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DADOS DE ODINRIGHT

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poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
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FINANÇA
BÁSICAS

PARA VOCÊ

1ª Edição

São Paulo
2017
Capa:

Gráfica Santos – 031-98409-7374

Revisão:

Editora Perse

© Márcio Barbosa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


(CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
__________________________________________________

Reis, Márcio Barbosa dos

Finanças básicas para você / Márcio Barbosa dos Reis.

1. ed. -- São Paulo: PerSe, 2017.

ISBN 978-85-464-0558-9

1. Finanças 2. Sistema financeiro 3. Bens 4. Bolsa de valores


5. Moeda. 6.

Bolsa de valores 7. Aplicações financeiras 8. Ativos 9.


Orçamento 10. Crediário 11. Governo 12. Cooperativa

I. Título.

14-12995 CDD-640

______________________________________________________
Índices para catálogo sistemático: 1. Economia
doméstica: Administração da família e do lar - 640

Sumário

1- Noções acerca do ambiente financeiro

2- Espécies de ativos

• Bens móveis

• A moeda do país

• Bens imóveis

3- Agentes do sistema financeiro

• O que é o Sistema Financeiro Nacional?

• O governo

• Instituições financeiras

• As bolsas de valores

• Os captadores de recursos

• Os investidores

• As cooperativas

4- Os quatro gês básicos das finanças

5- Algumas formas de investimentos

• Caderneta de poupança

• Ações de grandes empresas


• Ativos

• Aplicações financeiras

6- Formação do capital

• Orçamento

• Crediário

7- Autonomia financeira

“O dinheiro não é tudo, mas é parte de um todo”.

Márcio Barbosa dos Reis

“A Deus, criador de todas as coisas”

Introdução

O presente livro não é um curso de economia ou de


finanças, longe de tal pretensão. Ele é uma resenha
simplificada sobre o assunto financeiro, para todos os
leitores de qualquer idade.

Percebo que o assunto precisa ser mais e melhor discutido,


começando desde a menor idade e, nos mais diversos locais
como nas escolas, no seio familiar e nas diversas
associações, para que não seja de domínio exclusivo de
poucos, já que diz respeito a todos.

Finanças são um tema complexo, porém, fazem parte do


cotidiano de todas as pessoas. Elas têm tudo a ver com a
qualidade ou não da sua vida e devem merecer maior
atenção de sua parte.

Os assuntos aqui destacados são preliminares e darão uma


boa noção do cenário econômico em que você vive.
Segundo o renomado filósofo e psicanalista francês Jacques
Lacan, “ todo mundo sabe que não é necessário nem
suficiente compreender algo para que isto mude”. E
ntretanto compreendendo algo, você terá mais chances de
extrair o seu melhor.

Espero contribuir para a ampliação do seu interesse pelo


tema, assim como eu tenho procurado conhecê-lo um pouco
mais, e, desta forma, melhorar a rentabilidade dos recursos
financeiros que tenho obtido.
Boa leitura
“Se tens dificuldade em cumprir um intento, não penses
logo que seja impossível para o homem; pensa quanto é
possível e natural para ele, e que também pode ser
alcançado por ti. ”

Marco Aurélio

1Noções acerca do ambiente financeiro

A produção e a oferta de mercadorias, a prestação e


utilização de serviços, as compras, as trocas e os
empréstimos

são

as

principais

ações

que

movimentam economicamente o mundo. Essas ações fazem


as pessoas se deslocarem de um lugar para o outro, geram
empregos e produzem riquezas.

Tudo isso pode causar-lhe a sensação de algo longe de você


e de sua vida. Entretanto, você mesmo produz alguma
espécie de riqueza com o seu trabalho, sua mercadoria ou
seu serviço que em seguida se transforma em moeda, ou
seja, no seu dinheiro.
Você recebe um salário como pagamento ou remuneração
pela contraprestação daquilo que oferece; com ele você
realiza suas compras e seus investimentos.

Todo esse movimento do dinheiro está conectado ao grande


e complexo sistema financeiro nacional e internacional.

Você precisa saber que existe uma rede de ações focadas


no domínio, na concentração e na manutenção de uma
ordem econômica voltada para o enriquecimento de poucos,
em que os demais cidadãos têm acesso restrito à melhoria
da qualidade de vida e gozo de bens e de serviços
decorrentes da riqueza.

A organização britânica de assistência social Oxfam,


conforme reportagem da BBC Brasil, afirmou que, em 2016,
os oito maiores bilionários do planeta possuíam riqueza
correspondente à de metade da população mais pobre, o
equivalente a 3

bilhões e 600 milhões de pessoas.

Eu atribuo esse fenômeno à teoria da concentração ou da


sucção da riqueza. Essa teoria pode ser explicada de forma
simplificada como um conjunto de ações do mercado
econômico voltadas a retirar os recursos financeiros que
estejam na posse

da população para serem repassados a poucos e seletos


grupos econômicos. Dentre essas ações estão o estímulo ao
consumismo, a oferta crescente de inovações tecnológicas,
o aumento de tarifas públicas, a implantação de alta carga
de impostos sobre a população.

Essas ações de concentração retiram o dinheiro da


população, como disse, desde uma forte tributação, direta e
indireta, sobre a população até pelo incentivo ao
consumismo doentio, por meio de lançamentos frenéticos
de novos modelos de produtos. O dinheiro ao chegar ao
governo, no caso da tributação, ele vai para o mercado
econômico por meio de juros e outras medidas legais e até
ilegais, e, diretamente para o mercado econômico, pois a
maioria das vendas se dá por meio de poucos grupos
econômicos que são responsáveis pelo fornecimento dos
principais produtos de consumo.

Vejam os principais modelos de roupas, tênis, sapatos,


relógios, carros, bicicletas, celulares, notebooks, etc., e
como são poucos e fortes os grupos
fabricantes; muitas vezes um grupo é dono de vários
produtos.

Por que é importante saber isso? Para que você possa se


proteger, e proteger o seu dinheiro, fazendo compras

inteligentes

necessárias.

Evite

desperdícios, e, assim, faça render ao máximo o fruto do


seu trabalho, revertendo-o em seu benefício.
Você precisa estar consciente e atento ao modelo financeiro
para driblá-lo, ainda que minimamente, e, fazer multiplicar
seu dinheiro.

Não se pode pensar em trabalhar unicamente para


fortalecer o grande mercado financeiro, mas para fortalecer
a própria autonomia financeira, como parte importante da
sua liberdade. A Bíblia, no livro de Atos 20.35, ensina que
“mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.
Entretanto, para que

você possa dar algo, você precisar ter, e, preferencialmente


ter com sobra.

Fique atento: o dinheiro que você gera com o trabalho ou o


serviço que presta é cobiçado pelo grande capital
financeiro.

Esse sistema financeiro possui alguns atores, também


chamados no mercado de “players”: o governo, os
banqueiros, os grandes agentes investidores nos mercados
financeiros, as empresas e você.

O governo funciona como um maestro de uma orquestra.


Ele elabora a política econômica nacional e intervém no
mercado para assegurar a sua efetiva aplicação. A política
econômica contém as diretrizes para empresários e
trabalhadores as quais indicam como o governo vai tratar
de desenvolver o país.

Os

banqueiros

os
grandes

agentes

investidores se interessam na aplicação do dinheiro no


mercado, e com ela obter lucros. Com essa atuação,
procuram remunerar no mínimo possível seu dinheiro, e
maximizar os seus lucros, seja

empregando-o ou emprestando-o a juros mais altos, para o


governo, para empresas ou mesmo outras pessoas que o
desejarem.

Os

banqueiros

operam

por

meio

das

instituições

bancárias.

Essas

instituições

são

intermediárias na guarda e destinação do dinheiro que você


poupa. Para isso, elas ganham uma comissão, cobram
tarifas pelos serviços que prestam, e, quando for o caso,
recolhem o chamado Imposto sobre Operações Financeiras –
IOF, de competência do Governo Federal.

A referida intermediação se dá quando ocorre o repasse do


seu dinheiro para outro agente, já que você não opera no
mercado financeiro, portanto, não sabe quem deseja e está
à procura de um empréstimo.

Os grandes agentes investidores em mercados financeiros


são os milionários e, agora, os bilionários que se encontram
à procura de local para aplicar seu capital (dinheiro), em
empresas e, ou, em outras atividades econômicas que
possam render lucros rápidos e fáceis, de tal sorte que,
quando tais

empresas e atividades em que estão aplicando começam a


ficar menos atrativas, eles transferem seu capital para
outros investimentos, podendo ser até em países
estrangeiros.

Esses agentes ainda compram e vendem moedas


estrangeiras, compram e vendem ações de empresas,
compram e vendem ativos em geral como ouro e pedras
preciosas, o que abordarei mais adiante.

As empresas nas mais variadas atividades econômicas são


aquelas que fazem acontecer a negociação de bens e
serviços, criando empregos e fomentando o
desenvolvimento.

Você, como um pequeno investidor ou poupador, e sem


muito poder de barganha com os agentes econômicos deve
se cercar de muito cuidado para evitar prejuízos.

Como você, bilhões de pessoas se encontram na mesma


situação, com poucas ou nenhuma opção de investimentos
com ótimos resultados. Assim, você é visto como uma fonte
de lucro. Bilhões de pessoas,

indefesas e sem conhecimento financeiro dão lucros


bilionários.

Você verá neste livro um tópico importante que fala do


cooperativismo, que se apresenta como uma alternativa,
dentre várias, para se contrapor a essa situação de
vulnerabilidade a que estão sujeitos o pequeno e o médio
poupadores, no mercado financeiro.

Quando você passa de pequeno a médio ou a grande


investidor, você já começa a ter uma melhor remuneração
nas suas aplicações, ainda assim continuará alimentando o
grande e fabuloso sistema financeiro, em proporções
menores, é claro.

Outro aspecto importante que você precisa saber é que o


sistema financeiro é mutável. Uma modalidade de
investimento que hoje é um ótimo negócio pode não o ser
no dia seguinte. Por esta e outras razões você deve ter um
mínimo de informações sobre esse sistema, para obter o
melhor e mais seguro resultado para o seu investimento, já

que

informações

privilegiadas

os

megainvestidores possuem.
Há alguns anos, quando a caderneta de poupança foi criada,
ela, que é a mais popular forma de aplicação para os
pequenos investidores, era uma boa opção, não a melhor, e,
atualmente (2017) ela está dentre as piores. A caderneta de
poupança está rendendo ou remunerando o seu dinheiro
abaixo da inflação, ou seja, você perde dinheiro quando
aplica na poupança.

Eu não consigo entender, ou melhor, me recuso a entender,


que um país possa fazer essa covardia com os poupadores:
tirar-lhes do pouco que conseguem guardar. É como roubar
um pirulito da boca de uma criança.

O sistema financeiro brasileiro atualmente não incentiva a


poupança. Como já disse, ele incentiva o consumo
desenfreado, a gastança sem medida, aliados ao patrocínio
do endividamento. Uma opção governamental,

na

minha

visão,

totalmente

equivocada e perniciosa.

As informações e tendências do mercado financeiro são


muito úteis para que você possa direcionar seu
investimento. Para isso, acompanhe os diversos noticiários
econômicos, pois serão de grande valia na sua tomada de
decisão financeira.

A atual crise financeira nacional expõe a necessidade de


uma maior e efetiva participação de todos os cidadãos nas
decisões políticas.
O que se vê é que a conta do prejuízo sempre aparece para
cada cidadão e cidadã pagarem, enquanto que o lucro é
dividido entre uma minoria de privilegiados.

“Depois que você tem uma base sólida de conhecimento,


fica muito mais fácil aprender a investir e lidar com
dinheiro. ”

Rafael Seabra

2 Espécies de ativos Os ativos são bens ou serviços que


podem ser negociados no mercado financeiro.

Dentre esses ativos, temos, quanto à forma, os tangíveis e


os intangíveis.

Os tangíveis são aqueles físicos, que você pode tocar: a


moeda de um país, móveis, imóveis, joias, ouro, pedras
preciosas, e outros, que compõem o patrimônio de uma
pessoa.

Ao contrário, os ativos intangíveis são os de existência


virtual, como por exemplo, as marcas, os softwares e as
patentes. Estes, nos dias atuais, chegam a ter uma
valorização bem maior que a maioria dos bens tangíveis.
São exemplos o Google e a marca Coca-Cola.

Quanto à finalidade, os ativos são de investimentos ou


intermediários, e, de uso ou consumo.

Os

ativos

de

investimentos
ou

intermediários são aqueles utilizados visando à


comercialização e à lucratividade, direta ou indireta.
Exemplos: máquina de lavar roupas para uma lavanderia, o
carro para o taxista, o computador para o youtuber ou para
o programador de sites, o prédio para aluguel.

Por último, os ativos de uso ou consumo são aqueles


utilizados ou consumidos pelo seu proprietário para sua
subsistência. Pode destinar-se ao conforto ou subsistência
de vida; não se destinam a uma posterior comercialização,
em regra, com lucratividade.

São exemplos: a bicicleta, o veículo de

passeio,

vestuário,
o

alimento,

computador, o celular, o tablet, o relógio.

Vê-se que um mesmo ativo pode ser destinado a


investimento ou intermediário, ao uso ou consumo, a
depender da destinação que lhe é dada pelo seu
proprietário.
Bens móveis
Os bens móveis são assim denominados por terem a
propriedade de locomoção própria, ou por força externa,
sem alterar suas características.

Alguns bens como o ouro, os diamantes, as joias e outras


pedras preciosas são mais valiosos e mais utilizados como
uma forma de
investimento. Eles possuem boa valorização, maior garantia
e rapidez de conversão em moeda e ampla aceitação de
comercialização.

A raridade desses produtos e a sua beleza garantem um


grande valor comercial.

Assim o ditado: “tudo que é raro é caro”, é verdadeiro,


embora nem tudo o que é caro seja raro.
A moeda do país
A moeda de um país é um bem móvel diferenciado: é um
documento oficial e simbólico

que

permite

as

transações

econômicas dentro do território nacional. Ela é

autorizada, emitida e controlada pelo governo; pode ser


produzida a partir de metais (moedas) ou de papéis
(cédulas).

A moeda é um eficiente meio de troca e um referencial


comparativo de valores das mercadorias ou dos serviços,
podendo-se comparar os valores entre eles, e se tais
valores, também conhecidos como preços estão dentro da
realidade de mercado ou não.

No Brasil, várias foram as moedas adotadas, como se verá


abaixo, sendo o REAL

a atual.

Por curiosidade, veja a seguir o histórico das moedas, em


cédulas, adotadas no Brasil.
Do RÉIS até o REAL
1) No Brasil Colônia, a moeda usada era a de Portugal e
chamava-se REAL, porém aqui foi adotada no plural: RÉIS.

2) Após a Independência, em 1822, até 1942, manteve-se o


RÉIS.

3) Extraoficialmente o ZIMBO, um tipo de concha, foi


utilizado como dinheiro pelos escravos, tal como no Congo e
Angola. O

AÇUCAR, o ALGODÃO, o FUMO, o

FERRO, o CAFÉ, o CACAU e o CRAVO,

também foram mercadorias utilizadas


como

moeda.

Café cru Zimbo 4) O CRUZEIRO substituiu o “RÉIS” em 5

de outubro de 1942. Adotou-se com ele os centavos. Mil réis


passaram a valer um cruzeiro.

5) O CRUZEIRO NOVO foi uma moeda transitória devido à


alta da inflação. Havia apenas um carimbo com os valores
novos.

Ele começou a circular em 13 de fevereiro

de

1967.
6) A partir de 15 de maio de 1970, a moeda voltou a chamar-
se CRUZEIRO. Um

CRUZEIRO NOVO valia um CRUZEIRO.

7) Em 28 de fevereiro de 1986, a nova moeda passou a ser o


CRUZADO. Devido à alta inflacionária. Utilizou-se novamente
o carimbo na maioria das notas antigas. Mil cruzeiros
passaram a valer um cruzado.

8) Novamente a inflação desvalorizou o dinheiro e a moeda


sofreu alteração passando a chamar-se CRUZADO NOVO.

Mil cruzeiros passaram a valer um cruzado


novo. Sua circulação começou em 16 de janeiro de 1989.

9) Em 16 de março de 1990 a moeda sofreu outra mudança


de nome, voltando pela terceira vez a chamar-se CRUZEIRO.

10) Diante de uma hiperinflação, o dinheiro sofreu nova


mudança de nome. Em 1º de agosto de 1993, no governo do
presidente Itamar Franco, passou a chamar-se
CRUZEIRO REAL, em preparação para uma moeda mais
forte. Um mil cruzeiros passaram a valer um cruzeiro real.

11) A partir de 1º de julho de 1994 o REAL

entrou em vigor no país, e está em circulação até os dias


atuais (2017). Cr$

2.750 cruzeiros reais passaram a valer um real.

Agora, veja a história de algumas moedas mais populares


adotadas no Brasil:
1) Pataca

Moeda de prata emitida até o século XIX.

O nome originou-se das patacas mexicanas (8 reais


mexicanos). As patacas foram as moedas que por mais
tempo circularam no Brasil. O valor de 320 réis, “pataca”
deu nome à série de patacas. A moeda de 160

réis equivalia a meia pataca. As moedas de 960 réis


chamavam patacão.

2) Dobrão

Foi cunhado inicialmente pela Casa da Moeda de Vila Rica,


de Minas Gerais, no período 1724 e 1727. Seu valor facial
era
de 20.000 réis, porém podia chegar a 24.000 réis.

3) Tostão

A partir de 1834 as moedas de 100 réis passaram a chamar


tostão. Hoje, o "tostão"

é referência a dinheiro: "ficar sem nenhum tostão".

4) Mil réis

Circulou de 1833 até 1942, quando foi introduzido

cruzeiro.

Pronunciava

"merréis".

Mil réis passou a designar a unidade monetária e réis os


valores divisionários.
Na mesma época ficou conhecido o “conto

de réis” , tratando-se do montante equivalente a 1 milhão


de réis.

5) Vintém

Nome dado às moedas de 20 réis, tanto em Portugal como


aqui no Brasil. Daí a expressão, "Sem vintém" é o mesmo
que

"sem dinheiro".

6) Quatrocentão
Moedas de cuproníquel (liga dos metais de cobre e níquel)
de 400 réis, muito produzidas e populares entre 1918 e
1935.

7) Centavinho

A moeda de 1 centavo de cruzeiro produzida entre 1979 e


1983, de valor totalmente irrisório dada a inflação da época,
tinha mais valor sentimental do que real.

8) Níquel

Designação comum às moedas feitas com esse metal como


parte de liga com outros metais. A denominação foi
originada nas moedas brasileiras feitas de cuproníquel entre
1918 e 1935, sendo que níquel puro, somente foram vistas
em moedas em 1967, 1970 e 1972.
Bens imóveis
De maneira simples e direta, esses ativos são bens que não
podem ser removidos de um lugar

para

outro

sem

afetar

suas

características.

Exemplos:

casas,

apartamentos,

lotes,

fazendas,

parques

industriais, etc. Podem ser usados como investimentos para


recebimento de aluguéis, para

futura

comercialização,

como
intermediários para exploração de outra atividade
econômica, ou ainda para uso.

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que,


quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho. ”

Thomas Jefferson

3Agentes do sistema financeiro O que é o Sistema


Financeiro Nacional?

É um conjunto de órgãos públicos responsáveis pelo


planejamento, orientação, supervisão e execução da política
econômica do país.

Dentre os órgãos de execução, nos quais encontra-se

parte

operacional

do

sistema

financeiro, que é o que me interessa nesse estudo,


encontramos tanto entidades

públicas quanto

privadas. Eles propiciam a captação e a aplicação de


recursos financeiros, permitindo o fluxo financeiro entre os
aplicadores e os tomadores desses recursos.

Os órgãos de execução são aqueles que estão visivelmente


presentes na vida cotidiana das pessoas; são os bancos
públicos (Banco do Brasil, Banco Nacional Desenvolvimento
Econômico Social –

BNDES, Caixa Econômica Federal – CEF), os

bancos privados, as cooperativas de crédito ligadas ao


Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil -

SICOOB, sociedades de crédito (financeiras), sociedades


seguradoras.
O governo
O principal agente do sistema financeiro é o governo, ao
traçar as diretrizes macroeconômicas, voltadas para os
grandes eventos econômicos nacionais, que refletem na
vida dos habitantes de um país e de seus investidores.

O governo, segundo sua ideologia, elabora a política


nacional econômica e traça as medidas para efetivá-las.

A Política Econômica Nacional: incentiva o


desenvolvimento da nação ou, incentiva a exploração da
nação. Depende das diretrizes adotadas pelo governo.
Instituições financeiras
As instituições financeiras, como órgãos de execução, podem
ser públicas ou privadas. São essas instituições que operam
captando, depositando, aplicando e emprestando recursos
financeiros - o dinheiro, a qualquer interessado.

A principal instituição que integra o sistema financeiro do


país, e, que regulamenta e fiscaliza as demais, é o Banco
Central do Brasil (BCB ou Bacen).

O BCB é uma autarquia federal que busca

“assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e


um sistema financeiro sólido e eficiente”, definição
encontrada no sítio www.bcb.gov.br.

Não se trata de um banco comercial; apesar disto, nos dias


atuais, está mais interativo com a sociedade e disponibiliza
informações e canais de comunicação para o público
interessado.

O Banco Central estabelece, por meio do Conselho de


Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros para o
mercado financeiro, conhecida como Selic (Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia para títulos federais), regula os
valores das tarifas que os bancos cobram dos clientes ou
correntistas para abertura e manutenção de contas
correntes,

emissão

de

extratos

bancários,

fornecimentos de cheques, e afins.

Os bancos podem ser particulares ou públicos, a depender


de quem possua mais de 50% (cinquenta por cento) das
suas ações, se particulares ou o

governo. Os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa


Econômica Federal e outros), além dos serviços oferecidos
pelos bancos particulares, têm vocações específicas.
O Banco do Brasil é o principal executor de crédito rural e
industrial.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


está focado nos projetos de longo prazo, a custos mais
baixos, e no fortalecimento da política de exportação.

A Caixa Econômica Federal – CEF opera especificamente na


política do governo federal para habitação, saneamento
básico, infraestrutura e prestação de serviços aos
trabalhadores formais, no que diz respeito ao Seguro
Desemprego, Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, Programa de


Integração Social - PIS e as movimentações dos benefícios
de programas sociais e das apostas das loterias.

Os bancos, públicos e particulares, funcionam como


guardadores dos recursos financeiros das pessoas, quando
esses recursos estão em depósitos em suas agências.

Quando esses recursos são investidos, os bancos operam


como intermediários financeiros diretos. Funciona assim: o
aplicador deposita o dinheiro no banco em qualquer
modalidade de investimento e o banco repassa esse recurso
para terceiros: pessoas físicas ou jurídicas ou o governo.

O banco remunera um valor e recebe outro, seja pela


aplicação a uma taxa superior à que ele paga, ou pela
cobrança de uma comissão (taxa de administração) pelo seu
trabalho. Essa diferença é o lucro dos bancos.
A diferença entre a taxa que é paga pelo banco e a que ele
cobra sobre o dinheiro investido é chamada de “spread”.

É interessante saber que quanto melhor você escolhe a sua


aplicação, melhor a sua renda e menor será o lucro do
banco.

A título de exemplo, a cada R$ 100,00 que você coloca na


poupança, entre R$ 25,00 e R$ 28,00, ficam reservados
como direito do banco de aplicar onde melhor lhe convier. Se
este mesmo valor é aplicado em Certificado de Depósito
Bancário –

CDB, R$ 85,00 é o que fica reservado como direito ao banco


de aplicar livremente. Diante disto, o banco interessará te
oferecer o CDB e não a poupança.

Existem outros investimentos, como no Tesouro Direto ou em


fundos de investimentos nos o banco recebe apenas uma
taxa de administração.

Essa taxa é variável de acordo com a aplicação e o banco


que você escolhe. Por isso, é importante pesquisar em mais
de um banco na hora de aplicar, para ver qual deles oferece
o melhor rendimento.
As bolsas de valores
As bolsas de valores são empresas privadas que
comercializam os títulos de grandes empresas, chamadas
de sociedades anônimas, de capital aberto, ao público em
geral. Essa comercialização também pode ser realizada no
mercado de balcão, outro segmento do mercado de títulos,
semelhante a bolsa.

Existem algumas bolsas de valores no Brasil, sendo a mais


expressiva a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros – BM &
F Bovespa.

A BM & F Bovespa é a união entre a Bolsa de Valores,


Mercadorias e Futuros (BM & F) e a Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa), ocorrida em 2008.

No Brasil, a BM&F Bovespa possui duas unidades, uma em


São Paulo e outra no Rio de

Janeiro, e, no exterior uma unidade nos Estados Unidos,


outra na China e outra no Reino Unido.

Para regular o mercado de títulos negociados nas bolsas de


valores e balcão de mercado, existe uma autarquia federal
chamada Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que detém
a responsabilidade em administrar, regular e fiscalizar,
visando assegurar a confiabilidade e a liquidez financeira
nesse
ambiente

de

negócios,

dentre

outras

atribuições.

As negociações nas bolsas de valores são desconhecidas da


população comum e, ao mesmo tempo, encontram-se
distantes geograficamente dessa. Talvez, esta seja a
justificativa para a pouca familiaridade e utilização pelos
pequenos e médios investidores.

Entretanto, você deve saber que ela está aberta a pequenos


investidores, e oferece cursos para aprendizes e iniciantes
em aplicações nesse mercado

de títulos, além de vagas para estagiários a estudantes de


todo o país.

Os títulos mais negociados nas Bolsas de Valores, ou no


Mercado de Balcão pelas empresas, são suas AÇÕES.
Quando você adquire essas AÇÕES você passa a ser
acionista, uma espécie de sócio, dessa empresa. Se as
ações valorizam você tem lucros, se elas desvalorizam, você
tem prejuízos.

O resultado do investimento em ações é marcado por uma


instabilidade muito grande. O humor do mercado

afetado
pelos

mais

variados

acontecimentos políticos e econômicos, internos e externos.

Entrar nesse negócio exige muita paciência, prudência

constante

acompanhamento

dos

mercados econômicos.
Os captadores de recursos
Os recursos podem ser captados por pessoas naturais ou
jurídicas (empresas) que necessitem de

dinheiro para suprir suas demandas, ou que desejem


ampliar suas atividades econômicas. Para isso, elas
procuram os agentes financeiros para tomar empréstimo,
comprometendo-se a pagar além do principal uma taxa a
mais a título de juros.

As pessoas jurídicas são exercidas por empresários que


podem ser rurais (agronegócio), industriais, comerciais e de
serviços.
Os investidores
O investidor é qualquer pessoa ou grupo de pessoas que
aplica seus recursos financeiros, sejam eles poucos ou
vultosos, no mercado financeiro, em ativos, na modalidade
de investimento, e que, preferencialmente, ofereça maior
lucro com menos esforço.

O investidor, ao contrário do captador de recursos, possui


dinheiro reservado e busca remuneração para ele. O
investidor só terá bom rendimento quando houver vários
captadores e a

economia estiver em expansão, porque aí há maior garantia


do pagamento do valor investido com a remuneração (juro)
pelo empréstimo.
As cooperativas
Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), “cooperativa é uma organização
constituída por membros de determinado grupo econômico
ou social que objetiva desempenhar, em benefício comum,
determinada atividade”. Para isso, é preciso que as pessoas
tenham objetivos comuns, voluntariedade e busquem um
resultado benéfico para todos.

O atual cooperativismo é fruto de uma associação criada na


cidade de Rochdale, na Inglaterra, em 1844. Uma
cooperativa pode surgir de acordo com as diversas
necessidades das pessoas, sejam econômicas, sociais,
culturais ou comerciais.

O líder pacifista indiano Mahatma Gandhi é bastante incisivo


ao falar sobre o tema, veja: “A falta de cooperação é um
protesto contra a falta de consciência e participação
involuntária no mal”.

As cooperativas podem ter como objeto a educação, o


trabalho, o transporte, o turismo, o artesanato, a
agropecuária, o consumo, o crédito, dentre outros.

Por meio do sistema cooperativista os pequenos e médios,


de todas as áreas, se tornam mais fortes e competitivos.
Essa modalidade de associação consegue maior poder de
negociação para venda ou aquisição de produtos e serviços,
com a distribuição dos lucros entre os cooperados.

No caso particular de cooperativa de crédito, as vantagens


de se participar de uma, vão desde aplicação ou obtenção
de recursos financeiros com taxa de juros melhor que no
mercado em geral, até a participação na sua gestão.
“A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é
concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução
perfeita do trabalho de hoje. ”

Dale Carnegie

4 Os quatro gês básicos das finanças

GANHAR

GUARDAR

GERIR

GASTAR

Deixando de lado alguns aspectos técnicos vou para a parte


prática. Considero importante que você conheça o que eu
chamo de “quatro gês” – (4G’s) básicos para uma vida
financeira de sucesso. São eles originários dos verbos:
GANHAR, GUARDAR, GASTAR e GERIR.

Conhecendo esses quatro verbos, aprendendo a conjugá-los


e a aplicá-los na sua vida financeira, você, minimamente,
consegue sair da grande massa trabalhadora que só
engorda o sistema financeiro.

Alcançar os objetos de seus sonhos exige dinheiro, e


dinheiro você alcança de três maneiras: ganhando, no
sentido de achar ou receber gratuitamente, roubando, com
os riscos desse negócio ilícito, ou trabalhando, com boa
técnica e inteligência.

Os quatro “gês” aos quais me refiro, formam um ciclo que


se retroalimenta na sua consolidação financeira. Esse ciclo
deve ser um ciclo virtuoso para que a consolidação seja
positiva, caso contrário será negativa. Dependerá disso a
probabilidade de realização ou frustração dos seus planos.

Para executar cada um dos “gês” você precisa ter


autodisciplina, racionalidade, paciência e uma boa dose de
criatividade. Com um pouco de sorte, as coisas ficam mais
fáceis; sem ela nem tanto, mas é possível romper a
tendência de fracasso.

Como disse, o primeiro “gê” básico das finanças, vem do


verbo GANHAR, que aqui não está empregado no sentido
popular da palavra, mas no seu significado, que aqui adoto,
de conquistar.

Implica fazer acontecer, produzir algo físico ou intelectual,

utilizando

técnicas,

habilidades

conhecimentos que você possui.

GANHAR por meio do trabalho que você executa na


produção ou comercialização de bens e serviços.

Lembre-se: obter recursos financeiros para sua manutenção


é uma obrigação. Obter recursos financeiros que venham a
superar as despesas e acumular sobras exige uma decisão
bastante cuidadosa, disciplina e paciência.

As formigas são usadas pelo famoso rei Salomão, na Bíblia,


no livro de Provérbios 6:6, para dizer o quanto é importante
trabalhar na hora certa, com disciplina, e, posteriormente
GUARDAR: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para
os seus caminhos, e sê sábio”.

O segundo “gê” provém do verbo GUARDAR.

Isso significa defesa e valorização de parte dos recursos que


você adquire. Trata-se de economizar, poupar ou reservar
parcela dos seus rendimentos de

forma permanente e regular. Isso implica ao menos, duas


finalidades básicas e importantes: supressão em caso de
uma eventual emergência e assegurar autonomia. Faça da
poupança uma rotina!

Os recursos que você guarda, convertidos em dinheiro ou


em outros ativos, são bens que farão parte da sua vida.
Veja, você emprega seu tempo e sua saúde para obtê-lo,
decorre assim, a necessidade de GUARDAR uma parte deles
como uma espécie de troféu, para lhe possam assegurar
alguma vantagem futura. Não é à toa e sem significado o
ditado popular que diz que a economia é a mãe da
prosperidade, eu completo-o dizendo que o seu pai é o
trabalho.

Saiba, porém, que é preciso GUARDAR com gratidão e sem


avareza. Segundo o filósofo grego Aristóteles, “as pessoas
dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem
para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer
amanhã”. Aposto na virtude do meio termo, na sensatez e
prudência para GUARDAR e GASTAR.

Nenhuma pessoa produz todas as coisas de que necessita

diariamente.

Assim,
GASTAR

necessário,

consumir

preciso.

Agora,

consumismo atual está mais para uma doença do século

XXI

porque

afeta

racional.

comportamento consumista equivale a pegar o seu


rendimento e colocá-lo num sanitário e dar descarga.

Por isso, surge o terceiro “gê” do verbo GASTAR. GASTAR


com sabedoria e generosidade.

É preciso ter noção de quando, quanto e como GASTAR. É


superinteressante buscar as melhores oportunidades de
compras e não se deixar influenciar apenas pela sedução e
pela emoção por um objeto.

Adquirir para a sobrevivência, evitar a ostentação, fugir das


promoções milagrosas, são alguns procedimentos
adequados, responsáveis e sustentáveis

para

direcionar

suas

decisões

financeiras. Veja a seguir algumas pegadinhas de


promoções:

• Em geral com papel higiênico:

Leve 12 e pague 11 por R$ 14,80

(unidades com 30 metros)

Leve 6 e pague 5 por R$ 13,70

(unidades com 60 metros)

Diante dessas duas opções de compra, qual delas você


faria? Saiba que a quantidade oferecida em ambas é a
mesma em metros. A impressão que se tem de imediato é
que comprando 12 unidades você leva mais quantidade,
uma impressão falsa.

Veja: 12 unidades X 30 metros = 360 metros; 6


unidades X 60 metros = 360 metros.

• Com maionese:
Pote de 250g por R$ 4,38

Pote de 500g por R$ 4,98

Aqui você tem um dilema: comprar mais do que precisa


(500g), ou comprar o que precisa (250g), por um preço
completamente desproporcional.

Se você opta pela primeira alternativa, faz economia de um


lado, e, por outro, concede um lucro maior ao fabricante e
ao vendedor; se opta pela segunda alternativa é forçado a
consumir mais do que deseja.

• Com Colírio:

Frasco de 5 ml por R$ 8,48

Frasco de 20 ml por R$ 28,37

Aqui o dilema é pior. Se você não tem o dinheiro para


comprar o frasco de 20 ml, e compra quatro frascos de 5 ml,
um de cada vez; leva o mesmo conteúdo, o seu prejuízo é
de R$ 5,55. Faça as contas.

Essas disparidades de preços e conteúdo, de preços e


marcas, ocorrem nos produtos em geral.

Essa é uma estratégia mercantil que sempre maximiza o


lucro dos agentes empresariais. Faça uso da calculadora do
seu aparelho celular, em vez de

usar as redes sociais, e veja as vantagens que você poderá


obter nas suas compras do seu dia a dia.

Fazer uma boa compra exige razão, cálculo e comparação


de preços com produtos similares e entre a concorrência.
Muitas vezes as estratégias de venda nos deixam como diz
o ditado popular “entre a cruz e a espada”. Will Rogers, ator
americano, fez uma surpreendente declaração sobre uma
imprudente forma de GASTAR dinheiro, veja: “Muitas
pessoas gastam o dinheiro que ganharam… Para comprar
coisas que elas não precisam… Para impressionar pessoas
de quem elas não gostam”.

Por último, o quarto “gê”. Este nasce do verbo GERIR. Uma


boa gestão dos recursos, faz multiplicarem-se os seus
resultados. GERIR é o termo mais moderno para administrar.

Você pode GANHAR muito, GASTAR pouco

e GUARDAR, porém, se não tiver uma boa gestão pouco


proveito terá do fruto do seu esforço. Para auxiliá-lo

na

boa

gestão

você

precisa

de

conhecimento, informação, capacitação e atualização


permanentes.

O sistema financeiro é um sistema complexo e mutante.

organizado

por
grandes

grupos

econômicos que procuram maximizar seus lucros com o


mínimo de esforço e de risco.

Dentre várias formas de escapar da teoria da sucção


financeira destaco o cooperativismo, que pode ser de
compra, venda, prestação de serviços, de crédito e outros,
em que a união faz a força e a diferença para melhorar a
vida dos cooperados.

Administrar diante de imprevisibilidades exige coragem.


Saiba que prudência nas decisões evita prejuízos, muitas
vezes irreparáveis.

"Quando você vê um negócio bem-sucedido é porque


alguém, algum dia tomou uma decisão corajosa."

Peter Drucker

5Algumas formas de investimentos

Os investimentos são aplicações que você faz com o seu


dinheiro, independente de valor, visando, principalmente, a
dar rendimento a ele, para que você tenha bem-estar
presente e futuro.

Os investimentos podem ser classificados em supérfluos,


necessários ou úteis, conforme a destinação que você lhes
dará.

Os investimentos em produtos supérfluos devem ser


reduzidos ou simplesmente descartados.

Por exemplo, a troca de um celular seminovo por um novo


lançamento, ou a troca do automóvel seminovo quitado por
um novo financiado, entre outros.

Os investimentos em produtos ou serviços úteis são aqueles


que podem aguardar um melhor momento para serem
realizados. Neste caso, ofereço

como exemplos a substituição de um computador menos


potente por outro mais potente para atender ao trabalho, ou
a realização de uma viagem dos sonhos.

Já os investimentos em produtos ou serviços necessários


são aqueles que não podem ser adiados, como a compra de
medicamentos, a reforma da casa, a compra de pneus para
o automóvel, e outros.

Há uma forma de investimento necessário que dá

um

retorno

satisfatório,

muitas

vezes

negligenciado pelas pessoas, é o realizado em educação,


qualificação profissional, informação, saúde e aparência.
Compreenda que o mercado financeiro nacional está
integrado com o global. Qualquer decisão econômica ou
política tanto local como no exterior afeta os seus
investimentos, por menor que eles sejam. Assim, para
tomar uma decisão menos arriscada, reforço, é importante
conhecer o melhor momento para fazer o investimento além
de não o concentrar em uma única modalidade.

É com base nessas premissas que eu julgo que a educação


financeira é primordial para a promoção de uma inteligência
financeira na busca de uma gestão mais rentável para o seu
recurso financeiro, em qualquer fase econômica e política
que o país esteja atravessando.

Veja a seguir alguns dos mais conhecidos meios de


investimento.
Caderneta de poupança
Poupar é um ato de economizar parte dos recursos que você
obtém ao longo de um determinado período.

A caderneta de poupança é a mais popular forma de


investimento dos recursos que você economiza. Ela tem a
fama de ser a mais segura.

Entretanto, não é a única. Outras aplicações oferecem a


mesma segurança que a poupança, e, por muitas vezes
pagam juros maiores.

Antes de aplicar na poupança você precisa consultar o


rendimento que ela está pagando, pesquisar qual é a
tendência da economia para o futuro, quanto você pretende
aplicar, qual o prazo dessa aplicação e qual o seu objetivo
com ela.

Pelas regras vigentes, a poupança será melhor remunerada


quando a taxa Selic estiver menor ou igual que 8,5%. Acima
dessa taxa os economistas sugerem outras aplicações. Por
essa razão, a poupança está em 2017, pouco atrativa como
investimento.
Ações de grandes empresas
As ações são frações da propriedade de uma determinada
empresa. Como dito anteriormente, a bolsa de valores é o
local onde são negociadas ações das grandes empresas
nacionais ou internacionais.

O mercado de ações todos os dias opera compras e vendas.


Essas ações podem, na abertura do pregão, ser negociadas
com um valor, durante o

dia com outro, e ao final do pregão negociadas com valor


completamente diferente.

O pequeno investidor conta com uma desvantagem nessa


modalidade de investimento, que é a chamada assimetria
da informação. Warren Buffet, o maior investidor do mundo,
diz algo que não pode ser desprezado, se você optar por
essa forma de investimento: “O mercado de ações foi feito
para transferir dinheiro dos investidores ativos para os
pacientes”. Assim, tenha paciência...!

Essa assimetria é, na verdade, quando as suas informações


são menores que as daqueles que estão negociando com
você, ocasionando um desequilíbrio da informação sobre o
título, produto ou serviço, em favor daquele que possui
maior informação.

As ações podem ser ordinárias (ON) ou preferenciais (PN).


Cada uma com características legais particulares.
Periodicamente, as empresas repartem parte dos lucros
com os acionistas.

A negociação de ações na Bolsa de Valores é feita


exclusivamente por intermédio de corretoras credenciadas
na Comissão de Valores Mobiliários –

CVM. Em seu sitio, www.cvm.gov.br, você encontra


disponibilizada a relação dessas corretoras.

Como em qualquer investimento financeiro com


intermediação é preciso conhecer o agente com o qual você
negocia e as taxas de administração que serão cobradas.

Para fazer investimento em ações, na bolsa de valores ou


mercado de balcão, não há exigência de valores mínimos.
Ativos
O investimento em ativos móveis é aquele que você faz em
substituição à manutenção de dinheiro

vivo em suas mãos e, que podem ser convertidos em


moeda quando necessário.

Esses investimentos podem ser em pedras preciosas, ouro,


moedas de outros países, joias, por exemplo. Há um detalhe
importante que você precisa observar, você não deve ficar
com esses ativos em sua posse, sob pena de ser vítima de
furto ou roubo.

Assim, o aconselhável é colocá-los em cofre bancário.

Outro ativo que gera rendimentos razoáveis é o imóvel para


aluguel, seja comercial ou residencial.
Aplicações financeiras
Além da caderneta de poupança, existem outras variedades
de investimentos oferecidos pelos bancos

comerciais.

São

eles:

Fundos

de

Investimentos, Tesouro Direto, Letras de Crédito,


Previdência Privada, entre outros.

Em geral, as aplicações de maior rentabilidade possuem


maior risco de prejuízos e uma garantia

menor de retorno do próprio valor aplicado em caso de


falências das instituições.

Sobre os investimentos narrados, ou outro qualquer, você


precisa se informar se estão cobertos pelo Fundo Garantidor
de Crédito – FGC. O FGC é uma entidade privada que
administra um mecanismo de

proteção

aos

correntistas,

poupadores
e

investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos


mantidos em instituição financeira, até determinado valor,
em caso de intervenção, de liquidação ou de falência.

Hoje, o Fundo Garantidor assegura ao aplicador a garantia


no valor aplicado de até R$250.000,00 por CPF e por banco.

"O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante


comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu
dinheiro assim que o recebe."

Provérbios 21.20

6 Formação do capital

Para a formação de um capital mais expressivo duas são as


frentes de ação: produzir e investir.

Para isso é fundamental organizar as receitas e as despesas


e planejar os investimentos.

Para aumentar a receita você deve produzir riquezas: bens,


serviços, algo de útil e de valor para a sociedade.

Investir versus consumir é um dilema a ser tratado, nesse


meio de campo.

Economizar o máximo que puder deve ser uma máxima


para você. Lembre-se: realizar um consumo sustentável é
saudável para o planeta e para a sua saúde financeira.

Você precisa ficar atento aos ladrões da formação do


capital. Eles são os gastos supérfluos ou mal feitos. Outro
terrível ladrão é o desperdício, que
age silenciosa e cotidianamente. Veja alguns pequenos
exemplos para conter esse ladrão:

• usar a pasta de dentes até o final;

• colocar apenas um sabonete para uso no banheiro e não


deixar que fique molhado todo o tempo;

• não deixar restos de alimentação para o lixo. Veja: 20


gramas por dia equivalem a 7,3 quilogramas por ano, que a
um custo de médio, nos restaurantes, de R$ 30,00 por
quilograma, equivale a R$ 219,00 anuais de desperdício;

• não deixar o computador, notebook ou outro aparelho


ligado sem estar em uso; 24

horas de aparelho médio em espera equivale a 25


Quilowatts (KW) de energia consumida,
desnecessariamente, ao mês; no ano são 300 KW o que
equivale a um desperdício aproximado de R$ 255,00;

• apagar as luzes do ambiente que você não está utilizando;

• usar canetas e cadernos até o final;

• sacrificar-se um pouco antes de adquirir um produto, para


comprá-lo à vista e poder ganhar um desconto.

“Se queres viver na paz, prepara-te para a guerra”, já disse


o general e filósofo chinês Sun Tzu.

Prepare-se para o pior e viva no melhor!

Dessa forma, se a sorte sorrir e você, for um premiado com


a sorte grande, você saberá muito bem como lidar com o
seu prêmio. Se não for esse o seu caso, assim agindo, você
vai construir sua independência paulatinamente.
Lembre-se da seguinte frase de Benjamin Franklin, cientista,
diplomata e filósofo americano:

“Cuidado com as pequenas despesas; um pequeno


vazamento afundará um grande navio”.
Orçamento
O orçamento nada mais é que uma previsão de receitas e
despesas em um determinado período.

Com base nessa previsão você pode fazer um

planejamento buscando melhorar as receitas e a qualidade


dos gastos.

Você precisa se esforçar para que as despesas não fiquem


maiores que as receitas. Se isso acontecer você ficará em
déficit, no vermelho. Essa situação tem um custo e um
sacrifício altos porque você terá que arcar com outras
despesas como os juros e a correção monetária.

Você precisa criar um comportamento de esperar as


receitas se realizarem, para, só depois, partir para as
despesas.

Despesas versus receitas devem ser realizadas com


equilíbrio e responsabilidade!
Crediário
O famoso crediário, a antiga dívida, é o remédio que você
recorre em uma emergência ou para fazer bom
investimento. Também utilizado quando você não tem
domínio próprio e gasta sem controle.

Essa dívida pode ser de curto, médio ou longo prazo, não


importa, é sempre dívida. Saiba que ela suga seus recursos
para os seus credores. Faça bem as contas para saber se
vale a pena se endividar.

Gastar sem controle e endividar-se significa dependência,


em outras palavras, escravidão.

Veja bem, quando você tem independência financeira, você


tem mais opções, mais liberdade nas suas escolhas e
decisões. Preste bem atenção: independência é liberdade;
dependência é escravidão.

A dívida, repito, tem um custo. Esse custo são os juros e a


correção monetária. Enquanto numa compra à vista você
pode obter descontos, nas compras a prazo você vai pagar
juros e correção monetária sobre o seu próprio bem.

O que VOCÊ acha melhor: pagar ou receber juros? Cuidado


com a moderna e sutil forma de indução à dívida: o cartão
de crédito. O mal uso desse tem trago muitos e variados
sofrimentos.

É oportuno lembrar o prudente conselho do ex-presidente


americano Thomas Jefferson: “Jamais gaste seu dinheiro
antes de você possuí-lo”.
“Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se
movem para frente; podem ser comidas, mas podem
começar um jogo vitorioso. ”

Johann Goethe

7 Autonomia financeira Observadas a política


macroeconômica e a política de

governo,

acrescentando

um

pouco

de

conhecimento financeiro, autodomínio, orçamento, trabalho,


economia nos gastos e gastos eficientes, aplicação em
ativos rentáveis você poderá construir uma relativa
autonomia financeira.

O conhecimento das regras do jogo econômico é


fundamental para que você possa decidir o que fazer

em

termos

financeiros,

sem

contar

exclusivamente com o evento sorte.


Saiba que você é o seu próprio agente da sua autonomia
financeira.

Economizar e aplicar bem os recursos financeiros multiplica


seu capital.

A autonomia financeira é um sonho, um desejo de muitos,


mas só é, pelo menos relativamente, alcançada com uma
rigorosa disciplina dos gastos.

Outros fatores, como aplicação no meio mais rentável do


mercado, produção de serviços ou de bens de alta aceitação
e comercialização, e outros, podem ser acrescidos àquela.

Por outro lado, você pode ter um ótimo empreendimento,


que lhe renda bons lucros ou ótimo salário, mas se não
souber gastar estará em sérios apuros, sempre gastará mais
do que o necessário, e o seu rendimento não cobrirá suas
despesas.

Saiba que a fonte dos recursos é limitada e os pontos de


consumo destes são ilimitados.

Talvez, se procurássemos entender melhor o sistema


financeiro como entendemos o sistema esportivo, por
exemplo, teríamos mais sucesso econômico.

Muitos

dizem

que

os

brasileiros

são
preguiçosos. É preciso considerar dois aspectos nessa
afirmação. Primeiro, os brasileiros não aprendem a trabalhar
desde cedo. Segundo, a má remuneração do trabalho, em
contrapartida à excelente remuneração da especulação
desestimula o trabalhador.

Você precisa combater o ciclo de trabalhar pouco porque é


mal remunerado, que tem como consequência remunerar
mal porque trabalha pouco.

A verdade é que é preciso trabalhar mais e melhor,


aproveitar o tempo e as oportunidades.

Trabalhar mais e melhor naquilo que você propôs, não como


repetidor de tarefas, mas como produtor de inovações e
soluções.

Vejo a necessidade de discutir mais sobre o tema dinheiro,


quebrar o tabu em relação a isso.

Você deve falar sobre dinheiro em sua casa com o cônjuge,


com os filhos, com os seus pais. Esse assunto deve ser
debatido nas escolas, nos clubes e nas igrejas.

Você pode ter uma vida espiritual ótima, aliás, eu penso que
deve ter, mas nada impede que você procure alcançar
melhores resultados financeiros.

Com eles você poderá contribuir para a sua comunidade


espiritual e desenvolver grandes projetos sociais.

Você precisa compreender e saber lidar com as mudanças


que ocorrem no mercado econômico. Isso quer dizer ter
adaptabilidade. Saiba que não adianta ficar se lamentando,
indignando-se diante de situações que você não pode
alterar. O pensador chinês Confúcio disse: “Você não pode
mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para
chegar onde quer”.

Você precisa buscar sempre uma visão nova e aproveitar


todas as situações em seu favor. Assim, você sofrerá menos,
sairá na frente de um tanto de gente e viverá satisfeito.

Não perca o tempo certo para tomar as decisões e agir. O


filósofo alemão Johann Goethe disse: “Pensar é fácil. Agir é
difícil. Agir conforme o que pensamos, isso ainda o é mais”.
De acordo com essa realidade, você precisará de coragem
duplicada para ousar nos seus empreendimentos.

Espero

que

os

conhecimentos

básicos

panorâmicos até aqui expostos tenham provocado em você


o interesse pelo tema. Espero ainda que você

possa estudar mais e encontrar a melhor forma de atuar no


mercado financeiro.

A educação financeira ou a sua falta na sociedade faz muita


diferença na vida das pessoas.

Para Benjamim Franklin, “ Investir em conhecimento sempre


rende os melhores juros”. Uma pena que poucos se dão
conta dessa realidade!

Lembre-se: Uma administração financeira eficiente é capaz


de proporcionar estabilidade nos relacionamentos, melhorar
a qualidade de vida e, especialmente, tornar realidade
muitos sonhos.

Reavalie a sua relação com o seu dinheiro, crie seus


próprios métodos comportamentais para alcançar sua
autonomia financeira.

“É bom ter dinheiro e tudo que o dinheiro pode comprar,


mas também é bom, fazer um check-up de vez em quando
para se certificar de que você não perdeu as coisas que o
dinheiro não pode comprar. ”

George Lorimer
Referências Bibliográficas
1. GUIMARÃES, Arnaldo Tadeu. Como ficar rico em 10 anos –
Belo Horizonte: Edição do autor: 2016

2. MAGALHÃES, Sônia Campos. O saber do psicanalista. —


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4. http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38635398
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7. http://www.infoescola.com/sociologia/cooperativismo/
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8.
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9. http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2014/07/1491164-
quantas-moedas-o-

brasil-ja-teve-conheca-as-que-vieram-antes-do-real.shtml,
acessado em 15.6.2017

10. https://www.bibliaonline.com.br/ acessado em


22.7.2017
Biografia do autor
Márcio Barbosa dos Reis é contabilista, escritor, palestrante,
membro da Academia de Letras de Teófilo Otoni, atual vice-
presidente, teólogo, psicanalista, Bacharel em Direito,
auditor fiscal da Receita Estadual de Minas Gerais.

Professor de Matemática, Física, Química, Ciências, no


Ensino Fundamental e Médio, em várias Escolas Públicas
estaduais e particulares.

Casado com Ana Paula Oliveira Reis, pai de três filhos:


Bianca Oliveira Reis, Márcio Barbosa dos Reis Filho e Beatriz
Oliveira Reis.

Publicou o livro “O jovem e o mundo em transição” 1ª


edição em 1986, 2ª

edição em 2016; “Chegar ao topo é possível” em 2014; “10


fábulas proverbiais” em 2016; Poesias na antologia “Tributo
poético – coletânea e versos” em 2002; poesias na Revista
Literária da Academia de Letras de Teófilo Otoni, em
2014,2015 e 2016.

Contatos do autor:

marcio_barbosa_reis

(33)-99104-5536

/marciobareis

E-mail:marciobareis@bol.com.br ou
marciobareis@outlook.com

CV: http://lattes.cnpq.br/7835271084909221

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