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Modelos de Cálculo de Vigas de Concreto Armado Reforçadas ao Cisalhamento com PRFC View project
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Novembro/2016
Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
1 INTRODUÇÃO
Esse capítulo tem como objetivo dar ao estudante algumas orientações para a utilização do
programa SAP 2000, apresentando basicamente os comandos principais do programa e
ilustrando sua aplicação com alguns exemplos propostos, com um aumento gradual do
nível de complexidade da estrutura.
Cabe ressaltar, que esta apostila não tem o objetivo de ensinar por completo o uso do
SAP 2000, o objetivo é fornecer ao estudante um texto que facilite o aprendizado para que
possa ser aplicado no Projeto Piloto da disciplina de Concreto Armado. Ressalta-se ainda,
que o uso do programa não é obrigatório na disciplina nem no Projeto Piloto. Para
informações mais detalhadas sobre o programa, recomendamos que consulte o manual do
programa.
O SAP 2000 é um software de análise estrutural baseado no Método dos Elementos Finitos
(MEF). A versão do SAP utilizada como referência para a elaboração deste capítulo é a
14.0.0, e admite um comportamento não-linear para a estrutura. Porém as análises
realizadas no presente trabalho serão apenas admitindo um comportamento linear-elástico,
para a determinação das solicitações nas estruturas ou elementos estruturais utilizados nos
exemplos.
Existem softwares mais versáteis que o SAP 2000 que utilizam o Método dos Elementos
Finitos, como por exemplo o ANSYS, MIDAS, ATENA e DIANA, e devido à sua interface
extremamente amigável o SAP 2000 torna-se uma ferramenta interessante para o ensino de
estruturas tanto na Arquitetura quanto na Engenharia Civil.
Embora existam softwares mais completos, o SAP 2000 ainda é bastante utilizado por ser
um programa bastante flexível, com um processador de cálculo bastante eficiente. Do ponto
de vista didático, ele é bastante interessante, pois a versão fornece os esforços para a
estrutura, deixando a cargo do usuário o dimensionamento e detalhamento, que são os
objetivos da disciplina de Concreto Armado.
O SAP 2000 é um programa bastante flexível, onde é possível modelar desde vigas
simples, pórticos complexos em 3D, estruturas laminares como lajes e cascas, estruturas
tridimensionais como treliças espaciais. Ele permite ainda considerar carregamentos
diversos, esforços dinâmicos, efeitos de gradiente de temperatura e pressões, analisar
esforços devidos a deslocamentos impostos (como o recalque de uma fundação, por
exemplo), permitindo até a simulação com concreto protendido.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
3 ENTRADA DE DADOS
A primeira etapa a ser realizada é a definição das unidades utilizadas na análise e escolha
do modelo a ser utilizado. O SAP 2000 não inicia com unidades pré-definidas, portanto é
necessário padronizar as unidades de entrada para que os resultados saiam todos nas
mesmas unidades. Como exemplo pode-se utilizar unidades em kN, m, ºC, e os resultados
sairão nas mesmas unidades ou combinações destas (kN, kN/m2, kN.m). Para definir as
unidades o usuário deve alterá-las na parte inferior à direita ou no momento da definição de
um novo modelo (New Model).
O modelo Grid Only simplesmente irá desenhar uma malha de referência para a
modelagem da estrutura ou elemento estrutural. O usuário deverá escolher o numero de
espaços e espaçamento entre as linhas na unidade escolhida. A direção Z por padrão é a
direção da gravidade.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Cabe ressaltar que todos os dados de entrada também podem ser inseridos por meio de um
arquivo de entrada de dados, porém realizaremos a modelagem de modo iterativo, a partir
dos comandos a serem apresentados a seguir.
Esta definição é feita pelo comando Define/Materials, após a seleção dos elementos que se
deseja fazer a definição. O usuário poderá ajustar o peso específico, módulo de elasticidade,
resistência à compressão, coeficiente de Poisson, coeficiente de expansão térmica do
material considerado. Como estamos tratando estruturas de concreto armado, então
deveremos escolher o material CONC e ajustar as suas propriedades clicando em
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
O elemento FRAME é utilizado para modelar elementos estruturais com barras (vigas,
pilares, pórticos, etc.). Para a devida consideração das rijezas dos elementos e do correto
peso próprio do modelo, é necessário se fazer a definição das propriedades das barras do
modelo.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Da mesma forma como necessário a definição das propriedades das barras, é necessário
fazer a definição dos elementos SHELL para a correta modelagem do elemento estrutural.
O elemento SHELL é utilizado para a modelagem de elementos laminares, como placas,
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cascas e lajes, gerando uma malha de elementos finitos definida pelo usuário. Usaremos o
elemento SHELL para a modelagem de lajes de concreto armado.
No campo Material, o usuário deve selecionar CONC para concreto. Em Area Type,
deve-se selecionar SHELL, pois considera um elemento com dois graus de liberdade:
rotação e translação, capaz de suportar forças e momentos. No campo Thickness o usuário
deve colocar o valor da espessura do elemento no campo Bending e repetir o mesmo valor
no campo Membrane.
Finalmente no campo Type, o usuário deverá selecionar o campo Shell - Thin, sendo mais
adequado para a modelagem de lajes usuais de concreto armado.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
4 MODELAGEM
O usuário pode criar barras diretamente sobre a malha de referência com o comando
Draw/Draw Frame/Cable/Tendon, que cria barras ao clicar do mouse no cruzamento das
linhas de referência, ou Draw/Quick Draw Frame/Cable/Tendon, que vai modelar as
linhas de referência selecionadas como barras.
Uma maneira de se discretizar uma malha de elementos SHELL é usando o comando Draw
Rectangular Area, bastando clicar em 2 pontos da malha de referência, formando um
retângulo. Para se discretizar uma malha irregular usa-se o comando Draw Poly Área,
clicando em pontos da malha de referência e formando o elemento. Por fim, pode-se
discretizar o elemento clicando-se dentro da malha de referência, com o uso do comando
Quick Draw Area.
Vale ressaltar que existem comandos que facilitam ainda mais a discretização. Digamos
que temos uma malha de referência de 1000 linhas na direção X e 1000 linhas na direção Y
e desejamos discretizar cada retângulo formado pelas linhas de referência com um elemento
SHELL. A solução é criar um elemento retangular usando o comando Draw Rectangular
Area apenas no contorno da malha de referência. Em seguida é selecionado o elemento
com um clique usando o botão esquerdo do mouse e usa-se o comando Edit/Edit
Areas/Divide Areas. Abre-se então uma janela e o usuário poderá escolher em definir o
numero de elementos em cada direção ou até mesmo fazer com que seja criado um
elemento coincidindo com a malha de referência (Figura 7).
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
A adição de carregamentos é feita clicando no botão Add New Load Pattern após o
preenchimento dos campos da janela. Percebe-se na Figura 8 que o campo Self Weight
Multiplier tem valores 0 e 1. Utilizamos 1 para as cargas permanentes e 0 para as cargas
acidentais. Ou seja, o SAP 2000 apenas considerará o peso próprio quando o campo Self
Weight Multiplier for igual a 1 e não levará em consideração quando este for igual a zero.
Após a definição dos casos de carregamento podemos criar diversas combinações de carga
a serem consideradas na modelagem. Poderíamos fazer a seguinte pergunta: “Quais seriam
as solicitações em uma viga considerando a carga permanente e 70% da sobrecarga total?”.
Definindo então uma combinação de carga, poderemos facilmente obter a resposta desta
pergunta.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Esta ferramenta é muito importante, pois poderemos saber qual a pior situação que uma
estrutura está submetida, levando-se em consideração todas as combinações possíveis, e em
seguida fazer o dimensionamento da estrutura.
Após a modelagem das barras, deveremos aplicar as cargas atuantes utilizando o comando
Assign/Frame Loads, após a seleção da barra que receberá o carregamento, selecionando
Point para a aplicação de cargas concentradas e Distribuited para aplicação de cargas
distribuídas, dentre outras. Existe ainda a possibilidade de se considerar o efeito da
temperatura e protensão na barra, mas não será abordado neste trabalho.
Para inserir uma carga concentrada de forma absoluta em relação à origem da barra, deve-
se digitar a distância em relação a origem no campo Distance e o valor da carga no campo
Load. A Figura 10 mostra um exemplo de aplicação de uma carga concentrada permanente
de 10 kN a uma distância absoluta de 2 metros em relação ao nó inicial, na direção da
gravidade.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para inserir uma carga concentrada relativamente à origem da barra, deve-se digitar a
distância em porcentagem do comprimento, ou seja, uma carga no meio da barra deve ser
inserida da seguinte forma: no campo Distance digita-se 0,5 e no campo Load digita-se o
valor desejado da carga.
Para inserir uma carga distribuída deve-se selecionar o caso de carregamento, a direção de
aplicação da carga e no campo Uniform Load coloca-se o valor desejado, caso seja
considerada uma carga distribuída uniforme em toda a extensão da barra. Caso haja
variação da carga distribuída na barra, deve-se utilizar o campo Trapezoidal Loads e fazer
a inserção. A Figura 11 mostra um exemplo de aplicação de carga uniformemente
distribuída permanente de 20 kN.m numa barra, na direção da gravidade.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para aplicar uma carga no sentido contrário ao da gravidade, por exemplo, utiliza-se a carga
com um valor negativo. Vale ressaltar que a carga pode ser adicionada com uma carga já
existente, substituída, ou apagada, bastando apenas clicar na opção desejada no campo
Options.
Para a aplicação de carga distribuída num elemento SHELL, deve-se utilizar o comando
Assign/Area Loads após a seleção dos elementos que receberão a carga distribuída,
seguindo do comando Uniform. Existem ainda a possibilidade de se considerar uma carga
de pressão de superfície, poropressão e temperatura, dentre outras, porém não será
abordado neste trabalho.
Vale ressaltar que a carga pode ser adicionada com uma carga já existente, substituída, ou
apagada, bastando apenas clicar na opção desejada no campo Options.
Este comando é muito útil quando se deseja alterar as propriedades ou aplicar cargas. Foi
mostrado anteriormente como fazer a aplicação de cargas em barras e em elementos de
área, agora iremos mostrar como alterar as propriedades de uma barra ou de um elemento
de área.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Digamos que na modelagem um elemento de barra ou de área foi discretizado com uma
seção diferente da desejada e queremos ajustar este elemento. Para resolver o problema
selecionamos a barra ou o elemento de área e executamos o comando Assign/Frame/Fame
Sections ou Assign/Area/Sections. Após este procedimento uma tela surgirá e pode-se
escolher, adicionar ou modificar as propriedades existentes, ajustando a seção
corretamente.
5 EXEMPLOS
- Malha de Referência
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
- Propriedades da Barra
- Casos de Carregamento
Consideraremos a carga distribuída como sendo uma carga permanente para facilitar a
aplicação. Clica-se em Define/Load Patterns e verificamos se o campo Self Weight
Multiplier está com o valor 1 e se o Load Name está definido como DEAD.
- Modelagem
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Existem ícones que definem os apoios de forma rápida, bastando apenas clicar no ícone
adequado. A Figura 14 mostra a janela para a seleção dos apoios das vigas, com a seleção
do apoio do 2º gênero, como exemplo.
Iremos agora fornecer ao programa quais os casos de análise que serão considerados.
Clicando em Define/Load Cases o programa abrirá uma tela com os casos de
carregamento. Como estamos apenas querendo o caso de carregamento que considere a
carga DEAD, então apagamos o restante. Essa função do programa é para que o usuário
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
forneça os casos que poderão ser selecionados mais adiante ou faça alguns ajustes
necessários.
- Análise da Viga
Finalmente iremos fazer a análise dos esforços na viga. Para isso será necessário fornecer
ao programa o tipo de análise a ser realizada. Clicando em Analyze/Set Analysis Options
uma janela é aberta e selecionam-se os graus de liberdade que serão considerados na
análise.
No caso da viga em questão, utilizaremos a análise de pórtico plano, que considera rotações
em torno do eixo Y (RY), deslocamentos em relação ao eixo X (RX) e deslocamentos em
relação ao eixo Z (RY). Essa etapa é de grande importância, pois deveremos escolher a
análise adequada para evitar resultados inadequados. Se por acaso o campo RY não for
marcado nesta análise, por exemplo, haverá um engaste nos apoios, o que não pode
acontecer, por causa dos apoios adotados que são rodulados. Para facilitar a seleção dos
graus de liberdade, pode-se clicar no ícone Plane Frame, em Fast DOFs (graus de
liberdade rápidos), pois este considera a análise somente no plano XZ, que é o caso da
nossa viga em questão. A Figura 16 mostra a seleção dos graus de liberdade a serem
considerados.
Vale ressaltar que para um elemento de viga bi-apoiada não é necessário marcar todos os
graus de liberdade citados anteriormente.
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- Executando a Análise
Clicando-se em Run/Do Not Run Case após a seleção do caso, pode-se escolher se o
programa deve fazer a análise ou não. Essa ferramenta serve para escolher uma análise ou
um grupo de análise em separado, por exemplo, poderemos analisar só a carga DEAD ou a
LIVE, ou ambas, de acordo com a necessidade.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para saber qual é a direção dos eixos, basta clicar em View/Set Display Options e
selecionar o campo Local Axes, em Frame/Cables. Selecione a vista 3D e os eixos
aparecerão no modelo. O eixo vermelho é o eixo 1, branco é o eixo 2, e o eixo azul é o eixo
3.
Após obter um diagrama, basta clicar na barra com o botão direito do mouse e aparecerá
uma janela com todos os diagramas da viga, inclusive a flecha calculada. A Figura 19
mostra os diagramas da viga que foi modelada com os valores máximos selecionados
(Show Max).
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- Carregamento:
Peso Próprio = Pp = 25× (0,4 × 0,12) = 1,2kN / m
Carga Distribuída = q = 50kN / m
Carga Total = qtot = 50 + 1,2 = 51,2kN / m
- Momento Fletor:
ql 2 51,2 × 2 2
M MAX = = = 25,6kN .m
8 8
- Esforço Cortante:
ql 51,2 × 2
VMAX = = = 51,2kN
2 2
- Flecha:
E = 25 × 10 6 kN / m 2
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bh 3 0,12.0,40 3
I= = = 0,00064m 4
12 12
2
5ML 5 × 25,6 × 2 2
f = = = 0,000666m
48 EI 48 × 25000000 × 0,00064
Verifica-se que os valores são os mesmos dos calculados com o SAP 2000, exceto uma
pequena diferença no cálculo da flecha.
Dados:
Pilares de 12 cm x 40 cm
Vigas de 12 cm x 30 cm
Carga de Utilização = 10 kN/m
Carga Concentrada = 10 kN
Carga de Vento = 3 kN/m (Direção Y – Perpendicular ao pórtico)
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Verifica-se na Figura 20 que não aparece a carga de vento, pois está perpendicular ao eixo
X do pórtico. Esta carga será aplicada uniformemente distribuída em todas as barras com o
valor de 3 kN/m.
Grid Spacing
X direction: 7,35
Y direction: 1
Z direction: 4
Percebe-se que será necessário acrescentar mais linhas verticais na direção X, que será feito
da seguinte forma:
- Seleciona-se a vista XZ, clica-se na tela com o botão direito do mouse e em seguida em
Edit Grid Data;
- Clica-se em Modify/Show System;
- Seleciona-se a direção X e adicionam-se linhas na direção X = 12,1 e X= 19,45;
Os elementos estruturais serão definidos como sendo de concreto. Para isso será utilizado o
comando Define/Materials e em seguida Add New Material, ajustando-se as seguintes
propriedades do concreto:
- Propriedades da Barra
Será definida a seção da viga e do pilar como sendo elementos de barra, clicando-se em
Define/Section Properties/Frame Sections, seguido de Add New Property e seção
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para a definição dos pilares, segue-se o mesmo procedimento, apenas ajustando o item
Reinforcement, no campo Concrete e clica-se em Column para o pilar. Finalmente o
programa salvará então a seção FSEC2 para ser usada posteriormente.
- Casos de Carregamento
- Modelagem
A etapa de modelagem segue os mesmos passos realizados no exemplo anterior, exceto que
as barras de pilares deverão ser modeladas com a seção FSEC2 e as vigas com a seção
FSEC1, definidas anteriormente.
Finalmente, para a aplicação das cargas concentradas no meio do vão das vigas externas,
selecionam-se somente as barras horizontais externas e clica-se em Assign/Frame Loads/
Point. Antes de colocar os valores das cargas e distância, seleciona-se Relative Distance
From End-I, o campo Load Case Name para Live e o campo Options para Add to
Existing Loads. Coloca-se o valor 10 (10 kN) no campo Load e 0,5 no campo Distance. A
Figura 21 mostra a janela para aplicação de carga concentrada no meio da viga.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Iremos agora fornecer ao programa quais os casos de análise que serão considerados.
Clicando em Define/Load Cases o programa abrirá uma tela com os casos de
carregamento. Como estamos apenas querendo o caso de carregamento que considere a
carga LIVE e a carga WIND, então apagamos o caso MODAL e modificamos o caso
DEAD para LIVE. Essa função do programa é para que o usuário forneça os casos que
poderão ser selecionados mais adiante ou faça alguns ajustes necessários.
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- Análise do Pórtico
Finalmente iremos fazer a análise dos esforços no pórtico. Para isso será necessário
fornecer ao programa o tipo de análise a ser realizada. Clicando em Analyze/Set Analysis
Options uma janela é aberta e selecionam-se os graus de liberdade que serão considerados
na análise. No caso do pórtico em questão teremos deslocamentos em X, em Z e rotações
em relação ao eixo Y, ou seja, 3 graus de liberdade por nó. Opcionalmente, pode selecionar
diretamente, no campo Fast DOFs, a opção Plane Frame.
- Executando a Análise
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Selecionando o diagrama, podemos clicar nas barras com o botão direito do mouse e
obtermos os valores máximos e mínimos dos diagramas para serem usados no
dimensionamento.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para a modelagem das lajes, usaremos uma discretização simples, que não leve em
consideração as rijezas das vigas e pilares, somente para comparação com o processo de
Marcus. Vale ressaltar que para a obtenção de esforços que se aproximem mais do
funcionamento da estrutura real, o interessante é considerar a estrutura como um todo:
pilares, vigas e lajes com a suas devidas dimensões.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Grid Spacing
X direction: 2,925
Y direction: 4,85
Z direction: 1
- Casos de Carregamento
- Modelagem
Inicialmente serão inseridos os elementos SHELL, utilizando um para cada laje. Para a
inserção dos elementos clica-se em Draw/Quick Draw Area e em seguida, clica-se em
qualquer ponto dentro da malha de referência e serão criados os elementos principais.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Vale ressaltar que a definição dos tamanhos dos elementos depende de uma análise de
convergência, ou seja, deve-se verificar com quantos elementos a análise se torna confiável.
É feita então uma curva de valores obtidos nas análises, por exemplo: número de elementos
versus deslocamento central, e a partir dessa curva obtém-se o numero de elementos que
representa melhor o comportamento do elemento estrutural.
Um item importante que deve ser levado em consideração é que sempre deverá haver uma
conectividade entre os elementos, não podendo haver uma descontinuidade entre os
elementos para que a análise ser feita da maneira correta.
A definição das restrições dos apoios será feito para simular o apoio da viga, lembrando
que este modelo não contempla a deformação da viga, sendo o mais adequado para a
comparação com o Processo de Marcus. Os nós do contorno serão definidos com translação
no eixo Z e sem consideração da rotação, os nós da viga V104 serão definidos com
translação no eixo Z e rotação apenas no eixo 2 (eixo Y).
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para definir as restrições dos nós das vigas seleciona-se o nó e utiliza-se o comando
Assign/Joint/Restraints, ajustando a restrição adequada para a análise. A Figura 28 mostra
as lajes discretizadas no SAP 2000.
- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
Após a análise o programa apresentará a deformada das lajes e poderemos então selecionar
os resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
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O SAP 2000 usa as seguintes designações para a obtenção dos momentos fletores e
esforços cortantes para o elemento SHELL:
M11: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 1
positiva e negativa sobre o eixo 2.
M22: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 2
positiva e negativa sobre o eixo 1.
M12: Momento volvente por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento
na face 1 positiva e negativa sobre o eixo 1 e atuando na face 2 positiva e negativa sobre o
eixo 2;
MMAX: Máximo momento principal por unidade de comprimento atuando à meia altura
do elemento. Note que pela definição os momentos principais são orientados de tal forma
que os momentos torçores associados a estes são iguais a zero por unidade de comprimento.
MMIN: Máximo momento principal por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento. Note que pela definição os momentos principais são orientados de tal forma que
os momentos torçores associados a estes são iguais a zero, por unidade de comprimento.
V13: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 1 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
V23: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 2 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
VMAX: Força cortante maxima principal por unidade de comprimento atuando à meia
altura do elemento. Note que por definição o cisalhamento é orientado na face do elemento
de tal forma que o cortante associado perpendicular à face é igual a zero, por unidade de
comprimento. A Figura 29 mostra os eixos e faces de referência para a obtenção dos
esforços no elemento SHELL.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
A partir dessas designações poderemos obter, por exemplo, os momentos fletores das lajes
modeladas. A Figura 30 mostra o resultado obtido no SAP 2000 dos momentos fletores na
direção do eixo X (M11) e a Figura 31 mostra os momentos fletores na direção do eixo Y
(M22), com as unidades em kN e m, definidas anteriormente.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Vale ressaltar que os momentos obtidos são por unidade de comprimento. Como resposta
para o carregamento aplicado, temos:
Não analisaremos o esforço cortante nas lajes modeladas pois estes esforços são
relativamente baixos em lajes usuais de edifícios, que é o caso das lajes estudadas. Porém
para obter os esforços basta utilizar os comandos citados anteriormente.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Percebe-se que os valores estão bem próximos, com uma pequena diferença no valor de
Mxmax e Mymax. Uma análise mais apurada na convergência dos elementos poderia talvez
reduzir essa diferença, que no primeiro momento já apresenta bons resultados.
5.4 Marquise
O exemplo a seguir mostra a aplicação do elemento SHELL em conjunto com o elemento
FRAME. Será usada uma laje engastada na viga, representando uma marquise e pilares
servindo de apoio às vigas.
Carregamento na laje:
Sobrecarga = 0,5 kN/m2
Revestimento = 1,0 kN/m2
Altura média da laje (10+7)/2 = 8,5 cm
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
X direction: 3
Y direction: 2
Z direction: 2
Grid Spacing
X direction: 4,0
Y direction: 2,0
Z direction: 2,7
A seção da laje será definida como elemento SHELL e no campo Type também seleciona-
se apenas o campo SHELL, ajustando a espessura da laje para o seu valor médio, que é
0,085 (8,5 cm). Também existe a possibilidade de desativar o peso próprio no SAP 2000 e
considerar o peso próprio como carga uniformemente distribuída na laje. Vale ressaltar que
as tensões ao longo da laje serão aproximadas, pois não consideram a variação da
espessura, mas como queremos apenas os valores dos momentos máximos na ligação laje-
viga, é aceitável tal consideração.
O SAP 2000 não considera elementos SHELL variáveis. Uma maneira de aproximar os
resultados é colocar uma carga aproximada atuante em cada elemento, de forma que fique
uma carga mais aproximada possível da realidade. Por ser extremamente trabalhoso e
estarmos apenas mostrando a maneira mais prática de modelagem, usamos uma carga
uniformemente distribuída. Nota-se que os momentos serão um pouco maiores do resultado
exato, estando assim, a favor da segurança.
- Casos de Carregamento
- Modelagem
Inicialmente serão inseridas as barras dos pilares e da viga contínua. Usaremos FSEC1
(15 cm x 30 cm) para os pilares e FSEC2 (30 cm x 60 cm) para a viga contínua. A laje será
discretizada com o comando Draw Rectangular Area e discretizada posteriormente com
80 elementos na direção X e 20 elementos na direção Y. Clicando-se nos botões XY
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
Para que o SAP 2000 considere a deformação da laje em conjunto com a viga, deve-se
dividir a barra da viga de modo que os nós da laje e da viga coincidam. Usando o comando
Edit/Edit Lines/Divide Frames após a seleção da barra, pode-se dividir o frame para que
as deformações entre laje e viga sejam compatibilizadas. Com isso, seleciona-se cada
trecho de viga e faz-se uma divisão de cada viga em 40 trechos menores.
A restrição dos nós dos pilares é feita com o comando Assign/Joint/Restraints, definindo
um engaste no pilar. A Figura 28 mostra a marquise discretizadas no SAP 2000.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
Após a análise o programa mostrará a deformada das lajes e poderemos então selecionar os
resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
normal e momento torçor, basta clicar em Display/Show Forces/Stresses/Shells e
selecionar esforço desejado. A Figura 34 mostra o resultado dos momentos fletores na
direção Y (M22) em kN.m.
É possível também obter os esforços nas barras do pórtico com o comando Display/Show
Forces/Stresses/Frames/Cables e posteriormente em Torsion. A Figura 34 mostra o
momento torsor na viga.
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
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Análise Estrutural com o SAP 2000 - Prof. Carlos Eduardo Luna de Melo
DADOS:
Será necessário definir uma malha tridimensional para a correta modelagem dos pilares e
da laje cogumelo. Para a geração da malha de referência, clica-se em New, selecionando as
unidades utilizadas (kN, m, ºC), em seguida clica-se no modelo Grid Only, e finalmente
preenchem-se os campos da seguinte forma:
Grid Spacing
X direction: 5,0
Y direction: 5,0
Z direction: 4,0
- Casos de Carregamento
- Modelagem
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Inicialmente serão inseridas as barras dos pilares, definindo-se FSEC1 (30 cm x 30 cm)
para os pilares clicando-se em Define/Section Properties/Frame Sections, com uma seção
retangular. A laje será discretizada com o comando Draw Rectangular Area. Clicando-se
nos botões XY dividimos o elemento SHELL em 50 elementos na direção X e 50
elementos na direção Y, clicando-se inicialmente no centro do elemento SHELL e depois
em Edit/Edit Areas/Divide Areas. Clicando no botão YZ view inserimos os pilares
utilizando as linhas de referencia verticais, com o comando Draw Frame/Cable/Tendon.
Para facilitar a inserção dos pilares utilizam-se os comandos Move Up in List e Move
Down in List, que são facilmente localizadas na barra de ferramentas com o desenho de
uma seta para cima e para baixo.
A restrição dos nós dos pilares é feito com o comando Assign/Joint/Restraints, definindo
um engaste no pilar. A Figura 38 mostra a laje cogumelo discretizada pelo programa SAP
2000.
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- Executando a Análise
O procedimento é o mesmo para a análise dos exemplos anteriores. Para executar a análise
das lajes basta pressionar a tecla F5 ou clicar em Analyse/Run Analysis e finalmente em
Run Now. O programa então realizará a análise.
Após a análise o programa mostrará a deformada das lajes e poderemos então selecionar os
resultados a serem mostrados. Para obter o momento fletor, esforço cortante, esforço
normal e momento torçor, basta clicar em Display/Show Forces/Shells e selecionar esforço
desejado. A Figura 39 e a Figura 40 mostra o resultado dos momentos fletores da laje na
direção X (Moment 1-1) e na direção Y (Moment 2-2) em kN.m.
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Analisando os pilares podemos obter as reações nos apoios no topo e na base dos pilares.
Para a verificação da laje à punção é utilizada a reação no topo do pilar. A Tabela 5.1
mostra um resumo das reações na face inferior da laje (topo do pilar) .
A Tabela 5.2 mostra os momentos fletores positivos e negativos obtidos pelo programa
SAP 2000.
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Verifica-se que os valores das reações calculadas pelo TQS são bem próximos do calculado
com o SAP 2000, sendo praticamente insignificante a diferença. Esses valores, juntamente
com os valores dos momentos fletores atuantes, são fundamentais para a verificação da
resistência da laje à punção e à flexão. A Tabela 5.5 mostra os momentos fletores positivos
e negativos obtidos da grelha do TQS.
A Tabela 5.6 mostra a comparação dos momentos fletores positivos e negativos entre o
SAP 2000, TQS e Pórtico Equivalente do ACI.
Tabela 5.6 – Comparativo de esforços entre SAP 2000, TQS e Pórtico Equivalente do ACI.
Momentos Negativos (kN.m /m) Momentos Positivos (kN.m /m)
Faixa Pilar de Borda Pilar Central Vão Central
SAP TQS P. EQ. SAP TQS P. EQ. SAP TQS P. EQ.
Central -10.9 -5.0 -6.8 -28.8 -26.0 -20.8 14.6 7.0 10.4
Extremidade -8.6 -8.0 -6.4 -23.3 -20.0 -19.6 14.1 6.0 9.8
Observa-se que os resultados dos momentos fletores obtidos pela análise utilizando o SAP
2000 foi a que apresentou uma maior discrepância entre as demais. O motivo pelo qual o
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SAP 2000 não apresentou bons resultados deve-se, provavelmente, pela má discretização
da região de apoio do pilar, acarretando, como verificado no exemplo, pico de momentos.
Uma solução mais aproximada pode ser encontrada discretizando a região da ligação laje-
pilar com apoios. Vale ressaltar que esta discretização irá desconsiderar as rijezas dos
pilares, e que, em alguns casos, pode levar a resultados insatisfatórios.
Uma análise mais adequada seria a discretização dos pilares com elementos sólidos e a laje
em shell, mas que não será apresentado por não ser de fácil implementação.
Foi realizado um comparativo entre as reações da laje no topo dos pilares. A Figura 42
mostra o comparativo entre as reações da laje no topo dos pilares.
Figura 42 – Comparativo das Reações da Laje no Topo dos Pilares – SAP 2000 e TQS.
Reação da Laje no Topo do Pilar *
Pilar TQS (kN) SAP 2000 (kN)
Pilar Central -261 -253.0
Pilar de Borda -84 -85.5
Pilar de Canto -33 -32.3
* Sinal negativo indica compressão.
Em relação às reações da laje no topo dos pilares, verifica-se que os valores apresentados
pelo TQS e SAP 2000 são bem próximos, podendo ser utilizados com segurança para a
verificação da resistência da laje à punção, lembrando que para o cálculo da laje à flexão,
os valores da discretização apresentada levam a um dimensionamento exagerado da
armadura da laje à flexão.
É importante dizer que só aprender a utilizar o programa não quer dizer que a análise
resultará em resultados satisfatórios. É de suma importância a análise estrutural e a
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Nenhum programa é capaz de escolher uma análise mais adequada para uma estrutura real.
Se forem oferecidos dados incoerentes as respostas serão incoerentes. O importante é
sempre duvidar até ter a certeza de que os resultados efetivamente são bons. O profissional
deve estar preparado para tomar as decisões corretas para que a análise seja de boa
qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
BARES, R. - Tablas para el calculo de placas y vigas pared. Ed. Gustavo Gili., 1981.
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