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Seminário Crianças em Risco

Sumário
Família Disfuncional & Família Funcional .................................................................................................. 2
Introdução ............................................................................................................................................. 2
Definições .............................................................................................................................................. 5
Família Disfuncional ......................................................................................................................... 5
Família Funcional .............................................................................................................................. 5
O Papel Básico dos Filhos ....................................................................................................................... 5
Dinâmica do Funcionamento Familiar ................................................................................................... 6
O que eu posso fazer? ............................................................................................................................ 7
As cinco linguagens de amor das crianças ................................................................................................. 8
Contato Físico ...................................................................................................................................... 10
Palavras de Afirmação ......................................................................................................................... 10
Qualidade de Tempo ............................................................................................................................ 10
Presentes ............................................................................................................................................. 11
Atitudes de Serviço .............................................................................................................................. 11
Como descobrir a linguagem de amor de uma criança ....................................................................... 12
A disciplina e a Linguagem de Amor .................................................................................................... 12
As sete necessidades básicas das crianças ............................................................................................... 13
Necessidade de um sentido de significado .......................................................................................... 14
Necessidade de segurança ................................................................................................................... 15
As crianças precisam de aceitação ....................................................................................................... 15
Necessidade de amor .......................................................................................................................... 16
Necessidade de elogio ......................................................................................................................... 16
Necessidade de disciplina .................................................................................................................... 16
Necessidade de Deus ........................................................................................................................... 17
Sexualidade ............................................................................................................................................... 19
1- Relação sexual segundo a ótica de Deus ......................................................................................... 20
2- Conceito de Sexualidade .................................................................................................................. 20
3- Fases da resposta sexual humana .................................................................................................... 20
4- Vício sexual ...................................................................................................................................... 20
5- Circulo vicioso .................................................................................................................................. 20
6- Tipos de vícios sexuais ..................................................................................................................... 20
7- Níveis de vício sexual ....................................................................................................................... 20
8- Homossexualidade ........................................................................................................................... 21
9- Mitos acerca da homossexualidade ................................................................................................. 21
10- Influências no desenvolvimento da homossexualidade ................................................................ 21
11- Ações práticas ................................................................................................................................ 21
Tipos de Abusos e suas consequências .................................................................................................... 22
Quatro tipos de abuso ......................................................................................................................... 22
Sinais de Abusos ................................................................................................................................... 24
Passos para Recuperação ..................................................................................................................... 24
Modelo de Política de Proteção ............................................................................................................... 25
Definição .............................................................................................................................................. 26
1- Declaração de Compromisso ........................................................................................................... 26
2- Princípios Norteadores desta Política .............................................................................................. 26
3- Categorias Universais de Violência .................................................................................................. 28
4- Normas de Comportamento/Código de Conduta ............................................................................ 30
5- Recrutamento e Avaliação ............................................................................................................... 30
6- Respostas a Quaisquer Alegações ................................................................................................... 31
7- Em Caso de Violência Contra Criança e/ou Adolescente Cometida por Outra Criança ou
Adolescente que Participa de Projetos da Jocum ................................................................................ 32
8- Em Caso de Violência Contra o Colaborador da Instituição Cometida por Criança e/ou Adolescente
que Participa de Projetos da Jocum ..................................................................................................... 32
9- Comunicação ................................................................................................................................... 33
10- Declaração de Compromisso ......................................................................................................... 33

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Família Disfuncional & Família Funcional


Introdução

Muito se tem discutido e refletido sobre a importância da família na construção de


pessoas saudáveis e maduras. Os fatos divulgados pela mídia, as atrocidades praticadas
por pessoas jovens, nos levam a pensar como uma família pode criar indivíduos
funcionais e quando é que ela falha nessa tarefa.
Na compreensão relacional sistêmica funcional é um comportamento ou um fato que
possibilita aprendizagens, crescimento e movimento, e que é coerente com o contexto
de espaço e tempo em que se encontra. Se avaliarmos uma estrutura familiar só sob o
ângulo dessa definição de funcional já podemos enxergar como e quando uma família
está sendo funcional ou disfuncional na criação dos seus membros.
Tendo em vista a questão de coerência com o contexto de espaço e tempo se conclui
que para esta avaliação de funcionalidade não pode haver verdades absolutas, e todos os
parâmetros devem ser ajustados à realidade de cada família específica. No entanto, de
uma forma geral, existem alguns itens que são importantes na estruturação de uma
família que auxilie seus membros a serem mais funcionais – que aprendam, cresçam,
sejam autônomos e responsáveis.
Certamente, existem famílias que ajudam mais, e outras que ajudam menos seus
membros a crescer como pessoas funcionais. Uma família funcional é aquela que
cumpre suas funções básicas de criação e desenvolvimento dos seus membros de uma
forma firme e flexível, adaptada às circunstâncias e aos fatos de cada momento e que
ajuda a todos a estarem sempre num processo de tomada de consciência, de
aprendizagem e de crescimento.
Uma das formas de avaliar a funcionalidade de uma família é avaliando as suas
fronteiras. Fronteira é um limite virtual que define quem é e quem não é, daquele
sistema. No caso da família, essa fronteira deve ser nítida, no sentido de definir quais
tarefas e funções dos membros da família devem ser desempenhadas por eles, e por
outro lado possibilitar intercâmbio, contato e aprendizagens com outras pessoas de
outras famílias ou da família extensa.
Quando as fronteiras dentro da família (casal, filhos, pais) não são bem definidas, é
comum ter um filho ocupando uma tarefa ou uma função que não deveria ser sua. Com
isso, ele tem seu desenvolvimento perturbado; seu crescimento é impedido; a passagem
das etapas, a mudança de funções, a capacidade de exercer atividades criativas ficam
alteradas. Por exemplo, uma criança que esteja demasiadamente engajada e
comprometida com seus pais, que sejam incapazes de ter suficiente intimidade entre si,
está cumprindo funções antinaturais, e seu lugar como filho encontra-se mal definido.
Isso vai, no futuro, dificultar que ela se liberte e organize sua vida amorosa, afetiva e
sexual, que construa sua própria família. No caso de haver uma não-separação dentro da
família e um fechamento com relação ao mundo externo, a família aprisiona seus
membros, sem possibilitar o desenvolvimento da autonomia.
Outra forma de avaliar a funcionalidade familiar é verificar se estão desenvolvendo
no seu dia a dia as aprendizagens sistêmicas que são imprescindíveis para a criação de
indivíduos funcionais e que é na família de origem, o melhor lugar para treiná-las.
Algumas dessas aprendizagens são ligadas à:

 Limites: toda criança precisa deles. Os limites começam a ser definidos já na volta
da maternidade dependendo da forma que vão lidar com espaços, com tarefas, com
horários. E seguem por toda a vida familiar. Implicam em direitos e deveres,

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regras, orientação, contratos e muitos outros itens que darão à criança a certeza de
ser amado, cuidado e orientado. A falta de limites claros gera na criança a
sensação de estar à deriva, de não ter com quem contar, de insegurança e desamor.

 Abertura e fechamento: implica em aprender o que é público e o que é privado; o


quanto se pode abrir e aprender com outras pessoas, com outras famílias, com
outros parentes. E também o quanto devem se fechar dentro da família para manter
a identidade, a estrutura e o aconchego familiar.

 Equilíbrio dinâmico: é a possibilidade de lidar de forma flexível com todos os


aspectos familiares, mantendo a estrutura e o equilíbrio, mas adequando-os às
mudanças, aos momentos do ciclo vital familiar, aos imprevistos.

 Trocas afetivas: saber conectar com seus sentimentos e sensações, saber expressá-
los, saber ser continente do afeto e dos sentimentos dos outros. Dos sentimentos
ditos positivos – amor, carinho, aconchego, cuidado – como também dos
chamados negativos – raiva, medo, mágoa, tristeza.

 Desenvolvimento de autoestima: que depende da certeza de que tem a capacidade.


É um processo de descoberta e treinamento das competências reais. Pressupõe
aprender a lidar com as diferenças – de opiniões, de características, de habilidades
– e com a valorização de cada um, mesmo muito diferente. É aprender a lidar com
solidão, rejeição e privacidade.

 Tarefas: todos na família devem e precisam cooperar na manutenção da vida


familiar. Numa família funcional todos têm tarefas e responsabilidades; cada um
na sua capacidade, competência e condições. Desde guardar os brinquedos após o
uso até prover o sustento familiar.

 Autonomia: adequar o que cada um pode fazer sozinho, precisa de supervisão ou


não tem idade/habilidade/competência para fazê-lo.

 Independência: o direito à liberdade e independência deve ser concedido a partir


de prova de competência e responsabilidade. Este é um dos poucos parâmetros que
podem auxiliar o limite a ser usado.

Este assunto nunca se esgotará, nem os itens discutidos serão os únicos, mas servem
para ampliar a reflexão e o trabalho de pais, terapeutas e educadores.
(Fonte: Solange Maria Rosset, A Família Funcional, Março de 2011. http://www.srosset.com.br/textos/a-familia-funcional.html)

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Definições:

Família Disfuncional Família Funcional

É uma família em que os conflitos, É a família em que os familiares


a má conduta e muitas vezes o abuso por trabalham em conjunto para melhorar os
parte dos membros individuais ocorrem relacionamentos ao enfrentarem
continuamente e regularmente, fazendo problemas.
com que outros membros acomodem-se
com tais ações.

Na dinâmica do funcionamento da Todas as famílias enfrentam


família disfuncional existem as “Regras dificuldades ao lidarem com a
subliminares”. personalidade única de cada membro da
São as regras que ninguém fala sobre família. Contudo, numa família bem
elas, mas os filhos sabem quais são: ajustada, os familiares reconhecem que
- Não fale! têm fraquezas e fazem um esforço
- Não sinta! conjunto para melhorar os
- Não confie! relacionamentos, a despeito de suas
fraquezas.
(Fonte: https://www.lds.org/liahona/2009/02/15?lang=por)

O papel Básico dos Filhos

Filhos Rebelde
Herói Criança perdida Mascote
Papel (bode -expiatório)
- Palhaço
- Responsável - Solitário
- Mal sucedido - Hiperativo
Características - Cuida dos mais - Tímido
- Faz barulho pra - Frágil
visíveis novos - Sonhador
disfarçar - Imaturo
- Faz tudo certo - Independente
- Precisa de proteção
- Engraçado
- Traz dignidade pra- Tira o foco - Alívio - Divertido
Representa na
se orgulharem fornecendo - A família não se - Bem humorado
família
- Traz autoestima distração preocupa - Abusado para salvar
alguém
- Mais velho - Invisível
- Bem sucedido - Quieto - Hiperativo
- Negativo
- Boas notas - Sem amigos - Dificuldade de
- Não compete
Traços - Líder - Criador de casos aprendizado
- Mal sucedido
característicos - Viciado em - Problema na - Desatento
- Normalmente 2°
trabalho escola - Normalmente é o
filho
- Depressivo - Muitas vezes filho filho mais novo
- Independente do meio

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- Viciado - Úlcera
- Manipulador - Gravidez não - Pouco entusiasmo - Não lida com
- Controlador planejada para a vida estresse
Possível futuro- Viciado em - Rebelde - Problemas sexuais- Palhaço compulsivo
SEM ajuda trabalho - Grande risco de - Promiscuidade - Casa-se com o herói
- Não diz “não” suicídio - Solitário - Imaturo
- Mal humorado - Entra e sai da - Morre cedo - Emocionalmente
cadeia doente
- Aceita falhas
- Toma e aceita - Cuida de si mesmo
- Honesto - Corajoso
responsabilidades - Divertido
- Responsável por si - Independente
Possível futuro - Corajoso - Bom senso de
mesmo - Talentoso
COM ajuda - Bom conselheiro humor
- Bom executivo - Criativo
- Vê a realidade - Anfitrião
- Organizado - Imaginativo
- Bom sob pressão - Encantador
- Bem sucedido

Dinâmica do Funcionamento Familiar

Doente Saudável
- Ligados à reputação - Pais substancialmente transparentes
- Devem ser “perfeitos” - Sempre adequados
- Não admitem problemas - Admitem problemas pessoais
- São prejudicados por não procurarem - Buscam ajuda
ajuda
- Esperam que a família seja livre de - Não é vergonha ter problemas
problemas
- Quando os problemas surgem se - Os pais esperam problemas familiares
concentram na aparência e quando surgem se concentram na
solução
- Sempre distorcem e negam o que está - Sempre dizem a verdade sobre o que
acontecendo entorno da família para está acontecendo em torno da família
esconderem os problemas

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O que eu posso fazer?

- Reconhecer a si mesmo e o seu contexto familiar, aprender mais de sua condição


e trabalhar em prol da sua vida;
- Assumir suas responsabilidades (I Coríntios 13.11);
- Andar na luz (I João 1.5-10) ter alguém, um conselheiro, uma pessoa ou mais,
que possa ouvi-lo e acompanha-lo;
- Oração intercessora (Neemias 9.2) não é pra ser o “último” recurso, mas em
todo o processo;
- Estudar o assunto, ler, observar, entender;
- Perdoar (Marcos 11.25);
- Reconstruir sua autoimagem (Genesis 1.26);
- Reconstruir seus relacionamentos (Provérbios 17.17);
- Fazer do seu ponto fraco, seu ponto mais forte (II Coríntios 12:9 -10)
- Grupos de apoio: no caso de abusos, vícios, codependência, entender que não
está só.

Indicação de Filmes e Livros

Filmes:

 Marcas do Silencio
 Preciosa
 Pequena Miss Sunshine
(http://ulbra-to.br/encena/2012/09/05/A-pequena-Miss-Sunshine-um-estudo-sobre-a-dinamica-familiar)

Livros:

 Família Doente Filho Ferido


 As sete necessidades básicas das Crianças
 O Avivamento do Odre Novo

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As cinco linguagens do amor das crianças

Introdução

Cada criança possui uma linguagem de amor principal específica através da qual ela
compreende melhor o amor dos pais e das pessoas ao seu redor, porém é importante
ressaltar que essa linguagem com o passar do tempo pode mudar.
Todos os aspectos do desenvolvimento de uma criança requerem um alicerce
fundamentado no amor. Por exemplo, os sentimentos de ira vivenciados por uma
criança podem ser positivamente canalizados quando ela percebe o amor proveniente
dos pais.
O mais provável é que os filhos considerem e aceitem as sugestões e advertências
dos pais, quando eles têm certeza de que seu amor é genuíno e coerente.
Cada criança possui um tanque emocional que o alimenta através dos desafiantes
dias da infância e da adolescência, uma vez que esse tanque está abastecido fica mais
fácil disciplinar e educar essa criança. Esse tanque deve ser abastecido com o “amor
incondicional”, pois o amor verdadeiro sempre é incondicional.
Os pais precisam desfrutar de um relacionamento amoroso com os seus filhos. O
foco principal desse seminário é centrado em um aspecto muito importante da
paternidade e da maternidade: “O de satisfazer a necessidade que os filhos sentem de
amor”. Se os filhos se sentirem genuinamente amados por seus pais, eles responderão
melhor as diretrizes paternas em todas as áreas da sua vida.

As cinco linguagens de amor são:


 Contato físico
 Palavras de afirmação
 Qualidade de tempo
 Presentes
 Atitudes de serviço

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 Contato físico
Para as crianças que compreendem essa linguagem de amor, o
contato físico comunicará amor mais profundamente que as palavras
‘EU TE AMO’, ou presente ou passar tempo com elas. Claro que
elas recebem amor em todas as linguagens, porém a mais audível e
compreensível para elas é o contato físico. Sem abraços, beijos,
tapinhas nas costas e outras expressões físicas de amor, seus tanques emocionais não
serão abastecidos completamente.

 Palavras de afirmação
Algumas crianças sentem-se mais fortemente amadas através
de expressões de afirmação, que não precisam ser as
clássicas palavras ‘EU TE AMO’.
Palavras de afeto, carinho, elogios, encorajamento e
orientação, são palavras que ajudarão a acriança a receberem
melhor a mensagem que os pais a amam.
É importante ressaltar que as palavras ‘EU TE AMO’ jamais
deveriam ser diluídas com afirmações condicionais. Isto vale para todas as crianças,
mas em especial para aquelas cuja linguagem de amor principal é palavras.

 Qualidade de tempo
Isto significa dar atenção concentrada e exclusiva.
Dar qualidade de tempo a uma criança talvez signifique abrir mão de coisas que estão
em primeiro lugar na lista de nossas preferências. Quando as crianças vão chegando
à adolescência, em geral exigem atenção justamente nos
momentos em que os pais estão exaustos, apressados ou
emocionalmente abalados.
Qualidade de tempo é o presente da presença dos pais junto
do filho. Isto comunica esta mensagem: ‘VOCÊ É
IMPORTANTE, EU GOSTO MUITO DE ESTAR COM
VOCÊ’. Faz com que a criança se sinta a pessoa mais importante do mundo para os
pais. Ela se sente verdadeiramente amada, pois tem seus pais somente para ela.

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 Presentes
A maioria das crianças reage de forma positiva aos presentes, porém, para algumas
delas, recebê-los é a linguagem de amor principal.
A verdade é que todas as crianças, assim como todos os
adultos querem sempre mais e mais. Porém, aquelas cuja
linguagem de amor é ganhar presentes reagirão diferentes
quando os receberem.
O presente ocupará um lugar especial no coração delas
porque, de fato é uma expressão de amor. Ver presentes
as faz lembras que são amadas. Para elas, não tem a
mínima importância se o presente foi feito, comprado, achado, barato ou caro, ou
ainda se o desejavam ou não. Na realidade, o que lhes importa é que os pais
PENSARAM NELA.

 Atitudes de serviço
As atitudes de serviço que expressam amor verdadeiro são comunicadas à maioria
das crianças em um nível emocional.
Entretanto se é a linguagem principal da
criança, os atos de serviço dos pais
culminarão mais profundamente o quanto
eles a amam.
Porém isso não significa que os pais devem
atender a qualquer pedido que elas façam,
significa que eles devem ser extremamente
sensíveis a estes pedidos e reconhecerem
que, dependendo de sua resposta, ela tanto pode encher o tanque emocional de amor
até a boca, como pode furá-lo. Cada pedido exige uma resposta amorosa e reflexiva.
Os pais cujos filhos falam esta linguagem aprendem que o servir é um ato de amor.

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Como descobrir a linguagem de amor de uma criança

Descobrir esta linguagem específica talvez demore algum tempo, mas


existem algumas pistas que podem ser seguidas.
Essa descoberta leva certo tempo, por isso é importante se comunicar com a
criança através das cinco linguagens de amor que foram apresentadas, obtendo o
máximo do amor.
Observe-os no período de mudanças durante o crescimento. Também é
importante observar de que forma a criança expressa amor pelos pais e pelos outros.
Ouça o que a criança pede e o que ela reclama com mais frequência.
Dê à criança a oportunidade de escolher entre duas opções e use a escolha
para descobrir a linguagem de amor.

A disciplina e a linguagem de amor

Disciplina não é uma palavra negativa, vem do grego e quer dizer TREINAR.
Treinar a mente e o caráter de uma criança para que ela se torne um membro
construtivo e autocontrolado do lar e da sociedade, exige que você utilize com ela
todos os tipos de comunicação.
O amor não procura seus próprios interesses, e sim, o interesse dos outros;
Assim também é a disciplina. Portanto, ela é com certeza um ato de amor. E
quanto mais a criança sente-se amada, mais fácil será disciplina-la.
Disciplina apropriada, ministrada com amor, também pode estimular o
aprendizado.

Indicação de livros

 As Cinco linguagens do Amor das crianças.


Autor: Chapman, Gary
Esse livro enfatiza a importância do amor, no processo de educação. Se a criança
consegue receber amor na sua linguagem, ficará mais fácil para os pais discipliná-las
e elas se tornarão adultos maduros e responsáveis.

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As Sete Necessidades Básicas das Crianças

Ser bom pai ou boa mãe:

No mundo de hoje existem famílias de todo o tipo e pais de todo o tipo. A


maioria das pessoas desejam ser bons pais, mas as crianças não vêm com manual de
instruções.
Sermos bons pais dá trabalho. A questão é ajudar as crianças a crescer e estimular os
seus potenciais. É um trabalho que precisa de muita paciência e compreensão, mas pode
ser muito recompensador. Quanto melhor compreendermos estas tarefas, melhor as
executaremos.
O trabalho dos pais é difícil porque temos as nossas próprias necessidades que
devem ser satisfeitas tão urgentemente quanto as dos nossos filhos. É delicado encontrar
o equilíbrio entre as nossas necessidades e as dos nossos filhos. Devemo-nos orgulhar
quando atingimos esse objetivo.
Não existem pais perfeitos. Todos cometemos erros, mas quanto melhor
compreendermos a nossa tarefa, melhor será nosso desempenho e nossos filhos poderão
atingir maior equilíbrio na vida.

Vejamos quais são as sete necessidades básicas de uma criança:

1- NECESSIDADE DE UM SENTIDO DE SIGNIFICADO


Todo ser humano necessita ser notado e reconhecido como uma pessoa de valor.
A criança busca atenção.

Então como construir um sentido de significado?


 Sua atitude como pai em relação a você mesmo irá afetar a autoestima de seu
filho.
 Deixe que o seu filho ajude em casa. Crescer é necessário.
 Apresente seu filho aos outros.
 De a criança o privilégio de escolha, e respeite sua opinião sempre que possível
 Passe tempo de qualidade com o seu filho
 Encoraje o sentimento de dignidade e importância, confiando ocasionalmente ao
seu filho coisas que lhe causem surpresa.

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2- NECESSIDADE DE SEGURANÇA
A criança tem uma necessidade íntima de certeza, de sentir-se segura, de ter
chão sólido sobre os seus pés.
Situações que geram o sentimento de insegurança
 Conflito entre os pais
 Mobilidade (quando a família se muda muito e ele não se sente em casa em
lugar nenhum)
 Falta de disciplina adequada
 Críticas contínuas
 Coisas não pessoas (quando valorizam mais as coisas do que a criança e quando
os pais tentam compensar dando coisas e não a presença deles)
 Pais inseguros

O que promove a segurança:


 Segurança entre o pai e a mãe, o amor demonstrado um pelo outro tem um peso
muito importante para a criança.
 Um amor generoso e continuo dos pais pelo filho
 União na família
 Rotina regular
 Disciplina adequada
 A influência do toque
 O sentimento de pertencer

3- AS CRIANÇAS PRECISAM DE ACEITAÇÃO


Em um ambiente de aceitação sempre vai haver crescimento, essa verdade é
essencial para a vida da criança, a primeira coisa que ela precisa sentir é que ela é
aceita.
 As críticas constantes fazem com que a criança crie sentimento de rejeição,
fracasso e desajuste.
 Comparar a criança com outra transmite falta de aceitação
 A superproteção de uma criança no geral contribui para o seu sentimento de
não-aceitação
 Esperar demais do filho pode criar sentimentos de não-aceitação.

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 Aceitação significa respeitar os sentimentos e personalidade do filho, embora lhe


mostrando que o comportamento negativo é inaceitável. Aceitação significa que
os pais gostam sempre da criança, sem levar em conta seus atos ou ideias.

4- NECESSIDADE DE AMOR
Quando perguntamos a um pai se ama seu filho, esperamos que ele responda:
“claro que sim”. Todavia, a pergunta mais importante seria esta: Seus filhos sabem que
são amados?
O amor deve ser comunicado, verbalizado. A criança deve ouvir e saber que é
amada de uma forma prática.
O amor exige disposição para ouvir. Dar atenção a criança enquanto ela fala,
olhando nos seus olhos é um ato de amor. Os pais que ouvem o filho, quando criança,
terão um filho que lhes dará ouvidos ao crescer.

5- NECESSIDADE DE ELOGIO
Quando procuramos algo na criança para elogiar sempre encontramos.
Martinho Lutero disse: “Poupe a vara e estrague a criança – isso é verdade, mas
mantenha sempre uma maçã à mão e dê ao seu filho quando se comportar bem”.
· A falta de reconhecimento faz com que a criança sinta-se desnecessária.
· Elogie seu filho por atos de generosidade e bondade.
· Os pais devem elogiar os filhos pelo esforço e não apenas pelo resultado.
· Elogie a criança quando tomar iniciativa.
Não há outra coisa que encoraje mais uma criança a amar a vida, e buscar ser bem
sucedida e obter confiança, do que o elogio adequado, e sincero.

6- NECESSIDADE DE DISCIPLINA
“Jovem, obedeça sempre a seu pai, nunca deixe de seguir os conselhos da sua mãe…
As ordens de seu pai e os conselhos de sua mãe são uma lâmpada para iluminar o
caminho da vida. Quando seus pais castigavam você eles estavam querendo lhe mostrar
a direção certa para uma vida feliz”. Provérbios 6.20-23 (A Bíblia Viva).
A criança que não sabe quais são os seus limites de comportamento, sente-se
insegura e não amada. Os problemas emocionais entre os jovens não são causados pela
disciplina firme, mas pela ausência dela.

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Definição de disciplina. A disciplina é no geral definida como castigo que produz


obediência. Este conceito é limitado. A palavra disciplina deriva de “discípulo”. Tanto
disciplina quanto discípulo significam instruir, educar e treinar.
A disciplina envolve a modelagem total do caráter da criança, encorajando o bom
comportamento e corrigindo aquele que é inaceitável.

7- NECESSIDADE DE DEUS
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
Sl 127.1
Ensine o seu filho que o princípio da sabedoria é o temor a Deus.
Uma das primeiras orientações de Deus para os pais aparecem em Deuteronômio
6.6-8:
Vários princípios importantes são claramente estabelecidos aqui:
1. A Bíblia ensina que, os próprios pais devem ter comunhão com Deus. Os pais não
devem apenas conhecer o caminho e mostrá-lo. Eles precisam igualmente seguir este
caminho. O pai que dá boas instruções ao filho, mas ao mesmo tempo lhe dá mau
exemplo, pode ser considerado como alguém que oferece alimento em uma das mãos e
veneno na outra. Esta atitude chama-se hipocrisia. As crianças só podem compreender
Deus, amor, misericórdia, perdão, aceitação e a verdade da palavra de Deus na medida
em que elas experimentam essas coisas no seu lar.
2. A Bíblia coloca a responsabilidade pelo treinamento religioso dos filhos
diretamente sobre os pais. Deus não esperou que a igreja, a escola, fizesse isso.
Apresente a palavra de Deus ao seu filho como algo extremamente precioso e
fundamental para a vida dele.
3. A instrução deve ser contínua e constante.

(Fonte: Palestra apresentada e adaptada pela psicóloga Andréia Coliath- extraída do livro: As sete
necessidades básicas da criança. John M.Drescher, Editora mundo cristão.)

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REFLEXÃO

A criança que é sempre criticada, aprende a condenar.

A criança que é sempre hostilizada, aprende a agredir.

A criança que é sempre ridicularizada, aprende a ser tímida.

A criança que é sempre envergonhada, aprende a sentir culpa.

A criança que é tratada com tolerância, aprende a ser paciente.

A criança que é encorajada, aprende a ser confiante.

A criança que é elogiada, aprende a apreciar.

A criança que recebe um tratamento imparcial, aprende a ser justa.

A criança que vive com segurança, aprende a ter fé.

A criança que é aprovada, aprende a gostar de si mesmo.

A criança que vive em meio a aceitação e amizade, aprende a descobrir o amor no


mundo.
Dorothy Law Nolte

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Sexualidade

1- Relação sexual segundo a ótica de Deus


 1ª necessidade: vida com Deus (Gn 2.7)
 2ª necessidade: sentido na vida (Gn2.15)
 3ª necessidade: companhia (Gn 2.18-21, 24 / Mt 19.4-6))

2- Conceito de Sexualidade
 Expressão complexa da sensibilidade e afetividade humana
 Visa promover a inter-relação humana e reprodutiva
 Busca a confirmação do amar e ser amado
 Construída individualmente sofre influência cultural (Construção Social)

3- Fases da resposta sexual humana


 Desejo
 Excitação
 Orgasmo
 Resolução

4- Vício sexual (Fonte: O Pecado Secreto)


 É qualquer tipo de atividade sexual incontrolável.
 Serve também como fuga das emoções.
 Inicia com algum tipo de abuso/trauma: físico, emocional, espiritual e sexual
 Consequências (raízes) do abuso/trauma: vergonha, medo e raiva
 É sustentado por mentiras (ex: “Eu sou mau e imprestável”)

5- Círculo vicioso
 1º - Fantasia criada por uma necessidade de satisfazer desejos profundos.
 2º - Pornografia proporciona imagens de como fazer isso.
 3º - Masturbação “libera” a necessidade de toque e afeto.

6- Tipos de vícios sexuais


 Sexo consentido com parceiros
 Prostituição
 Exibicionismo
 Voyeurismo
 Liberdades indecentes (Toques sem consentimento…)
 Telefonemas (conversas) obscenos
 Zoofilia ou Bestialidade
 Estupro, incesto e pedofilia

7- Níveis de vício sexual


 Nível 1: Pornografia – Masturbação – Fantasia - Relação Sexual - Prostituição
 Nível 2: Exibicionismo – Voyeurismo – Fetichismo - Liberdades indecentes - Sexo
virtual
 Nível 3: Estupro – Pedofilia – Incesto - Abuso

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8- Homossexualidade (Lv 18.23)


 É uma busca mal direcionada por amor, em geral decorrente de uma carência tão
profunda que nenhum homem ou mulher seria capaz de preenchê-la.
 Trata-se de um problema de identidade em que se procura receber afirmação quanto
à masculinidade e feminilidade por meio de outras pessoas que, em geral, também
carecem de afirmação.
 Necessidade por segurança, por significado pessoal e por intimidade em outra
pessoa.
 Também pode ser o resultado da falta de convicção sobre o amor do progenitor do
mesmo sexo do indivíduo em questão.
 Envolve três áreas: comportamento, identidade e atração pelo mesmo sexo.

9- Mitos acerca da homossexualidade (Fonte: New Directions)


 Causas biológicas: Nenhuma pesquisa jamais provou que a homossexualidade resulta
de fatores biológicos.
 Escolha ou opção: Decisão de um indivíduo em agir ou ser de uma determinada
maneira.
 Possessão: O comportamento homossexual é pecaminoso, e não sempre o produto de
uma possessão ou controle demoníaco.

10- Influências no desenvolvimento da homossexualidade


 Confusão de papéis familiares
 Abuso: olhares, palavras e toques, que causam ferimentos na intimidade da pessoa
 Sentimento de “vazio” - Abandono
 Rejeição (ex: “você não é meu filho”; “você não é homem”; “você não passa de
mulher”)
 Humilhações profundas que interferem com a identidade
 Presenciar abuso (ex: mãe sendo abusada pelo pai ou vice-versa)
 Reforço através de comentários e rótulos - Características físicas (ex: estatura, pêlos,
voz)
 Baixa autoestima

11- Ações práticas


 Conscientizar
 Expressar amor
 Abolir rótulos
 Relacionar-se saudavelmente: “Nas relações, o indivíduo aprende a
homossexualidade e nas relações, pode desaprendê-la”.
 Discipular e aconselhar: “tocar e ser tocado saudavelmente”

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TIPOS DE ABUSO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

1- DEFINIÇÃO DE ABUSO:
 O abuso é o estrago ou o ferimento causado à alguém, que afetará negativamente a
pessoa pelo resto de sua vida, a menos que ela os compreenda e se cure. A
compreensão do abuso permite que as pessoas reconheçam o que lhes aconteceu e
como estão reagindo hoje.
(Definição do Livro “O Pecado Secreto” - Mark Laaser)

 É quando alguém maltrata outra pessoa, ignorando os seus próprios desejos,


massacrando sua dignidade, destruindo sua auto-estima e roubando aquilo que
mais tem valor: sua identidade.
(Definição Danielle Bonilha Teodoro)

 A cada 10 segundos uma criança é abusada. O abuso de crianças tem efeitos


duradouros e pode afetar o desenvolvimento emocional, comportamental e físico.

 O abuso gera o trauma.

2- DEFINIÇÃO DE TRAUMA:

 Desagradável experiência emocional de tal intensidade, que deixa uma marca


duradoura na mente do indivíduo.
 Sobrecarrega nossa capacidade emocional de lidar com a situação.
 São as feridas (ou lesões) deixadas em nossa identidade que nos torna menos do
que aquilo que Deus tinha em mente quando Ele nos criou.
 Traumas bloqueiam o crescimento e ou retardam a maturidade.

3- TIPOS DE TRAUMAS:

 Trauma A: Ausência (privação) de coisas boas.


 Trauma B: Presença de coisas e situações ruins que nunca deveriam ter acontecido.

Quatro Tipos de Abusos:

1- ABUSO EMOCIONAL:
Por Invasão:
a. Xingamentos- Você é estúpido, inútil, feio, ou qualquer outro nome degradante.
b. Menosprezo- Você está sempre abaixo dele. Ele precisa fazer com que você e as
suas realizações pareçam inúteis e insignificantes. E ele pode causar
constrangimento na frente das pessoas que a respeitam e se importam com você.
c. Condenação e Crítica- Você não consegue fazer nada direito. Você está sempre
errado, não importa em quê. Você é uma pessoa ruim. Nunca vai ser tão bom
quanto o outro.

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d. Controle e Possessividade- Tenta controlar seu dia, sua localização, sua aparência
ou prioridades. Você não pode ir a lugar nenhum sem ele, sem sua permissão, ou
sem informá-lo primeiro. Se você fizer isso, haverá uma intensa briga depois.
e. Ameaças- Ameaça com a violência, humilhação ou abandono.
f. Manipulação- Muitas vezes, convence-o a crer que a ideia partiu de você, ou que
a culpa é sua, você foi o responsável, quando na verdade não foi assim.
g. Extorção- Usa um segredo como objeto de abuso, como um meio para manter e
aumentar o controle.
h. Isolamento- Ela impede o seu contato com amigos, familiares e colegas.
i. Exposição- Cria situações para vê-lo sofrer por seu controle e humilhação, e
convida outras pessoas para juntar-se a ele.

Por Abandono:
a. Abandono emocional- Suas emoções não tem valor, e o cuidador não expressa
emoções para com você.

2- ABUSO FÍSICO
Por Invasão:
b. Se dá quando o corpo de uma pessoa é atingido, esbofeteado, empurrado,
apertado, ou quando alguma outra forma de violência física é praticada.
c. Os membros da família que testemunham a violência podem ser vítimas

Por Abandono:
a. Se dá quando as necessidades físicas básicas não são supridas.
b. Quando os seus direitos da criança são negligenciados.
c. Quando a criança é esquecida sozinha, abandonada.

3- ABUSO SEXUAL
Por Invasão:
a. Abuso sexual verbal.
b. Abuso sexual visual.
c. Abuso sexual físico.

Por Abandono:
a. Falta de informação sexual apropriada.
b. Exemplos saldáveis de intimidade.

4- ABUSO ESPIRITUAL
Por Invasão:
a. Convencer que as pessoas são más e que só fazem coisas pecaminosas.
b. Distorcer a imagem da pessoa de Deus (Mensagens punitivas).
c. Justiça própria.

Por Abandono:
a. “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.”

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SINAIS DE ABUSOS

 Perda da identidade
 Baixa auto-estima
 Tendência para a culpa
 Dificuldade em expressar a raiva de forma adequada
 Tendência de colocar as necessidades dos outros antes das suas próprias
 Ansiedade, depressão, sentimentos de pânico
 Disfunção sexual / problemas com a intimidade
 Promiscuidade
 Disfunções Alimentares
 Pensamentos suicidas
 Problemas com álcool e / ou drogas
 Memórias perturbadoras sobre o abuso passado
 Dificuldade de confiar
 Fantasia (momentos onde se sai da realidade por um tempo)
 Dor crônica em partes específicas do seu corpo
 Auto-flagelação (como se bater, cortar ou queimar)
 Envolver-se em uma relação (como adulto) com alguém que abusa de você
 Abusar de outras crianças
 Visão distorcida de Deus

PASSOS PARA A RECUPERAÇÃO

 Aprenda o que é e o que não é abuso!


 Identifique as falsas crenças – encare seu problema! (Jo 8.32)
 Pare de se culpar! Você não tem culpa de ter sido abusado!
 Junte-se a um grupo de apoio – se necessário, procure um profissional. (Ec 4.9-
10,12)
 Reconte o que aconteceu (para pessoas de confiança). (Pv 10.14)
 Viva o luto! (Js 34:8)
 Assuma as responsabilidades! (I Co 13.11)
 Localize os sintomas do abuso na sua vida, assuma os seus mecanismos de defesa e
comece medidas práticas para mudança. (I Co 6.12)
 Leia, se informe, busque materiais de apoio e incentivo. (Pv 24.5)
 Se for possível, confronte a pessoa que abusou de você ou denuncie. (II Co 5.18)
 Perdoe! (Mc 11.25)
 Reconstrua sua auto-imagem. (Gn 1.26a)
 Reconstrua seus relacionamentos. (Pv 17.17)
 Faça de seu ponto fraco, o seu ponto mais forte. (II Co 12.9a,10b)

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Política Internacional de Proteção

DEFINIÇÃO:

Política de Proteção às Crianças e Adolescentes no Espaço Institucional é o


conjunto dos princípios e dos objetivos que servem de guia a tomadas de decisão que
fornecem a base para o planejamento de atividades para os colaboradores de uma
instituição/organização, com o objetivo de prevenir, defender, socorrer crianças e
adolescentes de situações de violência, preservando-os de incômodos ou perigos para que
possam se desenvolver de forma sadia e integral.

1 - DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO

1.1. A JOCUM está comprometida com o bem estar das crianças e da juventude em
volta do mundo. Colaboradores, voluntários e alunos devem desenvolver relacionamentos
positivos e encorajadores com crianças, jovens e adultos em todos os aspectos de nossa
instituição.
1.2. A JOCUM se opõe a todo tipo de exploração e abuso às crianças e adolescentes. A
instituição acredita que toda criança tem direito a proteção, independente de raça, nível social,
idade, gênero, cor de pele, deficiência, religião, nacionalidade ou crença.
1.3. A JOCUM está comprometida em zelar pelos direitos e bem estar das crianças. Isso
inclui as convenções dos direitos das crianças da ONU; a convenção da idade mínima de
crianças trabalhadoras Nº 138 de 1999; a declaração da reunião de líderes mundiais sobre
crianças em Stockholm 1996; e o Congresso Mundial no Japão em 2001.
1.4. A JOCUM acredita que toda criança tem valor e dignidade por ter sido criada a
imagem de Deus e deve ser tratada com respeito, recebendo cuidados, de maneira que honre a
Deus.
1.5. A JOCUM está comprometida com a verdade, contra a omissão e negligência em
relação a qualquer tipo de violência a criança e ao adolescente.
1.6. A JOCUM acredita na importância de ter ações preventivas para trazer proteção às
crianças de possíveis abusos por qualquer colaborador, aluno, amigos e/ou visitantes, assim
como trazer proteção para a própria instituição.

2 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DESTA POLÍTICA:

Baseados na política de proteção de crianças e adolescentes, tendo como parâmetros legais a


Convenção das Nações Unidas dos Direitos da Criança (1989), a Constituição Federal
Brasileira de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069, de 13 de
julho de 1990), a JOCUM adota os seguintes princípios:

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• Interesse da criança

Todas as ações relativas às crianças e adolescentes nas organizações devem considerar,


primordialmente, o interesse maior da criança e assegurá-la proteção e cuidados que sejam
necessários para seu bem-estar, levando em consideração os direitos e deveres de seus pais,
tutores ou outras pessoas responsáveis por ela. (Artigo 3º da Convenção Internacional sobre
os direitos da Criança)

• Considerar crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e de capacidades

Cada criança e adolescente tem sua história, sua personalidade, sua individualidade que
precisam ser respeitadas pelos colaboradores das organizações. Cada criança e adolescente
possui capacidades que devem ser consideradas pelos colaboradores e reforçadas no intuito de
tornar-se co-construtor com os adultos do sistema de proteção e promoção de seus direitos.

• Prioridade absoluta

A família, a sociedade e o Estado devem garantir, com absoluta prioridade, que nenhuma
criança ou adolescente seja vítima de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.

• Respeito

Toda relação com crianças e adolescentes deve ser permeada pelo respeito, expresso pela
atenção, pelo olhar, pelo cuidado, pela comunicação clara e afetuosa. Também os limites
devem ser colocados com respeito.

• Participação

Ouvir e considerar a fala da criança, do adolescente e seus familiares em todo o processo de


concepção, implementação, monitoramento e avaliação de mecanismos de proteção.
Formar/informá-las para que possam se apoderar das informações e instrumentos desta
Política e associar-se à prevenção e enfrentamento à violência.

As crianças, como pessoas e sujeitos de direito, podem e devem expressar suas opiniões nos
temas que lhes afetam. Suas opiniões devem ser escutadas e levadas em conta na agenda
política, econômica ou educacional de um país. Desta maneira se cria um novo tipo de relação
entre crianças e adolescentes e aqueles que decidem por parte do Estado e da sociedade civil.
(Convenção Internacional dos Direitos da Criança)

• Não discriminação

A proteção às crianças e adolescentes deve ser assegurada, sem discriminação econômica,


etnia, gênero, religião, opção política ou de qualquer natureza.

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3 - CATEGORIAS UNIVERSAIS DE VIOLÊNCIA

3.1 - VIOLÊNCIA FÍSICA: "Qualquer ação, única ou repetida, não acidental (ou
intencional), cometida por um agente agressor adulto (ou mais velho que a criança ou o
adolescente), sem consequências visíveis, que lhes provoque danos leves ou extremos como a
morte”. (Claves - Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde)

3.2 - VIOLÊNCIA PSICOLÓLOGICA: É o conjunto de atitudes, palavras ou ações para


envergonhar, censurar e pressionar a criança de forma permanente, como: ameaças,
humilhações, gritos, rejeição e isolamento, podendo causar graves efeitos perversos, reais ou
prováveis, no desenvolvimento físico e comportamental da criança, bem como o
desenvolvimento do seu “ser”.

A violência psicológica é tudo que possa provocar sofrimentos psicológicos, emocionais,


éticos e morais. Pela sua sutil marca, esta modalidade de violência é uma das mais difíceis de
ser comprovada e, logo, tem sido uma das mais difíceis de ser banida. Toda violência supõe
um mau trato psíquico.

• Ex: É expresso por xingamentos, ameaça, provocação de medo, depreciação da


imagem da pessoa e, ainda no caso da criança e do adolescente, bloqueando seus
esforços de criação e de autoestima.

3.3 - VIOLÊNCIA SEXUAL: Todo ato ou jogo sexual que tem por finalidade estimular ou
usar a criança ou adolescente para obter prazer sexual e/ou ganhos materiais como: falar
palavras obscenas, expor órgãos genitais (exibicionismo), olhar a criança em sua intimidade
(voyeurismo), pornografia, carícias nos órgãos genitais e estupro.

3.4 - ABANDONO: Caracteriza-se como abandono a ausência do responsável pela criança ou


adolescente. Considera-se abandono parcial a ausência temporária dos pais expondo-a a
situações de risco. Entende-se por abandono total o afastamento do grupo familiar, ficando as
crianças sem habitação, desamparadas, expostas a várias formas de perigo.

3.5 - NEGLIGÊNCIA: O fato de não proteger a criança/adolescente de um perigo de


qualquer natureza, o fato de não oportunizar cuidados importantes acarretando a degradação
da saúde ou do desenvolvimento, inclusive o desenvolvimento não orgânico (cultural
educativo).

SINAIS DE ALERTA e algumas formas de negligência

 Negligência Física

A. Doenças parasitárias ou infecciosas frequentes.

B. Prejuízo à saúde por irregularidade no acompanhamento às normas de prevenção, como


calendário vacinal.

C. Descaso com as doenças, como demora inexplicável na procura de recursos médicos,


tratamentos inadequados, não seguimento de recomendações e acompanhamento irregular de
portador de patologia crônica.

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F. Lesões de pele ou dermatite de fraldas de repetição (sem tratamento).

G. Cáries dentárias (sem tratamento).

H. Déficits de crescimento e desenvolvimento sem problema de saúde que os justifique.

I. Desnutrição sem doença básica aparente.

j. Descuido na guarda, no preparo ou na oferta dos alimentos.

K. Obesidade por descuido ou imposição nutricional.

L. Descuido com a higiene.

M. Falta de proteção contra acidentes e violência praticada por outros.

N. Falta de proteção contra intempéries climáticas.

O. Uso de vestimentas muito inferiores ou contrastantes com o padrão apresentado pelos pais
ou oferecido aos outros irmãos.

 Negligência Educacional

A. Falta de acompanhamento à escolaridade.

B. Permissão ou estímulo ao absenteísmo escolar ou omissão frente a ele.

C. Falta de matricula da criança na escola na idade oportuna.

 Negligência Emocional

A. Desatenção às necessidades de afeto, amor e proteção.

B. Violência doméstica contra outros membros da família.

C. Permissão, estímulo ou omissão frente ao uso do álcool ou outras drogas por filhos
menores de idade.

D. Indução ao sedentarismo, inatividade.

E. Impedimentos à socialização e/ou ao lazer

F. Criança ou adolescente deixado sob guarda ou cuidados de terceiros, sem acompanhamento


dos responsáveis ou supervisão.

H. Recusa ou expulsão de moradia (lar), abrangendo a não procura de menor foragido e


recusa em acolhê-lo no seu retorno.

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4 - NORMAS DE COMPORTAMENTO / CÓDIGO DE CONDUTA

4.1. É esperado que todos os colaboradores, voluntários, alunos e visitantes tratem com
respeito e dignidade a todas as crianças atendidas nos programas desenvolvidos pela
instituição.
4.2. Todos os colaboradores da JOCUM, assim como voluntários, alunos, amigos e visitantes
devem assinar uma declaração confirmando que leram estas normas, que serão respeitadas e
que entendem que haverá consequências caso aconteça um comportamento indevido.
4.3. Visitantes a projetos e programas da instituição, não podem ficar sem supervisão.
4.4. Colaboradores, voluntários, alunos, parceiros financeiros e/ou visitantes nunca devem
ficar sozinhos, fora da vista de responsáveis, com nenhuma das crianças beneficiadas pelos
programas da JOCUM, a não ser que sejam seus próprios filhos ou netos.
4.5. Colaboradores, voluntários ou alunos da JOCUM não poderão tocar uma criança de uma
maneira inadequada, que seja contra a Convenção dos direitos da Criança, nem expô-las a
materiais inapropriados como vídeos e literatura pornográfica. Uma norma geral é que
nenhuma criança deve ser tocada em áreas que normalmente deveriam ser cobertas por
roupas, isso inclui também fazer cócegas e beijar de maneira inapropriada.
4.6. Colaboradores, voluntários, alunos, visitantes e/ou parceiros financeiros da JOCUM não
poderão disciplinar a criança em nenhuma maneira que seja contra a Convenção dos direitos
da criança. A norma geral é que não tenha nenhuma forma de disciplina física, usando de
violência e nenhum abuso verbal como alterar a voz, usar palavras pejorativas ou linguagem
humilhante.
4.7. Colaboradores, voluntários, alunos, visitantes e/ou parceiros financeiros da JOCUM não
poderão usar uma criança em nenhuma maneira que seja contra a Convenção dos direitos da
Criança.
4.8. Motoristas da instituição não devem levar uma criança sob seu cuidado, sozinho num
carro, sem a presença de uma terceira pessoa, a não ser que a criança seja um membro de sua
família.
4.9. Colaboradores, voluntários, alunos, visitantes e/ou parceiros financeiros da JOCUM não
poderão visitar uma criança atendida pela instituição na sua casa, estando a criança sozinha
em casa.
4.10. Os adultos sempre serão responsáveis por seus próprios atos, mesmo se a criança estiver
atuando de maneira sedutora ou provocativa.
4.11. Caso estas normas forem violadas, a pessoa em questão será disciplinada, possivelmente
perderá seu emprego e/ou cargo e poderá ter que se sujeitar aos procedimentos judiciais.

5 - RECRUTAMENTO E AVALIAÇÃO

5.1. Todos os colaboradores, voluntários e alunos serão avaliados segundo critérios locais,
com o mínimo de duas referências durante o processo de recrutamento, incluindo se possível
um atestado de antecedentes criminais (declaração de nada consta).
5.2. Caso surja uma nova informação ou evidência sobre a idoneidade de um membro em
relação às crianças, o procedimento será a liderança da base em operação ou equipe de
trabalho informar a liderança local maior. Este tipo de informação será tratado sigilosamente e
comunicado ao membro da equipe em questão para que possa ser tomada ação apropriada.
5.3. Todos os colaboradores, voluntários e alunos da JOCUM serão cuidadosamente avaliados
durante o período de recrutamento, usando um formulário de aplicação recente, incluindo uma
página onde a pessoa declara concordar com as normas de proteção das crianças e afirmando
que nunca esteve envolvido e/ou condenado por qualquer abuso contra crianças, nem tiver

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tido comportamento violento ou outras condenações que poderiam deixar preocupações a


respeito de atitudes para com crianças.

5.4. Os projetos da JOCUM se encarregam para que todas as referências dos colaboradores
sejam conferidas, antes que a pessoa seja convidada para assumir a função.
5.5. As informações sobre a política de proteção das crianças devem ser colocadas a
disposição antes e durante o processo de aceitação.
5.6. Os Projetos da JOCUM não aceitarão como colaboradores ou voluntários menores de 14
anos, exceto como monitores em campanhas de férias do Programa King’s Kids, com um
adulto responsável presente e autorização prévia dos pais ou responsáveis.
5.7. Os Projetos da JOCUM não aceitarão colaboradores ou voluntários entre 13 e 15 anos por
mais de 3 horas por dia e 18 horas semanais.
5.8. Colaboradores, voluntários e alunos da JOCUM, não podem ter menores de 16 anos
como empregados domésticos.

6 - RESPOSTAS A QUAISQUER ALEGAÇÕES:

6.1. Colaboradores, voluntários, alunos, visitantes e/ou parceiros da JOCUM serão


encorajados a discutir abertamente o potencial de possíveis casos de abuso dentro da
organização.
6.2. A JOCUM proíbe qualquer tipo de vingança ou retaliação contra um colaborador que
usando seu bom senso tenha registrado uma denúncia segundo estas normas de proteção da
criança.
6.3. Terá uma equipe regional propriamente designada para tratar de questões da proteção de
crianças dentro da organização.
6.4. Caso tiver uma denúncia contra qualquer colaborador, voluntário, aluno ou visitante no
que se refere a abuso à criança, a JOCUM tomará as ações apropriadas como descrito nas
normas de plano de ação:
6.4.1. Colaboradores, voluntários, alunos, visitantes ou parceiros da JOCUM deverão
trazer suas denúncias diante do líder do projeto ou local de operação. Caso isso for
inapropriado, deve ser levado até o líder do próximo nível. Todas as denúncias serão
devidamente investigadas, e um relatório escrito será completado dentro de 30 dias
desde a denúncia. Autoridades legais ou peritos poderão ser envolvidos. A direção
nacional será informada de todas as denúncias de abuso à criança dentro de 03 (três)
dias após a denúncia. E a direção regional será informada num prazo de 10 (dez) dias.
6.4.2. Com a investigação concluída, caso tenha sido comprovado o abuso, as
autoridades apropriadas serão notificadas, se não estiverem envolvidas ainda. Sendo
assim, o colaborador, voluntário ou aluno acusado será demitido imediatamente e
colocado a disposição de investigação criminal. Onde não tiver nenhuma evidência do
abuso, o denunciante, suposto vítima e o suposto agressor serão notificados.
6.4.3. A denúncia será mantida em sigilo, somente as pessoas diretamente envolvidas
poderão dispor das informações.
6.4.4. Colaboradores, voluntários e alunos da JOCUM que violaram o princípio do
sigilo receberão uma advertência por escrito.
6.4.5. A JOCUM cooperará com as organizações de bem estar da criança e com as
autoridades legais durante o decorrer das investigações de maneira apropriada.
6.4.6. A vítima e agressor serão tratados com respeito durante todo o processo.
6.4.7. A JOCUM não recusará investigar qualquer acusação de abuso à criança, não
importando quem seja o acusado.

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6.4.8. O suposto agressor será tratado sem nenhum preconceito.


6.4.9. A JOCUM cooperará com outras organizações, em casos onde a criança necessite
de proteção adicional.
4.4.10. Relatórios escritos serão compilados de todos os fatos relacionados às
investigações destas acusações, sendo cuidadosamente e sigilosamente arquivados pelo
diretor nacional e/ou regional.
4.4.11. A JOCUM colocará uma pessoa para tratar com a mídia e a polícia. A equipe da
liderança da JOCUM vai de antemão considerar qual a melhor maneira de envolver a
polícia e a mídia.

7 - EM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E/ OU ADOLESCENTE


COMETIDA POR OUTRA CRIANÇA OU ADOLESCENTE QUE
PARTICIPAM DE PROJETOS DA JOCUM

7.1. As bases de operação da JOCUM que desenvolvem atividades com crianças e


adolescentes em ambientes coletivos deverão construir com elas regras de boa
convivência, onde seja previsto comportamentos não aceitáveis na relação criança-
criança, criança–adolescente, criança-adulto e este deve ser revisado, com a participação
de crianças e adolescentes periodicamente, isto fazendo parte do processo educativo.
Os procedimentos de verificação devem ser:
1) Garantir o sigilo sobre a pessoa que comunicou a situação;
2) Montar uma comissão de verificação dos fatos e ética (composta por no mínimo de
três pessoas, incluindo educador responsável pelo acompanhamento da
criança/adolescente) que ouvirá as partes envolvidas.

Observação importante:
Em casos de situações graves de violência, não se deve desprezar os procedimentos
previstos no Estatuto da criança e do adolescente para os casos de violação das leis.
Devem ser avaliadas as condições físicas e emocionais destas crianças e adolescentes e
buscar alternativas para a reabilitação e integração destes. Ou ainda, se a ocorrência
policial for realizada, ter relatório indicativo sobre as necessidades de acompanhamento,
tratamento, reabilitação e integração do adolescente em questão.

8 - EM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA O COLABORADOR DA


INSTITUIÇÃO COMETIDA POR CRIANÇA OU ADOLESCENTE QUE
PARTICIPA DE PROJETOS DA JOCUM

8.1. Existe um grau de risco envolvido na atividade de educadores e técnicos sociais,


principalmente quando se faz à opção de trabalhar com crianças e adolescentes em
situação de vulnerabilidade e vivência de diversas formas de violência. Qualquer ato de
violência cometido por crianças, adolescentes e famílias contra educadores deve ser
devidamente avaliado e é importante que gerem indicativos para qualificação do
educador e/ou acompanhamento especializado, tratamento, reabilitação e integração da
criança/adolescente, famílias e colaboradores envolvidos.

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Observação importante:
Situações em que o colaborador esteja correndo grave risco de sua integridade física,
deve ser comunicado às autoridades competentes, bem como, será de responsabilidade
do projeto onde o colaborador desenvolve as suas atividades e da JOCUM como um
todo, desenvolver ações e procedimentos para proteger o colaborador.

9 - COMUNICAÇÃO:

9.1. A comunicação da JOCUM sobre as crianças usará imagens e meios que mostrarão
seu valor, dignidade e vão ser decentes e respeitosas, evitando explorar a situações de
vulnerabilidade.
9.2. A JOCUM terá cuidado especial em proteger a identidade das crianças tal como
localizações específicas em qualquer material de publicação promocional, podendo
publicar somente o primeiro nome, mas não nomes da família nem seu endereço.
9.3. Representantes da JOCUM vão assegurar que em suas comunicações serão
respeitadas as normas de segurança e preservação da imagem da criança ou adolescente
no que diz a respeito à divulgação e exposição. Será comunicado o valor da criança
como um ser criado a imagem de Deus, de grande valor, devendo ser amada e honrada,
como também, que a JOCUM é contra qualquer tipo de abuso da criança e adolescente.

10 - DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO

Esse documento deve ser assinado por todo colaborador, voluntário ou aluno. Uma
cópia do mesmo deve ser guardada no arquivo de recursos humanos.
Eu, ___________________________________________________________________
(nome completo)
Declaro que:
1. Eu li e entendi as normas da JOCUM sobre proteção de crianças e/ou
adolescentes.
2. Eu trabalharei dentro destas normas.
3. Eu nunca fui acusado nem condenado em casos envolvendo abuso físico ou sexual
de crianças ou adolescentes.
4. Eu entendo que caso qualquer reclamação ou acusação que se levante contra mim,
em respeito a abuso de crianças, enquanto envolvido nas atividades da JOCUM,
isso será devidamente investigado pelas autoridades apropriadas.

Assinatura: _____________________________________________________________

______________________________, _____ de ___________________ de 20___.

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