Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Se você baixou esse livro de outro site que não for o Exilado [livrosdo-
exilado.org], saiba que essas pessoas de quem baixou apenas copiam
material de lá além de enganar seus visitantes pedindo doações para
fazer/postar seus “ebooks”.
R 484
Ribeiro, Estevão
A Corrente. / Estevão Ribeiro, autor; – São Paulo : Draco,
2010.
ISBN 978-85-62942-31-0
CDD-869.93
1a edição, 2010
Editora Draco
R. José Cerqueira Bastos, 298
Jd. Esther Yolanda - São Paulo - SP
9/463
CEP 05373-090
editoradraco@gmail.com
www.editoradraco.com
www.facebook.com/editoradraco
twitter: @editoradraco
Índice
Capa
Folha de rosto
Créditos
Índice
Prefácio – O futuro é um mistério que re-
solveremos por meio de fibras óticas
Prólogo
Capítulo 1 – ...Você não vai contrariar o pe-
dido de uma morta, vai?
Capítulo 2 – ... E se eu estiver sonhando
novamente?
Capítulo 3 – Ele olha para baixo, esperando
encontrar a menina jogando amarelinha no
lugar onde a viu antes, mas nem riscado o
chão está.
Capítulo 4 – ...Leda, Leda, Leda! Por que não
repassou o e-mail da Bruna?
11/463
Nazarethe Fonseca
19/463
Prólogo
Novembro de 2002
Tarde demais.
Olá.
Meu nome é Bruna e tenho dezesseis
anos. Gosto de trocar mensagens, con-
hecer pessoas pela internet e você foi
escolhido para ser o meu novo
amiguinho. Eu acredito que construire-
mos uma inesquecível história.
E para celebrá-la, eu lhe darei um
presente: passe este e-mail para sete
pessoas e eu lhe trarei muita sorte.
40/463
Ass.: Bruna
Olá.
Este e-mail foi mandado por uma
pessoa que gosta muito de você!
Quer ter sorte e fortuna? Passe este e-
mail para sete pessoas que todos os
seus desejos se realizarão!
Estudiosos comprovam que o ato de
mandar intenções de melhoras de vida
por e-mail para amigos faz com que as
pessoas se sintam bem-dispostas para...
Cinderel@ para
Romeuc@pixaba – Desculpa! Eu
tive alguns problemas.
Matador12 para todos – visitem meu
fotolog: www.matador12.fotolog.com.br!
Flor-RJ para Negão facim-facim –
Não, estou sozinha faz um tempão.
Linda-ES grita para Gostosinho – SE
ENXERGA MOLEQUE!!!!!!!!!!!!
Pau grande para Flor-RJ – Tá se
achando, né guria?
101/463
Oi.
Você não me conhece, mas mesmo as-
sim lhe ajudarei a conseguir o que
deseja. Tenho escrita abaixo uma sim-
patia que lhe trará um belo namorado.
Se você já tiver pretendente, ela ser-
virá para fazê-lo não desgrudar de
você.
Adeus.
alobato@superlink.com
cinderel@beta.com.br
gesserjr@superlink.com
ingrid.gatinh@master.com.br
jason13@yaman.com.br
keyman@dominiosmatrix.com.br
lilitop@liliworld.com
Bjão
Ingrid.gatinh@
Ass.: Bruna.
A polícia chegou.
Olá, Ingrid.gatinh@!
Como eu te disse, gostei muito de seu
blog. É divertido, moderno, bem ilus-
trado, em suma, é uma gracinha.
Gostaria muito de vê-lo atualizado
por muito tempo e lhe dou uma chance
de você continuar em condições de fazer
isso.
199/463
Ass.: Bruna.
vocecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavo-
cecondenousuafilhavoceconden-
ousuafilhavocecondenousuafilhavocecond
207/463
– “Olá.
Meu nome é Bruna e tenho dezesseis
anos. Gosto de trocar mensagens, de
fazer novas amizades pela internet e
você foi escolhido para ser o meu novo
amiguinho. Eu acredito que construire-
mos uma bonita amizade”.
– Percebi o quê?
– Dezesseis, Roberto! “Meu nome é Bruna
e tenho dezesseis anos”. Eu aparento ter
dezesseis anos?
Aquilo parece inconcebível, porém ele
aponta para a cama e indaga.
– Ela é Bruna?
– Também – responde a pequena, acari-
ciando com suas mãos a cabeleira despen-
teada da outra Bruna, enquanto olha para a
cara de interrogação de Roberto.
A pequena Bruna para de afagar a ad-
oentada e, por alguns segundos, emudece.
Ela o olha com certa impaciência, como se
lhe fuzilasse a alma. Seus olhos não são mais
carne, mas sim dois abismos prontos para
tragar o infeliz apavorado e desarmado que
ali se encontra.
Como por encanto, o olhar da garotinha
muda e ela volta a andar de encontro ao
hacker.
221/463
– Roberto.
Capítulo 11 – Bruna? É
você né? Você venceu! Me
mata logo!
Bruna.
– Em Andorinhas.
– O que você está fazendo nesse mangue,
Líli? – pergunta, surpreso.
– Só vou saber quando encontrar o
Roberto.
SENTE-
OU MO
SENTE-SE AGORA
OU MORRA DE PÉ!
Até já,
Bruna
Buu!
– Estranho...
– O-o quê? Do que você está falando?
O rapaz dá mais uns passos e percebe que
a quantidade de folhas aumenta drastica-
mente, chegando a envolver os seus pés.
– Essa sujeira no chão. O que será? –
indaga, abaixando-se para ver mais de perto.
– Roberto, assim você me mata de susto. O
lugar não está em reforma? Isso com certeza
é coisa dos pedreiros!
Ele se abaixa e toca nas folhas e amassa
um punhado entre os dedos, na esperança de
saber em que está pisando. De repente, sente
sua mão queimar.
– Ai, desgraça! – grita Roberto, sacudindo
a mão. Parece que apagara um cigarro em
sua palma, pois as folhas que estavam em
suas mãos chegam ao chão em cinzas.
– O que foi?
– Lídia, corre!
– O quê?!
– Mandei correr, Lídia!
375/463
– Mas...
– Isso não tem nada a ver com os pedreir-
os! – grita Roberto, ainda agachado olhando
para Lídia. – São penas! Penas de pombos!
Lídia não pode dizer que entende a de-
claração de Roberto, mas só o fato do chão
estar coberto de penas era o bastante para
não ignorá-lo. Seguindo esse raciocínio,
corre desesperadamente pelo caminho de
onde tinham vindo.
Roberto a segue numa velocidade menor,
devido ao ferimento no abdômen. Diminui o
passo e percebe o cheiro horrendo que se
assemelha a cabelo queimado começando a
tomar todo o lugar. Fumaça sai das penas,
que aos poucos vão ficando em brasa até
pegarem fogo. Ao ver que não conseguirá
sair dali, Roberto espalha com os pés as pen-
as mais próximas, ficando ilhado, cercado
por um tapete de chamas que cobre todo o
corredor.
376/463
– Amigo.
– Desculpa.
– Tudo bem. Não sei o que o senhor quer
exatamente. Não me lembro de nenhum de-
talhe novo e o senhor tem meu depoimento,
tá tudo registrado.
– Sim, tá aqui – responde o policial, tir-
ando o depoimento de uma pasta. – Mas eu
te garanto que tudo o que você falou até
agora te incrimina e vai te mandar direto pra
Mutum, menina!
– Como assim? Sei que tudo aponta para
mim, seu delegado, mas sou apenas mais
uma vítima. – Nem a menção ao principal
presídio feminino da região faz com que Lí-
dia diga algo diferente.
– Você quer mesmo que eu acredite que
seu “amigo” promoveu um massacre contra
várias pessoas e que você não sabia de nada?
– diz o delegado, levantando-se da cadeira,
após fixar fortemente as mãos na mesa.
444/463