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Através deste pequeno excerto de "Os Maias" podemos diferenciar e contrastar as diferenças da

educação e de prespetivas que Carlos da Maia tem em relação a outras pessoas, neste caso específico, a
diferênça entre carlos da Maia e Cruges.

Resumidamente, Carlos da Maia tinha ido a Sintra na esperança de ver Maria Eduarda, porém, não a
encontrou e decidiu, por outro lado, explorar a cidade com o seu amigo, chegando a ter encontros
inesperados (o encontro com o Eusébiozinho). À medida que vão explorando a cidade, vão vendo
paisagens magnificas, que, segundo a descrição, são paisagens descritas como românticas, com muita
vegetação, água e nenúfares. Esta descrição é marcada pela utilização de recursos expressivos:
enumeração: "Era um expesso ninho de verdura, arbustos, flores e árvores..." (linha 16); Metáfora:
"respirava a tragos deliciosos" , "sufocando-se numa prodigalidade de bosque silvestre"; Sinestesia:
linhas 3-8. E é precisamente aqui onde podemos observar o contraste de diferentes ideias: Cruges tinha
uma visão idealista, pois sendo ele um artista, achava que a bela paisagem que estavam a observar
deveria ser propriedade de um artista, pois, segundo ele, apenas um artista tinha a acapacidade de
aproveitar e de apreciar toda aquela paisagem. Por outro lado, Carlos discorda, e acaba por dizer que
nenhum artista teria a habilidade de apreciar a natureza, sem ser pelo próprio sucesso, e por mero
interesse, já que apenas lhes "ofereceriam" sucesso, sucesso este que nem vem da apreciação das flores.
Ele acaba ainda por dizer que nenhum artista teria a capacidade de cuidar das diferentes plantas e que
um burguês via uma familia nessas plantas. Ou seja, acaba por ter uma visão mais realista e mais prático,
e ele é mais racional do que propriamente emocional. Este tipo de visão que Carlos tem é fruto da
educação que o avô lhe deu.

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