenta, que além das propriedades materiais físico-químicas, o ectoplasma também
apresenta uma contrapartida imaterial, invisível, de natureza energética ou espiritual, fundamental ao corpo
humano. Desse modo, o ectoplasma teria sua origem primária naquilo que os espíritas e teosofistas denominam
como “duplo etérico” ou “corpo energético”. Também chamado de “corpo etérico”, “corpo prânico”, pelos indianos,
ou “corpo bardo”, pelos tibetanos, o duplo etérico é o invólucro energético, sutil e provisório que acompanha,
modela, estrutura e envolve o corpo físico humano, estando relacionado à doação e captação de energias. Tais
energias ou fluidos vitais, quando materializadas ou “densificadas”, transformam-se no ectoplasma manipulado pelos
espíritos durante as sessões de materialização. O duplo etérico é, portanto, o atributo essencial à vida, pois se trata do
reservatório e veículo natural do nosso fluido vital, absorvendo-o continuamente, sobretudo através da respiração e
da alimentação, mas também de outros modos, distribuindo-o por todo o corpo humano, nutrindo e vitalizando todos
os órgãos e células. Assim, por exemplo, nos chamados “passes e irradiações magnéticas”, bem como nos
“tratamentos, medicamentos, cirurgias e curas espirituais”, o médium terapeuta atua no paciente “jorrando” sobre
ele o fluido vital necessário à sua recomposição energética, física e espiritual como uma espécie de plasma, flexível,
viscoso, incolor e inodoro, presente em todos os seres.

No livro Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz fala do ectoplasma como “uma pasta flexível, como uma geleia
viscosa e semilíquida”. Ele nos explica que o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica,
assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem,
mas a todas as formas da Natureza.

COMP II 122
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
Nesse mesmo livro, Áulus, seu instrutor, nos explica que podemos dividir o ectoplasma em três elementos
essenciais:

1) fluidos A, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera;

2) fluidos B, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem e

3) fluidos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre.

A matéria ectoplasmática é coexistente com a matéria densa conhecida pela ciência e que nossos sentidos acusam.
Esta coexistência se dá em toda matéria conhecida quer seja nas substâncias inanimadas quer seja nos organismos
viventes. Sendo a matéria densa muito diversificada, necessariamente o ectoplasma também o é, uma vez que ambos
estão vinculados. (TUBINO,2014. p.335).

O ectoplasma vem sendo estudado por pesquisadores e utilizado no equilíbrio e na cura de doenças principalmente
nos centros espíritas, que através dos médiuns, são manipulados e utilizados para refazimento do ser.

São vários os sintomas ocasionados pelo acúmulo de ectoplasma no organismo tais como: enxaqueca, dor de
cabeça, sensação de pressão na cabeça, sensação de mareamento, lacrimejamento, bocejos intensos e relaxantes,
soluços, fadiga, alergia na pele, zumbido no ouvido, baba frequente, dores nas articulações, inchaços, etc.

O tratamento de cura pode ser feito com a retirada do excesso de ectoplasma, o qual acumulado no organismo,
causa diversos transtornos que a medicina tradicional ainda não consegue alcançar, pois trata-se da retirada do
excesso da substância que envolve o nosso corpo etérico, chamando-nos a atenção para a existência de outra
matéria paralela que coexiste com a que conhecemos, sendo o ectoplasma constituído dessa matéria mais sutil,
muitos não apresentam conhecimento de sua existência.

Considerações finais

Estudar o Ectoplasma é um convite a enxergar as causas das doenças com outra lente, é ser capaz de almejar e
conhecer esse fluido tão importante que nos envolvem, cujo excesso, pode causar doenças.

O ectoplasma é um elemento já utilizado em práticas espiritas e em alguns outros universos proporcionando o


equilíbrio do corpo físico e cura de diversas doenças, assim como para a materialização.

Tubino nos traz relatos em seus trabalhos que houve uma grande melhora nas pessoas que passaram por tratamento
da retirada do excesso de ectoplasma, descreve também, que em tratamento realizado por médicos homeopatas que
utilizaram o mesmo processo da retirada do ectoplasma em seus consultórios, notaram uma melhora significativa em
seus pacientes.

Tendo em vista que a espiritualidade é um fator importante para a saúde de muitas pessoas, a importância de
trabalhos como o conhecimento e a manipulação do fluido chamado ectoplasma é de suma importância, para que
diversos profissionais da área da saúde a utilizem, assim como as demais pessoas interessadas em realizar esse tipo
de tratamento, embora a manipulação desse fluido seja conhecida há muito tempo, poucos a utilizam para o
tratamento de cura, creio que a pesquisas e a divulgação dessa prática poderá contribuir de forma significativa para a
sociedade como um todo.

COMP II 123
A Medicina Espiritual
MÓDULO V – FLUIDOS
A física quântica nos traz o rompimento da física clássica, mostrando que o mundo é o mundo das possibilidades, a
manipulação do ectoplasma com amor e responsabilidade transformará a medicina.

Referências bibliográficas
ALMEIDA, A. M.; KOENIG, H. G; LUCCHETTI, G. Clinical implications of spirituality to mental health: review of evidence and practical
guidelines. In Revista Brasileira de Psiquiatria, vol. 36, nº 02. Abril a junho de 2014, pp. 176–182. Disponível em:
<https://pdfs.semanticscholar.org/0762/5db4b63b91ca4acd776ecbb6b8378b9c44de.pdf>. Acesso em 20 de junho de 2017.

ALMEIDA, A. M.; STROPPA, A. Religiosidade e espiritualidade no transtorno bipolar do humor. In Revista de Psiquiatria Clínica, vol.
36, nº. 05. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009, pp. 205-211. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpc/v36n5/03.pdf>.
Acesso em: 18 de junho de 2017.

CAPRA, Fritjof. 1996. A teia da vida. São Paulo: Cultrix.

CHIESA, G. R. Além do que se vê: magnetismos, ectoplasmas e para cirurgias. Porto Alegre: Multifoco, 2016.

CHIESA, G. R. Ectoplasma: borrando as fronteiras entre espírito e matéria. In Anais da 29ª Reunião Brasileira de Antropologia. Natal:
Associação Brasileira de Antropologia. Disponível em:
<http://www.29rba.abant.org.br/resources/anais/1/1400465530_ARQUIVO_PaperEctoplasma.pdf>. Acesso em 08 de junho de
2017.

CHIESA, G. R, Ectoplasma: borrando as fronteiras entre espírito e matéria1 Gusta, (PPGSA/UFRJ), Trabalho apresentado na 29ª
Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2014, Natal/RN.

ESPERANDIO, M. R. G. Teologia e a pesquisa sobre espiritualidade e saúde: um estudo piloto entre profissionais da saúde e
pastoralistas. In Horizonte, vol. 12, nº 35. Belo Horizonte: PUC-MG, junho a setembro de 2014, pp. 805-832. Disponível em
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2014v12n35p805>. Acesso em: 18 de junho de
2017.

GALLIAN, D. M. C., REGINATO, V. Por que pesquisar a espiritualidade na saúde? In Espiritualidade e Saúde: uma experiência na
graduação em Medicina e Enfermagem. São Paulo: Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Universidade Federal de
São Paulo, s/d. Disponível em:
<http://www2.unifesp.br/centros/cehfi/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=37:por-que-pesquisar-a-
espiritualidade-na-saude&catid=16:sobre-espiritualidade-e-saude&Itemid=3>. Acesso em 19 de junho de 2017.

TUBINO, M. Saúde e Ectoplasma: a ação do ectoplasma, visões práticas e dissertações filosóficas. São Paulo: Candeia, 2014.e-book.

TUBINO, M. Um Fluido Vital Chamado Ectoplasma: uma nova proposta de cura. São Paulo: Candeia. 1997.

XAVIER,F.C,VIEIRA,Waldo, Evolução em Dois Mundos, com autoria atribuída ao espírito André Luiz. Publicado pela Federação
Espírita Brasileira no ano de 1958. Disponível em
<oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/chicoxavier/evolucaoemdoismundos.pdf>.Acesso em 18.06.2017.

[1] Especialista (lato Sensu) em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pelo Instituto de Matemática e
Estatística da Universidade Federal Fluminense(2017); Especialista (Lato Sensu) em Psicopedagogia Clínica e Educacional pela
Universidade Nove de Julho (2009); licenciada em Pedagogia (supervisão escolar no ensino fundamental e médio; administração
escolar do ensino fundamental e médio) pelo Centro Universitário Nove de Julho (2003); especialista (lato sensu) em Saúde Pública
na área de Saúde Materno-infantil pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (1997) ; graduada em Ciências
Físicas e Biológicas pela Universidade São Judas (1987); licenciada em Ciências Físicas e Biológicas pela Universidade da Cidade de
São Paulo (1985).

COMP II 124
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
O Homem Encarnado
Espírito, Perispírito e Corpo. Funções e Propriedades
Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?
“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua
vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo porque nos criou e em que
momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo
eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te,
nenhum o sabe: aí é que está o mistério.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 78 – Ed. FEB)

“... Eminentes naturalistas do mundo, como Charles Darwin, vislumbram grandiosas verdades, levando a efeito
preciosos estudos, os quais, aliás, se prejudicaram pelo excessivo apego à ciência terrena, que se modifica e se
transforma, com os próprios homens; e, dentro das minhas experiências, posso afirmar, sem laivos de dogmatismo,
que, oriundos na flora microbiana, em séculos remotíssimos, não poderemos precisar onde se encontra o acume das
espécies ou da escala dos seres, no pentagrama universal. E, como o objetivo desta palestra é o estudo dos animais,
nossos irmãos inferiores, sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo
evolutivo. São eles os nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer.”
(Emmanuel – psicografado por Chico Xavier – Espírito Emmanuel – Cap. XVII – Sobre os animais – Ed. FEB)

Dissestes que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que
sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu
desenvolvimento?
“Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 607 – Ed. FEB)

Linha do Tempo:

Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da
criação, não?
“Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais
longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida,
conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do
qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização,
começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos.

COMP II 125
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa
alguma há de humilhante para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por terem sido fetos informes
nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua inferioridade perante Deus e sua
impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a sabedoria das leis que regem a harmonia do
Universo.

Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar
que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da Sua
bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 607-a – Ed. FEB – grifo nosso)

Esse período de humanização principia na Terra?


“A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente,
em mundos ainda inferiores à Terra. Isto, entretanto, não constitui regra absoluta, pois pode suceder que um Espírito,
desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Não é frequente o caso; constitui antes uma exceção.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 607-b – Ed. FEB)

Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?


“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo
o que existe, a trindade universal....”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 27 – Ed. FEB)

Que é o Espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 23 – Ed. FEB)

Nossa nota:
1- Existe o espírito com “e” e o Espírito com “E”. O “espírito” ainda é um princípio, não é um espírito que tenha recebido raciocínio e livre-arbítrio.
Ou seja, pronto para encarnar e reencarnar em corpos humanos, o “espírito” se torna “Espírito”.

2- Kardec pergunta sobre o que é o espírito nas questões 23, 76, 88, 134 e 143. São perguntas diferentes, mas o seu objetivo é saber o que é o
espírito.

Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa
substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa,
entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”

Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode
chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 93 – Ed. FEB)

COMP II 126
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?
“Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a
outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”

Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais
grosseiro?
“É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 94 e 94-a – Ed. FEB)

Funções do perispírito:
♦ revestir o espírito;
♦ é o princípio da vida orgânica;
♦ é o agente das sensações exteriores;
♦ é o agente responsável pela interação do mundo físico/espiritual;
♦ é o molde do corpo humano;
♦ fixa as aquisições do espírito, como patrimônio.

“Ele tem a forma humana e, quando nos aparece, é geralmente com a que revestia o Espírito na condição de
encarnado. Daí se poderia supor que o perispírito, separado de todas as partes do corpo, se modela, de certa maneira,
por este e lhe conserva o tipo; entretanto, não parece que seja assim. Com pequenas diferenças quanto às
particularidades e exceção feita das modificações orgânicas exigidas pelo meio em o qual o ser tem que viver, a
forma humana se nos depara entre os habitantes de todos os globos. Pelo menos, é o que dizem os Espíritos. Essa
igualmente a forma de todos os Espíritos não encarnados, que só têm o perispírito; a com que, em todos os tempos,
se representaram os anjos, ou Espíritos puros. Devemos concluir de tudo isto que a forma humana é a forma tipo de
todos os seres humanos, seja qual for o grau de evolução em que se achem. Mas a matéria sutil do perispírito não
possui a tenacidade, nem a rigidez da matéria compacta do corpo; é, se assim nos podemos exprimir, flexível e
expansível, donde resulta que a forma que toma, conquanto decalcada na do corpo, não é absoluta, amolga-se à
vontade do Espírito, que lhe pode dar a aparência que entenda, ao passo que o invólucro sólido lhe oferece invencível
resistência.

Livre desse obstáculo que o comprimia, o perispírito se dilata ou contrai, se transforma: presta-se, numa palavra, a
todas as metamorfoses, de acordo com a vontade que sobre ele atua. Por efeito dessa propriedade do seu envoltório
fluídico, é que o Espírito que quer dar-se a conhecer pode, em sendo necessário, tomar a aparência exata que tinha
quando vivo, até mesmo com os acidentes corporais que possam constituir sinais para o reconhecerem.

Os Espíritos, portanto, são, como se vê, seres semelhantes a nós, constituindo, ao nosso derredor, toda urna
população, invisível no estado normal. Dizemos – no estado normal, porque, conforme veremos, essa invisibilidade
nada tem de absoluta.”
(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – item 56 – Cap. I – Da Ação dos Espíritos sobre a Matéria – Ed. FEB – grifo nosso)

COMP II 127
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Propriedades do perispírito:
♦ penetrabilidade;
♦ tangibilidade;
♦ visibilidade;
♦ flexibilidade;
♦ expansibilidade/contratilidade;
♦ luminosidade;
♦ plasticidade;
♦ opacidade.

“Outra propriedade do perispírito inerente à sua natureza etérea é a penetrabilidade. Matéria nenhuma lhe opõe
obstáculo: ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes. Daí vem não haver tapagem capaz de
obstar à entrada dos Espíritos. Eles visitam o prisioneiro no seu calabouço, com a mesma facilidade com que visitam
uma pessoa que esteja em pleno campo.”
(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – item 106 – Cap. VI – Das Manifestações Visuais – Ed. FEB)

“[...] Está, em princípio, admitido que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências; que, mediante uma
modificação na disposição molecular, pode dar-lhe a visibilidade, a tangibilidade e, conseguintemente, a opacidade;
que o perispírito de uma pessoa viva, isolado do corpo, é passível das mesmas transformações; que essa mudança de
estado se opera pela combinação dos fluidos. Figuremos agora o perispírito de uma pessoa viva, não isolado, mas
irradiando-se em volta do corpo, de maneira a envolvê-lo numa espécie de vapor. Nesse estado, passível se torna das
mesmas modificações de que o seria, se o corpo estivesse separado. Perdendo ele a sua transparência, o corpo pode
desaparecer, tornar-se invisível, ficar velado, como se mergulhado numa bruma. Poderá então o perispírito mudar de
aspecto, fazer-se brilhante, se tal for a vontade do Espírito e se este dispuser de poder para tanto. Um outro Espírito,
combinando seus fluidos com os do primeiro, poderá, a essa combinação de fluidos, imprimir a aparência que lhe é
própria, de tal sorte, que o corpo real desapareça sob o envoltório fluídico exterior, cuja aparência pode variar à
vontade do Espírito. Esta parece ser a verdadeira causa do estranho fenômeno e raro, cumpra se diga, da
transfiguração.”
(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – item 123 – Cap. VII – Da Bicorporeidade e da Transfiguração – Ed. FEB)

“Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível e tem isto de comum com uma imensidade de
fluidos que sabemos existir, sem que, entretanto, jamais os tenhamos visto. Mas, também, do mesmo modo que
alguns desses fluidos, pode ele sofrer modificações que o tornem perceptível à vista, quer por meio de uma espécie
de condensação, quer por meio de uma mudança na disposição de suas moléculas. Aparece-nos então sob uma forma
vaporosa.

A condensação (preciso é que não se tome esta palavra na sua significação literal; empregamo-la apenas por falta de
outra e a título de comparação), a condensação, dizemos, pode ser tal que o perispírito adquira as propriedades de
um corpo sólido e tangível, conservando, porém, a possibilidade de retomar instantaneamente seu estado etéreo e
invisível. Podemos apreender esse efeito, atentando no vapor, que passa do de invisibilidade ao estado brumoso,
depois ao estado líquido, em seguida ao sólido e vice-versa.

Esses diferentes estados do perispírito resultam da vontade do Espírito e não de uma causa física exterior, como se dá
com os nossos gases. Quando o Espírito nos aparece, é que pôs o seu perispírito no estado próprio a torná-lo visível.
Mas, para isso, não basta a sua vontade, porquanto a modificação do perispírito se opera mediante sua combinação
com o fluido peculiar ao médium. Ora, esta combinação nem sempre é possível, o que explica não ser generalizada a

COMP II 128
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
visibilidade dos Espíritos. Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se; não basta tão pouco que uma pessoa
queira vê-lo; é necessário que os dois fluidos possam combinar-se, que entre eles haja uma espécie de afinidade e
também, porventura, que a emissão do fluido da pessoa seja suficientemente abundante para operar a transformação
do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem ainda outras condições que desconhecemos. E necessário, enfim,
que o Espírito tenha a permissão de se fazer visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido, ou só o é em
certas circunstâncias, por motivos que não podemos apreciar.
(O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – item 105 – Cap. VI – Das Manifestações Visuais – Ed. FEB)

Temos o corpo físico, o duplo etéreo, corpo espiritual, corpo mental. Isto tudo é o perispírito, agregado ao espírito.

Duplo etéreo – formado das emanações neuropsíquicas do corpo físico, de onde emana o ectoplasma. Desintegra-se
com a morte física. O ectoplasma que se utiliza nas materializações é retirado dessa parte do perispírito.

O corpo etéreo é entendido e compreendido como se fosse um prolongamento desses dois corpos. Porque ele está
bem mais colado ao corpo físico. Tanto é que, quando desencarnamos esse corpo etéreo acompanha, morre, se
transforma.

O corpo espiritual acompanha o corpo mental na sua jornada. O corpo etéreo se dilui, o corpo espiritual permanece e
se modifica. Até que chega uma hora que esse corpo espiritual acaba, a chamada “segunda morte”. A primeira morte
é considerada o desencarne do corpo físico. A segunda morte é única, vamos perder um dia o corpo espiritual. Vai
permanecer o corpo mental, preso ao espírito. Continua a evolução, o espírito está evoluindo, cada vez mais diáfano,
rarefeito até que chega uma hora que ele chega ao patamar de espírito puro, não precisa reencarnar mais. Jamais o
espírito perde o seu corpo mental. Ele se confunde com o espírito. A memória do espírito está no corpo mental. Se ele
quiser reencarnar ele poderá, pois continua tendo o corpo mental.

Corpo mental – “é o envoltório sutil da mente” de acordo com André Luiz. Preside a formação do corpo espiritual.
Parte imperecível, jamais se perde. Divide-se em camadas: mental inferior, médio, superior e sublime.

Nota:
Para nós, que estamos nos aplicando na técnica de passes, é importante conhecer perispírito. O perispírito tem o poder de absorção de coisas boas
ou más, dependendo da condição mental de cada um de nós. O perispírito é aquela ligação com os órgãos físicos. Alguém chega para tomar passe
de cura e diz que está com dor no estômago. A dor no estômago, às vezes, não é no estômago. O problema é do espírito que está desorganizado,
por vários fatores. Você dá o passe no estômago e, naturalmente, o órgão vai se comunicar, através do perispírito, e chegar o espírito. Por isso, é
importante conhecer anatomia, para aplicar devidamente o passe.

Perispírito

Definição: É o corpo vaporoso do Espírito, resultante de uma condensação de fluido cósmico em torno de um foco de
inteligência, externamente plástico, mutável segundo a vontade ou a lei de causa e efeito, preexistente e
sobrevivente à morte, modelo do corpo físico e que evolui com a alma, seguindo-a em suas inumeráveis encarnações.
Obs.: Condensar = tornar mais denso, reduzir a menor volume.

Natureza: Matéria fluídica, quintenssenciada.


Obs.: Quintessência = extrato elevado ao mais alto grau de apuramento. O que há de mais puro, mais elevado em algo requinte. (Enciclopédia e
Dicionário, Koogan/Houaiss)

Origem: Fluido cósmico universal.

COMP II 129
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Estrutura: O perispírito é composto de vários corpos que se interpõem. São eles: corpo etéreo (ou duplo etéreo),
corpo espiritual (ou astral) e corpo mental (que se subdivide em: inferior, médio, superior, sublime).

Considerações sobre o Perispírito – Propriedades:


♦ possui peso específico;
♦ altera-se de acordo com o padrão vibratório do campo interno;
♦ modifica-se sob o comando do pensamento;
♦ irradia vibrações específicas portadoras de carga própria;
♦ se liga ao Espírito pelas correntes magnéticas e ao corpo físico pelos fluidos nervosos (fluidos vitais);
♦ é o instrumento com cujo auxílio se executam todos os fenômenos do Magnetismo e do Espiritismo;
♦ é um verdadeiro reservatório de fluidos, que o Espírito põe em ação pela sua vontade;
♦ plasticidade (ou maleabilidade, flexibilidade);
♦ invisibilidade (estado natural) / visibilidade (de acordo com a vontade do Espírito);
♦ imponderabilidade;
♦ penetrabilidade;
♦ porosidade;
♦ tangibilidade;
♦ expansibilidade
♦ contratibilidade;
♦ purificável (acompanha a evolução do Espírito).

Algumas das funções do Perispírito:


♦ Representar o molde fundamental da existência para o homem;
♦ expressar fielmente nossos impulsos, emoções, paixões;
registrar todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente; processar as imposições da mente sobre a
matéria e os efeitos dela em retorno à causa geratriz;
♦ responder pelas alterações da aparelhagem fisiopsíquica, no campo das necessidades reparadoras que a lei impõe;
♦ impulsionar, pela sua energia, o gameta masculino que mais se adapta às necessidades da propagação do
reencarnante; é o modelo organizador biológico. (Obs.: Trata-se de um organismo vivo e pulsante, sendo constituído por trilhões de
corpos unicelulares rarefeitos, muito sensíveis, que imprimem nas suas intrincadas peças as atividades morais do Espírito, assinalando-as nos
órgãos correspondentes quando das futuras encarnações.);
♦ registrar as informações sensoriais captadas pelo corpo físico, fazendo com que o Espírito tome consciência do
ambiente e de certas condições funcionais do próprio corpo físico;
♦ responder pela renovação ou regeneração dos tecidos do corpo físico em casos de lesões;
♦ armazenar as lembranças, permitindo ao Espírito se reabastecer quando necessita de cabedais para raciocinar,
imaginar, comparar, deduzir, etc.;
♦ catalisar as energias divinas;
♦ responder pela irradiação da energia dos trilhões de corpúsculos celulares, exteriorizando a aura e podendo, em
condições especiais, modelar a distância do duplo etéreo, tornando-o tangível;
♦ conservar intacta a individualidade do Espírito;
♦ ser a sede das gêneses patológicas de distúrbios dolorosos quais a esquizofrenia, a epilepsia, o câncer de variada
etiologia, o pênfigo, etc;
♦ manter a aglutinação molecular;
♦ transmitir o pensamento e a vontade do Espírito.

COMP II 130
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Perispírito e a Etiologia das Doenças
Etiologia é um ramo de estudo destinado a pesquisar a origem e a causa de um determinado fenômeno.

A etiologia está presente em diversas ciências diferentes, como a psicologia, biologia, criminologia, antropologia e etc.

Porém, este método de estudo é bastante comum na medicina, no intuito de analisar as prováveis causas dos diversos
tipos de doenças.

Quando são descobertos os causadores (ou causador) de uma doença específica, estes são chamados de “agentes
etiológicos”, justamente por serem os organismos responsáveis pelo desenvolvimento de determinada patologia.
https://www.significados.com.br/etiologia/

Inicialmente, vamos refletir como a doença aparece no nosso corpo físico e/ou no nosso perispírito...

Predisposições Mórbidas

“— Como apreendermos a existência das predisposições mórbidas do corpo espiritual?


— Não podemos olvidar que a imprudência e o ócio se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como sejam os
desastres circulatórios provenientes da gula, as infecções tomadas à carência de higiene, os desequilíbrios nervosos
nascidos da toxicomania e a exaustão decorrente de excessos vários.”
(Evolução em Dois Mundos – Chico Xavier – Espírito: André Luiz – Segunda Parte – Cap. XIX – Ed. FEB)

Sabemos que grande parte das nossas aflições são produzidas por nosso próprio desvario (causas atuais e anteriores).

“De modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afligem o corpo físico e o dilaceram, guardam no
corpo espiritual as suas causas profundas.

A recordação dessa ou daquela falta grave, mormente daquelas que jazem recalcadas no espírito, sem que o desabafo
e a corrigenda funcionem por válvulas de alívio às chagas ocultas do arrependimento, cria na mente um estado
anômalo que podemos classificar de “zona de remorso”, em torno da qual a onda viva e contínua do pensamento
passa a enovelar-se em circuito fechado sobre si mesma, com reflexo permanente na parte do veículo
fisiopsicossomático (perispírito) ligada à lembrança das pessoas e circunstâncias associadas ao erro de nossa autoria.”
(Evolução em Dois Mundos – Chico Xavier – Espírito: André Luiz – Segunda Parte – Cap. XIX – Ed. FEB)

Essas ondas de remorso, de sentimento de culpa, que carregamos, por mais que não pensemos trazem esse ranço que
vai atuando no corpo espiritual.

Muitas vezes, nós analisamos as doenças do ponto de vista do corpo físico, de acordo com as classificações do ponto
de vista médico. Porém, na maioria das vezes, esse desequilíbrio é oriundo de uma atitude mental, comportamental,
de vidas anteriores.

COMP II 131
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Existe uma relação de causa e efeito. As doenças têm que ter uma origem. Quando essa origem não é tipicamente do
desregramento natural, normal, que todos temos, até por ignorância, a questão alimentar, o vício, coisas que
normalmente numa encarnação adquirimos, até por modismo.

No livro "Mundo Maior“ (Cap. VIII – No santuário da alma), de André Luiz encontramos a história de um jovem com
crises de epilepsia, provocadas apenas pela percepção da proximidade dos obsessores, apesar de estar ao lado de
antigos amigos espirituais em seu quarto, a ligação e a sintonia com esses espíritos por causa do crime, do ódio e o
remorso provocam a manifestação da modéstia.

Manoel Philomeno de Miranda, no livro "Grilhões Partidos", psicografia de Divaldo P. Franco, relata a história de uma
jovem epilética que em reencarnação anterior, assassinou o marido e o amante, tendo de viver o resto de seus dias
mentindo e escondendo seu crime, com isso lesando os centros perispirituais que alteraram o novo corpo afetando
o metabolismo endócrino. Ainda quando causados por traumatismo craniano, sífilis ou tumores, o Espírito já tem a
predisposição para a enfermidade. Dr. Jorge Andrea, no livro "Psicologia Espírita" aborda a temática do deficiente
mental no cap. "Dinâmica Espiritual do Excepcional", falando da participação do espírito na formação do seu próprio
corpo. "Os genes cromossomiais responsáveis pelos fatores da herança, teriam em seu íntimo as influências dos
vórtices do psiquismo profundo a comandar, orientar e ditar normas no mecanismo da vida.” Essa colocação completa
o que André Luiz nos mostra sobre a zona de remorso.

No livro "Missionários da Luz", cap. XII, André Luiz nos mostra inúmeras experiências onde o Espírito reencarnante
pede que sejam alteradas certas condições físicas para que possa vencer as suas provas.

Em "Evolução em Dois Mundos - cap. VII, André Luiz fala:..." no ser em formação toda permuta entre os cromossomos
é presidida por agentes magnéticos ordinários (lei de hereditariedade), ou extraordinários (pela intenção dos
Organizadores do Progresso).

Quando Jesus colocou, segundo João 8:34, que quem comete o pecado é escravo do pecado procurou demonstrar
que nossos erros caminham conosco, impressos que ficam em nossa mente, até que nos libertemos deles.

Causas Espirituais das Doenças


Fernando Rossit 27/01/2017

No livro “Leis de Amor”, o Espírito Emmanuel responde a várias questões. Separamos o Capítulo que trata de causas
espirituais das doenças e reescrevemos trechos de algumas respostas de modo a ficar mais compreensível para
aqueles que não possuem muita familiaridade com a Doutrina Espírita. “Leis de Amor” foi psicografado pelos médiuns
Chico Xavier e Waldo Vieira. Vejamos

1 – O que estrutura espiritualmente o corpo de carne?


“O corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, a matriz. É constituído de matéria sutil, sobre o qual se organiza o
corpo de carne.”

2 – O erro de uma encarnação passada pode influir na encarnação presente, predispondo o corpo físico às doenças?
De que modo?
“Sim. A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual.
Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, marca o corpo espiritual com
desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão
atingido.”
COMP II 132
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
3 – O que faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
“Antes da reencarnação, nós mesmos analisamos os pontos fracos da própria alma, advogando em nosso favor a
concessão dos impedimentos físicos e doenças que, em tempo certo, nos imunizem, ante a possibilidade de repetição
dos erros que cometemos em outras vidas.”

4 – Todas as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo, antes de renascer?
“Nem sempre o Espírito solicita determinadas enfermidades de vez que, em muitas circunstâncias como no suicídio ou
na delinquência, caímos em grande desequilíbrio, lesando o corpo espiritual, o que nos obriga a renascer no berço
físico exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros expiatórios.”

5 – Quais são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
“Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina, na maioria das criaturas que
trazem as provações:

– da idiotia ou da loucura,
– da cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda,
– nas crianças-problemas, cujos corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação,
mostram-se na condição de prisões regenerativas.

Todos esses Espíritos devedores, em estado de recuperação, reencarnam na companhia daqueles mesmos amigos e
familiares de outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações reprováveis em que
delinquiram.”

6 – A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças de causas espirituais
na vida diária?
“A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos.

Necessário, pois, considerar igualmente, que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do
desmazelo, da revolta e da preguiça.

– Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde;


– que esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores;
– que ficam nervosos e irritados pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos;
– os sedentários e preguiçosos [...]

[...] são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas
anteriores de existências passadas.”

7 – Qual a advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
“Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o motivo por que os ensinamentos da
Doutrina Espírita nos fazem considerar, com mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para
não cairdes em tentação”.

Fernando Rossit
Referência:
“Leis de Amor”: Emmanuel/Chico Xavier e Waldo Vieira.

COMP II 133
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Os Efeitos do Remorso no Perispírito – Fenômenos Fisiológicos e Patológicos
1 - Zona de remorso x Fixação mental

Um dos dramas do Espírito encarnado ou desencarnado, reside na fixação mental, que é o estado em que a criatura
"nada mais ouve, nada mais vê, e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma" (André Luiz, Nos
Domínios da Mediunidade, Cap. 25).

Fixação mental, ideia fixa ou ainda monoideísmo, é a operação mental pela qual o Espírito dirige o pensamento a
uma ideia central, única e atuante, atribuindo-lhe importância superior às outras. "O Espírito isola-se do mundo
externo, passando a vibrar, unicamente, ao redor do próprio desequilíbrio, cristalizando-se no tempo" (Martins
Peralva, em Estudando a Mediunidade, Cap. 37).

A mente pode fixar-se em qualquer perturbação interior de grandes proporções, como paixões ou desânimo,
crueldade ou vingança, ciúme ou desespero, ou ainda a persistência do pensamento em determinado ato danoso a
si mesmo ou a outros. Quando o Espírito desencarna nestas condições, e resolve rebelar-se contra o progresso para o
bem, pode imobilizar-se nas sombras, por tempo indefinido. Por isso, a ideia fixa pode durar séculos e até milênios,
estagnando a vida mental no tempo.

O mecanismo da fixação mental pode ser entendido através da ação do nosso pensamento sobre os fluidos. Kardec
coloca que, "desde o instante que esses fluidos são o veículo do pensamento, que o pensamento pode modificar-lhes
propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados de qualidades boas ou más dos pensamentos que os
colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" (A Gênese, Cap. XIV, item 16). Quando
o Espírito que reconhece sua culpa se fixa mentalmente no ato que cometeu, passa a emitir pensamentos de
remorso, que é um sentimento destruidor.

Os Espíritos explicam que esses fluidos prendem-se ao redor de seu emissor, como um hálito mental: "Após a partida
da Terra, sobretudo para aqueles que tiveram paixões bem vivas, resta uma espécie de atmosfera que os envolve
guardando todas essas coisas más, pois o Espírito não está inteiramente desprendido" (L.E., Livro II, Cap. VI, perg. 229
-parte I: "Espíritos Errantes").

Sabemos que o perispírito tem uma consistência mais maleável do que o corpo físico, pelas características de sua
própria plasticidade. Portanto, esses fluidos atuam no perispírito de modo a criar-lhe sensações de felicidade ou
sofrimento, conforme o pensamento que os gerou. São semelhantes às sensações dos Espíritos encarnados, mas elas
"não podem ser materiais, desde que a alma não é de matéria.

Essas penas e esses gozos nada têm de carnal e por isso mesmo são mil vezes mais vivos do que os da Terra. O
Espírito, uma vez desprendido, é mais impressionável: a matéria não mais lhe enfraquece as sensações" (L.E., Livro IV,
cap. II, perg. 965 - parte IV: "Natureza das Penas e Gozos Futuros"). As paixões não existem mais materialmente, mas
existem ainda no pensamento dos Espíritos mentalmente fixados a elas.

O Espírito não pode esquecer a sublimação de si mesmo, que é a mais alta vitória no processo de regeneração. Não
deve também cultivar os sentimentos negativos de culpa e remorso que poderão levá-lo a um estado de fixação
mental. Arrepender-se da prática danosa e perseguir a reparação é o remédio. Por estas razões é que o apóstolo
Paulo adverte aos cristãos de Filipos: "uma coisa faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que
está adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do alto, que vem de Deus em Cristo Jesus" (Epístola aos
Filipenses, 3:13).
COMP II 134
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Complementa André Luiz que a fixação mental leva as entidades à deplorável amnésia, assemelhando-se a doenças
mentais renitentes, o que se reflete na criatura encarnada como "perturbações congeniais da mente". Mas
reencarnação surge muitas vezes como a única saída para estado de fixação mental: "A experiência no corpo de carne,
em posição difícil, é semelhante a um choque de longa duração, em que a alma é convidada a restabelecer-se" (André
Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, Cap. 25).

2- Zona de remorso x Doenças Psíquicas

"O Espírito sofre segundo o que fez sofrer, de maneira que sua atenção estando incessantemente voltada para as
consequências desse mal, ele compreende melhor os inconvenientes do seu procedimento e é levado a se corrigir" (O
Céu e o Inferno, Cap. VII, item 7, 1a parte).

As imperfeições do Espírito (sempre alicerçadas no orgulho e egoísmo) vão-se traduzindo, ao longo do tempo, em
doenças. O Espírito atua sobre o corpo espiritual, através do pensamento e, desta forma, marca nele as
consequências de sua atuação, inclusive as predisposições para determinadas doenças; dizem-se "determinadas
doenças", porque muitos males que perturbam o homem vêm da sua mente invigilante, como o desmazelo, a
imprudência, a revolta sistemática, a preguiça, a falta de higiene, a displicência para com pequenos hábitos que a vida
exige, o eterno repouso.

São também causas de doenças o excesso de trabalho solicitado pela ambição, o permanente mau humor, o
desânimo insistente, vida desregrada, vícios sociais, a bebida, o fumo, dormir sempre muito tarde, a falta de
horário para se alimentar e a gula. Todos estes fatores podem gerar doenças.

Ainda há outras moléstias que são consequências de outras vidas. Espíritos que usaram seu intelecto para desnortear
os encarnados, criando viciações mentais nas criaturas, renascem com bloqueios cerebrais para o devido reajuste.

Outros que, através da arte, perturbam a sensibilidade alheia, viciando-a em comportamentos abusivos, em
verdadeiras afrontas à dignidade e bom senso, necessitam do renascimento com moléstias ou mutilações que os
inibam de repetir o erro.

Quando o homem se utiliza da palavra para ferir, caluniar, mentir, ofender, intrigar, não lhe resta outra alternativa
senão a reencarnação com deficiências dos aparelhos vocais e auditivos. O silêncio exterior para refazer o interior. O
sexo traz uma esteira de comprometimento, quando usado sem o critério do respeito e do amor. Renascem esses
Espíritos com doenças e inibições genésicas das mais variadas, como recurso inibitório dos desmandos praticados.

“Estabelecida a ideia fixa sobre esse “nódulo de forças desequilibradas”, é indispensável que acontecimentos,
reparadores se nos contraponham ao modo enfermiço de ser, para que nos sintamos exonerados desse ou daquele
fardo íntimo ou exatamente redimidos perante a Lei.”

“Essas enquistações de energias profundas, no imo de nossa alma, expressando as chamadas dívidas cármicas, por se
filiarem a causas infelizes que nós mesmos plasmamos na senda do destino, são perfeitamente transferíveis de uma
existência para outra. Isso porque, se nos comprometemos diante da Lei Divina em qualquer idade da nossa vida
responsável, é lógico venhamos a resgatar as nossas obrigações em qualquer tempo, dentro das mesmas
circunstâncias nas quais patrocinamos a ofensa em prejuízo dos outros.

COMP II 135
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
É assim que o remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticulando as sinergias do corpo
espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade, entendendo-se, ainda, que essas
desarmonias são, algumas vezes, singularmente agravadas pelo assédio vingativo dos seres a quem ferimos,
quando imanizados a nós em processos de obsessão. Todavia, ainda mesmo quando sejamos perdoados pelas
vítimas de nossa insânia, detemos conosco os resíduos mentais da culpa, qual depósito de lodo no fundo de calma
piscina, e que, um dia, virão à tona de nossa existência, para a necessária expunção, à medida que se nos acentue o
devotamento à higiene moral.”
(Evolução em Dois Mundos – Chico Xavier – Espírito: André Luiz – Segunda Parte – Cap. XIX – Ed. FEB)

Conclui-se, portanto, que o remorso em si, necessariamente não reeduca a criatura, que só encontra esse auxílio no
Evangelho de Jesus, como terapia e orientação para novos rumos.

“A […] enfermidade, como desarmonia espiritual […] sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e
outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma,
conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando
as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-
se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos
pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja
execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.”

(Entre a Terra e o Céu – Chico Xavier – Espírito: André Luiz – Cap. XXII – Ed. FEB)

COMP II 136
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
A Ação do Passe no Perispírito
1. Tanto os Espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as
propriedades dos fluidos, através do pensamento e da vontade?

2. Os Espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou


dispersam; organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma,
uma coloração determinada?

3. Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles que os fazem vibrar?

4. O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro?

5. Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal é o perispírito?

6. Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se acha em contato
molecular?

7. Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram?

***

“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos
seres espirituais; são o elemento onde eles colhem os materiais com que operam; são o meio onde se passam os
fenômenos especiais, perceptíveis à vista e ao ouvido do Espírito, e que escapam aos sentidos carnais, impressionados
só pela matéria tangível, onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente da luz ordinária, por sua causa e
por seus efeitos; são, enfim, o veículo do pensamento, como o ar e o veículo do som.

Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais, não os manipulando, como o homem manipula os gases, mas com o
auxílio do pensamento e da vontade. O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para o homem.
Pelo pensamento, eles imprimem a esses fluidos tal ou qual direção; aglomeram-nos, combinam-nos e os dispersam;
com eles formam conjuntos, tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinadas; eles mudam as suas
propriedades, como o químico muda as dos gases e de outros corpos, combinando-as segundo certas leis. É o grande
atelier ou o laboratório da vida espiritual.

Por vezes essas transformações são o resultado de uma intenção; muitas vezes são o produto de um pensamento
inconsciente. Basta ao Espírito pensar em uma coisa para que essa coisa se produza, como basta modular uma ária
para que essa ária repercuta na atmosfera.

[...] Como se vê, é uma ordem de fatos inteiramente novos que se passam fora do mundo tangível, e constituem, se
assim se pode dizer, a física e a química especiais do mundo invisível. Mas como, durante a encarnação, o princípio
espiritual está unido ao princípio material, daí ressalta que certos fenômenos do mundo espiritual se produzam
conjuntamente com os do mundo material e são inexplicáveis por quem quer que não conheça as suas leis. O
conhecimento dessas leis é, pois, tão útil aos encarnados quanto aos desencarnados, porquanto só ele pode explicar
certos fatos da vida material.

COMP II 137
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispiritual como num espelho, ou ainda como
essas imagens de objetos terrestres que se refletem nos vapores do ar. [...]

É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma, encarnada ou
desencarnada, pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível pelos olhos do corpo. Os olhos
do corpo veem as impressões interiores que se refletem nos traços do rosto: a cólera, a alegria, a tristeza, mas a alma
vê nos traços da alma os pensamentos que não se traduzem no exterior.

Revista Espírita 1868 » Junho

Ação dos Espíritos sobre os fluidos

13. Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera
dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os
fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais,
impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual; e, por fim, o
veículo do pensamento, como o ar o é do som.

14. Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas
empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o
homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou
dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas;
mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo
certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.

Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento
inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para
que esta repercuta na atmosfera.

É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que
tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas
encarnações. Apresenta-se, então, com o vestuário, os sinais exteriores – enfermidades, cicatrizes, membros
amputados etc. – que tinha então. Um decapitado se apresentará sem a cabeça. Não quer isso dizer que haja
conservado essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho,
nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu
perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de
agir naquele sentido. Se, pois, de uma vez ele foi negro e depois foi branco, apresentar-se-á como branco ou negro,
conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.

Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar. Um
avarento manuseará ouro, um militar trará suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a
sua charrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca. Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses objetos
fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material, para o homem vivo; mas, pela razão de serem criações do
pensamento, a existência deles é tão fugitiva quanto a deste.

15. Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o
pensamento, como o ar nos traz o som. Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios
de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e vibrações sonoras.
COMP II 138
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele
corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar alguém: embora o corpo
material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes
deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a
cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito.

Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler
noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Mas ela não pode ver o que ainda não
esteja no pensamento do outro; o que vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus
desígnios bons ou maus.

Qualidades dos fluidos

16. Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos
espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente
que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar,
modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais,
como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes
projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o
comporta o grau da perfeição moral destes.

17. Seria impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar-lhes as
respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles.

Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos
eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as
circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito
especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.

Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus
efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de
orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura etc.
Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos,
narcóticos, tóxicos, reparadores; tornam-se força de transmissão, de propulsão etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o
de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos
efeitos que eles produzem.

18. Sendo apenas Espíritos encarnados, os homens têm uma parcela da vida espiritual, visto que vivem dessa vida
tanto quanto da vida corporal; primeiramente, durante o sono e, muitas vezes, no estado de vigília. O Espírito,
encarnado, conserva, com as qualidades que lhe são próprias, o seu perispírito que, como se sabe, não fica
circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu derredor e o envolve como que de uma atmosfera fluídica.

Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão,
põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados.

O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a
Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

COMP II 139
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte
constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda
mais, guardar a de suas qualidades boas ou más. Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurar-
se pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar
por si próprio.

A GÊNESE – CAPÍTULO XIV – OS FLUIDOS

[...] A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies, e não é
constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer,
saturados do fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais
ativos mais enérgicos e, de certa maneira, de vida superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida se não for renovada pela absorção e
assimilação de substâncias que o contem.

O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem
menos e, em certos casos, fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se.

O Livro dos Espíritos – Questão 70 - Comentário de Kardec

Formação e propriedades do perispírito

7. O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais


importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse
fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que
também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido
condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito, a
transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido
conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo
perispirítico e o corpo carnal têm, pois, origem no mesmo elemento
primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.

8. Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto


é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta daí que os
elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam conforme os
mundos. Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação
com a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a
materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de
natureza muito mais quintenssenciada do que aqui. Ora, assim como não
poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também
os nossos Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito
terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu
invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.

COMP II 140
A Medicina Espiritual
MÓDULO VI – PERISPÍRITO
94) De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?
“Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a
outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”

94-a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais
grosseiro?
“É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – questão 94 e 94-a

TRATAMENTO DAS DOENÇAS

As doenças do corpo físico são tratadas com eficácia com remédios alopáticos, pois ambos são constituídos de
materiais afins.

O homem integral é composto por espírito, perispírito e corpo físico.

As doenças perispirituais têm que ser tratadas com uma substância semelhante à sua composição, ou seja, com os
fluidos. Neste caso, estaremos tratando a área que primeiro reflete o desequilíbrio do espírito.

Para que o tratamento seja completo, temos que tratar também do Espírito, que é o gerenciador desse conjunto;
estaremos tratando a causa e só assim teremos a cura integral.

O remédio homeopático trabalha na interface perispírito-corpo físico. A matéria mais sutil, quanto mais se dinamiza,
mais diminui o princípio ativo físico e a energia que vai trabalhar, vai trabalhar no perispírito.

Tem que tratar com o remédio alopático, dependendo da situação, porque não vai deixar a pessoa sofrer à toa. Mas
sabe que está tratando da consequência. Agora pode tratar com remédio homeopático e fluido e vai atingir o
perispírito. Mas, se você não mudar o espírito, vai desequilibrar de novo o corpo espiritual, que por consequência
vai desequilibrar o corpo físico.

“... Se o corpo reflete o que há no Espírito, quem precisa ser curado primeiro? ...O Espírito. A medicina espiritual há de
ser associada à medicina humana, encarnada, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra vai cuidar do
espírito.”
Ignácio Bittencourt – mensagem psicofônica pelo médium Altivo Pamphiro (grifo nosso)

PASSE

“Transfusão de energia, alterando o campo molecular.”

“Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura
necessitada, para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no
templo do corpo, edificando valorosas reconstruções.”
Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz – psicografia Chico Xavier – cap. 17

COMP II 141
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO

As Melhores Condições para o Magnetizador (Parte I)

Magnetizador

Magnetizador e mesmerizador (Originalmente: magnetiseur e mesmerirers) são denominações de pessoas que


estudam e praticam o magnetismo animal, não podendo ser confundidos com mesmeristas e magnetistas que são
aqueles que apenas estudam o magnetismo sem ser adeptos de seus processos terapêuticos.

Etimologia e definição

A etimologia da palavra magnetizador veio do português arcaico magnetisador, este por sua vez do francês
magnetiseur ("que pratica os métodos do mesmerismo"), o mesmo do verbo magnétiser ("magnetizar") derivado por
sua vez também do francês magnétique (magnético), provindo do grego, magnes (atração) + sufixo -iser (utilizador).

O termo designa o indivíduo que tem a faculdade de manipular o fluido magnético tendo ação recíproca daqueles que
o cercam, manifestada por sua analogia com o ímã. Esta acepção do termo se encontra, por exemplo, na expressão de
Antoine-Joseph Gorsas: "O magnetizador é o imã da energia vital".

Contexto

Hahnemann ainda alegou que:

“ ...pelo qual a vontade forte, bem intencionada sobre um doente, por contato, e mesmo sem este, e até a uma certa
distância, pode trazer energia vital do mesmerizador sadio dotado deste poder para outra pessoa, dinamicamente
(assim como um dos polos de poderoso magneto age sobre uma barra de aço). Age em parte substituindo no doente,
cuja força vital dentro do organismo acha-se deficiente em diversos pontos, e em parte, em outros pontos onde a força
vital tenha se acumulado demais gerando desordens nervosas irritantes; ela a desvia, diminui e distribui por igual e, de
modo geral, extingue a condição mórbida do princípio vital do paciente, que é substituída pelo normal do mesmerista
que age poderosamente sobre ele, como por exemplo, velhas úlceras, amaurose¹, paralisias parciais etc.”

¹ Amaurose é a perda da visão que pode ser de forma parcial ou total. Ou seja, amaurose é o termo técnico para denominar a cegueira. A amaurose
pode acometer um olho (unilateral) ou os dois olhos (bilateral).

COMP II 142
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
No período Clássico do Magnetismo Animal do final do séc XVII a meados do séc XIX existiam os Magnetizadores
profissionais, os quais tinham um potencial declarado por autores da época, muito mais efetivo. Estes tinham o termo
por profissão a passava-se horas e horas Mesmerizando seus clientes, diretamente ou por intermédio de Magnetos.
Porém é necessário relatar que em algumas patologias, uns mesmerizadores são mais propícios a alcançar o resultado
almejado que outros independente de seu grau de conhecimento.

Jacob Melo relata em seus livros que este efeito pode ser ocasionado tanto pela fadiga fluídica do magnetizador como
pelo órgão com o qual o magnetizador mais usine a energia processada.

“ A muitas curas rápidas aparentes realizadas em todas as épocas por mesmeristas dotados de grande poder natural,
pertencem a essa categoria. O efeito do poder humano comunicado sobre todo o organismo, foi demonstrado
magistralmente na reanimação de pessoas que ficavam muito tempo em estado cataléptico, pelo poderoso desejo
simpático de um homem em pleno gozo da energia vital, e dessa espécie de reanimação a história encerra diversos
exemplos inegáveis. Se o mesmerista de qualquer sexo, capaz ao mesmo tempo de franco entusiasmo, tornar-se ainda
mais poderoso com esse desempenho filantrópico e abnegado, poderá então dirigir sua vontade ao paciente que
solicitou sua colaboração, concentrar nele seu poder psíquico e operar, às vezes, milagres.”

“ E quem tiver feito seus estudos e experiências reconhecerá que a diversidade dos processos resulta principalmente da
própria natureza e das propriedades do fluido de cada magnetizador. Uma observação acurada nos levará à convicção
de que o essencial é agir de acordo com os princípios, sem ficar presos aos métodos prescritos, mas adotando aquele
que for, em cada caso, o mais consentâneo e eficiente.”

Magnetizadores conhecidos

Abade Faria Francisco Fajardo


Adam Karl August von Eschenmayer François Deleuze
Afonso Acácio Martins Velho François-Joseph Noizet
Alfred Russel Wallace Franz Anton Mesmer
Allan Kardec Georges Gilles de la Tourette
Albert de Rochas Hector Durville
Alexandre Bertrand Henri-Marie Husson
Alphonse Bouvier Hippolyte Baraduc
Andrew Jackson Davis Jacob Luiz Melo
Barão du Potet Johann Kaspar Lavater
Charles de Villers José Jorge
Charles Deslon Justinus Kerner
Charles Foster (médium) Marquês de Puységur
Charles Leonard Lafontaine Paul Gibier
Charles Lancelin Valentine Greatrakes
Étienne Félix d'Henin de Cuvillers William Maxwell

COMP II 143
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
Das condições necessárias para magnetizar
“Todos podem magnetizar, porque todos possuem o fluido magnético ou fluido vital.

Já vimos que o magnetismo resulta principalmente das faculdades da alma; o corpo é apenas o instrumento da
execução. Assim como a qualidade do fluido está na razão direta do estado de evolução da alma, assim também a
maior ou menor eficiência da magnetização depende da saúde do corpo”.
(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 51.)

A ação de emitir radiações magnéticas é comum a todos os corpos.

os minerais,
os vegetais
e os animais emitem radiações de todas as espécies em graus diferentes.

Existe nos metais uma propriedade particular que, quer pela eletricidade ou pelo magnetismo, de que ela não seria
mais que uma modificação, quer por qualquer outra causa que nos escape, torna-os próprios para exercer uma ação
direta sobre a força nervosa,

para atrair quando se os aplica à superfície do corpo,


e para reparti-la uniformemente no organismo quando são dados internamente debaixo de forma conveniente.

Os corpos organizados podem, do mesmo modo que os corpos inorgânicos, colocados em certas condições e debaixo
de certas influências, ser a sede de uma modificação que deve traduzir-se:

1º) pelo calor, chamado animal;


2º) pela eletricidade, produção da eletricidade na tremelga, no gymnoto (peixes elétricos), etc.:
3º) pela luz, insetos luminosos, pirilampos, mais da escala animal, os noctilucos, animalculos do grupo dos rhizopedes,
que são a causa da fosforescência do mar em certas circunstâncias. (Dr. A. Barety)

As relações magnéticas que, entre os corpos inorgânicos, minerais e vegetais, se exercem de uma maneira uniforme,
porém incompletas são insensivelmente modificadas e aperfeiçoadas no reino animal, pelo poder de volição², que é o
apanágio dos corpos organizados: a vontade impera sobre os movimentos voluntários, e o princípio ativo os executa.
(Van Helmont).

Não há quem desconheça as faculdades magnéticas de certos animais: a cobra, o sapo, a ave de preza, o cão de caça
rasteira, o gato, etc., e em geral todos os animais caçadores.

O homem, pela superioridade do seu poder de volição, é mais apto do que o animal, para regularizar, condensar e
projetar as suas radiações magnéticas.

² Volição (do latim volitione) é o processo cognitivo pelo qual um indivíduo se decide a praticar uma ação em particular. É definida como um
esforço deliberado e é uma das principais funções psicológicas humanas (sendo as outras afeto, motivação e cognição). Processos volitivos podem
ser aplicados conscientemente e podem ser automatizados como hábitos no decorrer do tempo. As concepções mais modernas de volição
expressam-na como um processo de controle da ação que torna-se automatizada.

COMP II 144
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
há um magnetismo mineral,
um magnetismo vegetal,
um magnetismo animal, porém é preciso distinguir cuidadosamente o do homem dos demais; porque o
magnetismo humano resulta não somente das propriedades do corpo, mas também das faculdades da alma. O
magnetismo reduzindo-se a uma simples comunicação de movimento de um indivíduo para outro, acontece que
há tantos gêneros como indivíduos, possuindo cada um a maneira de radiações que lhe é própria. (De Bruno) grifo
nosso,

Magnetizar sendo uma faculdade natural comum a cada indivíduo, segue-se que qualquer é apto para magnetizar,
fora de toda a consideração de sexo, de idade e de temperamento. Só pode haver neste ponto graduações resultantes
do grau de aptidões de cada qual para exercer esta faculdade.

Estes graus de aptidão decorrem de certas condições. Para magnetizar bem, torna-se necessário:

saúde;
calma,
vontade,
benevolência,
fé e saber.

“O melhor magnetizador é aquele que possui um bom temperamento, um caráter ao mesmo tempo firme e tranquilo,
o gérmen de paixões vivas sem ser subjugado por elas, uma vontade forte sem entusiasmo, a atividade reunida à
paciência, a faculdade de concentrar sua atenção sem esforços, e que magnetizando se ocupe unicamente do que faz.
(Deleuze)”

“A atenção e direção da vontade não devem sofrer nenhuma solução de continuidade; devem ser constantes,
uniformes tranquilas, sem vacilações, sem objetivo de produzir fenômenos curiosos, mas somente de fazer o bem”.

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 52.)

Numa síntese consentânea com o Espiritismo e o Magnetismo, os pré-requisitos para qualquer magnetizador que
pretenda ser produtivo e feliz em suas práticas são:

Força magnética (capacidade de usinagem e exteriorização de fluidos)


Vontade (ardente desejo de fazer o bem) convenientemente dirigida (que pede estudo lúcido das duas ciências:
Magnetismo e Espiritismo);
Pureza de sentimentos; e
Evocação de Bom Espírito (que se interesse pelo magnetizador e pelos pacientes).

Mesmo dentro dessa singeleza, parece estar bem visível que não se trata de possibilidades que sejam adquiridas
apenas com “boa vontade”, como é muito propalado no meio espírita. Um estudo sério, aprofundado e continuado é
requerido, além de muitos exercícios e prática para que se atinja o ponto ideal que se busca. Uma postura ética e
moral ilibada é imprescindível para quem se proponha a atender ao adjetivo “bom” colocado na pergunta.

Por fim, só para reforçar, não existe bom magnetizador espírita sem que este tenha conhecimento seguro das obras
de Allan Kardec, desde as chamadas básicas como as complementares, aí em destaque a Revista Espírita em seus 12
volumes.

JACOB MELO COMP II 145


A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
As Melhores Condições para o Magnetizador (Parte II)
“Não se creia, entretanto, adverte Bué, que o poder magnético caminhe de par coma força muscular; um homem
solidamente constituído, de envergadura hercúlea, é muitas vezes menos apto para a produção dos efeitos
magnéticos, do que um homem de aparência mais delicada, porém dotado de constituição física especial. Provém isso
de que o sistema nervoso representa aqui um grande papel para condensar no interior e projetar ao exterior; e essa
faculdade de condensação e emissão não tem relação alguma com o vigor corporal, que não poderia supri-la.”

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 52.)

Em Obras Póstumas (Primeira Parte - Manifestações dos Espíritos; Caráter e consequências religiosas das
manifestações espíritas – item 6 Dos médiuns), Kardec assinala as qualidades que deve ter um magnetizador:

“A faculdade de curar pela imposição das mãos tem, evidentemente, o seu princípio numa força excepcional de
expansão, mas é aumentada por diversas causas, entre as quais é necessário colocar em primeira linha: a pureza dos
sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o ardente desejo de aliviar, a prece fervorosa e a confiança em Deus, em
uma palavra, todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode ser, como a força muscular,
dada a todo o mundo, mesmo a homens perversos; mas só o homem de bem dela se serve exclusivamente para o bem,
sem dissimulação de interesse pessoal, nem satisfação do orgulho ou da vaidade; seu fluido depurado possui
propriedades benfazejas e reparadoras que não pode ter aquele do homem vicioso ou interessado.

Todo efeito mediúnico, como foi dito, é o resultado da combinação dos fluidos emitidos por um Espírito e pelo médium:
por essa união, esses fluidos adquirem propriedades novas que não teriam separadamente, ou pelo menos não teriam
no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos solícitos em virem secundar os
esforços do homem bem intencionado; seu fluido benfazejo se une facilmente ao dele, ao passo que o fluido do homem
vicioso se alia com o dos maus Espíritos que o cercam.”

Sendo a faculdade de magnetizar, assim como as demais, resultado do livre-arbítrio do Homem, está sujeita à
influência dos bons e dos maus Espíritos. Todavia, Kardec e todos os que se entregaram ao estudo sério do
magnetismo, inclusive os não espíritas, advertem que os pacientes devem ter muito cuidado e muita cautela na
escolha dos magnetizadores.

Segundo Deleuze em Instruções Práticas sobre o Magnetismo Animal, “sendo a faculdade de magnetizar, ou de fazer
o bem aos seus semelhantes por influência de sua vontade, a mais bela e a mais preciosa que Deus deu ao homem,
deve-se encarar o exercício do magnetismo como um ato religioso, que exige o maior recolhimento e a intenção mais
pura, considerando-se uma espécie de profanação magnetizar por curiosidade, por divertimento ou para provocar
efeitos singulares ou surpreendentes.”

“Nem todos os homens são sensíveis à ação magnética, e, entre os que o são, pode haver maior ou menor
receptividade, o que depende de diversas condições, umas que dizem respeito ao magnetizador e outras ao próprio
magnetizado, além de circunstâncias ocasionais oriundas de diversos fatores”.
(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 58.)

“Deixemos as drogas e os tóxicos para os hipnotizadores e reservemos para os magnetizadores a medicina do Espírito,
pois na alma se concentra toda a sua força e todo o seu poder”
(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 7, p. 56.)
COMP II 146
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
Melhores Condições para Magnetizar:

1. Saúde - A origem e a causa dos fenômenos magnéticos sendo a irradiação vital, não é duvidoso que se o operador
não estiver em uma disposição de saúde e de força convenientes, se estiver fatigado, esgotado por um excesso
qualquer, anêmico ou doentio, não produzirá, apesar de toda a boa vontade de que estiver possuído, senão fracas
emissões radiantes, e por conseguinte, resultados quase nulos. A primeira das condições é, pois, ter um bom
temperamento e uma boa saúde.

Entretanto, não se creia que o poder magnético caminhe a par da força muscular; um homem solidamente
constituído, de envergadura hercúlea, é muitas vezes menos apto para a produção dos efeitos magnéticos, do que um
homem de aparência mais delicada, porém dotado de uma constituição física especial: provém isso de que o sistema
nervoso representa aqui um grande papel para condensar no interior e projetar no exterior; e essa faculdade de
condensação e emissão não apresenta nenhuma relatividade com o vigor corporal, que não poderia supri-la.

O regime favorece consideravelmente esta faculdade radiante: cumpre ser sóbrio, habituar-se a restringir as suas
necessidades e a comer pouco; quanto mais se desenvolve a função digestiva e mais trabalho se lhe dá, tanto maior é
a restrição da potência nêurica¹ condensante e radiante, estando esta em proporção inversa das funções vegetativas.

É um preconceito acreditar-se que uma alimentação rica e forçada entretém melhor a saúde; o abuso dos alimentos
detém, pelo contrário, todo o funcionamento vital: "Qui nimis alitur, non satis alitur", aquele que come muito, não se
nutre bastante.

O abuso dos alimentos produz o mau odor da transpiração e do hálito; a combustão sendo imperfeita, a pele exala
ácidos, assim como a superfície pulmonar; é assim que a alcalinidade do sangue pode ser diminuída pela invasão dos
ácidos não queimados (Dr. Bouchard). Os pobres estão menos vezes doentes por falta de alimento, do que os ricos
por excesso deles (Fénelon).

O eu é tanto mais vivaz e mais poderoso quanto menos frequentemente se renovar a matéria que o sustenta. Os
comilões ativam suas funções vegetativas, duplicam suas eliminações e suas excreções; possuem um eu menos
consciente, menos ativo e menos lúcido, e o movimento para mais que eles dão aos órgãos industriais do corpo, isto
é, as vísceras, indo atuar sobre o cérebro, traz alucinações e desarranjos intelectuais; os comilões tendem a tornar-se
hipocondríacos, inconscientes, imprestáveis e idiotas. (Louis Lucas).

Para desenvolver as faculdades magnéticas, o regime vegetariano, aplicado sem exagero e sem prevenção exclusiva, é
incontestavelmente o melhor; faz-se preciso comer pouca carne, suprimir por completo o uso do álcool e beber muita
água pura.

Os carnívoros têm a língua suja, o hálito mau, as dejeções irregulares e fétidas, desarranjos gastrointestinais
frequentes, afecções cutâneas habituais, enxaquecas, reumatismos, obesidade ou edemacia. (Dr. Bouchard).

O álcool, assim como os éteres, as essências e seus derivados, atuam profundamente sobre os centros nervosos
exaltando e paralisando alternativamente as funções psíquicas, e alterando deste modo, com o correr do tempo, a
vitalidade da medula, que preside à nutrição dos tecidos. (Claude Bernard).

¹Nêurica é o feminino de nêurico. Que diz respeito a nervos ou ao sistema nervoso.

COMP II 147
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
A água tomada como bebida, a água absolutamente pura e simplesmente filtrada, é indispensável em certas
proporções para acelerar os atos da desassimilação e favorecer as metamorfoses orgânicas; está agora infelizmente
banida da mesa do rico e do pobre; ninguém hoje bebe mais água natural, entretanto, sua falta faz com que os
produtos da desnutrição se acumulem no sangue, as condições da osmose se suspendam, e os produtos
excrementícios acumulados venham viciar os tecidos e os humores. Para passar bem, é preciso beber pelo menos de
um litro a litro e meio d'água pura nas vinte e quatro horas. (Dr. Bouchard).

É um preconceito acreditar que a carne nutre a carne. O regime da carne e do sangue é, pelo contrário, nocivo a
beleza das formas, ao viço da tez, a vegetarianos às influências epidêmicas e contagiosas; os miasmas mórbidos e os
vírus encontram um terreno maravilhosamente preparado para o seu desenvolvimento nos corpos saturados de
humores e de substâncias mal elaboradas, nocivas ou já meio fermentadas e em decomposição. Por outro lado, o uso
dos condimentos e adubos, inseparável da alimentação animal, pouco a pouco embota a sensibilidade olfativa, a
sensibilidade gustativa, e leva os carnívoros a estimularem os seus sentidos com o uso do fumo, do álcool e das
bebidas fermentadas. (Professor Raoux, de Lausanne)²

Finalmente, uma das condições higiênicas mais importantes a seguir-se, é evitar com cuidado todos os atos da vida
que, próxima ou remotamente, possam, afetando o físico ou o moral, trazer despesas nervosas bastante sérias, que
enfraqueçam ou esgotem prematuramente as fontes preciosas da irradiação vital.

***

A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?

“Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe
prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que
se alimentar conforme o reclame a sua organização.”

QUESTÃO 723 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

“Cabe ao homem, por lei, respeitar as exigências do próprio organismo, desde quando não entre no excesso, por já
passar ao desperdício. Não se pode generalizar certos regimes; eles devem ficar à solta para as consciências
escolherem se devem segui-lo.

O Evangelho nos fala que em tudo devemos dar graças, pois que essa é a vontade de Deus em Cristo para com todos
nós, mas nem de tudo poderemos usar. O alimento animal, com o progresso, deverá ceder lugar à alimentação
vegetariana. O homem já está nessa procura. Se a carne tem proteínas indispensáveis à saúde humana, podemos
perguntar: de onde vêm elas? Será que não podem ser encontradas em outras fontes? Enquanto se precisa da carne,
usando-a com equilíbrio, o "não matarás" vai se elevando no entendimento da sociedade, pelas asas do progresso.

A imposição é contrária à lei de amor. Isso somente é permitido entre as raças primitivas, onde os encarnados são
como crianças que devem ser orientadas e dirigidas, sem que o livre-arbítrio possa se manifestar com mais amplitude.
Se a organização fisiológica de alguém requer carne animal, este pode enfraquecer se não comê-la e não deve deixá-la;
mas, se o organismo já rejeita a alimentação animal, para que usá-la? Tudo no mundo está certo, somente o que não é
certo é usarmos o que não nos convém, por tais ou quais circunstâncias.

² Há uma Sociedade Vegetariana em Nice, presidida por M. Edouard Raoux, ex-professor da Academia de Lausanne.

COMP II 148
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
Vamos anotar o que Marcos ouviu de Jesus, registrado no capítulo sete, versículos dezoito e dezenove:

Então lhes disse: Assim vós também, não entendeis?

Não o compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no
coração, mas no ventre e sai para lugar escuso? E assim considerou Ele puro todos os alimentos.

Se Jesus considerou puros todos os alimentos, nós outros é que vamos condená-los? Cada um sabe escolher o que lhe
convém comer, principalmente o que já se encontra mais ou menos livre e que conhece um pouco as leis de Deus, as
leis naturais.

Não devemos censurar ninguém porque come carne, nem considerar fanáticos os que se abstenham de comê-la. A vida
é plena de tudo, para que a paz possa reinar nos corações, dentro das leis que regulam a liberdade de cada um. Cabe a
todos nós mediarmos sempre e respeitarmos os direitos dos outros, na frequência a sua evolução espiritual.”

O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez - FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XV

***

2. Calma - A calma é uma das qualidades mais essenciais para magnetizar. Sem calma não há ponderação, nem
equilíbrio, e por conseguinte não pode haver poder irradiante e regularidade de transmissão.

Só a calma torna-nos atentos, perseverantes, confiantes e dá essa virtude preciosa que se chama paciência.

Se se desconfia de si, se se duvida, se se está hesitante, se se age molemente e sem perseverança, se há falta de
ordem e de confiança, se não se observa, ou se observa mal o seu doente, se em vez de se agir no interesse dele, se
diverte em provocar certos efeitos no intuito de satisfazer uma curiosidade frívola ou disfarçar a impaciência que se
experimenta, arrisca-se a fazer pouco benefício; porque uma atenção acurada, e uma confiança perseverante são os
verdadeiros agentes de toda a ação magnética, e onde estes preciosos elementos chegam a faltar, todos os esforços
neutralizam-se.

Se a calma é a qualidade quotidiana mais útil àquele que quer magnetizar, esta qualidade torna-se inteiramente
indispensável nos casos em que a natureza, produzindo crises, exige do operador todo o sangue frio de que é
suscetível para auxiliar o doente a sair vitoriosamente dessas situações difíceis.

A curiosidade, que ordinariamente é um grande defeito, torna-se um vício radical no magnetizador; um curioso jamais
deixa em repouso o doente no qual não obtivera efeitos que o distraiam do aborrecimento experimentado em
magnetizar. Assim, as pessoas curiosas, instáveis, versáteis, irregulares nos seus sentimentos e nos seus modos, não
conseguem nenhum êxito curador. (Aubin Gauthier)

***

3. Vontade - A vontade atua de uma maneira poderosa no ato de magnetizar; é necessário, pois, desenvolver muita
vontade quando se magnetiza.

Entretanto não se acredite, como pretendem alguns, que a assim não acontece, e só devemos considerar a vontade
como agente interno encarregado de regular, dirigir e sustentar nossa ação.

COMP II 149
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
Explico-me:

Tenho em mãos uma bola, hesito em atirá-la, e, em lugar de o fazer, deixo-a cair. A falta de minha vontade produziu o
relaxamento dos músculos que apertavam a bola; estes músculos distenderam-se e a bola caiu. Se eu a tivesse
atirado, ela não teria partido por si, tê-la-ia impelido e seria acompanhada de minha vontade até ao fim.

É desta maneira que se pode compreender como retemos, deixamos cair ou dirigimos as nossas radiações. Quando
não sabemos querer, elas conservam-se inativas e neutras; escapam-nos inteiramente sem direção determinada, se
não sabemos condensá-las e retê-las; tornam-se intensas e encaminham-se como a trajetória da bola, quando
sabemos e queremos dirigi-las para um fim. Todo o segredo do mecanismo da vontade, como agente de tensão,
reside neste ponto.

A nossa vontade atua mais sobre nós mesmos do que fora de nós; produz uma atividade maior no cérebro e em todos
os plexus, e daí resulta uma emissão maior e mais intensa na ação. Quanto mais a vontade se exprime com firmeza e
continuidade, tanto mais a emissão se faz abundante e intensa. (La Fontaine)

Os principais agentes de que o homem se serve em magnetismo são: a vontade e a atenção. A vontade determina e
dirige a ação, a atenção sustenta-a e aumenta-a. Pela vontade, o homem imprime sua ação e dirige-a para onde quer.
(De Bruno).

Sem vontade não há atenção; se esta se desvia do seu objetivo, aquela se enfraquece: uma dirige e a outra esclarece.
(Aubin Gauthier)

***

4. Benevolência - Todos, indistintamente, podem produzir efeitos magnéticos; porém, para curar, é necessário possuir
um fundo inesgotável de caridade e de benevolência, é preciso amar ao seu semelhante.

O homem bom, caridoso, benévolo, será certamente mais atingir o seu fim, que o indiferente; há, pois, muitas
probabilidades de que produza efeitos salutares.

Se a benevolência não é absolutamente necessária para agir, é indispensável para ser útil (Aubin Gauthier). Se, há um
século, Mesmer se contentasse em anunciar aos sábios da Europa que uma vontade firme e benevolente era o
remédio soberano que se precisava contrapor exclusivamente a todas as nossas moléstias, a extrema simplicidade de
um tal asserto tê-lo-ia coberto de ridículo, e o magnetismo talvez tivesse morrido ao nos meios de torná-la aceita.
Foram os esforços de Mesmer para cativar os espíritos pelo mistério e o desconhecido, e certos processos que
empregou nesse intuito, que forneceram aos seus adversários um motivo para atacar a sua maneira de agir. (Dr.
Tesle).

***

5. Fé - Será preciso ter a fé para magnetizar? A fé não é precisamente uma condição indispensável para agir. A
incredulidade não impede a produção de efeitos magnéticos; entretanto, sem uma confiança absoluta nos meios que
se emprega e no fim que se procura atingir, a vontade flutua e a atenção paralisa-se; ao incrédulo falta-lhe
perseverança e paciência, não possui esse fogo sagrado que triunfa dos obstáculos e das dificuldades, não tem esse
precioso elemento do bom êxito, a confiança, que é a única que pode dar a fé fortificada pela experiência.

COMP II 150
A Medicina Espiritual
MÓDULO VII – PROCESSOS DE MAGNETIZAÇÃO
Tomemos um exemplo:

Se alguém vos disser: eis aqui um vintém; todos os dias imponde vossas mãos com perseverança sobre esta
moeda de cobre, e em breve a vossa tenacidade e a vossa confiança serão largamente recompensadas: o
vintém se transformará em ouro. Se não tiverdes confiança na afirmativa que se vos faz, nem na pessoa que
vô-la dá, acontece que não vos preocupareis por certo com um fato que vai de encontro a todas as ideias
adquiridas, e, se aquiescerdes a ele, não tereis perseverança; entretanto, se efetivamente existisse ali um
meio de metamorfosear o cobre em ouro, não teríeis perdido uma bela ocasião de lucro, pela vossa
tendência a incredulidade?

Admitamos, pelo contrário, que pondo de parte qualquer prevenção, vos dispusésseis escrupulosamente a verificar
pela experiência uma afirmação que choca os vossos preconceitos e que assim chegásseis a averiguar a verdade do
fenômeno; com que ardor perseverante, com que paciência a toda prova não estaríeis desde então armado para
renovar o milagre à saciedade!

Este exemplo aplica-se aqui bem: uma simples imposição das mãos pode produzir prodígios, mas quem não
experimentou e não viu não pode acreditar nessas maravilhas; e, enquanto por si mesmo não se conseguiu esses
efeitos surpreendentes, conserva-se o homem cético e sem fé, indeciso e flutuante, dificilmente dispõe-se às peníveis
demoras de uma operação, que muitas vezes demanda esforços contínuos e uma paciência inesgotável.

Pode-se, pois, magnetizar sem ter a fé, porém ela torna-se necessária para fazer o bem, para restituir a saúde àquele
que a perdeu.

A falta de confiança dá a timidez; teme-se um efeito magnético em vez de desejá-lo; se ele se apresenta, recebe-se-o
com inquietação; os efeitos imprevistos enchem de pasmo ou impelem-no a imprudências e exageros que se não
dariam se se tivesse por guias a reflexão, o critério e a experiência (Aubin Gauthier).

***

6. Saber - O magnetismo, considerado debaixo do ponto de vista do exercício de uma faculdade natural, está ao
alcance de todos; e para fazer bem ao seu semelhante, basta possuir um coração simples e benévolo; se se considerar
o espiritismo sob o ponto de vista dos altos problemas de fisiologia e de psicologia que ele pode resolver, não é
bastante um bom coração, é necessário uma grande inteligência e saber.

Tomemos um meio termo entre estes dois extremos e digamos que, para praticar o magnetismo curador com bom
êxito, convém reunir às qualidades que acabamos de enumerar alguns conhecimentos de anatomia e de fisiologia e o
estudo das melhores obras que têm tratado do magnetismo.

Finalmente, antes de procurar tratar de um doente, cumpre fazer um exame de si próprio e refletir maduramente:
considerando o objeto que se propõe, que é curar, como um verdadeiro sacerdócio, é necessário tomar a resolução
de imprimir a todos os seus atos o mais correto procedimento, as mais puras intenções, uma inteira discrição, uma
dedicação absoluta e só empreender o tratamento quando se está certo de levá-lo a bom termo nas condições
exigidas.

De um modo geral, deve-se evitar tudo quanto importa no desgaste ou perda de energia; excessos sexuais, trabalhos
demasiados, alimentação imprópria, hiperácida, hipercarnívora, energética, bem como o álcool, a nicotina, e os
entorpecentes de toda a espécie; deve-se, enfim, viver mais naturalmente e adquirir melhores qualidades.

Fred Wachsmann – “Pela vitória do Espírito”


COMP II 151
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
0I < %

C T M 0 M L 0 % " U @ " " !


/0 " 0% 0 0! A " ! 0" 0 20 % " " ! CM 0 K E +
F " D "A ! O CM 0 H! % L YD # 20 "
" 20 H 20 ! % " C' ! % L YD
M 0 0 " 0 20 ! H E /0 " ! 0 M 0 0" 0 ! C# 20
% 9 20 20 0 ! H - WD C> " 0 20 % D " 0 ! M 0 ! CI 0 % A Y 0 H+
0 0D : " ! 0 0 % A 0 M 0 ! H " 0 /0 " % %0
0 ! 0% 0 D
A "$)8M/98

A 0 + #$ ! '

0 & 0 +

F ) D # 0 &
#$ + 0 + (
0 + & J "

0 * # ! 0 + 7 "

5 ) ) D # 0 & 7 ' * )

/ 0 " , * H # &
0 F *
0 + 0 + !

8?<
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
3 ! & 0 0 0 O ! E

0 0 ) ! ) &
0 & + 0 0 *
) H&
B )+ & " " 0
; < ' a <
a < 6 5
0 H * #$ ' ' )
! ( !, #

/ 80 % , 9 /1 2 %

xxx

" * 0I < )
F 0 & & " D " , 0 & ) 0 +
) & 0 + P ! 0 " 0
' #$ "

5 #$ E3 " # ,

""2 % 0 + &
& P B 0 + 0 +
, H # 0 &
! 0 &

"5 ' 0 %3 & & " # "& 0 " 0


! " # 0 +

6 0 D 0 + # 0 " #
+ & & -
& 0 7 " # ( &
" + ! O

3( ! # " & " + '


0 D + 0 H & &
" 0 + "
0 & " # # " !
#$ * "

/+ E 5 0 " # ( 21 F #$ !
+ ! O

8?C
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
"8 > %/ " # 0 ! ,* & , " + , &
+ "

T ' ! ' F &


# &

3 # ' ' " #

3 ! , ' ' " '

^ + # (* " + 0 #$
J

5 7 # , 0 !
, 0 , H + 0 + H '
( H , ' 0 " #
! ,* #

P " ) B ! '
D * , 0 + # 0

! E

8 0 + H
< ' # # H " 0 &
" ' D + + ! & H
C ! #$ 0 + + ' H
" + #

* H " Q # &
B ! +
! ) H 0 " ( & & + E
F " 2 " & 1 / 4 a

) + & 0 D # "
#$

#$ * 0 + #
$ " " 0 + !

5 " H # 0
! J B " 0 + 0

3 ! 0 * 0, 0) " 0
#$ ! )!

8?I
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
F ! ! #$ ! H # "
0 & * # "&
0

- 0 " & *
0 , 0 ! # ' "

P ! ' !
" ( ! ! H ! " , & (*
! ! ' ) 0
#

" + "+ " & (


"( " " (*
!
0 & ' 0

! ! , " !
0

/ / 34@A+

xxx

8??
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
0I < %
/ 80 % , 9 / ? %

0 #$ 0 + ! ,* #
" # 5 #$ E "&
,

= # ") 0 ) P ,
" * # # B & ) 0 + #

P # + "
5 3 " ! a 0 " + ! # !
! " 0 + 0 & 0 & &
0 " 0 &

B & J F , 0 " # &


B &
# 0 &

0 0 "& 0 + 0 + !
" #

F & ) 0 e 0 " Q
" ")

F w , 0& 0 y )
"& & #

j4 ' 0 $ H
k % ! '" + + H
l, ' '

8?;
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
& 0 +
0 + # " + 0 # "
0 # 0 B # 0 3
" B # "

, " ,* & 0 "

P 0 * +
5 " + H
& 7 ,* # 0 " !
&

- Q 5 "
0 #

" . & 0 & " & !


+ E

"/ ! # #$ * ' 0 +
0 + # $

5/ / " H # 0 D
0 + ! J B " 0

8/ / * 0, E 0) " 0 ) #$
! )! 0

9/ F ! ! #$ e ! H # "
0 & * # "&
0

M/ - 0 " & *
0 J 0 ! "

J/ P ! ' + !
" ( ! ! H ! " , & (*
! ! ) 0
#

/ " + "+ " & (


"( " " (*
( ! 0 &
0

j 01 @!0 N 0 N & 0$ B ) ! # &


" # ) ! 0 " #$ @ ' # ")
! #$ " 0 " 0

8?>
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
$/ ! ! , " !
0

/ UP 0 & # " ,
7 , ! 0,
& 0
* # " ) # , D
=

* ! * 0 + B &
!& * 0 ! " "
0 &

3 0 ( " ! 0 0 !
) 0 + #

- % 0 % *
! 0 +
" O % 0 & 3 !

5* , + 4 " 4U 0 & ( 0 "


, F + !& 0 + # * " , ( '
# D " ! D # 0 &

5 * / . 0 0
0 0 0
0 !& "

# ( 5 # #
) + " # " " &

* / / 3 ! * , J !
* # 0 / - & 5* & 0 &
0 " E

6 " 0 ! " , " ! 0


+ B
! ! & 0 0 #
0 * (
0 0 ' ! ! 3 " 0 " D
0 0 + # !
# " ! 0 # ' *
" E T 0 &
5 ' " B # ! ) !
0

8?:
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
/ "
) ! , - + !
" + ' B 0
0 0
' # " 0 " 0 ' " , 6
& * / B &
F 0 5
$ ) *

( , ! # &
F ! " , 0 & ! = / ' < + T + " !
; "+ E & #
0 0 " "
0 & " ! ! 0 1

P !& ! * & & (!

!& 0 + #$
+ 0 + ! 7

0 - , # ( " )
" ! " B

G,' * " & " , F +


0 & ! ! #$ "
0 B 0 0 " 0 =

xxx

8?K
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
< 01
/ 80 % , 9 / ?/ @.%

C#J J J J; " J" J A J J % J J0 J "


J JH "O " J @ J J20 J J " 7" J 0J
0 J J"P J JHF@0! J J20 J JH J J J T " J ! J " -A J#J " " J!P J
J 0 J 9" J20 J @ J E JH J0 JP" J " J J ! J J J J 0 J% J 0 J
" 0J J ! J % % J " J J0 J 20 J % ! J J20 J+J &% !J J J20 J+J &% ! J J20 J
FJ" J! J JK 0 E J J J20 J"A J J J & 0! J " D
F D+A , ; B ^ MMM%

0 0 + #

T ! 0 ! 0 0
0 " 0 & 5 " * ,
( + " 0 + 6
! # D # & 0 ) "
& " J "

!B & 0 + &
! " + 0 ) 0 #
! &

+ & (! " # 0 & "


" # & + 0

- B !
' D 7 0

0 + " ' ! 0
# ! " #
0 & 0 # ,

8;9
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
- &7 # , " B

- 0 + 0
" ! ' E + !
5 ) / ! 3 5 0 ( 1e

0 + D # & ! #
0 & + "

"
& #
* 5 a &0 / + ! O . " +
0 0 0 " ?
0 A @ '. B wH !
! ! 0
H 0 ( ! # ! 0

. 0 + # ( 0 # J
" #
" ! ! # @ 7 *
0 J &
! ! #$

# ! # ? )
0 + #$ & ! #
#

T B * E + . &y ' # ! E0
" 0 )

5 # ! E # " ! #
, + $ 0 # , ! #
#

5 ! # 0 &

& # 0 & #$
. / z & & "
/+ E

eY % 4 5 ) 1 @ L ?<C
wA @ '. B % - 0 & = 1 0 ;
y " . &% 0 & "1
z/ %- & 0 & 1 0 I<?

8;8
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
T ' ( &D " 0
' 5 0 !&
* " 0 T
& * ' ( " ) #$
0 ' 0 ! # 4 0 B 0
) 0
# 0 + D ! # " + '
" * " Q

F !B B (0 !
0$ 0 ! # '
" 0
# 0 B ! # F $
" + * 0 # &D
* 0 (0 ! T
! +' & # " # " H
! D # & + *0
)

" 0 + # + 0 " #
# # # 0 &

- $ 0 & B 0 ! #
B # + * " 0 " # 0

3 "
! 0 & " ) "
B *0 ( + #
) "
"

5 % / % " ( , " '


1

xxx

8;<
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+

D
34@A+ P *
0 & " " ' #
" % 0 + & 0 + %
! ) ! %- , 0 +
, 0 & % !7 " 0
a &0 %

" P " 0 &


3 " +,' ! & "
)! 0J "

0 + ! " + '
! ( " D "
# "

0 & ! ' #
! ") &

" ! H " 0 0 % " O" "A 0


" H 0

K ! 20 " 0 H -A % ! H 0
!

20 " " 0 @ 0 -A 0" A @


" 0 " " " ! *; 4

8>8 ) ' (
0 0 & 0 +
# * ,
0 & E ) 0 + # F ' " "
0 + " -
" # # * ) " # 0 !
H " (
* ) ! & ) "

0 5 #$ 0 & & "


) 0 " #$
0 +

3 & ) " + ' ! # ' " + )


B 0 ! # * ,

8;C
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
" 5 ! " # ) E
/ ' ) " H # &
" 0 T E * , &
" " + & / +

/0 " 20 F@ " E 20 F "H " F


! " 20 ! 0@ 0 " 0 20 "
" + " &% ! U -A ! " O ! -A " " E
" ! " ! H

1 0 0 ! F 20 "% F% Z " "A


T ! ! 0 ! 0" 7" 20 " @ 20 !
0! H "

[F " 20 % H 0" 7" !0 20 "

20 " F "- 20 "A 0 ! 0 " 0 %


0 20 ! 0 T "F "H0" " !
0" * 0@ " , 0 4

" 8 ! D J 0 &
J P $
" # 0 & 0 ' D *
0 ' 0 # *

5 0 & ( ! + #
+ (0

P * 0
" +,' # 0 0
! # & 0 0$ " H
" + 0 # ! ! # Q 0

- ! # E& ! #
* , & " 0 0

/ 0 + 0 !
D J 0 ! / +

8>I T ) !7 D +
! #$ = * J !
0 0 5 0 + 0 +
+ * " E #$
( 1

8;I
5
?*@A+ G D &+ ,22+2 *, Y-,4 Z .N+
G 0 0 + ! J ! #$
D "
0 + " ) ! D0
" ! ) ' & !7 " +
, 0 &

5 + 0 0 !
(0 ) 0 ' ! # * #
7 ' D" # " " 0 " J ! '
) + ! 0 0
" J ! " + ' +

3 a &0 ! " + 0 " "


' ' " Q + + '

T & a &0 , " # 0 *


! #$ SF ' !

/ & ! ! )
0, + B 0

/ B ! ' ! ! 3
a &0 E 0 J D H
# ! a &0 E 1 ! O

" M B * " 0 0 ! #$ B "


" 0 E

" J " % !B ! # 0 + I> ?C

" 5 %
& 0 " # ?I >?

" $ 8 % ! D
#$ D J 0 0 & " #$ >; 8I8

" # 9 % ! #$ "
:; 89?

"$ M % #$
" #$ " 8I< 8?>

xxx

8;?
5
?*@A+ G / 22,2
U 2 0
U )

0 , P & XG
5 & " !
# ! #$ E #
)

F 0 ( I 0 & E B # 0 0
) # - 0 B " F & XG "
/ 5 ! & #$
F & XG Y + & H! # ' !)
"

F & 0 " 0 0 *
" # D * & + #

U , ; )

F & XX 0 " 5 ) + , # #
+ J "& & ' Y
) 0 / 5 ) ! ' , '
& ' 0 & 0 E

' * D , ! &0 !
A H
'! + "& & ) H
' " & ) 0 # &

5 & ' #$ * ) " #


5 0 A ' ' Y 5 ) G "
! ' # 0 ' 0 0
# # & 0 E ' J # !
, ' % #
5

@ 5 ) + ! H
H ! + "& + & #
) & + + "& - !
* ) 5 ) G / 5 ) " (" '
* 0 E

8;;
5
?*@A+ G / 22,2
% A # d 0 '& #$
% P , / / 0 (
0 E *0
! 0 # 0 ! " + * + " !

L )

P 5 ) ! ' * ! G
+ 5 && ' ' 3 " & &
0 * , P A # $ E
, # & 3 " ! /
3 " 5 ) 3 + " + ! (* * "
/ !

& ' & !


" B 0 & +
B + #$ . " +
+ + & & & * ,

! & # !# B + 0 )
N " N & " ) B # (
& 5 ) X # +
A EN # N & " )
" # # " , "
/ ) * ' 4 6 A # E 0 !

& # $ ( ) 0 & ' '


5 0 # ( * &
' , ") ! (0 P
" # # &" / )
J ' !) # & ! #

, )

P & ' !) !
" # "
# 5 " + 0 # H" + 0
! + " #$ + #
& ' & + # ,
+ # # ! 0 #$

) & " " ) 5 0 A H


" ! ! (0
") ' * H ' )
! / !

A f A /L , ; ! M

8;>
5
?*@A+ G / 22,2
U , ;
'5 &

" U

P 0 0 c & " )
/ e @ ' , , B
!B & B 0 # ! P 0 O& ( C:I'C<<
+ + P Q

" )wE N- & !


! D F * ,
0 " # * ) & " " & " *
! + 0 "

# & & , A @ 0 ) 89;'IC +


0 0 &

A & 5 )
- , y NP + E

N A " )
D" 5 ) & 0
D ! & 0 '
0 / - 5 ! & "
! # " ! , " '
! ! D !

3 0 & " F +
- ' , # +
0 5 ) E NF *
! N @ 8<E<8 H N- ) , H
) " N ) 89E<C H " # * E N5 "
H 0 B N O <E8K'<9

) 0 B @ " & "


D #$ - 0 " /
# # D ! 0
D "&

& XG 5 @ + @ & / 8?K;'8;?9 " ( "


&A 'A @ 8>8<'8>KK 5 Y 8><I'8:9I & XG " *$ &
A +
& D + 0

8;:
5
?*@A+ G / 22,2
5 U * , ;

5 # DP ! " # Y @ 5 )
- " , D B ) " P "
5 ) @ D $ ;<K ;C9 4 5 ) 5 5. "
Y E

J5# : ' 01 7
& 0 ! & 0 ! ' ! J /
! " + ! /

J8 7
! & & " D / H & " + ! &
/ + & " 0'

F ! " 5 ) 5 # 8 F a 4 ! N * " 5 )
" # ' & P 5 ) N

) / 5 ) ) ' " , @ 0 '" '


& * P

# / 'B " ' N 0,


NH + " " &
#$ 5 ) H 0 # # 5 ) H
* , ! H B # ( "
" H ) ! * ) ' !) H # )
0 + " ' , ' "
" " &

F 4 Ci 4 5 ) P 5 ) ' F ) 8
Y 7 5 ) ! *
H $ ! ;I: +
X # ! # # # 0
0 ! " H 0 " 5 ) N 7
6 ' / 6
! 7 Y " + G 4 5 ) N+
O 01 H 0 " +
"

& ;I: , 0 " & E

J5" + * 7
F ,

J5M : ' 6 * ' 7


A

8;K
5
?*@A+ G / 22,2
J9 A * KE L 7

" ! 0 " P 0
P 5 ) ' " # $ )
0 :KC ! ( ! E N- &
( 0 ! ';
' KE ( &
N O "

F * *$ 5 ) D 0 K9> * 0 & HN
* * ) 0 "
! *$ ' D + # 0 ! " +&
N

0 ) & ) K8C N5 ) "


0 ) T * ' " # * 0
# 0 ) 0 ) ) B # 5
+

& " D 0 # 'T ' 0 ) S K8> 5 0


E N/ " #$ 0 ) & ") ' + ;
' 6 B 01 6 ' !
5 " " "0 " #$ 0(

F 0 ! Y " ! 0 ) +
N # # " + ) " +
! # 0 N

3 ! # D + 5 F a4 ! " + EN P 5 ) & 0 "


5 # 5 ) ' " " E " " P
5 # + '

8 / ;

U , ; "& D + ' ' B 0


/ ) * # " N@ ' ) " #
" # 0 #$ 1

@ ) ! " # & ' )


K8: Y ! E
NG ! & B # + N 5
! ) XG 5 0 0 5 !
' " ' ! ) ' 5 ! N +
) & N O "

8>9
5
?*@A+ G / 22,2
P 5 ) " & XX 7 J X &
5 3 + J +
! 0& ' - @ # / 0
5 $ & 5. G G F G 4 +
G &4 + B 5 ) & ( #$
& ' 5 ! # 5 & ! A { 0
! 0 0 " 0 " /

& ' ) ' 5 )


D , (* 5 0 J

) & #$ !
! ' * "
& " 0( ) # 7! ! #$
5 ) &4 + , /

& ' > '

8 = 54 3E / 4) 0 0 3 E 8KK: < <;> K9:


< = 6 D "8C 3 E5 V <99C I<I C89
C @ F / , 5 ) - @ A E 5.
<99I <<I NP + N <8?'<<<
I4 . F a " 5 ) 5 # @ Z A [E 5. 8K:K ?9
? ! ?C
; Y @/5 5 0 0 5 8<9 @ Z A [E 5. <99< IC? XG <>I
>G5@ f 5 ) 5 ) &4 + ? @ Z A [E 5. 8K>I 8?? )

, & , APPP - 5 1 0 5 M < < 01 %

ggg

T & , " 0 D 0 # ! B
* " # 0 &

! B 0

4 ! ' # " + 01 01 '


H ;

1 6 6

, 6 B > 01
0, *) "

P" ! !
8>8
5
?*@A+ G / 22,2
; 6 6 ' ' K B 0 #
,

/ ! ) !

' 0I S I

/ & " ,

6 0 ' I
> ' 0 #

"& * ,

T 0
' ' 1 ' 0 W 01

. 5 & !, # / D #

C J % ! J 0 J E " JR ; " JH ! J FJ @0" BJ J20 J% " J J


! J " J J A J J20 J J J% % DJ
?E<C

, ; D 5$ D A <D ' P D, (, DY ' %

- )
& & ! ' ^ + &
&4 + + ! 7 ! 0
& !

" #$ 7 $ & 4 !
+ # 0 " " & + #
5 0

/ + !
& 0 J # 0 " *
! " + B $ 5 # ! !
# 1

A <D ; "# D D, ; A <D ' P D, (, %

8><
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O Passe – Instrumento do Médium
Condições Básicas para o Trabalho de Passes
“Os médiuns são legiões.
Funcionam aos milhares, em todos os pontos do globo terrestre. Seja na administração ou na colaboração, na
beneficência ou no estudo, na tribuna ou na pena, no consolo ou na cura, no trabalho informativo ou na operação de
fenômenos, todos são convocados a servir com sinceridade e desinteresse, na construção do bem, com base no
burilamento de si próprios.”

Emmanuel
(Livro da Esperança – Lição 64 – Médiuns de toda parte – Psicografia de Chico Xavier – grifo nosso)

“Quem se proponha a auxiliar aos enfermos, há que saber respirar no convívio da humildade sincera, equilibrando-se,
cada instante, na determinação de servir.
Para curar é preciso trazer o coração por vaso transbordante de amor e quem realmente ama não encontra ensejo de
reclamar.
Compreendendo as nossas responsabilidades com o Divino Médico, se queres efetivamente curar, cala-te, aprende,
trabalha honrando a posição de servidor de todos a que Jesus te conduziu.”

Emmanuel
(Mediunidade e Sintonia – Lição 18 - A Faculdade de Curar – Psicografia de Chico Xavier – grifo nosso)

“Tarefa mediúnica, no fundo, é consagração do trabalhador ao ministério do bem.


O fenômeno, dentro dela, surge em último lugar, porque, antes de tudo, representa caridade operante, fé ativa e
devotamento ao próximo.
Quem busque orientação para empresas dessa ordem, procure a companhia do Cristo, que não vacilou em aceitar a
cruz para servir, dentro do divino amor que lhe inflamava o coração. “

Emmanuel
(Mediunidade e Sintonia – Lição 20 - Tarefa Mediúnica – Psicografia de Chico Xavier – grifo nosso)

***

1. O PASSE E O CONCEITO DE CURA

O conceito de passe sempre esteve, por tradição, relacionado ao de cura: Cura obtida por meio da transmissão de
energias fluídicas (magnético-espirituais) à pessoa doente. Entretanto, os vocábulos saúde, doença e cura devem ser
corretamente entendidos. A Organização Mundial da Saúde considera que saúde não é, necessariamente, ausência de
doença, mas o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Concluímos, desta forma, que poucas são as
pessoas que têm saúde no nosso planeta. A Doutrina Espírita, por outro lado, ensina que toda doença tem origem no
espírito porque a ação moral desequilibrada do indivíduo afeta o seu perispírito. Como o perispírito do encarnado está
intimamente ligado ao seu corpo físico, o desajuste vibratório de um afeta o outro, produzindo, em consequência, as
doenças.

A restauração do equilíbrio físico, pelo passe, é conhecida desde a Antiguidade. Se fizermos uma pesquisa apenas na
Bíblia, vamos encontrar inúmeros relatos de transmissão fluídica associada à cura. Os exemplos que se seguem,
colhidos ao acaso, no Velho e Novo Testamentos, nos fornecem uma significativa amostragem sobre o assunto:

COMP II 173
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Cura da lepra (ou hanseníase) por água magnetizada: “Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te
sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou, e se foi,
dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão
sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso.” (II Reis,5:10-11);

Lucidez mental obtida pela imposição de mãos: “Josué, filho de Num estava cheio do espírito de sabedoria,
porquanto Moisés havia posto sobre ele suas mãos: assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o
Senhor ordenara a Moisés. (Deuteronômio, 34:9-12).

Cura de doença por imposição de mãos: “Ao descer da montanha, seguiam-no multidões numerosas, quando de
repente um leproso se aproximou e se prostrou diante dele, dizendo: Senhor, se queres, tens poder para purificar-me.
E Jesus, estendendo a mão , tocou-lhe dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra”
(Mateus, 8:1-3);

Cura de cegueira física e espiritual: “Ananias partiu. Entrou na casa, impôs as mãos sobre ele e, disse: Saulo, meu
irmão, o Senhor me enviou, Jesus, o mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a
vista e fiques repleto do Espírito Santo” (Atos, IX:17);

Cura a distância: “Não estava longe da casa, quando um centurião mandou alguns amigos lhe dizerem: - Senhor, não
te incomodes, porque não sou digno de que entres na minha casa; nem mesmo me achei digno de ir ao teu encontro.
Dize, porém, uma palavra, para que meu criado seja curado. Pois também estou sob uma autoridade, e tenho
soldados sob às minhas ordens; e a um digo vai! E ele vai; e a outro vem! E ele vem; e a meu servo faze isto! E ele faz.
Ao ouvir tais palavras, Jesus ficou admirado e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: - Eu vos digo que nem
mesmo em Israel encontrei tamanha fé. E, ao voltarem para casa, os enviados encontraram o servo em perfeita
saúde” (Lucas, 7:6-10).

2. A APLICAÇÃO DO PASSE NA CASA ESPÍRITA

O editorial de O Reformador, de 1992, esclarece que o Centro Espírita, entendido como unidade fundamental do
Movimento Espírita, "para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e
de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita. Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a
causa a que se pretende servir.” Sendo assim, a aplicação do passe deve guardar coerência com as orientações
doutrinárias, fundamentadas na Codificação Kardequiana.

O passe foi incluído nas práticas do Espiritismo como um auxiliar dos recursos terapêuticos ordinários. É, portanto, um
meio e não a finalidade do Espiritismo. No entanto, muitas pessoas procuram o centro espírita em busca somente da
cura ou melhora de seus males físicos, psicológicos e dos distúrbios ditos "espirituais". Geralmente, as pessoas que
assim procedem são nossos irmãos que desconhecem os fundamentos do Espiritismo. Muitos veem no Espiritismo
mais uma religião, criada por Kardec. Outros ligam-no somente à mediunidade, temendo sua prática, que envolveria o
relacionamento com "almas do outro mundo". Ainda outros associam-no a curas, e mesmo à fórmulas místicas para a
solução de problemas financeiros, conjugais, etc. Há aqueles que, sem nada conhecer, tomam passes
frequentemente, por hábito, mesmo sem estarem necessitando. Isso tudo resulta do desconhecimento doutrinário,
de interpretações pessoais, da disseminação de conceitos errôneos. É dever do centro espírita, por meio do seu corpo
de trabalhadores, esclarecer os que o procuram acerca dos objetivos maiores do Espiritismo, que gravitam em torno
da libertação da criatura das amarras da ignorância das leis divinas, alçando-a à perfeição. (1)

(1) CHIBENI, Clarice. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geeu/estudo-passe.html

COMP II 174
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O trabalhador espírita que atua na transmissão do passe deve considerar a tarefa como uma oportunidade de servir
ao próximo. Entende que, primeiramente, “toda competência e especialização no mundo, nos setores de serviço,
constituem desenvolvimento da boa vontade. Bastam o sincero propósito de cooperação e a noção de
responsabilidade para que sejamos iniciados, com êxito em qualquer trabalho novo.” (2) Em segundo lugar,
conseguida “a qualidade básica, o candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua elevação urgente,
para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo [...]. Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções.
Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos
sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde
pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que
impedem a passagem das energias auxiliadoras. Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades
fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos destinados aos armazéns celulares é
indispensável, por parte do próprio interessado em atender as tarefas do bem. O excesso de alimentação produz
odores fétidos, através dos poros, bem como as saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades
radiantes, porquanto provoca dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a
intimidade das células. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando
certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares.“(3)

É importante que os colaboradores, ligados a esse tipo de atividade, adquiram conhecimentos para saberem agir com
acerto. “Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de
enfermagem, embora não sendo médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. [....] O
investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção de ordens e avisos dos
instrutores que propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a além de dotar-lhe a
presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias forças de
reação.” (4)

O passista deve estar ciente que “o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade do
servidor fiel aos compromissos assumidos.” (5)

Podemos considerar ainda como orientações gerais para a aplicação do passe na Casa Espírita:

§ Utilizar, a rigor, a imposição de mãos, evitando a gesticulação excessiva. A aplicação do passe deve ser feita de
forma muito simples, sem ritual e cacoetes de qualquer natureza. Considerando que a palavra passe é movimento
rítmico, cada “movimento impõe um outro de complementação e equilíbrio, entremeado de pausa para mudar a
direção. Dispersão, pausa, assimilação ou doação, eis o passe em três etapas bem caracterizadas.” (6)
§ Todos os passistas devem ser considerados médiuns. A capacidade de absorção de energias espirituais somada à
de doação fluídica, varia de pessoa para pessoa, em função das condições individuais, próprias de cada pessoa,
assim como do nível de sintonia mental que o passista mantém com os benfeitores espirituais.
§ O melhor local para o passe é a Casa Espírita. “Somente em casos excepcionais devem ser ministrados passes fora
do Centro Espírita, a fim de não favorecer o comodismo e a indisciplina, devendo a tarefa ser realizada por dois
médiuns, no mínimo; é de bom senso aconselhar o passe à distância, no caso do enfermo não poder comparecer à
Casa Espírita. (7)

(2) Os Mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 1.ª ed. Especial. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Cap. 44, p. 271.
(3) Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. 1.ª ed. Especial. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Cap. 19, p. 350.
(4) Mecanismos da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1973. Cap. XXII, p. 160-161.
(5) Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 1.ª ed. Especial. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Cap. 17, p. 163.
(6) EQUIPE DO PROJETO MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA. Terapia pelos passes. Salvador ]BA]: Livraria Espírita Alvorada Editora, 1996. Cap. 7, p. 76.
(7) FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO RIO GRANDE DO SUL. Fluidoterapia. s/ed.s/data. Cap. 3, p.37.

COMP II 175
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
§ O “passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.”
(8)
§ A transmissão fluídica não deve ocorrer estando o médium em transe. “O passe deve ser sempre dado em estado
de lucidez e absoluta tranquilidade, no qual o passista se encontre com saúde e com perfeito tirocínio, a fim de
que possa atuar na condição de agente, não como paciente.” (9)
§ É necessário fazer uma preparação espiritual antes da aplicação do passe - ainda que breve -, buscando, pela
prece, a devida sintonia com os benfeitores espirituais.
§ O passista não precisa receber passe depois que fez doação fluídica ao necessitado. O auxílio espiritual repõe,
automaticamente, os gastos energéticos. Se o passista sentir que estão ocorrendo perdas de energia, após a
aplicação do passe – caracterizadas, em geral, por um estado de fraqueza, dores ou mal-estar –, é aconselhável
avaliar as causas geradoras, procurando corrigi-las.

3. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O TRABALHO DE PASSES:

3.1 Conceitos de Passe:

“— E em que bases se articula semelhante processo de curar?


— O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência humana de
hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando
os princípios subatômicos, e que, antes desses princípios, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no
santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os
recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si
mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas
reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e
a confiança que o valorizam.”

(Nos Domínios da Mediunidade – Cap. 17 – Serviço de Passes – André Luiz – psicografia de Chico Xavier – Ed. F.E.B)

“76 – Deve entender-se debaixo do nome de passes todos os movimentos feitos com as mãos por cima das roupas,
quer se toque levemente arrastando as extremidades dos dedos, quer se exerça uma pressão qualquer com a face
palmar.”
(Magnetismo Curador – Capítulo VI – Dos Passes – Alfonse Bué – Ed. F.E.B.)

“O passe é uma transfusão de energia psíquica com a diferença que os recursos orgânicos são retirados de um
reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.”

(O Consolador – Pergunta 98 – Emmanuel – psicografia de Chico Xavier – Ed. F.E.B.)

“Os passes, portanto, são um “derramamento” de elétrons, através das pontas dos dedos, para restabelecer o
equilíbrio daquele que recebe o passe, e que deles se está carecente.”

(Técnica da Mediunidade – C. Torres Pastorino – página 24 – Sabedoria Livraria Editora – 2ª ed.)

(8) O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1985, Questão 99, p. 68.
(9) FRANCO, Divaldo Pereira e TEIXEIRA, José Raul. Diretrizes de Segurança. Rio de Janeiro: Fráter Livros Espíritas. Cap. VII, questão 69.

COMP II 176
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
“Tem companheiros que acham que médium passista é o melhor, porque dar passe dispersivo no salão qualquer um
pode dar. Eu ouço isso há trinta anos.

Tamanha é a nossa responsabilidade ao dar um passe. Não é qualquer um que pode dar um passe, sem ter o
conhecimento, sem estar preparado, sem ter alguns conceitos, não é assim. Tem uma técnica, temos que obedecer a
essa técnica, para fazermos a coisa direito. Para que possamos ser ajudantes do plano espiritual.

No momento que nos debruçamos sobre um companheiro, como diz Torres Pastorino: o passe é um derramamento
de elétrons. É a energia que sai de cada um de nós, através das nossas mãos, é uma responsabilidade muito grande.
Temos que estar em condições. E, lamentavelmente, vemos dentro da casa espírita, na hora do passe, o companheiro
está dando o passe e olhando para o lado, vendo outra coisa, distraído. Se ele está olhando para o outro lado, seu
pensamento já se desligou.

O fluido que se desprende das nossas mãos é neutro. Quem dá qualidade a esse fluido somos nós, através do
pensamento. Quando estou dando um passe e me distraio, corto o fio do meu pensamento. É através do meu
pensamento que dou qualidade a este fluido que estou despendendo, aí dou uma trabalheira aos espíritos, que estão
procurando uma forma de ajudar o paciente que está aguardando o passe.”

Aula dada por Dagoberto de Paula em 27/07/2006 no CELD para o estudo do


17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006

“O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz a todos os
tratamentos...”
(Opinião Espírita – André Luiz – Capítulo 55 – psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira)

“O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico, físico, psíquico, espiritual e perispiritual do paciente.”
(O Passe – Jacob Melo – Capítulo II – página 36 – 8a edição – Ed. F.E.B.)

3.2 Necessidade do preparo do médium para dar o passe:

Léon Denis diz no livro Espíritos e Médiuns, capítulo IV: “Praticar o Espiritismo sem rodear-se das precauções
necessárias equivale a abrir a porta para os assaltantes de rua.” Ele está falando de Espiritismo numa forma geral, não
está se referindo ao passe, mas o passe é uma prática espírita. Abrir a porta para o assaltante da rua é como se
estivéssemos evocando os companheiros lá de fora, que com certeza, estão doidos para entrar na casa espírita e fazer
uma farra, que é o objetivo maior desses espíritos, lamentavelmente.

Wenefledo de Toledo diz: “Diz-nos o Mestre Jesus Cristo que o corpo é um vaso divino pela qual somos responsáveis
perante Deus, a quem temos que prestar contas do bom ou mal uso que dele tenhamos feito durante a existência
terrena.”

(Passes e Curas Espirituais – Introdução – Wenefledo de Toledo – Ed. Pensamento.)

“Há pequeninos prazeres que, à maneira dos micróbios violentos ou perseverantes que nos desintegram o envoltório
físico, nos intoxicam a alma e lhe destroem as mais santas esperanças.
Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a
Eternidade por meta sublime.

COMP II 177
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los, constantemente.
Nossas atitudes e deliberações, costumes e emoções, criam cargas elétricas de variadas expressões.
O uso da carne estabelece raios embrutecentes.
O uso do álcool forma elementos intoxicantes.
O uso do fumo arremessa raios venenosos.
A cólera forma nuvens de princípios destruidores.
A maldade projeta dardos de treva.
O ciúme é uma tempestade interior.
A inveja é atmosfera enregelante.
O egoísmo é casulo de sombra.
A conversação indigna é pasto às entidades viciosas.
A queixa é tradução de ociosidade.
O abuso é sempre inclinação da alma ou queda do sentimento no precipício.
Se você deseja, assim, auxiliar a materialização dos Espíritos elevados, traga aos Mensageiros do Senhor a água viva da
paz, a bênção da fraternidade, o tesouro do entendimento, o concurso da dedicação, o dom da alegria, a beleza do
otimismo, o calor da fé, a claridade da esperança, a luz da cooperação, a segurança da pontualidade, os eflúvios do
carinho e, sobretudo, a fonte aberta da caridade que é Amor Divino, compreendendo, auxiliando, esclarecendo e
levantando, em todas as ocasiões.
Sem esses títulos, o seu propósito de colaborar será, talvez, curiosidade doentia ou improdutiva que não rende senão
espinhos na lavoura do Pomicultor Celeste.
Lembre-se da finalidade, antes do fenômeno, do chamamento do Alto acima das preocupações puramente terrestres.
A Obra de Jesus pede amor e colaboração, bondade e devotamento.
Se pudermos trazer ao Apostolado do Evangelho semelhantes bens, avancemos, confiantes e alegres para o trabalho
em Cristo, mas, se nosso coração ainda está paralítico no velho catre da discórdia e do personalismo inferior,
abstenhamo-nos de perturbar a movimentação dos semeadores do Infinito Bem, a fim de que não nos convertamos
em pedras de tropeço na jornada de nossos irmãos para Deus.”

(André Luiz – A Verdade Responde — Cap. 16 – Editora – IDEAL)

9ª – Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?


“Perfeito, ah! bem sabes que a perfeição não existe na Terra, sem o que não estaríeis nela. Dize, portanto, bom
médium e já é muito, por isso que eles são raros. Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus Espíritos jamais
ousassem, uma tentativa de enganá-lo. O melhor é aquele que, simpatizando somente com os bons Espíritos, tem
sido o menos enganado.”

(O Livro dos Médiuns – questão 226 – item 9 – cap. XX – Allan Kardec – Ed. F.E.B.) – grifo nosso)

Quais os quesitos necessários para nos tornarmos um bom médium? Necessitamos de três tipos de educação:

§ Educação moral: autoevangelização, conhecer o evangelho;


§ Educação doutrinária: é o conhecimento sólido das obras básicas. O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O
Evangelho Segundo o espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Espírita tem que conhecer isso o melhor possível.
Minha responsabilidade lá fora é muito grande, porque os companheiros quando sabem que somos espíritas, o
primeiro problema que eles têm vêm em cima de nós, porque eles dizem que somos conhecedores das coisas dos
espíritos. Se eu não conhecer as obras, como vou orientá-los?;
§ Educação específica: Tenho que conhecer bem o perispírito, saber o que é fluido, conhecer alguma coisa do corpo
humano, porque como posso dar o passe cura sem conhecer? Conhecer os tipos de passes dados na casa espírita.
Saber o que é centro de força.
COMP II 178
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Questão do paciente: a pessoa chega na casa espírita, pode ser já espírita e está com problema e vai tomar o passe de
cura. Muitas vezes, é um companheiro que está trazendo um parente, amigo que não é espírita, para tomar o passe
de cura. É feito o atendimento, conversa-se com o paciente, dá-se o cartão e faz-se as recomendações: “Nas quartas-
feiras quando vier tomar o passe evite tomar bebida alcóolica, fumo, comidas pesadas.” A pessoa chega, vai para sala
tomar o dispersivo e depois vai para a sala da cura.

Se o paciente não for espírita, não tiver conhecimento nenhum, muitas vezes, ele nunca entrou numa sala de cura,
não sabe o que é aquilo, não tem orientação. Olha para um lado, olha para o outro, acompanha tudo para saber o que
vai acontecer. Ela imagina que vai baixar um monte de espírito na frente dele. Você nota na fisionomia que ele está
ansioso. O médium deve levar confiança para o paciente que está ali, desconfiado. Se ele está desconfiado, ele
começa a bloquear o “derramamento” do fluido. Quando você leva a confiança, sua postura de seriedade, ele percebe
que é sério e começa a se acalmar.

Aula dada por Dagoberto de Paula em 27/07/2006 no CELD para o estudo do


17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006

v A pessoa que está dirigindo a sala ir até o médium que recebe a pessoa e não entendeu o que o paciente tem,
tomar o cuidado de não falar alto aquilo que o paciente está relatando. Porque muitas pessoas não querem que
saibam o que elas têm. Têm vergonha. E, por isso, podem deixar de tomar o passe porque falaram alto o que ela
tinha;
v Se um paciente for conduzido à sua direção e disser: “Com esse eu não quero!” Fique tranquilo! Temos que estar
preparados. Se você está conduzindo o paciente nesta hora, não pode obrigar, porque vai desarmonizar o
trabalho. Tem que ter jogo de cintura. E você, que é o médium, está aguardando e o paciente diz que não quer,
entender que é um direito que ele tem.
v Outra coisa: Não podemos esperar que o paciente tenha fé. Porque ele pode estar numa posição defensiva de tal
ordem que, a princípio, a gente olha e pensa: “eu vou dar passe e essa pessoa não vai receber nada, porque está
tão defensivo...” Aí lembramos que existem os passes intercessórios e, por isso, não podemos pensar dessa
maneira e dar o passe de qualquer maneira, de má vontade, nem pensar nisso. Vamos atuar como se fosse um
santo que estivesse sentado ali. Porque existe o passe intercessório que, com certeza, o plano espiritual vai
perceber que ele não está merecendo, mas a companheira, a mãe, o pai que merecem, e o plano espiritual atende
e até cura o indivíduo dessa maneira.

COMP II 179
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Anatomia Aplicada ao Passes

Conceito de Anatomia Humana: Anatomia é definida como o estudo da estrutura de um organismo e das relações
entre suas partes. A palavra anatomia é derivada de duas palavras gregas, que significam “cortar em pedaços”.

Anatomia Humana é o ramo da ciência que estuda a estrutura (morfologia) do corpo humano.

Assim, a Anatomia descreve a forma do coração, qual é o seu tamanho, a sua constituição como está organizado e
onde se situa.

Definições de Anatomia:

ü Anatomia humana: é a ciência da forma e estrutura do corpo e das suas partes.


ü Anatomia macroscópica: refere-se a estruturas macroscópicas descobertas a olho nu.
ü Anatomia microscópica: reconhece a anatomia através do microscópio.
ü Fisiologia humana: estudo das funções do corpo e suas partes.
ü Fisiologia celular: estudo das funções da célula.
ü Citologia: estudo da estrutura e funções das células.
ü Histologia: estudo da estrutura e função dos tecidos.
ü Patologia: estudo de tecidos anormais e de doenças no corpo.
ü Embriologia: estudo do desenvolvimento do ovo fertilizado em um organismo adulto.

Quando estivermos diante de uma pessoa temos que ter uma ideia de como dividir essa pessoa, para saber qual o
lado direito, o lado esquerdo, a parte de cima e a parte de baixo.

Posição Anatômica: a posição é uma posição de referência, que dá significado aos termos
direcionais utilizados na descrição das partes e regiões do corpo. As discussões sobre o
corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área
assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO
ANATÔMICA.

O corpo está numa postura ereta ou em pé, com os braços ao lado do tronco e as palmas
das mãos voltadas para frente. A cabeça e os pés também estão apontados para frente.

Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo,


quando este não se encontra na posição anatômica.

POSIÇÃO SUPINA – o corpo deitado com a face voltada para cima.


POSIÇÃO PRONA – o corpo deitado com a face voltada para baixo.

COMP II 180
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Planos Seccionais: 4 planos são fundamentais.

1 – Plano Mediano: Plano vertical que passa longitudinalmente através do


corpo, dividindo-se em metades direita e esquerda.

2 – Planos Sagitais: São planos verticais que passam através do corpo,


paralelos ao plano mediano.

3 – Plano Frontal: Plano vertical que passa através do corpo em ângulos


retos com o plano mediano, dividindo-o em parte anterior e posterior.

4 – Plano Transverso: Plano horizontal que passa através do corpo em


ângulo reto com o plano coronal e mediano, dividindo-o em partes superior
e inferior.

Planos Tangenciais: suponhamos que o indivíduo, em posição anatômica, esteja


dentro de uma caixa de vidro. As seis paredes que constituem a caixa representariam
os planos tangenciais:

ü Plano Superior: é o que está por cima da cabeça.


ü Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés.
ü Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo.
ü Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores
e inferiores), do lado direito e esquerdo.

Abordagens Anatômicas: As três principais abordagens para estudar anatomia são: regional, sistêmica e clínica.

Anatomia Regional: é o método de estudo do corpo por regiões, como tórax e abdome. A anatomia de superfície é
uma parte essencial do estudo da anatomia regional.

Anatomia Sistêmica: é o método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema circulatório e reprodutor.

Anatomia Clínica: enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a prática da medicina e outras
ciências da saúde.

O Copo Humano é composto de: células, tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas.

COMP II 181
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
APARELHO LOCOMOTOR

Divide-se em: Sistema Esquelético, Sistema Articular, Sistema Muscular.

SISTEMA ESQUELÉTICO

Funções:

§ Suporte do corpo – os ossos vão estruturar o suporte do corpo;


§ Proteção aos órgãos vitais – a caixa torácica protege os pulmões, o coração, vasos principais, aorta torácica,
protege o esôfago. O cérebro é protegido pela caixa craniana. A medula espinhal é protegida pelas vértebras, que
possuem na parte posterior uma espécie de canal por onde passa a medula;
§ Movimento – sem os ossos, a estrutura rígida não nos movimentaríamos;
§ Produz células sanguíneas;
§ Armazenamento de sais minerais: fósforo, cálcio.

O esqueleto é dividido em 4 partes:

1ª – Cabeça;
2ª – Coluna Vertebral;
3ª – Tórax;
4ª – Membros.

Quantidade de ossos do corpo humano:

Uma pessoa adulta tem cerca de 206 ossos, que estão dispostos da seguinte maneira:

ü ossos cranianos (8)


ü ossos faciais (14)
ü orelha (3)
ü pescoço (8)
ü tórax (44)
ü abdômen (7)
ü membros superiores (62)
ü membros inferiores (60)

Em contrapartida, a quantidade de ossos existente no corpo humano infantil é diferente. Um bebê nasce com
aproximadamente 300 ossos, porém, com o passar do tempo alguns ossos do crânio se fundem.

O crânio do recém nascido é dividido em uma quantidade maior de ossos, unidos por cartilagem que com o tempo se
solidifica. Esse processo é denominado de ossificação.

Tipos de ossos

Os ossos podem ser classificados em quatro tipos: longo, curto, plano e irregular.

COMP II 182
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Ossos longos - São aqueles que possuem o


comprimento maior que a largura.

Ossos curtos - Apresentam comprimento e


largura quase do mesmo tamanho.

Ossos planos - São ossos relativamente finos


com importantes regiões de fixação muscular.
Os principais são: costelas, crânio, esterno e
escápulas.

Ossos irregulares - Possuem formatos


variados e complexos. Como exemplo temos
as vértebras e os ossos da face.

COMP II 183
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Maior osso do corpo

O fêmur é considerado o maior osso do corpo humano. Ele encontra-se localizado na coxa, entre o quadril e o joelho,
sendo um dos ossos mais importantes do nosso corpo.

O fêmur consegue suportar grandes pressões e cargas, nos dando equilíbrio e sustentação. Com ele podemos correr,
andar, agachar, chutar, pular e entre outras coisas.

Menor osso do corpo

O estribo é considerado o menor osso do corpo humano. Ele encontra-se localizado na orelha média e exerce
importante função na audição. É classificado como um ossículo. Mede em torno de 0,25 cm e caso seja lesionado, não
é possível sua restituição natural e o indivíduo terá sua audição prejudicada.

Importância dos ossos

Os ossos apresentam enorme importância para nós vertebrados, pois possibilitou muitas vantagens de deslocamento
e sustentação corporal. Os ossos protegem os órgãos vitais, como cérebro, coração e pulmões, atuam como reserva
de minerais (cálcio e fósforo), produzem células sanguíneas e sustentam alguns tecidos do nosso corpo.

COMP II 184
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

SISTEMA ARTICULAR
Articulações – Anatomia e funções do sistema articular

Os ossos e cartilagens do esqueleto humano mantêm-se unidos por meio de articulações.

A função das articulações no corpo humano é realizar o movimento e a ação do corpo humano; sem o sistema
articular o esqueleto permaneceria rígido e imóvel.

Uma articulação é o lugar onde um osso se une a outro, ou onde os ossos se “articulam”. No sistema articular as
articulações são classificadas como:

q Móveis;
q Semimóveis;
q Imóveis.

Quase todas são móveis e classificam-se em diferentes tipos: as de cabeça e cavidade como a do quadril; as de tipo
dobradiça como a do joelho; as pivotantes, como a do crânio com a coluna vertebral; e as deslizantes.

COMP II 185
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Anatomia do sistema articular
As extremidades dos ossos nas articulações móveis são em geral dilatadas e se encaixam muito bem. As extremidades
dos ossos nas articulações são cobertas por cartilagens que substituem o periósteo. A cartilagem, por sua vez, está
coberta, na extremidade, por uma membrana, exceto nos lugares onde os ossos se articulam.

Essa membrana chama-se membrana sinovial e segrega um fluido que conserva as articulações permanentemente
lubrificadas. Esse fluido evita a fricção quando as partes se movem e o desgaste da cartilagem e da extremidade do
osso, colaborando para a conservação e bom funcionamento do sistema articular.

Cartilagens das articulações


A cartilagem é dura, lisa e elástica e forma uma cobertura para todas as articulações móveis. Cada vértebra, por
exemplo, tem, na extremidade, pequenas almofadas circulares de cartilagem. Quanto à dureza, as cartilagens vêm
imediatamente depois dos ossos e encontram-se em todas as partes do corpo onde é necessário tecido duro.

Ligamentos do sistema articular


Os ligamentos são cordões fibrosos e muito resistentes, que unem os ossos nas articulações e os fixam em seu lugar.
Embora não sejam elásticos, entrelaçam-se de forma a permitir os movimentos próprios das articulações.

Outro tipo de ligamento, que na realidade constitui um tecido peritoneal modificado, fixa em seu local os órgãos
principais. Uma forma elástica de ligamento é encontrada nas vértebras, local do sistema articular que requer
movimentos de considerável amplitude, como o dobrar das costas. Nessa região, os ligamentos se estiram até
tornarem-se rígidos para sustentar as partes diversas com firmeza.

Classificação das Articulações


As articulações são classificadas com base na capacidade de realização dos movimentos e pelo tipo de tecido de união
entre os ossos a serem articulados, dividindo-se em:

q FIBROSA / FIXA / SINARTROSE;


q CARTILAGEM / SEMIMOVEL / ANFIARTROSE;
q SINOVEL / MÓVEL / DIARTROSE.
COMP II 186
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Sinartrose
O elemento que une as peças ósseas nesse tipo de articulação é o tecido fibroso. Pelo fato de o tecido fibroso ser
demasiadamente rígido, ocorre que acaba por não permitir movimentos entre as peças ósseas interligadas pelo
mesmo.

Os tipos de articulações Sinartrose são divididos em sutura, sindesmose e gonfose.

Tipos de articulações Sinartrose


As Suturas são formadas por um tecido fibroso denso. Um exemplo de local do sistema articular do corpo humano
que possui as articulações ligadas pela sinartrose é o crânio, cuja maioria dos ossos que constituem a calota craniana
são interligados na forma de suturas.

A Sindesmose é o tipo em que as articulações unem-se através de uma camada de tecido


composto por fibras colágenas e extensa, constituindo um ligamento que limita os
movimentos entre os ossos. Um exemplo desse tipo de articulação no sistema articular é a
articulação tíbio-fibular.

A Gonfose é o tipo de articulação localizada entre os dentes e


os alvéolos dentários, não permitindo a movimentação entre
os mesmos. Apesar de manterem os dentes fixos e sem
possibilidade de movimentações, possuem certa flexibilidade
para que ocorram absorções de impactos ou pressões
provenientes de mordeduras. Além disso, permitem a troca de
dentes em crianças.

COMP II 187
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Articulação Anfiartrose
Os elementos que unem as peças ósseas nesse tipo de articulação são as cartilagens hialinas ou fibrocartilagens.
Nesse tipo de união, permitem-se articulações semimóveis, como por exemplo nos discos inter vertebrais, que
permitem um certo movimento e, ao mesmo tempo, uma boa absorção de impactos.
Outro exemplo de articulação deste tipo que pode ser citado são as cartilagens costais, que permitem com que por a
caixa torácica trabalhe de maneira maleável, permitindo assim os movimentos dos pulmões durante os atos de
inspiração e a expiração

As articulações Anfiartroses são classificadas pela sua composição, dividindo-se em:

§ Sincondroses: Articulações de cartilagem hialina;


§ Sínfeses: Articulações e fibrocartilagens.

Sincondrose – Cartilagens costais

Articulação Diartrose – Sistema articular

No sistema articular, a Diartrose é composta por


uma capsula articular, na qual o lado externo
possui uma camada de tecido fibroso. O conjunto
é fechado pela cápsula articular recoberta por
fina membrana, a sinovial, que produz um fluido
lubrificante, o líquido sinovial. As articulações
movem-se e se reforçam por meio de fibras
musculares e tendões distribuídos ao seu redor.

COMP II 188
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O liquido sinovial é resultado de uma filtragem do plasma sanguíneo, sendo caracterizado por uma rica concentração
de ácido hialurônico, que é produzido pelas células da camada sinovial.

O líquido sinovial é incolor e viscoso, fornece nutrientes e lubrifica as cartilagens localizadas entre os ossos a serem
articulados, permitindo movimentos amplos e suaves. A Diartrose também é conhecida como articulação Sinovial, por
conta das características supracitadas.

Tipos de articulações Diartroses


Articulação Uniaxial

Dividida em:

– Dobradiça ou Ginglimo, que possibilita os movimentos de


extensão e flexão, como no caso das articulações do cotovelo e do
joelho (que conta com os meniscos como amortecedores de
impacto);

– Pivô ou Trocóide, que possibilita os movimentos de rotação, quando um


osso desliza sobreposto a um osso fixo. Um exemplo no sistema articular é o
caso da articulação rádio-ulnar;

– Plana ou Artródia, que no sistema articular é quando o movimento de


deslizamento é realizado de maneira que a articulação se mova para frente e
para trás, como no caso da mandíbula.

COMP II 189
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Articulação Biaxial
Dividida em:

§ Condilar, que possibilita a direção de movimento das articulações em dois eixos, como o pulso por exemplo;
§ Selar, que possibilita os movimentos de adução, abdução, flexão e extensão, como os metacarpos.

Triaxial
No sistema articular, as triaxiais possuem movimentos em torno de três eixos, permitindo a rotação, abdução,
adução, flexão e extensão. Um exemplo desse tipo de articulação é o quadril.

Poliaxial
Quando a articulação tem a propriedade de se movimentar em torno de múltiplos eixos, como nas articulações do
ombro, sendo o tipo com maior variação de movimentos do sistema articular.

O sistema muscular
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo
humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.

Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar,
nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo,
urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar...

A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do
sistema nervoso.

COMP II 190
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Tipos de músculos

No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e músculos pequenos, como certos músculos da face.
Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio, entre outros); ou
fusiformes (como os do braço).

Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculo no corpo humano:

q Músculo não estriado (músculo liso);


q Músculo estriado esquelético;
q Músculo estriado cardíaco.

Os músculos não estriados têm contração lenta e involuntária, isto é, os movimentos por eles gerados ocorrem
independentemente da nossa vontade.

Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos pêlos na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de
órgãos como o esôfago, o estômago, o intestino, as veias e as artérias, ou seja, músculos associados aos movimentos
peristálticos e ao fluxo de sangue no organismo.

Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos geralmente por meio de cordões fibrosos, chamados tendões.
Possuem contração vigorosa e voluntária, isto é, seus movimentos obedecem a nossa vontade. Exemplos: os músculos
das pernas, dos pés, dos braços e das mãos. O músculo estriado cardíaco é o miocárdio, o músculo do coração, que
promove os batimentos cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária.

O trabalho muscular

Uma das principais propriedades dos músculos é a capacidade de se contrair; a contratilidade; é ela que torna
possíveis os movimentos.

No caso dos músculos estriados esqueléticos, os ossos atuam como alavancas e permitem a efetivação do movimento.
Às vezes, o movimento é possível graças ao trabalho antagônico de dois músculos. Por exemplo: quando você dobra
um braço, o bíceps braquial se contrai, diminui no comprimento e aumenta na espessura. Ao mesmo tempo, o tríceps
braquial relaxa. Ao esticar o braço, a situação se inverte: o bíceps braquial relaxa, voltando ao tamanho normal, e o
tríceps braquial se contrai.

COMP II 191
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A fadiga muscular

Quando uma pessoa realiza um esforço muscular muito intenso, é comum ela ficar cansada e sentir dores na região
muscular mais solicitada. É a fadiga muscular, que ocorre por causa do acúmulo de ácido lático no músculo.

Em situação de intensa atividade muscular, os músculos estriados esqueléticos necessitam de muita energia. Essa
energia é obtida pela “queima” de alimento com o uso de gás oxigênio. Mas, nesse caso, parte da energia necessária
para a atividade muscular é obtida também por um tipo de fermentação, um mecanismo de “queima” de alimento
sem utilização gás oxigênio. A fermentação que ocorre no músculo é chamada fermentação láctica, pois gera ácido
láctico como produto final.

Após um período de repouso, o ácido láctico presente no músculo da pessoa é “queimado”, e as dores musculares
desaparecem.

Músculos e fibras

Ao observar um pedaço de carne crua, percebemos que ela é formada por


inúmeros fios paralelos e presos uns aos outros por tecido conjuntivo (parte
branca e pelanca). Depois do cozimento, o tecido conjuntivo se altera e já não
prende tão bem esses fios. Assim, fica fácil desfiar a carne.

Os fios observados são feixes de fibras musculares. Cada fibra muscular ou miócito
é uma célula longa e fina, com muitos núcleos e com o citoplasma ocupado por
filamentos microscópicos chamados miofibrilas. As miofibrilas permitem a
contração muscular e, portanto, nossos movimentos.

Os músculos estriados são as vezes chamados de “músculos vermelhos”, por causa


de uma proteína chamada de mioglobina. Essa proteína é uma espécie de
“parente” da hemoglobina das hemácias: tem um quarto do tamanho dela, é
vermelha e capaz de se combinar com o gás oxigênio. A mioglobina funciona como
um reservatório do gás oxigênio para as atividades musculares.

Nos mamíferos aquáticos, a mioglobina é particularmente abundante. É o caso de animais como as focas, as baleias,
os leões-marinhos e os golfinhos. Se comparados com mamíferos terrestres, esses animais aquáticos possuem mais
glóbulos vermelhos e alvéolos pulmonares mais desenvolvidos e em maior número. E, nos músculos, a grande
presença de mioglobina garante um notável armazenamento de gás oxigênio.

Tudo isso contribui para que possam mergulhar e permanecer submersos na água por períodos relativamente longos.

COMP II 192
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A fadiga muscular

Quando uma pessoa realiza um esforço muscular muito intenso, é comum ela ficar cansada e sentir dores na região
muscular mais solicitada. É a fadiga muscular, que ocorre por causa do acúmulo de ácido lático no músculo.

Em situação de intensa atividade muscular, os músculos estriados esqueléticos necessitam de muita energia. Essa
energia é obtida pela “queima” de alimento com o uso de gás oxigênio. Mas, nesse caso, parte da energia necessária
para a atividade muscular é obtida também por um tipo de fermentação, um mecanismo de “queima” de alimento
sem utilização gás oxigênio. A fermentação que ocorre no músculo é chamada fermentação láctica, pois gera ácido
láctico como produto final.

Após um período de repouso, o ácido láctico presente no músculo da pessoa é “queimado”, e as dores musculares
desaparecem.

MUSCULATURA ESQUELÉTICA
Temos aproximadamente 212 músculos, sendo 112 na região frontal e 100 na região dorsal. Cada músculo possui o
seu nervo motor, o qual divide-se em várias fibras para poder controlar todas as células do músculo através da placa
motora.

O sistema muscular é capaz de efetuar imensa variedade de movimento, sendo todas essas contrações musculares
controladas e coordenadas pelo cérebro.

COMP II 193
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

SISTEMA NERVOSO
Divide-se em: Sistema Nervoso Central e Periférico.

Sistema Nervoso Central: Encéfalo (cérebro, tronco cerebral, cerebelo) e Medula Espinhal (cervical, torácica e lombo-
sacra).
Sistema Nervoso Periférico: Nervos (motores e sensitivos ou mistos), Cranianos, Periféricos, Autonômicos e Plexos.

Nervos Cranianos são 12 pares:

I – Nervo Olfatório – é um nervo sensitivo, com a função de olfação, sua origem se dá no bulbo olfatório.

II – Nervo Óptico – Passa pelo forame óptico e tem função de visão, sua origem se dá na retina. Chega até o crânio
pelo canal óptico.

III – Nervo Óculo-Motor – Tem a função de motricidade dos músculos ciliar, esfincter da pupila e grande parte dos
músculos extrínsecos do bulbo do olho, sua origem se dá nos pedúnculos cerebrais.

IV – Nervo Troclear – Passa pela fissura orbital superior, tem a função de motricidade do músculo oblíquo superior do
bulbo do olho, é originado nos pedúnculos cerebrais.

V – Nervo Trigêmio – é um nervo misto, pois é responsável pelos movimentos da mastigação e percepções sensoriais
da face, seios da face e dentes. Sua origem se dá no portio maior e portio menor. A raiz motora do trigêmeo é
constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigatórios.
O nervo trigêmio é dividido em três partes nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular.

COMP II 194
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
VI – Nervo Abducente – Passa pela fissura orbital superior, desempenha a motricidade do músculo reto lateral do
bulbo do olho, sua origem se dá no sulco bulbar.

VII – Nervo Facial – Também é um nervo misto, pois possui uma raiz motora e outra sensorial gustativa. O nervo facial
dá inervação motora os músculos cutâneos da cabeça e pescoço. A raiz motora é formada pelo nervo facial, e a raiz
motora é chamada de nervo intermédio. A origem se dá no sulco pontino inferior.

VIII – Nervo Vestíbulo-Coclear – A função deste nervo é orientar a movimentação e audição. É um nervo sensitivo. As
fibras do nervo vestíbulo-coclear auxiliam impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio e audição.

IX – Nervo Glossofaríngeo – Este nervo tem percepções gustativa no posterior da língua e sensoriais da faringe, laringe
e palato. É um nervo misto.

X – Nervo Vago – Este nervo tem percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. É um nervo misto,
Originado no soalho do 4° ventrículo.

XI – Nervo Acessório – Este nervo é que dá controle motor para a faringe, laringe, palato, músculos
esternocleidomastóideo e trapézio. É constituído por uma raiz craniana e outra espinhal. É originado no bulbo.

XII – Nervo Hipoglosso – Este nervo é que tem motricidade sobre os músculos da língua, com exceção do músculo
palato glosso. O nervo hipoglosso sai do crânio e vai até os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. Sua origem se
dá no bulbo e passa pelo forame condiliano anterior.

Nervos Autonômicos: vão para os órgãos internos. São involuntários.

Simpáticos: cervical, torácica e lombar.

Parassimpáticos: crânio e sacral.

Nervos Espinhais: são em 31 pares. Partem da medula espinhal para os membros superiores e inferiores. São
voluntários.

Aparelho Digestivo

O Sistema Digestório é também conhecido como Sistema


Digestivo ou Aparelho Digestivo. Ele é formado por um conjunto
de órgãos que atuam no corpo humano.

A ação desses órgãos está relacionada ao processo de


transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na
absorção dos nutrientes.

Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos.

COMP II 195
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Componentes:

§ Boca: lábios, bochechas, dentes;


§ Língua: estrutura móvel composto de músculo e coberta por numerosos botões
gustativos;
§ Palato duro e mole;
§ Faringe;
§ Esôfago: vai da faringe ao estômago;
§ Estômago: porção mais dilatada do tubo digestivo. Consiste em fundo, corpo e
antropiloro;
§ Intestino delgado: estende-se da extremidade distal do piloro até o ceco. Tem
6,5 metros. Divide-se em duodeno, jejuno, íleo. Tem numerosas vilosidades para
fins de absorção dos alimentos;
§ Intestino grosso: Difere do delgado por não haver vilosidades. Há estruturas
próprias como tenia coli, apêndice, haustros; divide-se em ceco, colón
ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto (e sigmóide).

Sistema Respiratório

O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção


do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado
das células.

Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que


compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe,
traqueia e brônquios.

Funções do Sistema Respiratório

Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça a seguir as funções
desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.

Funções do Sistema Respiratório

Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça a seguir as funções
desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.

Equilíbrio ácido-base

O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.

Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar informações para os
controladores da respiração.
COMP II 196
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Produção de sons

A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na
respiração.

São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.

Defesa pulmonar

Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as impurezas contidas no ambiente atmosférico. A inspiração de


microrganismos se torna inevitável.

Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua vez, são
realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos.

Conheça a seguir quais são os órgãos do Sistema Respiratório e como eles atuam no nosso corpo.

Órgãos do Sistema Respiratório

Cavidades Nasais

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e


separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e
terminam na faringe.

No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro
de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo
aos pulmões.

A membrana que reveste as cavidades nasais contém células


produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos
sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema
respiratório e do sistema digestório.

Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica
com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

COMP II 197
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Laringe

A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da


laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição.

Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as


cordas vocais.

Traqueia

A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a


vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta.

Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é


aquecido, umidificado e filtrado.

Brônquios

Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados


também por anéis cartilaginosos.

Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em


diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão
formando os bronquíolos.

Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes,


formando a árvore brônquica.
A traqueia, o brônquio, os bronquíolos e os alvéolos desempenham
importantes funções

Pulmões

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos


esponjosos situados na caixa torácica. Eles são responsáveis
pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da
respiração.

Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada


pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200
milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de
uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares.

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas gasosas entre o ambiente,
denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros
vasos sanguíneos bem finos, os capilares.
COMP II 198
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular ou sistema


circulatório humano é responsável pela
circulação do sangue, de modo a transportar os
nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O
Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos
sanguíneos e o coração.

Vasos Sanguíneos
Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo.
Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para
as outras partes do corpo.

A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as
paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.

As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se
ramificam ainda mais formando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o
coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão
do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos,
faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração.

Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue
venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões
para o coração.

COMP II 199
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Vasos Capilares

Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular,
formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.

Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias (nutrientes,
oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa.

Coração

O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se


localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de
bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o
corpo.

É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada


pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são
revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes
são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o
responsável pelas contrações do coração.

O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e
duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os
átrios.

O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No entanto, não há
comunicação entre os dois átrios, nem entre os dois ventrículos.

Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo
direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.

O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue
é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue.

Pulsação
A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue
para as artérias, ou a cada batida do coração.

Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos
cardíacos.

Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo,
indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.

As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios.
COMP II 200
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Funções do Sistema Cardiovascular


Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono,
comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.

Transporte de nutrientes: no tubo digestório, os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino
epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "autoestrada", os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos
quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células.

Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns
órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos
de excreção é feito pelo sangue.

Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e
capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo
duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da
vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.

Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas
em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas,
liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.

Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas partes do
organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar
calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.

Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da
defesa contra agentes infecciosos.

Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula óssea
(megacariócito), com função na coagulação sanguínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de
bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.

Sistema Urinário

O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e


eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que
circula no organismo.

O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada
por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

COMP II 201
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Rins

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna
vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho
aproximado de uma mão fechada.

Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres.
As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada
glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.

Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é


chamada néfron, que é formada pelos glomérulos, pela
cápsula glomerular e pelo túbulo renal.

Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e


partículas pequenas nela dissolvidas, como sais minerais,
ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os
glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa
para o túbulo renal.

Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas


nesse líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à
circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma
pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido
úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias.
Observe no esquema ao lado as fases de formação da urina
dentro no néfron.

COMP II 202
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Vias Urinárias
As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.

Bexiga Urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está


situada na parte inferior do abdome com a função de
acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga
recebe e armazena temporariamente a urina e quando o
volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos
da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso,
fazendo com que tenhamos vontade de urinar.

Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção.
Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada
para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de
comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do
corpo, e também o esperma.

Sistema Urinário Masculino

O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que


a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior,
também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação.
Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a
uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do
orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral
externa na extremidade do pênis.

COMP II 203
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Sistema Urinário Feminino

O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da


bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o
masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da
anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de
infecções urinárias nas mulheres.

Sistema Endócrino

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no
sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um
grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo,
suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do


cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do
crescimento.

É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o


funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas
sexuais.

O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo


(crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo.

Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH),


substância que permite ao corpo economizar água na excreção
(formação da urina).

COMP II 204
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio


que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção
do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera


todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do
corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar
mais energia.

Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e


vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada
pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e
também a exoftalmia (olhos saltados).

O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais
lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais
lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e
se não tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio,
hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.

A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam
violentamente.

Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento
da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os
quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido
contra infecções.

Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar.
Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a
ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:

COMP II 205
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
q Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de
correr ou de se exaltar em situações tensas;
q Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células;
q Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos
esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático,
que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.

A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento
no fígado, na forma de glicogênio.

A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue
(hiperglicemia).

O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de
açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em
muitos caso, ao desmaio.

Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de
glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema
reprodutor masculino respectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários
produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona,
responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros
volumosos etc.

Sentidos do Corpo Humano


O corpo humano é composto de cinco sentidos: a visão, o olfato, o paladar, a audição e o
tato.

Eles fazem parte do sistema sensorial, responsável por enviar as informações obtidas para o
sistema nervoso central que, por sua vez, analisa e processa a informação recebida.

Essas capacidades estão relacionadas com órgãos ou partes do corpo humano (olhos, nariz,
boca, ouvidos, mãos) e correspondem às percepções dos homens no mundo.

São realizadas por meio do processo de tradução, análise e processamento das informações
sensoriais, o que muitas vezes, determinou a sobrevivência dos seres humanos, bem como
dos animais no planeta terra.

COMP II 206
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os Cinco Sentidos
Visão

Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão, uma vez que eles visualizam o objeto e mandam a
mensagem para o cérebro que faz a decodificação, interpretando-a.

Olfato

O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato, ou seja, a propriedade de sentir o cheiro ou odor das coisas.

Dessa maneira, o nariz capta os odores e envia a mensagem para o cérebro, que processa as informações.

Paladar

A língua é o órgão responsável pelo sentido do paladar, uma vez que capta e distingui o sabor dos alimentos (salgado,
doce, azedo, amargo), além das sensações de quente e frio.

Assim, as papilas gustativas decodificam o sabor e enviam as informações para o cérebro.

Audição

Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição, na medida em que detectam os sons, ruídos e barulhos do
exterior, e enviam essas mensagens para o cérebro, que as interpreta.

Tato

O tato é caracterizado pela sensação do toque e, por isso, está relacionado com o contato com a pele, através dos
neurônios sensoriais responsáveis por enviarem as mensagens para o cérebro.

Embora esteja muitas vezes relacionadas com as mãos, esse sentido humano envolve qualquer tipo de sensação
experimentada pela pele, seja pelos pés, barriga, pernas, dentre outros.

Curiosidades

O chamado “sexto sentido” refere-se à percepção extra sensorial, muitas vezes pautada na espiritualidade. Ademais,
costuma-se dizer que as mulheres possuem o sexto sentido mais aguçado.

Já foi comprovado que pessoas que sofrem com alguma deficiência relacionada ao sistema sensorial, acabam
desenvolvendo e aguçando mais outros sentidos, por exemplo, um cego que desenvolve mais sua capacidade de ouvir
ou até mesmo de tatear, como os livros em língua braile para os deficientes visuais.

***

COMP II 207
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os Cinco Sentidos
Visão

Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão, uma vez que eles visualizam o objeto e mandam a
mensagem para o cérebro que faz a decodificação, interpretando-a.

Olfato

O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato, ou seja, a propriedade de sentir o cheiro ou odor das coisas.

Dessa maneira, o nariz capta os odores e envia a mensagem para o cérebro, que processa as informações.

Paladar

A língua é o órgão responsável pelo sentido do paladar, uma vez que capta e distingui o sabor dos alimentos (salgado,
doce, azedo, amargo), além das sensações de quente e frio.

Assim, as papilas gustativas decodificam o sabor e enviam as informações para o cérebro.

Audição

Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição, na medida em que detectam os sons, ruídos e barulhos do
exterior, e enviam essas mensagens para o cérebro, que as interpreta.

Tato

O tato é caracterizado pela sensação do toque e, por isso, está relacionado com o contato com a pele, através dos
neurônios sensoriais responsáveis por enviarem as mensagens para o cérebro.

Embora esteja muitas vezes relacionadas com as mãos, esse sentido humano envolve qualquer tipo de sensação
experimentada pela pele, seja pelos pés, barriga, pernas, dentre outros.

Curiosidades

O chamado “sexto sentido” refere-se à percepção extra sensorial, muitas vezes pautada na espiritualidade. Ademais,
costuma-se dizer que as mulheres possuem o sexto sentido mais aguçado.

Já foi comprovado que pessoas que sofrem com alguma deficiência relacionada ao sistema sensorial, acabam
desenvolvendo e aguçando mais outros sentidos, por exemplo, um cego que desenvolve mais sua capacidade de ouvir
ou até mesmo de tatear, como os livros em língua braile para os deficientes visuais.

***

COMP II 208
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Centros de Força

Centros de Força ou Rodas são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etéreo, pelos
quais transitam os fluidos energéticos de uns para outros dos envoltórios exteriores do espírito encarnado. No
homem comum, o centro de força se apresenta como um círculo de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase
sem brilho; porém, no homem espiritual, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.

Quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior capacidade de


energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades oferece em relação
ao emprego dessa mesma energia; e como as faculdades psíquicas são
afetadas e estão, em grande parte, subordinadas ao funcionamento dos
centros de força, compreende-se que o maior desenvolvimento de um deles
acarreta o desenvolvimento da faculdade psíquica correspondente e vice-
versa.

Passes e Radiações (Edgard Armond)

No perispírito possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que


governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da inteligência, nos
círculos de ação em que demoramos, recursos estes, adquiridos
vagarosamente pelo ser, em milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos
setores da atividade anímica, assim que, segundo a atividade funcional dos
órgãos relacionados a fisiologia terrena, nele identificamos os centros de
força".

Analisando a fisiologia do perispírito, classificamos os seus centros de força,


aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre".

O centro coronário

O centro coronário, que na terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de
mil pétalas porque tem a forma de pires e é composto por 12 pétalas douradas centrais e
um conjunto de 960 pétalas secundárias dispostas em volta das primeiras e também por ser
o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a
ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.

Está localizado aproximadamente a seis centímetros acima do alto da cabeça. Esse centro recebe em primeiro lugar os
estímulos do espírito, comandando os demais; vibra com eles em justo regime de interdependência. Considerando em
nossa exposição aos fenômenos do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos da simplicidade em nossas definições,
devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o
responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos
indispensáveis a estabilidade orgânica. É por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da
espiritualidade Superior, capazes de fornecer a sublimação da alma. Influi sobre o desenvolvimento mediúnico por sua
ligação com a epífise. A reativação dá continuidade de consciência no sono e nos desdobramentos.
Cores Básicas: núcleo dourado, pétalas violetas douradas.
Localização: Acima da cabeça.
COMP II 209
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O centro frontal
Ordena as percepções de variadas espécies, percepções essas que na vestimenta carnal
constituem a visão, a audição, tato e a vasta rede de processos de inteligência que dizem
respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no centro Cerebral que possuímos o
comando do núcleo endocrínico. Influi no desenvolvimento da vidência; tem ligações com
a hipófise.

Está localizado na fronte, entre as sobrancelhas, e se compõe de 48 raios, dividido em duas porções. É o centro de
força da espiritualidade superior. Nos fenômenos mediúnicos, é possível provocar a incorporação de qualquer espírito
desencarnado (ou encarnado que esteja desdobrado do corpo físico) tocando com um dedo na área desse centro de
força, no médium, e ao mesmo tempo projetando energia para sintonizá-lo com o espírito comunicante. O centro
frontal, se compõe de noventa e seis pétalas. Está particularmente inter-relacionado com o centro coronário. De fato,
em algumas das escrituras tibetanas, ele não é mencionado em separado, sendo considerado parte do "lótus de mil
pétalas". Quanto à sua estrutura, o centro de força frontal difere dos outros centros pois parece estar dividido em dois
segmentos, um metade cor-de-rosa e metade amarelo, e o outro azul e roxo. Este centro está relacionada com a
glândula pituitária. Este centro de força diz respeito fundamentalmente à integração das ideias e à experiência com a
capacidade de organização.
Cores Básicas: roxo, cor de rosa, amarelo e azul.
Localização: Entre os olhos

O centro laríngeo
Preside os fenômenos vocais, inclusive as atividades do timo, da tireoide e das
paratireoides. Auxilia o Homem no desenvolvimento da audição (sons provindos do plano
astral). Situado sobre a garganta, em frente à cartilagem tireoide, esse centro de força tem
faixas de frequências energéticas distribuídas pelos dezesseis raios que o compõem.

Prateado e brilhante, o próprio brilho do vórtice mostra que ele é de frequência vibratória superior. Uma das suas
funções é aumentar o consumo de oxigênio, e ela regula portanto os processos de crescimento e diferenciação de
tecidos. A glândula produz o hormônio tireoidiano para o controle do metabolismo, e a calcitonina que ajuda a reduzir
o cálcio no sangue. A glândula tiroide é essencial para o bom funcionamento normal do organismo, uma vez que se
intensifica a síntese de proteína virtualmente em todos os tecidos do corpo. O centro de força laríngeo está ligado aos
centros de força coronário e frontal em determinados estados em que ocorre a expansão da consciência, além de ser
especialmente importante no que diz respeito às interligações entre os campos mental e etérico. As ligações deste
centro de força com o corpo físico ocorrem através das glândulas tireoide e paratireoide, às quais fornece energia. Do
ponto de vista da clarividência, uma cor límpida e um ritmo regular no centro laríngeo etérico apontam uma tireoide
saudável.
Cores Básicas: prata e azul.
Localização: base do pescoço

O centro cardíaco
Responsável pelo equilíbrio e intercâmbio das emoções (sentimentos). Sobre o coração,
este é de um dourado brilhante e se divide em doze partes ou raios. Está ligado às
emoções superiores, afetos e sentimentos. Nele residem, por exemplo, a bondade, a
afeição, a piedade e também o ódio. Em suma, as emoções sob vontade.

COMP II 210
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
As violentas e descontroladas afetam diretamente a fisiologia do coração que pode sofrer até mesmo uma parada,
provocando a morte. O centro cardíaco está situado a meio caminho entre as omoplatas. Na pessoa normal, ele tem
cerca de seis centímetros de diâmetro, sendo composto de doze pétalas de um reluzente amarelo dourado. Uma cor
límpida e um ritmo regular denotam uma condição saudável no coração, em um corpo físico vigoroso. No Tantrismo, o
movimento é considerado sua qualidade característica. Este centro de força está ligado às dimensões superiores da
consciência e ao senso de existência da pessoa, e está estreitamente relacionado com as doze pétalas douradas do
centro de força coronário. O centro cardíaco registra a qualidade e o poder do amor na vida do indivíduo. Quando
alguém transforma os desejos e paixões pessoais no amor e compaixão universais por seus semelhantes, o coração
transforma-se no foco das energias que se concentravam anteriormente no plexo solar.
Cores Básicas: rosa e dourado brilhante.
Localização: Entre os Omoplatas

O centro esplênico (mesentérico)

Regula a entrada de energia vital no duplo etérico do homem. Localizado sobre o baço, a
vitalidade que distribui é superior à do básico, quanto ao nível de frequência. Centro de
força da vida vegetativa, compõe-se é mais brilhante que o anterior e tem colorido
variável. Apresenta grande importância nos fenômenos mediúnicos, pois é através de seu
campo magnético que os espíritos incorporam nos médiuns.

As descrições dos centros de força variam, e em algumas tradições e centro localizado acima do baço é considerado
como um dos sete principais centros; em outras, é tido como subsidiário. Segundo as observações, o centro de força
esplênico não é considerado um dos principais, desempenhando contudo um papel bastante importante no sistema
de centros de forças. Este centro possui seis pétalas ou seções que revelam todo um espectro de cores, com
predominância do amarelo e do vermelho rosado. Sua função mais importante é absorver a vitalidade do campo
energético, modificá-la, e depois distribuí-la aos outros centros. O centro de força esplênico está situado à esquerda
do abdômen, logo abaixo da décima costela, e está ligado ao baço no corpo físico. Este centro possui em geral uma
aparência brilhante e reluzente. Como é o principal transmissor de energia vital para o corpo físico, sua função mais
importante repousa em sua habilidade de absorver a distribuir vitalidade.
Cores Básicas: multicolorido com predominância do amarelo e cor-de-rosa
Localização: a esquerda do abdômen, abaixo da 10ª costela

O centro gástrico (solar)

Confere ao homem a sensibilidade (intuições e percepções). De coloração que vai do


avermelhado ao esverdeado, está ligado à fisiologia da alma, ao campo das emoções e
sentimentos primários, e também ao sistema nervoso, razão porque as emoções violentas
paralisam a digestão e repercutem sobre o fígado.

O centro de força do plexo solar ou umbilical está situado na região no umbigo. Possui dez pétalas, e em condições
normais é multicolorido, com predominância das cores vermelha e verde. Flutuações no ritmo, a hiperatividade, e
distúrbios nos padrões de cor desse centro denotam uma pessoa que se identifica extremamente com as emoções,
tendo dificuldades em controlar os sentimentos. Com relação ao campo emocional, este é o centro de força mais
importante, visto que está situado no ponto em que a energia astral penetra no campo etérico. Ele também está
estreitamente relacionado com os centros de forças do coração e da garganta (laríngeo). Na vida de uma pessoa
comum, o centro gástrico é provavelmente o centro mais importante e mais ativo, uma vez que está extremamente
envolvido com a vida emocional. Por este motivo, quando o estresse ou problemas emocionais afetam o sistema
digestivo, ocorrem distúrbios na região do plexo solar
Cores Básicas: multicolorido: vermelho e verde
Localização: umbigo COMP II 211
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O centro genésico (hipogástrico)
Onde se localiza o santuário do sexo como templo modelador de formas e estabelecedor
de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e a realização entre as almas.
A reativação aumenta a libido em grau imprevisível, podendo levar ao esgotamento e ao
desequilíbrio, provocando muitas vezes vampirismo, sendo, portando, desaconselhável.

Localiza-se na base da coluna vertebral, na região do cóccix. Segundo os clarividentes, este centro de força – o mais
primário de todos - compõe-se de quatro raios de cor predominantemente vermelha. Centro de força vital por
excelência, se ativado (isto é, energizado) acentua essa cor, que se torna cada vez mais viva. Este centro de força
possui uma energia chamada "Fogo Serpentino" ou "Kundalini", devido à forma de serpente que toma ao subir ao
longo do corpo para vitalizar outros centros de força. Alguns chamam, centro fundamental, raiz, sacro, sexual.
Cores Básicas: vermelho laranja
Localização: base da espinha dorsal

ATUAÇÃO DO PASSE NOS CENTROS DE FORÇA:

Na obra assistencial dos espíritos amigos, que interferem nos tecidos sutis da alma é possível, quando a criatura se
desprende parcialmente da carne, a realização de maravilhas. Atuando nos centros de força do perispírito, por vezes
efetuamos alterações profundas na saúde dos pacientes, alterações essas que se fixam no corpo somático, de maneira
gradativa. Grandes males são assim corrigidos, enormes renovações são assim realizadas. Mormente quando
encontramos o serviço da prece na mente enriquecida pela fé transformadora, facilitando-nos a intervenção pela
passividade construtiva no campo em que devemos operar, a tarefa de socorro concretiza verdadeiros milagres. O
corpo físico é mantido pelo corpo espiritual a cujos moldes se ajusta e, desse modo, a influência sobre o organismo
sutil é decisiva para o envoltório de carne, em que a mente se manifesta.

Fonte: http://www.camilleflammarion.org.br/passes7.htm

***

Os centros vitais funcionam em conjunto?


Sim. Da mesma forma que os órgãos do corpo físico funcionam em conjunto.

Para que estudar os centros vitais?


O pensamento do magnetizador desempenha papel importante, qual seja o de imprimir as características que deseja
aos fluidos que doa. Pelo conhecimento do funcionamento dos centros vitais, o magnetizador poderá direcionar de
forma mais adequada seus pensamentos, para que os fluidos atuem mais propriamente em um ou outro centro de
força do paciente, com base nas intuições que receberá da Espiritualidade, consciente ou inconscientemente.

Adaptado do livro “O Passe - Respostas às Perguntas mais Frequentes” - Eugênio Lysei Junior
Casa do Caminho – Sabará 1ª. Edição – Janeiro de 1998.

COMP II 212
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Plexos e Centros Vitais (ou Centros de Força)

Para entender as suas funções, nós temos que primeiramente saber o que são plexos e centros vitais (ou centros de
força).

Plexos: situados no corpo físico, são agrupamentos de músculos, nervos e vasos sanguíneos do organismo humano.

Centros de Força: localizados no perispírito, trabalham em ligação com os plexos do corpo físico. São receptores e
transmissores de energia cósmica e espiritual. Eles “alimentam” o metabolismo perispiritual.

Algumas pessoas utilizam a palavra chakra para denominar os centros de força. E estão corretas. A palavra chakra é
sânscrita e significa roda. Em Espiritismo, nós deveríamos optar por “centros de força”, pois este é o termo usado na
literatura espírita, principalmente nos livros de André Luiz.

Também segundo André Luiz, sobre a localização dos centros de força, a definição é: “todo o equipamento de
recursos automáticos que governam bilhões de entidades microscópicas, a serviço da inteligência”.

Os centros de força estão situados desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça, correspondendo a uma das
“sete glândulas” do corpo humano, portanto nós temos “sete centros de força”.

De que maneira os centros de força influenciam em nossa vida?

Nosso padrão vibratório determina a “saúde” dos nossos centros de força. Se um desses centros diminui, o fluxo de
energia fica impossibilitado.

Se nós temos um pensamento ruim, por exemplo, o centro de força fica em desarmonia reagindo diretamente em
nosso corpo material, fazendo surgir as doenças e o envelhecimento.

Nós dispomos dos seguintes centros de força:

v Coronário;
v Cerebral;
v Laríngeo;
v Cardíaco;
v Esplênico;
v Gástrico;
v Genésico.

O corpo físico não gera o fluido vital ou a força promotora da atividade orgânica, entretanto recebe-o dos centros de
força do perispírito e absorve-o do meio em que vive por intermédio da pele, dos alimentos e da respiração. Em todos
os casos o sistema nervoso é o veículo de recebimento dessas forças e, além de armazená-las em órgãos apropriados
(plexos e centros de força), finalmente as distribui oportunamente a todos os órgãos internos, segundo as
necessidades momentâneas de concentração e dispersão, locais ou gerais, visando sempre a manutenção do equilíbrio
orgânico, seu ritmo funcional e sua harmonia interna.
Edgard Armond – Passes e Radiações

Os Plexos formam uma rede pelo entrelaçamento de cordões vasculares (venosos ou linfáticos) ou nervosos,
anastomosados e entrelaçados.
COMP II 213
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
No perispírito, o sistema nervoso liga-se através dos plexos e gânglios, a uma série de centros de força, denominados
chacras na literatura oriental, sobre os quais devemos aqui dizer mais algumas palavras, tendo em vista sua
importância para o trabalho dos passes, apesar de não terem sido citados por Kardec na Codificação, por conveniência
de programação.
Edgard Armond – Passes e Radiações

Os Plexos, sua devida localização no corpo físico, juntamente com os Centros de Força, estão alinhados
respectivamente nesta ordem.

Os plexos, como já explicamos, estão situados no corpo físico; são conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do
Sistema Vago-Simpático que regula a vida vegetativa do corpo humano.

Os centros de força, ao contrário, são estações de força espiritual ou fluídica no perispírito e no corpo etéreo; formam
um campo eletromagnético utilizado pelo Espírito e funcionam em plena ligação com os plexos do corpo material.

O corpo etéreo é composto de eflúvios vitais, na sua maior parte emanados do neuropsiquismo do corpo denso, e
assegura a ligação entre o perispírito e este do qual, aliás, faz parte, como se fosse um prolongamento.

Esse corpo etéreo desintegra-se de 30 a 40 dias após a morte do corpo físico.

COMP II 214
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
As forças espirituais e as cósmicas, vindas do Espaço ou da Terra, penetram nos centros de força situados no
perispírito, daí passam aos plexos orgânicos e destes aos nervos, transitando, assim, por todo o organismo.

As energias que fluem pelos centros de força possuem uma determinada medida de onda e determinada cor; movem-
se, não em linha reta, como as ondas de luz, mas por ondulações.

Segundo as influências que exercem, os centros de força possuem cores diferentes, predominando, em cada um deles,
aquela que corresponde à sua natureza e atividade fundamental. Ainda segundo essa natureza e a disposição que
guardam no conjunto humano, podem ser:

a)Fisiológicos — genésico e gástrico;


b) Emocionais — cardíaco e laríngeo;
c) Espirituais — frontal e coronário.

Estes últimos mantêm estreitas ligações com as glândulas epífise e hipófise (pineal e pituitária) e funcionam como
elementos de ligação com o mundo espiritual superior, como já dissemos.
Edgard Armond – Passes e Radiações

COMP II 215
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Técnicas de Passes – Classificação e Definição
“Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lho trazia;
e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um.” - Lucas 4: 40

No meio espírita há certa divergência quanto aos procedimentos na aplicação do passe, pois alguns grupos espíritas
defendem sua simplificação com a simples imposição de mãos, seguindo a linha utilizada pela maioria dos espíritas
durante anos. Alguns espíritas conservadores e defensores mais veementes fazem algumas vezes, campanhas contra a
utilização de técnicas na aplicação de passes adotado por outras Casas Espíritas (técnicas que foram estudadas por
diversos magnetizadores) afirmando que Jesus se utilizava apenas da imposição das mãos. Mas, como afirma Jacob
Melo, “do ponto de vista da realização, uma imposição de mãos também é uma técnica; uma irradiação, uma
concentração, uma reflexão, uma vibração por alguém, uma mentalização, ainda que não gostemos do termo, tudo
isso envolve técnicas. Agora dizer que além das técnicas existem outros valores muito importantes é dizer da forma
certa. O amor, a ligação espiritual, o respeito pelo paciente, a união com tudo o que há de bem e de bom, os cuidados
com o corpo e a mente, tudo isso, é muito importante, importantíssimo mesmo. Só que daí não dá para concluir que
as técnicas sejam inválidas ou dispensadas. É equivocada tal conclusão. E se há técnica, mesmo para uma imposição,
quem queira atuar responsavelmente deve pelo menos conhecer os fundamentos da mesma.”

(MELO, Jacob. O passista. In: “Cure e cure-se pelos passes”, cap. 10, p. 126.)

Além do mais, os próprios orientadores espirituais, através de Francisco C. Xavier nos dizem que se pode recorrer à
fórmula que mais nos inspire confiança. Convém, apenas, não criarmos polêmicas inúteis entre nós nem exagerarmos
na gesticulação.

Em seu livro Cure e cure-se pelos passes, Jacob Melo faz interessante e inteligente indagação:

Teria Allan Kardec instituído o passe na Casa Espírita?

“Allan Kardec não instituiu o passe nas Casas Espíritas. Ao tempo dele, passe não definia uma técnica ou um conjunto
delas; nada mais era que referência ao “movimento de mãos” para se atingir o sonambulismo ou a aplicação do
magnetismo. Na Codificação, ele fez referência ao passe sim, como o fez a outros pontos que, vira-e-mexe,
incomodam alguns dos que se sentem “defensores” da pureza doutrinária, (observe-se que o termo defensores está
aspeado). Só para citar um exemplo, ele fala do duplo etérico (O Livro dos Médiuns, item 128, pergunta 4ª) e, nas
colocações, deixa entrever o que entende acerca desse campo.

Fazendo um comentário ao largo, será justo consideremos, dentro do rigorismo proposto – que pede a explícita
colocação de Kardec para que algo possa vir a ser considerado doutrinariamente correto –, algumas conclusões que,
acredito, ficariam no mínimo esquisitas se tomadas literalmente. Por exemplo: Kardec não instituiu a Evangelização do
jovem e da criança, não implantou o Evangelho no lar, não estabeleceu reuniões de desobsessão, não criou as
reuniões evangélico-doutrinárias públicas nem muitas outras práticas não é só saudável, como indispensáveis dentro
da estrutura da ação espírita tal qual a vivenciamos hoje. Seria isso motivo suficiente para eliminarmos essas práticas
ou simplesmente condená-las? Minha resposta é não.

Mas continuemos. Creio que todos os que raciocinamos com coerência somos partidários de que nada é estático, tudo
se move. (...) No caso particular das filosofias e religiões, sempre haverá a necessidade de contextualização para que
assimilemos com mais propriedade o que está escrito, mormente quando já tem mais de uma centena de anos de
anotado. Tal não poderia deixar de ocorrer com a obra kardequiana. Assim, precisamos saber que o termo “passes”,

COMP II 216
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
tal como empregamos hoje, não tinha a mesma atribuição àquela época nem muito menos era o mesmo na Europa do
século passado. Kardec lidou o tempo todo com o Magnetismo mesmérico, tendo-o recomendado explicitamente no
atendimento a pessoas sob subjugação (O Livro dos Médiuns, item 251). Ora, não tendo o passe (com a conceituação
que temos hoje) a mesma atribuição de valores (do tempo de Kardec), lógico que ele não poderia dar a mesma
referência, muito menos com a forma que aplicamos nos dias atuais.

A despeito de tudo, concluirei esta questão com as palavras de Allan Kardec, (Revista Espírita, jan-1864, p. 5):

“Os médiuns curadores tendem a multiplicar-se, como anunciaram os Espíritos, isto em vista de propagar o Espiritismo,
pela impressão que esta nova ordem de fenômenos não deixará de produzir nas massas, porque não há quem não ligue
para a sua saúde, mesmo os incrédulos. Assim, então, quando virem obter por meio do Espiritismo o que a ciência não
pode dar, hão de convir que há uma força fora do nosso mundo. Assim a ciência será conduzida a sair da via
exclusivamente material, em que ficou até hoje; quando os magnetizadores antiespirituais ou antiespíritas virem que
existe ummagnetismo mais poderoso que o seu, serão forçados a remontar à verdadeira causa.”

(MELO, Jacob. O passe. In “Cure e cure-se pelos passes”, cap. 9, pp. 110 a 112.)

Sendo assim, oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o Passe. Cada grupo é livre para se
posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros. A técnica de aplicação do passe deve ser o mais simples
possível, evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.

O que é preciso levar em conta é que nenhuma forma de aplicação do passe (imposição de mãos ou uso de técnicas)
surtirá efeito se o médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo.
Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de moral
equivocada.

Questionado acerca da forma “Como devem ser recebidos e dados os passe”, responde Emmanuel: “- O passe poderá
obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá como a quem o recebe.
Devemos esclarecer, todavia, que o passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer
contato físico na sua aplicação.”
(XAVIER, Francisco Cândido. Ciências aplicadas. In: “O Consolador”, cap. V, questão 99)

O projeto Manuel Philomeno de Miranda têm ao longo dos anos desenvolvido sérios estudos em diversos setores da
prática mediúnica visando orientar os trabalhadores sinceros não somente dentro da conceituação Kardequina, mas
também nos estudos sérios desenvolvidos pelos bons Espíritos através da psicografia de Chico Xavier, Joanna de
Ângelis, Manoel P. de Miranda, etc. De modo que em seminários ministrados por Divaldo P. Franco, este enfocou a
questão das técnicas de passe afirmando que:

“Estudiosos do psiquismo humano, a partir do chamado efeito Kirlian, têm sugerido que certas deficiências de natureza
energética, na aura do homem, podem configurar prenúncios de futuras afecções em órgãos correspondentes do corpo
físico, a se manifestarem, portanto, antes de qualquer sintoma de doença ou alteração perceptível no campo celular.
Isto porque, no perispírito estão as forças plasmadoras das desarmonias, congênitas ou adquiridas, bem como, em
sentido oposto, os fatores que mantém a saúde e estimulam o progresso.”

“Esse modelador plástico sendo passível de assimilar ou desassimilar energias psíquicas e vitais, além de outras de
procedências várias, enseja que indivíduos, mentalmente saudáveis, beneficiem outros, momentaneamente deficitários
no seu tônus vital, através de um sistema terapêutico natural – os passes – que mais não faz do que acionar e sustentar
a força regeneradora presente em cada pessoa.”
COMP II 217
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
“Alphonse Bué define saúde – ele afirma com propriedade que só há uma saúde, uma moléstia e um remédio – como
o equilíbrio de um duplo movimento de absorção-eliminação, condensação-dispersão, receita e despesas. Daí deduzir-
se que a energia está em contínuo movimento em nosso ser integral (Espírito, perispírito e corpo) e que a doença tem
relação com as alterações na circulação harmônica desse fluxo, o qual pode sofrer bloqueios, perdas excessivas e
incontroladas para o meio, ou assimilação inadequada, aumentando o desgaste biológico e psíquico do individuo.”

“O papel do passe espírita é equilibrar o movimento e a atividade das forças vitais através da ação de um doador
encarnado que se associa a outro doador espiritual para transmutar energias pela força da vontade ativa
(concentração) e através de sentimentos nobres (amor irradiante).”

“Não se trata de uma panaceia, mas de recurso inestimável cuja eficácia dependerá, como as demais terapias, da
transformação moral de quem doa e de quem recebe – o auto encontro – que propiciará ao beneficiário,
principalmente, a superação de traumas e conflitos, o desapego em relação às paixões e a liberdade mental
indispensável à saúde.”

“Quando um ser se volta conscientemente para outro no ato de socorrer, e o socorrido se coloca em posição
receptiva, entram em atividade os centros de forças do doador, a partir do coronário, que se encarrega de distribuir
energias para os demais centros de força do beneficiário, restabelecendo o equilíbrio psíquico, emocional e físico. Para
esse desiderato as mãos e os olhos do terapeuta funcionam quais válvulas controladoras do fluxo de saída de energia,
as quais se abrem durante o passe para dar vazão às “virtudes” de que se faz instrumento.”

“O direcionamento dessas energias na saída é a etapa final do trabalho de passe (...), como toda ação consciente do
homem no serviço objetivo do mundo, requer técnica, ou seja: um modo de fazer adequado para que se alcance mais
facilmente o intento. (...) É condição indispensável para a cura a manifestação do amor, que se constitui a essência de
toda as técnicas. É tolice pensar que as técnicas possam dispensá-lo, como é tolice é supor que esse fogo divino – o
amor – dispense o conhecimento e a experiência que canalizam adequadamente a sua ação. (...)”

(PROJETO Manoel Philomeno de Miranda. A respeito das técnicas. In: “Terapia pelos passes”, cap. 7, p. 79 e 80)

Dessa forma, o que temos que levar em conta é que nenhuma forma de aplicação do Passe surtirá efeito se o médium
não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo.

Nesse sentido, o que temos que levar em conta é que as fontes sublimes do passe procedem de Deus, sendo o
passista um mero instrumento de Sua vontade.

Como intermediário dessa vontade e tendo entregado a condução do seu trabalho ao Plano Superior, o passista, com
naturalidade e humildade evitará:

§ "contemplar" excessivamente os bons resultados alcançados – porta aberta à vaidade;


§ falar sempre dos benefícios que tem proporcionado com seus passes – ostentação orgulhosa;
§ ficar curioso ou aflito pelos resultados nos passes – semeamos o bem, mas a germinação, desenvolvimento, flor e
fruto dele pertencem a Deus. Certo é, porém, que haverá sempre uma recompensa natural para quem se doa no
passe.

Dando, recebemos; e, geralmente, recebemos bem mais do que damos, porque Deus é infinitamente generoso.

COMP II 218
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Devemos cultivar a Fé; Amor ao próximo; Disciplina; Vontade; Conhecimento; Equilíbrio psíquico; Humildade;
Devotamento e Abnegação, conforme assevera Emmanuel: "Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que
em substância, é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.“

(XAVIER, Francisco Cândido. O passe. In “Segue-me”, p. 60)

***

Técnicas de Passes

Podemos dividir as técnicas de passes em:

a) Contato mediúnico;
b) Passes: segundo o tipo de movimento; segundo a técnica empregada;
c) Imposição das mãos;
d) Insuflações (sopro).

a) Contato Mediúnico – É o processo pelo qual o médium se põe em relação mais íntima com o paciente, tentando
sondar as causas de seu sofrimento e colocando-se em sintonia com o seu benfeitor espiritual, preparando-se para o
trabalho de cura.

b) Passes – É o movimento que se faz com as mãos, visando conduzir as correntes fluídicas em torno do paciente,
proporcionando-lhe bem-estar e alívio.

c) Imposição das mãos – É a técnica, utilizada na cura, que procura concentrar os fluidos nos órgãos afetados,
empregando as mãos para este fim.

d) Insuflações – É a técnica, utilizada na cura, que procura concentrar os fluidos nos órgãos afetados, empregando o
sopro para este fim.

“O Contato Mediúnico pode ser dividido de forma didática em: percepção, mistura fluidical, indução magnética,
plenitude fluídica.

a) Percepção – O médium, após colocar o paciente em um lugar confortável, põe-se em relação com este, procurando
perceber sua atitude mental e a doença que o aflige. Neste momento, começa irradiar simpatia e bondade para o
paciente.”

b) Mistura Fluidical – O médium, através de sua irradiação, envolve o paciente cada vez mais em seu campo fluídico,
procurando torná-lo receptivo à cura.”

c) Indução Magnética – O médium age ainda mais intensamente sobre o paciente:


§ Realiza prece fervorosa;
§ Sintoniza-se com o seu benfeitor espiritual.”

d) Plenitude Fluídica – Há, nesta fase, perfeita inter-relação entre o espírito-médium-paciente, onde todos os
envolvidos buscam o mesmo objetivo que é o da cura ou o alívio dos sofrimentos do semelhante. A partir deste
instante, o médium pode se considerar preparado para o trabalho da cura. Este contato mediúnico dura alguns
minutos e será mais breve, de acordo com a sensibilidade do médium e experiência do mesmo.
COMP II 219
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Na cura, vemos doentes e doenças dos mais variados graus de complexidade e profundidade. Quando nos referimos a
doentes, devemos ver almas, em desalinho, necessitadas de algum atendimento ou auxílio magnético-curador. É justo,
portanto, buscar não só verificar os pontos em desequilíbrio na criatura, mas também quais os recursos magnéticos
disponíveis que poderão ser adicionados ao auxílio que se quer dar, mas não esqueçamos de “ver”, não com os olhos
da alma que dilatam sobremaneira a capacidade fluídica do médium, facilitando a percepção do caso em questão e a
intervenção espiritual. É numa oração que encontramos o fortalecimento da alma, onde, por sua vez, aumenta a
vontade e o sentimento, mobilizando os fluidos, capacitando o médium de intervir com o melhor de si em benefício do
próximo. Por isto, ao nos colocarmos em contato mediúnico, busquemos sempre dentro de nós os valores que temos,
dentro de um clima de oração, simpatia, fé e amor, facilitando, assim, as forças radiantes do espírito e a melhor
produtividade na cura.”

“Neste contato, o médium deverá reconhecer no paciente:

a) Reação do paciente;
b) Necessidade do paciente;
c) Pontos a atingir, conforme a doença;
d) Técnicas a utilizar, conforme a doença.

a) Reação do paciente: Podemos dividir a reação do paciente em: Ativa e Passiva.

Ativa – O paciente busca através da concentração e da prece os recursos necessários para absorver os fluidos
benéficos do passe, mantendo-se em perfeita sintonia com os objetivos a serem alcançados.
Passiva – O paciente tem uma certa resistência ao passe, quer por curiosidade ou indiferença, quer por ignorância do
que vai ocorrer. Neste caso devemos envolver o paciente em vibrações de otimismo, bondade e compreensão
procurando torná-lo receptivo ao passe.

b) Necessidade do paciente: Devemos reconhecer, pelo menos, se o paciente tem uma doença física, mental ou
espiritual. É neste momento que a intuição, ou seja, a ação dos benfeitores espirituais são de grande valia, para nos
proporcionar um aparato de informações que servirão, neste diagnóstico diferencial e, assim, irmos direto ao ponto de
vista físico, é saber que o corpo está doente e que o passe visa harmonia. Reconhecer a doença do ponto de vista
espiritual é saber que o paciente está sendo influenciado por espíritos que o estão prejudicando e sendo a causa de
doenças mentais e do corpo, através do desligamento do espírito do paciente.

Ao reconhecermos as necessidades do doente em relação às doenças, devemos saber quais os tipos de fluidos
utilizados:

Doenças Físicas – Fluidos Animalizados;


Doenças Mentais – Fluido Magnético-espiritual;
Doenças Espirituais – Fluido Espiritual.

c) Pontos a atingir, conforme a doença:


Doença Física – órgãos doentes, centros de força;
Doença Mental e Espiritual – sistema nervoso.

Na doença física, atuamos nos órgãos físicos que estão doentes, no perispírito ou nos centros de força. Na doença
mental, atingimos o sistema nervoso central, procurando dispensar os fluidos deletérios da criação mental da criatura
e promover o máximo de pacificação em torno dela mesma. Na doença espiritual a ação será também no sistema
nervoso central, sítio de ligação mental entre o espírito obsessor e o paciente, procurando dispensar os fluidos

COMP II 220
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
deletérios e buscando, se possível, desligar o espírito do paciente e, possivelmente, pacificá-lo com passes de
harmonização. Devemos nos lembrar de que as três condições poderão estar juntas e, neste caso, se atuará de forma
a promover o melhor para o paciente.”

(Coleção Medicina Espiritual – Seção Técnica de Passes – Bases e Princípios do Passe – Cap. III – Ed. CELD)

“O conhecimento dos órgãos que precisam ser atingidos, como as doenças se manifestam e como dar o passe de
acordo com cada doença também faz parte do currículo de conhecimentos que tenta se passar. A pessoa não precisa
ter conhecimento profundo de anatomia, de doença, mas no fundo, no fundo estamos lidando com doenças e
doentes. Temos o desejo de ajudar, e quase obrigação de aprimorar os nossos conhecimentos. Não é deixar tudo para
o benfeitor espiritual. Ou simplesmente tomar a frente de tudo sozinho, também não. Tem que haver essa interação.
Isso ao longo dos anos se aprende. Não podemos ficar presos achando que as coisas na hora que tiverem que
aparecer, vão aparecer. Temos que perguntar, saber o porquê, para entendermos melhor o que estamos fazendo. Vai
dar passe de todo jeito. Se existem as técnicas e elas são utilizadas pelos benfeitores espirituais, como já vimos em Nos
Domínios da Mediunidade e Missionários da Luz, obviamente elas são úteis e devem ser empregadas. Existem
variações, mas essas variações não podem obedecer a critérios pessoais, nem mesmo do benfeitor espiritual. Às vezes,
o próprio benfeitor espiritual tem suas manias de conduzir determinadas situações, mas dentro de uma casa
organizada, de estudo, ele vai conduzir-se dentro do patamar de organização da casa.

Temos que entender que o benfeitor espiritual, embora seja muito melhor que nós, tem suas limitações também, tem
seus trejeitos, podem ser espíritos familiares, espíritos que estão junto de nós há algumas encarnações e querem
aprender e ajudar no trabalho do bem. Então, é permitido trabalhar junto ao médium. Mas não quer dizer que eu não
tenho que usar a razão.”

(Luiz Carlos Dallarosa - Aula dada em 03/08/2006 no CELD)

O passe segundo os tipos de movimento e a técnica empregada:

“Tipos de passe: passes magnéticos, espirituais e mistos.

Classificação segundo o tipo de movimento e técnica empregada:

Segundo o Tipo de Movimento:

Dispersão: Visa “limpar” o organismo, retirando os fluidos deletérios.


Apoio: Tem o objetivo de concentrar fluidos nos pontos necessitados do organismo.
Harmonização: Tem a finalidade de equilibrar, balancear, recompor, reajustar fluidicamente o organismo, após o
apoio.

Segundo as Técnicas Empregadas: Devem ser realizados com os braços estendidos naturalmente, sem contrações e
com a necessária flexibilidade para executar os movimentos. Não devem ser realizados de baixo para cima. Cada vez
que acabar o movimento, afastar as mãos do corpo do paciente e retornar ao ponto de partida.”

(Coleção Medicina Espiritual – Seção Técnica de Passes – Bases e Princípios do Passe – Cap. III – Ed. CELD)

COMP II 221
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes Longitudinais e Perpendiculares
(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 9, p. 72 a 75)

Os movimentos que se fazem com as mãos sobre o corpo do doente com o pensamento e a vontade de curá-lo
chamam-se passes.

Os passes, portanto, precedem de muito o Espiritismo codificado por Allan Kardec, eis que o magnetismo era
conhecido e usado desde os mais remotos tempos. E eles precederam também o próprio magnetismo, porque
encontramos a sua origem, conforme nos adverte Durville (1), no Velho Testamento, em que as imposições e os
movimentos das mãos aparecem em diversos episódios.

Assim, quando Moisés designou Aarão para conduzir o povo de Israel à terra prometida, primeiramente aquele que
lhe impôs as mãos. (E Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés lhe impôs as mãos; e
os filhos de Israel o ouviram, fazendo o que o Senhor havia ordenado a Moisés) (2).

Na guerra que Moisés fez aos Amalecitas, verificava-se que, se ele se voltasse para o inimigo e erguesse suas mãos
para o céu, seu exército estava vitorioso, ao passo que, quando fatigado, ele as deixava cair, os inimigos retomavam
coragem e venciam (3). (E cada vez que Moisés erguia sua mão, Israel vencia; e quando ele a abaixava vencia Amalec.
Mas as mãos de Moisés estavam pesadas, por isso eles apanharam uma pedra e a colocaram debaixo dele e ele se
sentou nela; e Aarão e Hur mantinham suas mãos, um de cada lado; e suas mãos ficaram na posição certa até o pôr do
Sol. E Josué dominou Amalec e seu povo pela espada.)

Isso no Velho Testamento. E que dizer do Novo Testamento, em que as curas chamadas milagrosas se sucediam pela
simples imposição das mãos do Divino Magnetizador!?

Entretanto, para assinalar o grande contraste e como curiosidade histórica, tem cabida aqui a transcrição da “Carta
encíclica da Santa Inquisição romana e universal a todos os bispos contra os abusos do magnetismo”, concebida nos
seguintes termos (4):

“Quarta-feira, 30 Julho 1856.

Na reunião geral da Santa Inquisição romana universal, realizada no convento de ‘Sainte Marie de la Minerve’, SS. EE.
RR. Os cardeais inquisidores gerais contra a heresia em todo o mundo cristão, depois de terem maduramente
examinado tudo o que lhes, foi relatado de diversas fontes por homens dignos de fé, relativamente à prática do
magnetismo, resolveram dirigir a presente encíclica a todos os bispos para reprimirem os abusos.

Pois está perfeitamente verificado que um novo gênero de superstição surgiu dos fenômenos magnéticos, aos quais
muitas pessoas hoje se apegam, não para esclarecer as ciências físicas, como se deveria fazer, mas para seduzir os
homens nas persuasão de que podem ser descobertas as coisas ocultas, remotas ou futuras, por meio ou pela influência
do magnetismo, e sobretudo por intermédio de certas mulheres que ficam unicamente sob a dependência do
magnetizador.

(1) H. Durville – “Théories et Procédes”, tomo II, página 82


(2) Velho Testamento -Deut., 34:9
(3) Velho Testamento - Êxodo., 17: 11 a 13
(4) Binet et Feré – “Le Magnétisme Animal”. P. 38

COMP II 222
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Já várias vezes a Santa Fé, consultada sobre casos particulares, deu respostas que condenam como ilícitas toas as
experiências feitas fora da ordem natural ou das regras da moral, e sem empregar os meios permitidos; assim em casos
semelhantes foi decidido na quarta-feira, 21 de Abril de 1841, que o uso do magnetismo, tal como expõe a consulta,
não é permitido. Do mesmo modo, a santa congregação julgou com o propósito de proibir a leitura de certos livros que
divulgavam sistematicamente o erro sobre esta matéria. Mas como, além dos casos particulares, havia necessidade de
um pronunciamento sobre a prática do magnetismo em geral, foi estabelecido, como regra a seguir, na quarta-feira, 28
de Julho de 1847: ‘afastando-se todo o erro, todo o sortilégio, toda invocação implícita ou explícita do demônio o uso
do magnetismo, isto é, o simples ato de empregar meios físicos, não interditos alhures, não é moralmente proibido,
contanto que isso não seja para um fim ilícito ou mau; quanto à aplicação dos princípios e de meios puramente físicos a
coisas ou a efeitos verdadeiramente sobrenaturais para os explicar fisicamente, isso não é ilusão, de imediato
condenável, e uma prática herética.’

Posto que esse decreto geral explique suficientemente o que há de lícito ou de proibido no uso ou abuso do
magnetismo, a perversidade humana foi levada ao ponto de, abandonando o estudo regular da Ciência, fazer com que
os homens, consagrados à pesquisa do que pode satisfazer a curiosidade em detrimento da salvação das almas e
mesmo em prejuízo da sociedade civil, se vangloriem de ter descoberto um meio de predizer e de adivinhar. Daí essas
mulheres de temperamento débil, que, entregues, por gestos que nem sempre respeitam o pudor, às encenações do
sonambulismo e do que se chama clarividência, pretendem ver toda a sorte de coisas invisíveis, e se arrogam, na sua
audácia temerária, a faculdade de falar sobre religião, de evocar as almas dos mortos, de receber respostas, de
descobrir coisas desconhecidas ou remotas; e de praticar outras superstições desse gênero, que lhes rendem e aos seus
mestres ganhos consideráveis, em virtude do seu dom de adivinhação. Qualquer que seja a arte ou a ilusão de todos
esses atos, por isso que se empregam meios físicos para obtenção de efeitos que não são absolutamente naturais, há
mistificação de imediato condenável, herética, e escândalo contra a pureza dos costumes. Também para reprimir
eficazmente tão grande mal. Decisivamente funesto à religião e à sociedade civil, não se poderia deixar de invocar a
ativa solicitude pastoral, a vigilância e o zelo de todos os bispos. Tanto quanto possam, pois com o auxílio da graça
divina, empreguem os ordinários dos lugares, ora as advertências da sua paternal caridade, ora a severidade das
repreensões, ora, enfim, todas as vias de direito, segundo o que julgarem útil diante do Senhor, levando em conta as
circunstâncias de lugar, tempo e pessoas; que ponham todos os seus cuidados no reprimirem esses abusos do
magnetismo, fazendo-os cessar, a fim de que o rebanho do Senhor esteja defendido dos ataques do homem inimigo,
que o santuário da fé seja guardado, salvo e intacto, e que os fiéis confiados à sua solicitude sejam preservados da
corrupção dos costumes.

Dado em Roma, na Chancelaria do Santo Ofício do Vaticano, em 4 de Agosto de 1856.

V. Card. Macchi”

Deixado de lado as digressões, que já passaram para o domínio da História, voltemos a tratar da nossa heresia...

***

COMP II 223
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os Passes Longitudinais
Como técnica, os passes são aqueles feitos ao longo do corpo (do paciente), da cabeça aos pés e de cima para baixo,
com as mãos abertas e “os braços estendidos normalmente, sem nenhuma contração, e com a necessária flexibilidade
para executar os movimentos” (MICHAELUS. In “Magnetismo”, cap. 9, p. 75.)

“Ao contrário das imposições, os longitudinais são feitos com movimentos. Esta técnica é muito rica entre todas as
outras técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com que são aplicados, os longitudinais atendem todos os
padrões e técnicas estabelecidas pela combinação desses dois fatores. Os longitudinais, quando usados como
dispersivos, são excelentes para promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo vibratório
do paciente para absorção do mesmo, restabelece a harmonia das vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores,
todavia na resolução de problemas de transe mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz
necessária muita movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para estes
problemas. Grande vantagem ai vista é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para atender a
praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas mais objetivas.

O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é composto de três


movimentos: O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é
estabelecido o contato entre as correntes magnéticas, do passista e do receptor.
Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma
contração e com a necessária flexibilidade para a realização dos movimentos;
como regra geral, que deve ser rigorosamente observada, os passes não podem
ser feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que
seria se assim podemos nos exprimir, uma verdadeira "desmagnetização",
verificando acima de tudo que este movimento, digo, de baixo para cima,
causaria uma força contrária a rotação natural dos chacras dificultando a
assimilação e levando os chacras a não absorverem e manterem os fluidos nas
suas periferias. Todavia acontecendo tais movimentos errôneos, é necessário
aplicar alguns dispersivos, movimentando os fluidos presos nas periferias dos
chacras devido os movimentos terem sido de baixo para cima.

Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o ponto
terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e afastá-las do corpo
do paciente e, assim voltar rapidamente ao ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas mãos; ao final
do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da mesma, para baixo ou
para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza a doação dos
fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação a esta terceira
etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação: Na frente do paciente existe uma linha contendo gotas de orvalho
que descerão sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de doação.

Poderemos verificar que existe uma mescla entre passe longitudinal e as imposições. Normalmente esta
modalidade, onde encontramos a imposição com os longitudinais, servem para os pacientes com desarmonias
fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros vitais, crises de epilepsia, convulsões,
perdas do domínio das funções nervosas, quando necessita de reforço fluídico para uma maior harmonização entre
todos os centros vitais.
COMP II 224
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os Passes Perpendiculares
“Embora pouco utilizada atualmente, ela é usada praticamente para dispersar, onde seu poder é mais consistente,
apesar de também ser útil em concentração fluídica em grandes regiões. Neste último caso, deve ser aplicada com
velocidade muito lenta.“

São “técnicas mais voltadas para uso de longo curso (da cabeça aos pés ou, no mínimo, que envolva os sete centros
vitais principais do paciente), os perpendiculares solicitam que o paciente e o passista estejam de pé, um formando
um ângulo de 90º em relação ao outro, pois o passista irá passar as mãos, simultânea e concomitantemente, uma pela
frente e outra por trás do paciente. A passagem das mãos normalmente se dará de forma rápida e a uma distância
pequena. Quando as mãos tiverem percorrido todo o percurso previsto, o passista fechará as mesmas, afastando-as
do corpo do paciente e só reabrindo-as quando tiver retornado ao ponto onde irá reiniciar nova passagem.”

“Pela descrição acima, os perpendiculares serão dispersivos ativantes gerais. Seu poder de
dispersão geral (de grande curso) é muito grande e, por isso mesmo, os magnetizadores
clássicos os usavam com frequência [...].”

“Para ordenar os centros vitais, todos em relação a todos; para tratar a psi-sensibilidade; para
auxiliar em problemas motores e psíquicos; para aliviar depressões.” São utilizadas “no
alinhamento dos centros vitais e no equilíbrio do sistema nervoso e da corrente sanguínea.”

(MELO, Jacob. In: “Cure e cure-se pelos passes”, pp. 311 e 312)

“Lamentavelmente, como bem se percebe, oferece inconvenientes quando incorporados à


prática do passe espírita, principalmente pelo fato de ficar mudando, o passista, de posição, e
da conveniência de essa técnica requerer estejam, preferencialmente, os dois, passista e
paciente, em pé.”

(MELO, Jacob. As técnicas. In: “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap. VIII, p. 203)

***

COMP II 225
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes por Imposição de Mãos
(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 9, p. 70 a 72)

Como dissemos, a ação magnética se constitui essencialmente de imposições e passes.

Hoje, os magnetizadores não dizem mais imposição das mãos, mas simplesmente imposição, que se compreende pelo
ato de colocar a mão sobre o paciente. Essa prática vem da mais remota antiguidade e era usada pelos sacerdotes e
pelos iniciados nos mistérios do culto, entre os egípcios, que, por esse modo, operavam curas maravilhosas. Ela foi
igualmente seguida pelos imperadores Vespasiano e Adriano, e pelos reis de França, de Clóvis até Luís XV (1). A
imposição da mão sobre o doente era seguida das seguintes expressões: “Le Roi te touche – Dieu te guéris.”

As imposições podem ser feitas igualmente à distância de uns 10 a 15 centímetros, sendo geralmente precedida do
contacto. Elas se executam com a mão estendida naturalmente, tendo a face palmar para baixo e os dedos
ligeiramente afastados, sem rigidez e sem contração.

Os efeitos das imposições com contacto e das imposições a distância variam extremamente de caso a caso, devendo o
operador observá-los atentamente para se orientar com segurança. Homens há, diz Deleuze (2), que dão alívio só com
o simples contacto; outros há que não fazem menos benefício, e não necessitam tocar.

Bué relata o curioso caso do couraceiro do 11º Regimento em Angers, França (3):

“Esse homem, diz ele, querendo fazer um assalto à força com seus camaradas, à casa do encarregado das armas,
ferira-se gravemente na coxa ao manejar uma bigorna. A imobilização forçada do membro, em consequência do
ferimento, produzira uma pseudo-anquilose na articulação do joelho, que um tratamento de muitos meses não
lograra reduzir, e eu consegui restituir-lhe o uso da perna em doze dias. Logo que fiz a imposição da mão sobre o
joelho doente, a perna ficou dormente e imobilizou-se como se estivesse pregada ao soalho. Entretanto, não havia
insensibilidade, por isso tão logo eu afastava a mão desenvolviam-se na articulação dores intensas que arrancavam
gritos ao doente, qual se lhe tivessem revolvido o joelho com ferro em brasa; e o notável é que quanto mais me
afastava dele, tanto mais as dores se tornavam intoleráveis; cessavam, porém, instantaneamente, desde que eu
tornava a colocar a minha mão sore a parte doente. Admirei-me bastante, então, e bem assim as pessoas ante as quais
operava, de um fenômeno que me parecia insólito, do qual tive, porém, posteriormente e em diversas ocasiões, a
oportunidade de verificar a constância, de modo que não pude duvidar da sua realidade.

Em regra, as imposições precedem e preparam os passes, mas também podem com estes últimos ser combinados e
intercalados, de acordo com as circunstâncias.

(1) H. Durville – “Magnétisme – A Théories et Procédes”.


(2) Deleuze – ‘Intruction Pratique”.
(3) Alfonse Bué – “Magnétisme Curatif”.

***

COMP II 226
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A Imposição de Mãos

Jacob Melo (IDE. “Manual do passista”, pp. 103 a 114) explica que esta é a
técnica mais comum e mais universal de se aplicar o passe.

“Trata-se de técnica concentradora de fluidos”, dependendo da distancia da


aplicação efetuada, funcionará como concentradora e bastante ativante se
aplicado de perto do paciente – e calmante se aplicado de longe do paciente,
desta forma descarregando fluidos pesados, facilitando a circulação sanguínea.

A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se a(s) mão(s) sobre o lugar


onde se deseja fazer a aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque
no paciente. A(s) mãos devem ficar abertas, com os dedos levemente afastados
um dos outros, dificultando assim, as contrações musculares nas mãos. Os
passistas digitais, que acima explicamos vão tender a deixar os dedos levemente
baixos em direção ao ponto que será fluidificado, e os passistas palmares
concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos sem qualquer
arqueadura.

Observações importantes: As imposições, quando se tratando de inflamações, infecções e cânceres requerem a


aplicação de passes dispersivos na localidade onde foi efetuada a fluidificação.

***

Passes por Imposição de Mãos


Aula dada por Dagoberto de Paula em 24/08/2006

“É a técnica utilizada na cura que procura concentrar os fluidos nos órgãos afetados, empregando as mãos para este
fim.”
(Seção Técnica de Passes – Pág. 98 – Edições Léon Denis)

É a técnica de cura mais comum e universal para se aplicar o fluido benéfico sobre o paciente.

Normalmente, não se utiliza muito na casa espírita. A imposição de certa forma sim, mas insuflação dificilmente, pois é
para casos específicos.

Mecanismo do Passe – Alfonse Bué ensina-nos: “A imposição, como seu nome indica, obriga ao contato; a mão deve
deitar-se em cheio sobre as partes em que se quer exercer uma ação. Estendem-se as mãos sobre as partes planas,
afastando levemente os dedos sem contração nem rigidez; envolve-se as partes redondas com a mão fechada, os
dedos juntos e repousando sobre as regiões circunvizinhas. Na prática, as imposições se fazem mais comumente por
cima das roupas ou das cobertas, estando o paciente sentado ou deitado...”

“...A imposição pode ser feita com só uma das mãos, embora o mais comum seja utilizar as duas. Quando feita com
uma só mão é chamada de “imposição simples”. Quando com as duas de “mãos combinadas ou dupla...”.

(Magnetismo Curador – Alfonse Bué – Cap. V – Ed. FEB)

COMP II 227
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Imposição simples – Usa-se, apenas, uma das mãos espalmadas ou com a ponta dos dedos. Justifica-se esse uso
quando o passista sentir algum cansaço nos braços, devido aos movimentos continuados.

O paciente está com um problema na clavícula. Eu vou utilizar a técnica de imposição de mãos. Estamos acostumados
a fazer movimentação no passe. No dispersivo, é como se estivesse limpando a área, tirando as forças negativas, tudo
aquilo que está obstruindo a ação do companheiro. Depois da dispersão vamos colocar o fluido bom, sadio.
Naturalmente, os espíritos que trabalham conosco vão tirar o nosso fluido animal e com o fluido próprio deles, com a
combinação que só eles sabem, vão colocar o fluido na região afetada do paciente.

Nós fazemos uma coisa sem perceber, a combinação de imposição de mãos com o passe. Eu imponho uma e com a
outra jogo o fluido. Isso no salão.

Quando se trata do passe de cura, que é um processo mais objetivo, específico, – Dr. Hermann sempre chamou
atenção sobre isso –, se o problema é numa região, não tenho que dar passe na cabeça, no coração, no joelho e sim no
lugar afetado. Coloca a mão no corpo, através da imposição de mãos. Não estou fazendo movimento nenhum.

Dr. Hermann pegava as mãos dos médiuns que estavam longe, receosos de colocar as mãos, e colava junto ao
paciente. Simplesmente para facilitar e para que nossos fluidos penetrassem com mais rapidez. Alfonse Bué diz que o
calor que aquece a região onde colocamos as mãos, é de utilidade na cura.

Imponho as mãos a uma certa distância, com as duas mãos e sem fazer força. Porque o importante nesse momento,
além do fluido que os espíritos estão retirando de nós, é o meu pensamento, que é uma ação fundamental na hora do
passe.

Por que o meu pensamento? Eu estou pensando nele: “Ele machucou o braço, vou ajudá-lo. Tomara que ele fique
bom, que saia daqui sem problema nenhum”. Nisso que estou pensando, no sentido de ajudar, o que está
acontecendo? Estou potencializando a qualidade do fluido que estou despendendo. O pensamento é que dá qualidade
ao fluido. O fluido em si é neutro, quem dá qualidade somos nós. Por isso, é fundamental o nosso pensamento.

Temos que prestar atenção na questão do local onde estamos dando o passe. Quando é na cabeça há de se ter um
certo cuidado. Já cansamos de ver isso na sala de cura, alguns médiuns ficavam um tempo excessivo impondo as mãos
na cabeça do paciente. E percebi que o paciente começava a se intranquilizar. Ele começa a absorver de tal maneira
que, com certeza, traz uma perturbação ao invés de trazer satisfação. A questão do tempo é fundamental. Temos que
ter bom senso.

Alfonse Bué diz que podemos usar uma ou as duas mãos.

Ele diz que se utiliza uma das mãos, porque o médium está cansado de fazer outras movimentações e está com o
braço cansado, e para descansar, impõe uma das mãos. Vários autores são contra isso. Porque, se o médium está
predisposto a ajudar, não tem essa de descansar e colocar uma mão só.

Não existe uma posição rígida a esse respeito, que eu conheça. Kardec ou André Luiz não falam a respeito. Mas, é
questão de bom senso, da prática que temos, dos ensinamentos que os espíritos que estão junto a nós trouxeram. Se
estou dando passe e começo a me sentir cansado, devo parar, não tenho condições de continuar. Cada médium é um
médium e tem um potencial energético.

COMP II 228
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Imposição dupla ou de mãos combinadas – É a mais comum. O médium estende seus braços para frente do corpo,
impondo ambas as mãos sobre o órgão afetado que deseja magnetizar. As mãos deverão permanecer abertas, para
baixo, ligeiramente afastadas do corpo do paciente. Evitar-se qualquer enrijecimento muscular ou contração e mesmo
qualquer tipo de força.

Requisitos para o passista, no sentido dele dar o passe de uma forma geral e na técnica da imposição. Qualquer um
pode chegar e se apresentar para dar o passe? Se partirmos do princípio de que todos somos médiuns, então
podemos levar em conta a possibilidade de poder dar o passe. O passe é a transfusão da minha energia. Eu estou
vendo uma pessoa doente, necessitada, então eu não posso dar um passe? Poder, pode, mas existem nuances que
devemos observar para que o passe seja eficaz, útil, para que possamos ajudar e não prejudicar.

Os espíritos dizem que sendo magnetizar uma faculdade natural, comum a cada indivíduo, segue-se que qualquer um
é apto para magnetizar. Só pode haver graduações resultantes do grau de aptidões de cada qual para exercer esta
faculdade. Uns podem ter mais conhecimento que outros.

Por exemplo: As mães são as primeiras a darem passes nos filhos. Quando o filho está doente elas começam a alisar a
cabeça. Isto na realidade é um passe que ela está dando. Está movimentando as mãos e sem saber está dando um
passe.

Estes graus de aptidão decorrem de certas condições. Para magnetizar bem, torna-se necessário: saúde, calma,
vontade, benevolência, fé e saber.

Saúde – se eu estou sem energia vou passar o quê para a pessoa? Nada.

A saúde é a primeira das condições, ter um bom temperamento e uma boa saúde. O poder magnético não caminha a
par da força muscular. Um homem solidamente constituído, de envergadura hercúlea, é muitas vezes menos apto
para a produção dos efeitos magnéticos, do que um homem de aparência mais delicada, porém dotado de uma
constituição física especial. O regime favorece consideravelmente esta faculdade radiante: cumpre ser sóbrio,
habituar-se a restringir as suas necessidades e a comer pouco.

Como controlo minha saúde? Indo ao médico quando for necessário. Uma coisa hoje é fundamental, nos abstrairmos
de bebida alcoólica. Mas, nada impede que junto com a família beba-se um cálice de vinho. Os médicos até receitam
um cálice de vinho tinto. O suco de uva tem a mesma substância e não tem álcool. Temos que ter autocontrole.

cigarro deve ser tirado do nosso processo de vida. Eu fumava e um dia resolvi que não fumaria mais. Já se vão mais de
trinta anos.

A questão da alimentação é fundamental. Para desenvolver as faculdades magnéticas, o regime vegetariano, aplicado
sem exagero e sem prevenção exclusiva, é incontestavelmente o melhor; faz-se preciso comer pouca carne, suprimir
por completo o uso do álcool e beber muita água pura.

Outra situação que temos que prestar atenção: manter a calma.

Calma – é uma das qualidades fundamentais para se magnetizar. Onde não há calma não há ponderação, não há
equilíbrio, e, por conseguinte, não pode haver poder irradiante e regularidade de transmissão. Só a calma nos torna
atentos, perseverantes, confiantes e dá essa virtude preciosa que se chama paciência.

COMP II 229
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Podemos pensar que isso é bobagem, mas acontecem, em determinados momentos, alguns fatos que não são
normais. O paciente pode querer se levantar e sair. O paciente começa a incorporar. Você vai se desequilibrar por
causa disso?

Vontade – é vigorosa a ação da vontade no ato de magnetizar, – quando se fala magnetizar é o passe –, porém, não se
deve entender que a vontade faça tudo, substitua tudo e não necessite de nenhum outro auxiliar. Ensina-nos La
Fontaine que “quanto mais a vontade se exprime com firmeza e continuidade, tanto mais a emissão se faz abundante
e intensa”. É uma citação de Bué, no livro Magnetismo Curador, pág.18.

Benevolência – todos podem produzir efeitos magnéticos; porém, para curar, é necessário possuir um fundo
inesgotável de caridade e de benevolência, é preciso amar seu semelhante. O homem bom, caridoso, benévolo, será
certamente mais calmo, mais atencioso, mais perseverante, mais animado do amor do bem e, por isso, mais desejoso
de atingir o seu fim.

Fé – a fé não é precisamente uma condição indispensável para agir. A incredulidade não impede a produção de efeitos
magnéticos, entretanto, sem uma confiança absoluta nos meios que se emprega e no fim que se procura atingir, a
vontade flutua e a atenção paralisa-se; ao incrédulo falta-lhe perseverança e paciência. A confiança é a única que pode
dar a fé fortificada pela experiência.

Saber – considerado sob o ponto de vista do exercício de uma faculdade natural, o magnetismo está ao alcance de
todos. Para fazer o bem ao semelhante, basta possuir um coração simples e benévolo. Se se considerar o Espiritismo
sob o prisma dos altos problemas de fisiologia e psicologia que ele pode resolver, não é bastante um bom coração, é
necessário grande inteligência e saber.

No saber podemos colocar, também, ter alguns conhecimentos fundamentais do corpo humano. O paciente dirige-se
ao médium e diz que está com problema de vesícula e ele não sabe onde fica. É termos um pouquinho de
conhecimento da anatomia do corpo humano.

Utilização do passe: faz-se necessário, vez por outra, “descarregar” fluidos pesados, negativos, sobre o paciente. Atua-
se, então, de forma calma e tranquila sobre o local afetado, principalmente sobre a cabeça, facilitando a circulação
sanguínea.

Há que se observar o tempo de imposição sobre a cabeça. Não pode ficar muito tempo. Dá um pouquinho, para. Caso
o passista atue por tempo excessivo, poderá provocar ação irritante sobre o sistema nervoso, devido ao acúmulo de
fluido.

Segundo Alfonse Bué, na obra acima citada, a imposição de mãos quando “feita a nu sobre a pele é muito preferível,
porque à ação magnética se junta então uma outra influência, a ação do calórico, que vem favorecer eficazmente as
resoluções dos abscessos, tumores e obstruções.” O calor que sai das suas mãos ajuda muito.

Eficácia do Passe: “As imposições sobre a cabeça e sobre as partes do corpo colocadas acima da cintura atuam
diretamente sobre os centros nervosos; é necessário não prolongá-las muito, a fim de não carregar em excesso os
centros nervosos, o que produziria perturbações ou excitações.

As imposições sobre a parte inferior do corpo: ventre, rins, joelhos, barriga das pernas, por sua ação atrativa para os
pés, no próprio sentido das correntes, tendo um efeito dispersivo notável, acalmam e descarregam muito mais que as
imposições feitas sobre a parte superior do corpo; podem ser prolongadas sem inconveniente.”

COMP II 230
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
Passes Transversais e Rotatórios
7 Em derredor daquele lugar, havia terras do chefe da ilha, de nome Públio, o qual, após nos receber, durante três dias
nos hospedou amigavelmente. 8 E sucedeu que o pai de Públio estava deitado, acometido de febres e disenteria; Paulo
se dirigiu até ele e, orando, impôs‐lhe as mãos e o curou. 9 Depois de acontecer isso, os demais enfermos da ilha
também vinham e eram curados. 10 Eles nos prestaram muitas honras; e, ao navegarmos, nos proveram das [coisas]
necessárias. — (Atos 28:7‐10)

1‐ Os passes transversais

“Estes passes têm grande poder dispersivo, mas, apresentam alguns inconvenientes quanto ao seu uso na Casa
Espírita.” Uma vez, que “são executados com os braços distendidos à frente e as mãos, inicialmente, posicionadas a
uma distância do paciente entre 30 a 50 centímetros.”
(MELO, Jacob. As técnicas. In: “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap. VIII, p.107)

“Posiciona‐se as mãos na distância pretendida (perto ou distante do corpo do paciente conforme se pretenda
trabalhar os ativantes ou os calmantes) e, com vigor e rapidez, abrem‐se os braços lateralmente, cada um no sentido
oposto ao outro. O ideal é que se possa fazer a abertura dos braços em toda sua angulação – de forma a que os braços
fiquem totalmente abertos, formando um ângulo de 180° entre si. Quando retornar as mãos para uma nova ação
transversal, trazê‐las fechadas e, mentalmente, assumir a postura de não doação nesse momento, a fim de não
perturbar ou congestionar o centro que se está trabalhando.

Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama de um companheiro e jogássemos para longe, de forma que a sujeira
não volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à altura da cabeça, peito e ventre e em seguida abrindo
os braços no sentido de dispersão das energias maléficas impregnadas no campo vibratório do paciente. Sua ação é
muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar fluidos concentrados
quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se estamos fluidificando.

Quanto aos inconvenientes, verificamos que tal técnica requer bastante espaço lateral, já que o passista terá de abrir
os braços lateralmente em toda sua extensão para sua execução, o que nem sempre é possível, em nossas casas
espíritas. Explica Jacob que perante as dificuldades encontradas “os passistas usam reduzir a abertura dos braços
dobrando‐os parcialmente, diminuído a amplitude do movimento. Estética e fisicamente, parece uma boa solução,
entretanto, eficiência da técnica fica comprometida. A experiência mostra que um transversal com amplitude total
perde mais da metade de seu efeito quando executado com essa redução de amplitude.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais comuns. In: “Manual do passista”, p.. 10)

COMP II  231
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
“Uma importante variação dos transversais é o transversal cruzado. Neste, a diferença básica na aplicação é que as
mãos se cruzam em forma de X à frente do ponto que será tratado e depois todo o processo se repete. Nas
experiências práticas fica muito evidenciado que os transversais cruzados são muito mais efetivos do que os
transversais simples.”

Para contornar a situação, Melo recomenda: “Como nem sempre as cabines de passes permitem que se opere os
transversais simples em toda sua extensão lateral, seja por falta de espaço físico, seja por incômodos decorrentes da
prática, (já que a abertura dos braços lateralmente, com vigor e rapidez, requer que se tenha uma boa estrutura
muscular para suportar o esforço físico), os transversais cruzados, realizados num extensão menor, como que
“compensam” a redução da abertura geral dos braços.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais usada. In “Cure e cure‐se pelos passes” cap. 32, p. 304)

Com eles também visamos projetar fluidos dispersivos que produzem como que um choque que desarticula as
ligações fluídicas do obsessor com o doente, movimentando as agregações fluídicas obsessor‐doente.

Sua ação “são essencialmente dispersivos. Por abrangerem toda a extensão dos centros vitais e por ser aplicados com
rapidez, a característica de dispersão a ele associada é muito vigorosa. No entanto, “a redução da extensão das
aberturas laterais feita pelos braços diminui sensivelmente essa que é a sua principal qualidade: a de vigoroso
dispersivo. Quando realizados próximos do paciente são dispersivos ativantes; quando distantes, passam a dispersivos
calmantes.”

Servem “para atender necessidades de dispersões localizadas mais vigorosas. Quando, no atendimento ao paciente,
houver necessidade de intercalar concentrados fluídicos muito intensos com dispersivos, os transversais cumprem
esse papel com muita eficiência. Por eles conseguimos acelerar o processo de assimilação e somatização dos fluidos
pelo organismo do paciente e também reduzimos a níveis muito baixos os riscos de congestões fluídicas.”

“Em que são mais felizes: nas dispersões localizadas ativantes eles são melhor aproveitados. No caso de pessoas com
enxaquecas, dores localizadas, peso na cabeça, respiração difícil e irritabilidade em geral, os dispersivos pelos
transversais resultam em formidáveis e quase imediatos alívios.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais usada. In “Cure e cure‐se pelos passes” cap. 32, p. 303 e 304)

“No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar (manifestação psicofônica) ou que esteve sob efeito de
hipnose ou sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência (e às vezes do
próprio corpo), o transversal deve ser aplicado sobre o frontal ou sobre o umeral, com bastante vigor. Normalmente o
efeito é muito rápido.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais usada. In “Cure e cure‐se pelos passes” cap. 32, p. 108)

COMP II  232
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
Passes Transversais

Definição: Os passes transversais se realizam transversalmente em relação ao corpo do paciente, com a finalidade de
dispersar os fluidos deletérios de uma região mais localizada no organismo. São movimentos rápidos.

Classificação:
• Dispersivos
• Geral
• Coluna

Técnicas Passes Transversais:

(Coleção Medicina Espiritual – Seção Técnica de Passes – Bases e Princípios do Passe – Cap. III – Ed. CELD)

***

2‐ Os passes circulares ou rotatórios

Falávamos sobre os passes longitudinais, que são feitos ao longo do corpo, dos membros, braços e pernas, de cima
para baixo.

Simultaneamente com esses passes – sempre que houver ingurgitamentos, abcessos, obstruções, irritações
intestinais, cólicas, supressões e os males em geral do baixo ventre –, são usados os passes rotatórios. Estes se
executam com a palma das mãos ou com os dedos (movimento rotatório palmar ou digital), com ou sem contato, mui
lentamente, operando‐se movimentos circulares da direta para a esquerda e da esquerda para direita, “tal qual se
quiséssemos polir o castão de uma bengala”¹, virando os dedos delicadamente “qual déssemos corda a um relógio”².
(Michaelus ‐ “Magnetismo Espiritual”, cap. 10, p. 77)

“Como o nome sugere, está técnica usa movimentos circulares. Sua característica é concentradora, mesmo quando os
movimentos (em giros) são rápidos. Como os centros vitais giram no sentido horário e as mãos, quando operando
circulares, giram nesse mesmo sentido, a relação entre as velocidades de giros dos centros vitais e das mãos
contribuem para um resultado em que vigora um maior “tempo” de captação, de forma que o incremento de
velocidade de mãos nos circulares tornarão esses passes mais concentradores.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais comuns. In: “Manual do passista”, p. 109 e 110)

¹ A. Gauthier – “Le Magnétisme et le Somnambulisme”


² Alfonse Bué – “Le Magnétisme Curatif”
COMP II  233
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
Há pelo menos duas variações de passes circulares. “Uma variação desses passes, conforme observa Michaelus, são
conhecidos como “fricções sem contato” ou “afloração”.

A diferença entre estes e os circulares ou rotatórios, é que aqui fazemos uma espécie de massagem psíquica e não
apenas rotações. Por isso eles podem ser palmares, digitais, longitudinais e rotatórios, e têm finalidades idênticas aos
circulares propriamente ditos.

a) Pequenos circulares ou rotatórios:

“No que tangem à maneira de aplicar, os “pequenos circulares” são executados com a(s) mão(s) girando, sem
movimento do(s) braços sobre um determinado local, região ou centro vital. Os passistas digitais direcionarão seus
dedos para o local que pretendem magnetizar, e os palmares as palmas.”

Ao aplica‐las “gira‐se a(s) mão(s) num giro de pelo menos 180°, findo o qual fecha‐se a(s) mão(s),
retornando‐a(s) ao ponto inicial, repetindo essa ação tantas vezes quantas necessárias. Observe‐
se que nos "pequenos circulares" o braço não se movimenta.” “os ‘pequenos circulares’, por
serem mais apropriados para atendimento magnético em regiões menores, normalmente são
aplicados muito próximos do local, adquirindo, por isso mesmo, a característica de concentrador
ativante. São concentradores porque estará ‘dentro do próprio circuito de captação’ do centro
vital ou da região em tratamento, o que resulta na característica concentradora de fluidos.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais usada. In “Cure e cure‐se pelos passes” cap. 32, p. 305 e 306)

b) Grandes circulares ou aflorações psíquicas:

“Ao contrário dos circulares propriamente ditos, as aflorações solicitam movimento do braço e antebraço enquanto os
dedos ficam fixos.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais usada. In “Cure e cure‐se pelos passes” cap. 32, p. 111)

No caso dessas fricções, “(...) as palmares são feitas (...) com as palmas da mão, em cheio, os dedos ligeiramente
afastados, sem crispações e sem rigidez; as digitais, com a mão aberta, ficando os dedos ligeiramente afastados e um
pouco curvados, evitando‐se contração e rigidez, com o punho erguido; as longitudinais são executadas com a mão
aberta, como as fricções palmares, ou somente com as pontas dos dedos, como as fricções digitais, ao longo dos
membros do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeça aos pés), e no sentido das correntes,
isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto dos nervos e dos músculos; os rotatórios são feitas igualmente com a
palma das mãos ou com a ponta dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros do relógio.
(...) Não se deve esquecer que, ao fazer retornar a mão ao ponto de partida, o operador a conservará fechada e
afastada do corpo do paciente. Tal como age com os passes.”
(MELO, Jacob. As técnicas. In: “O Passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap.  VIII, p. 200)

“As aflorações psíquicas”, abrangendo regiões maiores (mas, na medida do possível, atendendo e relacionando‐se a
um único centro vital por vez), também funcionam como concentradoras de fluidos, só que tanto podem ser aplicadas
na estrutura dos ativantes como dos calmantes; todavia, os resultados ativantes são sempre melhor pronunciados.”

“Saliento que as duas técnicas, “rotatórios” e “aflorações”, levam uma vantagem sobre certas imposições, como
concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos concentrações fluídicas através de circulares, a
incidência de “retorno” fluídico, que seria absorvido pelos polos emissores (as mãos) do passista, é muito reduzida, o
que resulta em maior conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente.”
COMP II  234
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
Servem “para tratamentos que requeiram vivas concentrações fluídicas. Pela forma como os fluidos são “despejados”,
literalmente dentro do sistema vorticoso dos centros vitais, a absorção destes é muito efetiva e seus resultados, por
isso mesmo, são muito positivos. Casos relacionados aos centros laríngeo, cardíaco, gástrico, esplênico e genésico,
bem como tumorações, cânceres, inflamações, problemas de pele e ossos são muito bem tratados com essa técnica.”

Em que são mais felizes: “os “pequenos circulares” são muito felizes em pequenas feridas ou pequenas infecções,
enquanto as aflorações são muito eficientes em questões gástricas de uma forma geral ou regiões maiores como
inflamações e/ou infecções.”
(MELO, Jacob. As técnicas mais comuns. in: “Cure ou cure‐se pelos passes”, pp. 306 e 307)

***

Passe Rotatório

Definição: São passes empregados a uma certa distância do organismo, utilizando as palmas ou os dedos em
movimentos lentos e rítmicos. Têm a finalidade de concentrar fluidos em torno do órgão desejado ou dos centros de
força. Podemos utilizá‐lo em casos de abscessos, furúnculos, inflamações localizadas.

Classificação:
• Palmar Uni ou Bimanual.
• Digital Uni ou Bimanual.

Técnicas de Passes Rotativos Palmares

(Coleção Medicina Espiritual – Seção Técnica de Passes – Bases e Princípios do Passe – Cap. III – Ed. CELD)

***

COMP II  235
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os Princípios da Magnetização.
O Tato Magnético e o Polarismo.
Todos os processos magnéticos são mais ou menos eficientes, desde que se respeitem os princípios essenciais do
magnetismo. Mui oportunas e judiciosas são as ponderações de Deleuse¹, quando estabelece uma diferença entre os
princípios e os processos: “Uns são imutáveis, e outros variáveis; deve-se sempre respeitar os princípios e deles nunca
nos afastarmos; quanto aos processos, o mesmo não se dá, pois a experiência é tudo, e a prática pode, a cada
momento, retificar o que se fazia na véspera”.

[...] Nunca é demais dizer que o fluido magnético, por si só, não apresenta nenhuma propriedade terapêutica, mas age
principalmente como elemento de equilíbrio. De sorte que o desequilíbrio das forças, ou, digamos melhor, dos fluidos
magnéticos que envolvem todos os órgãos do corpo humano, acarreta a desordem nas funções desses órgãos e, daí, a
caracterização do que chamamos doença. Todas as vezes, portanto, que se rompe o equilíbrio, quer por excessiva
condensação ou concentração, quer por excessiva dispersão de fluidos, cumpre restabelecê-lo e, daí, a cura.

Por isso, adverte Durville², o magnetizador deve procurar equilibrar a atividade do movimento do doente com o seu,
diminuindo-a ou aumentando-a, de acordo com os casos, de maneira a dar-lhe uma sincronização conveniente. Nisso
reside o segredo dos bons magnetizadores. A prática metódica facilmente se adapta a essas situações, pondo o
operador nos estados vibratórios especiais e convenientes, às vezes por instinto e intuição.

Precisamente à argúcia do operador, à sua acurada observação e à sua pronto deliberação, denominou Lafontaine
como arte de magnetizar³.

Quintin Gomez4 conta-nos que se encontrava, certa vez, muito excitado, em virtude de forte aborrecimento que o
levara a um estado de cólera, poucos momentos antes de atender a um dos seus doentes. Ele estava, pois, num
estado de vibração, que lhe aumentava até certo ponto a energia da ação, mas que poderia, em consequência,
perturbar o doente. Com efeito, durante a magnetização o paciente experimentou reações muito mais enérgicas do
que habitualmente. No dia seguinte, dizia ele que não teria de que se queixar da magnetização da véspera, se não
fosse a sensação de cólera e de irritação que, contrariamente ao seu humor costumeiro, suportara durante todo o dia.
É evidente que o estado de alma do magnetizador refletiu sobre o magnetizado através da energia da ação.

Assim como o magnetizado recebe as influências boas ou más do magnetizador, este também pode sofrer, quando
extremamente sensível, em virtude dos efeitos reflexo-magnéticos, as influência daquele. Convém acentuar, todavia,
que os sensitivos, sofrendo as ações das correntes, não são os mais aptos a curar pela ação magnética, que exige uma
qualidade radiadora sumamente equilibrada.

Contudo, há que distinguir os efeitos reativos as ação, que todos os magnetizadores, em maior ou menor graus,
experimentam, constituindo o que se denominou de tato magnético, faculdade preciosa no diagnóstico das moléstias
e que se pode desenvolver pelo exercício e pela prática.

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 10, p. 78, 80 e 81)

¹ Deleuze – “Magnétisme Animal”


² H. Durville – “Magnétisme – Théories et Procédes
³ Ch. Lafontaine - “L’Art de Megnétiser”.
4 Quintin L. Gomez – “Arte de curar por medio del Magnetismo”

COMP II 236
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

O Tato Magnético
E o que vem a ser empatia fluídica?

Como indicam os dicionaristas, empatia é a "tendência para sentir o que sentiria outra pessoa caso se estivesse na
situação experimentada por ela". Em termos magnéticos, corresponde à transmissão das sensações entre os parceiros
(passista e paciente), que tanto pode ser usada como referência para a busca da transformação das sensações
desagradáveis em sensações harmoniosas como pode desembocar no que chamamos de tato-magnético natural (veja
este assunto mais adiante).

Tratar o paciente empaticamente significa cultivar e manter um padrão interior de muito equilíbrio e harmonia,
impregnando o paciente com esse padrão. A chave para tal sucesso é o amor doação, a oração sincera e o
envolvimento pacificador entre ambos.

MELO, Jacob. Antipatia, simpatia e empatia fluídica. In ‘Cure-se e Cure pelos Passes, cap. XXII, p. 225.

O tato-magnético

É possível o passista sentir alguns dos sintomas da(s) enfermidade(s) que o paciente traz consigo?

Não só é possível como é muito comum isso acontecer. Aliás, existem pessoas que não são passistas nem sequer
jamais pensaram ou tomaram conhecimento do assunto, e assim mesmo sentem ou registram essas sensações de
modo semelhante. Na verdade, todos possuímos, além de nosso corpo físico, um campo de emanações fluídicas muito
próprio, através do qual percebemos e somos percebidos pelas outras criaturas, sendo que para os sensitivos fluídicos
isso é muito mais "palpável". Os passistas que têm esse tipo de registro, chamado de tato-magnético natural, dispõem
de um instrumental muito precioso para atender com exatidão a seus pacientes. Dentre os inconvenientes que
regularmente são apontados, registra-se o desconforto das sensações de dores ou incômodos que os pacientes são
portadores e o fato de alguns sensitivos reagirem como que absorvendo essas sensações, de uma forma muito
intensa, com esses registros demorando-se em seus campos fluídicos. Também para esses casos é mais do que
conveniente o conhecimento do magnetismo e suas técnicas, pois através de seu uso correto o passista saberá como
atuar de forma a aliviar ou resolver os problemas do paciente e, por consequência, deixar de sentir as dores ou os
desconfortos deste. Em todo caso, fica a ressalva de que os dispersivos gerais ao final do atendimento normalmente
eliminam eventuais absorções improprias.

E no caso de o passista sentir os problemas bem antes do paciente entrar para o atendimento, tendo inclusive a
certeza dos locais e procedimentos que tomará, e isso sem saber exatamente qual será o paciente que virá para ser
atendido?

A questão é a mesma: tato-magnético natural. Acontece que pela afinidade e responsabilidade ante os trabalhos em
realização, os campos fluídicos do passista vão se tornando cada vez mais abrangentes, assim alcançando outros
campos fluídicos com os quais irão interagir. A certeza do que irá fazer faz parte do nível de prática e experiência do
passista (sem falar nas influências e nos encaminhamentos espirituais). Isto, inclusive, indica muito bem que quanto
mais e melhor agirmos no terreno do magnetismo, mais e mais habilitados estaremos para identificar os problemas
dos pacientes e ter segurança de como, quando e onde realizar as fluidificações. Este, inclusive, é um dos motivos
pelos quais os passistas estão sempre sendo convidados ao estudo e ao aprimoramento das técnicas através do bem.

COMP II 237
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Especificamente sobre o tato-magnético natural, poderá o mesmo ser passível de controle, já que muitas vezes as pessoas
que têm esse dom não o dominam, pois sentem ou registram as sensações das pessoas onde quer que se encontrem?

Vejamos o que sugere Kardec, conforme registrado em O Livro dos Médiuns, item 162. "Como se sabe, o
sonambulismo natural cessa, geralmente, quando substituído pelo sonambulismo magnético. Não se suprime a
faculdade, que tem a alma, de emancipar-se; dá-se-lhe outra diretriz. O mesmo acontece com a faculdade mediúnica.“
Ora, sabemos que o tato-magnético não é uma faculdade mediúnica, mas a prática tem demonstrado que, neste caso,
o que se aplica ao sonambulismo natural e à faculdade mediúnica é similar ao que acontece com o tato-magnético.
Portanto, a melhor maneira de vencer os incômodos provenientes de um tato-magnético natural é transformá-lo em
facultativo. Dando-lhe essa "nova diretriz", ou seja, esse uso controlado, a espontaneidade vai substituída pelo
controle, por sua educação, por seu domínio.

Até agora, você só falou do tato-magnético natural. Existe outro?

Acabei de falar no outro, que pode ser "desenvolvido", despertado, educado. É o tato-magnético facultativo. Por se
tratar de faculdade anímica (não mediúnica), tem a vantagem de podermos ter um maior domínio sobre a mesma.
Consiste em, por meio da observação acurada, sentirmos nas mãos e pelas mãos as variações fluídicas do paciente
(digo nas mãos por ser o mais usual, mas há variantes também nesse setor). Normalmente, passamos as mãos pela
frente do paciente, buscando sentir todas as variações existentes entre os centros vitais e outras regiões do corpo do
paciente (sem toque físico).

Quais tipos de variações e sensações são registrados?

Vão desde um suave e quase imperceptível frescor até violentos tremores ou choques. O mais comum é o registro de
variações de temperaturas, umidade e porosidade da "superfície áurica". Importante destacar, entretanto, é a
sensação de ser agradável ou desagradável tal registro. Isto porque num paciente uma determinada sensação pode
ser considerada agradável e noutro a mesma sensação pode ser desagradável. Esta percepção é fundamental para que
do tato-magnético extraiamos a diagnose precisa.

E como se desenvolve esse tato-magnético?

Em tese, é muito simples. Afastamos uma ou as duas mãos de


um centro vital do paciente (de preferência o coronário ou o
frontal, a cerca de um metro de distância) e vamos deixando que
ela(s) se aproxime(m) lentamente. Perceberemos que a partir de
uma determinada distância (que em média varia de 35 a 15 cm
de distância do corpo do paciente) uma certa "barreira" parece
querer interditar nosso acesso às zonas mais próximas do corpo
do paciente — notemos que nesse ponto é onde melhor nos
sentiremos com o paciente ou, no caso de antipatia fluídica,
maior repulsão será constatada. Esse ponto é o ideal onde

nossos campos fluídicos melhor interagem e, portanto, melhores condições de registro e percepção teremos. Muitas
vezes, não conseguimos localizar esse ponto nas primeiras tentativas, mas normalmente a grande maioria dos
passistas logo o identificam. Creio ser desnecessário dizer que entre cada par passista-paciente haverá uma relação
própria, pelo que não será comum passistas diferentes encontrarem pontos em distâncias idênticas ou os mesmos
tipos de sensações.

COMP II 238
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Somente isso?

Bom, sentido e localizado esse primeiro ponto, fica mais fácil


detectarmos os demais, especialmente sobre os demais centros
vitais.

Sempre no sentido da cabeça para os pés, passamos as mãos em


frente a todos os centros vitais e vamos registrando as
diferenças entre os centros e as sensações agradáveis ou
desagradáveis sobre cada um deles. Normalmente, as reações
desagradáveis são ricos sinalizadores de focos a serem tratados.

Então, todo o registro ocorre nas mãos do passista?

Sim e não. Para uma grande maioria, sim, mas outros sentem reflexos em seus próprios organismos. Depois, há de se
destacar um detalhe muito importante: nas mãos, temos pelo menos dois tipos de registros: um diz "o que o paciente
está emitindo" e o outro informa "o que nós estamos sentindo". Por exemplo: quando passo a mão sobre o gástrico de
um paciente, sinto um incremento de calor seco vindo do paciente (percebido em minhas mãos) e no meu corpo
registro um desconforto tipo uma ânsia repentina, ou um frêmito, ou uma pontada no fígado...

Quer dizer que o campo que sentimos desagradável será onde iremos agir magneticamente?

Na maioria das vezes, sim. E o que quer que façamos naquele campo, poderemos em seguida verificar se deu certo ou
errado. Como? Passando a mão sobre os centros vitais novamente e percebendo se as sensações equivocadas e de
desconforto ali registradas passaram. Se aliviaram ou melhoraram, significa dizer que as técnicas empregadas estão de
acordo com as necessidades do tratamento; se o desconforto aumentou, significa dizer que deveríamos ter agido de
forma inversa ou de outra forma. Por exemplo, se aplicamos um ativante concentrado, deveríamos ter feito um
dispersivo ativante ou ter trabalhado os calmantes. Basta refazermos, com todo cuidado, é claro, o que fizemos
anteriormente e logo restabeleceremos o ideal magnético.

Todo mundo tem tato-magnético?

Nem todos possuem um bom tato-magnético, mas todos podemos desenvolvê-lo, de forma a tê-lo num bomnível de
precisão.

Não anularia a intuição ou outras manifestações de diagnose?

De forma alguma. O tato-magnético é mais uma ferramenta a favor do magnetizador e do paciente. Sabendo-se onde
e como atuar e podendo-se conferir o resultado, antes mesmo de o paciente acusá-lo, a segurança das atuações
magnéticas só têm a lucrar. Assim, as manifestações oriundas de faculdades mediúnicas terão no tato-magnético
reforço de primeira linha. Ademais, se um Espírito quiser chamar nossa atenção para um problema localizado, ele
pode "passar a ideia" do lugar onde há o desequilíbrio ou simplesmente dirigir nossa mão ao ponto, o que não nos
impede de conferir a intuição com o tato-magnético ou simplesmente atender à intuição.

COMP II 239
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Então, a intuição é peça importante no trato do magnetismo, também?

Não foi por esquecimento nem descaso que deixei de fora a intuição como fator determinante. Ocorre que é muito
comum usarmos a desculpa da intuição para darmos vazão às nossas pretensões e, via de regra, debitarmos ao "mais
além" o resultado de nossa invigilância e imprudência. Assim, para quem tenha boa intuição na hora do passe, ainda
assim assegure-se de possuir um mínimo de domínio das técnicas e de segurança própria para depois não cair nas
dificuldades propiciadas pelos equívocos. A intuição é muito importante e valioso instrumento de ação no
magnetismo, mas não deveríamos transferir a ela a responsabilidade que cada um deve exercer, consorciada ao
estudo, à prática e à experiência.

Às vezes, quando estou aplicando passes, vejo luzes nas pontas de meus dedos e elas se direcionam a algumas partes do
corpo do paciente e, ali chegando, aquelas regiões reagem apresentando cores mais fortes ou outras cores. O que é isso?

Uma variante do tato-magnético. Apesar do termo tato-magnético sugerir um registro tátil, este registro pode se
manifestar de diversas formas. Uma delas é essa, de cores e luzes.

MELO, Jacob. O tato-magnético. In ‘Cure-se e Cure pelos Passes, cap. XXVIII, p. 259 a 266.

***

O Polarismo
É certo que devemos agir sempre com muita atenção e prudência. Mas não devemos temer as consequências as ação
magnética, porque assim como provocamos determinadas reações no organismo da magnetizado, assim também
podemos fazer cessá-las. É preciso confiar. A falta de confiança, diz Aubin Gauthier¹, faz o timorato; teme-se o efeito
magnético, em vez de o desejar; se ele se apresenta, é recebido com inquietação; os efeitos imprevistos enchem de
pasmo o incrédulo, ou impelem a imprudências e exageros, que não se daria, em havendo por diretrizes a reflexão, o
critério e a experiência.

Já vimos que se pode magnetizar indiferentemente com a mão direita ou com a esquerda ou com as duas mãos.
Assim, porém, não entendem os polaristas, tendo à frente Durville², os quais afirmam que o corpo humano, como
qualquer corpo na Natureza, é polarizado, sendo o lado direito positivo e o esquerdo negativo; que a polaridade é
inversa nos canhotos; que os polos do mesmo termo (isônomos) excitam, e os polos de termo contrário
(heterônomos) acalmam; que tendo, assim, cada mão uma influência magnética particular, não se pode magnetizar
indiferentemente cm a mão direita ou com a mão esquerda, por anular uma os efeitos produzidos pela outra, e
reciprocamente.

Du Potet, Deleuze, Gauthier, Cahagnet, Morand, Rouxel, Bué, Lafontaine, Binet e Fevée muitos outros contestam as
conclusões dos polaristas, afirmando que a potencia volitiva do magnetizador unifica a ação a ação radiadora e a
conduz com igual segurança ao paciente, de face, de lado, pelas costas, de perto ou de longe, e, às vezes, mesmo de
um compartimento para outro, através das paredes e sem estar vendo o paciente.

Em confirmação do que se assevera a corrente contrária à teoria dos polaristas, citaremos um caso de magnetização
de um compartimento para outro, através das paredes e sem estar vendo o paciente. Dez essa experiência Du Potet,
no “Hotel-Dieu”, em Paris, na presença do médico M. Husson e do professor Recamier. Du Potet ficou num gabinete
fechado à chave e a paciente, Srta Samson (sonâmbula), na sala contígua, sem saber da presença do magnetizador.

¹ A. Gauthier – “Magnétisme et Somnambulisme” COMP II 240


² H. Durville – “Traité Expérimental de Magnétisme”
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A um sinal convencionado, sem que o operador soubesse onde e a que distância estava a apciente colocada na sala,
iniciou-se a magnetização. Eram então, nove horas e cinco minutos; três minutos depois, viu-se a apciente esfregar os
olhos e cair no seu sonambulismo ordinário.

Essa experiência foi repetida em diversos dias, sendo que a última vez por exigência do Dr. Bertrand, médico da
Faculdade de Paris, que atribuía o sono magnético à coincidência de uma predisposção ocasional da paciente para
dormir...

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 10, p. 85 a 87)

Desde os magnetizadores clássicos até as pesquisas feitas com os sonâmbulos e as experiências de desdobramento, tem-se
observado, a partir das cores normalmente visualizadas, uma espécie de polaridade nos seres humanos. Seria isso
polaridade ou cromoterapia?

De fato, tanto o Dr. L. E. Herman como o Barão de Reichenbach e o notável Ernesto Bozzano, entre outros,
registraram, com muita propriedade, que do lado direito do ser humano projeta-se um halo alaranjado e, do lado
esquerdo, um azulado. Foi então atribuído um sentido de polaridade, onde o alaranjado (direito) passou a positivo, e o
azulado (esquerdo), a negativo. A partir dessa constatação, muitas experiências foram realizadas tomando-se por base
uma similitude com o magnetismo dos ímãs, mas nem tudo foi confirmado, deixando claro que o fluido animal possui
propriedades muito além das observadas e medidas nos campos magnéticos dos ímãs. Confirmou-se, por exemplo, a
força da vontade gerando novos potenciais nos fluidos, chegando mesmo a interferir diretamente nas cores então
observadas. Constatou-se também que a sutileza do fluido magnético rompe as barreiras das eventuais perdas que
seriam ocasionadas pelas distâncias — ou por outras influências físicas e químicas —, as quais, no caso do magnetismo
mineral, são ponderáveis e diretamente proporcionais, interferindo, portanto, consideravelmente nos campos criados
ou induzidos.

Disso tudo se conclui que o polarismo tem uma base racional para existir, mas não se sustenta em si mesmo quando as
ilações são diretas com a imagem dos ímãs. O fenômeno em questão é, pois, considerado fenômeno de polaridade, e
não de cromoterapia.

MELO, Jacob. As cores. In ‘Cure-se e Cure pelos Passes, cap. LI, p. 447 e 448.

COMP II 241
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

As Fricções e os Passes Dispersivos.


E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todas as
enfermidades e males entre o povo. E sua fama correu por toda a Síria; e trouxeram-lhe, então, todos aqueles que
sofriam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos. E Jesus os
curava. E uma grande multidão da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e de além do Jordão seguia a Jesus.
(Marcos, 4: 23 a 25)

1- As Fricções

Em magnetismo denomina-se fricção a ação de passar a mão sobre o corpo, sem nenhuma pressão, mas por meio de
um contato suave, e diretamente sobre a pele.

Alguns autores chamam-lhe afloração quando feita por meio de um contato muito superficial e por cima das roupas.

A fricção age profundamente, estimulando, a princípio, a ramificação dos nervos sensitivos do derma, para depois
alcançar os tecidos subjacentes e estender-se por todos os órgãos.

As fricções são palmares, digitais, longitudinais e rotatórias.

As fricções palmares são feitas, conforme o nome o indica, com as palmas da mão, em cheio, os dedos ligeiramente
afastados, sem crispações e sem rigidez; as digitais, com a mão aberta, ficando os dedos ligeiramente afastados e um
pouco curvados, evitando-se contração e rigidez, com o punho erguido; as longitudinais são executadas com a mão
aberta, como as fricções palmares, ou somente com as pontas dos dedos, como as fricções digitais, ao longo dos
membros e do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeça aos pés), no sentido das correntes,
isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto dos nervos e dos músculos; as rotatórias são feitas igualmente com a
palma das mãos ou com a ponta dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros de um
relógio.

É também aconselhável, de quando em quando, e à medida que a mão ou os dedos deslizam pelo corpo, fazer ligeiras
pressões como se quiséssemos deslocar alguma coisa aderente à pele.

Não se deve esquecer que , ao fazer retornar a mão ao ponto de partida, o operador a conservará fechada e afastada
do corpo do paciente, tal como age com os passes.

Vê-se assim que a fricção magnética nada tem de comum com a maneira pela qual são ministradas as fricções
médicas, em que predominam movimentos rápidos, ás vezes violentos, praticados em todas as direções e geralmente
com o emprego de pomadas, óleos e outros medicamentos.

É sobretudo importante, observa Bué¹, evitar o emprego de substâncias mercuriais, arsenicais, iodadas ou canforadas,
que entravam totalmente a ação magnética, pervertendo mais ou menos a sensibilidade e a receptividade das
ramificações nervosas do derma. [...]

¹ Alfonse Bué – “Magnétisme Curatif”.

COMP II 242
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Os passes e as fricções produzem muitas vezes certos desequilíbrios orgânicos de pouca monta, e facilmente
removíveis, oriundos de acumulação dos fluidos em uma ou algumas partes do corpo. Esses desequilíbrios consistem
comumente em opressão no peito, contraturas e espasmos. Em casos tais, como invariavelmente no fim de cada
magnetização, há necessidade de dispersar os fluidos assim acumulados.

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 12, p. 104 a 106)

Vejamos um caso registrado por Allan Kardec que fala por si:

“Tínhamos ocultado a morte do Sr. Demeure à Sra. G..., médium vidente e sonâmbula muito lúcida, para poupar sua
extrema sensibilidade. E o bom doutor (Demeure), percebendo nosso ponto de vista, sem dúvida tinha evitado
manifestar-se a ela. A 10 de fevereiro último, estávamos reunidos a convite de nossos guias que, diziam eles, queriam
aliviar a Sra. G... de uma entorse de que sofria cruelmente desde a véspera. Não sabíamos mais que isto (...). Apenas
caída em sonambulismo, a dama soltou gritos lancinantes, mostrando o pé. Eis o que se passava:

“A Sra. G... via um Espírito curvado sobre sua perna, mas as suas feições ficavam ocultas; operava fricções e
massagens, fazendo de vez em quando uma fricção longitudinal sobre a parte doente, absolutamente como teria feito
um médico. A operação era tão dolorosa que a paciente por vezes vociferava e fazia movimentos desordenados. Mas a
crise não teve longa duração; ao cabo de dez minutos todo o traço de entorse havia desaparecido; não mais
inflamação, o pé tinha tomado sua aparência normal; a Sra. G... estava curada.

“(...) A cura referida acima é um exemplo da ação do magnetismo espiritual puro, sem qualquer mistura do
magnetismo humano”.
(Poder curativo do magnetismo espiritual. In “Revista Espírita”, abr. 1865, pp. 109 a 111)

No Antigo testamento

De fato, a imposição de mãos é uma das bênçãos mais antigas. Existem registros dela desde os tempos mais antigos.

Identificar as origens da imposição de mãos é realizar longa viagem aos tempos imemoriais de indefinível distancia. A
imposição de mãos nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade das mãos
sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que
acalmava a dor.

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando a
letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões ali acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos
junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos. Dos egípcios, os gregos buscaram aprender as artes
de curar. O historiador Heródoto destaca, em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização
das fricções com as mãos. Em Roma, se cria que a saúde poderia ser recuperada através de imposição de mãos.
Hipócrates também falava de uma medicina que relacionava cura à imposição de mãos e aos sonhos. Depreendemos,
a partir desses breves registros, que a crença na cura pela imposição de mãos era algo normal desde tempos antigos e
que não se limitava à sua prática conforme se lê na Bíblia, especialmente no Novo Testamento.

Deus criou todas as coisas por sua palavra. Ele falou e tudo se fez. Mas com o ser humano foi diferente. O Senhor o
criou com suas próprias mãos. Ele o formou do pó da terra, modelando-o segundo o seu querer. Houve contato. Esta é
a primeira imposição de mãos na Bíblia, se assim podemos dizer.

COMP II 243
² Dr. J. Lawrence – “magnetismo Utilitário y Milagroso”.
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
No Velho Testamento, os israelitas impunham suas mãos nas cabeças de animais antes que eles fossem queimados
para transferir seus pecados para o sacrifício animal.

Êxodo 29:10; 29:15; 19;


Levítico 1:1-5; 4:15; 8:4; 8:18; 22; 16:21; 24:14.
Números 8:12; 2
Crônicas 29:23;

https://escolabiblicadominical.wordpress.com/2009/10/27/imposicao-de-maos-estudo/

2- Os Passes Dispersivos

A ação de dispersar, portanto, é ação de equilíbrio e não, como insinuava Lawrence, a ação de desmagnatização².

Diversos são os processos de dispersão. Citaremos, todavia, os mais usados.

Em primeiro lugar, indicaremos os passes transversais e perpendiculares. [...] Os passes perpendiculares somente são
praticados no fim das sessões, mas depois dos passes transversais, quando houver necessidade de mais segura
dispersão. [...]

(Michaelus - “Magnetismo Espiritual”, cap. 12, p. 106 a 108)

2.1 – Tipos Passes Dispersivos:

 Transversais
 Longitudinais
 Perpendiculares
 Sopros frios

2.1.1 – Passes Transversais:

Para atender necessidades de dispersões localizadas mais vigorosas.

Por eles conseguimos acelerar o processo de assimilação e somatização dos fluidos pelo organismo do paciente e
também reduzimos a níveis muito baixos os riscos de congestões fluídicas.

SIMPLES
PASSES TRANSVERSAIS
CRUZADOS

COMP II 244
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
a) Passes Transversais Simples:

Posiciona-se as mãos na distância pretendida (perto ou distante do corpo do paciente conforme se pretenda trabalhar
os ativantes ou os calmantes) e, com vigor e rapidez, abrem-se os braços lateralmente, cada um no sentido oposto ao
outro. O ideal é que se possa fazer a abertura dos braços em toda sua angulação – de forma a que os braços fiquem
totalmente abertos, formando um ângulo de 180° entre si.

Quando retornar as mãos para uma nova ação transversal, trazê-las fechadas e, mentalmente, assumir a postura de
não doação nesse momento, a fim de não perturbar ou congestionar o centro que se está trabalhando.

b) Passes Transversais Cruzados:

A diferença básica na aplicação é que as mãos se cruzam em forma de X à frente do ponto que será tratado e depois
todo o processo se repete.

2.1.2 Passes Longitudinais:

Os passes longitudinais, também conhecidos como “de grande corrente”, quando feitos rapidamente (cerca de 5
segundos, da cabeça aos pés) e a uma distância maior que 25 cm, têm notável poder dispersivo e com ação calmante,
além de regularizar a circulação sanguínea e fluídica. É a dispersão mais recomendada para os casos de congestão
fluídica, pois promove um reequilíbrio total do paciente.

COMP II 245
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Realizado com movimentos. Sua aplicação é das mais ricas entre todas as técnicas, pois, dependendo da velocidade e
da distância, atende os 4 padrões estabelecidos para as combinações destes fatores. Mas por serem tão versáteis, não
são tão concentradores quanto as imposições e nem tão dispersivos quanto os transversais. Pouco eficientes quando
aplicados em pequenas regiões.

“Ele próprio aplicou recursos magnéticos na obsidiada, fazendo a dispersão dos fluidos tóxicos que a asfixiavam,
mediante movimentos longitudinais, rítmicos, logo após insuflando energias restauradoras de forças.” (sopro)

(Nas Fronteiras da Loucura. Manoel Philomeno de Miranda por Divaldo Franco)

2.1.3- Passes Perpendiculares

Se for aplicado rápido, é um dispersivo de poder mais consistente que o longitudinal.

Quando aplicado lento, serve para concentrar o magnetismo em grandes regiões.

Inconvenientes:

 Passista tem que girar em torno do paciente


 Difícil de aplicar no paciente sentado, mas mesmo neste caso, tem elevado poder dispersivo.

2.1.4- Sopros frios:

Pode-se aplicá-lo próximo ou distante do paciente, com maior ou menor vigor.

Seu uso mais frequente é no sentido dispersivo calmante. Para tal, o sopro é feito a uma relativa distância (em média,
acima de 50 cm do paciente) e expelido o ar com vigor em direção ao ponto ou centro que se deseja dispersar.

Para que servem: sobretudo para acalmar agitações e crises nervosas, debelar febres, tirar pacientes de transes
hipnóticos, sonambúlicos, magnéticos e/ou mediúnicos e ordenar centros vitais em descompensação em relação a
outros centros.

Em que são mais felizes: no trato de epilepsias, febres, convulsões e dissipação de acúmulos fluídicos densos em
centros vitais.

COMP II 246
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
As Funções dos Dispersivos.
"Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os Espíritos violentos,
ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta.”
Allan Kardec, in: O Livro dos Médiuns, cap. 16, item 188, médiuns sensitivos.

Embora tenha falado muitas coisas sobre os dispersivos, gostaria de apresentar mais alguns destaques às suas funções
bem como à importância que os mesmos têm nos passes.

O termo "dispersivo", apesar de ser uma "evolução“ ao conceito de "limpeza fluídica" , não traduz com perfeição
todas atribuições e alcances que lhe são peculiares.

No dicionário dó Aurélio, temos: dispersar. 1. Fazer ir para diferentes partes; pôr em debandada; espalhar ... 2.
Dissipar; desfazer ... 3. Fazer sair; desviar, para diversos pontos ... Para dispersivo temos: 1. Que causa dispersão;
dispersor. 2. Que se dispersa, que não se concentra no que faz...

A acepção primeira desse termo, no inconsciente popular, está no sentido de dissipar, desfazer. Mas falar em
dispersivo, no sentido fluídico-magnético, pressupõe o entendimento do termo numa abrangência maior, muito mais
ampla do que a definida em dicionários ou pelo que é apreendido pelo sentido popular.

Como veremos a seguir, as técnicas dispersivas propiciam muitas e variadas repercussões quanto aos efeitos do
magnetismo. Assim, iniciarei tomando por base as derivações encontradas no Aurélio, podendo então afirmar que os
dispersivos "fazem ir" para diferentes centros vitais os concentrados fluídicos; eles igualmente "espalham" esses
mesmos concentrados; também "dissipam" e "desfazem“ congestões fluídicas; promovem a "saída" de agregados
fluídicos perniciosos e "desviam, para diversos pontos" e centros vitais, os fluidos, concentrados ou não. Mas não se
limitam a isso. Os dispersivos, entre outras coisas:

 "filtram" os fluidos, refinando-os para atendimentos e alcances diversos;


 "compactam" os fluidos para processos que, por falta de melhor nomenclatura, denomino de "ruminação fluídica",
onde os fluidos ficam "armazenados" nas periferias ou em recantos especiais dos centros vitais, para posterior e
gradual "consumo" pelo paciente sem, contudo, criar congestões fluídicas;
 "catalisam" fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, alcance e transferência entre centros
vitais;
 "decantam" os fluidos, retirando impurezas e refinando a textura dos mesmos;
 atraem ao passista, notadamente às extremidades de exteriorização, as cargas fluídicas que promovem
desarmonias,
 reequilibrando-as - no próprio paciente ou pelo trânsito via passista;
 quando em grande circuito, faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais, inclusive operando a psi-
sensibilidade do paciente em benefício deste e do próprio passista;
 esparge as camadas fluídicas superficiais, deixando mais "visíveis" e "sensíveis" os "focos" de desarmonias do
paciente;
 elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião do passe, doando ao paciente uma sensação de
equilíbrio e ao passista uma boa recompensação fluídico-magnética, inibindo a possibilidade de uma fadiga fluídica;
 resolve desarmonias provocadas por fadigas fluídicas - embora nesses casos, quase sempre, seja requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;
 corrige eventuais equívocos no uso de técnicas;
 redireciona cargas fluídicas entre os centros vitais e podemos ter certeza, ainda executa uma enormidade de
tarefas outras, muitas das quais sequer percebemos.
COMP II 247
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Mediante tão rico conjunto de possibilidades, parece incrível que muitos passistas ainda teimem em não fazer uso de
técnicas dispersivas, apenas alegando riscos de ritualismos ou afirmando, empírica e irrefletidamente, que não se deve
aplicar dispersivos após os passes para "não tirar os fluidos que foram ali depositados". Não, não há riscos de
ritualismos quando se age com conhecimento e consciência do que se faz. Ademais, o exótico que possa parecer a
movimentação das mãos nos passes é menos relevante do que toda pujança de alcances e feitos que se obtêm com a
aplicação correta dos dispersivos.

É com muito pesar que vemos pessoas imbuídas da melhor boa vontade e portadoras da maior fé, fazerem longas
imposições, com visíveis transferências fluídicas anímicas, não perceberem o mal-estar que provocam em seus
pacientes. Com certeza, o Mundo Espiritual trabalha enormemente para sanar ou pelo menos diminuir os efeitos
nocivos dessas longas imposições ou concentrações fluídicas sem os competentes dispersivos. E graças à atuação deles
é que o mal é menor, tenho certeza. Mas se, ao contrário de deixarmos aos Espíritos a tarefa de lidarem com fluidos
densos como os nossos, por não nos habilitarmos a fazer corretamente o que nos compete, fizéssemos tudo a
contento e com sabedoria, tenho absoluta convicção de que estaríamos alcançando muitos outros "milagres",
realizando muito maiores benefícios, produzindo não um por cem ou dez por cem mas provavelmente estaríamos
perto do cem por cem sugerido por Jesus. E os Espíritos do Bem estariam muito mais livres para ajudar a todos,
pacientes e passistas, de uma maneira muito mais abrangente, profunda e repercussiva, já que "não perderiam
tempo" corrigindo o que tem resultado de nossas limitações.

A importância do dispersivo vem sendo provada e demonstrada pela Natureza, em todos os tempos. O vento é uma de
suas mais cabais demonstrações. Movimentando-se, ele saneia o ar, traz as chuvas, permite respiremos com
renovação... Nossos gestos de movimentação brusca, quando batemos ou queimamos alguma parte de nosso corpo,
igualmente sinaliza para que servem os dispersivos .... As chamadas rezadeiras, quando "benzem" crianças, fazem uso
de gestos rápidos, nitidamente dispersando os concentrados fluídicos que estão a promover as desarmonias naqueles
organismos fragilizados pela ainda limitada defesa natural...

Pessoas, quando sentindo-se sugadas (ou desernegizadas, como se diz vulgarmente) por outras ou muito abatidas
fluidicamente, são acometidas de repentinos desejos de saírem correndo, gritando ou até esmurrando o ar e objetos.
Por estranho que possa parecer, essa é uma forma como elas passam a informação da necessidade de vencerem
concentrados nocivos ou de estancarem grandes perdas fluídicas.

Por fim, é certo que os dispersivos "extraem" excessos fluídicos, mas não extraem ou arrancam os fluidos que foram
aplicados, como supõem alguns, nem muito menos joga-os fora. Quando doamos fluidos através do passe, o
organismo vital do paciente os absorve e retém, por um processo de afinidade, não permitindo que fluidos
"combinados", "casados", "arquivados" a partir de então, sejam "retomados” por um simples dispersivo. Os excessos
são extraídos exatamente quando ou porque não estão combinados, casados ou assimilados pelo paciente, daí a
maleabilidade em seus "manuseios". E nesses casos, tenhamos em mente a assertiva de Kardec e dos Espíritos de que
os fluidos retirados retomam para o meio de onde vieram, ou seja, eles são reelaborados e reassimilados seja pelo
próprio paciente, pelo passista ou pelo fluido cósmico do onde proveio. Logo, não há perdas, não há "sujeiras
fluídicas", não há um desperdício de excessos quando se usa bem a boa técnica. Posso afirmar sem medo de errar:
dispersar é preciso.

(Melo, Jacob. Manual do passista: curando pelo amor e pelo magnetismo –As Funções dos Dispersivo, págs. 115 a 118)

COMP II 248
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
Passe de Sopro ou Insuflações
1‐ Considerações acerca do sopro

Narra André Luiz que: “(...) o sopro curador, mesmo na Terra, é sublime privilégio do homem. No entanto, quando
encarnados, demoramo‐nos muitíssimo a tomar posse dos grandes tesouros que nos pertencem (...). Quem pudesse
compreender, entre as formas terrestres, toda a extensão deste assunto, poderia criar no mundo os mais eficientes
processos soproterápicos. (...)”.

“‐ Como o passe, que pode ser movimentado pelo maior número de pessoas, com benefícios apreciáveis, também o
sopro curativo poderia ser utilizado pela maioria das criaturas com vantagens prodigiosas. Entretanto, precisamos
acrescentar que, em qualquer tempo e situação, o esforço individual é imprescindível. (...).”

“‐ Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem tenha o estômago
sadio, a boca habituada a falar o bem, com abstenção do mal, e a mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a
esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder‐se‐á transmitir,
também na Crosta, a saúde, o conforto e a vida.”

“(...) No plano carnal, toda boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis auxílios, notando‐se, porém, que
as bocas generosas e puras poderão distribuir auxílios divinos, transmitindo fluidos vitais de saúde e reconforto”

(XAVIER, Francisco. O sopro. In: “Os mensageiros”, cap. 19, p. 105)

2‐ Duas modalidades de sopro: frios e quentes

a) Sopros Frios
O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando‐os
lentamente (se o objetivo é acalmar) e rapidamente e com vigor
(para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um
sono magnético, sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa,
afastamento de espírito). Poderemos verificar que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de fluidos e
que dependendo do seu estado, doará saúde ou desarmonia.
São muito usadas como dispersivos ou calmantes a depender da
distancia e da força que se imprime no próprio sopro a verificar,
pois são aplicadas, normalmente a uma relativa distância da
região que se deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela
que se queira apagar.

São utilizados, “sobretudo, para acalmar agitações e crises nervosas, debelar febres, tirar pacientes de transes
hipnóticos, sonambúlicos, magnéticos e/ou mediúnicos e ordenar centros vitais em descompensação em relação a
outros centros.”

(MELO, Jacob. As técnicas mais comuns. in: “Cure e cure‐se pelos passes”, p. 303)

Em que são mais felizes: “no trato de epilepsias, febres, convulsões e dissipação de acúmulos fluídicos densos em
centros vitais."
COMP II  249
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
b) Sopros Quentes

Ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de


ativantes.

“É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do


estômago, liberando‐os lentamente, até esgotar o ar.”

“Em muitos casos, haverá necessidade do toque com os lábios”. De


início recomenda‐se que se isole o local a ser tratado com um pano,
flanela, fralda ou coisa semelhante, tanto para evitar o contato
direto com a pele do paciente como para reter eventuais bacilos ou
germes peculiares aos mecanismos do sistema respiratório/fonador
(aí considerado nariz, boca, a garganta como um todo e o
estômago).
“Isto feito, com a boca distante do paciente, enche‐se os pulmões completa e diafragmaticamente e solta‐se o ar
sobre o ponto determinado, lentamente como se quiséssemos embaçar uma superfície metálica (por exemplo), até
esgotar toda a provisão de ar nos pulmões. Finda a provisão, fecha‐se a boca, afastando‐a do paciente e respira‐se
com naturalidade umas cinco ou seis vezes ou quanto for necessário para que a respiração do passista seja
normalizada para só então repetir o processo. Uma ressalva muito importante é que esta técnica é excessivamente
desgastante, em termos fluídicos, para o passista, pelo que ele deve se abster de repeti‐la muitas vezes, sob pena de
rapidamente cair em fadiga.”

Funcionam “como concentradores ativantes de grande poder.”

São usadas para resolver severos problemas de inflamações e/ou infecções ou necessidades magnéticas e/ou
mediúnicas de grandes concentrados fluídicos ativantes. Pelo seu grande poder concentrador de ativantes, não é
técnica recomendada para se usar sobre os centros vitais superiores e intermediário (coronário, frontal, laríngeo e
cardíaco), salvo se o magnetizador tiver muita experiência e perfeito domínio de sua doação e direcionamento dos
fluidos aí concentrados. (grifo nosso)

Em que são mais felizes: no tratamento de inflamações, furúnculos, infecções localizadas e tumores em geral e ainda,
como resume Michaelus (em Magnetismo Espiritual, FEB), a partir dos magnetizadores clássicos: “nos
ingurgitamentos, nas obstruções, asfixias, dores de estômago, cólicas hepáticas ou nefríticas, enxaquecas, afecções
glandulares, dores de ouvido, surdez, etc., tendo grande efeito sobre as articulações, sobre o alto da cabeça, o
cerebelo, as têmporas, os olhos, as orelhas, o epigástrio, o baço, o fígado, os rins, a coluna vertebral e o coração”.

(MELO, Jacob. As técnicas mais comuns. in: “Cure e cure‐se pelos passes”, p.309 a 311)

Para concluir este item, façamos um resumo histórico com Gabriel Delanne: “A ciência magnética compreende certo
número de divisões, conforme as diferentes categorias de fenômenos.

“(...) Os anais dos povos da antiguidade formigam em narrativas circunstanciadas, que mostram o profundo
conhecimento que do magnetismo tinham os antigos sacerdotes.

“(...) Amóbio, Celso e Jâmblico ensinam em seus escritos que existia entre os egípcios, em todas as épocas, pessoas
dotadas da faculdade de curar por meio da aposição das mãos e de insuflações (...)

COMP II  250
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
“(...) Quem obteve, porém, maior fama nessa matéria, foi Simão, “o mágico”, que, soprando nos epilépticos, destruía o
mal de que estavam atacados.

(IMBASSAHY, Carlos. Histórico. In “O Espiritismo perante a Ciência”, 2ª Parte, cap. 1, pp. 75 a 78)

3‐ Revendo os Centros Vitais:

"As vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador
lhe pode ser de grande proveito', (grifei)

(Allan Kardec, in: O livro dos Médiuns, cap. 23, item 251)

Laríngeo ‐ ainda considerado como de alta frequência, exerce significativo papel de filtragem dos fluidos anímicos
quando em direção aos fluidos e campos espirituais; é o centro da criatividade; localiza‐se sobre a laringe (garganta) e,
por isso, também é conhecido como o centro da garganta; regula a fonia, o sistema respiratório, o processo digestivo
inicial, a pressão arterial e corresponde‐se com as glândulas tireoide e paratireoide; no campo mediúnico tem
presença marcante nos fenômenos de psicofonia e de indução, sem falar na pujança de sua atividade exteriorizadora
de ectoplasma; no magnético, responde primordialmente pelas insuflações (sopros magnéticos) .

(MELO, Jacob. Revendo os Centros Vitais. In: Manual do passista: curando pelo amor e pelo magnetismo, pag. 53)

Eis um exemplo do poder da exaltação moral sobre o sonâmbulo. Com a palavra o Sr. Chardel¹:

“Um dia, magnetizando uma sonâmbula, eu a fiz passar ao estado superior; ela passeava pelo apartamento com uma
amiga, e pediu‐me para recitar uma cena das tragédias de Racine. Entreguei‐me imprudentemente aos sentimentos
que esse autor tão bem exprime, e só me apercebi da emoção de minha sonâmbula quando a vi cair sem movimento
aos nossos pés. Jamais privação de sentimento foi tão assustadora; o corpo tinha toda a flexibilidade da morte; cada
membro que se levantava voltava a cair sob seu próprio peso, a respiração parara, não se sentiam mais o pulso e as
batidas cardíacas; os lábios e as gengivas perderam a cor, e a pele, que a circulação não animava mais, ficou com um
tom lívido e amarelado.

“Felizmente não fiquei perturbado, e tinha bastante domínio sobre mim para sentir que podia exercer grande poder
sobre minha sonâmbula. Comecei magnetizando os plexos, inspirei um sopro magnético nas narinas, fiz o mesmo na
boca e nas orelhas, e pouco a pouco minha sonâmbula recuperou o uso da palavra. Eu soube então que nada de
extraordinário alterara sua saúde, mas que sua alma, com a emoção, se separava do corpo acarretando a modificação
vital que lhe obedeceu. O contato com a impressionabilidade cessara então, as circulações sanguínea e nervosa
pararam, e a vida espiritualizada, pronta a deixar a organização, retinha ainda a alma incerta, vacilando como a chama
acima da lâmpada que se extingue.

“A circulação sanguínea, por ocasião das minhas perguntas, já retomara seu curso; quanto à circulação nervosa,
restabelecera‐se somente na cabeça e no peito; pelo menos minha sonâmbula me assegurou que o resto da
organização ainda estava privado dela, de maneira que ela via seu corpo como um objeto estranho que lhe repugnava
vestir. Só consentiu nisso cedendo à minha vontade, e preveniu‐me de que era minha vida espiritualizada (fluido
magnético) que restabelecia nela o curso da circulação nervosa.”

(CHARPIGNON, Louis‐Joseph‐Jules. Êxtase. In: Fisiologia, Medicina e Metafísica do Magnetismo animal. Pag. 108)

COMP II  251
¹ Chardel. Esquisse de la nature humaine [Esboço da natureza humana], explicada pelo magnetismo animal. 1826, I vol. in‐80. Página 278.
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII ‐ PASSES
“Ocorre o mesmo nas asfixias por imersão ou por um gás; a ação magnética, dirigida como ensinamos, é mais
poderosa do que qualquer outro meio. A insuflação magnética convém bem melhor que a de um ar o qual, para agir
sobre a economia, deve ser modificado pelo aparelho pulmonar, que se acha paralisado, ao passo que o sopro
magnético traz consigo o princípio vital, o excitador do sistema nervoso. Resta ainda combater os acidentes; mas o
principal é fazer cessar o estado de síncope, de asfixia, que, prolongado um pouco mais, traz infalivelmente a morte. O
magnetismo é portanto o agente mais capaz de atingir esse primeiro objetivo; depois, a medicina deve empregar seus
recursos.
(CHARPIGNON, Louis‐Joseph‐Jules. Medicina Magnética. In: Fisiologia, Medicina e Metafísica do Magnetismo animal. Pag. 176)

Sopro quente Sopro frio
‐ Bem próximo (anteparo) ‐ Distância maior que 40cm 
‐ Lábios relaxados ‐ Lábios em bico

Resumo
Mecanismo do Passe – O sopro pode ser quente ou frio. Aquece e é ao mesmo tempo tônico, dilatador, dissolvente e
calmante. O frio é refrigerante. Um ativa as correntes e carrega, o outro rompe as correntes e desprende.

De acordo com Michaelus no livro Magnetismo Espiritual, cap. XII:

Sopro quente – dá‐se a insuflação quente da seguinte forma: “Coloca‐se sobre a parte do corpo um lenço, [...]
dobrado em quatro. Aplica‐se a boca sobre o lenço, e, enchendo os pulmões com a máxima quantidade de ar que
possam conter, sopra‐se uma expiração muito lenta e o mais prolongado possível, sem empregar contração ou força.
Esgotada a provisão de ar, levanta‐se a cabeça, afasta‐se a boca, e aspira‐se do ar ambiente, pelo nariz, nova provisão,
e, aplicando novamente os lábio sobre o pano, começa0se outra insuflação [...]

Quando a insuflação desenvolve um calor suave no local, e quando esse calor se espalha gradualmente pelas regiões
vizinhas... prenuncia que a circulação sanguínea se faz livre e normalmente.”

Sopro Frio – “[...] é quando é executado numa distância de 30 centímetros a um metro [...] a insuflação é tanto mais
fria quanto mais longa a distância em que for executada [...] faz‐se a insuflação fria soprando com rapidez e violência
sobre a parte que se quer atuar.”

COMP II  252
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Cadeia Magnética. O Magnetismo no Olhar, na Música e no Ambiente.

Introdução

Como se processa o magnetismo nos fluidos espirituais?

[...] Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade
entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.

Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos
miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre.

(A Gênese – capítulo 14 item 21)

O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a
Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes. [...]

Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como
uma esponja se embebe de um líquido.

Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o
perispírito com eles se confunde. [...]

Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em
contacto molecular.

(A Gênese, capítulo 14 item 180)

1- Cadeia Magnética.

[...] Diremos, apenas, que este tipo de mediunidade consiste, principalmente, no dom que certas pessoas possuem de
curar, pelo simples toque, pelo olhar, até por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida,
que isto é apenas magnetismo. É evidente que o fluido magnético desempenha, aqui, um grande papel; mas quando
se examina este fenômeno com cuidado, reconhece-se, sem dificuldade, que existe algo a mais. A magnetização
comum é um verdadeiro tratamento contínuo, regular e metódico; ali, as coisas se passam de modo completamente
diferente. Quase todos os magnetizadores são aptos para curar, se souberem conduzir-se convenientemente,
COMP II 253
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
enquanto que, nos médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns até a possuem, sem jamais ter ouvido falar
de magnetismo. A intervenção de um poder oculto, que constitui a mediunidade, torna-se evidente, em certas
circunstâncias, principalmente, quando se considera que a maioria das pessoas que podemos, com razão, qualificar de
médiuns curadores têm recorrido à prece, que constitui uma verdadeira evocação.

(O Livro dos Médiuns, capítulo 14 item 175)

[...] a cadeia magnética, que na opinião de Deleuze, é o meio mais poderoso para aumentar a força do magnetismo e
para por em circulação o fluido.

A cadeia se forma de pessoas sãs, interessadas, ou que se possa interessar pela cura do doente, ou, então, pela
reunião dos próprios doentes enfermos, que se agrupam para seu comum tratamento.

(Michaelus – Magnetismo Espiritual – Cap. 13 – págs. 113 e 114)

No capítulo I do Livro Missionários da Luz, André Luiz descreve o ambiente onde se realizaria reunião
evangélica, com a presença de dezoito encarnados e grande assembleia de espíritos sofredores no plano espiritual,
em fase preparatória para comunicação espiritual por intermédio do processo psicográfico.

Entrei cauteloso, sem despertar a atenção da assembleia que ouvia, emocionadamente, a palavra generosa e
edificante de operoso instrutor da casa.

Grande número de cooperadores velava atento. E, enquanto devotado mentor falava com o coração nas palavras, os
dezoito companheiros encarnados demoravam-se em rigorosa concentração de pensamento, elevados a objetivos
altos e puros. Era belo sentir lhes a vibração particular.

Cada qual emitia raios luminosos muito diferentes entre si, na intensidade e na cor. Esses raios confundiam-se na
distância de sessenta centímetros dos corpos físicos e estabeleciam a corrente de forças bastante diversa das
energias da nossa esfera. Essa corrente não se limitava ao círculo movimentado. Em certo ponto, despejava
elementos vitais, à maneira de fonte miraculosa, com origem nos corações e cérebros humanos que aí se reuniam.

As energias dos encarnados casavam-se aos fluidos vigorosos dos trabalhadores do plano espiritual em ação,
congregados em vasto número, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes, extremamente
apegados às sensações fisiológicas.

Semelhantes forças mentais não são ilusórias, como podem parecer ao raciocínio terrestre, menos esclarecidos
quanto às reservas infinitas de possibilidades além de matéria grosseira.

RESUMO DAS APLICAÇÕES DA ENERGIA MENTAL NO AMBIENTE

1. Formação da cadeia magnética pelos espíritos para defesa do ambiente;


2. Visibilidade entre espíritos separados por faixas vibratórias;
3.Materialização de certas imagens ou quadros para reavivamento da emotividade e da confiança nas almas infelizes;
4. Armazém de benefícios para infelizes, extremamente apegados às sensações fisiológicas.

COMP II 254
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
2- O Magnetismo no Olhar, na Música e no Ambiente

Já afirmamos que o fluido magnético se escapa também dos olhos. Existem mesmo certos magnetizadores que não
prescindem da ação dos olhos simultaneamente com os passes [...]

Entendem eles que, se admitimos que o olhar de certas pessoas podem influenciar outras, temos que admitir
igualmente que o olhar doce e benevolente de um indivíduo simpático, de saúde equilibrada, exerce uma influência
ou ação benéfica.

Nesse sentido assim se exprime o Dr. Passavant*: “A força magnética do olhar executa milagres; cada olhar que
fixamos de maneira constante, mesmo a grande distância, encontrará em breve os olhos aos quais é dirigido; do
mesmo, modo cada pessoa que encontrar um olhar, que lhe é fixamente dirigido, se sente tocada magicamente, não
há ação e reação; a relação magnética logo se estabelece.”

(Michaelus – Magnetismo Espiritual – Cap. 11 – págs. 88 e 89)

[...] dom que certas pessoas possuem de curar, pelo simples toque, pelo olhar, até por um gesto,
sem o concurso de qualquer medicação.

O Livro dos Médiuns, capítulo 14 item 175

Os Espíritos são sensíveis à música?

“Queres falar da música terrena? O que é ela comparada à música celeste? A essa harmonia da qual nada na Terra
pode dar-vos uma ideia? Uma está para a outra, assim como o canto do selvagem, para uma suave melodia. Todavia,
Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir vossa música, porque ainda não lhe é dado
compreender uma outra mais sublime.

A música possui encantos infinitos para os Espíritos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas;
refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e mais suave.”

(O Livro dos Espíritos – Questão 251)


COMP II 255
* Dr. Passavant – “Recherches sur le magnétisme vital”, apud Ch. Lafontaine – “L’Art de Megnétiser”, p. 330.
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Por que é orientado aos enfermos, além de cultivar bons pensamentos, fazer boas
leituras e ouvir boas músicas?

Todos os magnetizadores reconhecem que a música excita e desperta a alma, deleita os


sentidos, ergue os espíritos melancólicos e deprimidos, acalma e adormece as paixões e
as perturbações.

(Michaelus – Magnetismo Espiritual – Cap. 13 – pág. 118)

Conta-nos o Velho Testamento que quando o Espírito se apoderava de Saul, tomava


David a harpa e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio e o Espírito maligno se
retirava dele. (I Samuel 16:23)

(Michaelus – Magnetismo Espiritual – Cap. 13– pág. 118)

“Se nós pudéssemos calcular o poder das vibrações sonoras, avaliar sua ação sobre a matéria fluídica, sua forma de
agrupar os turbilhões de átomos, chegaríamos a um dos segredos da energia espiritual.”

(Léon Denis - O Espiritismo na Arte - Parte VI – pág. 77 )

As terapias espirituais caracterizam-se como complementares, mediante passes, magnetismo, água fluidificada, preces
ou as denominadas cirurgias espirituais com ou sem incisões na pele.

Essas técnicas, quando bem conduzidas por pessoas ou médiuns capazes e bem-treinados, em ambientes
previamente preparados, podem ser importantes como auxílio aos tratamentos médicos convencionais,
dependendo do merecimento de cada um, de acordo com a Lei de Causa e Efeito. Aliando-as a mudanças de hábitos
e comportamentos, o assistido poderá ter alívio do seu sofrimento ou até ficar livre da moléstia que o incomoda.

(Dr. Alexandre Serafim, presidente da Associação Médico-Espírita do Vale do Paraíba)

A importância do pensamento para a harmonização magnética do ambiente

[...] do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos
ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão; penosa, se aquele é discordante. Ora, para
isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe
sempre.

Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos.
Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dali, porque
impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para
produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada num concerto.
Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática,
onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo.

(A Gênese, capítulo 14 item 18)

COMP II 256
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

Por que o Tratamento presencial e não à distância?

Nos tratamentos feitos à distância, o paciente precisa estar em boas condições psíquicas. O desequilíbrio mental do
ambiente onde o enfermo reside também dificulta o trabalho dos espíritos operadores. O paciente que tem a mente
saturada de fluidos sombrios ou está com o sistema nervoso alterado por causa de alguma discussão impede o
sucesso do trabalho dos operadores espirituais. Sentimentos negativos, tais como ódio, vingança, luxúria ou cobiça
também atrapalham o êxito do tratamento. Isto porque a ação vibratória dos espíritos operadores é muito elevada e
incompatível com vibrações de baixo padrão.

O ambiente familiar fica impregnado pelos resíduos de pensamentos emitidos pelos moradores, os quais
podem ser bons e maus. Além disso, vivemos assistidos por entidades atraídas pela lei de afinidade. Assim, as
entidades que trazem perturbações no ambiente podem ser retiradas através da mudança vibratória, conseguida
por meio de pensamentos bons, leituras sadias, compreensão, entendimento, tolerância entre os familiares etc. Um
método eficaz de melhorar o ambiente familiar é a prática do Evangelho no Lar.

O Evangelho no Lar deve ser uma prática adotada como regra salutar e higienizadora do ambiente familiar,
porque é ali, no seio da família, que se encontra “o cadinho redentor das almas endividadas”, como diz
Emmanuel. É um momento de confraternização entre os familiares e os espíritos afins sob a bandeira do Cristo,
sendo uma atividade muito importante para melhorar o clima espiritual dentro de casa.

(Revista Crista de Espiritismo - O Que e Cura Espiritual- Biblioteca Espírita Virtual)

COMP II 257
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES

A Magnetização de Objetos. A Psicometria.


A Influência Moral do Magnetizador.

Magnetizador

Magnetizador é uma pessoa que, manipulando o fluido magnético, produz efeitos mais ou menos patentes. Em geral,
o magnetizador, propriamente dito, é considerado sinônimo de médium curador, porque ambos são pessoas capazes
de veicular fluidos vitais. Entretanto há diferenças fundamentais, entre um e outro, segundo a concepção espírita.

Pelo fato de um fluido ser bastante abundante e enérgico para produzir efeitos instantâneos de sono, de catalepsia, de
atração ou de repulsão, não se segue absolutamente que tenha as necessárias qualidades para curar; é a força que
derruba, e não o bálsamo que suaviza e restaura; assim, há Espíritos desencarnados de ordem inferior, cujo fluido pode
mesmo ser maléfico, o que os espíritas a todo instante têm ocasião de constatar. Só nos Espíritos superiores o fluido
perispiritual está despojado de todas as impurezas da matéria; está, de certo modo, quintenssenciado; por
conseguinte, sua ação deve ser mais salutar e mais imediata; é o fluido benfazejo por excelência. Visto que não pode
ser encontrado entre os encarnados, nem entre os desencarnados vulgares, faz-se mister pedi-lo aos Espíritos elevados,
como se vai procurar nas regiões distantes os remédios que não encontramos em nossa terra.

(Revista Espírita - janeiro de 1864 - item: Médiuns curadores, p.21)

[...] assim também como as influências atmosféricas frequentemente atuam sobe as transmissões telegráficas e as
perturbam, a influência moral do médium age algumas vezes sobre a transmissão dos nossos despachos de além
túmulo e os perturbam, por que somos obrigados a fazê-los atravessar um meio contrário. Entretanto, na maioria das
vezes essa influência é anulada pela nossa energia e a nossa vontade, e nenhuma perturbação se verifica. Com efeito,
os ditados de elevado alcance filosófico, as comunicações de moralidade perfeita são transmitidas às vezes por
médiuns pouco apropriados a essa função superior, enquanto de outro lado, comunicações pouco edificantes chegam
às vezes por médiuns que se envergonham de lhes servir de condutores.

(O Livros dos Médiuns - Dissertação de um espírito sobre a influência moral – item 231)

7a) Por que os Espíritos superiores permitem que pessoas dotadas de um grande poder como médiuns e que
poderiam fazer muito bem, sejam os instrumentos do erro?

“Eles tentam influenciá-los; mas, quando elas se deixam arrastar num mau caminho, eles as deixam ir. É por isso que
delas se servem com repugnância, pois a verdade não pode ser interpretada pela mentira.”

(O Livros dos Médiuns - Dissertação de um espírito sobre a influência moral – item 226)

1- A Magnetização de Objetos. A Psicometria.

Todos os corpos, animados e inanimados, já o dissemos, são suscetíveis de magnetização, isto é, podem carregar-se e
saturar-se de fluido magnético.

Essa propriedade serve de base à magnetização indireta ou intermediária, que é a praticada com o auxílio de corpos
previamente magnetizados.[...]

COMP II 258
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A magnetização indireta ou intermediária nos levaria a reflexões mais complexas e mais profundas, pela
demonstração de que o fluido universal, que se nos apresenta sob as mais sutis nuanças, é a chave da explicação de
muitos fenômenos supranormais. [...]

E Bozzano conclui decisivamente:

“Daí, o seguir-se que, para explicar os fatos, somos levados, em todos os casos, a admitir a existência de um fluido
pessoal humano ligando-se ao objetos. É uma conclusão esta corroborada por tantas circunstâncias, tendente todas a
demonstrá-la, que podemos considerá-la como definitivamente adquirida pela Ciência.”

(Michaelus – Magnetismo Espiritual – Cap. 14 – págs. 123, 124 e 125)

Segundo a definição do Assistente Áulus, a palavra “psicometria” designa a faculdade que têm algumas pessoas de
lerem “impressões e recordações ao contacto de objetos comuns”. Psicometria é, também, faculdade mediúnica.
Faculdade pela qual o sensitivo, tocando em determinados objetos, entra em relação com pessoas e fatos aos
mesmos ligados.

Essa percepção se verifica em vista de tais objetos se acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
Toda pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua personalidade, dos seus sentimentos,
das suas virtudes, dos seus defeitos. A psicometria não é, entretanto, faculdade comum em nossos círculos de
atividade, uma vez que só a possuem pessoas dotadas de “aguçada sensibilidade psíquica”. E a nossa atual condição
espiritual, ainda deficitária, não permite esses admiráveis recursos perceptivos.

Quando tocamos num objeto, imantamo-lo com o fluido que nos é peculiar. E se, além do simples toque ou uso,
convertermos inadvertidamente esse objeto, seja um livro, uma caneta, uma joia ou, em ponto maior, uma casa ou
um automóvel em motivo de obsessiva adoração, ampliando, excessivamente, as noções de posse ou propriedade, o
volume de energias fluídicas que sobre o mesmo projetamos é de tal maneira acentuado que a nossa própria mente
ali ficará impressa.

(Martins Peralva – Estudando a Mediunidade – Cap. 39 – Psicometria)

MECANISMO DA PSICOMETRIA — Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos
medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto
de objetos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do
pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionômica e as marcas digitais. [...]

FUNÇÃO DO PSICOMETRA — Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a
individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como, por
exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.

Efetuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório denso,
acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por autodecisão, não apenas desassocia os agentes
psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido,
acompanhando o mapa que se lhe traça às ações no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços,
o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.

(André Luiz – Mecanismos da Mediunidade – Cap. 20 – Psicometria)

COMP II 259
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Estudo de caso 1:

André Luiz, na obra Nos Domínios da Mediunidade, Capítulo 26 – Psicometria, nos conta o episódio de uma jovem
que, há cerca de 300 anos, acompanha um espelho a ela ofertado por um rapaz:

“Avançamos mais além.

Ao lado de extensa galeria, dois cavalheiros e três damas admiravam singular espelho, junto do qual se mantinha uma
jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.

Uma das senhoras teve palavras elogiosas para a beleza da moldura, e a moça, na feição de sentinela irritada,
aproximou-se tateando-lhe os ombros.

A matrona tremeu, involuntariamente, sob inesperado calafrio, e falou para os companheiros:

– Aqui há um estranho sopro de câmara funerária. É melhor que saiamos...

Confiou-se o grupo a manifestações de bom-humor e retirou-se, acompanhando-a noutro rumo. A entidade, que não
nos assinalava a intromissão, pareceu-nos contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha
fascinação.

Áulus acariciou-a, de leve, tocou o objeto com atenção e comentou:

– Anotaram o fenômeno? Do pequeno conjunto de visitantes, a irmã que registrou a aproximação da jovem, sob nosso
exame, é portadora de notável sensibilidade mediúnica. Se educasse as suas forças e sondasse o espelho, entraria em
relação imediata com a moça que ainda se apega a ele desvairadamente. Receber-lhe-ia as confidências, conhecer-lhe-
ia o drama intimo, porque imediatamente lhe assimilaria a onda mental, senhoreando-lhe as imagens...

Hilário, incapaz de sofrear a curiosidade que nos esfogueava o cérebro, indagou sobre a moça. Que fazia ali, naquele
túmulo de recordações? por que se interessava, com tanta ânsia, por um simples espelho, sem maior significação?

O Assistente, como quem já esperava por nosso inquérito, respondeu sem pestanejar:

– Toquei o objeto para informar-me. Este espelho originalíssimo foi confiado à jovem por um rapaz que lhe prometeu
casamento. Vejo-lhe a figura romântica nas reminiscências dela. Era filho de franceses asilados no Brasil, ao tempo da
França Revolucionária de 1791. Menino ainda, aportou no Rio e aí cresceu e se fez homem. Encontrou-a e conquistou-
lhe o coração. Quando arquitetavam projetos de casamento, depois da mais Intima ligação afetiva, a família
estrangeira, animada com os sucessos de Napoleão, na Europa, deliberou o retorno à pátria. O moço pareceu
desolado, mas não desacatou a ordem paterna. Despediu-se da noiva e lhe implorou guardasse a peça como
lembrança, até que pudesse voltar, e serem então felizes para sempre... Contudo, distraído na França pelos encantos
de outra mulher, não mais regressou... Depressa esqueceu responsabilidades e compromissos, tornando-se diferente. A
pobrezinha, no entanto, fixou-se na promessa ouvida e continua a esperá-lo. O espelho é o penhor de sua felicidade.
Imagino a longa viagem que terá feito no tempo, vigiando-o como sendo propriedade sua, até que a lembrança viesse
por fim repousar no museu.

– O assunto – aventei, preocupado – compele-nos a refletir sobre as antigas histórias de joias enfeitiçadas...

– Sim, sim – ponderou o Assistente –, a influência não procede das joias, mas sim das forças que as acompanham.”

COMP II 260
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Estudo de caso 2:

“Passamos por longo portal e, no interior do edifício, reparamos que muitas entidades desencarnadas iam e vinham, de
mistura com as pessoas que anotavam utilidades de outro tempo, com crescente admiração.

– Muitos companheiros de mente fixa no pretérito frequentam casas como esta pelo simples prazer de rememorar... –
comentou o Assistente.

Verifiquei que algumas preciosidades, excetuando-se uma que outra, estavam revestidas de fluidos opacos, que
formavam uma massa acinzentada ou pardacenta, na qual transpareciam pontos luminosos.

Notando-me a curiosidade, o instrutor aclarou, benevolente:

– Todos os objetos que você vê emoldurados por substâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por
aqueles que os possuíram.

Não longe, havia curioso relógio, aureolado de luminosa faixa branquicenta.

Áulus recomendou-me tocá-lo e, quase instantaneamente, me assomou aos olhos mentais linda reunião familiar, em
que venerando casal se entretinha a palestrar com quatro jovens em pleno viço primaveril.

Com aquele quadro vivo a destacar-se ante a minha visão interior, examinei o recinto agradável e digno. O mobiliário
austríaco imprimia sobriedade e nobreza ao conjunto, que jarrões de flores e telas valiosas enfeitavam.

O relógio lá se encontrava, dominando o ambiente, do cimo de velha parede caprichosamente adornada.

Registrando-me a surpresa, o Assistente adiantou:

– Percebo a imagem sem o toque direto. O relógio pertenceu a respeitável família do século passado. Conserva as
formas-pensamentos do casal que o adquiriu e que, de quando em quando, visita o museu para a alegria de recordar. É
um objeto animado pelas reminiscências de seus antigos possuidores, reminiscências que se reavivam no tempo,
através dos laços espirituais que ainda sustentam em torno do círculo afetivo que deixaram.

Hilário tateou a preciosidade e falou:

– Isso quer dizer que vemos imagens aqui impressas por eles, por intermédio de vibrações...

– Justamente – confirmou o orientador. – O relógio está envolvido pelas correntes mentais dos irmãos que ainda se
apegam a ele, assim como o fio de cobre na condução da energia está sensibilizado pela corrente elétrica.
Auscultando-o, na fase em que se encontra, relacionamo-nos, de imediato, com as recordações dos amigos que o
estimam.

Hilário refletiu alguns momentos e observou:

– Então, se estivéssemos interessados em conhecer esses companheiros e encontrá-los, um objeto nessas condições
seria um mediador para a realização de nossos desejos...

– Sim, perfeitamente – aprovou o instrutor –; usaríamos, para isso, alguma coisa em que a memória deles se
concentra. Tudo o que se nos irradia do pensamento serve para facilitar essa ligação.

COMP II 261
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais,
onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é
característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. Quando
libertados do corpo denso, aguçam-se-nos os sentidos e, em razão disso, podemos atender, sem dificuldade, a esses
fenômenos, dentro da esfera em que se nos limitam as possibilidades evolutivas.
(Áulus - Nos Domínios da Mediunidade – Cap. 26 – Psicometria)

2. A Influência Moral do Magnetizador.

INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM — Como em qualquer atividade coletiva entre os homens, é forçoso convir que
médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.

Igualmente, aí, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da ação.

E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencarnados ou encarnados da operação a realizar não


guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento
mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes,
invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.

Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objeto deliberadamente
psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.

Quem apresenta ao psicômetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com
isso, quando não tenha atraído para o objeto o interesse afetivo, no Plano Espiritual, terá desenhado mentalmente os
seus traços ou quadros alusivos às reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para
que as percepções ultrassensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.
(André Luiz – Mecanismos da Mediunidade – Cap. 20 – Psicometria)

“Algumas pessoas dispõem de um poder magnético muito grande, poder de que podem fazer mau uso, se seus
próprios Espíritos forem maus e, neste caso, podem ser secundadas por outros maus Espíritos; mas, não creiais nesse
pretenso poder mágico, que só existe na imaginação das pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da
Natureza. Os fatos que citam são fatos naturais, mal observados e, principalmente, mal compreendidos.”

“Todas as fórmulas são charlatanice; não há palavra sacramental alguma, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã
que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, pois estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais.”

“Sim, tendes Espíritos que vos indicam sinais, palavras estranhas, ou que vos prescrevem certos atos, com o auxílio
dos quais fazeis o que chamais conjuros; mas, ficai bem certos de que são Espíritos que zombam de vós e abusam da
vossa credulidade.”

“É verdade; porém, a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos; ora,
é raro que, aquele que seja bastante simplório para crer na virtude de um talismã, não tenha um objetivo mais
material que moral; em todo o caso, isso denuncia uma pequenez e uma fraqueza de ideias que favorecem aos
Espíritos imperfeitos e zombeteiros.”

“Aqueles a quem chamais feiticeiros são pessoas que, quando de boa-fé, são dotadas de certas faculdades, como o
poder magnético ou a segunda vista; e, então, como eles fazem coisas que não compreendeis, vós os julgais dotados
de um poder sobrenatural. Vossos sábios não têm, muitas vezes, passado por feiticeiros aos olhos das pessoas
ignorantes?”
(O Livro dos Espíritos – Resposta às Questões 552 a 555)
COMP II 262
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
A Magnetização da Água. O Autopasse.
"E qualquer que tiver dado só que seja um copo d água fria por ser meu discípulo,
em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão".
Matheus 10:42

1. A água magnetizada

Desde os tempos antigos, a água foi considerada como elemento a que se prestavam as mais diversas e excepcionais
virtudes. A água por si mesma, já é um elemento primordial à vida. Realmente, segundo Allan Kardec: “Certas
substâncias, como a água, podem adquirir qualidades poderosas e eficientes sob a ação do fluido espiritual ou
magnético, ao qual servem de veículo ou de reservatórios.”¹

Allan Kardec nos ensina também que os Espíritos, pela ação de sua vontade, podem operar na matéria elementar uma
transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades. Esta teoria nos fornece a explicação da mudança
das propriedades da água, por obra da vontade. O magnetizador atua sempre assistido por outro Espírito.²

Jacob Melo afirma que “... a água fluidificada é um dos mais notáveis coadjuvantes dos tratamentos fluidoterápicos,
pois, [...] os passes recebidos na Casa Espírita nem sempre são diários ou intercalados por um máximo de dois dias.
Como a fluidificação do paciente por ocasião do passe está sujeita a sofrer perdas devido ao seu comportamento
psíquico (moral) e, até, orgânico, a absorção de fluidos restauradores, de forma complementar, pela água fluidificada,
equilibra e sustenta o quadro fluídico renovado do paciente (em tese) até sua próxima sessão de passe.”

Há de se perguntar: “E por que não acontece a diminuição da carga fluídica com a água?” É porque “A água e os
líquidos em geral a conservam (a magnetização) durante longo tempo, anos mesmo, sem que as propriedades
comunicadas estejam sensivelmente diminuídas...”

“Ali o fluido atua no que chamaríamos ‘psimolécula’ da água, campo onde não atuam outros campos organofluídicos,
já que, por ser a água um composto inorgânico, assim, uma estabilidade molecular por influência do que chamaríamos
‘campo psicomolecular’ – surgido pelo fenômeno da magnetização -, o qual só será alterado por outra influência
psíquica externa, quer por nova magnetização, quer pela dissociação de suas cargas energéticas, quando
consumidas.”³

O amigo espiritual Lísias, citado por André Luiz em Nosso Lar esclarece:

“[...] sabemos que a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (na colônia Nosso
Lar), ela é empregada sobretudo como alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente
consagradas à manipulação da água pura, com certos princípios suscetíveis de serem captados na luz e no
magnetismo espiritual.”4

¹ KARDEC, Allan. Ensaio teórico das curas. In: “Revista Espírita”, mar. 1868, p. 86.
² KARDEC, Allan. Do laboratório do mundo invisível. In. “O Livro dos Médiuns”, cap. 129 a 131.
³ MELO, Jacob. As Técnicas. O Passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática, cap. VIII, pp. 258 a260.
4 XAVIER, Francisco C. No bosque das águas. In: “Nosso Lar”, cap. 10, p. 61.

COMP II 263
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Segundo Emmanuel:

“A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode
ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos
olhos mortais”.5

Dr. Bezerra de Menezes nos explica que:

“A água, em face da constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada.
Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora.”6
Fazendo coro, diz George W. Meek: “A água é extremamente sensível a muitas irradiações”,7 enquanto Michaelus
considera que “De todos os corpos da Natureza, a água é o que mais completamente recebe o fluido magnético, e o
recebe de maneira a chegar facilmente ao estado de saturação.”8

O doente do corpo físico e do espírito deve ser beneficiado com a água magnetizada, durante a emissão da prece ou
da transmissão do passe, visando à cura ou alívio de doenças. A maioria das casas espíritas dispõe de um local onde os
frequentadores colocam vasilhames contendo a água para ser magnetizada.

1.1. A Técnica da fluidificação

“[...] Para fluidificação da água teremos de levar em consideração – como em


qualquer caso de fluidificação – a origem do fluido: se espiritual, os próprios
Espíritos fluidificarão nossa água, quer atendendo nossas orações, quer durante
as reuniões de evangelização; quer nos vasilhames para esse fim destinado nas
reuniões do “Culto do Evangelho no lar”, quer à cabeceira de nossas camas
quando estamos enfermos. Nossa participação se dá pela fé perseverante que
possuirmos, pela vontade e pela oração sincera. Se humano ou misto, teremos
necessidade, como médiuns de nos recolhermos através da oração e, impondo
as mãos (indiferente se uma ou duas) sobre o(s) recepiente(s) que contém a
água, deixarmos fluir nossas energias, nosso fluidos magnéticos, direcionando-
os por nossa vontade mas sujeitando-as, pela prece, à vontade maior.”

“Quanto à questão dos vasilhames estarem abertos ou fechados, não faz a menor diferença, pois nenhuma matéria,
até onde as pesquisas científicas e espíritas chegaram, é capaz de deter ou opor obstáculos à transmissão fluídica.”9
Prova-os os atendimentos à distância, as irradiações mentais onde tantos são beneficiados.

O material do vasilhame também não importa, nem a cor. O cuidado que devemos ter diz respeito à higiene, ou seja,
que eles estejam limpos, isentos de qualquer impureza que venha a contaminar a água.

5 XAVIER, Francisco C. A água fluida. In: Segue-me, p. 131.


6 FRANCO, Divaldo Pereira. As Consultas. In: “Loucura e Obsessão”, cap. 3, p. 40.
7 MEEK, George W. in “As Curas Paranormais”, cap. 5, it. 19, tópico 4, p. 238.
8 MICHAELUS. In “Magnetismo Espiritual”, cap. 15, p. 136.
9 MELO, Jacob. As técnicas. In: “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap. VIII, p. 261.

COMP II 264
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
1.2. A temperatura da água

A temperatura da água tem sua explicação em Gabriel Delanne:

Jacob Melo aborda com muita propriedade as controvérsias existentes no meio espírita acerca da temperatura ideal
da água a ser fluidificada, pois, “muito se fala quanto à temperatura da água: fria, morna, quente ou gelada? E, via de
regra, querendo se justificar esta ou aquela opinião, apresentam-se explicações bisonhas e, na maioria das vezes,
infundada”.

“Imaginemos um povo que more numa região muito fria e outro que more numa região onde a água seja
normalmente muito quente. E aí, será que esse pessoal estará desprovido da possibilidade de obter os benefícios da
fluidificação? Claro que não. Esses efeitos físico (frio, calor, etc.) não interferem na fluidificação [...].”10

Vejamos uma explicação de Gabriel Delanne sobre os fluidos perispirituais a fim de compormos um raciocínio: “[...] Os
Espíritos têm um corpo fluídico, que nenhuma das formas de energia pode influenciar. Nem os frios intensos dos
espaços interplanetários, que chegam a 273 graus abaixo de zero, nem a temperatura de muitos milhares de graus
dos sóis qualquer influência exercem sobre a matéria perispirítica. É que esse invólucro da alma procede do fluido
cósmico universal. 11

“Que conclusões podemos tirar da afirmativa de Delanne? Reconhecemos que os fluidos magnéticos não são
exclusivamente perispirituais, mas sabemos que se lhes assemelham; por provirem da mesma fonte cósmica e
funcionarem numa mesma direção, tem comportamento semelhante. Por este raciocínio podemos concluir que as
diferenças de temperatura não devem influir substancialmente no comportamento fluídico da água. Ademais,
lembrando a influência fluídica nas psimoléculas da água, a qual não se submete às nossas condições físico-químicas
conforme o demonstra o magnetismo através do comportamento dos fluidos de uma forma geral, fácil concluir que a
água magnetizada não pode estar tão sujeita a tais fatores. Em face dessa evidência, sugerimos arquivem-se as
informações em contrário, pois, racionalmente, se assim não ocorresse, os povos de cidades muito quentes ou muito
frias estariam em sérias dificuldades para serem atendidos pela magnetização, o que, convenhamos, seria uma
discriminação muito grande da parte do Grande Doador.”12

A síntese de Emmanuel nos fala claro:

“Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiopsíquicas ou nos
problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações,
e espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor, em forma de benefícios (...)”.13

1.3. Diferença básica entre fluidificação espiritual e magnética

Uma diferença significativa entre uma fluidificação espiritual e a magnética (humana) que deve ser observada pelo
passista é que na primeira, “o passista, normalmente, apenas percebe um sutil trânsito de fluidos acessando-o pelo
coronário e atravessando-lhe os polos emissores (mãos); enquanto que na magnética, além de sentir suas usinas
fluídicas em plena ação, é comum sentirem variações de sensibilidade, tais como: aquecimento, esfriamento, tremor
ou formigamento nas mãos e/ou dedos, paladar variando à medida em que fluidifica vasilhames de pacientes
diferentes (gosto amargo, doce, de remédio, de vitaminas, de plantas, de terra...) e odor aguçado, com variações à
medida em que fluidifica (cheiro de flores, terra molhada, chás, perfumes, medicamentos diversos...). Essa grande
variedade, inclusive, deve-se a um fator muito importante: a que e a quem se destina a magnetização da água. Isso
porque existem pelo menos dois objetivos diretos: um geral e outro específico”.
10 MELO, Jacob. A água fluidificada. In “Cure e cure-se pelos passes”, cap. 45, p. 407.
11 DELLANE, Gabriel. O mundo espiritual e os fluidos. In “A Alma é Imortal”, cap. 3, it. Estudo sobre os fluidos, p. 241.
12 MELO, Jacob. As Técnicas. In: O Passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática, cap. VII, p. 262.
13 XAVIER, Francisco Cândido. A água fluida. In “Segue-me”, p. 132. COMP II 265
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
1.4. Objetivos geral e específico da fluidificação

a) Objetivo geral
“é aquele que não tem uma particularidade a ser atendida que não seja a de renovar ou fortalecer o campo fluídico do
paciente em geral. Na maioria das vezes, essa fluidificação é espiritual. Isso não significa que os Espíritos apenas
realizem fluidificações gerais. Quando solicitado, o Mundo espiritual procede a fluidificação específica e objetiva para
atender a determinados tratamentos ou pacientes. A água assim fluidificada de forma genérica pode ser sorvida por
qualquer pessoa.

b) Objetivo específico
“é aquele que tem destino e objetivos bem específicos, tanto em termos de pacientes como para atendimento de
determinados problemas. Na maioria das vezes, essa fluidificação é magnética (humana ou mista), mas o Mundo
Espiritual está sempre presente. Ocorre que a água fluidificada específica, salvo as exceções, não deve ser sorvida por
quem não esteja diretamente indicado para tal. Nessa fluidificação, muitas vezes são produzidas mudanças profundas
na estrutura fluídica das moléculas, com repercussões bastante acentuadas no corpo orgânico do paciente”.

“É durante esse tipo de fluidificação que o passista frequentemente sente as sensações e variações citadas acima”.14

Perguntou Chico a Emmanuel:


“No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em
outro?”
R – “A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para
determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo”.15

2. O Autopasse

“Esta é uma modalidade bastante útil porque permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua própria
cura e utilizarem os recursos imensos que estão à disposição de todos pela misericórdia de Deus, Criador e Pai.

Justamente por causa das contaminações diretas que sofrem a todos os momentos, devem os médiuns se utilizar —
sobretudo eles — do Autopasse para a limpeza psíquica de si mesmos e o recarregamento de energias dos
plexos e centros de força.” 16

“É possível a ação do homem sobre si mesmo? Evidentemente é. E a isto se chama automagnetização ou


ipsomagnetização. O processo é o mesmo. Usa-se na automagnetização as imposições, os passes, as fricções e
insuflações.

Todavia, sobre a automagnetização cumpre advertir que não se deve recorrer a esse processo, senão quando
absolutamente seguro do que se faz, conhecendo-se as crises habituais provocadas pela magnetização e os efeitos
que, em regra, ela produz.

Na vida, encontramos o perigo a cada passo, mesmo nas coisas mais simples e inocentes. O que nos cumpre é manter
sempre a nossa vigilância de conformidade com o meio e com as atividades que exercemos.

É bem de ver que o magnetismo não poderia fazer exceção à regra geral. Ele oferece inconvenientes e perigos em
mãos inábeis e quando exercido por indivíduos de moralidade duvidosa, ou perversos.”
14 MELO, Jacob. A água fluidificada. In “O Manual do passista”, pp. 140 e 141.
15 XAVIER, Francisco
Cândido. A água fluida. In: “O Consolador”, questão 103, pp. 69 e 70.
16 ARMOND, Edgard. . Autopasse. In “Passes e Radiações”, pp. 135.
17 MICHAELUS. In “Magnetismo Espiritual”, cap. 16, p. 153. COMP II 266
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Afirma Jacob Melo: “Eis uma questão que tem servido a muitas polêmicas. [...] um bom número de médiuns e
magnetizadores recomendam o autopasse, segundo as técnicas do magnetismo, e outras pessoas simplesmente o
desconsideram [...]. Uma das recomendações básicas aos passistas é que estejam equilibrados (espiritual e
fisicamente), harmonizados, em boa vibração, para melhor poderem ajudar aos pacientes. Por que isso? Porque nós,
como filtros que somos, não devemos contaminar os fluidos que vêm dos planos espirituais em benefício do próximo
(passe espiritual) nem comprometer nossos fluidos vitais (passe magnético). Ora, desde que nos sentimos com
necessidade de receber o passe é porque não estamos, ainda que momentaneamente, atendendo àqueles requisitos;
então, como teríamos condições de filtrar esses fluidos ou reestabilizar os nossos? Apenas por técnicas? Mas se
estamos, em tese, descompensados, não estaríamos tecnicamente impossibilitados de tal ação?

[...] Contudo, o autopasse no sentido espiritual do termo existe. E como é ele? É, em técnica, o mais simples de todos,
mas, em execução, às vezes nem tanto: trata-se da oração, da prece sentida, religiosa, santa, verdadeira e pura. [...]
Mas quando estamos perturbados fica, por vezes, difícil fazermos uma prece com essas características, recorramos
antes à leitura de um bom livro de mensagens para depois, mais tranquilos, fazermos nossa prece, nosso autopasse.18
Recordemos que “Nos domínios da mediunidade” André Luiz se surpreende ao defrontar-se com a “atmosfera
radiante” na sala de passes, no que Áulus explica-lhe: “Aqui possuímos uma espécie de altar interior, formado pelos
pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos.”19

“As técnicas do magnetismo são pouco sustentáveis se consideradas apenas em termos de gesticulações e auto
permutas fluídicas. [...] Ademais, um fluido desarmônico, em tese, não se rearmoniza sozinho pelo simples
posicionamento das mãos do próprio paciente em certos locais. Assim, o melhor autopasse é a oração fervorosa, a
meditação serena e profunda, o recolhimento com distanciamento do que é negativo.”

Nesse sentido, referenda André Luiz: “[...] A oração é prodigioso banho de forças, tal vigorosa corrente mental que
atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum
que trazem do círculo diário de luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de
conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo.”20

E o que diz Kardec? “A prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma
magnetização, não só chamando o concurso dos bons Espíritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente
fluídica”21

Ainda acrescenta Jacob no livro o Passe, seu estudo, suas técnica, sua prática, p. 228: “Se estamos precisando de
energias magnéticas animais, tenhamos a humildade devida e nos tornemos “pacientes-pacientes”, aguardando,
respeitosamente e confiantemente, nossa vez para recebermos o passe.”

18 MELO, Jacob. As técnicas. O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática, cap. VIII, p. 226.
19 XAVIER, Francisco C. Serviços de passe. “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 17, p. 189.
20 XAVIER, Francisco C. Serviços de passe. “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 17, p. 192.
21 Da mediunidade curadora. In “Revista Espírita”, set. 1865, p. 254.

COMP II 267
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes no Serviço da Cura

Ainda se fala em passe de cura, como se estivéssemos diante de um operador que extirpasse uma doença, com um
simples ato cirúrgico. As pessoas não entendem ou custam a perceber a ação demorada e igualmente eficaz dessa
matéria que se passa em forma fluídica, curando as doenças, as afecções, os processos mórbidos, tão-somente pela
ação contínua da energia elevada dos médiuns.
Balthazar
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 9/10/2002, no CELD, RJ.)

1- Condições Básicas:

“Não podemos esquecer que o passe é, essencialmente, uma ação do próprio fluido do médium e do fluido espiritual
numa combinação harmônica.”
(Altivo Pamphiro – 15º EEME – Seção Técnica de Passes – 24/10/2014 – pág. 103)

O tratamento através de passes é o tratamento onde o fluido é o elemento primordial. Aplica-se o passe onde a ação
da medicina ordinária falha, com o objetivo de acalmar, tranquilizar ou levar-se ao sono sonambúlico. Os fluidos
sendo elemento de ação ligada a própria estrutura íntima, têm efeito eficaz quando aplicados juntos ao tratamento
de doenças com elementos medicamentosos mais tangíveis.

O passe é, também, na maioria das vezes, revigorante, onde sua ação vital fortalece os indivíduos e reconforta suas
dores.

O passe é tratamento alternativo, de apoio e, muitas vezes, o mais adequado, dependendo do seu critério de
aplicação, das característica físicas, morais, de cada manifestação de paciente e doença.

Não se deve condicionar a cura só à aplicação do passe, pois há casos em que sua ação é totalmente ineficaz,
recomendando-se os cuidados da medicina. O bom-senso nos diz da necessidade ou não de sua aplicação.

(15º EEME – Seção Técnica de Passes – 24/10/2014 – pág. 104 – grifo nosso)

2- O papel do médium na ação da cura:

A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que, sinceramente dispostos a auxiliar o próximo, colocarem
suas forças psíquicas a serviço da cura espiritual se tornarão intérpretes dos curadores do Espaço.

Nos momentos em que desejam operar as curas, os médiuns movimentam em si mesmos forças espirituais imensas e
as canalizam através, principalmente, de suas mãos para os doentes, para os fracos, os desalentados e os
psiquicamente descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças então em desalinho, reconduzindo mentes e
corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. Mas, se ao doente basta o desejo de ser curado – e
quando aliado à fé, maior cota de energia absorve – ao doador cabem alguns cuidados, que é sempre bom
enumerarmos.

O primeiro de todos os cuidados é a crença poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a servir sob a égide do
amor divino recebe influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores energias em fonte valiosa de forças
formidáveis.

COMP II 268
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Amparado pela segurança dada pela conscientização do fato de ser um trabalhador divino, o homem da cura deve
procurar desenvolver outros valores, como o do equilíbrio orgânico e o da estabilidade emocional, de sorte que
fluam de si as correntes maravilhosas do bem. Cabe ainda ressaltar que, tão mais envolvido esteja pelas forças
supremas do bem, mais o servidor da verdade desenvolve potenciais magnético-fluídicos infindáveis, e realmente será
capaz de curar ou operar maravilhas.

O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamente atendido. O médium deve e precisa
desenvolver as forças do equilíbrio. Para tanto, não só a vigilância e a oração, mas também a observação sincera e
objetiva de seus atos, seus sentimentos, suas palavras, sua emoção; em uma palavra, o médium cuidadoso de suas
forças psíquicas assemelha-se ao operário que vistoria constantemente suas ferramentas de trabalho, para que renda
o melhor no serviço a que foi chamado.

O campo de estudo é grande; os trabalhos, necessários; a vontade corretamente conduzida, uma virtude. Trabalhador
esmerado é aquele que, conscientizado, se melhora, com determinação, a cada dia, hoje e sempre.

(Ignácio Bittencourt - mensagem psicofônica, recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD, em 11/09/2003 – grifo nosso)

Homem desejoso de socorrer o próximo desenvolve os valores da bondade, da cura, da serenidade. Médium que
deseja servir aprende com o Evangelho a capacidade de doar-se, de entender o semelhante; distribui em si mesmo as
forças do amor, para expandi-las em benefício do próximo. Condutor de serviços coletivos na cura aprende a ciência
do doar-se, do atrair o próximo, de juntar pessoas para servir coletivamente. [...] Todas essas forças são oriundas do
espírito imortal. Quanto mais o espírito houver adquirido a ciência, o conhecimento das coisas do magnetismo e do
espírito e aprender a conduzir-se diante da dor, mais ele será bom médium, bom trabalhador, bom condutor dos
assuntos espirituais.

(Balthazar - mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro em 22/10/03, no CELD, RJ)

3- Médicos espirituais:

Médicos espirituais são todos aqueles que entendem a Medicina como forma de levar a saúde e o equilíbrio aos
corpos, a fim de que os espíritos que os habitam possam dar prosseguimento às suas lides reencarnatórias.

No Além, para que o espírito médico seja considerado um médico espiritual, é preciso que ele tenha visão da
espiritualidade que cerca o paciente. Ao tratar de alguém com vísceras doentes, deve levar em conta toda a
atmosfera psíquica que envolve aquele ser. Desse modo de entender, verá que as causas das doenças são relevantes e
que o remédio ou o passe devem atender a necessidade do progresso daquele espírito imortal.

O médico do além observa o futuro de quem atende. Não se preocupa apenas com a doença, mas observa o que
possa resultar de uma orientação dada, de uma receita, de um tratamento prescrito. Às vezes, em consequência de
tal atitude, recebe reclamações de doentes com relação à demora da cura, pois em verdade, estes ignoram que o
médico espiritual age de modo deliberado para atender não só as necessidades do corpo, mas também as do espírito.

Médicos do além que apenas tratam do corpo poderão ver-se superados pela força mesma do progresso da Medicina,
caso não se atualizem no Plano Espiritual. Aqueles que tratam do corpo e do espírito produzem sempre a cura, ainda
que possam estar não atualizados com o nome de novas drogas, uma vez que eles atendem, principalmente, o
espírito necessitado de amparo, para poderem prosseguir suas trajetórias de luz e progresso.

(Luiz - mensagem psicografada pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 09/10/2002)

COMP II 269
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
4- Quando aplicar os passes:

Toda vez que nos deparamos com doenças em que a ação ordinária dos elementos medicamentosos comuns se
torna ineficaz, devemos aplicar o passe;
Toda vez que nos deparamos com a depressão profunda, a instabilidade emocional arrasadora, a doença
emocional que interfere de tal forma que inibe o progresso do espírito, devemos aplicar o passe;
Toda vez que nos deparamos com doentes terminais, doenças cerebrais que inibem a manifestação da
individualidade dos pacientes, os mongoloides e etc., devemos aplicar o passe.

A cura está além das possibilidades do médium, é um fator que pode ou não ocorrer. O objetivo principal do passe é
o reconforto, o apoio e, se Deus permitir, o alívio das dores.

O passe aplica-se sempre onde sua ação se torna mais adequada, dentro principalmente, dos objetivos que se quer
alcançar com sua aplicação.

(15º EEME – Seção Técnica de Passes – 24/10/2014 – pág. 104 e 105 – grifo nosso)

5- O passe dispersivo na cura:

É um trabalho muito específico da cura. Tanto que, há médiuns que são classificados para esse tipo de atividade.

O passe pode ser não só transmissão de energia, porque antes de transmitir ou colocar alguma coisa, tem que limpar
a pessoa. Preparar aquele terreno aonde você irá jogar sementes. Para que essas sementes germinem e frutifiquem é
necessário que o terreno esteja preparado para isso.

Quem dá o passe dispersivo na cura não pergunta o que o paciente tem. Através das mãos, deve-se fazer a limpeza
em torno e, principalmente, junto aos centros de força, desde o alto da cabeça, seguindo a linha vertical que divide o
corpo. Não tem harmonização. Quem vai fazer harmonização é quem vai aplicar o fluido curador, na sala da cura.
Estamos limpando a pessoa. É um trabalho importantíssimo, porque poupa trabalho aos médiuns na sala da cura e aos
espíritos também. Não é trabalho de menos importância, é um trabalho feito em equipe.

Precisamos dar a devida importância a essa tarefa, que é preliminar do trabalho na sala da cura, mas que é muito
importante também. Sempre preparar a pessoa e agir com o pensamento e a vontade nessa limpeza.

(Aula dada por Joaquim Couto em 31/08/2006 no CELD – grifo nosso)

5.1 Técnica passe aplicada no dispersivo na cura:

São aplicados os passes transversais. São essencialmente dispersivos por abrangerem toda a extensão dos centros
vitais e por serem aplicados com rapidez; a característica de dispersão a ele associada é muito vigorosa.

Os movimentos devem ser repetidos quatro, cinco vezes. Dependendo da sua força de vontade, da sua energia.

A dispersão não é em cada centro. Você vai passando por eles e puxando, porque é uma atitude mental, não é
mecânica. Se o pensamento e vontade não funcionarem nesse momento, não vai acontecer limpeza. Mentalmente, o
passista dá o comando para que, através do seu magnetismo, seja retirado o que não está bom ali, para que seja
afastado.

COMP II 270
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Se nós procedemos a limpeza nos centros de força, por que limpar a periferia?

Porque tem o chamado hálito da pessoa, o campo vibracional. A forma pensamento não fica nos centros de força,
fica em torno. Você tem que trabalhar o estado mental da pessoa ainda com essas formas que estão ali? É para o
médium na dispersão fazer esse trabalho de limpeza. A função de passar junto aos centros de força é desobstruir,
para quando o médium na sala de cura direcionar seu fluido, junto com os espíritos, o fluido penetrar mais facilmente.
Porque há processos obsessivos em que os espíritos interrompem as entradas e saídas. Você não vai perguntar se a
pessoa está obsidiada. Por isso, o comando é sempre o mesmo. Não interessa se é uma coisa física, espiritual, você
tem que preparar a pessoa. Estamos desligando certas coisas ou atenuando certas ligações.

Há processos obsessivos que nem podemos interromper, com graves consequências para o encarnado,
principalmente. São processos que vão ser resolvidos através de doutrinação, evangelização do encarnado e do
desencarnado. São processos que não se rompem de imediato, porque antes tem que haver uma certa reconciliação,
porque senão não resolve o problema.

Quando se faz, em determinados lugares, o romper e o afastar, isso não resolve o problema. Está lá no Evangelho, se
você não se modifica intimamente, continua com aquelas condições ideais para atrair e ainda vir mais gente ocupar
espaço junto a você. Jesus já falou isso.
(Aula dada por Joaquim Couto em 31/08/2006 no CELD – grifo nosso)

6- Direção na sala de passes:

Quem está na direção tem uma responsabilidade muito grande, e nós temos que entender que é uma posição
delicada e difícil. Cabe a quem está na direção evitar que fantasias, imaginações, o “achismo” prevaleça no trabalho.

É mais proveitoso o dirigente não dar passe. Se tiver médiuns suficientes, é melhor que o dirigente fique circulando,
mas, às vezes, não tem como deixar de dar passe. Ou, tomar para si o caso mais “light”. Porque naquele dia ele estará
na direção.

Todos os casos são de necessidade, mas há casos que você vê que são a longo prazo, não é sofrimento físico, não é um
câncer, uma tuberculose. Porque há casos que se você pegar, vai absorver de tal forma, fluidicamente,
mediunicamente, que perde o controle do resto do trabalho.

Há dirigentes que precisam do trabalho também. Não conseguem dirigir sem estar fazendo o trabalho. Entretanto,
ficar na direção não é atrapalhar os outros médiuns, nem dar a impressão que os médiuns estão sendo vigiados. O
propósito não é esse. É para ficar em pé num canto sem interferir no trabalho.

7- Tempo de trabalho:

Geralmente, quando o trabalho está bem entrosado com a espiritualidade, dificilmente um médium leva mais tempo
que o outro. Ninguém ensaiou, porque não é ensaiado o passe, mas você vai notar que o passe tem um ritmo. E,
quando toda a equipe está envolvida e bem sintonizada, esse ritmo tem começo, meio e fim.

A média de duração está em torno de 5 (cinco) a 7 (sete) minutos cada.

8- Orientações para os trabalhadores e dirigentes:

1- No dispersivo o passista deve estar concentrado em dispersar, limpar, preparar o terreno para que haja a
possibilidade de fixar o que vai ser colocado no indivíduo.

COMP II 271
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
2- Basicamente o tratamento é o dispersivo, a cura e a frequência às reuniões de estudo. É importantíssimo falarmos
isso porque as pessoas que não são espíritas querem tomar só o passe de cura. Deve-se explicar que a função da
reunião pública é o desdobramento do tratamento no sentido de arejar o pensamento, melhorar os sentimentos.

3- A intenção não é transformar a pessoa em espírita, ela só vai ser espírita se quiser. A função do estudo é fazer com
que ela se autotrabalhe. Porque não adianta vir a ajuda externa, se ela não começar a fazer o esforço íntimo de
autoajuda. Elas podem continuar a ser protestantes, católicas, umbandistas... Não tem problema. Lá elas continuarão
a produzir se a tarefa delas for nesse campo. Se elas vierem para cá antes do tempo, poderá ser pior para elas. Não se
pode forçar situações.

4- Devemos evitar tocar no paciente no momento do passe. Há pessoas que são preconceituosas, tem pudores, não
gostam de ser tocadas. Acham isso muito invasivo. Sempre existiu malícia no coração humano, daí a nossa reação ao
toque. Temos carências, necessidades, desequilíbrios na alma e, às vezes, fazemos associação ao toque com outros
tipos de coisas. Há pessoas que não têm isso, podemos tocar sem qualquer problema. Mas como distinguir umas das
outras?

5- Nossa postura na sala da cura é sempre a regra básica: evitar o toque, mantras e/ou fazer a prece sussurrada. A
pessoa pode achar que você está com espírito manifestando-se e não presta atenção no passe que está tomando, não
ajuda mentalmente e fica com uma curiosidade que não é boa para o trabalho naquela hora. Por isso, faça a prece
mental.

6- No caso dos nossos irmãos especiais, deve-se evitar excesso de movimento, não fazer certos ruídos e dar passes
que acalmem sempre, não tem que estimular, porque eles já são mais que estimulados. Não há necessidade de deixá-
los mais nervosos, inquietos. O passe que acalma é o passe vertical que você aplica na frente da pessoa. É o
movimento mais lento. Mentaliza a pacificação daquele espírito, acalmando mesmo. É como se fosse o efeito de um
chá calmante. Os nossos irmãos especiais são muitos sensíveis.

7- Nos casos de comprometimentos mentais e psicológicos, nos orienta Dr. Werner “não olhar o irmão com a sua
patologia, mas como aquele que necessita desse refrigério fluídico que será aqui depositado. O Plano Espiritual
prepara recursos fluídicos que serão abastecidos, periodicamente, para atendimento destes irmãos, ora como
encarnado, ora como desencarnado, que aqui aportam com o lesionado por ingestão de substâncias entorpecentes.
Deverão ser vistos não como necessitados de piedade, mas como necessitados de amor.”

9- A avaliação na sala de cura:

A avaliação tem o propósito de tirar as dúvidas e falar de como o trabalho transcorreu. Não é para contar história. É
para falar das suas dificuldades em certos tratamentos. Por exemplo: “Hoje recebi um caso nessa situação e fiquei em
dúvida de como agir. Fiz isso. Procurei me ligar ao guia espiritual e pela intuição eu fiz isso, mas ainda dentro de mim
há uma dúvida, se foi correta ou não a maneira de agir”.

Se a pessoa que dirige não tiver condições de responder, você pode perguntar ao plano espiritual. Mas quem faz a
direção deve ser informado. Pois, ela pode não ter percebido a dificuldade do médium. Às vezes, não se percebe a
dificuldade, se a pessoa não comentar.

***

COMP II 272
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes no Serviço da Desobsessão
“E perguntou-lhe Jesus, dizendo: “Qual é o teu nome?” E ele disse: “Legião”,
porque tinham entrado nele muitos demônios.” (LUCAS, versículo 8, capítulo 30)

1- Desobsessão

Tratamento, de pessoas que estejam sofrendo de prejudicial interferência por Espíritos, encarnados ou
desencarnados.

O tratamento engloba as duas partes envolvidas no processo: o obsidiado e o obsessor.

Na desobsessão não se objetiva o "afastamento" puro e simples do obsessor pois se crê que isso nenhum efeito
duradouro possua, sendo necessário conscientizar (esclarecer) tanto o encarnado como o desencarnado.

O Espiritismo afirma reportar-se aos ensinamentos de Jesus que, sempre que afastava espíritos que perturbavam as
pessoas, as alertava no sentido de não tornarem a pecar para que não lhes acontecesse algo pior. Com base nesse
ensinamento, parte importante do tratamento de desobsessão consiste da reforma íntima do obsedado e daqueles
que lhe são próximos, sendo todos instados a rever seus conceitos de vida, seus hábitos e valores morais.

2- Obsessão

Espíritos desencarnados e encarnados de condição enfermiça sintonizam-se uns com os outros, criando prejuízos e
perturbações naqueles que lhes sofrem a influência vampirizadora, lembrando vegetais nobres que parasitos arrasam,
depois de solapar-lhes todas as resistências.[...]

Nenhuma instituição de Espiritismo pode, a rigor, desinteressar-se desse trabalho imprescindível à higiene, harmonia,
amparo ou restauração da mente humana, traçando esclarecimento justo, seja aos desencarnados sofredores, seja
aos encarnados desprovidos de educação íntima que lhes sofram a atuação deprimente, conquanto, às vezes,
involuntária.

Cada templo espírita deve e precisa possuir a sua equipe de servidores da desobsessão, quando não seja destinada a
socorrer as vítimas da desorientação espiritual que lhes rondam as portas, para defesa e conservação de si mesma.
(grifo nosso)

Francisco Cândido Xavier - Desobsessão - pelo Espírito André Luiz


Uberaba, 2 de janeiro de 1964
(Página recebida pelo médium Waldo Vieira)

Pelos estudos que a doutrina nos proporciona, entendemos que todos nós somos sujeitos a influenciações. Nós nos
influenciamos mutuamente, enquanto criaturas encarnadas ou desencarnadas. Essa influência pode se fazer pela
palavra direta, quando entramos em confrontos, ou podemos fazer essa influência de boca fechada, simplesmente
irradiando nossas forças, nossas energias.

COMP II 273
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Essas influências se dão:

 de encarnado para encarnado;


 de encarnado para desencarnado;
 de desencarnado para encarnado;
 de desencarnado para desencarnado.

Essas influenciações podem ser para o bem ou para o mal. Quando é para o bem somos estimulados, animados,
impulsionados para as coisas boas. Mas quando alguém tem algum queixume, qualquer diferença, dizemos que está
influenciando negativamente. Se não criar o campo de defesa, pode ser que o outro tenha uma força grande e a carga
energética que for enviada pode abater a pessoa. E costumamos dizer que estamos sob uma influência negativa, que
chamo de obsessiva, pelo tempo de duração dessa influência.

No processo de obsessão temos que observar que o fato de interferir sobre o outro, de dominar o outro, se dá por
uma ação contínua daquele que está reclamando de alguma coisa, que está reagindo a qualquer tipo de ideia que
tenha sido apresentada, e o tempo de duração, às vezes, extrapola até o de uma encarnação. Podemos encontrar
situações de influenciação que podem durar séculos. Encarna e desencarna, mas se não tivermos cortado as relações
dessas cargas, desses domínios que se estabelecem, poderemos viver encarnações e encarnações sob influenciação
não tão positiva de uma criatura sobre nós ou de nós sobre o outro, causando desconforto, desequilíbrio e até mesmo
enfermidades.

(Aula dada por Iara Cordeiro em 14/09/2006 no CELD)

3- Componentes da reunião

Todos os componentes da equipe assumirão funções específicas. Num grupo de 14 integrantes, por exemplo,
trabalharão 2 a 4 médiuns esclarecedores; 2 a 4 médiuns passistas e 4 a 6 médiuns psicofônicos.

Os médiuns esclarecedores e passistas, além dos deveres específicos que se lhes assinala, servirão, ainda, na
condição de elementos positivos de proteção e segurança para os médiuns psicofônicos, sempre que estes forem
mobilizados em serviço. Imprescindível reconhecer que todos os participantes do conjunto são equiparáveis a pilhas
fluídicas ou lâmpadas, que estarão sensibilizadas ou não para os efeitos da energia ou da luz que se lhes pede em
auxílio dos que jazem na sombra de espírito. Daí o imperativo do teor vibratório elevado nos componentes da
reunião, a fim de que os doentes da alma se reaqueçam para o retorno ao equilíbrio e ao discernimento. (grifo nosso)

(Francisco Cândido Xavier - Desobsessão - pelo Espírito André Luiz – Cap. 20 - Componentes da reunião)

Na nossa casa nós temos uma sala com 4 médiuns de incorporação sentados. Junto a eles temos os médiuns de apoio.
E mais os dois que vão funcionar como evangelizadores. Devemos levar em consideração a equipe espiritual que não
estamos vendo, mas que está presente na sala, não só trazendo os espíritos para colocar junto a nós, como também
nos avaliando. O Altivo dizia que tinha espíritos com pranchetas fazendo a nossa avaliação, para ver até que ponto
transformamos esse trabalho em marcar o ponto, fazer o que temos que fazer e ir embora.

(Aula dada por Iara Cordeiro em 14/09/2006 no CELD)

COMP II 274
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
4- Médiuns Passistas

Entre os seareiros do bem que integram o conjunto, destaca-se, como sendo de particular valimento, a colaboração
dos médiuns passistas, que permanecerão atentos ao concurso eventual que se lhes peça, no transcurso da reunião.

Os medianeiros do passe traçarão a si mesmos as disciplinas aconselháveis em matéria de alimentação e


adestramento, a fim de corresponderem plenamente ao trabalho organizado para o grupo em sua edificação
assistencial, entendendo-se que os médiuns esclarecedores, se necessário, acumularão também as funções de
médiuns passistas, mas não a de psicofônicos, de modo a não se deixarem influenciar por Espíritos enfermos.

(Francisco Cândido Xavier - Desobsessão - pelo Espírito André Luiz – Cap. 26 - Equipe mediúnica: Passistas)

5- Autopasse
Algumas pessoas dizem que não entendem a questão do autopasse. É o espírito do médium atuando através do seu
corpo físico, envolvendo com fluidos que estarão sendo renovados pelo seu guia espiritual, pelos espíritos que estão
ali. Se ele vai trocar a vestimenta, a melhor maneira de trocar é dando o autopasse.

Esse passe tem três movimentos: dispersão, apoio e harmonização.

O médium de apoio ficará junto ao médium de incorporação na posição de atenção.

6- Passes
[...] Vamos fazer a evocação através da leitura do endereço. Os médiuns vão manter a mente fixa no endereço. O
médium de apoio vai ficar atento às manifestações do médium de incorporação, procurando ler nas suas
manifestações a chegada do espírito ou não.

A postura do médium de apoio é vibrar sobre a mente do médium. Fazer a ligação. Porque a ligação do espírito deverá
ser pela mente. Se ainda não deu a manifestação vamos trazer a mão para o plexo solar.

O médium vai dar um sinal, e o médium de apoio estando atento aos sinais, vai saber até que ponto vai continuar
irradiando e quando vai chegar o instante em que, pleno de fluido e feita a ligação do espírito com o médium, ele vai
se colocar na posição de apoio.

Nós recebemos 4 espíritos ao mesmo tempo, se manifestando simultaneamente, falando das suas dificuldades e
caberá ao doutrinador ouvir e identificar qual a linha de conduta que ele vai ter para verificar o problema que é
comum.

E se não tiver o médium de apoio? Não tem o médium de apoio encarnado, mas tem o guia, o espírito benfeitor, o
plano espiritual da sala que está ali ajudando. Ele vai proceder exatamente como o encarnado.

O médium de apoio deve ver a necessidade do espírito, verificar quais são as dificuldades e, por orientação do
dirigente, tomar atitudes. Ele deve atentar ao que o dirigente da sala vai mandar fazer. Por que? Porque posso querer
dar passe no espírito e, erroneamente, desligar o espírito do médium. O médium de apoio não deve tocar na cabeça
do médium incorporador, porque a ligação maior do espírito com médium é na cabeça. Se assim atuar, pode colocar
fluido demais ou desligar o espírito do médium. Vai interferir na comunicação e o médium pode não conseguir
perceber o que o espírito está passando. Deve-se atuar do pescoço para baixo.

COMP II 275
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Não precisamos tocar no médium, porque trabalhamos no corpo fluídico. Não devemos nos debruçar sobre o
médium, porque acaba atrapalhando.

Ao mesmo tempo que a mão vai atuando, a mente estará em pensamento de prece. Porque estaremos buscando com
o plano espiritual todo o suporte que a criatura precisa.

O passe no espírito vai ser através do encarnado. Vou dar passe dispersivo, na medida que seja identificada a área que
ele está com ingurgitamento. Percebemos pela mão um calor numa região, ou o espírito diz. Vamos ajudar, abrandar
a situação.

O espírito não consegue falar por um problema, eu vou ficar com a mão na garganta do médium, vibrando para que
haja uma recomposição de uma garganta fluídica, e dali a pouco o espírito começa a falar. Vamos trabalhar com
tranquilidade, com suavidade, até para não irritarmos o corpo espiritual daquele ser.

(Aula dada por Iara Cordeiro em 14/09/2006 no CELD)

Notas:

1- Num trabalho com o Dr. Hermann, quando o espírito estava renitente em escutar, ele orientava ao médium de
apoio que colocassem as mãos próximas ao ouvido do médium, indicando mentalmente que o espírito prestasse
atenção;

2- Às vezes há necessidade de vibrarmos sobre os olhos, para que ele possa dilatar a visão, ou tirar as coisas que
prejudicaram a sua visão. Se ele desencarnou cego, está vendo apenas escuridão, vamos tirar aquela massa fluídica,
que ele agregou por força de “não quero ver para não lembrar”.

Isso não é longo tempo, vamos vibrar por segundos em torno do ser, para ajudá-lo, sem precisar de grandes
movimentações. Sabemos que o passe é movimento, mas vou fazer esse movimento com minha condução mental.
Com o meu pensamento vou dizer para o espírito: preste atenção, acompanhe, não seja tão renitente, não ignore o
que está sendo passado. Vamos ajudando o espírito, envolvendo com vibrações de carinho...

Percebendo a dor angustiante do espírito, mentalmente envolvemos, abraçamos, aconchegamos. Existe a


possibilidade de abraçar o espírito. Mas, é necessário que nos conheçamos mutuamente (médium de apoio e
incorporador) para que esse gesto não tenha interpretação errônea e não destrua o trabalho. Porque uma atitude que
passe em falso, vai quebrar todo um trabalho.

6.1- Qual o objetivo deste trabalho de passes?

Este trabalho é um trabalho de sentimento. No movimento que vamos fazer em torno do companheiro, estaremos
passando o sentimento, que será registrado pelo espírito. Ele registra o carinho, sente quando nossa intenção é
superior. Ele adere na medida em que o dirigente pergunta: você fica conosco e ele responde que vai ficar. Mas, não
pensem que por termos tirado a carga pesada que ele trazia, ajudamos a ter uma visão nova, que ele se transformou.
Fizemos o trabalho de quem está no pronto socorro: chegou o ferido, corremos para fazer o socorro. Quem vai dar os
procedimentos posteriores, que vai ajudar na recuperação plena da saúde, são os médicos especialistas. Mas nós
fizemos a nossa parte dizendo: existem pessoas que fazem o mal, mas existem as que fazem o bem.

COMP II 276
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
7- Momento de Conclusão

Recebemos o espírito, ele foi atendido, foi dado o passe e chegou o momento de conclusão. Foi feito o passe de
limpeza, de apoio e de harmonização. Haverá momento em que não daremos passe. Porque o processo é de
reorganização da mente. Faremos uma prece de agradecimento e pediremos que o espírito se afaste, que se desligue
do médium.

Qual será a posição do médium de apoio? Ele vai dar o passe dispersivo para desligar. Começando pela mente. Feito
isso, o médium dará o passe de apoio para que o médium de incorporação se recomponha mentalmente. E pedimos
que todos se deem o autopasse. Sendo que somente passe de apoio e harmonização. Não precisa o dispersivo.

Terminado o autopasse, chega o momento da troca de passes. O médium de apoio vai doar energias ao companheiro
com quem trabalhou, num gesto de carinho. Somente passe de apoio e harmonização. Ao final podemos nos abraçar
sem qualquer problema.

Por que dar o passe nas costas? As energias correm em sentidos diferentes no nosso corpo. Nós vamos ter que
harmonizar as correntes, os centros nervosos também.

Observações:

1- No momento da evocação, vão incorporar os mais necessitados e os que estão mais próximos de um
entendimento, mas receptivos para a conversa. Os que vieram junto estarão sendo atendidos pela equipe
espiritual. Receberão passe, recebendo atendimento diferenciado.

2- O médium de apoio deve estar atento ao espírito que está com o seu companheiro, não com outro.

3- Com base nisso, vamos ver como vou atuar enquanto médium dispensador de energias de renovação junto
àquela criatura.

8- Avaliação

Feito todo o trabalho partimos para avaliação. Qual o sentido da avaliação? Não vou revelar se o espírito chegou com
capa preta, se de cavalo, não é isso. Vou avaliar como eu me comportei como médium. Fui um instrumento
adequado? Soube colaborar com o esforço da espiritualidade no sentido de levar àquela criatura o benefício do
refazimento? Consegui estabelecer com esse espírito laços de fraternidade? Consegui levar a ele a ideia de uma
renovação? Estive atento no momento em que atuei junto ao companheiro? Consegui perceber o espírito? Vamos ver
como foi o mecanismo. Devo verificar até que ponto fui um bom instrumento e auxiliei o companheiro naquele
instante.

O médium de apoio também vai se analisar. O médium de apoio deve estar atento para não ceder ao processo. Se
incorporar e cair no chão, o Dr. Hermann deixava caído no chão, porque se estou no papel de apoio, minha tarefa é de
apoiar. Pode registrar o que o espírito está sentindo, e isso vai me dar condições de saber em que ponto irei atuar
mais intensamente.

Cada um vai desempenhar o seu papel, com vistas a renovar, num coração sofrido e amargurado, a esperança de dias
melhores. É isso que temos que fazer.
(Aula dada por Iara Cordeiro em 14/09/2006 no CELD)

COMP II 277
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes em Gestantes
O trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso, muita cautela e
harmonia para que a tarefa seja perfeita. A Alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, pode acabar
de depurar-se sofrendo a prova de uma nova existência.

Depurando-se, a alma experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal. Todos
contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se
encontram. Esse é o desejo deles.
(O Livro dos Espíritos – Questões 166 a 170)

No livro “Missionários da Luz de André Luiz”, encontramos relatos de todo o trabalho da espiritualidade durante o
preparo para o reencarne do espírito, a miniaturização do perispírito, a letargia do espírito, os compromissos e as
dificuldades enfrentadas pelos envolvidos (pais e reencarnante).

A gestação é sem dúvida nenhuma o momento mais importante da vida de uma mulher, momento este que necessita
cuidados físicos de todas as espécies, como: repouso, boa alimentação, acompanhamento médico (pré-natal),
compreensão familiar, não ingerir bebidas alcoólicas, não fumar, etc.

Mas, nós espíritas temos a consciência de que um dos mais importantes cuidados a se verificar durante a gravidez, é
com a questão espiritual, tanto da mãe, quanto do bebê (espírito reencarnante), para que esta gestação transcorra
com a maior tranquilidade possível.

É indicado que a mulher, receba durante este período, uma atenção ainda mais especial nos trabalhos mediúnicos de
uma casa espírita. É importante que após passar pelo atendimento fraterno, ela receba uma orientação séria e
transparente de todo o processo espiritual existente neste acontecimento.

Como sabemos, a gravidez, é o instrumento da divindade, pelo qual se realizam os processos reencarnatórios, ou seja,
é onde normalmente temos a oportunidade de reencontrar desafetos de vidas passadas e com eles buscarmos o
resgate e o crescimento evolutivo de ambos.

O problema é que nem sempre as coisas acontecem de maneira tão fácil, muitas vezes, durante este processo já se
observa a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio de campos energéticos. Sucede que
estas vibrações trocadas podem ser doentes ou sadias.

As vivências das encarnações anteriores, registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de emanações
de ondas que exercem influências sobre a gestante. As experiências de sofrimentos ainda não resolvidas e os
ressentimentos mantidos, são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna.

As experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias passadas, encontram-se agora com anestesia apenas
parcial, podendo acontecer casos de repulsas tão graves, que acabam por motivar o aborto por parte da mãe,
agravando ainda mais a situação espiritual de ambos. Quando se consegue vencer estas barreiras, Deus coloca este
companheiro espiritual, na figura de um lindo bebê, para que a mãe possa, tomada pela imagem frágil, vencer todas
as barreiras morais existentes entre ambos.

COMP II 278
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Como sabemos, durante a gestação, o períspirito do reencarnante afeta o equilíbrio perispiritual da mãe, sendo assim
o passe de cura é um importante instrumento de reequilíbrio da mãe e do bebê. Quando o passista, movido de bons
sentimentos e principalmente ciente de que é um instrumento da Espiritualidade Superior, aplica o passe, ele realiza
no momento da dispersão a retirada das energias negativas desta incompatibilidade, colocando no momento da
magnetização, fluídos positivos que reequilibram as energias de ambos.

Este acompanhamento deve ser efetuado com a aplicação semanal do passe, durante todo o período gestacional, até
o nascimento do bebê, quando será realizado este passe especial por apenas mais uma vez, aonde a mamãe recebe o
passe com o bebê no colo. A partir daí, ambos passam a receber o passe durante as reuniões públicas.

1- Tratamento Espiritual Durante a Gestação

No primeiro trimestre: Em virtude da pequena área perispiritual do embrião (reencarnante), deve-se magnetizar o
mesmo, com mais profundidade (fluidoterapia com o toque e muito amor), em virtude de existir uma maior
necessidade de se vencer as barreiras físicas (pele, gordura, útero e placenta), pois, nós passistas ainda não possuímos
uma vibração suficientemente forte para alcançar o embrião. O passe magnético deve ser efetuado nos outros
centros de força.

No segundo e terceiro trimestre: Neste período da gestação, acontecem muitas cólicas, azias, enjoos, dores e inchaços
nas pernas (circulação) e nas costas. Deve-se neste período, trabalhar os plexos gástrico, esplênico, os membros
inferiores (pernas) e uma atenção especial na coluna e nos nervos das costas, devido a carga sofrida por esta região
em virtude do peso carregado. Devemos realizar passes na região das mamas (sem a necessidade do toque), para
estimular a produção do leite materno para a criança.

Gravidez de Risco: Não há nenhuma alteração na forma de aplicação do passe, até porque o mesmo só irá ajudar no
processo. No caso de aborto espontâneo é importante que se realize pelo menos mais uma aplicação para auxiliar na
reestruturação perispiritual e física da mamãe. O passe na gestação de gêmeos não tem nenhuma diferença, apenas
de que você irá trabalhar dois espíritos reencarnantes ao invés de um.

Médium Grávida, algum impedimento ao trabalho? Gravidez não é doença, por isso não há nenhum proibição em
realizar trabalhos mediúnicos, desde que os mesmos não acarretem em esforços demasiados para a mãe.

Não podemos esquecer da figura paterna, pois ele não é apenas um coadjuvante no processo e sim parte
extremamente envolvida no processo reencarnatório, devendo ele, auxiliar sua companheira de jornada e se possível,
os futuros papais devem ser encaminhados as aulas de evangelização na casa espírita em que frequentam, para que
juntos, encarnados e reencarnantes possam obter instrução educandárias dos nossos amigos espirituais.

http://www.harmoniaespiritual.com.br/2013/07/passes-em-gestantes.html

2- A gestante como paciente

“A gestante precisa muito do passe; não só por ela, mas pelo ser que vem de retorno ao nosso meio. Por ela, o
passista, via de regra, deve tomar os mesmos cuidados que tem quando aplica passe em crianças, pois ali se encontra,
em estreita e simbiótica ligação, uma em formação, por isso mesmo carente de fluidos finos e equilibrados. E como a
ligação é muito profunda entre os dois seres, não devemos submeter a gestante a violentas cargas fluídicas, sob pena
de afetarmos o reencarnante, muitas vezes singelamente indefeso.”
(MELO, Jacob. Assuntos diversos. In “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap. X, pp. 305 a 306)

COMP II 279
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
3- A gestante como passista

Jacob Melo explica que “nesta situação precisamos ter certo cuidado.” “(...) está se dando nela um fenômeno dos
mais monumentais da Natureza; ela está participando, ativamente, como co-criadora da vida humana, através de
doação não apenas de seu espaço (útero), mas de suas energias, fluidos, sangue e vida”. “(...) Pela enorme
dependência entre o ser reencarnante e a mãe, ela, quando gestante, deve precaver-se de muitas situações que
envolvem emoções fortes, alimentos inadequados, vícios, comportamento orgânico displicente, medicamentos
impróprios e hábitos nocivos, a fim de manter-se holisticamente equilibrada e permitir o bom desenvolvimento
daquele que já lhe é filho”. Lembremos que “(...) quando um passista aplica passe com energias espirituais, na
realidade ele não as doa, apenas canaliza-as e que, ao contrário, quando suas são as energias, tanto pode estar
doando-as quanto se renovando fluidicamente (...)”. “(...) Na dúvida, entretanto, convém a gestante não fazer
grandes doações fluídicas; caso o passista queira continuar em suas tarefas durante a gestação, é recomendável se
detenha ela na aplicação do passe em crianças”.

(MELO, Jacob. Assuntos diversos. In “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática”, cap. X, pp. 303 a 305)

4- Passes em Gestantes

É recomendável que nesse trabalho tomem passe a mãe gestante e o companheiro, sempre que for possível a
vinda dele à Casa Espírita. Dois médiuns postam-se frente ao casal e, respectivamente, dão passe no útero e,
portanto, no reencarnante, na mãe gestante e o outro médium dá o passe no pai.

Na gestante no primeiro trimestre o médium impõe suas mãos de forma perpendicular ao abdômen da gestante. O
fluido escapando pela ponta dos dedos, pensamento concentrado, a imagem uterina na cabeça e essa imagem uterina
preenchida por uma forma humana minúscula.

Esse período da gestação, o primeiro trimestre, é o da formação de todos os sistemas e aparelhos. Sistemas e
aparelhos importantíssimos como o sistema nervoso, o aparelho circulatório, então a quantidade de fluidos que o
médium despende na gestante nesse período é extremamente grande e isso, muitas vezes, exige do médium, como
para todo trabalho, um preparo adequado:

• Repouso antes dos momentos do trabalho;


• Alimentação adequada;
• Vontade vigorosa de imantar o espírito reencarnante àquele corpo que se forma.

A nossa atividade como médiuns do passe de cura junto a gestante é o apoio a reencarnação. Então, a nossa ação
magnética há de se fazer vigorosamente. Nossos pensamentos devem procurar o espírito reencarnante, auxiliando,
encorajando, esperançando para essa vida que começa, essa vida de lutas e de novas experiências naquele núcleo
familiar.

Nós trabalhamos aqui na Casa, de acordo com a orientação dos Espíritos, com três tempos no trabalho de passe. A
primeira fase é chamada passe dispersivo. A segunda fase é o momento em que colocamos o fluido junto à pessoa. A
terceira fase é o momento da harmonização. No nosso trabalho em uma sala à parte, médiuns são encarregados do
passe dispersivo. O médium do passe de cura faz exclusivamente a segunda e terceira fase do trabalho.

(Aula dada por Márcia Cordeiro para 18º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2007)

COMP II 280
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
4.1- Movimentos do Passe

Recordando a técnica do passe dispersivo, junto à companheira fazemos um movimento vigoroso, decidido, lento,
dentro dos limites anatômicos do corpo da pessoa. E como observamos que todos os centros de força, com exceção
do esplênico, se localizam na linha mediana do corpo, é justamente nessa linha mediana que repetimos os
movimentos dispersivos algumas vezes e temos a companheira pronta para receber o fluido curador.

Há necessidade que o médium se aproxime da gestante e algumas vezes haverá necessidade de tocá-la. É preciso que
o familiar que compareça com ela esteja avisado da característica desse trabalho. Nós nos aproximamos e impomos as
mãos na direção do centro genésico.

Essa imposição é prolongada, demora cerca de 5, 8, às vezes 10 minutos e o médium sente o fluido escorrer
abundantemente naquela direção. Saturamos de fluido o centro genésico e por tabela aquelas estruturas que
estudamos nos diagramas e no atlas de anatomia.

Uma vez saturado o centro genésico fazemos o mesmo movimento no centro gástrico ou solar, fazemos movimento
idêntico junto ao centro cardíaco e finalmente, trabalhamos sobre o coronário, sobre o frontal e havendo necessidade
sobre o laríngeo. Uma vez saturados de fluidos esses centros de força procedemos ao movimento de harmonização.

Argumentaram alguns que estamos usando a técnica magnética em sentido contrário, porque se o centro coronário é
o principal e o comandante de todos os outros centros que são secundários a ele, toda lei do magnetismo diz que se
trabalhe de cima para baixo, mas na verdade se observarmos estamos trabalhando isoladamente cada centro de força
e só após o passe isolado em cada centro de força fazemos o movimento de harmonização, e esse movimento se inicia
do coronário para todos os outros centros de força.

Passe na gestante do primeiro trimestre é caracterizado pela imposição das mãos junto ao centro genésico ou
hipogástrico. Algumas vezes sentiremos a necessidade de tocar diretamente sobre o abdômen da gestante, fazendo
leve, suave pressão. Lembremos que muitas vezes a distensão do útero, que tinha o volume de uma pêra e alcançará
quase que o de uma melancia grande no final da gestação, essa distensão é dolorosa para a mulher na primeira
gestação, então nossos movimentos devem ser delicados. É uma pressão que nós fazemos.

Nós praticamente usamos apenas da técnica magnética a imposição das mãos sobre o centro genésico.

No passe das gestantes nós trabalhamos separadamente cada centro de força e o passe começa sempre pelo centro
genésico, depois é que impomos as mãos sobre os outros centros de força e a seguir usamos o mecanismo da
harmonização.

Imposição prolongada. Trabalharemos o fluido e encerraremos harmonizando. A seguir centro solar ou gástrico,
trabalhamos o fluido. A seguir o centro cardíaco, sempre no movimento rotatório, no sentido dos ponteiros do
relógio. Movimentos lentos, pacificadores, acompanhados de ideia de pacificação. Trabalho sobre o centro frontal.
Movimento de harmonização, que inclui todos os centros de força.

Esses movimentos estão sempre acompanhados de ideias encorajadoras, pacificadoras. Não sabemos as condições
que a gestante está recebendo o reencarnante, não sabemos que reações a gestação trouxe ao seu grupo familiar. Se
aquela gestação foi ou não desejada. A gestante pode ter sido abandonada pelo companheiro a partir do momento
em que se apresentou a gestação. Temos muitas mulheres nessas condições. É preciso que o médium dê do seu
fluido, mas também tire do coração compreensão humana, pelas dificuldades próprias da gestação e por aquelas que
são acrescidas das condições em que se deu essa mesma gestação.

COMP II 281
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Tratando a gestante no segundo e terceiro trimestre de gestação já encontramos as alterações do ventre. Ela chega
com a barriguinha grande, mas todas essa barriguinha não corresponde ao útero ainda. Vimos que ele crescia 4, 6, 8
centímetros até quase 40 centímetro na gestação a termo. Se nós fossemos profissionais da saúde, acostumados a
palpar a altura do fundo uterino, iríamos ver que partindo mais ou menos da região que costumamos chamar de boca
de estômago e fazendo uma pressão delicada, nossa mão “afunda” na parte superior do abdômen, mas já não afunda
na parte média e na parte inferior.

A região abdominal toda fica protusa, saliente, mas é mais ou menos na altura da cicatriz umbilical que vamos
encontrar o fundo uterino da mulher no segundo trimestre da gestação.

Espalmamos nossa mão sobre esse útero em crescimento. Sempre com a ideia da figura humana em seu interior.
Espalmamos e procuramos abraçá-lo, imaginando nossos fluidos percorrendo as diversas camadas da parede
abdominal, entrando dentro daquele útero grande, já distendido, com 12, 20 centímetro de distância da região do
osso púbis e com a figura humana lá dentro.

Sempre imposição de mão. Sempre imposição prolongada. Mão que sustenta, ampara e reforça as possibilidades de
êxito dessa gestação.

Cinco, oito, dez minutos por vezes de imposição de mão, de trabalho fluídico em toda essa região.

A mesma coisa sobre os outros centros de força. Se a gestante se queixa de mal estar digestivo, urinário, damos o
passe de cura sobre essas regiões. Se ela começa a se queixar do desconforto do ponto de vista da coluna, dores,
dormência, as pernas começaram a ficar mais inchadas, uma vez completada o trabalho de passe na face anterior do
corpo, pedimos que ela nos dê as costas, se coloque numa posição cômoda e trabalhamos a região central da coluna.
De cima para baixo, do centro para a periferia, acompanhando o trajeto das raízes nervosas até a altura da cintura.

Colocamos o fluido, percorremos o trajeto ósseo da coluna. A sensibilidade, ou a intuição, ou a vidência naqueles que
tiverem essa possibilidade, nos mostrarão muitas vezes nós energéticos, acinzentados que o médium precisa dissolver
pela pressão a esse ponto.

Fortalecimento da região lombar aonde se encontram os rins, a direita e a esquerda da coluna. Retornamos à posição
inicial. Completamos o passe sobre o centro coronário, sobre o centro frontal, fazemos o movimento de harmonização
e encerramos o nosso passe.

A gestante do final da gravidez, com abdômen mais distendido, exige de nós mãos espalmadas, que segurem o útero,
o sustente, mas sem que os polegares se toquem. Porque diz a tradição da técnica magnética, que uma vez que o
magnetizador encoste as extremidades do corpo entre si, ele fecha um circuito fluídico sobre si mesmo e não emite o
fluido. Então nossas mãos tentam abarcar o todo do abdômen da gestante, que ao contrário da outra gestante, a mão
já não penetra profundamente na parte superior, média ou inferior do abdômen. Porque todo o útero gravídico
ocupou essa região.

Temos a figura humana sempre imaginada aqui dentro. Nós sucessivamente ampararemos o corpo uterino nos seus
diversos seguimentos por tempo prolongado.

Intensificaremos a doação fluídica com uma ou ambas as mãos e harmonizaremos sobre o abdômen da gestante.
Sucessivamente percorreremos a região do centro gástrico, do cardíaco, do coronário e do frontal. De acordo com o
desconforto da gestante trabalharemos a região do dorso. Observaremos as extremidades dos pés, se há inchações,
varizes e é a única modalidade de passe que o médium faz de baixo para cima, é o passe nas extremidades inferiores
sobre as varizes.
COMP II 282
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Nós aplicamos as mãos nas faces laterais da perna, que é por onde corre o retorno venoso dos membros inferiores.
Dessa forma facilitamos a volta do sangue da extremidade, que está comprometida pela compressão, pelo peso que o
útero grávido exerce sobre os vasos que retornam com o sangue ao coração. Nessa fase a mulher está sujeita ou pelas
múltiplas gestações ou primeira gestação acontecendo em idade muito cedo, a complicações do sistema
cardiocirculatório. Então o centro cardíaco é carinhosamente trabalhado pelo médium nessa fase.

Recordemos que junto a criatura que chega para o passe curador, devemos inicialmente, nos colocar junto a elas com
movimentos simpáticos de aproximação que facilitem o nosso trabalho magnético. É preciso pôr-se em relação com o
paciente, como dizem os antigos tratados de magnetismo, e isso fazemos nos aproximando amistosamente daquela
pessoa que se abre confiante a nossa influenciação magnética. Tocando de leve no ombro, na cabeça ou colocando a
mão sobre o abdômen de forma respeitosa e a partir daí, estabelecidas as relações magnéticas, conversamos um
pouquinho com a pessoa, se assim for possível, perguntamos como ela está se sentindo, se está com problemas
específicos, se no pré-natal o médico está preocupado com alguma condição. E não nos esqueçamos de trabalhar
sobre aqueles centros de força que governam os órgãos que estão em desalinho naquele momento da gestação.

Dependendo das nossas possibilidades mediúnicas receberemos intuições diretas dos Espíritos sobre forma de passe,
velocidade do movimento das mãos, intensidade da descarga fluídica. Muitos médiuns têm a possibilidade de ver os
órgãos alterados e trabalharão diretamente sobre os órgãos alterados. A pessoa é gestante, mas pode ser acometida
por qualquer tipo de doença e o trabalho de cura sobre esse ou aquele órgão determinado , enfraquecido por esse ou
aquele mecanismo de doença não se fará de forma diferente, será a técnica habitual de passe de cura nos órgãos
determinados para as doenças específicas.

Dessa forma estamos recordando de maneira muito sintética e sumária conhecimentos e informações da Medicina e
da Anatomia que se fazem indispensáveis ao médium que irá trabalhar no passe curador junto às gestantes. Estamos
observando as características do passe no primeiro, no segundo e terceiro trimestre da gestação, mas precisamos
estudar dentro da literatura mediúnica os ascendentes espirituais das reencarnações, para que possamos
compreender as características espirituais do nosso trabalho. Os livros da série de André Luiz, particularmente,
Missionários da Luz, estudando por etapas a reencarnação de Segismundo. O livro Entre a Terra e o Céu estudando a
reencarnação de Júlio e vários outros livros que mostram a intervenção espiritual, junto aos reencarnantes, junto aos
seus núcleos familiares terrenos nos darão subsídios importantes para a compreensão desse nosso trabalho.
(Aula dada por Márcia Cordeiro para 18º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2007)

COMP II 283
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes na Visita aos Enfermos
1- Visita aos Lares

O objetivo cristão dos visitantes será o de levar até ao doente/enfermo, as palavras de esclarecimento, ânimo e
consolo, os recursos do passe e da prece, sem qualquer preocupação aos resultados alcançados. O que importa ao
tarefeiro é cumprir a sua obrigação e poder servir de instrumento para a atuação do verdadeiro médico: Jesus.

O papel do grupo de visitantes deve ser o de fornecer diretrizes, orientações e incentivos ao visitado, no sentido de
que se sinta capaz de encontrar recursos íntimos para lutar contra as suas enfermidades espirituais.

Levar esclarecimento e consolo aos enfermos, sob a luz dos ensinamentos cristãos, através da prece e da leitura
comentada de textos dos Evangelhos e da literatura espírita, e assim contribuir para que eles tenham condições
favoráveis a, posteriormente, praticar a autoajuda. Assimilando, pouco a pouco, os ensinamentos de Jesus e
exercitando-os, encontrarão em si soluções decisivas para grande parte dos seus males.

Contribuir para a melhoria do ambiente vibracional do lar, pois, além da participação eventual de familiares e amigos,
irmãos desencarnados e ainda carentes de luz interior também estarão presentes. Proporcionar ao visitado o
tratamento fluídico pela aplicação de passes.

Criar oportunidades para que novos tarefeiros possam integrar-se numa atividade organizada de prática da caridade,
cuja experiência os convidará ao estudo do Evangelho de Jesus, dos livros da Codificação da Doutrina Espírita, das
obras mediúnicas de elevado teor e das técnicas de passe, para que se sintam cada vez mais úteis e aptos a servir.

Salienta-se, entretanto, que, o fato eventual da impossibilidade de aplicação de passes por parte de um grupo
visitante, não significa que a visita não se possa realizar. A tarefa tem sua existência justificada pelo simples objetivo
de se levar ao enfermo/visitado, a palavra de ânimo, o calor humano, a caridade da audiência, o lenitivo e a
elucidação resultante da doutrinação dos encarnados e desencarnados através da “Evangelhoterapia”.

2- Os visitantes

Por que atuar em equipe?

A visita aos lares, como em tantas outras tarefas, é realizada por grupos de pessoas. Na verdade, para satisfazer
plenamente aos objetivos da atividade, a formação em equipe é uma necessidade, e não apenas uma opção de
trabalho, por várias razões:

a) Atendimento Contínuo:

As orientações espirituais, por vezes, prescrevem a aplicação em equipe de passes nos lares em número variável, uma
ou excepcionalmente mais vezes por semana. É um tratamento graduado que exige respeito à sequência designada
pelos espíritos para que os resultados sejam eficazes, tal como analogamente se faz a administração de antibióticos
ou dosagens homeopáticas indicados por médicos encarnados. A continuidade das aplicações é, por conseguinte,
fundamental e requer a garantia da presença do grupo de visita na sucessão preestabelecida. Uma vez que haverá
momentos em que um ou outro visitante precisará de se ausentar por motivos diversos, a formação em equipe
possibilita maior garantia de atendimento ininterrupto.

COMP II 284
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
b) Segurança Mediúnica:
A segurança das pessoas é objeto de preocupação em qualquer atividade humana. Quando se trata de atividades no
campo da mediunidade, não se deve poupar cuidados nesse sentido. Mesmo que os tarefeiros não possuam
características mediúnicas ostensivas, como a vidência, por exemplo, estarão sendo intermediários da Espiritualidade
no que toca à aplicação dos passes, atuando como médiuns passistas. O local ideal para a realização de atividades
mediúnicas é a casa espirita, por reunir as condições de segurança ideais desde o plano espiritual. A aplicação de
passes no lar é um caso especial, e portanto, merece atenção redobrada.

c) Condições Vibracionais:
Na presença do enfermo, é imprescindível o estabelecimento de um ambiente de prece e elevação dos pensamentos,
para favorecer o auxílio que vem do Alto. Assim, os fluidos predominantes no local ficam enriquecidos com qualidades
superiores oriundas dos Espíritos benfeitores que acompanham o grupo, aliadas às orações e vibrações positivas dos
participantes encarnados, que assim ajudam as condições benéficas do tratamento.

d) Equipe Espiritual:
No tocante às tarefas espirituais voltadas para o bem e para o progresso, os trabalhos executados pelos
desencarnados, são muito mais complexos e de muito maior responsabilidade que os efetuados pelos que estão no
plano material. Entre os Espíritos Superiores, prepondera melhor estruturação nas atividades, maior objetividade e
elevação de compromissos. Nesse sentido, o plano espiritual é um modelo para a humanidade encarnada, está à
frente dela e serve-lhe como roteiro de desenvolvimento. Os relatos de autores espirituais evoluídos, transcritos
através da mediunidade psicográfica, atendem aos encarnados nos mais diversos propósitos. São portadores de
mensagens edificantes e esclarecedoras, interpretam com maior clareza a Boa Nova do Cristo, descrevem o plano
espiritual e noticiam fatos neles ocorridos. Consta da literatura mediúnica que as entidades espirituais geralmente
operam nas tarefas em grupos, onde se entremeiam instrutores e aprendizes, seguindo o grau de conhecimento e
elevação moral de cada criatura, como exemplifica esta narrativa, com relação à aplicação de passes:

“Em todas as reuniões de grupo junto ao qual funciona Alexandre, com atribuições de orientador, vários são os serviços
que se desdobram sob a responsabilidade dos companheiros desencarnados... Um desses serviços era o de passes
magnéticos, ministrados aos frequentadores da casa. O trabalho era atendido por seis entidades, envoltas em túnicas
muito alvas, como enfermeiros vigilantes.” (Missionários da Luz — André Luiz – Capítulo 19 - Passes)

Vemos assim uma significativa razão para que as visitas aos lares sejam também realizadas em grupos de pessoas,
cada qual introduzindo, no seu nível de evolução próprio, recursos e benefícios para o trabalho.

3- Composição dos Grupos de Visita

3.1 Características:
O grupo de visitantes deve apresentar determinadas particularidades em sua constituição, para que haja identidade
de princípios e homogeneidade na atuação.

3.2 Vínculo com a Instituição:


O componente do grupo de visitas deve construir vínculos com a casa espírita a que serve. É importante que com ela
se identifique, que conheça as suas diretrizes, sua estrutura organizacional, seus dirigentes, seus colegas de trabalho.
Isso porque as ligações de responsabilidade e mesmo as afetivas dão maior segurança à tarefa, e, dessa forma, o
visitante torna-se um bom representante da instituição que o acolhe.

COMP II 285
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
3.3 Número de Componentes:
Para que uma equipe esteja em condições mínimas de realizar a tarefa, bastam dois passistas, condição suficiente
para aplicação do passe em equipe, quando recomendado pela Espiritualidade. No entanto, pode-se formar grupos de
três ou quatro pessoas, para que, havendo algum impedimento de um ou dois membros do grupo, não deixe de se
proceder à continuidade do atendimento. E assim também pode haver lugar a membros iniciantes.

3.4 Sexo:
Nada impede que uma equipe seja formada somente por homens ou somente por mulheres. No entanto, o ideal é
que as equipes possuam representantes de ambos os sexos, se assim for possível.

3.5 Idade:
“João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, “aquele a quem Jesus amava”, foi o apóstolo mais jovem do Jesus”. A
respeito da sua mocidade o Mestre o acolheu entre os seus seguidores mais próximos, sem distingui-lo dos demais.
Consideremos, a partir desse exemplo, que a participação do jovem na tarefa de visita aos enfermos é aceitável, para
que ele possa observar, aprender e contribuir. A sua participação nessa atividade é uma maneira de exercer, desde a
juventude, a prática da caridade, o que lhe será extremamente valioso na formação do seu carácter e do seu senso de
disciplina, contribuindo para despertar nele a compaixão pelo próximo.

3.6 Mentores Espirituais:


São as entidades benfeitoras, irmãos desencarnados, que coordenam as tarefas e fornecem os suprimentos
necessários do plano espiritual para auxílio aos enfermos visitados, possibilitando a aplicação do passe espiritual ou
humano-espiritual e de todos os recursos fluídicos favorecidos pelo ambiente de preces e de pensamentos
sublimados. É muito comum termos, entre os mentores das tarefas espíritas, antigos colaboradores encarnados. Após
seu retorno à pátria espiritual, passam por um período de reequilíbrio emocional, repouso, readaptação e preparo, e
reintegram-se nas lides da boa vontade, dessa vez auxiliando-nos, “do lado de lá”. São, portanto, entidades
integrantes do corpo espiritual diretivo da casa, e espíritos familiares afins aos visitantes encarnados. Na equipe
espiritual, encontram-se as entidades que efetivamente realizarão os trabalhos de atendimento aos enfermos
visitados, como também Espíritos que estão em aprendizado.

Observemos o seguinte trecho que aborda o relacionamento do grupo espiritual com os encarnados nas reuniões
mediúnicas, do qual podemos inferir uma analogia acerca das atitudes recíprocas entre a equipe de visita e seus
mentores.

“São enormes as responsabilidades desses amigos invisíveis, e as qualificações exigidas, para as tarefas que
desempenham junto a nós, são rígidas. Poderíamos dizer que cada grupo tem os guias e protetores que merece. Se o
grupo se empenha em servir desinteressadamente, dentro do Evangelho do Cristo, escorado na Doutrina Espírita,
disposto a amar incondicionalmente, terá como apoio e sustentação uma equipe correspondente, de companheiros
desencarnados do mais elevado padrão espiritual, verdadeiros técnicos da difícil ciência da alma,” (Dialogo com as
Sombras - Hermínio Correia de Miranda)

4- Deveres Comuns a Todos


a) Estudo:
“Consagrar diariamente alguns minutos à leitura de obras edificantes, esquecendo os livros de natureza inferior, e
preferindo, acima de tudo, os que, por alimento da própria alma, versem temas fundamentais da Doutrina Espírita. Luz
ausente, treva presente.” (André Luiz na psicografia de Waldo Vieira no livro Conduta Espírita)
COMP II 286
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O primeiro e maior exemplo do homem estudioso e insaciável na agregação de valores à Doutrina, que esmiuçou os
vários aspectos dentro de um mesmo tema e que buscou sempre pautar-se pela imparcialidade e pelo raciocínio
lógico, estimulando seus leitores à aceitação dos fatos espíritas pela sua compreensão, foi Allan Kardec. Ele é sem
dúvida, a figura do grande pesquisador, tendo codificado, isto é, classificado, organizado, explicado e traduzido os
inúmeros dados que obteve para que a chegada do Consolador Prometido, e sua mensagem pudessem ficar
registados para a posteridade. Ao preparar-nos O Evangelho Segundo o Espiritismo, incluiu a tão conhecida frase do
Espírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo ensinamento.” Sem
dúvida, o roteiro básico dos espíritas que almejam sua própria evolução.

Na tarefa de amor ao próximo, não podemos, jamais, fugir a esse convite ao aperfeiçoamento individual e coletivo
através do estudo, da leitura e da reciclagem de conhecimentos. Individualmente, como responsabilidade pessoal,
para estarmos cada vez mais aptos a servir a Jesus, a sermos instrumentos mais bem preparados para a expressão de
sua Soberana Vontade. Coletivamente, permitindo que o conjunto de trabalhadores esteja sintonizado com os
princípios da Doutrina Espirita, uniformizando conhecimentos básicos, para que “conversem a mesma linguagem”,
perseguindo os mesmos valores e objetivos cristãos.

O grupo de visitantes levará aos lares os recursos da prece, do passe e da palavra esclarecedora. Esse último
certamente causará grande impacto na maioria dos pacientes, que se sentem carinhosamente amparados ao ouvir
atentamente as mensagens espirituais e suas interpretações, quando lhes tocam o coração, justamente por penetrar
no âmbito de seus anseios e necessidades mais íntimas. A explicação do texto escolhido pode ser para o enfermo mais
significativa do que a própria leitura. A interpretação da mensagem lida, elaborada de forma mais simples e mais
compreensível, irá facilitar-lhe o raciocínio. Para que a ideia transmitida pelo texto seja bem traduzida, sem falsas
considerações, será necessário que seu intérprete possua uma boa base dos princípios do Espiritismo e da moral cristã
pelo estudo da vida e dos pensamentos do Cristo.

O aperfeiçoamento na aplicação do passe, na leitura e nos comentários, devem ser metas constantes de cada grupo
visitante, que somente serão alcançadas com o empenho de cada tarefeiro, na assimilação contínua dos princípios
doutrinários e evangélicos. Espera-se do visitante a boa vontade e o esforço pessoal nesse sentido, rompendo os
obstáculos da preguiça e da estagnação intelectual, para que esteja seguro e preparado a prestar os esclarecimentos e
ensinamentos que se fizerem necessários.

Comentário de Camilo Chaves:

“Furtar-se o cristão, sobretudo o espírita, aos cursos doutrinários e evangélicos que lhe confiram condições de melhor
servir o próximo, será desprezar oportunidade preciosa de bem cumprir os compromissos assumidos, como também
postergar a evolução que a todos espera fatalmente, no caminho para Deus. Na hora incerta e transitória, grave e
difícil que a humanidade atravessa, quem já tenha assumido responsabilidade de servir nos campos do Bem, jamais
poderá permanecer à margem da tarefa, por negar-se ao preparo indispensável à boa luta. E esta só se completa
através do conhecimento que orienta, liberta e produz os chamados milagres do amor. Mais conhecimento, mais
discernimento, mais condições de amparar, não somente o próximo, mas a si próprio.” (do Livro De Mãos Dadas
Caminhamos Juntos)

b) Preparação

“Conduzir-se de modo a não exceder-se em atividades superiores à própria resistência, nem confiar-se a intempestivas
manifestações emocionais, que criam calamitosas depressões. O abuso das energias corpóreas também provoca
suicídio lento.” (André Luiz - Conduta Espírita - Cap. 34 - Perante o Corpo).

COMP II 287
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Dentre os dias da semana, o dia da visita aos lares é especial. É quando se reunirão os grupos de visitantes com a
equipe espiritual, e, sob a luz radiante das emanações do Alto, estenderão as mãos fraternas a companheiros de
jornada, necessitados de amor e de prestimosa atenção e amparo. Os Espíritos Mentores do grupo irão proceder à
manipulação de fluídos dos visitantes e da natureza vizinha, em favor do visitado. A qualidade de tais fluídos sofre a
influência do pensamento e da condição física dos encarnados. Portanto é fundamental selecionar e controlar os
pensamentos e os sentimentos, de forma a impossibilitar interferências espirituais menos benéficas. Providências
devem ser tomadas no sentido de encontrar equilíbrio interior antes de se dar início à atividade. A meditação e a
prece, com o apoio de leituras de mensagens edificantes, mantêm a harmonia, juntamente com vibrações de paz e
serenidade. O tarefeiro deve ainda procurar a sintonia com o mentor da sua equipe, mentalizando-o, a fim de
estabelecer um elo de ligação com a entidade espiritual que coordenará os trabalhos no plano extrafísico. Nas horas
que antecedem as visitas, a maioria dos mentores espirituais, ou outros Espíritos que não são necessariamente ligados
ao corpo diretivo da tarefa, têm a função de se aproximarem dos visitantes, a fim de auxiliá-los na sua preparação. É
preciso não descuidar do corpo físico, contando simplesmente com “a boa condição do colega”, pois a
responsabilidade de se preparar para a tarefa é individual. Tais cuidados habilitam o trabalhador a se tornar um
instrumento mais útil nas mãos dos mentores espirituais da equipe.

c) Pontualidade:

“Não haja falha de serviço por nossa causa. Não se pode esquecer que o fracasso, na maioria das vezes, é o produto
infeliz dos retardatários e dos ausentes.” (André Luiz – Desobsessão – Cap. 14 - Pontualidade)

No trabalho remunerado, a falta de assiduidade implica redução do salário. No entanto, numa atividade voluntária,
como não há recompensa material, as perdas pela inconstância na participação serão de outra ordem. Em se tratando
da prática da caridade, nossos ganhos são méritos individuais, como o desenvolvimento de virtudes, purificação do
perispírito, amortização de débitos do passado, satisfação de ser útil, paz interior pela sensação de cumprimento de
deveres cristãos e tantos outros. O princípio do livre-arbítrio aplica-se bem nesse caso, pois, numa tarefa caritativa,
não há exigência de comparecimento que não a da própria consciência esclarecida dessa necessidade. Ao se
demonstrar regularidade na atividade, cativa-se a confiança dos parceiros da equipe, que poderão contar sempre com
o colega e especialmente também a confiança de Espíritos benfeitores, como relata o instrutor Alexandre a André
Luiz, num trecho do livro psicografado (Missionários da Luz), “...revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do
próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades de nosso meio designam entidades sábias e benevolentes que
orientam, indiretamente, o neófito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor”; “...em contato
incessante com os benfeitores desencarnados, que se valem dele (do trabalhador leal) na missão de amparo aos
semelhantes, recebe indiretas sugestões de aperfeiçoamento que o erguem a posições mais elevadas.”

A assiduidade é qualidade importante, não somente para o trabalhador, no tocante ao seu comparecimento à tarefa,
como também para o grupo, com relação ao cumprimento das visitas. A presença inconstante da equipe no lar
visitado, além de prejudicar a imagem do grupo quanto à seriedade e disciplina do trabalho que está sendo realizado,
prejudica o tratamento que, em geral, prescreve uma sequência de visitas. Portanto, os impedimentos, seja de um dos
componentes ou de todos, devem ser contornados dentro do possível, para que não se altere a terapêutica
recomendada.

d) Vestuário:

Devemos nos vestir de forma a nos sentirmos naturalmente à vontade, com roupas e calçados limpos, sem
sofisticação. Recorde-se como exemplo, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo que nos
esclarece sobre a caridade desinteressada: “Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem
cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida?”

COMP II 288
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
e) Higiene:

“Cultivara higiene pessoal, sustentando o instrumento físico qual se ele fosse viver eternamente, preservando-se,
assim, contra o suicídio indireto. O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.” (André Luiz -
Conduta Espírita, cap. 34 - Perante o corpo)

A higiene pessoal é uma “vitrina” que põe à mostra os cuidados da criatura com o próprio corpo. O desvelo do
visitante em apresentar-se limpo não é inútil nem despropositado. Em verdade é fator de influência para atrair a
simpatia e a confiança do paciente.

f) Afinidades:

“Render culto à amizade e à gentileza, estendendo-as, quanto possível, aos companheiros e às organizações, mas sem
escravizar-se ao ponto de contrariar a própria verdade, em matéria de Doutrina, para ser agradável aos outros.”
(André Luiz - Conduta Espírita, cap. 18 - Perante nós mesmos)

Um agrupamento humano qualquer, destacado a cumprir determinado objetivo, será tanto mais bem-sucedido
quanto melhor for o entrosamento dos seus elementos, “tocando notas corretas”, “remando na mesma direção”.
Numa equipe de visita aos lares, não é diferente e o bom desempenho muito depende da afinidade entre os
participantes. O senso de autocrítica e a boa vontade de cada um pelo aperfeiçoamento nas atitudes individuais, nas
relações com os companheiros, no respeito às condições de trabalho e aos procedimentos que a tarefa exige, são
fatores preponderantes para o sucesso do grupo.

g) Solidariedade:

“Guardar comunicabilidade e atenção ante os companheiros de luta, ainda mesmo para com aqueles que se mostrem
distantes do Espiritismo. Todos somos estudantes na grande escola da Vida.” (André Luiz - Conduta Espírita, cap. 20 -
Perante os Companheiros)

Mãos dadas na tarefa, atuação em conjunto, obediência e disciplina às regras, união de todos em torno do ideal da
caridade: sinais indicativos de bons resultados para a equipe. O trabalho em equipe é ensejo para que cada um ensine
o que sabe e aprenda o que não sabe, devendo o participante cuidar para não dar azo à crítica destrutiva e
desestimulante. Os Espíritos Superiores não se cansam de nos advertir que o perdão das ofensas é virtude elementar
que o ser humano deve perseguir e praticar, pois, sem essa qualidade, não estará propenso a evoluir espiritualmente.

h) Devoção:

“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (Jesus - João 5:17) - Qualquer que seja o estado das coisas, o
que se verifica em comum, é o esquecimento de que não existem direitos mas, sim, oportunidades oferecidas pelo Pai
Eterno para reaprendizado e refazimento, já que houve omissão no passado dos deveres para com a Lei Divina, e o
exercício disciplinado da caridade surge atenuando débitos a serem resgatados. Menos exigências, mais atenção e
cuidados, busca incessante de aperfeiçoamento para si e para a tarefa, em suma, DEVOÇÃO, é o que se espera do
tarefeiro consciente. Quem quer trabalhar por si e pelo próximo não aguarda convites nem convocações, apresenta-
se. Não se faz caridade por obrigação; a força que a movimenta é a vontade de crescer aliada à compreensão. Quem a
pratica o faz pelos outros, mas invariavelmente termina por fazer por si próprio.

COMP II 289
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
5- Deveres dos dirigentes:

“Fugir de julgar-se superior somente por estar na cabine de comando. Não é a posição que exalta o trabalhador, mas
sim o comportamento moral com que se conduz dentro dela.” (André Luiz - Conduta Espírita, cap. 3 – Do dirigente de
reuniões doutrinárias)

Todo grupo necessita de alguém na posição de comando, para que haja controle e organização dos trabalhos a serem
realizados. O dirigente da equipe de visitas deve exercer a sua liderança com a maior naturalidade possível. Um dos
atributos essenciais para a função é a sua credibilidade perante os colegas. Não tira vantagens pessoais em busca de
destaque, pois compreende que não há função mais importante que outra na seara do Cristo, já que somos chamados
a servir indistintamente ao próximo, com amor. Precisa ser compreensivo e bondoso, demonstrar afeição e
camaradagem com os companheiros, mas também deve estar atento às questões disciplinares em todos os aspectos.
Demonstrar fé, amor ao semelhante, devoção ao trabalho do grupo, empenho no estudo, são modos de evidenciar
esse conhecimento pelo exemplo. E a força do exemplo supera o poder das palavras.

6- Deveres dos componentes:

“Ser atencioso, sereno e compreensivo no trato com os enfermos encarnados e desencarnados, aliando humildade e
energia, tanto quanto respeito e disciplina na consecução das próprias tarefas. Somente a forja do bom exemplo
plasma a autoridade moral.” (André Luiz - Conduta Espírita, cap. 3 – Do dirigente de reuniões doutrinárias)

A respeito do papel que se exerce numa equipe de trabalho, sempre haverá oportunidades para o tarefeiro aprender
e para ensinar. Quanto mais alguém se prepara para uma determinada função, melhores serão as condições para que
abandone o papel de aprendiz e assuma o de tutor. Dentre os componentes dos grupos de visitas, estarão os recém
chegados em meio aos outros mais antigos. Em qualquer condição, todos devem observar atentamente as ações dos
seus companheiros, sobretudo dos mais experientes, pois essa é uma tarefa na qual, ”muito se aprende fazendo.”
Além da devoção extremada à visita, cada colaborador deve procurar acender em seu coração uma chama de especial
carinho e consideração para com o seu dirigente, auxiliando-o a conduzir o grupo com o seu apoio sincero e fraternal,
principalmente nos momentos em que falhas ou equívocos fiquem evidentes.

7- A Visita:

Origem do Pedido:

O pedido para a visita ao lar pode originar-se de uma orientação espiritual ou por solicitação direta do paciente ou do
seu representante. Analisemos cada situação.

a) Por Orientação Espiritual:

Considerando que a instituição espírita mantém no seu quadro de atividades mediúnicas o receituário espiritual,
através da psicofonia ou psicografia, ele deverá ser a fonte preferencial de indicação da visita, pois ninguém pode
determinar com melhor exatidão as necessidades do paciente que a Espiritualidade especializada nas orientações,
uma vez que sua visão e conhecimento extrapolam a dos encarnados, percebendo não apenas as suas carências
físicas, como também as morais e espirituais. Usualmente, a prescrição dos Espíritos inclui a aplicação de passes no
centro ou no lar, o que sabemos tratar-se da realização de uma atividade mediúnica, isto é, um grupo de encarnados
atuando em conjunto com os Espíritos encarregados da fluidoterapia.

COMP II 290
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Em suas orientações, os Espíritos determinam a terapêutica, informando-nos a quantidade o local (lar ou casa
espírita), em que os passes devem ser aplicados, e eventualmente, após o encerramento da primeira etapa do
tratamento, indicam a sua continuidade, designando outros tantos como complemento. Supondo-se que a instituição
não possua ainda a atividade mediúnica do receituário espiritual, mas que deseja criar e manter grupos de visitas aos
lares, deve-se em primeira instância, procurar orientação junto aos próprios Espíritos mentores da casa.

b) Solicitação Direta do Paciente:

Referimo-nos aqui à situação na qual o interessado (ou seu representante), solicita diretamente no setor responsável
a presença de uma equipe no seu lar, devido a ter grandes dificuldades ou impossibilidade de se deslocar à casa
espírita, e para que não deixe de receber a bênção da visita.

c) Solicitação de Terceiros:

É quando o pedido é feito indiretamente, isto é, por intermédio de parentes ou amigos do interessado. Nestes casos,
é de maior importância saber se: o paciente sabe do pedido da visita; se concorda com o pedido. Porque, por vezes os
terceiros têm boa intenção ao fazer o pedido mas o paciente não está ciente do mesmo. Então, tem que haver prévio
consentimento do próprio enfermo. Exceto os casos de pessoas incapazes de tomar decisões próprias, como crianças,
pessoas inconscientes ou idosos incapacitados.

8- Dinâmica da Visita:

I- Seleção do Paciente:

Os critérios adaptados para selecionar os pacientes podem ser os mais variados possíveis: dia, horário e período em
que a equipe atua; meio de transporte; região ou cidade. São fatores que poderão influenciar a escolha do paciente,
por parte da equipe. No entanto, a coordenação poderá apresentar outros pontos de consideração, como a urgência
ou gravidade da situação física ou espiritual do paciente; o tempo que ele está à espera da visita. Em qualquer caso, a
coordenação deve providenciar para que as equipes se mobilizem o mais rapidamente possível, para que não haja
demora no atendimento.

II- Frequência das visitas:

As equipes de visitantes normalmente realizam a tarefa apenas uma vez por semana ou a cada quinze dias, no mesmo
dia e horário, com duração média de até duas horas. Pode-se fazer uma ou mais visitas no mesmo dia, desde que se
cumpram os horários estipulados e devidamente combinados com os componentes da equipe e dos pacientes. No
entanto, é mais coerente investir na qualidade do atendimento do que na quantidade.

III- Contato prévio:

Uma vez de posse do nome da pessoa a ser visitada, o próximo passo será contatá-la com o objetivo de trocar
informações preliminares. Essa é sem dúvida, uma das etapas mais importantes a serem cumpridas, pois nessa
primeira conversa pode estar em jogo a boa ou má impressão sobre o grupo de visitantes e a instituição espírita que
representam. Normalmente, esse diálogo inicial dá-se pelo telefone para agilização de providências. Qualquer que
seja a forma de contato, por telefone ou pessoalmente, é ensejo para um mútuo esclarecimento e para o
estabelecimento, desde já, de um elo de sintonia entre a família e os voluntários espíritas, preparando o terreno para
que haja boa receptividade durante os encontros. Deve-se seguir a abordagem de alguns pontos fundamentais:

COMP II 291
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
a) Identificação: O representante da equipe de visitas deve identificar-se e à instituição espírita para a qual colabora.

b) Confirmação do pedido: O paciente deve ser consultado se está ciente da solicitação da visita. Isso, naturalmente,
visa prevenir o grupo quanto a possíveis indicações de terceiros não autorizadas ou quaisquer outros tipos de
desacertos.

c) Localização e datas: Confirmar o endereço correto, o dia da semana e os horários nos quais as visitas se realizarão.

d) Procedimentos no lar: O paciente (se não estiver ciente), necessita ser informado sobre a rotina da visita, ou seja, o
número de pessoas que o visitarão, a duração, suas etapas, etc.

e) Preparação do ambiente: Alguns detalhes do “ambiente físico” podem ser discutidos com o futuro visitado. Por
exemplo: o local da casa, a água para ser fluidificada e a participação de outras pessoas. No entanto, é mais relevante
as orientações para que a família favoreça a preparação de um bom “ambiente espiritual”. Ou seja, o empenho no dia
combinado para que haja um clima de tranquilidade predominante, evitando-se brigas e discussões, o uso de bebidas
alcoólicas, alimentação exagerada. Nessa abordagem, é preciso tomar cuidado de não querer insinuar proibições ou
restrições. A equipe espírita deverá respeitar o livre-arbítrio dos seus visitados.

IV- Encontro da Equipe:

Cada grupo de visitantes estabelecerá, em comum acordo com os seus integrantes, o local do encontro para iniciar a
tarefa, que irá variar segundo os critérios da equipe, podendo ser a residência de um dos participantes, proximidade
do local da visita ou a casa espírita. Qualquer que seja o local escolhido deverá possibilitar a confraternização da
equipe no local inicial da tarefa, pois essa confraternização é o momento do elo, da sintonia mútua, da alegria de
coparticipação no labor pelo próximo, momento que se reserva para os cumprimentos atenciosos e quando se
demonstra a boa disposição para o trabalho, deixando de lado comentários que não sejam positivos e que não se
identifiquem com a tarefa.

Após a chegada de todos e aproximando-se o momento da partida para o local de trabalho, deve-se pronunciar uma
prece inicial, rogando o auxílio de Jesus e dos mentores do grupo no amparo à equipe e aos que serão visitados. Antes
da saída, o dirigente pode, como opção, acordar de antemão com os colegas os papéis de cada componente. Ou seja,
quem dará os passes, quem fará a leitura e os comentários e quem pronunciará as preces. Essa distribuição de tarefas
também se pode fazer durante o trajeto ou no lar visitado. Há apetrechos importantes que devem estar na posse da
equipa, como: a ficha de controle, O Evangelho Segundo o Espiritismo ou outro livro de leitura evangélica adotado
pelo dirigente.

V- Durante o Trajeto:

O importante é manter a sintonia elevada alcançada após o início da tarefa, pela confraternização e pela prece,
conservando a serenidade e os pensamentos voltados para o trabalho que se seguirá.

“Evite a verbosidade avassalante; quem conversa sem intermitências, cansa o que ouve”. (André Luiz - Agenda Cristã –
Cap. 4 – Em favor de você mesmo).

Ouvir música suave, entoar hinos, ler mensagens em voz alta, pronunciar preces ou simplesmente ficar em silêncio
são sugestões para facilitar o exercício de concentração da equipe nessa etapa.

COMP II 292
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
VI- Chegada ao local:

Enfim, harmonizada pelas vibrações da prece e imbuída da boa vontade e do desejo sincero de auxiliar, a equipe irá
encontrar-se com o paciente. Os tarefeiros não se devem julgar importantes, especiais ou superiores aos visitados. O
seu estado de espírito diante do lar visitado deve ser de humildade e respeito, como se estivessem a penetrar num
“templo sagrado de Deus”. Devem resguardar-se de olhares perscrutadores e comentários sobre a mobília,
decoração, objetos pessoais, etc. Tal atitude, além de ser indiscreta, foge aos objetivos do grupo. Em seguida às
apresentações, os visitantes irão inteirar-se sobre o que motivou o pedido da visita.

Nos contatos iniciais com o lar é imprescindível que os trabalhadores espíritas demonstrem calor humano para com os
visitados, evitando a frieza de iniciar a reunião imediatamente após a sua chegada, sem quaisquer preâmbulos
fraternais. O carinho e a atenção dos visitantes par com o paciente é de extrema importância, pois ele pode não estar
a receber a devida consideração dos seus próprios familiares. Será sempre oportuno esclarecer-lhe como é
importante a sua participação efetiva nos encontros, ao esforçar-se em refletir sobre os ensinamentos das mensagens
lidas, em ter um espírito de aceitação durante o tratamento pelo passe e, de modo geral, em procurar sua própria
melhoria espiritual pela evangelização.

9- Atendimento no Lar

I- Preparação do Ambiente:

A família deve ser esclarecida sobre o melhor proveito de se estabelecer um ambiente propício aos trabalhos
espirituais. Deve-se providenciar um recipiente com água para ser fluidificada pela Espiritualidade. A água é
medicamento específico para o enfermo.

II- Prece Inicial:

Uma vez todos reunidos, o dirigente pronuncia a prece de início dos trabalhos ou solicita a um dos integrantes da
equipe que o faça, rogando o socorro do Mestre e daqueles que ali irão cooperar em Seu nome na consecução do
auxílio fraterno ao visitado.

A oração é muito importante no tratamento do enfermo. E isso deve ser ressaltado para ele, no caso de não fazer
parte dos seus hábitos, valendo-lhe como automedicação.

III- Leitura e Comentários:

“Há que ordenar as palavras e selecioná-las, criando-se campo favorável aos nossos propósitos de serviço. A
conversação cria o ambiente e coopera em definitivo para o êxito ou para a negação.” (André Luiz - Obreiros da Vida
Eterna – Cap. 2 – No Santuário da Bênção).

O passo seguinte à prece é a leitura de uma mensagem de ensino cristão seguido de comentários. A mensagem lida e
comentada funciona como um medicamento harmonizador favorecendo a elevação e a convergência dos
pensamentos em torno do tema que convida a todos os presentes, encarnados e desencarnados, a refletir sobre a sua
conduta perante as Diretrizes do Alto. Assim como o médico terrestre solicita o preparo do corpo físico do paciente
antes da sua intervenção pelo jejum, ingestão de drogas ou anestesia, a palavra esclarecedora cumpre função
semelhante, propiciando um ambiente mental favorável à intervenção da Espiritualidade. O bom ou o mau uso da
palavra pode condicionar os mais variados graus de sintonia das pessoas com a atividade da equipa, despertando
simpatias ou criando resistências e questionamentos. É bom lembrar que a mensagem do texto escolhido serve a
todos, familiares, tarefeiros e desencarnados, e não somente ao enfermo.

COMP II 293
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Pode ocorrer que o tarefeiro encarregado de ler o texto sinta dificuldade sem elaborar comentários sobre a
mensagem selecionada. Por isso, é essencial a participação dos colegas em seu auxílio, os quais se devem manter
concentrados e atentos durante a leitura, como se fossem eles próprios os encarregados de explicar o tema abordado.
Quando se entrega o livro para que o visitado o abra n’alguma página, não se sabe de antemão qual o texto que será
lido, tão pouco as razões pelas quais a Espiritualidade interveio na sua escolha. Portanto, é de grande importância que
o visitante tenha condições de discorrer sobre os temas abordados, até mesmo o mais inesperado ou apenas
aparentemente impróprio para a ocasião. O “alvo” da mensagem pode ser um Espírito desencarnado presente no
ambiente do encontro e o visitante deve procurar conduzir a sua interpretação isento de preconceitos ou pré-
julgamentos.

IV- Evitar:

 Usar expressões do tipo: “você tem que fazer isso ou aquilo” ou “vocês não podem fazer aquilo ou isso…”;
 Fugir de tema central da leitura, dispersando os pensamentos;
 Anunciar revelações pela vidência mediúnica, sem qualquer critério, dando a entender que o ambiente está
“carregado” devido ao comparecimento de Espíritos moralmente atrasados ou que estão presentes entidades de
muita luz;
 Contar problemas ou experiências particulares narrando, “comigo aconteceu assim”, “eu era assim ou assado”, “na
minha família fazemos assim” ou evidenciar créditos pessoais colocando a si ou a própria família como modelo de
comportamento;
 Aplicar exigências moralistas, golpeando com proibições ou acusações; afinal, ainda lutamos também por extinguir
os próprios vícios;
 Empregar expressões de desestímulo, como: “é muito difícil conseguirmos melhorar nesse ponto”;
 Bocejar durante a própria leitura ou do colega;
 Inquirir por mera curiosidade sobre doenças ou qualquer assunto de foro íntimo familiar;
 Chorar ou descontrolar-se;
 Dar razão ou tomar partido de alguém da casa, em detrimento de outrem;
 Prometer a cura, o alívio ou a melhoria;
 Dizer ao enfermo que ele precisa sofrer, pois é uma necessidade cármica;
 Fazer qualquer tipo de interferência em orientações médicas;

O primordial é a divulgação da moral do Cristo, o que certamente será considerado pelo visitado nas atitudes dos
visitantes. Em lares não espíritas, à medida que se estabelece uma relação de confiança entre visitantes e visitados,
surgirão maiores oportunidades para se abordar temas doutrinários sem que haja constrangimento.

V- Procurando sempre:

 Incluir-se como aprendiz durante o ensinamento, usando o “nós devemos…” e o “nós podemos…”, em vez do
“vocês…”;
 Que inquiridos acerca do ambiente espiritual do lar, informar que as características dos Espíritos que visitam as
residências, depende muitas vezes do tipo de sintonia dos seus habitantes e que eles, tanto quanto os encarnados,
também usufruem do aprendizado da moral evangélica de Jesus Cristo, principalmente quando ali é instituído o
culto do Evangelho;
 Estimular a reforma íntima como a grande, verdadeira e definitiva solução para todos os males do Espírito;
 Manter o controle emocional pela compreensão das necessidades evolutivas de cada Espírito perante a dor,
confiando em Jesus;
 Que questionado sobre os motivos do sofrimento, esclarecer que pela lei soberana de Deus há sempre uma causa
justa; porém, todos devemos lutar para superá-lo, independente das suas razões;
 Encorajar a perseverança perante as dificuldades e a confiança nos poderes do Alto, pois somente Deus conhece
ao certo as necessidades de cada um.
COMP II 294
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Após os comentários, é interessante estimular os presentes a pronunciarem-se, dando-lhes liberdade, para que se
sintam à vontade e deem a sua opinião. Saber ouvir é tão importante nesta tarefa quanto doutrinar. Ouvir com
interesse, além de ser uma atitude caridosa, é uma oportunidade de compreender os pensamentos dos presentes, o
que é valioso recurso para se conduzir as interpretações dos temas lidos. Às vezes, para os visitados, poder falar é uma
rara chance de desabafo, e como tal, uma forma de harmonização, aliviando tensões mentais e emocionais.

É muito importante para o enfermo receber os lenitivos da prece, da mensagem, da palavra amiga e compreensiva
dos tarefeiros da seara espírita e do passe restaurador das energias físicas, psíquicas e espirituais. Porém, acima de
tudo isso, enorme benefício terá recebido aquele que compreender que o remédio ideal, o mais eficaz, está no
exercício da autoajuda com o apoio do Evangelho de Jesus Cristo, o que quer dizer, do código moral que ele contém. A
participação do visitado no seu próprio processo de cura é medida indispensável que deve chegar ao seu
conhecimento. O bem que emana de dentro para fora, a luz interior que surge no esforço individual por ser melhor, é
mais eficaz que qualquer medicamento exterior.

É “tábua de salvação” para a humanidade, e a equipe de visita deve deixar esse pensamento no lar, para que possam
meditar sobre ele na medida de compreensão dos ensinamentos do Mestre.

Por isso mesmo, o hábito de leitura de obras com conteúdo edificante é um verdadeiro tônico para o espírito e precisa
de ser estimulado em todos os recantos visitados; assim como a implantação do culto do Evangelho no lar é um
método extremamente benéfico de se realizar o estudo disciplinado da moral cristã.

VI- Aplicação do Passe:

Uma vez encerrada a etapa da leitura, o paciente deve ser posicionado para a aplicação do passe, normalmente
assentado, ficando o passista à sua frente e os médiuns vibracionais por detrás ou ao seu redor. Nada impede, porém,
que o passe seja ministrado com o paciente deitado, havendo essa necessidade. O ambiente deve estar calmo e
silencioso.

VII- Prece Gratulatória:

É a prece que marca o encerramento da presença do grupo no lar. Ela pode ser pronunciada por qualquer um dos
presentes, familiares ou visitantes. Essa oração oferece a todos a oportunidade do agradecimento sincero a Deus, a
Jesus e aos Amigos Espirituais, pelas bênçãos destinadas aos visitados, como os recursos fluídicos disponibilizados
através do passe e as intuições inspiradoras das interpretações evangélicas.

VIII- Conclusão da Tarefa:

“Vai e não peques mais”. (Jesus - João 8:11)

O Mestre proporcionou a cura a diversas criaturas, mas não deixou de recomendar-lhes o esforço próprio, a adesão da
boa vontade ao programa da regeneração, sem os quais as providências salvadoras resultariam inúteis. O grupo de
visitantes espíritas, ao encerrar o cumprimento dos seus deveres nas tarefas do dia, tendo-os executado com a devida
dedicação e seriedade, haverá de ter deixado junto aos pacientes um pequeno roteiro de automedicação. Uma vez
desempenhada a tarefa, resta orar para que os lares visitados consigam alcançar a saúde espiritual de que necessitam.
Ao finalizar as visitas do dia, a equipe realiza o desfecho da tarefa conforme a começou, com uma prece de
agradecimento e confraternização entre os colegas, compartilhando da alegria do convívio salutar e da satisfação
intima pela oportunidade de servir ao próximo. É necessário enfatizar o quão importante é a discrição e o sigilo sobre
os assuntos que dizem respeito às famílias visitadas; “o que é do lar fica no lar”. Cuidadosa vigilância se faz necessária
para que pensamentos ou comentários infelizes não assomem, atraindo entidades na lei da sintonia. Muitas delas
costumam acompanhar o visitante mesmo depois de deixar o local, seja por respeito, curiosidade ou para conferir se
os princípios de que se fez portador se aplicam a ele próprio.
COMP II 295
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Assim, antes de adentrar o próprio lar, o visitante deve orar para que não fuja à sua lembrança o agradecimento a
Deus pelo trabalho realizado, devido a, talvez, ter sido um dia difícil marcado por problemas inesperados e
angustiantes. Melhor ainda se for essa prática diária, e tanto maior deve ser a manifestação de gratidão quanto
maiores as dificuldades, porque o Pai não castiga; Ele é só Amor. E somos nós, criaturas por hora pequenas e
imperfeitas, que ainda não compreendemos o significado dos obstáculos da senda os quais não surgem por acaso;
”tudo ocorre na medida certa para colocar à prova o nosso amadurecimento espiritual”. A prece, então, opera como
um escafandro, protegendo a criatura nas profundezas do mar de suas incertezas, buscando do seu Criador o oxigênio
de fluidos excelsos que lhe dão força e vida.

XIX- Reunião de Avaliação:

Se a equipe está disposta e determinada ao melhoramento contínuo, todos os seus integrantes precisam estar de
coração e mente abertos às críticas e sugestões dos companheiros de trabalho. Para que haja ensejo de se analisar
como os visitantes estão se conduzindo, o que pode ser aperfeiçoado e o que deve ser evitado, é importante a
realização de reuniões de avaliação, que devem realizar-se, de preferência, em períodos extra tarefa, para não
atrapalhar a rotina de visitas. Esses encontros servirão para a autoavaliação do grupo, procura de soluções de
problemas de trabalho, sejam organizacionais ou comportamentais. É oportuno que em tal encontro todos estejam
imbuídos de boa vontade e tolerância, compreendendo ser a tarefa maior que os interesses individuais de cada um.
As reuniões de avaliação, devem ainda ter como fim a discussão de algumas alternativas para auxiliar ainda mais os
visitados. Além disso, são também oportunidades para confraternização e maior aproximação entre os companheiros
da equipe.

https://luzepaz.org/wp-content/uploads/2017/11/Visita-aos-lares-3.pdf

Dr. Hermann solicitou ao Altivo o trabalho do Grupo de Visitas. Não são todas as casas espíritas que fazem
esse tipo de trabalho. E na nossa casa espírita nós temos esse trabalho como muito importante e de uma
abrangência muito grande dentro dos corações das pessoas que estão ainda necessitadas desse tipo de socorro.

Esse trabalho tem um nível de seriedade extremamente grande, a partir do momento que a criatura ligada à
casa mentalmente, fica ligada a nós, à nossa instituição.

Não só ela, mas o seu endereço e as pessoas que lá estão passam a ter toda uma proteção. Esse trabalho é mais
uma oportunidade que a espiritualidade da nossa casa dá ao médium de estender o seu vínculo com a caridade e
amor ao próximo.

(Aula dada por Nadja Paes e Lorei Paulicz em 27/09/2007 no CELD)

“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios;


de graça recebestes, de graça dai.”

(Jesus - Mateus 10:8)

COMP II 296
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Passes em Crianças
Passes em Crianças Especiais

Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam.
Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.
E, depois de lhes impor as mãos, partiu dali.
(Mateus 19:13-15)

1- Passes em Crianças

Geralmente “a criança requer fluidos e, por isso mesmo, cria predisposição natural a sua assimilação. Ademais, muitas
crianças procuram, pedem, buscam mesmo o passe, assim registrando sua fé com um vigor muito consistente. Por
outro lado, ainda que a busca não lhe seja consciente ou mesmo bem aceita (no início), fato é que elas ainda não
criaram barreiras mentais à fluidoterapia, o que corresponde a uma entrega ao passe com o coração.” E quando os
pais ou responsáveis tem-na orientado acerca dessa benção, os resultados são bem mais seguros e benfazejos. Por
tudo isso, seu sistema de absorção fluídica é mais “aberto” que o dos adultos (...), já que sua estrutura perispiritual
está transitando exatamente na busca de energias complementares para, inclusive, “patrocinar a geração de
recursos”. Daí o “porquê de o passe na criança ser, via de regra, muito feliz.”

Porém, “(...) os passes devem ser muito refinados, sutilizados ao máximo, pois os centros vitais delas são muito
pequenos e pouco capacitados para grandes absorções fluídicas. Em todo caso, mais do que em qualquer outro passe,
os realizados em crianças solicitam dispersivos ao final.”

(MELO, Jacob. Assuntos diversos. In “O passe, seu estudo, suas técnicas, sua prática, cap. X, pp. 296 a 298)

Ainda de acordo com Jacob Melo, quando o passe vai ser aplicado em alguém com uma criança no colo, “primeiro
aplica-se o passe na criança, envolvendo-a com fluidos bastante sutis e evitando qualquer concentração fluídica mais
intensa. No início e ao final, fazer muitos dispersivos sobre ela, mesmo se os passes forem espirituais – com isso
evitamos as possibilidades de congestionamento tão comuns em crianças.”

“Quando formos aplicar os passes no adulto, tomar cuidado para evitar de aplicar as mãos sobre a criança, já que, em
havendo aí fluidos magnéticos, estes serão muito densos para aquela. Se for o caso de se fazer um tratamento
magnético no adulto, o ideal será pedir-lhe que entregue a criança a uma outra pessoa e que ele tome seu passe
sozinho.”

(MELO, Jacob. Dúvidas do passista durante o passe. In “Cure e cure-se pelo passe”, cap. 17, pp. 172 a 173)

1.1- Quando dar Passes em Crianças

É fácil de compreender o passe numa criança de 0 a 2 anos quando ela está doentinha. A crise de bronquite, o
probleminha no fígado, problema renal, um acidente, se machuca a gente percebe bem. Mas, como pais, temos
dificuldade: “Puxa vida a criança acabou de nascer, está mamando, animada, feliz, por que vou levar no passe de
cura?” Quando ela está saudável passa pela nossa cabeça em não trazer. E aí temos que falar de uma passagem dO
Livro dos Espíritos que fala da perturbação que o espírito sofre ao retornar ao corpo. Por mais bonitinho que ele
esteja, ele terá uma dificuldade, que é a questão da perturbação, questões 339 e 340.
(Aula dada por Omar, Valter, André e José Carlos em 13/09/2007 no CELD)

COMP II 297
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Pergunta 339 – No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação semelhante à que experimenta ao
desencarnar?
Resposta: “Muito maior e sobretudo mais longa. Pela morte, o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para
ela.”

Pergunta 340 – É solene para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e
importante?
Resposta: “Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a
morte nas ondas que se decide a afrontar.”
O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que
se submete, mas não sabe se sucumbirá.

Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de
clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele. Sabe que reencarnará, como o
homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem
consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se
ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia.

(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Questões 339 e 340 – Editora FEB.)

1.2- Cuidados ao dar Passes em Crianças

A mãezinha trouxe a criança, com aquela dificuldade toda e quando entra pelo corredor escuro a luz vermelha/azul
pode ser boa para os fluidos, mas a criança fica com medo. A criança começa a chorar e a gente na porta esperando e
pensa: “lá vem aquele neném que chora por manha.” Pensou, a criança já captou e aí prejudica o trabalho. Com
criança não dá para mascarar.

Você recebe a criança, ela entra e nem olha para você, ela já procura o médium que ela se afinizou melhor. Não tem a
estória de o passe é no fígado, aquele médium tem o fluido mais apropriado. Se a criança não for para aquele médium
não adianta pegar no colo e colocar à força, se não houver convencimento, prejudicou o passe. Exige muito
entendimento da gente, essa flexibilidade. Criança não é um paciente comum. Os pais dão uma importância grande ao
tratamento que damos na sala.

A criança chega e perguntamos para a mãe como ela está, o que ela tem. E a mãe diz como a criança está. Conduz ao
médium que dará o passe e passa para ele as informações necessárias para o passe.

Em crianças de 0 a 2 anos tem a questão da agitação e devemos trabalhar a pacificação e o fortalecimento dos
vínculos dela com a Terra.

Dificilmente no primeiro passe a criança cria um vínculo com o médium. Às vezes você coloca a mão na criança e ela
acalma, mas isso não é regra. Se ela está agitada, você aproxima e ela acalma, continua. Mas, colocou a mão e sentiu
um fio de eletricidade, para e deixa ela se acalmar.

Algumas vezes, durante o passe, você vai colocar a mão e a criança bate na sua mão, vira a cabeça, chora, esperneia,
vomita. Você tem que ter paciência e compreensão.

Você não vai dar pedrada fluídica na criança, deve entrar com o fluido lentamente. Coloca a mão em posição de doar
o fluido e se possível, comanda o fluido pelo pensamento.

COMP II 298
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
Se fosse um caso de cabeça. Você nunca vai encher de fluido a cabeça de ninguém. Todos os órgãos da criança estão
em formação. Se encher de fluido a cabeça, pode causar uma alteração. Não se trabalha a cabeça. No caso de tumor
na cabeça, vai se trabalhar no local específico da cabeça.

A criança tem muita energia. Ela já tomou o dispersivo na sala do dispersivo, nós vamos trabalhar o apoio e a
harmonização. A harmonização é o grande momento do passe na criança. Vamos entrar com o nosso magnetismo e
envolvê-la com palavras de estímulo.

Dr. Hermann passou para nós que na região do plexo solar devemos fazer o movimento como se estivéssemos
prendendo o corpo da criança no perispírito.

Chegam para nós bebês pequeninos e nós preparamos na nossa sala umas caminhas. Se precisamos dar passe no
pulmão, nos rins, podemos virar a criança sem problema algum.

O médium tem que saber como vai trabalhar na criança e sentir, é a percepção mediúnica de cada um.

É importante, no fim do passe, lembrar do culto do Evangelho no lar. Além da alimentação temos que lembrar que o
passe de cura necessita de uma complementação, que dizemos ser um curativo. Voltar uma segunda vez, que seria
para evangelização, que pode ser qualquer reunião pública.

Quando a criança não tem condições de ficar sozinha a mãe fica com a criança.

(Aula dada por Omar, Valter, André e José Carlos em 13/09/2007 no CELD)

2- Passes em Crianças Especiais

No passe de crianças especiais devemos impulsionar o fluido nos locais fragilizados, pois diferentemente das demais
crianças estas não puxam o fluido devido ao seu estado emocional e mental.

Os cuidados nesse tipo de passe devem ser aumentados e é importante manter, conservar, o relacionamento
médium/doente, relacionamento este que é conseguido com muitas dificuldades se o doente não tiver consciência do
ambiente que o cerca, por exemplo, um deficiente físico com déficit visual conhecerá as pessoas pela percepção
auditiva e pelo toque, como no passe de cura não conversamos com a criança esta nos reconhecerá pelo toque e o
seu comportamento é extremamente variado ao perceber um estranho, podendo ir da introversão à agressividade e
nesse intervalo comportamental pode até ocorrer a aceitação pacífica o que depende do ambiente espiritual que
envolve o doente.

Em qualquer caso de passes em doenças especiais deve-se observar a fisionomia, a compleição do doente e se
percebermos revolta, ira, rancor, mágoa, ódio evitemos a fixação do olhar, porém, levem em conta que esse doente
pode estar passando por dores e até por processo obsessivo que ele não consegue expressar e nesse caso a nossa
sensibilidade deve ser aumentada para que melhor percebamos a causa dessas emoções. Esse é mais um motivo para
mantermos o mesmo médium no atendimento ao doente, pois desse modo o médium pode identificar se a revolta é
um estado permanente ou momentâneo do doente. Cuidado! É frequente o número de especiais com, por exemplo,
dor-de-dente, se comportando agressivamente e os pais os encherem de sedativos e nós médiuns os taxarmos de
obsedados.

COMP II 299
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
São inúmeras as necessidades especiais e em todos os casos esses irmãos necessitam de muito, muito, muito amor,
carinho compreensão e harmonização, ou seja, eles precisam de tudo o que nós, médiuns de cura obtemos no
contato com os Espíritos curadores.

Não existe um cérebro igual ao outro e não existe um deficiente mental igual ao outro. Então, em todos os casos,
busquemos os mentores espirituais em condições de avaliar cada caso e cada método de trabalho e de nossa parte
busquemos o conhecimento para evitar desperdício de fluidos. Abaixo listamos alguns casos de deficiência mental, os
mais comuns, e uma sugestão de procedimento de passe; ao encerrar todo o procedimento deve-se aplicar passes
nos centros de força e encerrar com a harmonização:

1- Encefalopatia

É um grupo de distúrbios causados por lesão cerebral; não é progressiva e ocorre antes,
durante ou logo após o parto. Esse estado é complexo incluindo diminuição da função
neuromuscular com ou sem problemas sensoriais, dificuldade de aprendizagem com ou sem
déficit intelectual, problemas emocionais e às vezes de fala. O passe, nesse caso, deve ser
direcionado para todo o córtex cerebral com ou sem o toque na cabeça. Dependendo se ocorre:
problema de equilíbrio, toque a zona cerebelar; se problemas de paralisia de membros, aplique
o passe tocando na região das têmporas simultaneamente a direita e a esquerda e, em caso de
deficiência sensorial atue sobre o órgão correspondente, ou seja, atue nos olhos, ouvidos e
nariz conforme ocorra deficiência visual, auditiva e de olfato respectivamente e assim por
diante.

2- Mielomeningocele Ou Espinha Bífida

É uma lesão congênita da medula espinhal causada pelo fechamento incompleto da coluna
vertebral e por isso ocorre saída de tecido nervoso, formando uma protuberância mole, na qual
a medula espinhal fica sem proteção. Em consequência ocorrem distúrbios de sensibilidade, de
movimentos, ortopédicos, hidrocefalia, descontrole das funções intestinal e urinária. A
descrição da síndrome já nos dá uma ideia de onde atuar no passe. Acrescentamos a
necessidade de trabalhar na região das têmporas lateralmente ao crânio e, em seguida,
posicionar as mãos na fronte e no occipital depois descer até o baixo ventre, desse modo
cobriremos toda a região afetada física e mentalmente.

3- Amioplasia Congênita ou artrogripose múltipla congênita

Contratura persistente ao nível das articulações, sempre presentes ao nascimento, sendo


usualmente múltiplas e simétricas, sem déficit intelectual. Nesse caso aplique passe de
harmonização, siga sua intuição e as informações recebidas dos responsáveis pela criança e,
como são cadeirantes, na medida do possível, aplique toques firmes nas regiões mais afetadas e
que ficam muito tempo imóveis, isso dá ao doente uma sensação de conforto de bem-estar que
certamente propiciará melhor acolhimento dos trabalhos de evangelização por parte do
doente, que geralmente não apresenta problemas intelectuais.

COMP II 300
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
4- Síndrome de Rubinstein-Taybi

Essa síndrome apresenta retardo mental cuja extensão é muito variável: muitos podem estar
moderadamente afetados, alguns mais e outros muito mais ainda.

Apresentam dificuldades na alimentação, infecções respiratórias, infecções de ouvido, infecções


de olho e anormalidades como obstrução de tubo lacrimal, excesso de mucosa, e às vezes
diarreia. Problemas visuais, anomalias cardíacas, anormalidades vertebrais, deficiência renal,
problemas ortopédicos refluxo e vômitos.

5- Microcefalia

A microcefalia decorre de uma produção baixa de neurônios durante a embriogênese, que pode
ou não estar associada a alterações estruturais.

As causas da microcefalia podem ser: genética, infecção, toxicidade, problemas circulatórios,


drogas, etc., durante a gestação ou mesmo precocemente, na vida pós-natal. Em geral está
associada a outras anormalidades cerebrais. Em todos os casos de doenças especiais é
imprescindível o atendimento aos familiares e nos casos de síndromes que podem ter como
causa o comportamento dos pais antes durante e/ou após a fecundação há a necessidade,
também, do esclarecimento doutrinário para desfazer ideias preconcebidas elevar a
autoestima, mostrando na medida do possível, o quanto o portador necessita de pais
equilibrados e os benefícios que a doença traz para o doente. Uma referência muito boa, ou
melhor, excelente é o caso Benedito do livro Deficiente mental: por que fui um? / Espíritos
diversos; psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho.

6- Síndrome De West

É um tipo raro de epilepsia; as convulsões podem ser de flexão ou de extensão, e afetam


geralmente crianças com menos de um ano de idade. É como se, de repente, a criança se
assustasse e quisesse agarrar uma bola sobre o seu corpo. Essa síndrome pode estar ou não
associada à paralisia e o passe é necessariamente de harmonização; com os devidos cuidados,
em caso de crise no momento do passe, siga as orientações do item 3 se houver paralisia.

7- Autismo

É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer


relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças, apesar de
autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental,
mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados
e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
Podem apresentar personalidades múltiplas o que na criança pode afetar a formação
neurológica. O autista é dos poucos casos de doenças especiais em que se tem histórico de cura
parcial, ou seja, a pessoa consegue se associar e até ser bem sucedida na vida tendo acuidade
sobre as suas limitações.

COMP II 301
A Medicina Espiritual
MÓDULO VIII - PASSES
O passe deve ser de harmonização, fornecendo ao autista vibrações melhores para que ele decida assumir o nosso
modo de viver e deixe o seu mundo mental fechado pelo ego exacerbado, para isso ele precisa ser convencido de que
aqui ele tem melhores chances do que lá onde ele se encontra isolado. Aqui o apoio da família e da terapia
especializada é fundamental. Daniela que em sua última encarnação foi autista faz no livro Deficiente mental: por que
fui um?, o seguinte relato sobre o seu estado como autista: “Podia falar, se quisesse, sabia fazê-lo, porém raramente o
fazia. Nada me parecia importante para responder. Escutar? Sim, porém na maioria das vezes me fechava tanto
dentro de mim que não registrava nenhum barulho estranho. Sofria, não era feliz. Parecia que vagava, às vezes queria
concretizar um exercício, quando alguém falava comigo, mas era rápida essa sensação. A maior parte do tempo estava
vazia, completamente vazia. Agora, me parece que eu era oca, nada tinha por dentro. Às vezes, além de não
entender, não enxergava ou melhor, via e não percebia. Era assim: estava na sala, via tudo o que havia nela, mas não
registrava, ou melhor, não entendia o que via”.

8- Retardo mental

Funcionamento intelectual significativamente abaixo da média. Manifesta-se antes dos 18 anos de idade. O retardo
mental está associado a muitas síndromes, nesse caso nos referimos apenas à dificuldade de aprendizado. Tornamos a
recomendar o estudo do caso Benedito já citado no item 5. O passe e as orientações aos familiares são para que se
leve muita harmonização aceitação e resignação. Geralmente essas crianças não são agressivas, porém tomemos o
cuidado devido nos precavendo de que em caso de agressividade estamos lidando com um homem com idade mental
de criança ou adolescente e como tal deve ser tratado, podendo, às vezes, até chegarmos a repreender o doente mas
sempre com respeito e mansidão.

9- Síndrome de Down.

A característica dessa síndrome é o crânio pequeno e achatado em sentido anteroposterior, achatamento da junção
dos ossos nasais, encurtamento de falanges, outras alterações de dedos de mãos e de pés e retardo mental que varia
de moderado a intenso; há deficiências respiratórias e cardíacas e pode em alguns casos ocorrer a agressividade ou
até mesmo não apresentar nenhum dos sinais sintomas aqui mencionados.

Fotos cedidas pela obra social do Centro Espírita Daniel Cristóvão – Lar de Daniel Cristóvão.

Para saber mais:

Autismo: Uma Leitura Espiritual – Hermínio C. Miranda – ed. Lachatre.

Deficiente mental: por que fui um? – espíritos diversos; psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
– ed. Petit.

Transtornos Mentais – Uma Leitura Espirita – Suely Caldas Schubert – Minas editora.

COMP II 302
Centro Espírita Bezerra de Menezes
Departamento Mediúnico Allan Kardec - DMAK
A Cura - Serviço de Tratamento Espiritual
Patrono Espiritual: Bezerra de Menezes

O TRATAMENTO ESPIRITUAL NA CASA ESPÍRITA.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Tratamento Espiritual realizado pela instituição espírita é uma tarefa de grande responsabilidade
face sua repercussão junto aos aflitos e à sociedade, de uma forma geral. É um trabalho que lida
diretamente com a dor e o sofrimento humano, além de envolver os sentimentos, a esperança, a fé
em Deus e a expectativa de ajuda dos sofredores e seus entes queridos. Por tudo isso e pela
preservação da credibilidade e respeito que a Doutrina Espírita desfruta na sociedade é que o
centro espírita deve estruturar, com bastante cuidado, esse trabalho.

O TRATAMENTO ESPIRITUAL NA CASA ESPÍRITA.

A prestação desse serviço só deverá ser adotada se a instituição espírita dispuser de uma equipe de
médiuns e trabalhadores de apoio comprovadamente qualificados no âmbito do conhecimento e da
prática doutrinárias, principalmente da mediunidade, da segurança mediúnica, da conduta ética e
moral (vivência evangélica), e do comportamento cristão no trato com os semelhantes. Esses pré-
requisitos são fundamentais para que haja adequada sintonia vibratória e de propósitos entre a
equipe de voluntários encarnados e os benfeitores espirituais desencarnados responsáveis pelo
trabalho.

Assim aos trabalhadores encarnados competirá a responsabilidade de bem se prepararem


doutrinaria e moralmente. Cuidado que não só garantirá a boa assistência espiritual para o
trabalho, mas a sua proteção ante a investida dos agentes do erro e da impostura. Além disso, se
faz necessário a definição de um espaço apropriado para atender o sofredor com a devida
privacidade. Nesta tarefa não há espaço para improvisações, participação de pessoas curiosas,
indiscretas, ríspidas e de médiuns inexperientes ou portadores de faculdades mediúnicas duvidosa.

O PROCEDIMENTO ADOTADO NO TRATAMENTO ESPIRITUAL

O procedimento adotado no Tratamento Espiritual utilizado pela casa espírita não deve ter
nenhuma relação com aqueles praticados pela Medicina convencional, nem tampouco neles
intervir, isto porque o Tratamento Espiritual orientado à luz do Espiritismo tem como fim a
harmonização energética e espiritual do paciente. O foco da Medicina convencional é o corpo
físico e a mente humana enquanto o foco do Espiritismo é o corpo perispiritual e o espírito. Os
benefícios físicos decorrentes da intervenção espírita são consequências e não fim.

De uma forma geral o tratamento espírita prescreve:

a) A reforma intima ético-moral do assistido, no sentido da vivência dos ensinamentos de JESUS.


b) O passe e a água fluidificada com o concurso dos benfeitores espirituais;

1
c) A participação nas reuniões públicas evangélicas e doutrinárias e a leitura de obras edificante,
preferencialmente espíritas, por tratarem de ensinamentos relacionados com as recomendações
espíritas;
d) A prática do Evangelho no Lar;
e) A Irradiação de energia revigorante e salutar endereçada aos necessitados, principalmente aos
que se encontram impossibilitados de comparecer ao centro espírita;
f) A desobsessão.

O atendido deve ser orientado a cumprir rigorosamente com as recomendações prescritas para o
seu tratamento, já que delas dependerá o êxito do seu tratamento, conforme seja obedecida à lei de
causa e efeito.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES RELATIVAS AO TRATAMENTO


ESPIRITUAL.

No Centro Espírita Bezerra de Menezes, esse serviço terá a seguinte sistematização:

a) Recepção. Será feita em local apropriado e mais afastado do fluxo de frequentadores da casa, o
necessitado seria recebido, acomodado e orientado de forma fraterna e atenciosa.
b) Atendimento Fraterno pelo diálogo. O atendido seria encaminhado para uma conversação
fraterna com vista a dar início ao seu processo de ajuda espiritual. Nessa ocasião ele relataria sua
situação, receberia as primeiras palavras de esperança e de reforço da fé, além das recomendações
básicas prescritas pela espiritualidade aos atendidos pelo tratamento espiritual da casa.
c) Encaminhamento da situação de cada atendido para apreciação da equipe espiritual
socorrista. Nesta etapa do serviço a equipe espiritual socorrista, à luz de cada situação, definirá o
número de passes a ser aplicado em cada paciente.
d) Encaminhamento para as reuniões de Irradiação. Nesta etapa do serviço a equipe espiritual
socorrista, à luz de cada situação, definirá quais os casos que deverão ser encaminhados às
reuniões de irradiação e desobsessão.
e) Atividades de Passes. De acordo com a recomendação recebida do plano espiritual, o paciente
deve ser encaminhado a um ambiente próprio ou discretamente isolado destinado à aplicação de
passes e, ao salão de explanação do Evangelho à luz do Espiritismo.
f) Atividade de Acompanhamento do Tratamento Espiritual. A equipe designada para este fim
deve, em ambiente reservado, receber os atendidos em tratamento para, através do diálogo
fraterno, informar-se sobre a evolução do seu quadro de melhora, reforçar o cumprimento da
terapêutica espiritual prescrita e responder, na medida do possível, as indagações ou solicitações
que, eventualmente, o paciente lhe enderece.

ACOLHIDA E ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES.

O necessitado deve ser acolhido com o mais esmerado sentimento de solidariedade, fraternidade,
paciência e humildade possível. Ele é um sofredor que busca socorro e está cheio de esperanças e
carente de atenção. Tratá-lo com indiferença ou mesmo sem o devido toque de sensibilidade é
faltar para com o dever de consolação e iluminação que caracteriza o Espiritismo.

A boa acolhida contribui para o revigoramento não só da fé, mas também das energias espirituais
do assistido. Coloca-o em estado de predisposição vibratória positiva favorável ao sucesso do seu
tratamento. Por isso o atendente deverá ser uma pessoa com características comportamentais que
contribuam para a comunicação natural com os seus semelhantes, sem impaciência, sem atitudes
imperativas, sem artificialismo.

2
Quando do primeiro contato, o sofredor deve ser incentivado a fortalecer sua fé em Deus. Também
deve ser esclarecido sobre o que é o tratamento espiritual, sua subordinação aos imperativos da lei
de causa e efeito e qual sua responsabilidade no processo terapêutico que lhe será recomendado,
além das naturais consequências do seu descumprimento. Esses esclarecimentos são importantes
para que não se crie um clima de expectativa miraculosa no socorro a ser empreendido.

O acompanhamento do atendido durante o tratamento é de fundamental importância, não só para o


assistido, mas também para a instituição espírita. Estando o sofredor com suas energias
debilitadas, não é raro tornar-se vulnerável a influências de entidades espirituais que dele se
aproximem com o intuito de induzi-lo a fraquejar na fé e negligenciar no cumprimento das
recomendações espirituais prescritas. Visando ajudá-lo a manter-se vigilante, a instituição espírita,
deve marcar encontros continuados e espaçados para entrevistá-lo, por meio de uma conversação
fraterna, com o propósito de obter informações sobre a evolução do seu quadro de melhora e sobre
o cumprimento da terapêutica recomendada. Assim o paciente sentir-se-ia mais seguro, mais
confiante e mais amparado. Se o socorrido ficar à mercê de suas próprias forças, então
fragilizadas, sem que a instituição lhe possibilite um ou mais de um ensejo para que relate os
sucessos e as dificuldades enfrentadas durante o tratamento, ele poderá sentir-se abandonado aos
seus próprios cuidados, situação para a qual pode não estar preparado. Isso poderá afetar,
substancialmente, seu tratamento, fragilizar sua fé e credibilidade nas intervenções espirituais
praticadas pelo Espiritismo ou levá-lo a buscar outros meios, ditos espíritas, mas totalmente
estranhos ao Espiritismo, alguns até assentados em métodos e procedimentos afrontosos a razão e
a inteligência humana. Para isso, marcaremos um atendimento fraterno ao término do
período de passes prescrito ou a cada 8 (oito) sessões.

CONCLUSÃO.

A casa espírita deve respeitar qualquer método que objetive, com sinceridade, o socorro aos
sofredores, entretanto a coerência recomenda que só adote aquele que não contrarie os
ensinamentos do Espiritismo; não por pretensão, mas por uma questão de identidade e
concordância com um procedimento doutrinário que vem dando certo, tanto ou mais do que os que
lhes são estranhos. Mudar por modismo ou por desejo de renovação e modernidade é trocar seis
por meia dúzia ou o certo pelo duvidoso. O testemunho é a maior prova de fidelidade ao
Espiritismo; ao Cristianismo Redivivo.

3
Centro Espírita Bezerra de Menezes
Departamento Mediúnico Allan Kardec - DMAK

A Cura - Serviço de Tratamento Espiritual

Patrono Espiritual: Bezerra de Menezes

Roteiro de Serviços na Sala de Trabalhos

Cronograma – Atividades Desenvolvidas nos Trabalhos dos Passes de Cura

5ª feira
Reunião Pública
19:00
Chegada do médium a sala de cura até 18:40
Leitura e comentário da página do dia das 18:40 às 18:50
Exercício de concentração do médium das 18:50 às 18:55
Prece de início e autopasse das 18:55 às 19:00
Início dos trabalhos de passes de cura das 19:00 às 19:40
Término dos trabalhos de cura e avaliação das 19:40 às 19:50

Horário – Atividade: Chegada

Reunião Pública Reunião Pública


Horário de Atividades Horário de Atividades (Obs.)
5ª feira 18:40 5ª feira 18:40

Obs.: A partir deste horário, o médium que chegar atrasado só entrará na sala na 2ª “rodada” de
trabalho (se houver). Após o autopasse, permanecerá sentado em concentração, para atuar a partir da
3ª “rodada” (se houver). O médium que chegar após a 2ª entrada dos pacientes não poderá participar
dos trabalhos na sala de cura, permanecendo então na reunião pública para contribuir com os passes
no salão.

Procedimentos para os Médiuns de Cura

a – Portar crachá de identificação;


b – Entrar na sala com alegria e seriedade;
c – Guardar seus pertences;
d – Verificar o número de cadeiras de acordo com o número de médiuns;
e – Verificar se as bandejas com copos de água já foram providenciadas (para serem
fluidificadas pelos espíritos);
f – Sentar na cadeira determinada para o seu trabalho;
g – Manter empatia com a sua equipe de trabalho;
h – Manter-se sentado e em silêncio.

1
Horário – Atividade: Leitura da Página distribuída no dia e comentário.

Reunião Pública – Horário de Atividades


5ª feira 18:40 até 18:50

Procedimentos para Leitura da Página

a – O dirigente deverá solicitar aos médiuns presentes que acompanhem a leitura e reflexão do
conteúdo.

Procedimentos para o Comentário

a – O comentário deverá ser feito por todos os médiuns da sala em sistema de rodízio;
b – Todos os outros médiuns deverão manter-se atentos ao comentário da página do dia (a
mesma da reunião pública);
c – Não deverá haver interrupções e/ou comentários paralelos durante a leitura e estudo da
página do dia;
d – O comentário deverá ser baseado na página do dia e sempre com conteúdo doutrinário;
e – O comentário não deverá ultrapassar os 10 minutos estabelecidos pela direção do
departamento mediúnico;
f – O dirigente da sala, ao término do comentário do dia, aguardará o contato com o
responsável pelo corredor, informando-o o número de médiuns presentes na sua sala.

Horário – Atividade: Concentração

Reunião Pública – Horário de Atividades


5ª feira 18:50 até 18:55

Procedimentos para a Concentração

a – Apagar a luz branca e acender a azul;


b – Permanecer sentado;
c – Manter o silêncio;
d – Manter o corpo relaxado, braços pousados sobre as pernas;
e – Mentalização positiva;
f – Elevar os pensamentos a Deus, a Jesus, aos guias da Casa e ao seu Guia;
g – Orar mentalmente buscando sintonia com as forças superiores.

2
Horário – Atividade: Prece e autopasse

Reunião Pública – Horário de Atividades


5ª feira 18:55

Procedimentos para a Prece e Autopasse, Preparação do Médium para Iniciar sua Tarefa no
Serviço da Cura

a – Todos os médiuns deverão das as mãos formando uma corrente de harmonia e pacificação;
b – A prece deverá ser feita em sistema de rodízio;
c – Após a prece o dirigente da sala do dia dará o início aos trabalhos;
d – O dirigente da sala do dia fará o comando para que todos os médiuns iniciem o autopasse;
e – O autopasse inicial deverá ter o cunho de limpeza e preparação para o serviço, devendo o
médium sintonizado com o seu guia, aplicar-se o dispersivo, apoio e harmonização;
f – Após o autopasse o médium deverá permanecer em pé, localizado atrás ou ao lado da sua
cadeira, concentrado e com os olhos abertos;
g – O médium a partir desta etapa deverá manter o olhar atento aos pacientes que estarão
entrando na sala;
h – O dirigente da sala do dia aguardará na porta da sala os pacientes que serão encaminhados
pelos responsáveis do corredor;

Horário – Atividade: Início e Término dos Passes na Sala de Cura

Reunião Pública – Horário de Atividades


5ª feira 19:00 até 19:40

Procedimentos do Médium Dirigente para com os Pacientes

a – O dirigente da sala do dia deverá estar atento e concentrado mantendo postura serena,
simpática e respeitosa diante do paciente que chegará até ele;
b – O dirigente da sala do dia deverá perguntar em voz baixa e discretamente o motivo e/ou
enfermidade que ele está acometido;
c – O dirigente da sala do dia após refletir brevemente sobre a enfermidade relatada deverá,
através da intuição de seu guia, encaminhar o paciente carinhosamente até o médium indicado para
dar-lhe os passes curadores;
d – O dirigente da sala do dia deverá encaminhar o paciente até a cadeira correspondente ao
médium que irá dar-lhe os passes. Em voz baixa e discretamente informará ao médium a enfermidade
do seu paciente.
Obs.: Caso o médium sinta necessidade de alguma informação complementar que favoreça o
serviço do passe, poderá solicitar ao próprio paciente (sempre discretamente);
e – Este procedimento deverá se repetir até que todos os médiuns estejam com os pacientes
acomodados nas suas respectivas cadeiras (inclusive na cadeira do médium dirigente do dia);

3
f – O dirigente da sala do dia deverá fazer o comando de início dos passes através de uma breve
e sincera oração rogando o amparo de Deus e de Jesus.
Obs.: A duração dos passes poderá variar de 7 a 10 minutos de acordo com a necessidade do
paciente (concomitante com a orientação do guia do médium);
g – O dirigente da sala do dia ao término dos passes no seu paciente deverá encaminhar-se até
a porta da sala e aguardar a continuidade dos trabalhos até que todos os médiuns da sala terminem os
passes;
h – Cada médium, ao término dos passes no seu paciente, deverá posicionar-se atrás ou ao
lado da sua cadeira mantendo-se concentrado e atento;
i – O dirigente da sala do dia após o término dos passes da “rodada” fará uma breve prece
recomendando os pacientes a manterem a fé e a confiança na misericórdia divina;
j – O dirigente da sala do dia, após a prece que encerra a “rodada”, fará o comando de saída
encaminhando um paciente de cada vez até a porta despedindo-se do mesmo com generosidade e
carinho, demonstrando-lhe solidariedade perante as lutas que ele passa;
k – O dirigente da sala do dia após a saída de todos os pacientes de sala deverá dar o comando
de autopasse para todos os médiuns presentes.
Obs.: O autopasse deverá ser breve de dispersão localizada (se necessário), sustentação, ou
distribuição de fluidos;
l – O dirigente da sala do dia, após o autopasse, retornará a porta de sua sala e novamente
repetirá o mesmo procedimento anterior, com os próximos pacientes escalados para a sua sala.
Obs.: Este procedimento poderá ser de 1 a 4 “rodadas”, dependendo do número de pacientes
presentes.

Procedimentos para todos os Médiuns perante o paciente ao iniciar os Passes

a – O médium deverá estar atento e concentrado, observando todo o ambiente, prestando


atenção na entrada dos pacientes;
b – O médium deverá manter olhar sereno e simpático durante a recepção do paciente que
será encaminhado até a sua cadeira.

Observando-o sob o seguinte:

1 – Aspectos Físicos:
 Semblante;
 Postura ao caminhar, comportamento, “tipo” de vestimenta;
 Apresentação pessoal, etc.

2 – Aspectos psicológicos:
 Revolta;
 Indiferença;
 Inquietação;
 Perturbação;
 Conformação;
 Confiança;
 Receptividade, etc.

4
c – O médium deverá através do contato mediúnico iniciado na chegada do paciente, perceber
o tipo de vibração que ele irradia, tocando-o suavemente, num gesto de boas vindas;
d – O médium deverá aguardar o comando do dirigente da sala do dia para dar início ao serviço
de passes, orando mentalmente;
e – O médium deverá utilizar as técnicas de passes estabelecidas pela direção do departamento
mediúnico do CELD.
 Imposição de mãos;
 Insuflação.
 Tipos de Técnicas empregadas: longitudinal, perpendicular, transversal, rotatório.

f – O médium poderá, ao término dos passes, tocar no paciente suavemente proferindo em voz
baixa palavras de estímulo;
g – O médium após o término dos passes deverá retornar a posição inicial, ao lado ou atrás da
sua cadeira;
h – O médium deverá estar atento, sendo de sua responsabilidade manter o paciente sentado
até o comando de saída que será dado pelo dirigente;
i – O médium poderá despedir-se do paciente com gestos respeitosos de carinho e
solidariedade;
j – O médium dirigente da sala receberá o aviso dado pelos responsáveis pelo deslocamento no
corredor, sinalizando a continuidade ou o término do trabalho;
l – O médium dirigente fará o comando do autopasse final, neste momento todos os médiuns
farão o autopasse de limpeza, apoio e sustentação;
m – O médium poderá, se necessário, solicitar ao dirigente da sala o recebimento um passe. No
entanto, se essa necessidade se repetir por mais de duas semanas seguidas, o médium deverá escrever
para o plano espiritual da casa, que o informará se continuará dando passes ou não, até que se
restabeleça;
n – O médium aguardará a indicação do dirigente, informando-lhe quem dará o passe.

Procedimentos para o Encerramento dos Trabalhos da Sala de Cura

a – O médium dirigente da sala fará o comando do autopasse de encerramento dos trabalhos


de cura do dia;
b – Todos os médiuns deverão fazer o autopasse de dispersão geral e/ou localizado, apoio e
sustentação;
c – Após todos os médiuns terminarem o autopasse, poderão dar as mãos formando uma
corrente de união e harmonia do grupo;
d – Caberá ao médium que fez a prece inicial, fazer também a prece final, salvo algum
impedimento;
e – Caberá ao médium dirigente da sala do dia dar por encerrados os trabalhos de passes de
cura na sua sala;
f – Após o encerramento em sinal de integração da equipe, todos deverão cumprimentar-se
fraternalmente;
g – Ao término da confraternização, todos os médiuns poderão beber a água fluidificada pelos
espíritos;

5
Horário – Atividade: Avaliação dos Trabalhos na Sala de Cura

Reunião Pública – Horário de Atividades


5ª feira 19:40 até 19:50

Procedimentos para a Avaliação dos Trabalhos de Passe de Cura do Dia

a – Todos os médiuns poderão sentar-se;


b – A avaliação tem por objetivo permitir que os médiuns exponham, fraternalmente, suas
sensações e ou observações pertinentes ao trabalho favorecendo melhor desempenho de todos os
médiuns e analisar tanto quanto possível o resultado dos trabalhos efetuados.
Obs.: É importante que todos fiquem atentos aos relatos de cada médium, pois poderão numa
outra oportunidade dar passes no mesmo paciente citado sendo possível auxiliá-lo de forma mais
efetiva;
c – O médium dirigente da sala solicitará aos médiuns, um por um, que façam as suas
considerações e observações sobre os trabalhos do dia;
d – Após a avaliação, os médiuns deverão retornar para trabalhar nos passes no salão, exceto
os médiuns que tiverem recebido os passes de cura no dia;
e– Importante lembrar que é imprescindível o silêncio em todas as dependências do centro;
muito cuidado ao conversar e ou deslocar-se “desleixadamente” enquanto não terminarem todos os
serviços;
f – Não esquecer que todos estamos sendo observados pelos frequentadores e também pelos
espíritos dirigentes do CEBM, cabendo a cada um manter comportamento ético dentro da nossa Casa
Espírita.

Normas Gerais

1 – Cada sala deverá ter dois diretores: 1 responsável, 1 substituto, 1 suplente;


2 – Caso necessite afastar-se quinze (15) a trinta (30) dias, ao retornar o médium deverá
apoiar por duas semanas;
3 – Se o afastamento for superior a trinta (30) dias ou mais, o médium deverá procurar o
Departamento Mediúnico para receber orientações;
4 – É dever do médium comunicar ao dirigente da sua sala sobre qualquer situação em que seja
necessário ausentar-se do trabalho;
5 – É dever ético do médium manter sigilo em relação as enfermidades e/ou problemas
relatados pelos pacientes atendidos e/ou seus acompanhantes;
6 – É norma estabelecida pelo Departamento Mediúnico que o paciente não deverá tomar os
passes de cura exclusivamente com o mesmo médium;
7 – O médium não deverá receitar nenhum tipo de medicação (alopática, homeopática,
florais, chás, ervas, ungüentos, banhos, etc.) como também nenhuma orientação médica.
8 – O médium deverá utilizar vestuário adequado ao ambiente de uma casa espírita;
9 – O médium não deverá orar em voz alta nem murmurar ou suspirar durante os passes;
10 – O médium deverá manter os olhos abertos durante todo o trabalho;
11 – O médium não deverá utilizar perfumes fortes no dia da sua atividade mediúnica;

6
12 – Após entrar na sala o médium não deverá sair até que os trabalhos se encerrem;
13 – Caso algum médium ou paciente sentir algum mal-estar diferente do considerado
“normal” deverá interromper o seu trabalho, sair da sala e buscar socorro médico;
14 – O médium não deverá trabalhar se estiver com doença infecto-contagiosa diagnosticada
pela Medicina;
15 – O médium deverá manter, pelo menos no dia do seu trabalho na sala de cura, alimentação
regrada, equilibrada, abstendo-se de fumo e ou álcool;
16 – O médium não deverá se recusar em dar passes no paciente que foi escalado para sentar-
se na sua cadeira;
17 – O médium de cura só será escalado pelo dirigente da sala para participar do rodízio na
direção após permanecer pelo menos 2 anos de serviços ininterruptos, demonstrar responsabilidade
e seriedade, empatia com a sua equipe, comportamento ético segundo as normas da Casa.
18 – O médium poderá solicitar dispensa da participação do rodízio na direção da sala de cura
caso não se sinta ainda “preparado” para exercer esta função;
19 – É dever do médium manter postura de prontidão nos intervalos que antecedem os passes
devendo, portanto, evitar:
 Ficar encostado na parede, cadeira ou porta;
 Cruzar os braços para frente ou para as costas;
 Ficar balançando o corpo de um lado para o outro;
 Ficar se abanando;
 Tirar os sapatos;
 Ficar esfregando uma mão na outra;
 Ficar mastigando chicletes.

Você também pode gostar