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nirmatrelvir, ritonavir
Essa bula foi aprovada para uso emergencial pela ANVISA em 14/12/2022.
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: PaxlovidTM
Nome genérico: nirmatrelvir, ritonavir
APRESENTAÇÃO
PaxlovidTM comprimidos revestidos em embalagens contendo 5 blisters diários. Cada blister diário contém 4
comprimidos revestidos de nirmatrelvir e 2 comprimidos revestidos de ritonavir, totalizando 30 comprimidos
revestidos por cartucho.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
PaxlovidTM é indicado para o tratamento da COVID-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que
apresentam risco aumentado de progressão para COVID-19 grave (vide item 3. Características Farmacológicas).
Limitações de Uso:
- PaxlovidTM não está autorizado para início de tratamento em pacientes que requerem hospitalização devido a
COVID-19 grave ou crítico.
- PaxlovidTM não está autorizado para profilaxia pré-exposição ou pós-exposição para prevenção de COVID-19.
- PaxlovidTM não está autorizado para uso por mais de 5 dias.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia de PaxlovidTM é baseada na análise interina do EPIC-HR, um estudo de Fase 2/3, randomizado, duplo-
cego, controlado por placebo, em participantes adultos sintomáticos, não hospitalizados, com um diagnóstico
laboratorial confirmado de infecção por SARS-CoV-2. Os participantes com início dos sintomas de COVID-19 ≤
5 dias foram incluídos no estudo. Os participantes foram randomizados (1:1) para receber PaxlovidTM (nirmatrelvir
300 mg/ritonavir 100 mg) ou placebo por via oral, a cada 12 horas, por 5 dias. O estudo excluiu indivíduos com
história de infecção anterior por COVID-19, ou vacinação. O desfecho primário de eficácia foi a proporção de
participantes com hospitalização ou morte relacionada à COVID-19 por qualquer causa até o Dia 28 no conjunto
de análise de intenção de tratar modificada (mITT) (todos os participantes tratados com início dos sintomas ≤ 3
dias que tiveram em pelo menos uma visita após início do estudo). Os desfechos secundários de eficácia incluíram
avaliações de hospitalização ou morte por COVID-19, por qualquer causa, até o Dia 28, no conjunto de análise
mITT1 (todos os participantes tratados com início dos sintomas ≤ 5 dias que tiveram pelo menos uma visita após
início do estudo).
Um total de 1.361 participantes foram randomizados para receber PaxlovidTM ou placebo. No início do estudo, a
idade média era de 45 anos; 52% eram do sexo masculino; 63% eram brancos, 5% eram negros, 48% eram
hispânicos ou latinos, e 20% eram asiáticos; 63% dos participantes tiveram início dos sintomas ≤ 3 dias antes do
início do tratamento do estudo; 44% dos participantes tinham sorologia negativa no início do estudo. Os fatores
de risco mais frequentemente relatados foram IMC ≥ 25 kg/m2 (1.080 [79,4%] participantes), uso de tabaco (501
[36,8%] participantes), hipertensão (441 [32,4%] participantes), idade ≥ 60 anos (255 [18,7%] participantes), e
diabetes mellitus (175 [12,9%] participantes). Outros fatores de risco foram distúrbio cardiovascular (50 [3,7%]
participantes), doença renal crônica (8 [0.6%] participantes), doença pulmonar crônica (67 [4,9%] participantes),
imunossupressão (12 [0,9%] participantes), câncer (4 [0,3%] participantes), distúrbios do neurodesenvolvimento
(2 [0,1%] participantes), infecção por HIV (1 [< 0,1%] participante) e dependência de dispositivo (5 [0,4%]
participantes). A carga viral média da linha de base (DP) foi 4,71 log10 cópias/mL (2,78); 27% dos participantes
tinham uma carga viral da linha de base de > 10^7 (unidades); 8,2% dos participantes receberam ou era esperado
receberem tratamento terapêutico com anticorpo monoclonal COVID-19 no momento da randomização, e foram
excluídos das análises mITT e mITT1.
As características demográficas e da doença de base foram equilibradas entre os grupos PaxlovidTM e placebo.
No momento da análise interina, 389 participantes no grupo PaxlovidTM e 385 participantes no grupo placebo
foram incluídos no conjunto de análises mITT. PaxlovidTM reduziu significativamente (p<0,0001) a proporção de
participantes com hospitalização ou óbito relacionada à COVID-19, até o Dia 28, em 89,1%, comparado com
placebo, em adultos participantes com início dos sintomas ≤ 3 dias, que estavam em risco aumentado de progressão
para doença grave. Nenhum óbito foi relatado no grupo PaxlovidTM, em comparação com 7 óbitos no grupo
placebo. As proporções de participantes que interromperam o tratamento devido a um evento adverso foram 2,4%
no grupo PaxlovidTM e 4,3% no grupo placebo.
Tendências semelhantes foram observadas para a análise de eficácia primária em subgrupos de participantes. A
Tabela 1 apresenta os resultados do desfecho primário na população de análise mITT e nos subgrupos por carga
viral na linha de base, estado sorológico ou idade.
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Tabela 1: Progressão de COVID-19 (hospitalização ou morte) até o dia 28 em adultos sintomáticos com
risco aumentado de progressão para doença grave; Conjunto de análise mITT
PaxlovidTM
Placebo
300 mg/100 mg
Número de pacientes (%) N=389 N=385
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 3 (0,8%) 27 (7,0%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0,78 (0,25; 2,39) 7,09 (4,92; 10,17)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -6,32 (-9,04; -3,59)
valor p p<0,0001
Carga viral < 10^7 cópias/mL n=242 n=244
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 2 (0,8%) 12 (4,9%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0,83 (0,21; 3,26) 4,96 (2,85; 8,57)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -4,14 (-7,10; -1,17)
valor p p=0,0063
Carga viral ≥ 10^7 cópias/mL n=122 n=117
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 1 (0,8%) 13 (11,1%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0,84 (0,12; 5,82) 11,28 (6,71; 18,63)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -10,44 (-16,44; -4,43)
valor p p=0,0007
Carga viral < 10^4 cópias/mL n=124 n=119
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 0 1 (0,8%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0 0,840 (0,12; 5,82)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -0,84 (-2,48; 0,80)
valor p p=0,3153
Carga viral ≥ 10^4 cópias/mL n=240 n=242
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 3 (1,3%) 31 (12,8%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 1,26 (0,41; 3,85) 10,07 (6,87; 14,65)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -8,81 (-12,89; -4,74)
valor p p<0,0001
Sorologia negativa n=168 n=175
a
Pacientes com hospitalização ou óbito (%) 3 (1,8%) 24 (13,7%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 1,80 (0,58; 5,47) 13,97 (9,59; 20,12)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -12,17 (-17,74; -6,61)
valor p p<0,0001
Sorologia positiva n=217 n=204
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 0 3 (1,5%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0 1,48 (0,48; 4,51)
Redução em relação ao placebo [95% IC] 0,00 (0,00; 0,00)
valor p p=0,0810
Idade < 65 anos n=345 n=334
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 2 (0,6) 18 (5,4)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 0,59 (0,15; 2,32) 5,47 (3,48; 8,54)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -4,88 (-7,47; -2,30)
valor p p=0,0002
Idade ≥ 65 anos n=44 n=51
Pacientes com hospitalização ou óbitoa (%) 1 (2,3%) 9 (17,6%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 2,27 (0,32; 15,06) 17,65 (9,60; 31,17)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -15,37 (-26,73; -4,02)
valor p p=0,0079
Abreviaturas: IC = intervalo de confiança; mITT = intenção de tratar modificada. Todos os participantes
designados aleatoriamente para a intervenção do estudo, que tomaram pelo menos 1 dose da intervenção do estudo,
com pelo menos 1 visita pós-linha de base, até o Dia 28, que na linha de base não receberam nem era esperado que
recebessem tratamento terapêutico com anticorpo monoclonal COVID-19, e foram tratados ≤ 3 dias após o início
dos sintomas de COVID-19; n = número de participantes em cada subconjunto.
a
Hospitalização ou óbito relacionada à COVID-19 por qualquer causa.
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Quando iniciado dentro de 5 dias do início dos sintomas, o tratamento com PaxlovidTM também reduziu
significativamente a incidência de hospitalização ou óbito em 85,2% até o Dia 28 (Tabela 2). Nenhum óbito foi
relatado no grupo PaxlovidTM, em comparação com 10 óbitos no grupo placebo. Os resultados da análise de
subgrupo para mITT1 foram consistentes com aqueles para mITT.
Tabela 2: Progressão da COVID-19 (hospitalização ou óbito) até o Dia 28 em adultos sintomáticos, com
risco aumentado de progressão para doença grave; Conjunto de análise mITT1
PaxlovidTM
Placebo
300 mg/100 mg
Número de pacientes N=607 N=612
a
Pacientes com hospitalização ou óbito (%) 6 (1,0%) 41 (6,7%)
Proporção estimada em 28 dias [95% IC], % 1,00 (0,45; 2,21) 6,76 (5,03; 9,04)
Redução em relação ao placebo [95% IC] -5,77 (-7,92; -3,61)
valor p p<0,0001
Abreviaturas: IC = intervalo de confiança; mITT1 = um conjunto de análise de intenção de tratar modificado que
inclui todos os participantes designados aleatoriamente para a intervenção do estudo, que tomaram pelo menos 1
dose da intervenção do estudo, com pelo menos 1 visita pós-linha de base, até o Dia 28, que na linha de base não
receberam nem era esperado que recebessem tratamento terapêutico com anticorpo monoclonal COVID-19, e
foram tratados ≤ 5 dias após o início dos sintomas de COVID-19.
a
Hospitalização ou óbito relacionada à COVID-19 por qualquer causa.
Foi realizada uma avaliação interina do efeito de PaxlovidTM na carga viral (cópias/mL) em relação ao placebo.
Um total de 572 participantes com uma carga viral de linha de base detectável foram incluídos na avaliação interina
e a mudança da linha de base ao Dia 5 (final do tratamento) foi avaliada. No Dia 5, após contabilizar o nível de
carga viral na linha de base, região geográfica, status sorológico e início dos sintomas, a mudança média ajustada
na carga viral (log10 cópias/mL) da linha de base mostrou uma redução adicional de 0,93 log10 (cópias/mL) no
grupo PaxlovidTM em relação ao placebo. A redução adicional da carga viral no tratamento com PaxlovidTM em
relação ao placebo foi mais aparente entre os participantes que eram soronegativos ou tinham elevada carga viral
no início do estudo. Da mesma forma, entre os participantes com início dos sintomas ≤ 3 dias, uma redução de
1,03 log10 (cópias/mL) foi mostrada no grupo PaxlovidTM, em relação ao placebo, no Dia 5.
Tabela 3: Análise da alteração da linha de base ao Dia 5 no log10 (carga viral, cópias/mL) em adultos com
COVID-19 sintomático, com risco aumentado de progressão para doença grave; Conjunto de análise
mITT1
PaxlovidTM
Placebo
300 mg/100 mg
Número de pacientes N=269 N=303
Linha de base, média (DP) 5,41 (2,24) 5,11 (2,23)
Dia 5, média (DP) 2,50 (1,82) 3,22 (2,20)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -2,69 (0,10) -1,75 (0,09)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -0,93 (0,13)
Sorologia negativa n=128 n=135
Linha de base, média (DP) 6,47 (1,57) 6,42 (1,66)
Dia 5, média (DP) 3,51 (1,54) 4,60 (1,91)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -3,26 (0,21) -2,12 (0,20)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -1,15 (0,20)
Sorologia positiva n=137 n=160
Linha de base, média (DP) 4,42 (2,34) 4,01 (2,07)
Dia 5, média (DP) 1,54 (1,54) 2,15 (1,80)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -2,28 (0,14) -1,51 (0,13)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -0,77 (0,17)
Carga viral < 10^7 cópias/mL n=183 n=228
Linha de base, média (DP) 4,26 (1,76) 4,20 (1,78)
Dia 5, média (DP) 1,82 (1,56) 2,51 (1,94)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -2,04 (0,12) -1,25 (0,11)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -0,79 (0,15)
Carga viral ≥ 10^7 cópias/mL n=86 n=75
Linha de base, média (DP) 7,85 (0,52) 7,86 (0,57)
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Dia 5, média (DP) 3,98 (1,43) 5,30 (1,50)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -4,41 (0,27) -3,01 (0,27)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -1,40 (0,24)
Tempo desde o início dos sintomas até a n=179 n=201
randomização ≤ 3 dias (mITT)
Linha de base, média (DP) 5,73 (2,25) 5,46 (2,24)
Dia 5, média (DP) 2,61 (1,90) 3,45 (2,33)
Alteração ajustada da linha de base, média (EP) -2,99 (0,12) -1,96 (0,12)
Redução em relação ao placebo, média (EP) -1,03 (0,16)
Abreviaturas: mITT = intenção de tratar modificada. Todos os participantes designados aleatoriamente para a
intervenção do estudo, que tomaram pelo menos 1 dose da intervenção do estudo, com pelo menos 1 visita pós-
linha de base até o Dia 28, que na linha de base não receberam nem era esperado que recebessem tratamento
terapêutico com anticorpo monoclonal COVID-19, e foram tratados ≤ 3 dias após o início dos sintomas de COVID-
19; mITT1 = um conjunto de análise de intenção de tratar modificado que inclui todos os participantes designados
aleatoriamente para a intervenção do estudo, que tomaram pelo menos 1 dose da intervenção do estudo, com pelo
menos 1 visita pós-linha de base até o Dia 28, que na linha de base não receberam nem era esperado que recebessem
tratamento terapêutico com anticorpo monoclonal COVID-19, e foram tratados ≤ 5 dias após o início dos sintomas
de COVID-19; DP = desvio padrão; EP = erro padrão.
Este medicamento foi autorizado sob o denominado regime de “uso emergencial”. Isso significa que se aguardam
mais evidências sobre esse medicamento. A Agência Regulatória irá rever novas informações sobre esse
medicamento, pelo menos uma vez por ano, e essa bula será atualizada conforme necessário.
População pediátrica
PaxlovidTM não foi estudado na população pediátrica.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: antivirais para uso sistêmico, antivirais de ação direta código ATC: ainda não atribuído.
Mecanismo de ação
O nirmatrelvir é um inibidor peptidomimético da protease do tipo coronavírus 3C (3CL), incluindo a protease
SARS-CoV-2 3CL. A inibição da protease 3CL torna a proteína incapaz de processar precursores de poliproteínas,
o que leva à prevenção da replicação viral. O nirmatrelvir mostrou ser um potente inibidor da protease SARS-
CoV-2 3CL (Ki = 0,00311 μM ou IC50 = 0,0192 µM) em um ensaio enzimático bioquímico.
O ritonavir não é ativo contra a protease SARS-CoV-2 3CL. O ritonavir inibe o metabolismo de nirmatrelvir
mediado pelo CYP3A, proporcionando assim concentrações plasmáticas aumentadas de nirmatrelvir.
Atividade antiviral
Resistência antiviral
Como o nirmatrelvir é coadministrado com ritonavir em baixa dosagem, pode haver o risco do HIV-1 desenvolver
resistência aos inibidores da protease do HIV em indivíduos com infecção por HIV-1 não controlada ou não
diagnosticada.
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Efeitos farmacodinâmicos
Eletrofisiologia cardíaca
Nenhum efeito clinicamente relevante de nirmatrelvir no intervalo QT corrigido pela frequência cardíaca (QTcF)
foi observado em um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, cruzado, em 10 adultos saudáveis.
O modelo previu o limite superior do intervalo de confiança (IC) de 90% para a linha de base, e a estimativa de
QTcF ajustada para ritonavir foi de 1,96 ms, em uma concentração aproximadamente 4 vezes maior do que a
concentração média de pico em estado estacionário, após uma dose terapêutica de nirmatrelvir/ritonavir de
300mg/100mg.
Em participantes que receberam placebo/ritonavir duas vezes ao dia, um aumento modesto no colesterol (≤ 27,2
mg/dL), colesterol LDL (≤ 23,2 mg/dL), triglicerídeos (≤ 64,3 mg/dL) e diminuição no colesterol HDL (≤ 4 mg/dL)
foi observada. O significado clínico de tais alterações com o tratamento de curto prazo é desconhecido.
Propriedades Farmacocinéticas
A farmacocinética de nirmatrelvir/ritonavir foi estudada em participantes saudáveis e em participantes com
COVID-19 leve a moderado.
Após a administração de uma dose única de nirmatrelvir/ritonavir 250 mg/100 mg a participantes saudáveis no
estado de jejum, a média geométrica (CV%) da concentração máxima (Cmáx), e a área sob a curva de concentração
plasmática-tempo de 0 até o momento da última medição (AUClast) foi de 2,88 ug/mL (25%) e 27,6 ug*hr/mL
(13%), respectivamente. Após a repetição da dose de nirmatrelvir/ritonavir 75 mg/100 mg, 250 mg/100 mg e 500
mg/100 mg, administrada duas vezes ao dia, o aumento da exposição sistêmica no estado estacionário parece ser
menos do que proporcional à dose. Doses múltiplas ao longo de 10 dias atingiram o estado estacionário no Dia 2,
com acúmulo de aproximadamente 2 vezes. As exposições sistêmicas no Dia 5 foram semelhantes ao Dia 10 em
todas as doses. Exposições de dose repetida simuladas de nirmatrelvir/ritonavir 300 mg/100 mg, administradas
duas vezes ao dia em participantes adultos do EPIC-HR, sugeriram que a AUCtau média foi de 28,80 µg*hr/mL, a
Cmáx média foi de 3,28 µg*hr/mL e a Cmín média foi de 1,45 µg/mL.
Absorção
Seguindo a administração oral de nirmatrelvir/ritonavir 300 mg/100 mg após uma dose única, a média geométrica
(CV%) da Cmáx de nirmatrelvir, e a área sob a curva da concentração plasmática-tempo de 0 a infinito (AUCinf),
no estado estacionário, foi 2,21 µg/mL (33) e 23,01 µg*hr/mL (23), respectivamente. O tempo médio (intervalo)
para Cmáx (Tmáx) foi 3,00 horas (1,02-6,00). A média aritmética (+DP) de meia-vida de eliminação terminal foi de
6,1 (1,8) horas.
Seguindo a administração oral de nirmatrelvir/ritonavir 300 mg/100 mg após uma dose única, a média geométrica
(CV%) de Cmáx e AUCinf de ritonavir foi 0,36 µg/mL (46) e 3,60 µg*hr/mL (47), respectivamente. O tempo médio
(intervalo) para Cmáx (Tmáx) foi 3,98 horas (1,48-4,20). A média aritmética (+DP) de meia-vida de eliminação
terminal foi de 6,1 (2,2) horas.
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Distribuição
A ligação de nirmatrelvir às proteínas no plasma humano é de aproximadamente 69%.
A ligação do ritonavir às proteínas plasmáticas humanas é de aproximadamente 98-99%.
Biotransformação
Estudos in vitro que avaliaram o nirmatrelvir sem ritonavir concomitante sugerem que nirmatrelvir é metabolizado
principalmente pelo CYP3A4. O nirmatrelvir não inibe reversivelmente CYP2D6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2C8
ou CYP1A2 in vitro, em concentrações clinicamente relevantes. Os resultados do estudo in vitro mostraram que
nirmatrelvir pode ser um indutor do CYP3A4, CYP2B6, CYP2C8 e CYP2C9. A relevância clínica é desconhecida.
Com base em dados in vitro, o nirmatrelvir tem um baixo potencial para inibir BCRP, MATE2K, OAT1, OAT3,
OATP1B3 e OCT2. Existe um potencial para o nirmatrelvir inibir MDR1, MATE1, OCT1 e OATP1B1 em
concentrações clinicamente relevantes. A administração de nirmatrelvir com ritonavir inibe o metabolismo de
nirmatrelvir. No plasma, a única entidade relacionada ao medicamento observada foi o nirmatrelvir inalterado.
Metabólitos oxidativos menores foram observados nas fezes e na urina.
Estudos in vitro utilizando microssomos hepáticos humanos demonstraram que o citocromo P450 3A (CYP3A) é
a principal isoforma envolvida no metabolismo do ritonavir, embora a CYP2D6 também contribua para a formação
do metabólito de oxidação M–2.
Doses baixas de ritonavir demonstraram profundos efeitos na farmacocinética de outros inibidores da protease (e
outros produtos metabolizados pelo CYP3A4), e outros inibidores da protease podem influenciar na
farmacocinética de ritonavir.
O ritonavir tem alta afinidade para várias isoformas do citocromo P450 (CYP), e pode inibir a oxidação com a
seguinte ordem de classificação: CYP3A4 > CYP2D6. O ritonavir também tem alta afinidade pela glicoproteína
P (P-gp) e pode inibir esse transportador. O ritonavir pode induzir a glicuronidação e oxidação pelo CYP1A2,
CYP2C8, CYP2C9 e CYP2C19, aumentando assim a biotransformação de alguns medicamentos metabolizados
por estas vias, e pode resultar na diminuição da exposição sistémica a esses medicamentos, o que poderia diminuir
ou encurtar o seu efeito terapêutico.
Eliminação
A principal via de eliminação de nirmatrelvir, quando administrado com ritonavir, foi a excreção renal do fármaco
intacto. Aproximadamente 49,6% e 35,3% da dose administrada de nirmatrelvir 300 mg foram recuperados na
urina e fezes, respectivamente. O nirmatrelvir foi a molécula predominante relacionada ao medicamento, com
pequenas quantidades de metabólitos decorrentes de reações de hidrólise na excreção. No plasma, a única molécula
relacionada ao medicamento quantificável foi o nirmatrelvir inalterado.
Estudos em humanos com ritonavir radiomarcado demonstraram que a eliminação de ritonavir foi, principalmente,
através do sistema hepatobiliar; aproximadamente 86% do marcador radioativo foi recuperado das fezes, parte do
qual se prevê que seja ritonavir não absorvido.
Populações específicas
Idade e sexo
Em uma análise farmacocinética populacional, a idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do nirmatrelvir.
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Estudos de interação conduzidos com nirmatrelvir/ritonavir
O CYP3A4 foi o principal contribuidor para o metabolismo oxidativo de nirmatrelvir, quando nirmatrelvir foi
testado sozinho em microssomos hepáticos humanos. O ritonavir é um inibidor do CYP3A, e aumenta as
concentrações plasmáticas do nirmatrelvir e de outros fármacos que são metabolizados, principalmente, pelo
CYP3A. Apesar de ser coadministrado com ritonavir, como potencializador farmacocinético, existe potencial para
inibidores e indutores fortes alterarem a farmacocinética de nirmatrelvir.
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Toxicologia
Os estudos de toxicidade de dose repetida, com duração de até 1 mês de nirmatrelvir em ratos e macacos, não
resultaram em resultados adversos.
Os estudos de toxicidade de dose repetida de ritonavir em animais identificaram os principais órgãos-alvo como o
fígado, retina, glândula tireoide e rins. As alterações hepáticas envolveram elementos hepatocelulares, biliares e
fagocíticos, e foram acompanhadas por aumentos das enzimas hepáticas. A hiperplasia do epitélio pigmentar da
retina, e a degeneração da retina, foram observadas em todos os estudos com roedores realizados com ritonavir,
mas não foram observadas em cães. Evidências ultra estruturais sugerem que essas alterações retinianas podem
ser secundárias à fosfolipidose. No entanto, os ensaios clínicos não revelaram evidência de alterações oculares
induzidas por medicamentos em humanos. Todas as alterações da tireoide foram reversíveis após a descontinuação
do ritonavir. A investigação clínica em humanos não revelou alteração clinicamente significativa nos testes de
função da tireoide.
Alterações renais, incluindo degeneração tubular, inflamação crônica e proteinúria, foram observadas em ratos e
podem ser atribuídas à doença espontânea específica da espécie. Além disso, nenhuma anormalidade renal
clinicamente significativa foi observada nos ensaios clínicos.
Carcinogênese
PaxlovidTM não foi avaliado quanto ao potencial de causar carcinogenicidade.
Mutagênese
PaxlovidTM não foi avaliado quanto ao potencial de causar mutagenicidade.
O nirmatrelvir não foi genotóxico em uma bateria de testes, incluindo mutagenicidade bacteriana, aberração
cromossômica usando células TK6 linfoblastoides humanas, e testes de micronúcleo de rato in vivo.
O ritonavir foi considerado negativo para atividade mutagênica ou clastogênica em uma bateria de ensaios in vitro
e in vivo, incluindo o ensaio de mutação reversa bacteriana de Ames usando S. typhimurium e E. coli, o ensaio de
linfoma em camundongo, o teste de micronúcleo em camundongo e ensaios de aberração cromossômica em
linfócitos humanos.
Toxicidade reprodutiva
nirmatrelvir
Em um estudo de fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial, não houve efeitos do nirmatrelvir na
fertilidade e no desempenho reprodutivo em doses de até 1.000 mg/kg/dia, representando 5x exposições clínicas
na dose autorizada de PaxlovidTM.
Estudos de toxicidade de desenvolvimento embriofetal (EDF) foram conduzidos em ratas e coelhas grávidas, que
receberam doses orais de nirmatrelvir de até 1.000 mg/kg/dia durante a organogênese [nos Dias de Gestação (DG)
6 a 17 em ratos e DG 7 a 19 em coelhos]. Não foram observados efeitos de desenvolvimento biologicamente
significativos no estudo EDF em ratos. Na dose mais alta de 1.000 mg/kg/dia, a exposição sistêmica ao nirmatrelvir
(AUC24) em ratos foi aproximadamente 10x maior do que as exposições clínicas na dose humana autorizada de
PaxlovidTM. No estudo de EDF de coelho, foram observados menores pesos corporais fetais (redução de 9%) a
1.000 mg/kg/dia na ausência de achados significativos de toxicidade materna. Em 1.000 mg/kg/dia, a exposição
sistêmica (AUC24) em coelhos foi aproximadamente 13x maior do que as exposições clínicas na dose humana
autorizada de PaxlovidTM. Nenhuma outra toxicidade significativa do desenvolvimento (malformações e letalidade
embriofetal) foram observadas até a dose mais alta testada, 1.000 mg/kg/dia. Não foram observados efeitos no
desenvolvimento em coelhos em 300 mg/kg/dia, resultando em exposição sistêmica (AUC24) aproximadamente
4x maior do que as exposições clínicas na dose humana autorizada de PaxlovidTM.
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No estudo de desenvolvimento pré e pós-natal, foram observadas reduções de peso corporal (até 8%) na prole de
ratas grávidas que receberam nirmatrelvir na exposição sistêmica materna (AUC24) aproximadamente 10x maior
do que as exposições clínicas na dose humana autorizada de PaxlovidTM. Não foram observadas alterações de peso
corporal na prole na exposição sistêmica materna (AUC24) aproximadamente 6x maior do que as exposições
clínicas na dose humana autorizada de PaxlovidTM.
ritonavir
O ritonavir não produziu efeitos na fertilidade dos ratos.
O ritonavir foi administrado por via oral a ratas grávidas (a 0, 15, 35 e 75 mg/kg/dia) e coelhas (a 0, 25, 50 e 110
mg/kg/dia) durante a organogênese (no DG 6 a 17 em ratos e 6 a 19 em coelhos). Não foi observada evidência de
teratogenicidade devido ao ritonavir em ratos e coelhos na exposição sistêmica (AUC) aproximadamente 4x maior
do que a exposição na dose humana autorizada de PaxlovidTM. Incidências aumentadas de reabsorções precoces,
atrasos de ossificação e variações de desenvolvimento, bem como pesos corporais fetais diminuídos, foram
observados em ratos na presença de toxicidade materna na exposição sistêmica aproximadamente 4x maior do que
a exposição na dose humana autorizada de PaxlovidTM. Em coelhos, foram observadas reabsorções, diminuição do
tamanho da ninhada e diminuição do peso fetal em doses maternas tóxicas aproximadamente 11x maior do que a
dose humana autorizada de PaxlovidTM, com base em um fator de conversão da área de superfície corporal. No
estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, a administração de 0, 15, 35 e 60 mg/kg/dia de ritonavir do
DG 6 até o Dia 20 pós-natal não resultou em toxicidade para o desenvolvimento, em doses de ritonavir 3x maiores
do que a dose humana autorizada de PaxlovidTM, com base em um fator de conversão da área de superfície corporal.
4. CONTRAINDICAÇÕES
PaxlovidTM também é contraindicado com medicamentos altamente dependentes do CYP3A para depuração, e
para os quais concentrações plasmáticas elevadas estejam associadas a reações graves e/ou potencialmente fatais.
PaxlovidTM também é contraindicado com medicamentos que sejam indutores potentes do CYP3A, nos quais as
concentrações plasmáticas de nirmatrelvir/ritonavir significativamente reduzidas possam estar associadas ao
potencial de perda de resposta virológica e possível resistência.
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Tabela 6: Medicamentos contraindicados para uso concomitante com nirmatrelvir/ritonavir
Classe de medicamento Medicamentos dentro da classe Comentários clínicos
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Tabela 6: Medicamentos contraindicados para uso concomitante com nirmatrelvir/ritonavir
Classe de medicamento Medicamentos dentro da classe Comentários clínicos
Imunossupressores voclosporina A coadministração é contraindicada devido
ao potencial de nefrotoxicidade aguda e/ou
crônica.
Medicamentos para eletriptana, A coadministração de eletriptana dentro de
enxaqueca pelo menos 72 horas após PaxlovidTM é
contraindicada devido ao potencial de
reações adversas graves, incluindo eventos
cardiovasculares e cerebrovasculares.
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Tabela 6: Medicamentos contraindicados para uso concomitante com nirmatrelvir/ritonavir
Classe de medicamento Medicamentos dentro da classe Comentários clínicos
Produtos fitoterápicos Erva de São João (Hypericum Concentrações plasmáticas potencialmente
perforatum) diminuídas de nirmatrelvir/ritonavir podem
levar à perda da resposta virológica e
possível resistência.
a
Vide item 3. Características Farmacológicas – Estudos de interação conduzidos com nirmatrelvir/ritonavir.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O início de medicamentos que inibem ou induzem o CYP3A pode aumentar ou diminuir as concentrações de
PaxlovidTM, respectivamente.
Ver Tabela 6 para medicamentos que são contraindicados para uso concomitante com nirmatrelvir/ritonavir (vide
item 4. Contraindicações) e Tabela 7 para interações potencialmente significativas com outros medicamentos (vide
item 6. Interações Medicamentosas). O potencial para interações deve ser considerado com outros medicamentos,
antes e durante a terapia com PaxlovidTM. Os medicamentos concomitantes devem ser revisados durante a terapia
com PaxlovidTM, e o paciente deve ser monitorado quanto a reações adversas associadas aos medicamentos
concomitantes. O risco de interações com medicamentos concomitantes, durante o período de tratamento de 5 dias
com PaxlovidTM, deve ser avaliado em relação ao risco de não receber PaxlovidTM.
Reações de hipersensibilidade
Anafilaxia e outras reações de hipersensibilidade foram notificadas com PaxlovidTM (Vide item 9. Reações
Adversas). Casos de necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson foram relatados com ritonavir,
um componente de PaxlovidTM. Se ocorrerem sinais e sintomas de reação de hipersensibilidade clinicamente
significativas ou anafilaxia, descontinue imediatamente PaxlovidTM e inicie medicamentos apropriados e/ou
cuidados de suporte.
Hepatotoxicidade
Ocorreram elevações das transaminases hepáticas, hepatite clínica e icterícia em pacientes recebendo ritonavir.
Portanto, deve-se ter cuidado ao administrar PaxlovidTM a pacientes com doenças hepáticas pré-existentes,
anormalidades das enzimas hepáticas ou hepatite.
Resistência ao HIV
Como o nirmatrelvir é coadministrado com ritonavir, pode haver o risco de o HIV-1 desenvolver resistência aos
inibidores da protease do HIV em indivíduos com infecção pelo HIV-1 não controlada ou não diagnosticada.
Excipientes
Os comprimidos de nirmatrelvir contêm lactose. Os pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência total de lactase, ou má absorção de glucose-galactose, não devem tomar este medicamento.
Os comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir contêm, cada um, menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou
seja, são essencialmente "isentos de sódio".
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Não existem dados humanos sobre o uso de PaxlovidTM durante a gravidez para informar o risco de resultados
adversos no desenvolvimento associado ao medicamento; as mulheres com potencial para engravidar devem evitar
engravidar durante o tratamento com PaxlovidTM e por 7 dias após completarem o tratamento com PaxlovidTM.
O uso de ritonavir pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais hormonais combinados. Pacientes que utilizam
anticoncepcionais hormonais combinados devem ser aconselhados a utilizar um método anticoncepcional
alternativo eficaz ou um método de contracepção de barreira adicional durante o tratamento e até após um ciclo
menstrual completo após a interrupção de PaxlovidTM (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Gravidez
Existem dados limitados sobre a utilização de PaxlovidTM em mulheres grávidas. PaxlovidTM não é recomendado
durante a gravidez e em mulheres com potencial para engravidar que não utilizam métodos contraceptivos eficazes.
Dados em animais com nirmatrelvir mostraram toxicidade no desenvolvimento em coelhos (pesos corporais fetais
inferiores), mas não em ratos. Não houve efeito relacionado com nirmatrelvir na morfologia fetal, ou viabilidade
embriofetal, em qualquer dose testada em estudos de toxicidade no desenvolvimento embriofetal em ratos ou
coelhos. Não houve efeitos adversos relacionados ao nirmatrelvir em um estudo de desenvolvimento pré e
pós-natal em ratos (vide item 3. Características Farmacológicas – Dados de segurança pré-clínicos).
Um grande número de mulheres grávidas foi exposto ao ritonavir durante a gravidez. Estes dados referem-se,
principalmente, à exposições em que o ritonavir foi usado em terapia combinada e não em doses terapêuticas de
ritonavir, mas em doses mais baixas como um potencializador farmacocinético para outros inibidores de protease,
semelhante à dose de ritonavir usada para nirmatrelvir/ritonavir. Esses dados não indicam nenhum aumento na
taxa de defeitos de nascimento em comparação com as taxas observadas em sistemas de vigilância de defeitos de
nascimento baseados na população. Os dados em animais com ritonavir mostraram toxicidade reprodutiva (vide
item 3. Características Farmacológicas – Dados de segurança pré-clínicos).
Lactação
Não existem dados humanos sobre a utilização de PaxlovidTM na lactação.
Não se sabe se nirmatrelvir é excretado no leite humano ou animal, e os efeitos disso em recém-nascido/lactente,
ou os efeitos na produção de leite. Limitados dados publicados reportam que ritonavir está presente no leite
humano. Não existe informação sobre os efeitos do ritonavir em recém-nascido/lactente, ou efeitos do
medicamento na produção de leite. Um risco para o recém-nascido/bebê não pode ser excluído. A amamentação
deve ser interrompida durante o tratamento com PaxlovidTM e durante 7 dias após a última dose de PaxlovidTM.
Fertilidade
Não existem dados humanos sobre o efeito de PaxlovidTM na fertilidade. Não existem dados humanos disponíveis
sobre o efeito de nirmatrelvir na fertilidade.
O nirmatrelvir não produziu efeitos na fertilidade em ratos (vide item 3. Características Farmacológicas – Dados
de segurança pré-clínicos).
Não existem dados humanos sobre o efeito de ritonavir na fertilidade. O ritonavir não produziu efeitos na
fertilidade em ratos.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
Diabetes.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
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grandes aumentos de exposição quando coadministrados com nirmatrelvir/ritonavir. Assim, a coadministração de
nirmatrelvir/ritonavir com medicamentos altamente dependentes do CYP3A para depuração e para os quais
concentrações plasmáticas elevadas estão associadas a eventos graves e/ou com risco à vida, é contraindicada (vide
item 4. Contraindicações).
A coadministração de outros substratos do CYP3A4 que podem levar a interação potencialmente significativa
deverá ser considerada apenas se os benefícios superarem os riscos (ver Tabela 7).
O nirmatrelvir e ritonavir são substratos do CYP3A; portanto, os medicamentos que induzem CYP3A podem
diminuir as concentrações plasmáticas de nirmatrelvir e ritonavir e reduzir o efeito terapêutico de PaxlovidTM.
Os medicamentos listados na Tabela 7 são um guia e não uma lista abrangente de todos os medicamentos possíveis
que podem interagir com nirmatrelvir/ritonavir. O profissional de saúde deve consultar as referências apropriadas
para obter informações abrangentes.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Anti-histamínicos fexofenadina ↑ fexofenadina O ritonavir pode modificar o efluxo da
fexofenadina mediado pela P-gp
quando administrado como potenciador
farmacocinético, resultando em
concentrações aumentadas de
fexofenadina.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
afatinibe ↑ afatinibe As concentrações séricas podem ser
aumentadas devido à proteína de
resistência ao câncer de mama (BCRP)
e à inibição aguda da P-gp pelo
ritonavir. A extensão do aumento na
AUC e Cmáx depende do momento de
administração do ritonavir. Deve-se ter
cuidado ao administrar afatinibe com
PaxlovidTM (consulte a bula do produto
afatinibe). Monitore as reações
adversas relacionadas ao afatinibe.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Anticoagulantes varfarina ↑↓ varfarina Monitore de perto a INR se for
necessária coadministração com
varfarina.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Antidepressivos amitriptilina, ↑ amitriptilina, É provável que o ritonavir
fluoxetina, ↑ fluoxetina, administrado como agente
imipramina, ↑ imipramina, antirretroviral inibe o CYP2D6 e, como
nortriptilina, ↑ nortriptilina, resultado, é esperado o aumento das
paroxetina, ↑ paroxetina, concentrações de imipramina,
sertralina ↑ sertralina amitriptilina, nortriptilina, fluoxetina,
paroxetina ou sertralina.
É recomendado a monitorização
cuidadosa dos efeitos terapêuticos e
adversos quando estes medicamentos
são administrados concomitantemente
com doses antirretrovirais de ritonavir.
↑ nirmatrelvir/ritonavir
Antigota colchicina ↑ colchicina A coadministração é contraindicada
devido ao potencial de reações graves
e/ou com risco à vida em pacientes com
insuficiência hepática e/ou renal (vide
item 4. Contraindicações).
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Inibidores de amprenavir ↑ amprenavir (64%, 5 O ritonavir aumenta os níveis séricos
protease anti-HIV vezes) de amprenavir como resultado da
inibição do CYP3A4. Para obter mais
informações, o profissional de saúde
deve consultar a bula do produto
amprenavir.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Anti-infectivos atovaquona ↓ atovaquona O ritonavir administrado como
potenciador farmacocinético induz
glucuronidação e, como resultado, é
esperado a diminuição das
concentrações plasmáticas de
atovaquona. É recomendado a
monitorização cuidadosa dos níveis
séricos ou efeitos terapêuticos quando a
atovaquona é coadministrada com
ritonavir.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
bedaquilina ↑ bedaquilina Consulte a bula do produto bedaquilina
para mais informações.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Glicosídeos digoxina ↑ digoxina É necessário cuidado ao coadministrar o
cardíacos PaxlovidTM com a digoxina, com
monitoramento adequado dos níveis
séricos de digoxina.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
transmembrana da ivacaftor ↑ ivacaftor Reduza a dosagem quando
fibrose cística coadministrado com PaxlovidTM.
elexacaftor/ ↑ elexacaftor/ Consulte as bulas dos produtos
tezacaftor/ivacaftor tezacaftor/ivacaftor individuais para obter mais
informações.
tezacaftor/ivacaftor ↑ tezacaftor/ivacaftor
Inibidores de saxagliptina ↑ saxagliptina Recomenda-se o ajuste da dose de
dipeptidil peptidase saxagliptina. Consulte a bula do produto
4 (DPP4) saxagliptina para obter mais
informações.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Pacientes que estão tomando regimes
para HCV contendo ritonavir devem
continuar o tratamento conforme
indicado. Monitorar o aumento de
eventos adversos do medicamento HCV
ou PaxlovidTM com o uso concomitante
(vide item 8. Posologia e Modo de usar).
Produtos Erva de São João ↓ nirmatrelvir/ritonavir A coadministração é contraindicada
fitoterápicos (Hypericum devido à perda potencial de resposta
perforatum) virológica e possível resistência (vide
item 4. Contraindicações).
Inibidores da lovastatina, ↑ lovastatina A coadministração é contraindicada
HMG-CoA redutase sinvastatina ↑ sinvastatina devido ao potencial para miopatia,
incluindo rabdomiólise (vide item 4.
Contraindicações).
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
ciclosporina, ↑ ciclosporina Evite o uso de PaxlovidTM quando não
tacrolimo ↑ tacrolimo for possível monitorar de perto as
concentrações de imunossupressores.
Se coadministrado, recomenda-se o
ajuste da dose do imunossupressor e a
monitorização das concentrações do
imunossupressor e das reações
adversas associadas ao
imunossupressor. Consulte a bula do
produto imunossupressor individual
para mais informações e obter a
consulta especializada do especialista
em terapia imunossupressora do
paciente.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Antagonistas dos finerenona ↑ finerenona A coadministração é contraindicada
receptores de devido ao potencial de reações adversas
mineralocorticoides graves, incluindo hipercalemia,
hipotensão e hiponatremia (vide item 4.
Contraindicações).
Antagonistas dos darifenacina ↑ darifenacina A dose diária de darifenacina não deve
receptores exceder 7,5 mg quando coadministrada
muscarínicos com PaxlovidTM. Consulte a bula do
produto darifenacina para obter mais
informações.
Analgésicos buprenorfina, ↑ buprenorfina (57%, Os aumentos dos níveis plasmáticos de
norbuprenorfina 77%), buprenorfina e seu metabólito ativo não
↑ norbuprenorfina levaram a alterações farmacodinâmicas
(33%, 108%) clinicamente significativas em uma
população de pacientes tolerantes a
opioides. O ajuste da dose de
buprenorfina pode, portanto, não ser
necessário quando os dois são
administrados juntos.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
Agentes suvorexanto ↑ suvorexanto Evite o uso concomitante de
neuropsiquiátricos suvorexanto com PaxlovidTM.
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Classe de Medicamentos dentro Efeito na
medicamento da classe concentração Comentários clínicos
buspirona, ↑ sedativo/hipnótico Uma diminuição da dose pode ser
clorazepato, necessária para esses medicamentos
diazepam, quando coadministrados com
estazolam, PaxlovidTM e monitoramento de eventos
flurazepam, adversos.
zolpidem
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PaxlovidTM deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Não refrigerar ou congelar.
PaxlovidTM pode ser utilizado por 18 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O nirmatrelvir deve ser coadministrado com ritonavir. A falha na coadministração correta de nirmatrelvir com
ritonavir resultará em concentrações plasmáticas de nirmatrelvir que serão insuficientes para atingir o efeito
terapêutico desejado.
Posologia
A posologia recomendada é de 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) com 100 mg de ritonavir
(um comprimido de 100 mg), todos tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante 5 dias. PaxlovidTM
deve ser administrado, assim que possível, após resultados positivos de teste viral direto de SARS-CoV-2, e no
prazo de 5 dias após o início dos sintomas.
O PaxlovidTM pode ser tomado com ou sem alimentos (vide item 3. Características Farmacológicas – Propriedades
Farmacocinéticas). Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, e não mastigados, partidos ou esmagados.
Uma dose esquecida deve ser tomada o mais rápido possível e dentro de 8 horas do horário programado, e o
esquema posológico normal deve ser retomado. Se tiverem decorrido mais de 8 horas, a dose esquecida não deve
ser tomada e o tratamento deve ser retomado de acordo com o esquema posológico normal.
Se um paciente precisar de hospitalização devido à COVID-19 grave ou severa, após o início do tratamento com
PaxlovidTM, o paciente deve completar o curso completo de tratamento de 5 dias, a critério do seu profissional de
saúde.
Populações especiais
População pediátrica
A segurança e eficácia de PaxlovidTM em pacientes pediátricos com idade inferior a 18 anos não foram ainda
estabelecidas.
Idosos
Nenhum ajuste de dose é atualmente recomendado para pacientes idosos.
Insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal leve.
Em pacientes com insuficiência renal moderada, a dose de PaxlovidTM deve ser reduzida para nirmatrelvir/ritonavir
150mg/100mg (1 comprimido de cada) duas vezes ao dia por 5 dias. O comprimido remanescente de nirmatrelvir
deve ser dispensado de acordo com os requisitos locais.
PaxlovidTM não é recomendado em pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal visto que a dose
apropriada ainda não foi determinada (vide item 3. Características Farmacológicas - Propriedades
Farmacocinéticas)
Insuficiência hepática
Nenhum ajuste de dose de PaxlovidTM é necessário para pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh
Classe A) ou moderada (Child-Pugh Classe B).
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Não há dados farmacocinéticos ou de segurança disponíveis sobre o uso de nirmatrelvir ou ritonavir em indivíduos
com insuficiência hepática grave (Child-Pugh Classe C), portanto, PaxlovidTM é contraindicado em pacientes com
insuficiência hepática grave.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas no grupo PaxlovidTM (≥ 1%) que ocorreram com uma frequência maior do que no grupo
placebo foram disgeusia (5,6% e 0,3%, respectivamente), diarreia (3,1% e 1,6%), vômitos (1,1% e 0,8%), cefaleia
(1,4% e 1,3%) e mialgia (1% e < 1%).
Tabela 8: Reações Adversas ao Medicamento (RAMs) por Classe de Sistema de Órgãos e Categoria de
Frequência do Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS) listados em ordem
de gravidade médica decrescente ou importância clínica dentro de cada categoria de frequência e Classe de
Sistema de Órgãos (SOC).
Classe de Muito Comum Incomum Raro Muito Frequência
Órgão do Comum ≥ 1/100 a < 1/10 ≥ 1/1000 a ≥ 1/10.000 Raro desconhecida
Sistema ≥ 1/10 < 1/100 a < (não pode
< 1/1000 1/10.000 ser estimada
a partir dos
dados
disponíveis)
Distúrbios do Hipersensibilidade* Anafilaxia*
sistema imune
Distúrbios do Disgeusiaa
sistema nervoso Cefaleiaa
Distúrbios Hipertensão
vasculares *
Distúrbios Diarreiaa Dor
gastroinstestinais Vômitoa abdominal*
Náusea*
Distúrbios gerais Mal-estar*
e situação no
local de
administração
* RAM identificada pós-comercialização.
a. Ocorrendo com uma frequência ≥1% no grupo PaxlovidTM e com uma frequência maior do que no grupo placebo.
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População pediátrica
A segurança e eficácia de PaxlovidTM em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Neste caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificação de Eventos Adversos a
Medicamentos - VigiMed, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
O tratamento de superdose com PaxlovidTM deve consistir em medidas gerais de suporte, incluindo monitoramento
dos sinais vitais e observação do estado clínico do paciente. Não existe um antídoto específico para a superdose
com PaxlovidTM.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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III - DIZERES LEGAIS
MS – 1.2110.XXXX
Farmacêutica Responsável: Andrea T. Nichele – CRF-SP nº 44063
Registrado por:
Pfizer Brasil Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860
CEP 04717-904 – São Paulo – SP
CNPJ nº 61.072.393/0001-33
OU
PaxlovidTM
Embalado por:
Pfizer Manufacturing Deutschland GmbH
Freiburg – Alemanha
OU
OU
Importado por:
Pfizer Brasil Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, nº 32501, km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
Essa bula foi aprovada para uso emergencial pela ANVISA em 14/12/2022.
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