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Índice

Introdução 2
O empirismo 3
Empirismo (definição e características) 3
Frases de defensores do empirismo: 4
De onde provém o conhecimento? 5
IMPRESSÕES 5
IDEIAS 5
Como procede o espírito ao raciocinar e construir conhecimento? 6
Princípios da combinação das ideias: 6
Que tipo de conhecimento podemos obter? 7
Conhecimento de ideias (ou relação de ideias): 7
Conhecimento de questões de facto (ou conhecimento de facto): 7
Criticas ao empirismo 8
Percursores do empirismo 8
George Berkeley 8
John Locke 9
Bibliografia e webgrafia 9

P
A
Introdução
Estamos a fazer este trabalho a pedido da professora Aida Tavares, no âmbito
da disciplina de filosofia.
O tema deste trabalho enquadra-se no programa do 11º ano, no capítulo III do manual
adotado pela escola “Clube das ideias” da Areal Editores, tendo como tema a
epistemologia, ou seja, o conhecimento.
O objetivo deste trabalho é refletir e pesquisar sobre a doutrina filosófica,
como o racionalismo, o empirismo, o ceticismo e dogmatismo. Perante os temas
propostos, o nosso trabalho contemplará o empirismo.
O trabalho está organizado em duas partes. Na primeira parte serão abordadas
as caraterísticas gerais do empirismo e, na segunda parte serão dados a conhecer dois
precursores desta mesma doutrina.

P
A
O empirismo
Empirismo (definição e características)

O empirismo é uma doutrina filosófica sobre as origens do conhecimento. Esta


doutrina defende que a única fonte de conhecimento é a experiência, afirmando que
absolutamente nenhum conhecimento ou nenhum conhecimento com referência
existencial é possível independentemente da experiência.

O empirismo reúne as seguintes características:

● Negação de que haja verdades universais e necessárias;


● Negação de que haja conhecimento que não considere a experiência passada,
presente ou futura;
● Negação de que haja conhecimento instintivo, inato ou congénito;
● Negação de que se possa obter certo conhecimento por se considerar alguma
coisa como o oposto do que é inconcebível;
● Negação de que existam quaisquer pressupostos de todo o conhecimento ou
de alguma coisa conhecida com certeza;
● Negação de que possam ser estabelecidas quaisquer verdades pelo facto de
que negá-las implique a sua reafirmação;
● Negação de que definições ou proposições convencionais ou arbitrárias
produzam conhecimento.
Para os defensores do empirismo:

● Todo o conhecimento deriva da experiência;


● A mente é uma tábua rasa;
● Não existem ideias inatas.
O método empírico de Francis Bacon e de Thomas Hobbes teve influência em todos os
filósofos do Reino Unido no século XVII. John Locke foi considerado o fundador desta
doutrina, que ficou conhecida como empirismo “britânico”, em oposição ao
racionalismo que predominava na maior parte da Europa continental.

O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois graças à valorização das
experiências e do conhecimento científico, o homem passou a procurar resultados
práticos, especialmente no domínio da natureza.

P
A
Frases de defensores do empirismo:

“As ações dos seres humanos são as


melhores intérpretes de seus
pensamentos”.

“O pensamento mais vivo é sempre inferior


à experiencia”

David Hume

“E cuidado com os sentidos, para negar a


existência real das coisas sensíveis, ou fingir
que não sabe nada sobre eles? Isso não é o
suficiente para chamar um homem cético?”

P
A
De onde provém o conhecimento?
● Todo o conhecimento provém da experiência.
Os primeiros dados do conhecimento são impressões sensíveis sob a forma de
perceções ou representações. As perceções correspondem a qualquer conteúdo da
experiência e ocorrem quando o indivíduo observa, sente, recorda e imagina.

Existem dois tipos de perceções: as impressões (sensações) e as ideias (imagens ou


cópias. Estas distinguem-se pela sua qualidade e pelo seu grau de intensidade
(vivacidade).

IMPRESSÕES

● Podem ser impressões de sensação (cores, sons, etc.) e impressões de reflexão


(alegria, ódio, ect.)
● Correspondem a experiências mais vividas e mais fortes do que as ideias, ou
seja, mais claras e mais pormenorizadas.

IDEIAS

● São um produto de memória ou da imaginação. De memória, quando


recordamos uma impressão passada; da imaginação, quando formamos no
nosso espírito a imagem de um objeto possível ou existente.
● São cópias das impressões, representações e imagens das impressões. São as
menos vividas e as menos fortes, sendo as imagens enfraquecidas das
impressões no pensamento e no raciocínio.
Afirma-se a existência de ideias simples e de ideias complexas.

● As ideias simples são ideias que não podem ser decompostas, como a ideia de
cor ou de forma; derivam de impressões simples.
● As ideias complexas são combinações de ideias simples.

P
A
Como procede o espírito ao
raciocinar e construir
conhecimento?
● O nosso raciocínio funciona por associação de ideias.

Quando pensamos, estamos a proceder a associação de ideias. As inferências


resultam da capacidade da imaginação permitir antecipar os acontecimentos
futuros. Mas a capacidade de associar ideias não e arbitrária, existem princípios
que dirigem essas combinações.

Princípios da combinação das ideias:


▪ Semelhança:
Se dois objetos se assemelham, então a ideia de um conduz o pensamento ao
outro.
▪ Contiguidade no espaço/ou tempo:
Se dois objetos são contíguos no espaço e/ou no tempo, a ideia de um leva
facilmente à ideia do outro.
▪ Causa efeito:
Pensamos em função da reação de um com o outro. A causa traz-nos ao
pensamento o efeito. O efeito transmite o pensamento para a causa.

P
A
Que tipo de conhecimento podemos
obter?
Conhecimento de ideias (ou relação de ideias):
● É um conhecimento à priori e consiste em estabelecer relações entre ideias que
constituem cada uma das proposições;
● A sua verdade pode ser conhecida pela mera inspiração lógica do que afirmam.
São verdades necessárias baseadas exclusivamente no princípio da não
contradição;
● Diríamos que são verdades analíticas e, como tal, nada nos dizem sobre o que
existe e acontece no mundo.

Conhecimento de questões de facto (ou conhecimento de facto):


● O seu valor está dependente do teste empírico. É um conhecimento a
posteriori;
● Diríamos que estamos perante verdades sintéticas, que nos dizem qualquer
coisa sobre o que acontece e se passa no mundo e que não está presente nos
elementos relacionados.
O que leva a estabelecer uma relação causa efeito nas questões de facto?
● A resposta é o hábito. Segundo os empiristas, após a conjugação de dois
objetos, somos determinados pelo hábito ou costume a esperar um a partir do
aparecimento do outro e estabelecer uma conexão necessária.

P
A
Criticas ao empirismo
● É cético
Se todos os conteúdos do conhecimento provêm da experiência, o conhecimento
humano fica desde logo encerrado nos limites do mundo empirismo. O conhecimento
do suprassensível torna-se impossível.
● É reducionista
Embora assinale a importância da experiência perante o desdém do racionalismo, ao
fazer dela a única fonte do conhecimento, o empirismo cai no oposto, substituindo um
externo pelo outro.

Percursores do empirismo
George Berkeley
George Berkeley (1685-1753) foi um filósofo Idealista irlandês. Mais conhecido
pela defesa do imaterialismo, partiu de estudos em epistemologia para desenvolver
análises de temas metafísicos, de filosofia da ciência, de filosofia da matemática, de
filosofia da religião, economia, política e moral. Acreditava ainda que os fundamentos
da matemática não podem ser compreendidos, assim como não podemos
compreender os fundamentos da fé e, se acreditamos na matemática, maior crença
devemos ter nas verdades religiosas.
Em 1707, recebeu o título de Mestre em Artes; desenvolve a filosofia imaterialista,
parcialmente registrada em dois cadernos de anotações, conhecidos atualmente como
Comentários filosóficos; publica dois breves tratados matemáticos, escreveu “O
analista”, nesta obra, criticava o cálculo diferencial e integral de Newton. Também
escreveu “Uma defesa do livre pensamento em matemática”.
Foi nomeado bispo de Cloyne, na Irlanda. Durante a fome e a epidemia de peste, que
ocorreram entre 1737 e 1741, Berkeley devotou-se aos doentes, tentando curá-los
com água de alcatrão. Sobre o tema, escreveu uma obra chamada Siris. Também por
esta época escreveu “O questionador”, onde reflete sobre questões econômicas e
sociais. Em 1752, velho e doente, Berkeley renunciou ao episcopado e se retirou para
Oxford, onde veio a morrer.

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A
John Locke
John Locke nasceu em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632.
Descendente de uma família de comerciantes burgueses foi educado na Westminster
School. Em 1652, entrou para a Christ Church College, em Oxford. Estudou Medicina, e
Ciências Naturais. Em 1668, foi admitido na academia científica da Sociedade Real de
Londres. Estudou as obras de Descartes, Thomas Hobbes e Francis Bacon, despertando
o interesse pela Filosofia.
Foi secretário do Lord Ashley Cooper, futuro chanceler da Inglaterra, para quem
realizou diversas missões diplomáticas. Passou parte de sua vida viajando. Em 1683,
Lord Ashley foi acusado de envolvimento na tentativa de assassinato do rei Charles II, e
John Locke teve que se refugiar na Holanda, só retornando à Inglaterra quando
Guilherme III foi proclamado rei.
Em 1689, durante o exílio na Holanda, John Locke escreveu “Cartas Sobre a
Tolerância”, na qual afirma que a reivindicação por tolerância tem como pressuposto a
separação entre Estado e Igreja, ideia revolucionária para o cenário político da época.
John Locke teve um papel importante na discussão sobre a “Teoria do
Conhecimento”, tema em destaque no pensamento moderno. Na obra “Ensaios sobre
o Entendimento Humano” (1690), Locke distingue duas fontes possíveis para as ideias:
a sensação – modificação feita na mente através dos sentidos, e a reflexão – perceção
que a alma tem daquilo que nela ocorre. Locke afirma que a alma é como uma folha de
papel em branco e que o conhecimento só começa após a experiência.
Destacou-se também na política com a obra “Dois Tratados Sobre o Governo
Civil” (1690), tornando-se o teórico da revolução liberal inglesa, cujas ideias refletiram
por todo o século XVIII, dando fundamento filosófico às revoluções ocorridas não só na
Europa como nas Américas. John Locke faleceu em High Laver, Inglaterra, no dia 28 de
outubro de 1704.

Bibliografia e webgrafia
http://duvida-metodica.blogspot.pt/2009/04/impressoes-e-ideias.html

https://www.pensador.com/autor/david_hume/biografia/

https://www.pensador.com/autor/john_locke/biografia/

https://www.somatematica.com.br/biograf/berkeley.php

AMORIM, Carlos; PIRES, Catarina. Escolar. Clube das ideias 11 - Filosofia

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