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Evolução dos conceitos e

aplicações em Inteligência
Analítica
As relações sociais e econômicas existentes em todo o mundo estão em constante
evolução. É claramente perceptível que, independente da atividade que o indivíduo
desenvolva ou o grau de abrangência da sua rede de contatos, sendo elas
profissionais ou pessoais, um importante componente tem sido utilizado para
dinamizar as relações entre as pessoas e as empresas: o uso da informação como
fonte de disseminação do conhecimento.

Com a popularização da internet, a circulação de dados, que são fontes da


informação, se tornou bastante acessível. Paralelo a isso, é cada vez maior a busca
por profissionais com capacidade analítica dos dados, que produzam informação e
gerem conhecimento. Neste capítulo introdutório, serão abordados temas como a
origem histórica do uso de dados, o conceito do que é um dado, qual a
tratativa que deve ser realizada para que se torne uma informação e
posteriormente um conhecimento cientifico. Será evidenciado também a ideia de
inteligência e a sua importância na análise de dados.

// Conceito de Dados

Os estudos iniciais sobre Sistemas de Informação ocorrem com a conceituação de


dados. Existe uma diversidade de ideias e conceitos sobre o tema.

O dado tem como objetivo primário evidenciar uma determinada situação e não
está diretamente ligado ao resultado de uma determinada ação e sim como fonte
bruta para a geração de informações. Dados podem se materializar em forma de
códigos (palavras, algarismos, caracteres ou outros símbolos).
Considere, por exemplo, o nível de vendas obtido em determinado
estabelecimento, ou loja, em que determinado consumidor responda a uma
campanha promocional e gere uma série de arquivos numéricos não tratados. O
conjunto de dados passa a ter relevância quando é aliado a um procedimento de
análise que promova determinada informação e, a partir de então, possa ser
utilizado pela gestão.

Em sua obra Essentials of Management Information Systems (2003), os autores


Jane & Kenneth C. Laudon evidenciam de maneira sintetizada a relação entre
dados e informação, a partir de arquivos de um determinado estabelecimento
comercial, o que pode ser visualizado na Fig. 1:

Observa-se que, no campo “Dados”, são apresentados elementos relacionados a


códigos, tipos e preços do produto, sem nenhuma grande observação ou tratativa.
No campo “Informação”, foi inserido um item e dele extraído uma série de
informações relevantes (unidades vendidas, região onde ocorreu as vendas, total
das vendas) com o intuito de permitir aos analistas e gestores do estabelecimento
realizar a avaliação necessária para a criação de cenários e projeções. O conceito
de informação será abordado com maiores detalhes na próxima seção, mas é
possível verificar a diferença básica entre os dois: Dados e Informação.

Quanto à classificação, os dados podem se subdividir em: estruturados,


semiestruturados ou não estruturados. Define-se, Dados Estruturados, como
aqueles que são armazenados nos Bancos de Dados, ou seja, organizados para
serem utilizados ou recuperados futuramente. Representada em um formato estrito,
os tais dados podem ser dispostos em colunas ou linhas, que permitem uma análise
diversificada sobre determinada informação.

Uma enorme quantidade de dados é compartilhada a todo tempo, oriundas das mais
variadas fontes. O desafio do banco de dados é o de filtrar os dados mais relevantes
e transformá-los em informações. Essas informações são obtidas por meio de
aplicativos, que armazenam dados de maneira a facilitar a sua busca e
manipulação, porém vale ressaltar que, na rede de internet, apenas um quarto
desses dados estão armazenados. Muita informação criada não consegue ser
minerada e organizada e acaba se tornando lixo eletrônico, o que prejudica as
buscas e muitas vezes a torna desnecessária.

Os semiestruturados apresentam estrutura heterogênea, pois não podem


ser considerados como estritamente tipados nem como não estruturados
(dados encontrados na web servem, por exemplo).
// As características principais de dados semiestruturados são:

Dados não estruturados são classificados como aqueles que não foram
codificados, estruturados em linhas e colunas, ou registros. Representam a maioria
dos dados encontrados, não compõem a rede e normalmente estão fora do banco de
dados. Apresentam-se como informações armazenadas em contexto e estão
dispostas em grande parte nas redes sociais.

O conjunto de dados, no momento em que serve de subsídio para a geração de


informação, deve estar inserido dentro de um contexto, já que a falta de qualidade
na seleção dos dados pode provocar um prejuízo para quem utiliza essas
informações. Se uma empresa, por exemplo, realizar uma pesquisa de satisfação
levando em consideração a opinião individual de um consumidor específico, não
terá um parâmetro confiável para avaliar a sua imagem no mercado, ou seja,
somente um conjunto de dados trará subsídios para a geração de informações
confiáveis na tomada de decisão.

CICLO DE VIDA DOS DADOS


Como já foi citado, os dados são considerados os elementos mais brutos, isolados e
não possuem relevância em termos de análise. São as “observações sobre o estado
do mundo”, como define Davenport (DAVENPORT,1998, p.18) e somente quando
inseridos em um contexto poderão ser fontes de informação.

Entretanto, a coleta de dados que for realizada sem qualidade provoca um prejuízo
na geração de informações e, consequentemente, de conhecimento, sobretudo para
aqueles que utilizam a informação na tomada de decisão. O dado, quando avaliado
de maneira individualizada, não indica resultados relevantes, ou seja, isso só ocorre
quando se obtém uma série de elementos dos quais se pode retirar informações
significativas.

A geração de informações e conhecimento, segundo Barbieri (2011) é


condicionada à extração de dados, considerada pelo autor como o principal
insumo, tanto nas organizações empresariais, quanto para estudos científicos. É
uma preocupação permanente dos gestores de sistemas possibilitar o acesso dos
dados aos interessados (geralmente pesquisadores e analistas) de forma a contribuir
com a geração de informação com credibilidade. Quanto mais tecnologia aplicada,
maior a acessibilidade e qualidade dos dados. Para Santana (2013), o acesso aos
dados é garantido caso haja um melhoramento nas etapas, desde o planejamento
até a criação dos dados e, a partir de então, estarão dispostos ao pesquisador. Isso
ocorre, segundo o autor, por meio de Tecnologias da Informação e Comunicação
e através da Ciência da Informação, que podem auxiliar também na criação de
novos modelos teóricos, que contribuam para ampliar o processo de acesso aos
dados e atender às diferentes necessidades informacionais.

Quanto ao ciclo de vida dos dados, Santana (2013), desenvolveu um modelo que
leva em consideração características específicas da Ciência da Informação,
conhecido como CVD-CI.

O Modelo CVD-CI é composto por um processo de quatro fases: coleta,


armazenamento, recuperação e descarte dos dados. As referidas etapas são
permeadas por seis objetivos: privacidade, qualidade, direitos autorais, integração,
disseminação e preservação.

Inicialmente, o modelo CVD-CI se ocupa na avaliação da fase de coleta, na qual


ocorre o procedimento de planejamento do dados, avaliação e escolha. As ações
relacionadas a processo, modificação, transmissão e preservação digital do dado,
ocorrem na fase de armazenamento. O processo de recuperação é onde concede-se
o acesso efetivo aos dados, normalmente aos profissionais da pesquisa, tanto para
consulta e observação dos dados, quanto à estrutura, tratamento, representação, que
são realizadas após a coleta dos dados. A fase de recuperação pode gerar dados
que, ciclicamente, podem retomar ações da fase de coleta ou da fase de
armazenamento, o que possibilita afirmar que essas fases sejam reiniciadas com a
geração de novos dados.

Por fim, o descarte ocorre quando aquilo que foi planejado, a priori, para
os dados é alcançado, ou quando o tempo de armazenamento atinge o
seu limite.
// Governança de Dados
Conceituada como o exercício da tomada de decisão e de autoridade para
assuntos relacionados a dados, a Governança de Dados, determina
desde as políticas a serem adotadas em relação aos dados criados dentro
de uma organização, quanto os métodos que serão utilizados nas ações
do ciclo de vida dos dados, que vão desde a criação, até a eliminação de
dados.

Pode se considerar que no conceito defendido por Loftis, os dados são a base dos
recursos para as empresas, precisam ser geridos e passar por acompanhamento,
pois são considerados como matéria prima e auxiliam no atingimento da missão e
dos objetivos. Implementar a governança de dados requer o conhecimento da
cultura organizacional e a forma como são tomadas as decisões na organização,
para que assim o gestor consiga extrair vantagens da forma como sua empresa se
comunica.

A governança de dados busca atingir algumas metas: de imediato, é preciso


melhorar a tomada de decisão e minimizar as divergências operacionais,
direcionando os colaboradores para a adoção de medidas triviais para questões
similares acerca de dados e, consequentemente, estabelecer modelos para os
processos e restringir os custos dentro da organização. Proteger as demandas dos
interessados nos dados gerados e estabelecer uma transparência nos processos é
também considerado como objetivos da governança de dados, conforme é
sintetizado no Diagrama 2.

Concluindo, a governança possui também a tarefa de acompanhar a


gestão de dados, para que os mesmos estejam afinados com as metas da
organização, além verificar a eficácia e a eficiência desses objetivos
planejados pelo nível estratégico da administração.
// Importância do uso dados no ambiente empresarial

O fluxo de dados está presente em nosso cotidiano. O acesso à internet e


o uso de satélites permitem a visualização de dados em larga escala, o
que possibilita, por exemplo, a compra de passagens, visualizar condições
meteorológicas, ou simplesmente se locomover. No ambiente empresarial,
o uso de dados torna as operações mais globalizadas, com a introdução
de produtos, atendendo a demanda em novos mercados.

O agronegócio tem obtido ganhos substanciais na área estratégica com a


introdução da coleta de dados e com o auxílio da tecnologia avançada na
sua plataforma de produção. São cada vez mais comuns a pesquisa
acadêmica presente no agronegócio, aliada ao uso de tecnologias
modernas (uso de drones, por exemplo), com o intuito de coletar dados
importantes que serão avaliados para que se transformem em informação.

Outro setor que vem utilizando com frequência os dados é o setor público.
Historicamente, este setor apresenta uma certa restrição ao uso da tecnologia na
execução nas suas atividades. No caso brasileiro, por exemplo, é comum ainda se
visualizar maquinas de escrever, assim como uso do papel físico para o
arquivamento de documentos. Entretanto, em alguns setores, principalmente os que
se utilizam de um grande volume de informações, tem utilizado a coleta de dados
como fonte primordial para a execução de suas atividades.

O uso dos dados tem auxiliado também na organização da infraestrutura


do setor público, de uma forma geral, criando condições para atender com
maior eficiência as demandas da população.

As economias globais hoje funcionam com maior assertividade, graças ao


uso de dados produzidos e compartilhados, permitindo o fluxo de capitais
em todo o mundo.

CONCEITO E TIPOS DE INFORMAÇÃO


Agora, queridos alunos, abordado o conhecimento sobre dados, a sua
importância dentro das organizações e na vida particular das pessoas em
geral, discutiremos sobre a evolução do tratamento de dados e sua
transformação em informação, ou seja, a condição que a coleta de dados
analisada com qualidade proporciona no meio organizacional.

O uso da informação, dentro de um contexto histórico, vem passando por


evoluções, trazendo impactos na sociedade e nas organizações, de uma maneira
geral. Segundo a corrente ideológica defendida por Calazans (2006), a informação
é dividida em revoluções dentro da história.

Considerada como elemento preponderante para o desempenho das organizações e


da sociedade, a informação tem forte impacto na tomada de decisões. Por
definição, a informação serve como um elo de ligação entre o dado considerado
bruto e o conhecimento. Pode ser conceituado ainda como “um conjunto de dados
coletados, organizados, ordenados, aos quais são atribuídos significados e
contexto” (MÜLBERT & AYRES, 2007, p. 23 apud MCGEE e PRUSAK, 1997, p.
13). Se os dados podem ser considerados como observações iniciais, as
informações estão relacionadas à importância e finalidade que são atribuídas aos
dados observados.

Diante da variedade e velocidade na troca de informações, é consenso entre as


organizações buscar informações que possuam valores comerciais e que permitam
maximizar os processos de produção, viabilizando o seu desenvolvimento.
Segundo Beluzzo & Dias (2003), as informações podem ser classificadas quanto a
sua natureza e finalidade, conforme o Quadro 1:

CLASSIFICAÇÕES DE
CONHECIMENTO
Chegamos a um ponto importante do estudo, em que será retratada a
evolução da informação para o conhecimento. Como o conhecimento é
classificado, quais os tipos e como ele se tornou um ponto diferencial no
mundo dos negócios.

Conhecimento não pode ser descrito, já que esse conceito é atribuído à


informação. Também não depende apenas de uma interpretação pessoal,
pois requer uma vivência do objeto do conhecimento. Portanto, tal conceito
está no âmbito puramente subjetivo do homem.

Basicamente podemos definir ou classificar todo o conhecimento em


quatro tipos, sendo eles: científico, popular, filosófico e religioso.
// Conhecimento Científico:
Caracteriza-se pelo fato de lidar com ocorrências e fatos nos quais as
hipóteses podem ser validadas ou descartadas com base na
experimentação. Também visto como um conhecimento sistemático na
formulação de ideias que abrangem o todo do objeto delimitado para
estudo.

O conhecimento científico também pode ser verificável, no sentido em

que as hipóteses não comprovadas são excluídas do campo da ciência.

Por fim, esse conhecimento pode ser falível, ou seja, nenhuma verdade é

definitiva e absoluta e novas proposições e novas tecnologias podem

reformular o conhecimento científico existente.

Em outras palavras, o conhecimento cientifico vem contrapor a ideia do


senso comum, que consiste em um conjunto de informações que não
seguem uma sistematização e são dispostas de forma fragmentada. No
instante em que tais informações evoluem para a comprovação empírica,
logo o senso comum vai cedendo espaço para se tornar ciência.

A rigorosidade observada na ciência e nas suas proposições, são


baseadas em fatos verídicos. A busca sobre questionamentos como: o que
é a verdade? O que podemos comprovar? E como podemos comprovar?
Todos estes questionamentos exemplificam a finalidade do conhecimento
científico.

// Conhecimento popular:

Conhecido desde a época dos homens das cavernas, o conhecimento


popular é um conhecimento passado entre gerações, dando origem a
todos os outros tipos de conhecimento. É correto afirmar que a maioria dos
fatos do nosso cotidiano atual teve origem no senso comum.

Os conhecimentos populares, após a devida comprovação empírica, foram


organizados de maneira sistêmica e adquiridos pela ciência. Porém,
algumas práticas passadas de geração em geração não possuem respaldo
científico, mas são amplamente difundidas, por exemplo, as superstições e
os ditos populares.
// Conhecimento filosófico:

O conhecimento filosófico surge a partir da ideia do questionamento e


da busca do entendimento coerente e total da realidade. Não pode ser
verificável, tão pouco refutado, já que não há possibilidade de sua
confirmação, além de basear-se na dedução e na experiência.

Pode ser considerado racional, por consistir de um conjunto de enunciados


logicamente relacionados e sistemáticos, devido ao fato das hipóteses
buscarem uma representação coerente e geral da realidade estudada.

Os gregos são conhecidos por terem sido os primeiros a proporcionar a

ideia de conhecimento de maneira sistematizada, através da separação de

classes, em que os homens considerados livres ficavam responsáveis pelo

trabalho intelectual e os escravos pelo trabalho braçal, segundo Matallo

Júnior (1989), o comércio e a moeda contribuíram para o alargamento dos

horizontes do pensamento dos gregos.

O pensamento pré e pós-socrático influenciaram o pensamento ocidental. Criador


da dialética, que consiste na discussão de ideias e contradições, Sócrates é
considerado o primeiro grande filósofo grego e suas conceituações chegaram até
nós por meio das obras de discípulos, como Platão e Xenofonte.

Diante destas evidências, se conclui que a Filosofia e Ciência são áreas do


conhecimento com similaridades importantes, já que surgiram no mesmo local
(Grécia), na mesma época (aproximadamente seis séculos antes de Cristo) e
basicamente com o mesmo objetivo: a busca da verdade através da sistematização
do conhecimento. Enquanto a Ciência é baseada em fatos, tentando estabelecer leis
e padrões, a Filosofia é especulativa, baseada principalmente na argumentação.

// Conhecimento religioso:
O conhecimento religioso é tão antigo quanto o conhecimento popular e
faz parte da característica humana buscar explicações para suas dúvidas.
Em muitos casos, o homem se questionou sobre o porquê de
determinados fenômenos e não conseguiu uma explicação natural. A
explicação sobrenatural, o mito, surge neste contexto com o objetivo de
tranquilizar o homem, porque esse mito forneceria a explicação necessária
para a sua dúvida.

O homem percebeu, ao longo da sua evolução, que a natureza era regulada por
ciclos, entretanto não se sabia o porquê desses ciclos. Quando acontecia algo
anormal dentro de um ciclo esperado, surgiam explicações baseadas na presença de
deuses ou senhores responsáveis por esses fenômenos naturais.

É importante ressaltar que mito e religião são coisas distintas. De modo geral,
todas as religiões possuem ligações com o inexplicável ou com o sobrenatural. O
objetivo do conhecimento religioso é, como em qualquer tipo de conhecimento, o
de fornecer respostas para nossas perguntas. Nesse caso, não são perguntas
científicas, mas perguntas relacionadas às nossas dúvidas existenciais, aos nossos
anseios, destinos e laços que nos remetem a uma entidade superior.
// Aplicação do conhecimento na área empresarial

No meio organizacional, as pessoas utilizam e valorizam o conhecimento,


mesmo que de forma mais velada. Geralmente, as empresas adotam
como critério o uso da experiência em relação à inteligência ou ao grau de
escolaridade no momento em que recrutam e contratam profissionais. As
organizações entendem que o conhecimento agrega valores que são
comprovadamente desenvolvidos ao longo de um determinado período.

Empresas estão sujeitas a momentos de instabilidade e são exatamente


nessas situações que gestores e líderes tendem a se consultar com
colaboradores que notadamente gozam de respeito frente à organização e
disponham de conhecimento prático na solução de algumas situações
cotidianas.

HOWARD GARDNER E O ESTUDO DA


TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS
MÚLTIPLAS
Sintetizando as abordagens realizadas ao longo do capítulo, chegamos ao conceito
de inteligência. O que se entende por inteligência, em seu conceito mais amplo e
como ela pode ser adquirida ou aproveitada nas relações pessoais e profissionais.

Para que haja uma compreensão mais efetiva do que significa inteligência e
contextualizá-la em um ambiente corporativo, é necessário entender os conceitos
propostos por Howard Gardner.

Para Gardner, era possível que a região cerebral preservada fosse estimulada e,
assim, possibilitar realizações nas áreas danificadas.

Em meados dos anos 80, Gardner publicou um livro (Frames of Mind) e divulgou a
sua Teoria das Inteligências Múltiplas, que proporcionou encontros e debates por
todos os EUA. O estudo da sua teoria proporcionou uma mudança significativa em
áreas do Conhecimento como, por exemplo, a Educação. Gardner refuta a ideia de
que se possa avaliar a inteligência através de métodos tradicionais, como testes de
papel e lápis. Para ele, é importante observar as atuações valorizadas nas mais
distintas culturas. Além disso, ele sugere que as habilidades cognitivas apresentam
especificidades e que o nosso sistema nervoso processa de maneira muito
particular cada tipo de informação que é gerada. Portanto, o conceito de
inteligência defendido por Gardner, promove uma análise mais profunda, pois
aborda as diferentes possibilidades de desenvolvimento intelectual nas mais
variadas realidades existentes no mundo.

Não é possível relativizar inteligência e sim avaliar qual a função que cada
indivíduo consegue desenvolver melhor, observando o ambiente em que
se encontra. Por exemplo, é inútil comparar níveis de inteligência entre um
cientista e um indígena meramente pelo aspecto formal. A maneira mais
certa é analisar a inteligência pela função que cada um desempenha
dentro do ambiente adequado. Logicamente, um cientista apresenta maior
utilidade dentro de um ambiente de pesquisa, assim como um indígena
tem maior conhecimento em áreas selvagens.
Seguindo a metodologia de estudo de Gardner, é possível identificar
modelos de inteligências das quais podemos destacar: linguística, lógico-
matemática, espacial, interpessoal e intrapessoal. Elas atuam de maneira
independente, porém não isoladamente, pois se faz necessário a
combinação mínima de duas delas, para que possamos realizar as tarefas.
Cada ser humano dispõe de graus variados de cada uma das inteligências
e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam.
// Inteligência Linguística:
Este ramo da inteligência é composto por sons, ritmos e significados das
palavras que apresentam a capacidade para diferenciar as funções da
linguagem. O uso da linguagem com o objetivo de transmitir informações,
por exemplo, é considerado funções da Inteligência Linguística. O
conhecimento linguístico se divide basicamente em três aspectos
importantes para uma sociedade:

// Inteligência Lógico-Matemática:
A Inteligência Lógico-Matemática é o modelo de inteligência que
apresenta uma afinidade com a ordem, a sistematização e com padrões,
além das habilidades com a manipulação de objetos ou símbolos. Essa
inteligência é muito perceptível em indivíduos que se encontram nas áreas
de Ciência e Matemática, apesar das motivações dos cientistas e dos
matemáticos serem originalmente diferentes, visto que o primeiro visa
explicar os fenômenos naturais, enquanto que o segundo visa criar
abstrações para explicar o mundo.
// Inteligência Espacial:

Indivíduos que desenvolvem a Inteligência Espacial possuem a


capacidade em notar os aspectos visuais e espaciais do mundo de forma
precisa e discorrer sobre eles através da percepção e transformação de
imagens e objetos no espaço. Portanto, a inteligência espacial conceitua-
se como a capacidade inicial de manejar os objetos e formas mentalmente,
para estabelecer equilíbrio e composição numa representação visual ou
espacial.

Assim como a Lógico-Matemática, a Inteligência Espacial também envolve


a observação dos objetos, porém, está mais alinhada com o mundo
concreto e a localização destes objetos.
// Inteligência Intrapessoal:

A Inteligência Intrapessoal se relaciona com o desenvolvimento das


características pessoais de um indivíduo, como o acesso à sua própria
vida sentimental, por exemplo. É uma inteligência capaz de realizar
distinções de sentimentos, criar rótulos e símbolos que servem de base
para entender o comportamento pessoal.

Este modelo de inteligência aborda possibilidades, restrições e anseios


pessoais dos indivíduos. Em uma análise mais avançada, permite que
representemos sentimentos complexos e diferenciados e, a partir disso,
criar conceitos sobre si próprio e habilidade para planejar e direcionar a
própria vida.
// Inteligência Interpessoal:
Melhor avaliada por profissionais ligados a educação e saúde mental, a
Inteligência Interpessoal tem capacidade de observar e fazer distinções
entre outros indivíduos e, em particular, entre seus humores,
temperamentos, motivações e intenções. Facilmente observada em
crianças pequenas, como a habilidade para distinguir pessoas e suas
características e na sua forma mais avançada como a habilidade para
perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir
adequadamente a partir dessa percepção.

// Inteligência Organizacional:
A Inteligência Organizacional, que tem sua origem na chamada
inteligência competitiva, tem importante função na elaboração de
estratégias dentro da organização, atuando com o monitoramento dos
ambientes interno e externo da organização, apresentando um método
organizado de coleta, análise e disseminação das informações
estratégicas. É notório que essas atividades exigem conhecimento
aprofundado para propor soluções organizacionais sofisticadas e, portanto,
a busca por profissionais capacitados, aliados a uma aquisição de
produtos e serviços de informações, alinhados à necessidade da
organização, que são essenciais. Levar o conhecimento a um número
maior de pessoas é seu principal objetivo.

Os instrumentos tecnológicos da informação são considerados a

estrutura básica para qualquer sistema de Bussiness Inteligence, no que


se refere a facilidade de uso e de gerenciamento, bem como os bancos de

dados. Ele retira e complementa informações de fontes diversas, criando

hipóteses para desenvolver uma expectativa sobre a dinâmica dos

negócios.

Aplicada à gestão dos negócios, a Inteligência Organizacional traz soluções por


meio da integração baseadas nas diretrizes do saber (teoria da cognição), do ser e
conviver (teoria humanista) e do saber fazer (teoria sociocrítica). Ela está
presente em pessoas que formam a organização com profundo conhecimento de
suas potencialidades e limites.

Podemos considerar esse modelo de inteligência como um valor estratégico


inflexível dentro das empresas, chegando ao ponto de fazer parte do modelo de
gestão, em que as suas funções organizacionais se alinham com o uso da
tecnologia da informação e de seus recursos. Contempla ainda as ideias sobre
modelagem estratégica de negócios, de inovação, de competitividade e de
inteligência competitiva. Portanto, o seu conceito mais sucinto é o somatório destas
ideias.

Introdução ao Ciclo de

Inteligência Competitiva

As empresas, em um aspecto geral, têm passado por mudanças significativas na sua


composição estrutural, em seus processos internos e até na sua dinâmica, graças as
constantes alterações nos ambientes de negócio. Tais alterações, segundo o
entendimento de Paim & Barbosa (2003), se dão em um espaço externo às
organizações e resultam da relação existente entre as inovações na tecnológica e as
modificações no âmbito socioeconômico, que ocorrem na sociedade. Analisando
esse cenário, as organizações empresariais têm dispendido esforço com o objetivo
de se atentarem para essas transformações e compreender as suas influências nos
negócios, além da busca incessante por informações, geralmente captada nos
processos de tomada de decisão.
É importante que as organizações instituam práticas no sentido de monitorarem o
seu ambiente de negócios. Estas ações, conhecidas como Monitoramento
Ambiental, associam alguns conceitos, dentre eles o de Inteligência Competitiva
(IC), também conhecida como Estratégica e Empresarial, a depender do contexto
em que são inseridas. Essa área, segundo Gomes e Braga (2006), é uma das mais
procuradas dentro das empresas, já que ela se ocupa em verificar as mudanças
ocorridas no ambiente competitivo para evitar surpresas em seus negócios. Para
Lodi (2005), a Inteligência Competitiva tem como principal objetivo, quanto ao
estabelecimento das estratégias corporativas, fornecer auxílio na definição e
avaliação contínua dos cenários considerados prioritários pelo planejamento. Isso
ocorre através da análise de previsões que geram estratégias relevantes para um
posicionamento competitivo da empresa.

A Inteligência Competitiva se ocupa também em monitorar os movimentos das


concorrentes, observando o grau de recursos e capacidades que a mesma possui.
Porém, além disso, é importante entender que a IC procura avaliar o ambiente de
maneira geral, para se antecipar a transformações ocorridas a nível macro ou
industrial. É um processo de avaliação contínuo e interativo que coleta, analisa e
dissemina informações importantes na tomada de decisões empresariais e deve ser
desenvolvido de maneira sistemática dentro das organizações.

A compreensão destes processos ocorre, segundo Miller (2002) e Bernhardt


(2004), através do Ciclo de Inteligência, que se subdivide em quatro fases:

Estabelecidas estas diretrizes, os fatores essenciais para a implantação bem-


sucedida do processo de Inteligência Competitiva estão relacionados,
primeiramente ao Regionalismo, em que, quanto maior a globalização do assunto
pesquisado, mais complexa será a captura de informações específicas. Em seguida,
o Dinamismo, já que a exatidão das informações obtidas está ligada a um grau de
dinamismo menor. A Regulamentação, que observa a participação dos órgãos ou
instituições envolvidas, pois, não havendo clareza na prestação de contas das suas
atividades, a coleta de informações mais específicas se trona mais difícil.

Por fim, a Concentração que considera que, quanto menos agentes atuarem no
tema envolvido, mais fácil fica o recolhimento das informações específicas e a
Integração, que considera que o controle elevado dos agentes dificulta na obtenção
das informações específicas.

USO DA INFORMAÇÃO PARA


TOMADA DE DECISÃO
Existe um consenso entre os teóricos em gestão de que as decisões baseadas em
informação devem levar em consideração não apenas a quantidade, mas sim a
qualidade da informação produzida. Podemos observar que o comportamento de
uma organização é diretamente afetado, em termos de eficácia e eficiência, pela
qualidade das decisões, as quais, por sua vez, são influenciadas pela qualidade das
informações geradas, agindo como um processo integrado e sistêmico. Pode-se
considerar que as atividades desempenhadas pelos gestores e as informações
obtidas estão intimamente relacionadas, já que é atribuição deles tomar decisões
rotineiras com o objetivo de planejar o futuro.

As informações adquiridas conseguem atender dupla função estratégica dentro das


organizações: analisar os ambientes externo e interno, além de verificar a sua
atuação nesses ambientes. Existe uma relação de dependência intrínseca entre a
informação gerada e a tomada de decisão pela administração, em que a tecnologia
serve como uma fonte essencial na aquisição de informações, tornando-as
rotineiras dentro dos ambientes organizacionais. Portanto, conclui-se que, a mera
quantidade de informação não significa, necessariamente, em melhores tomadas de
decisão, entretanto, a tecnologia utilizada possui habilidade em aprimorar a
qualidade informacional, impactando diretamente no sucesso gerencial.

As vantagens competitivas geradas pela qualidade das informações, auxiliam na

competitividade empresarial e na criação de uma rede de contatos entre pessoas,

que auxiliam no compartilhamento das informações e consequentemente na

disseminação do conhecimento. Embora crie-se uma certa soberania sobre a

importância da informação, atribuindo a ela uma função quase que indispensável

ao ciclo de vida de uma empresa, é visível a sua importância. Para tanto, existe

uma preocupação sobre os processos de aquisição, administração e segurança a

respeito da informação organizacional.

Sistemas Transacionais

Sistemas de Informações podem ser definidos como todo sistema que cria,
armazena e manuseia informações, fazendo uso da tecnologia ou não. Tem como
principal meta, criar condições para a tomada de decisões nas empresas, sempre
visualizando as principias atividades exercidas nas organizações públicas e
privadas.

Assim como na Biologia, esse conceito tem aplicabilidade em qualquer sistema


presente nas diversas áreas do conhecimento, pois consegue apresentar o
funcionamento de um sistema de maneira geral.

INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DOS


SISTEMAS

Dentro de um contexto organizacional, a Teoria de Sistemas aborda um conjunto

de ideias que podem ser esclarecidas sob alguns aspectos. A produtividade da

empresa, por exemplo, está intimamente relacionada ao papel funcional que o

homem desempenha e através dele que as pessoas se relacionam. Outro aspecto é o

conflito gerado por conta desses papeis que as pessoas representam dentro da

organização e das expectativas criadas muitas vezes frustradas, em relação à

atuação do outro. Importante lembrar também o equilíbrio, promovido de forma

integrada à estabilidade que a empresa deseja alcançar entro do seu ambiente.

Diante destes pressupostos, é possível verificar que as análises dos sistemas

múltiplos existentes no mundo só conseguem produzir um efeito relevante a partir

da integração entre si.

CLASSIFICAÇÃO E MODELOS DE

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
// Modelo hierárquico

Pioneiro como modelo de dados, o seu desenvolvimento ocorreu graças a um


estabelecimento de discos de arquivamentos endereçáveis, já que estes permitiam a
manipulação de sua estrutura de endereçamento físico para possibilitar uma
estruturação hierárquica das informações. Os dados são dispostos em hierarquias
ou árvores, nas quais cada hierarquia apresenta ocorrências de registros. Registro é
um conjunto de atributos, que contém apenas uma informação. Como
nomenclatura baseada na hierarquia, o registro que origina os outros é classificado
como registro-pai, os outros são chamados de registros-filhos.

// Modelo em redes

O modelo em redes surgiu como uma continuação do modelo hierárquico,


eliminando seu conceito de hierarquia e possibilitando que um mesmo registro se
envolva com diversas associações. Nesse modelo, os registros são dispostos em
gráficos, vinculados a um único tipo de associação (set), no qual se estabelece uma
relação entre o proprietário e membro, que são dois tipos de registro. Uma
conceituação definida pelo gerenciador Data Base Task Group (DBTG) da
CODASYL (Committee on Data Systems and Languages), consolidou normas para
este modelo de banco de dados, através da adoção de uma linguagem própria, com
o objetivo de definir e manipular os dados.

Diante do fato de que os dados possuíam uma independência física limitada, a


única certeza era de que o sistema poderia reaver os dados para as aplicações, da
maneira em que são indicadas nos esquemas.

// Modelo relacional

O modelo relacional é um modelo que surgiu devido às necessidades do aumento da


liberdade dos dados dentro dos sistemas gerenciadores de banco de dados; gerar um
conjunto de funções sustentadas na álgebra relacional para o arquivamento e
recuperação de dados; viabilizar processamento exclusivo. São mais flexíveis e
adaptados para a solução de problemas que se apresentem em nível de compreensão e
implementação da base de dados.

A estrutura do modelo relacional é constituída por tabela (relação). Uma relação é


formada por um ou mais atributos (campos) que indicam quais os tipos de dados serão
arquivados. Esse modelo é composto ainda por linhas (instância), em que cada linha
do esquema representa uma tupla (registro).

// Modelo Orientado a Objetos


O modelo de bancos de dados orientados a um objeto se tornou comercialmente
viável a partir dos anos 80. Seu surgimento ocorreu por causa dos limites de
arquivamento e a disposição semântica observada no modelo relacional. A
habilidade para criar os tipos de dados necessários é uma característica das
linguagens de programação orientadas a objetos. Contudo, esses sistemas
necessitam guardar representações das estruturas de dados que utilizam no
armazenamento permanente.

CONCEITOS DE PLANEJAMENTO DE
SISTEMAS

Segundo Amaral (1995, p. 8), “é uma atividade das organizações que define o
futuro desejado para os seus sistemas, o modo como deverão ser suportados pelas
tecnologias da informação e ainda a forma de concretizar este suporte” (1995, p.
8). O planejamento de sistemas é uma atividade difícil e com objetivos variados e
de natureza holística.

O planejamento de sistemas visa de imediato a busca de eficiência no ambiente


interno em níveis mais elevados. Para isso, conta com a produção de uma base
informacional capaz de gerar o bom andamento da operação e de seu
gerenciamento. Outro fator importante é entender como este mesmo planejamento
administra as informações oriundas do ambiente externo, que pode ser o mercado
ou até mesmo a própria sociedade.

Naquilo que se refere aos recursos de tecnologia da informação, o planejamento se


insere ao ponto de dar suporte aos sistemas de informação da organização. Por fim,
o planejamento auxilia no uso da informação de maneira estratégica para obter
vantagens competitivas diante dos concorrentes, considera-se também, que o PSI
age como parte integrante do planejamento estratégico das empresas. Furlan (1991)
define que o planejamento de sistemas deve definir, inicialmente, o negócio antes
dos sistemas, e Amaral (1995) afirma que PSI desencadeia mudanças
organizacionais importantes, principalmente nos recursos humanos.

Sistemas de apoio à decisão


Stair e Reynolds definem os sistemas de apoio à decisão (SAD), “é um conjunto
organizado de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos
utilizados para ajudar a tomar decisões que solucionem problemas” (2013, p. 226).
O SAD apresenta um conjunto de características importantes na tomada de decisão.

Esse sistema consegue fornecer acesso mais rápido à informação que,


simultaneamente, lida com um volume robusto oriundo das fontes diversas e
fornece uma flexibilidade na apresentação dos mesmos.

CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS

// Sistemas de Informação Gerencial

Segundo a teoria defendida por Kroenke, os Sistemas de Informação Gerencial


(SIG’s) “consistem no desenvolvimento e uso de sistemas de informação, que
ajudam as empresas a alcançar suas metas e objetivos” (2012, p. 29). Esse conceito
envolve a ideia de desenvolvimento, sistemas de informação e metas nos negócios.

Esse sistema transmite informação na forma de relatórios ou exibições para


gerentes e profissionais de negócios. Informações instantâneas sobre dados
comerciais ou relatórios de vendas, por exemplo, podem ser obtidos pelos gerentes
de vendas através dos seus computadores em rede e navegadores, graças à
velocidade da informação.

// Sistemas de Informação Executiva

Os Sistemas de Informação Executiva são responsáveis por fornecer aos gerentes


e executivos uma maior agilidade e praticidade no processo de consulta da
informação. Eles têm, como base de referências, os fatores internos e externos, que
podem vir a contribuir com o planejamento estratégico, como, por exemplo, as
ações dos seus concorrentes, os sistemas de fácil acesso ao desempenho do seu
negócio, entre outros.

// Sistema de Automação de Escritório – SAE

Trazendo o conceito mais amplo sobre automação, podemos defini-la como a


redução do trabalho realizado pela mão de obra humana e substituída por
computadores, trazendo um ganho em eficiência e velocidade. Neste contexto, a
Automação de Escritório se conceitua como a utilização de ferramentas de
informática e softwares com o objetivo de criação, coleta, armazenamento,
manipulação e retransmissão digital das informações pertinentes para a realização
de tarefas e atingir metas em escritório.

Manipular e gerenciar documentos, tais como editores de texto, agendas eletrônicas


ou gerenciadores de banco de dados, são funções do SAE. Elas ajudam na
programação, nas atividades e melhoram na comunicação. As funções que
integram o sistema AE são:

Gerenciamento de atividades básicas, tais como:

Preparação e recuperação de documentos, que podemos citar:

Apoio à decisão, por exemplo:

Comunicação, que pode ser visualizado:

O SAE tem por característica uma baixa capacidade analítica, entretanto utiliza
softwares gráficos em níveis avançados e que podem emitir gráficos e dados
originado de diversas fontes imediatamente, para o chamado Executivo Sênior.
Elas adotam interfaces gráficas com certo grau de facilidade de uso, devido ao fato
do Gerente Sênior não possuir experiência no que se refere a Sistema de
Informação baseado em computador.

Interaja com a dinâmica abaixo:

SINTETIZANDO
Nesta unidade, foi apresentado o conceito de dados, que nada mais é que um
elemento no seu estado bruto, que pode ser representado por imagens, caracteres
ou conjunto de caracteres, formas até mesmo números. O dado, por si só, não
representa nenhuma relevância para a pessoa que analisa, pois não pode levar a
uma informação.

Foi explanado, também, os tipos de dados existentes (dados estruturados, dados


semiestruturados e dados não estruturados) e como poderemos gerir esses dados,
afim de estruturá-los, relacioná-los e também armazená-los.
Apresentamos o conceito de informação que, de maneira geral, trata-se de um
conjunto de dados estruturados afim de gerar uma relevância e obter um sentido.
Essa informação pode ser classificada em: Cientifica, Tecnológica, Estratégica e
de Negócios. É importante atentar-se a cada uma de suas caraterísticas, pois, são
detalhes que as diferenciam. Finalizamos esse tema abordando a utilização da
informação como principal combustível para a tomada de decisão dentro das
organizações empresariais e industriais.

O conhecimento foi definido como a formalização mais elaborada do conjunto de


informações geradas diariamente e muitas vezes, aleatoriamente, que podem ser
disseminadas entre as pessoas e as corporações empresariais.

A classificação dos sistemas, possui, grande relevância, porque auxilia no


planejamento empresarial além de ser o suporte a tomada de decisões.

Por fim, a inteligência, delimitamos o conceito de inteligência, que através da sua


multiplicidade de ações, desenvolve papel essencial dentro das organizações e
como principal ponto de suporte a tomada de decisão.
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