GRUPO I
Avaliação do Impacto de Lâmpadas Fluorescentes Compactas na Rede de Distribuição da Copel
Mateus D. Teixeira Gilson Paulillo
LACTEC LACTEC
mateus.teixeira@lactec.org.br gilsonp@lactec.org.br
Abstract —This article presents some reached excellent results
in the development of an analysis methodology for the harmonic
chains interference produced by compact fluorescent lamps on
the distribution circuits in low voltage (127/220 V). In such a
way, they are supplied by data of measurements in real circuits,
before and after the installation of the compact fluorescent
lamps. They also are presented the aspects related to the
computational modelling. Finally, a typical distribution circuit is
simulated and the results are presented comparing two distinct
situations.
Palavras-chave — Compact Fluorescent Lamps, Harmonic
Current, Power Quality, Distribution Systems.
1.0 INTRODUÇÃO
2.0
Nos últimos anos vem acontecendo uma crescente expansão do uso
das lâmpadas fluorescentes compactas (LFC’s), motivada,
sobretudo, pela queda dos preços das lâmpadas e por programas de
eficiência energética promovidos pelas concessionárias de energia
bem como, mais recentemente, pela Resolução 492/2002 da
ANEEL. Todavia, não obstante aos benefícios relacionados à
redução do consumo de energia elétrica, constata-se uma carência
de maiores investigações acerca dos impactos da utilização em larga
escala das LFC’s, como por exemplo, a emissão de correntes
harmônicas, suportabilidade e sensibilidade destas às variações de
tensão de curta duração, dentre outras.
Alguns estudos recentes [1, 2, 3] realizaram investigações tanto
sobre penetração harmônica em redes de distribuição de energia,
abordando desde aspectos da modelagem das cargas residenciais,
quanto monitoração de sistemas reais. Já a suportabilidade das LFC
´s à interrupções de energia foi investigada em [4], onde foram
realizados testes de desligamento com intuito de observar a redução
da vida útil destes dispositivos.
Assim, este trabalho tem como objetivo estabelecer as bases de uma
metodologia de análise do impacto destes equipamentos para os
sistemas de distribuição em baixa tensão (127/220 V). Sendo assim,
os estudos conduzidos levaram a adoção de modelos
computacionais para as LFC’s que permitem avaliar o
comportamento, em regime permanente, de circuitos elétricos de
baixa tensão com grande presença de LFC’s. Tal procedimento
permitirá extrapolar os resultados a fim de majorar os efeitos das
mesmas para o sistema em 13,8 kV e, até mesmo, nas subestações
alimentadoras.
E ainda, além dos benefícios citados acima, os desenvolvimentos
poderão auxiliar a concessionária na tomada de decisões de modo a
Alexandre R. Aoki Daniel L. Archanjo
LACTEC COPEL
aoki@lactec.org.br archanjo@copel.com
evitar problemas como ressonâncias, sobre-aquecimento e sobre-
carregamento de transformadores, bem como alterações no fator de
potência dos circuitos estressados pelas correntes harmônicas
oriundas das LFC’s.
Vale ressaltar que para a realização destes trabalhos, três etapas
foram cumpridas. A primeira, relacionada aos ensaios laboratoriais
e modelagem das LFC’s. Na segunda etapa dos trabalhos foram
conduzidas campanhas de medições em campo, e na terceira e
última etapa foram feitas simulações computacionais de sistemas
para estimar o comportamento do mesmo após a instalação das
lâmpadas.
3.0 MODELAGEM DAS LFC´s
Esta etapa dos trabalhos foi dedicada à modelagem das lâmpadas
fluorescentes compactas em software de análise harmônica. O ponto
de partida deste processo foi a definição do tipo de modelagem a ser
empregada nos estudos de penetração harmônica.
A técnica de modelagem no domínio da freqüência para simulações
de fluxo harmônico oferece menores dificuldades de modelagem
que no domínio do tempo e, como harmônicos em sistemas elétricos
de potência são considerados fenômenos de regime permanente,
esta técnica é plenamente satisfatória para esta categoria de estudo.
Além de permitir uma economia de tempo no processo de
modelagem, o tempo de simulação e análise dos resultados também
contribuem para a adoção da modelagem no domínio da freqüência.
Uma vez determinada a metodologia de cálculo, a escolha da
modelagem adequada para a LFC recaiu nas fontes harmônicas de
corrente. Esta modelagem é utilizada e recomendada por diversos
autores, livros e manuais de softwares de simulação [5, 6, 7]. Neste
ponto, destacamos a importância do emprego do módulo e ângulo
de cada ordem harmônica, permitindo possíveis cancelamentos
entre diferentes cargas não lineares presentes em um mesmo sistema
elétrico. A Figura 1 ilustra uma fonte harmônica de corrente, onde o
índice n representa a ordem harmônica de um determinado espectro.
FIGURA 1. Fonte de Corrente.
Uma vez definido o modelo a ser adotado, foram conduzidos
ensaios laboratoriais para determinação do módulo e ângulo de cada
componente harmônica gerada pela LFC. Este procedimento é
adequado e recomendado para uma melhor precisão das simulações
computacionais, pois representa condições operacionais
semelhantes às encontradas em campo.
Com os dados referentes ao espectro harmônico da corrente de
alimentação da LFC em mãos, pôde-se, então, passar à concepção
do modelo computacional.
Para a implementação deste modelo procurou-se por um software
de análise harmônica que permitisse o emprego da técnica do
domínio da freqüência. Desta forma, a escolha recaiu sobre o
aplicativo de fluxo harmônico PQF 6.0, desenvolvido pela empresa
Quality Engenharia e Sistemas. Esta ferramenta permite a realização
de diversos tipos de estudos, por exemplo:
· Cálculo do fator de potência e sua correção;
· Fluxo de carga e harmônico, determinando os
níveis de tensão e correntes harmônicas; FIGURA 4. Dados de entrada da LFC.
· Análise da suportabilidade de equipamentos
que operam sob a presença de harmônicos; Com a implementação do modelo, passou-se a etapa de validação
· Aplicação de normas ABNT para a avaliação do mesmo. As Figuras 5 (a) e (b) mostram as formas de onda para a
do impacto dos harmônicos sobre capacitores; corrente de suprimento da LFC, experimental e computacional,
· Análise de circuitos elétricos em regime respectivamente.
permanente;
· Tarifação de consumo horo-sazonal;
· Cálculo das perdas elétricas com e sem
harmônicos;
· Projeto de filtros harmônicos.

Assim, utilizando as amplitudes e ângulos das ordens harmônicas,

até a 50a ordem, efetuou-se a implementação computacional da
LFC de 15 W. Os valores das grandezas elétricas utilizadas podem
ser visualizados na Tabela I.
(a) (b)
TABELA I
FIGURA 5. Formas de onda da corrente para validação do modelo
Parâmetros elétricos para o fluxo de carga
computacional da LFC de 15 W do fabricante A: (a) Experimental e
LFC S FP
(b) Computacional.
15 W - Fabricante A 13,23 0,9654 CAP
Através da análise das formas de onda, pode-se dizer que a
A LFC foi modelada no software de simulação computacional PQF
modelagem utilizada atende perfeitamente aos propósitos do estudo
como uma carga RL paralela para o fluxo de carga, considerando
sendo seus resultados altamente satisfatórios e capazes de
potências ativa e reativa constantes, e para o fluxo harmônico esta
representar o comportamento deste dispositivo em regime
foi considerada como uma fonte de corrente para cada ordem. A
permanente.
Figura 3 ilustra a representação do componente LFC implementado
no PQF.
4.0 MEIÇÕES DE CAMPO

Para a realização dos estudos dos impactos das LFC’s em sistemas

de distribuição, objetivo maior deste estudo, foram realizadas
medições, junto aos consumidores, para a quantificação dos
diversos parâmetros elétricos a serem analisados. Tais parâmetros,
conjuntamente com os resultados de simulações computacionais
FIGURA 3. Componente LFC.
poderão indicar os principais efeitos decorrentes da utilização das
LFC’s nos sistemas elétricos, bem como as soluções a serem
Os dados de entrada para as LFC’s se restringem à quantidade de
implementadas para a mitigação dos mesmos.
lâmpadas por fase e o tipo utilizado, conforme ilustrado pela Figura
Inserido neste contexto, serão apresentados na seqüência os
4.
resultados das medições realizadas em um ponto do sistema de
distribuição da COPEL (Companhia Paranaense de Energia), antes
e após a instalação das LFC’s. A análise completa da aplicação das
LFC’s na rede de distribuição será desenvolvida ao longo do
segundo ciclo do projeto de pesquisa.
Vale ressaltar que o circuito escolhido para a amostragem, trata-se
de um condomínio residencial constituído por edifícios de três
andares com seis apartamentos cada. Tal condomínio, Ilha do Mel,
é localizado no Bairro Alto na cidade de Curitiba. A escolha por
este circuito recaiu, especialmente, no fato dos condôminos terem
acordado em realizar a substituição das lâmpadas de suas
residências pelas LFC’s doadas através do projeto. Contudo, deve-
se mencionar que a adesão foi de cerca de 85%, totalizando cerca de
500 pontos de iluminação. Ademais, este circuito não pode ser
considerado de baixa renda, uma vez que os consumidores
alimentados por este são considerados, pela concessionária de
energia elétrica, classe média.
Para a realização dos trabalhos de medição, adotou-se como
estratégia principal monitorar a entrada de energia do condomínio,
ou seja, o secundário do respectivo transformador alimentador.
Também foram realizadas medições em uma residência onde todas
as cargas estavam funcionando simultaneamente, excluindo o
chuveiro elétrico. Esta estratégia se justifica no interesse em avaliar
o impacto da interação das LFC’s com os demais eletrodomésticos.
As Figuras 6 e 7 mostram a curva de demanda do sistema, e as
figuras de 8 a 11 mostram o comportamento das distorções na
forma de onda da tensão e da corrente para a entrada do
condomínio ao longo de uma semana.
FIGURA 6. Potência Ativa com predominância de lâmpadas
incandescentes.
FIGURA 7. Potência Ativa com predominância de LFC’s.
FIGURA 8. Distorção Harmônica Total de Tensão com
predominância de lâmpadas incandescentes.
FIGURA 9. Distorção Harmônica Total de Tensão com
predominância de LFC´s
FIGURA 10. Distorção Harmônica Total de Corrente com
predominância de lâmpadas incandescentes.
FIGURA 11. Distorção Harmônica Total de Corrente com
predominância de LFC´s
A partir dos dados e gráficos extraídos das medições podem-se
fazer algumas constatações. Para obtenção dos valores típicos
(representativos) do período de monitoração, foi utilizado o
tratamento estatístico conhecido como P95, para o caso das
distorções harmônicas, tanto de tensão e corrente. Assim, pode-se
observar que:
· A substituição das lâmpadas não surtiu grande
redução no comportamento da curva de
demanda do circuito medido;
· A distorção harmônica de tensão aumentou em
20,3%, ao longo de uma semana, passando de
DHTV(P95%) = 3,99% com predominância de
lâmpadas incandescentes, para DHTV(P95%) =
4,80%;
· Já a distorção de corrente aumentou em 13,8%,
passando de DHTI(P95%) = 28,2%, para DHTI
(P95%) = 32,09%.
Através dos gráficos e valores apresentados pode-se verificar que a
distorção harmônica aumentou substancialmente após a troca das
lâmpadas incandescentes pelas LFC´s. Isto era esperado uma vez
que as medições realizadas em uma única residência haviam
mostrado que a distorção de corrente aumentara de DHTI(%) =
10,4, para DHTI(%) = 35,7, com uma redução de cerca de 51% da
demanda de potência ativa. Vale ressaltar que estes valores
representam a situação em que todas as cargas estão em operação
com exceção do chuveiro.
5.0 SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS
6.0
As simulações computacionais são uma importante ferramenta para
se estimar o comportamento dos sistemas elétricos frente a
modificações, inserção de novas cargas, instalação de bancos de
capacitores e/ou filtros harmônicos, dentre outras. Neste sentido,
como forma de avaliar o impacto da substituição de lâmpadas
incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas em
determinados circuitos de distribuição de energia, algumas
simulações foram conduzidas, empregando o modelo de LFC TABELA III
anteriormente apresentado. Quadro Comparativo
Grandeza Medição 1 Caso A Medição 2 Caso
4.1 Condomínio Residencial Analisada B
Incandescen Incandescen LFC LFC
Inicialmente, procurou-se submeter o modelo para o caso do te te
condomínio residencial avaliado nas etapas de medição. Assim, foi THDV(%) 3,06 3,09 4,20 4,10
adotada a seguinte estratégia de simulação:Os dados de THDI(%) 21,53 24,75 31,10 34,17
carregamento utilizados como base para as simulações foram P(kW) 15,15 15,10 11,28 10,31
obtidos através da média dos valores medidos para o horário das S (kVA) 17,85 18,70 13,50 13,16
compreendido entre as 17:00 e 18:00 horas; I rms (A) 54,90 51,86 38,61 34,71
Os valores de DHTV(%) e DHTI(%) empregados para fins de
comparação foram os P95(%) para o mesmo horário; Vale ressaltar que a única diferença entre os dois casos modelados
O transformador alimentador do circuito é de 75 kVA; foi a substituição da carga referente à iluminação incandescente
A carga total de iluminação considerada para os casos simulados foi pelo modelo de LFC anteriormente descrito.
de 125 lâmpadas, totalizando 9000 W incandescentes e 2250 W de Nota-se pelos valores apresentados na Tabela III que as diferenças
LFC´s. entre as simulações e as medições, no que se trata às potências ativa
O fato de se utilizar como parâmetros base a média dos valores e aparente, pode ser explicado pela diferença de tratamento dos
obtidos no final da tarde, deve-se ao fato de que neste horário ainda dados, tanto por parte do equipamento de medição quanto por parte
é baixa a incidência de chuveiros elétricos. Vale mencionar do próprio software.
também, que o sistema foi considerado equilibrado.
As correntes harmônicas presentes na situação anterior à troca da
iluminação foram consideradas como injeções de corrente. Para
tanto, considerou-se que a contribuição de cada barra do circuito
era idêntica.
Quanto ao carregamento devido à iluminação, foi empregado um
fator de utilização igual a 0,25, para o horário estabelecido, A Figura 13 traz um comparativo entre as medições e simulações
multiplicado pelo o número total de pontos de iluminação em que para a corrente no secundário do transformador, evidenciando a
houve troca de lâmpadas, ou seja, 500 pontos. similaridade entre ambas as situações.
A Figura 12 mostra o diagrama unifilar da sistema em estudo, onde
cada barra representa um prédio de 12 apartamentos.

COPEL

Trafo 75 kVA

Monitoração
(AR5)

(a) (b)

FIGURA12. Diagrama unifilar do Cond. Ilha do Mel

Uma vez estabelecidas as diretrizes para realização dos estudos

computacionais, foram realizadas simulações segundo Tabela II: (c) (d)
FIGURA 13. Formas de onda da corrente. (a) Medição 1; (b)
TABELA II Caso A; (c) Medição 2; (d) Caso B
Casos Simulados
Caso Simulado Tipo de Lâmpada Assim, Não obstante às diferenças nos valores das potências, pode-
Caso A 125 lâmpadas Incandescente – 60 se verificar que a modelagem do sistema investigado atendeu de
W forma satisfatória aos objetivos propostos, qual seja, estimar o
Caso B 125 lâmpadas LFC – 15 W impacto da substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas
fluorescentes compactas, uma vez que não foram considerados
A Tabela III traça um paralelo entre os casos simulados e as aspectos referentes aos fios condutores e possíveis perdas ocorridas
medições realizadas para o secundário do transformador ao longo da instalação.
alimentador do circuito.
A Figura 14 faz um paralelo da distorção de tensão dos casos Comparativo – Sistema 43 Barras
simulados com as medições. Grandeza
Caso C Caso D
Analisada
Incandescen
4 ,5 LFC
te
4
THDV(%) 2,48 7,12
3 ,5
THDI(%) 3,03 15,91
TH DV ( % )

3
P(kW) 79,73 74,82
2 ,5
2
FP 0,94 0,93
1 ,5
1
Como pode ser notada através da tabela anterior, a distorção
0 ,5
harmônica de tensão sofreu um aumento significativo após a
0
substituição das lâmpadas, extrapolando o valor de 5%
Med ição 1 Caso A Med ição 2 Caso B recomendado por diversas normas internacionais. As Figuras 16 e
FIGURA 14. Distorção harmônica total de tensão 17 ilustram o espectro harmônico no secundário do transformador
para as duas situações propostas. Através destes, nota-se que além
da elevação dos níveis das tensões harmônicas já existentes, houve
4.2 Circuito de distribuição uma adição de novas ordens harmônicas, com uma expressiva
ampliação do espectro de freqüência.
De forma a atender as expectativas em se conhecer o impacto das
LFC´s em um circuito de baixa renda, onde as LFC´s são
largamente distribuídas por meio dos programas de eficiência
energética das concessionárias de energia, realizou-se a simulação
de um circuito representativo de um bairro de baixa renda onde,
comumente, 60% da carga presente nas casas são lâmpadas
incandescentes.
Assim, nos estudos conduzidos, pretendeu-se simular uma situação
em que fosse realizada a troca de 6 lâmpadas em cada barra (poste)
do circuito, que corresponderia a um total de 258 pontos de
iluminação, para um transformador de 100 kVA, com cerca de 80%
de carregamento.
A Figura 15 ilustra o circuito objeto das investigações, onde as
barras representam os postes de distribuição. FIGURA 16. Espectro Harmônico – Caso C

FIGURA 17. Espectro Harmônico – Caso D

7.0 COMENTÁRIOSA FINAIS

FIGURA 15. Diagrama unifilar - Circuito em anel com 43
barras
Desta maneira, a carga total de iluminação incandescente
substituída foi de 15,48 kW (lâmpadas de 60 W), a qual
corresponde a um equivalente de 3,87 kW (LFC 15 W) em
lâmpadas fluorescentes. Vale mencionar também que foram usados
os dados de impedância de cabos referentes ao cabo de alumínio
2/0. Os dados relativos às simulações antes e após a substituição das
lâmpadas se encontram na Tabela IV.
TABELA IV
O presente artigo procurou abordar a questão dos impactos do
emprego em larga escala das lâmpadas fluorescentes compactas, as
quais têm sido extremamente difundidas, sobretudo em
consumidores de baixa renda. Desta maneira, os resultados obtidos
por este trabalho, propõe um discussão sobre as reais vantagens em
incentivar a disseminação destes dispositivos. Uma vez que as
concessionárias de energia estão, por um lado cumprindo seu
programa de eficiência energética, mas por outro lado, podem estar
extrapolando índices de distorções harmônicas.
Assim, através de modelagens, medições de campo, e simulações
computacionais, pode-se notar que o emprego das LFC´s eleva
substancialmente os níveis harmônicos, chegando até mesmo a
ultrapassar aqueles recomendados por normas. Também pode-se
verificar através das medições no condomínio e de simulações que a
redução de potência ativa, na prática, não é tão significativa, uma
vez que estamos tratando com uma medida muito utilizada em
programas de eficiência energética. Isto se deve, dentre outros
motivos, à aleatoriedade na utilização das cargas residenciais.
Não obstante aos resultados mostrados neste estudo, investigações
adicionais devem ser realizadas, comparando a atual modelagem
com outras utilizando elementos de circuito. O aspecto técnico-
econômico também merece ser considerado, pois a elevação das
tensões harmônicas podem causar a sobrecarga de transformadores
e de condutores de neutro.

8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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net harmonic currents due to dispersed non-linear loads within
residential areas," IEEE Transaction on Power Delivery, 1998.
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[4] C. Penna, J. W. Rezende and M. I. Samesima "Avaliação
das Caracteristicas Elétricas, de Iluminamento e de Suportabilidade
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Electrical Power Systems Quality, New York: McGraw-Hill, 1996,
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System Harmonics, New York: John Wiley & Sons, 1985, p. 336.
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Teixeira " A Power Quality Comparative Analysis Related to
Electronic and Electromagnetic Fluorescent Ballast Operation " in
Proceedings of the 2002 VIII International Conference on
Harmonic and Quality of Power, ICHQP 2002.