1) O poema descreve a jornada de um artista desde o seu nascimento até o presente, onde atingiu fama e prestígio como pintor.
2) No entanto, o artista sente falta de algo em sua vida, apesar do sucesso, e descobre que o que faltava era o amor de seu marido.
3) Agora sozinho novamente, o artista se volta à destruição em busca de alívio, pintando apenas vermelho com as mãos partidas.
1) O poema descreve a jornada de um artista desde o seu nascimento até o presente, onde atingiu fama e prestígio como pintor.
2) No entanto, o artista sente falta de algo em sua vida, apesar do sucesso, e descobre que o que faltava era o amor de seu marido.
3) Agora sozinho novamente, o artista se volta à destruição em busca de alívio, pintando apenas vermelho com as mãos partidas.
1) O poema descreve a jornada de um artista desde o seu nascimento até o presente, onde atingiu fama e prestígio como pintor.
2) No entanto, o artista sente falta de algo em sua vida, apesar do sucesso, e descobre que o que faltava era o amor de seu marido.
3) Agora sozinho novamente, o artista se volta à destruição em busca de alívio, pintando apenas vermelho com as mãos partidas.
7 - O céu me pingou no chão. E o tempo nos espera...
8 - Não ensaiei como viver... O rosto mais lindo que eu já retratei! 5 - Nasci sensível, O beijo dele é mais arte 10 - Voltado a andar na contramão, Que a arte que eu faço, 8 - Já com saudade de morrer. Que a arte que eu sinto, 2 - Meu pai Que a arte que eu sei! 8 - Me sonhava outro rapaz... 11 - “Que indício é esse que ele dá?” E eu viro um artista… 9 - Pôs minha alma de molho 8 - Em solvente aguarrás, 10 - De repente o céu era ali! 10 - Descolorindo meu je ne sais quoi. Finalmente provei 10 - Mas minha mãe pôs minha essência A parte viva da vida! 6 - Pra secar no varal, O céu é pra dois, 9 - Pra rebuliço das vizinhas; E ele é meu marido! 10 - Me deu pincéis e disse, em sequência: Como se atrasa um “depois” 6 - “Se borrar, não faz mal; Quando “agora” é meu momento preferido? 8 - Pinta só fora das linhas”. Mas então o céu queima, Pingando estrelas decadentes, 10 - De repente o céu era ali! Como tinta aquarela num jarro! Eu descubro que a vida teima 14 - Existia estar bem na beirada da vida! Em vir cravar em mim seus dentes, 7 - Pra lá do que é mundo! E do amor eu me desamarro... 7 - Pra cá do que é arte! Descubro que não tenho poder 6 - Parte quente de ver Fora das minhas telas; 10 - A borda do que se nasceu pra ser! O “depois” mata o “antes” pra ver 9 - O mundo descobre meu traço, O fim das coisas belas! 10 - E eu traço o mundo que sonhei: 8 - Notoriedade triunfal! 11 - De repente o inferno é aqui! 12 - Minha mãe nota a idade e me diz: 7 - “É deslumbrante, eu sei, 7 - Eu esfarelo o sol! 9 - Mas recolhe a alma do varal”. 7 - Faço um pé de meia, 7 - Dou facadas na lua! 9 - E pé no chão eu vou pra França: 10 - Ingresso na École de Beux-arts; 7 - Dou soco em estrelas! 6 - Tenho fé na veia 7 - Eu grito, eu me rasgo! 13 - Artística que é minha desde criança, 11 - E o aluno egresso faz vingar! 7 - Eu costuro outro sol, 8 - O quinhão mais glorioso 7 - Dou remendos na lua, 10 - De tudo aquilo que eu sonhei 7 Conserto as estrelas, 12 - Tá a uma distância de poder tocar! 3-3 - Me calo, me colo, 9 - No meu atelier charmoso 10 - Só pra destruir tudo outra vez! 11 - Entra um poeta, um papa, um rei, 8 -E outra vez, e outra vez, 11 - Presidentes e atrizes, sem faltar! 8 -E outra vez, e outra vez, 8 - Passa um mês, e outra vez, 10 - De repente o céu era ali! 8 -Passa um ano, e outra vez, 8 -Mais um ano outra vez, 7- Já tem fã e prestígio! 8 -E outro ano outra vez, 8 - Causa afã o prodígio! 8 -Cinco anos e um mês, 7 - Sempre um camareiro 8 -São seis anos e um mês, 6 - Nos confins da cama! 6 -Sete anos, talvez, 6 - Chove só dinheiro 7 -Eu me perco uma vez, 6 - Nos jardins da fama! 8 - Mas me encontro outra vez. 6 - Convites, manchetes, 8 - Oito anos de uma vez, 6 - Viagens e festas! 12 - E dói como doía no primeiro mês. 7 - Mas há algo nas frestas... 10 - Não viveram felizes pra sempre 6 - Falta uma chama... 6 - Depois do “Era uma vez”. 5 - Algo me chama! 5 - Quebrei minhas mãos, 7 - Já nada me exalta, 7 Sei pintar só vermelho. 6 - Nem mais minha obra; 9 - E só descubro o que falta 8 - Quando enfim ele sobra!