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Capítulo 02: Reflexão da luz e espelhos planos

REFLEXÃO DA LUZ

A reflexão é o fenômeno luminoso pelo qual a luz, após atingir uma superfície, continua no mesmo meio de propagação inicial. A reflexão é um
fenômeno físico muito presente em nosso cotidiano e é responsável pela visão que temos dos objetos que nos cercam, tanto no que se refere à
sua forma como também à sua cor. Conforme visto anteriormente, enxergamos os objetos, fontes secundárias de luz, pela luz que eles refletem.
Além disso, a utilização dos espelhos só é possível devido à reflexão. A figura a seguir mostra a luz de uma lanterna que sofre reflexão ao atingir
um espelho. Observe, com atenção, que a parte de trás do espelho é a superfície refletora (a parte da frente é um vidro transparente). Neste
estudo, vamos considerar, exceto quando for especificado o contrário, que os nossos espelhos têm espessura desprezível. Assim, a reflexão vai
ocorrer na face que recebe a luz.

A reflexão sofrida pela luz é regida por duas leis, chamadas Leis da Reflexão. Considere um raio luminoso que chega à superfície refletora,
chamado de raio incidente (RI). No ponto de incidência, traçamos uma reta imaginária, perpendicular à superfície, chamada de reta normal (N).
O raio que continua no meio inicial de propagação, após ser refletido na superfície, é chamado de raio refletido (RR).
Considere que i seja o ângulo entre o raio incidente e a normal à superfície (ângulo de incidência). Seja r o ângulo entre o raio refletido e a
normal (ângulo de reflexão). Veja a figura a seguir.

Leis da Reflexão:

• 1ª Lei: RI, N e RR são coplanares (estão sempre contidos no mesmo plano).


• 2ª Lei: Os ângulos de incidência e de reflexão são sempre congruentes (i = r).

Quando a luz incide sobre uma superfície, ela pode ser refletida de duas maneiras diferentes, conforme representado a seguir. Na primeira
figura, a reflexão é chamada de especular (ou regular) e ocorre em superfícies polidas, como um espelho ou uma lâmina de água parada.
Na outra figura, a reflexão é difusa (ou irregular) e acontece quando a luz atinge superfícies rugosas, tais como uma parede, uma folha de caderno
ou o rosto de uma pessoa.
Esse tipo de reflexão permite que você possa enxergar e ler o texto impresso nas páginas deste livro de qualquer posição que olhar, pois a luz
refletida pelas páginas difunde-se (espalha) em todas as direções.

Na figura anterior, à esquerda, você percebe claramente que as duas Leis da Reflexão são obedecidas. Agora, pense e responda: as duas Leis da
Reflexão valem na reflexão difusa (figura da direita)?

ESPELHO PLANO
Neste estudo, vamos trabalhar apenas com objetos reais, que são corpos que não são formados por prolongamentos dos raios de luz (refletidos
ou refratados). Assim, inicialmente, serão aqueles corpos colocados à frente dos dispositivos ópticos. Um espelho plano é uma superfície plana
e polida que reflete a luz de forma regular. Na figura a seguir, representamos um objeto pontual O à frente de um espelho plano vertical. Nela,
estão representados dois raios de luz que partiram do objeto e incidiram no espelho.
Os raios refletidos pelo espelho foram traçados levando-se em conta as Leis da Reflexão. Os raios refletidos pelo espelho não se cruzam e,
portanto, são divergentes. Assim, devemos traçar o que chamamos de prolongamento do raio refletido, um segmento de reta na direção do raio
refletido e no sentido oposto a ele.

Observe que os prolongamentos dos raios refletidos (traços pontilhados) se encontram no ponto I, atrás do espelho.
Esse ponto corresponde à imagem do objeto, formada pelo espelho. Um observador, diante do espelho, enxerga essa imagem porque seus olhos
recebem os raios de luz como se estes estivessem saindo da imagem I. Toda imagem de um objeto real formada por prolongamentos de raios
refletidos é chamada de imagem virtual. Uma imagem desse tipo não pode ser projetada em uma tela, pois ela não tem existência física real
(nenhuma luz chega, de fato, onde está a imagem). A figura a seguir mostra um dos raios de luz refletidos pelo espelho. Os triângulos destacados
(OPQ e IPQ) são congruentes, e as suas bases são iguais (IP = OP). Veja que a linha azul (OPI) é perpendicular ao espelho – linha de simetria. Em
todo espelho plano, o objeto e a sua imagem estão sobre a linha de simetria.
Dessa forma, não é necessário desenhar os raios incidentes e refletidos para localizar a imagem.

Assim, podemos destacar três fatos importantes a respeito da imagem formada pelo espelho plano:

1. A imagem é sempre virtual.


2. O objeto e a imagem estão sobre uma linha perpendicular ao espelho (linha de simetria).
3. A distância do objeto ao espelho (DO) é igual à distância da imagem ao espelho (DI) – Simetria.

Veja a seguir a posição das imagens (I) de alguns objetos (O) colocados à frente de um espelho plano (E).

Observe, na figura anterior, que o objeto O3, mesmo estando em uma região “fora do espelho”, teve sua imagem I3 formada sobre a linha de
simetria e à mesma distância do espelho que o objeto O3. Assim, todo objeto colocado na parte anterior de um espelho plano tem sua imagem
formada por este. Se o objeto for extenso, cada ponto dele terá uma imagem formada sobre a linha de simetria e à mesma distância do espelho
que o ponto objeto.
Veja, a seguir, a imagem de um boneco formada por um espelho colocado na vertical. O boneco carrega uma caixa quadrada (vermelha) e outra
triangular (verde) nas mãos direita e esquerda, respectivamente. Sejam HO e HI as alturas e LO e LI as larguras do boneco e da sua imagem.
Vamos colocar o boneco de duas maneiras: primeiro, paralelo ao espelho e, depois, perpendicular a este.

Observe que as linhas de simetria nos permitem determinar as imagens de cada ponto do objeto, à mesma distância que cada um deles se
encontra do espelho. Assim, podemos concluir que em todo espelho plano, colocado na vertical,

1. as dimensões do objeto e da imagem são iguais e independentes das distâncias (HI = HO e LI = LO).
2. a direção vertical da imagem e do objeto não sofre inversão – a imagem formada é DIRETA (boneco e imagem de cabeça para cima).
3. a imagem é simétrica, em relação ao objeto, nas direções horizontais (inversão lateral direito-esquerda e inversão de profundidade).

Se o espelho estiver na horizontal ou inclinado, as duas últimas conclusões não se aplicam. Assim, quando for o caso, convém você determinar
a imagem (usando a simetria) e analisar cada caso. Veja as figuras a seguir.

Campo visual do espelho plano


Outro ponto importante diz respeito ao campo visual do espelho plano, que é definido como a região onde um observador deve se posicionar
para poder enxergar a imagem de um objeto fixo. Esse campo pode ser encontrado traçando-se os raios incidentes, originados do objeto, e os
respectivos raios refletidos nas duas extremidades do espelho, conforme ilustrado na figura a seguir. A região azul, compreendida entre o
espelho (E) e os dois raios refletidos (RR), representa o campo visual do espelho para o objeto o da figura. De qualquer lugar dessa região, o
observador pode ver a imagem do objeto. Estando fora dela, o observador não verá a imagem, embora esta continue a existir na mesma posição
de simetria. Para facilitar o traçado dos raios refletidos, convém desenhar a imagem (I), na linha de simetria, e traçar um seguimento de reta
passando pela imagem e pelas extremidades do espelho.
Em algumas situações, o observador está fixo, enquanto queremos saber a região onde um ou mais objetos devem ser colocados para que o
observador possa enxergar as suas imagens. A determinação dessa região é feita de forma semelhante ao caso anterior. Traçamos dois raios de
luz incidentes e dois raios de luz refletidos, tendo como base as extremidades do espelho e o observador (ao invés do objeto).
Ou seja, determinamos a “imagem do observador” por simetria. A região entre o espelho e os raios refletidos corresponderá ao local onde
qualquer objeto deverá ser colocado para que a sua imagem possa ser vista por aquele observador fixo.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
01. Um rapaz, usando chapéu, tem altura H e encontra-se diante de um espelho plano preso em uma parede vertical. A distância entre os olhos
do rapaz e o chão mede x.
Qual tamanho mínimo do espelho, e em que posição este deve ficar, para permitir ao rapaz enxergar a imagem completa de seu corpo?

Resolução:
A figura a seguir representa o espelho de tamanho mínimo h (segmento BD), o rapaz de altura H (em linha cheia) e a sua imagem (em linha
tracejada). O espelho foi posicionado na parede de forma a permitir que o rapaz, visando os pontos B e D, possa ver a imagem do chapéu e dos
seus pés, respectivamente. Lembre-se de que as distâncias da imagem e do rapaz ao espelho (d) são iguais, e que a altura (H) do rapaz e de sua
imagem também são iguais. Na figura, A representa os olhos.

Seja y a distância da base inferior do espelho até o chão.

Na figura anterior, temos:


• Triângulos ABD e ACE semelhantes.
BD/CE = d/2d ⇒ h/H = d/2d ⇒ h = H/2

• Triângulos EDF e EAP semelhantes.


DF/AP = d/2d ⇒ y/x = d/2d ⇒ y = x/2

Assim, podemos concluir que o tamanho mínimo do espelho é igual à metade da altura do rapaz (H/2), e que o espelho deve ser colocado de
forma que sua base fique distante do solo de um valor igual à metade do valor da distância dos olhos do rapaz até o chão (x/2). Vale observar,
também, que esse resultado é independente da distância que o rapaz se encontra do espelho.

EXERCÍCIOS

01. (CEFET-MG)
Analise o esquema abaixo referente a um espelho plano.
A imagem do objeto que será vista pelo observador localiza-se no ponto

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

02. (ASCES-PE)
A figura a seguir ilustra um raio de luz incidindo em um espelho plano e sendo refletido. A linha tracejada é normal à superfície do espelho. Se o
ângulo  é igual a 37°, a soma  +  vale

a) 18,7°
b) 55,5°
c) 74°
d) 90°
e) 127°

03. (PUC-RJ)
Um objeto está a 10 cm da superfície de um espelho plano. Um observador se posiciona a 40 cm do espelho, e seus olhos se encontram à mesma
altura do objeto.
Calcule a distância, em centímetros, entre a imagem do objeto formada pelo espelho e o observador.

a) 20
b) 30
c) 40
d) 50
e) 60

04. (UESPI)
Na figura abaixo, E1 e E2 representam dois espelhos planos dispostos perpendicularmente entre si. Se um raio luminoso incidir no espelho E2
formando um ângulo de 60° com a superfície refletora, conforme está indicado, qual será o ângulo quando o raio sair do conjunto de espelhos,
após refletir no espelho E1?

a) 60°
b) 30°
c) 45°
d) 20°
e) 15°

05. (UFU-MG)
Uma pessoa, brincando com um apontador laser, emite um feixe de luz na direção de um espelho plano (1), perpendicular a um outro (2), de
mesma natureza. O caminho do raio é ilustrado na figura a seguir.

O ângulo r, com que o raio refletido deixa o espelho (2), é igual a:

a) i
b) 90° – i
c) 2i
d) i + 90°

06. (UEG)
Um estudante de física está posicionado a uma distância de 12 m de um espelho plano. Se ele se deslocar a uma velocidade de 2,0 m/s em
direção ao espelho, em quanto tempo estará a um metro de distância da sua imagem?

07. (UERN)
Na noite do réveillon de 2013, Lucas estava usando uma camisa com o ano estampado na mesma. Ao visualizá-la através da imagem refletida
em um espelho plano, o número do ano em questão observado por Lucas se apresentava da seguinte forma

a)
b)
c)
d)

08. (UFG)
A figura a seguir representa um dispositivo óptico constituído por um laser, um espelho fixo, um espelho giratório e um detector. A distância
entre o laser e o detector é d = 1,0 m, entre o laser e o espelho fixo é h = 3 m e entre os espelhos fixo e giratório é D = 2,0 m.

Sabendo-se que  = 45°, o valor do ângulo  para que o feixe de laser chegue ao detector é:

a) 15°
b) 30°
c) 45°
d) 60°
e) 75°

09. (UFAL)
Duas moedas, de 10 e 50 centavos, encontram-se sobre o tampo de uma mesa horizontal, em cuja extremidade existe um espelho vertical (ver
figura). Para efeito de cálculo, considere as moedas como objetos pontuais localizados nos centros das circunferências mostradas. De acordo
com os comprimentos dos segmentos indicados na figura, pode-se afirmar que a distância da moeda de 50 centavos à imagem da moeda de 10
centavos é igual a:
a) 4 cm
b) 24 cm
c) 28 cm
d) 40 cm
e) 48 cm

10. (UESPI)
Uma bola vai do ponto A ao ponto B sobre uma mesa horizontal, segundo a trajetória mostrada na figura a seguir. Perpendicularmente à
superfície da mesa, existe um espelho plano. Pode-se afirmar que a distância do ponto A à imagem da bola quando ela se encontra no ponto B
é igual a:

a) 8 cm
b) 12 cm
c) 16 cm
d) 20 cm
e) 32 cm

11. (UDESC)
Um estudante pretende observar inteiramente uma árvore de 10,80 m de altura, usando um espelho plano de 80,0 cm. O estudante consegue
seu objetivo quando o espelho está colocado a 5,0 m de distância da árvore.

A distância mínima entre o espelho e o estudante é:

a) 0,40 m
b) 0,50 m
c) 0,20 m
d) 0,60 m
e) 0,80 m

12. (CEFET-PR)
Ao montar uma loja de roupas, um comerciante deseja colocar um espelho plano que tenha a menor altura possível, mas que seja capaz de
fornecer uma imagem por inteiro da maioria de seus clientes. Supondo que seus clientes possuam uma altura média de 1,70 m, o mais indicado
para o comerciante é comprar um espelho que tenha uma altura, em m, igual a:

a) 0,90.
b) 0,80.
c) 1,70.
d) 0,75.
e) 0,60.

13. (FUVEST-SP)
Um rapaz com chapéu observa sua imagem em um espelho plano e vertical. O espelho tem o tamanho mínimo necessário, y = 1,0 m, para que
o rapaz, a uma distância d = 0,5 m, veja a sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés. A distância de seus olhos ao piso horizontal é h = 1,60
m. A figura da questão “a” ilustra essa situação e, em linha tracejada, mostra o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem do ponto
mais alto do chapéu.
a) Desenhe, na figura abaixo, o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem da ponta dos pés do rapaz.

b) Determine a altura H do topo do chapéu ao chão.


c) Determine a distância Y da base do espelho ao chão.
d) Quais os novos valores do tamanho mínimo do espelho ( y’ ) e da distância da base do espelho ao chão ( Y’ ) para que o rapaz veja sua
imagem do topo do chapéu à ponta dos pés, quando se afasta para uma distância d’ igual a 1 m do espelho?

NOTE E ADOTE
O topo do chapéu, os olhos e a ponta dos pés do rapaz estão em uma mesma linha vertical.

14. (UNICAMP-SP)
A figura abaixo mostra um espelho retrovisor plano na lateral esquerda de um carro. O espelho está disposto verticalmente e a altura do seu
centro coincide com a altura dos olhos do motorista. Os pontos da figura pertencem a um plano horizontal que passa pelo centro do espelho.
Nesse caso, os pontos que podem ser vistos pelo motorista são:

a) 1, 4, 5 e 9.
b) 4, 7, 8 e 9.
c) 1, 2, 5 e 9.
d) 2, 5, 6 e 9.

15. (Univag-MT)
O gráfico mostra um observador estático O, disposto exatamente na intersecção das linhas Df, ao lado de um anteparo opticamente opaco P,
tendo um espelho plano E sobre a linha vertical G.

Olhando para o espelho E, o observador O pode ver apenas as imagens dos algarismos

a) 3 e 4.
b) 1 e 2.
c) 3, 4 e 5.
d) 2 e 3.
e) 1 e 3.
16. (UESPI)
A figura ilustra a vista superior de uma sala quadrada, de comprimento L, onde uma pessoa está situada num ponto P, defronte a um espelho
plano E, de comprimento total D. Se a distância da pessoa à parede onde está o espelho é x, qual deve ser o comprimento mínimo do espelho
para que a pessoa possa visualizar toda a largura y da porta de entrada da sala, que está localizada às suas costas?

a) y(L + x)/x
b) y(L − x)/x
c) xy/L
d) xy/(L − x)
e) xy/(L + x)

17. (UFAM)
Um observador O está diante de um espelho plano E. Quatro objetos são colocados nos pontos I, II, III e IV, conforme indicado na figura a seguir:

Podemos afirmar que o observador em O consegue ver por reflexão no espelho plano E os objetos localizados:

a) Somente no ponto II.


b) Somente nos pontos I e II.
c) Somente nos pontos I, II e III.
d) Somente nos pontos I, II e IV.
e) Somente nos pontos II, III e IV.

18. Um observador O está diante Juliana está parada no ponto A, indicado na figura a seguir, contemplando sua imagem num espelho plano
vertical E, de largura 3,0 m. Rodrigo, um colega de classe, vem caminhando ao longo da reta r, paralela à superfície refletora do espelho, com
velocidade de intensidade 2,0 m/s.

Desprezando-se as dimensões de Juliana e de Rodrigo, responda:

a) Por quanto tempo Juliana poderá observar a imagem de Rodrigo em E?


b) Se Juliana estivesse na posição B, qual seria o tempo de observação da imagem de Rodrigo?

19. (UESPI)
Quando uma pessoa se aproxima de um espelho plano ao longo da direção perpendicular a este e com uma velocidade de módulo 1 m/s, é
correto afirmar que a sua imagem:
a) se afasta do espelho com uma velocidade de módulo 1 m/s.
b) se afasta do espelho com uma velocidade de módulo 2 m/s.
c) se aproxima do espelho com uma velocidade de módulo 0,5 m/s.
d) se aproxima do espelho com uma velocidade de módulo 1 m/s.
e) se aproxima do espelho com uma velocidade de módulo 2 m/s.

20. (UNIPAR-PR)
Analise as proposições abaixo:

I. O campo visual de um espelho plano é sempre o mesmo, qualquer que seja a posição do observador.
II. O campo visual de um espelho é tanto maior quanto mais próximo de seu centro estiver o observador.
III. O campo visual de um espelho plano cresce conforme aumenta a distância do observador em relação ao espelho.

Podemos afirmar que:

a) somente a proposição I está correta.


b) somente a proposição II está correta.
c) somente a proposição III está correta.
d) as proposições I, II e III estão corretas.
e) as proposições I, II e III estão erradas.

21. (UECE)
Você está em pé em uma sala, parado diante de um espelho vertical no qual pode ver, apenas, dois terços de seu corpo.
Considere as ações descritas a seguir:

I. Afastar-se do espelho.
II. Aproximar-se do espelho.
III. Usar um espelho maior, cuja altura o permita ver seu corpo inteiro quando você está na sua posição inicial.

Você gostaria de ver seu corpo inteiro refletido no espelho. Para atingir seu objetivo, das ações listadas anteriormente, você pode escolher

a) apenas a I.
b) apenas a II.
c) apenas a III.
d) a I ou a III, apenas.

22. (ITA-SP)
Um raio de luz de uma lanterna acesa em A ilumina o ponto B, ao ser refletido por um espelho horizontal sobre a semi-reta DE da figura, estando
todos os pontos num mesmo plano vertical. Determine a distância entre a imagem virtual da lanterna A e o ponto B.
Considere AD = 2 m , BE= 3m e DE= 5 m .

23. (FUVEST-SP)
Uma jovem está parada em A, diante de uma vitrine, cujo vidro, de 3 m de largura, age como uma superfície refletora plana vertical. Ela observa
a vitrine e não repara que um amigo, que no instante t0 está em B, se aproxima, com velocidade constante de 1 m/s, como indicado na figura,
vista de cima. Se continuar observando a vitrine, a jovem poderá começar a ver a imagem do amigo, refletida no vidro, após um intervalo de
tempo, aproximadamente, de:

a) 2s
b) 3s
c) 4s
d) 5s
e) 6s
24. (EFOA-MG)
Um objeto aproxima-se de um espelho plano com uma velocidade V, em relação ao espelho. É CORRETO afirmar que a velocidade do objeto em
relação à sua imagem, formada no espelho, é igual a:

a) V
b) 2V
c) V/4
d) V/2
e) 4V

25. (UESPI)
Um pequeno objeto real de altura h é posicionado na frente de um espelho plano, a uma distância d do mesmo (veja figura). Assinale a alternativa
correta com relação à imagem fornecida por tal espelho.

a) A imagem é virtual, tem altura h e está localizada a uma distância d do espelho.


b) A imagem é real, tem altura h e está localizada a uma distância d do espelho.
c) A imagem é virtual, tem altura menor que h e está localizada a uma distância d/2 do espelho.
d) A imagem é real, tem altura maior que h e está localizada a uma distância 2d do espelho.
e) Independente de sua natureza (real ou virtual), a imagem terá altura h e estará localizada no foco do espelho.

Translação e rotação de objetos e espelhos


Considere um objeto colocado a uma distância D de um espelho plano (E). Se o objeto for deslocando de uma distância d, sendo aproximado ou
afastado do espelho, com velocidade constante v, a sua imagem se desloca da mesma quantidade. Veja a seguir que a simetria da imagem nos
garante isso.

Analisando a figura anterior, chegamos a duas conclusões importantes:

1. A imagem e o objeto se deslocam, em relação ao espelho, ao mesmo tempo e na mesma quantidade. Assim, eles têm velocidades de
mesmo módulo v em relação ao espelho, porém de sentidos opostos. Logo, a velocidade da imagem, em relação ao objeto, terá módulo
igual a 2v.
2. A imagem virtual se desloca, em relação ao dispositivo óptico, da mesma forma que o objeto. Ou seja, se o objeto se afasta (ou se
aproxima) do espelho, a imagem também se afasta (ou se aproxima) do espelho. Isso vale para qualquer imagem virtual (inclusive nos
futuros casos), sendo essa uma informação útil que deve ser memorizada.

Agora, vamos considerar que o espelho foi deslocado.

Considere um objeto colocado a uma distância D de um espelho plano (E). Se o espelho for deslocado de uma distância d, se aproximando ou se
afastando do objeto, a imagem do objeto será deslocada de 2d. Veja a seguir. Na primeira figura, a distância objeto-imagem é: OI = D + D = 2D.
Na segunda, a distância objeto-imagem é: OI’ = (D + d) + (D + d) = 2D + 2d.
Assim, a distância entre as imagens (deslocamento da imagem) é a diferença entre as medidas anteriores, ou seja, 2d. Veja ainda que, se a
velocidade do espelho em relação ao objeto é v, a velocidade da imagem em relação ao espelho tem módulo v, mas em relação ao objeto tem
módulo 2v.
Se um raio de luz incide sobre um espelho, formando um ângulo θ com a normal, ele e refletido, formando o mesmo ângulo com a normal (2a
Lei da Reflexão). Isso nos permite concluir que, se o raio incidente gira em relação ao espelho de um ângulo α, o raio refletido gira do mesmo
ângulo α.
Assim, os raios incidente e refletido giram com a mesma velocidade angular. Veja a seguir.

Se o espelho gira, em relação à luz incidente, de um ângulo α, o raio refletido gira o dobro desse ângulo, ou seja, o raio refletido gira de um
ângulo 2α. Veja a seguir. O ângulo entre os raios incidente e refletido (δ1), na primeira figura, é igual a δ1 = θ + θ, ou seja, δ1 = 2θ. Após girar o
espelho de α (a normal também gira de α), os ângulos de incidência e de reflexão passam para θ + α, cada um.

Assim, o ângulo (δ2) entre os raios incidente e refletido, na segunda figura, será δ2 = (θ + α) + (θ + α) = 2θ + 2α. A diferença entre δ2 e δ1
corresponde ao ângulo que o raio refletido gira, ou seja: δ2 - δ1 = (2θ + 2α) - (2θ) = 2α. Logo, se o espelho gira com velocidade angular ω, o raio
refletido gira com velocidade angular 2ω.
O fato anterior tem uma aplicação pratica muito importante. Alguns aparelhos de medição, que usam ponteiros que se deslocam numa escala,
tem afixado no ponteiro um pequeno espelho plano. Um feixe de luz incide no espelho e o raio refletido e projetado sobre o zero de uma escala.
Quando o ponteiro gira, indicando funcionamento, o raio refletido pelo espelho gira o dobro desse valor e se desloca bastante, indicando a
leitura a ser efetuada. Isso permite que a sensibilidade do aparelho seja ajustada de acordo com a necessidade.

EXERCÍCIOS

26. (UNIMONTES-MG)
Um espelho plano forma sempre uma imagem que é simétrica. Se um objeto é colocado a uma distância X do espelho, a distância entre o objeto
e sua imagem é 2X. Quando o espelho sofre uma translação, aumentando de uma quantidade D sua distância em relação ao objeto, a nova
distância entre objeto e imagem será:

a) 2X+2D
b) X+D
c) 2X+D
d) X+2D

27. (UFAC)
Um espelho plano fornece uma imagem de um objeto situado a uma distância de 20cm do espelho. Afastando-se o espelho 30cm numa direção
normal ao seu plano, a distância que separará a antiga imagem da nova será:

a) 50cm
b) 30cm
c) 70cm
d) 60cm

28. (FATEC-SP)
Uma pessoa encontra-se em pé em frente a um espelho plano vertical. O espelho é afastado de uma distância d, relativamente à posição em
que se encontrava anteriormente. A posição da nova imagem da pessoa em relação à anterior se afastará de:

a) d/4
b) d/2
c) d
d) 2d
e) 4d

29. (UFRRJ)
Considere a situação esquematizada abaixo, na qual um pequeno espelho plano se encontra disposto verticalmente, bem em frente ao rosto de
uma pessoa.

o
30

Para que essa pessoa consiga ver a imagem da lâmpada no teto, sem precisar se abaixar, o espelho deve ser girado a:

a) 60°
b) 30°
c) 15°
d) 90°
e) 45°

30. (UNIMONTES-MG)
Um homem caminha, com velocidade de módulo vH = 3 m/s em relação ao solo, em direção a um espelho plano vertical E, o qual também se
move com velocidade de módulo vE = 4 m/s em relação ao solo (veja a figura). O módulo da velocidade da imagem, em relação ao homem, é:

a) 1 m/s.
b) 3 m/s.
c) 2 m/s.
d) 4 m/s.

31. Um raio de luz proveniente de uma fonte F incide num espelho plano e, após refletir-se, ilumina o ponto A de um anteparo, conforme o
esquema abaixo. Sabe-se que OA = AB.
Girando-se o espelho em torno do eixo 0 e no sentido horário, qual deve ser o ângulo de rotação para que o novo raio refletido ilumine o ponto
B?

32. A figura mostra, visto de cima, um carro que se desloca em linha reta, com o espelho plano retrovisor externo perpendicular à direção de
seu movimento. O motorista gira o espelho até que os raios incidentes na direção do movimento do carro formem um ângulo de 30° com os
raios refletidos pelo espelho, como mostra a figura.

De quantos graus o motorista girou o espelho?

Associação de espelhos planos


Quando dois espelhos planos, E1 e E2, são postos frente a frente, segundo um ângulo θ (em graus), a imagem I1 de um objeto (o), formada pelo
espelho E1, se comporta como objeto para o prolongamento do espelho E2 e vice-versa.
Assim, os dois espelhos produzem múltiplas imagens.
O número total (N) de imagens formadas pelos dois espelhos é dado por:

Observe que,

1. se 360°/θ for par, para qualquer posição do objeto entre os espelhos, o observador verá N imagens.
2. se 360°/θ for ímpar, o observador verá N imagens apenas se o objeto estiver equidistante dos espelhos.

Para θ = 90°, temos 3 imagens (360/90 – 1 = 3). Elas estão representadas na figura a seguir. Observe que as imagens e o objeto estão numa
circunferência cujo centro coincide com o ponto comum entre os espelhos. Veja, ainda, que as imagens I3 e I4 são coincidentes e, portanto,
enxergamos apenas uma delas.

Veja, a seguir, uma foto das imagens formadas pelos espelhos.


Imagens formadas em espelhos conjugados.

EXERCÍCIOS

33. (UERJ)
Uma garota, para observar seu penteado, coloca-se em frente a um espelho plano de parede, situado a 40 cm de uma flor presa na parte de trás
dos seus cabelos.

Buscando uma visão melhor do arranjo da flor no cabelo, ela segura, com uma das mãos, um pequeno espelho plano atrás da cabeça, a 15 cm
da flor. A menor distância entre a flor e sua imagem, vista pela garota no espelho de parede, está próxima de:

a) 55 cm
b) 70 cm
c) 95 cm
d) 110 cm

34. (UNIFENAS-MG)
O armário do banheiro de minha casa, possui duas portas espelhadas as quais têm as dobradiças no mesmo lugar. Como uma gira em sentido
horário e a outra, em sentido anti-horário, abri as duas e coloquei a cabeça entre elas, para tentar observar a minha orelha. Percebi, então, que
5 imagens de meu rosto foram formadas. Nesta situação, o ângulo entre as duas portas é igual a

a) 30°.
b) 45°.
d) 60°.
d) 72°.
e) 90°.

35. (UFAL)
Entre dois espelhos planos, perpendiculares entre si, coloca-se um objeto P a 1,5 cm de um deles e a 2,0 cm do outro, como representa a figura.

O número de imagens que se obtém e a distância do objeto à imagem mais afastada, em cm, valem, respectivamente,
a) 2 e 3.
b) 2 e 4.
c) 3 e 3.
d) 3 e 4.
e) 3 e 5.

36. (UNIFESP-SP)
A figura representa um objeto e cinco espelhos planos, E1, E2, E3, E4 e E5.

Assinale a sequência que representa corretamente as imagens do objeto conjugadas nesses espelhos.

a) E1 : E 2 :→ E 3 : E 4 : E 5 :
b) E1 : E 2 : E 3 : E 4 : E 5 :
c) E1 : E 2 : E 3 : E 4 : E 5 :
d) E1 : E 2 : E 3 : E 4 : E 5 :
e) E1 : E 2 :→ E 3 : E 4 :→ E 5 :

37. (UFG)
Espelhos conjugados são muito usados em truques no teatro, na TV etc. para aumentar o número de imagens de um objeto colocado entre eles.
Se o ângulo entre dois espelhos planos conjugados for  / 3 rad, quantas imagens serão obtidas?

a) Duas
b) Quatro
c) Cinco
d) Seis
e) Sete

38. (UNCISAL)
Quando dois espelhos planos são dispostos de modo que suas faces refletoras formem entre si um ângulo de 72°, o número de imagens de um
objeto colocado exatamente no plano bissetor do ângulo formado entre eles será

a) 6.
b) 5.
c) 4.
d) 2.
e) 0.

39. (UFRJ)
Uma criança segura uma bandeira do Brasil como ilustrado na figura I. A criança está diante de dois espelhos planos verticais A e B que fazem
entre si um ângulo de 60°. A figura II indica seis posições, 1, 2, 3, 4, 5 e 6, relativas aos espelhos. A criança se encontra na posição 1 e pode ver
suas imagens nas posições 2, 3, 4, 5 e 6.
Em quais das cinco imagens a criança pode ver os dizeres ORDEM E PROGRESSO? Justifique a sua resposta.

40. Um diretor de cinema registrou uma cena em que apareceram 24 bailarinas. Ele utilizou na filmagem apenas três atrizes, trajadas com a
mesma roupa, colocadas diante de uma associação de dois espelhos planos verticais cujas superfícies refletoras formavam entre si um ângulo
diedro α. Qual o valor de α?

GABARITO

1) D

2) D

3) D

4) B

5) B

6) t = 5,75 s

7) B

8) D

9) D

10) D

11) A

12) A

13)

a)

b) H = 2m
c) Y = 0,8m
d) y’ = y = 1m
Y’ = Y = 0,8m

14) C

15) D

16) E

17) E

18) a) 6,0 s; b) 6,0 s

19) D

20) B

21) C

22) A'B = 7,1m

23) A

24) B
25) A

26) A

27) D

28) D

29) C

30) C

31) 22,5°

32) 15°

33) D

34) C

35) E

36) A

37) C

38) C

39)
O espelho plano fornece imagem com lateralidade trocada. Devido à multiplicidade de reflexões, a imagem de um espelho é objeto para o outro.
Consequentemente, as posições de números pares, que correspondem a imagens formadas por um número ímpar de reflexões, fornecem
imagens com lateralidade trocada, e as posições de números ímpares, as imagens com lateralidade correta. Portanto, a criança pode ver os
dizeres ORDEM E PROGRESSO nas imagens 3 e 5.

40) 45°
Capítulo 03: Espelhos esféricos
ESPELHO ESFÉRICO

Considere uma esfera oca espelhada interna e externamente.


Se retirarmos uma fatia dessa esfera, obteremos uma calota esférica. A parte interna da calota é um espelho esférico côncavo, e a externa é um
espelho esférico convexo.
A figura a seguir mostra os elementos básicos de um espelho esférico.

r: eixo principal do espelho;


C: centro de curvatura do espelho (centro da esfera que originou a calota);
V: vértice do espelho (ponto central da calota esférica);
F: foco do espelho (ponto médio do segmento CV);
f = FV: distância focal do espelho;
R = CV: raio de curvatura do espelho.

O foco é o ponto médio do segmento CV, que é o raio de curvatura (R) do espelho. Assim, a distância focal (f) é metade desse segmento, ou seja:

R
f=
2

Embora os espelhos côncavo e convexo apresentem os mesmos elementos, eles diferem totalmente em relação ao tipo de imagem que formam.
Para perceber o motivo dessa diferença, analise as figuras a seguir, que representam os perfis de um espelho côncavo e de um espelho convexo
e, também, os elementos que estão à frente dos espelhos (a luz que incide sobre os espelhos e é refletida por eles e o observador).

Observe, na primeira figura, que a luz pode passar pelo centro de curvatura e pelo foco do espelho côncavo.
Tais pontos estão à frente do espelho. Já no espelho convexo, o centro de curvatura e o foco estão atrás do espelho.
Nenhum raio luminoso, seja incidente ou refletido, passa por esses pontos, no espelho convexo.
As Leis da Reflexão são também obedecidas pelos espelhos côncavos e convexos. Como são esféricos, a normal (N), em qualquer ponto desses
espelhos, deve passar pelo centro de curvatura. Veja as figuras a seguir.
Observe que o raio incidente (RI), a normal (N) e o raio refletido (RR) estão no mesmo plano e que os ângulos de incidência e de reflexão são
iguais.
Existem quatro raios, chamados de raios notáveis, que você deve conhecer bem. São eles:

1. O raio que incide paralelamente ao eixo principal é refletido na direção do foco. No espelho côncavo, o raio refletido passa pelo foco e, no
espelho convexo, é o prolongamento do raio refletido que passa pelo foco;
2. O raio que incide na direção do foco é refletido paralelamente ao eixo principal. No espelho côncavo, o raio incide passando pelo foco e, no
convexo, o raio deve incidir na direção do foco, que está atrás do espelho;

3. O raio que incide no vértice do espelho é refletido para o outro lado do eixo principal, formando, com este, um ângulo igual ao ângulo de
incidência (o eixo principal coincide com a normal);
4. O raio que incide na direção do centro de curvatura é refletido sobre si mesmo – os ângulos de incidência e de reflexão são iguais a zero (a
normal passa pelo centro dos espelhos).

O quadro a seguir mostra o comportamento dos raios notáveis. Compare a forma como os raios são refletidos pelos dois espelhos.

Observe no quadro anterior que as situações 1 e 2, no espelho côncavo e no espelho convexo, ilustram um princípio óptico importante: a
reversibilidade dos raios luminosos. Veja, ainda, que, no espelho convexo, são os prolongamentos dos raios de luz que passam pelo foco, ou
pelo centro do espelho.
Os raios de luz representados no quadro anterior apresentam aquele comportamento somente se os espelhos forem parabólicos e obedecerem
às condições de Gauss. Os espelhos esféricos de pequena abertura (espelhos com curvatura pouco acentuada) têm comportamento semelhante
ao dos espelhos parabólicos – dizemos que eles se aproximam das condições de Gauss. Por esse motivo, todos os espelhos do nosso livro serão
considerados esféricos e de pequena abertura.

DETERMINAÇÃO GRÁFICA DAS IMAGENS

Em todas as situações apresentadas a seguir, vamos considerar o objeto retilíneo, vertical e com o “pé” (parte inferior do objeto) apoiado sobre
o eixo principal. Para determinarmos a posição em que a imagem do objeto será formada, traçamos dois raios incidentes, quaisquer dos quatro
notáveis, saindo da “cabeça” (parte superior) do objeto. Desenhamos, a seguir, os raios refletidos e, no encontro deles (ou dos seus
prolongamentos), obtemos a imagem da “cabeça” do objeto. A imagem do “pé” estará apoiada sobre o eixo principal do espelho e na mesma
vertical que a imagem da “cabeça”.

Espelho convexo
O espelho convexo apresenta um único tipo de imagem, independentemente da posição do objeto em relação ao espelho. Veja a seguir.
Observe que os raios refletidos não se cruzam.
Entretanto, prolongando cada um deles (linhas vermelhas), podemos determinar a posição em que a imagem da extremidade superior do objeto
será formada, que será aquela em que se encontram esses prolongamentos.
O observador, à frente do espelho, vê a imagem no local indicado, pois tem a sensação de que a luz saiu daquela posição. A imagem formada
pelo espelho convexo é sempre

1. virtual (formada pelos prolongamentos dos raios refletidos);


2. direta (objeto e imagem de cabeças para cima);
3. mais perto do espelho do que o objeto (p’ < p);
4. de dimensões menores que o objeto (i < o; Li < Lo).
5. localizada entre o foco e o vértice do espelho.

Se o objeto se aproxima (ou se afasta) do espelho, a imagem também se aproxima (ou se afasta) dele. Veja a seguir que, independentemente
da posição do objeto, o raio que incide sobre o espelho paralelamente ao eixo principal será refletido de forma que seu prolongamento passe
pelo foco.

Assim, a imagem estará sempre dentro do “triângulo” destacado.

No caso de o objeto se colocar muito distante do espelho (“infinito”), a sua imagem estará praticamente sobre o foco.
Se a imagem formada pelo espelho convexo é sempre menor que o objeto, qual a sua utilidade? A resposta é simples: o espelho convexo fornece
um campo visual maior, e, com isso, um número maior de objetos pode ser visto, simultaneamente, através dele. Daí a sua aplicação em
garagens, lojas, supermercados, retrovisores de motos e automóveis, etc. Veja, a seguir, a comparação do campo visual de um espelho plano
com o de um espelho convexo de mesmas dimensões, para um observador (O).

Na figura, IC e IP são as imagens do observador formadas pelos espelhos convexo e plano, respectivamente.
O campo visual foi traçado a partir da imagem do observador e das extremidades dos espelhos. Compare agora os campos visuais dos dois
espelhos.
Observe, na fotografia a seguir, a imagem da máquina que fotografou uma bola metálica de Natal (que se comporta como um espelho convexo).
Veja a grande quantidade de objetos que estão sendo vistos por reflexão nessa pequena bola, que apresenta um campo visual enorme.
Espelho côncavo
O espelho côncavo, ao contrário do convexo, pode formar diversos tipos de imagens, dependendo da posição do objeto em relação ao foco e
ao centro de curvatura do espelho. Assim, a imagem pode ser real ou virtual e pode ser maior, menor ou de mesmas dimensões que o objeto.
Veja os casos a seguir.

Objeto entre o infinito e o foco


(∞ > p > f)

Veja que, nesse caso, os próprios raios que saíram da “cabeça” do objeto, e que foram refletidos pelo espelho, se encontram. No ponto de
cruzamento dos raios refletidos, ocorre a formação de uma imagem real da “cabeça” do objeto (a luz está chegando realmente a esse ponto).
Os “pés” do objeto e da imagem do objeto estão sobre o eixo principal. Logo, a imagem é invertida, tanto vertical quanto lateralmente. Se
houvesse uma tela (folha de papel, por exemplo) na posição da imagem, esta seria projetada nessa tela.
Uma característica importante de toda imagem real se refere aos deslocamentos da imagem em relação ao objeto. Ao contrário da imagem
virtual, a imagem real se desloca no sentido oposto ao do objeto (em relação ao dispositivo óptico). Se o objeto se aproxima do espelho, a sua
imagem se afasta deste e vice-versa. A figura a seguir mostra um objeto sendo deslocado sobre o eixo principal de um espelho, aproximando-
se deste. Observe que a imagem do objeto afasta-se do espelho.
Em todas as situações representadas na figura anterior, a imagem do objeto é real e invertida. As únicas diferenças entre essas imagens se
referem às suas dimensões e às suas respectivas localizações. Em qualquer um dos casos, a imagem estará localizada dentro do “triângulo”
destacado.
Veja, a seguir, as fotografias das imagens mencionadas.

Veja, a seguir, as particularidades de cada imagem.

Posição do objeto Natureza e dimensões da imagem


Além de C (O1), p > 2f Imagem real, invertida, menor e localizada entre C e F (i1). p' < p e i < o.
Sobre C (O2), p = 2f Imagem real, invertida, igual e localizada sobre C e F (i2). p' = p e i = o.
Entre C e F (O3), 2f > p > f Imagem real, invertida, maior e localizada entre C e o infinito (i3). p' > p e i > o.

Observe que, à medida que o objeto se aproxima do foco, a posição da imagem tende a chegar ao infinito. Dois destaques importantes a
respeito das imagens reais formadas pelo espelho côncavo são:

1. Os objetos O1 e O3 foram colocados de modo que se perceba o princípio da reversibilidade dos raios luminosos. Se um objeto for colocado
na posição I3, a sua imagem estará na posição de O3. Se I1 fosse um objeto, a sua imagem estaria na posição de O1. Ou seja, para uma posição
fixa de qualquer um dos elementos (objeto ou imagem), a posição do outro elemento independerá do fato de este elemento ser objeto ou
imagem.

2. Uma situação pratica importante acontece se o objeto estiver muito distante do espelho (p >> 2f). Nesse caso, dizemos que o objeto está no
”infinito” O∞).
Assim, a imagem formada e real, invertida, muito pequena e se localiza, praticamente, sobre o foco (p’ ≈ f). Os telescópios refletores e algumas
antenas receptoras de sinais de satélite são exemplos importantes que ilustram essa situação.

Objeto entre o foco e o vértice (p < f)

Veja que, nesse caso, os raios refletidos não se encontram. Os prolongamentos desses raios, porém, se cruzam atrás do espelho. No ponto desse
cruzamento, é formada uma imagem do objeto. As suas características são:

1. imagem virtual (formada pelos prolongamentos dos raios refletidos);


2. imagem direta (objeto e imagem de cabeças para cima);
3. existe inversão lateral e de profundidade;
4. as dimensões (altura e largura) da imagem são maiores que as do objeto (i > o e Li > Lo);
5. a imagem está sempre atrás do espelho e mais distante deste que o objeto (p’ > p).
A situação apresentada tem uma importante aplicação prática no dia a dia. Nesse caso, o espelho é chamado de “espelho de aumento” e é muito
usado para se obter uma imagem direta e maior do rosto de uma pessoa, por exemplo.
Veja a seguir:

Nesse caso, se o objeto (próximo ao vértice) se afasta do espelho, aproximando-se cada vez mais do foco, a imagem também se afasta do espelho
e tende a chegar ao infinito. Veja, a seguir, algumas posições possíveis para a imagem no espelho côncavo, quando o objeto se desloca entre o
vértice e o foco. As imagens virtuais estão sempre dentro do “triângulo” destacado.

Veja uma comparação interessante. Analise as figuras anteriores, que mostram a região das possíveis imagens nos dois espelhos. As imagens
virtuais, no espelho côncavo, vão do vértice ao infinito; e as imagens reais estão entre o foco e o infinito. Dessa forma, nenhuma imagem está
localizada entre o foco e o vértice do espelho côncavo.
No espelho convexo, ao contrário, as imagens estão, exclusivamente, localizadas entre o foco e o vértice.
Observe ainda que, se o objeto se aproxima do foco, seja vindo do centro de curvatura ou do vértice do espelho, a imagem do objeto tende ao
infinito. Logo, se o objeto está sobre o foco do espelho côncavo, os raios de luz, refletidos pelo espelho, são paralelos entre si e não se cruzam
na frente do espelho, e nem os seus prolongamentos atrás dele.
Dessa forma, não existe imagem formada para essa posição do objeto. Alguns autores consideram que um objeto sobre o foco de um espelho
côncavo tem a sua imagem formada no infinito. Nesse caso, ela é chamada de imagem imprópria.
Antes de finalizar a parte gráfica da determinação das imagens, vamos fazer uma constatação importante. Para objetos reais (colocados à frente
dos espelhos), toda imagem real é invertida e qualquer imagem virtual é direta.

EXERCÍCIOS

01. (Mackenzie-SP)
Uma garota encontra-se diante de um espelho esférico côncavo e observa que a imagem direita de seu rosto é ampliada duas vezes. O rosto da
garota só pode estar

a) entre o centro de curvatura e o foco do espelho côncavo.


b) sobre o centro de curvatura do espelho côncavo.
c) entre o foco e o vértice do espelho côncavo.
d) sobre o foco do espelho côncavo.
e) antes do centro de curvatura do espelho côncavo.

02. (Mackenzie-SP)
O uso de espelhos retrovisores externos convexos em automóveis é uma determinação de segurança do governo americano desde 1970, porque

a) a imagem aparece mais longe que o objeto real, com um aumento do campo visual, em relação ao de um espelho plano.
b) a distância da imagem é a mesma que a do objeto real em relação ao espelho, com aumento do campo visual, em relação ao de um
espelho plano.
c) a imagem aparece mais perto que o objeto real, com um aumento do campo visual, em relação ao de um espelho plano.
d) a imagem aparece mais longe que o objeto real, com uma redução do campo visual, em relação ao de um espelho plano.
e) a distância da imagem é maior que a do objeto real em relação ao espelho, sem alteração do campo visual, quando comparado ao de
um espelho plano.

03. (UNIFOR-CE)
O espelho côncavo é caracterizado como sendo uma superfície curva onde a parte interna é refletora. Comumente os espelhos côncavos são
utilizados em telescópios, projetores e também são encontrados como instrumentos de trabalho nos consultórios odontológicos que permitem
observar determinadas características dos dentes. A figura a seguir mostra a imagem de um dente que está localizado entre o foco e o vértice
principal de um espelho côncavo:

(Fonte: http://www.infoescola.com/fisica/espelhosconcavos/)

A imagem observada pelo dentista, formada por este espelho côncavo é:

a) virtual, direita e do mesmo tamanho do dente;


b) real, direita e maior que o dente;
c) virtual, invertida e do mesmo tamanho do dente;
d) virtual, direita e maior que o dente;
e) real, invertida e do mesmo tamanho do dente.

04. (UNICAMP-SP)
Espelhos esféricos côncavos são comumente utilizados por dentistas porque, dependendo da posição relativa entre objeto e imagem, eles
permitem visualizar detalhes precisos dos dentes do paciente. Na figura abaixo, pode-se observar esquematicamente a imagem formada por
um espelho côncavo. Fazendo uso de raios notáveis, podemos dizer que a flecha que representa o objeto

a) se encontra entre F e V e aponta na direção da imagem.


b) se encontra entre F e C e aponta na direção da imagem.
c) se encontra entre F e V e aponta na direção oposta à imagem.
d) se encontra entre F e C e aponta na direção oposta à imagem.

05. (UERN)
Ao posicionar um objeto em frente a um espelho côncavo obteve-se uma imagem virtual. É correto afirmar que a imagem em questão também
é

a) maior e direita.
b) menor e direita.
c) maior e invertida.
d) menor e invertida.

06. (Fac. Santa Marcelina SP)


A fim de observar minuciosamente os dentes de um paciente, um dentista utiliza um espelho esférico côncavo, obtendo uma imagem virtual,
direita e ampliada do dente.
Para isso, o dentista posiciona o espelho próximo ao dente, de tal forma que o dente permaneça

a) entre o vértice e o foco principal do espelho.


b) entre o foco principal e o centro de curvatura do espelho.
c) sobre o foco principal do espelho.
d) sobre o centro de curvatura do espelho.
e) após o centro de curvatura do espelho.

07 - (FATEC SP)
Como foi que um arranha-céus “derreteu” um carro?

“É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvilíneo e tem várias janelas planas, que funcionam como espelhos, os reflexos se convergem em
um ponto” diz Chris Shepherd, do Instituto de Física de Londres.
O edifício de 37 andares, ainda em construção, é de fato um prédio curvilíneo e o carro, um Jaguar, estava estacionado em uma rua próxima ao
prédio, exatamente no ponto atingido por luzes refletidas e não foi o único que sofreu estrago.
O fenômeno é consequência da posição do Sol em um determinado período do ano e permanece nessa posição por duas horas por dia. Assim,
seus raios incidem de maneira oblíqua às janelas do edifício.

(bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130904_como_luzrefletida_
derrete_carro_an.shtml Acesso em: 13.09.2013. Adaptado. Foto: Original colorido)

Considerando o fato descrito e a figura da pessoa observando o reflexo do Sol no edifício, na mesma posição em que estava o carro quando do
incidente, podemos afirmar corretamente que o prédio se assemelha a um espelho

a) plano e o carro posicionou-se em seu foco infinito.


b) convexo e o carro posicionou-se em seu foco principal.
c) convexo e o carro posicionou-se em um foco secundário.
d) côncavo e o carro posicionou-se em seu foco principal.
e) côncavo e o carro posicionou-se em um foco secundário.

08. (PUC-RJ)
Um objeto é colocado em frente a um espelho côncavo, na posição tal como mostrada na figura.

Marque a resposta correta:

a) A imagem formada é virtual e está entre o foco e o espelho.


b) A imagem formada é virtual e maior que o objeto.
c) A imagem formada é real, invertida e maior que o objeto.
d) A imagem formada é real e está entre o foco e o espelho.
e) A imagem formada é real, invertida e menor que o objeto.

09. (Fac. Cultura Inglesa SP)


De um espelho convexo sempre

a) se espera que o foco seja real.


b) são conjugadas imagens direitas.
c) se obtém imagens reais de objetos reais.
d) o aumento transversal linear é maior que 1.
e) há convergência de raios que nele incidem paralelos.
10. (Centro Universitário São Camilo SP)
Procurando obter um efeito especial na imagem de seu gato (figura 1), uma garota fotografa a imagem do felino formada num espelho esférico
(figura 2).

O tipo de espelho utilizado e a posição do gato em relação a ele são, respectivamente,

a) convexo, próximo ao espelho.


b) côncavo, no centro de curvatura.
c) côncavo, mais distante que o centro de curvatura.
d) côncavo, entre o foco e o vértice do espelho.
e) côncavo, entre o centro de curvatura e o foco.

11. (UEL-PR)
Considere a figura a seguir.

Com base no esquema da figura, assinale a alternativa que representa corretamente o gráfico da imagem do objeto AB, colocado
perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico convexo.
12. (UFPel-RS)
Um gato em frente a um espelho esférico vê a sua imagem conjugada nesse espelho como virtual, direita e maior.
Tendo em vista essas informações, pode-se afirmar que esse espelho é

a) côncavo, e o gato encontra-se entre o centro de curvatura e o vértice do espelho.


b) côncavo, e o gato encontra-se entre o foco e o vértice do espelho.
c) côncavo, e o gato encontra-se sobre o foco do espelho.
d) convexo, e o gato encontra-se entre o foco e o vértice do espelho.
e) convexo, e o gato encontra-se entre o centro de curvatura e o vértice do espelho.

13. (Unicastelo-SP)
Na fotografia, pode-se ver as imagens de um mesmo carro, circulado em vermelho, formadas por dois espelhos, 1 e 2.

(http://blog.brasilacademico.com. Adaptado.)

Comparando as características dessas imagens e sabendo que o espelho 1 é esférico e o espelho 2 é plano, é correto afirmar que o espelho 1 é

a) convexo e a imagem conjugada por ele é virtual.


b) côncavo e a imagem conjugada por ele é real.
c) côncavo e a imagem conjugada por ele é virtual.
d) convexo e a imagem conjugada por ele é imprópria.
e) convexo e a imagem conjugada por ele é real.

14. (UFU-MG)
Nos faróis dos veículos têm sido empregados dois espelhos esféricos, de modo a se obter o máximo de aproveitamento dos raios luminosos
emitidos, como exemplifica o esquema abaixo, no qual os espelhos são representados pelas letras E 1 e E2.

Para que haja o perfeito direcionamento dos raios de luz para a frente do veículo, a lâmpada deve estar posicionada

a) nos focos dos espelhos E1 e E2.


b) nos centros de curvatura de ambos os espelhos.
c) no foco do espelho E1 e no centro de curvatura de E2.
d) no centro de curvatura do espelho E1 e entre o foco e o vértice de E2.

15. (UFG)
Um objeto retangular é colocado diante de um espelho côncavo, conforme representado na figura a seguir.

Para a situação apresentada, a imagem conjugada por esse espelho é:

a)

b)

c)

d)

e)

16. (FGV)
Na “sala dos espelhos” de um parque, Pedro se diverte observando suas imagens em diferentes espelhos. No primeiro, a imagem formada é
invertida e aumentada; no segundo, invertida e reduzida e, no terceiro, direita e reduzida. O primeiro, o segundo e o terceiro espelhos são,
respectivamente,

a) convexo, convexo e côncavo.


b) côncavo, convexo e convexo.
c) convexo, côncavo e côncavo.
d) côncavo, convexo e côncavo.
e) côncavo, côncavo e convexo.

17. (UFRN)
Os carros modernos usam diferentes tipos de espelhos retrovisores, de modo que o motorista possa melhor observar os veículos que se
aproximam por trás dele. As Fotos 1 e 2 abaixo mostram as imagens de um veículo estacionado, quando observadas de dentro de um carro, num
mesmo instante, através de dois espelhos: o espelho plano do retrovisor interno e o espelho externo do retrovisor direito, respectivamente.

Foto 1

Foto 2

A partir da observação dessas imagens, é correto concluir que o espelho externo do retrovisor direito do carro é

a) convexo e a imagem formada é virtual.


b) côncavo e a imagem formada é virtual.
c) convexo e a imagem formada é real.
d) côncavo e a imagem formada é real.

18. (UFF-RJ)
A figura mostra um objeto e sua imagem produzida por um espelho esférico.

Escolha a opção que identifica corretamente o tipo do espelho que produziu a imagem e a posição do objeto em relação a esse espelho.

a) O espelho é convexo e o objeto está a uma distância maior que o raio do espelho.
b) O espelho é côncavo e o objeto está posicionado entre o foco e o vértice do espelho.
c) O espelho é côncavo e o objeto está posicionado a uma distância maior que o raio do espelho.
d) O espelho é côncavo e o objeto está posicionado entre o centro e o foco do espelho.
e) O espelho é convexo e o objeto está posicionado a uma distância menor que o raio do espelho.

19. (UEFS-BA)
Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/otica/basico/espelhos_
esfericos/associacao/> Acesso em: 25 jun. 2013.

A figura representa o esquema simplificado de um holofote, construído com dois espelhos esféricos côncavos associados, para obter um feixe
paralelo de luz cilíndrico com alta eficiência no aproveitamento da luz emitida por um pequeno filamento aquecido de uma lâmpada.

Considerando-se que os espelhos obedecem às condições de Gauss e sabendo-se que f1 e f2 são, respectivamente, as distâncias focais dos
espelhos 1 e 2, é correto afirmar:

a) A distância do filamento ao espelho E1 é igual a 2f1.


b) A distância entre os espelhos E1 e E2 é igual a f1 + 2f2.
c) A imagem da lâmpada conjugada pelo espelho E2 é virtual.
d) O filamento é colocado no centro de curvatura do espelho E1.
e) O espelho E2 deve ser posicionado de forma que o seu foco coincida com a posição do filamento.

20. (FUVEST-SP)
Luz solar incide verticalmente sobre o espelho esférico convexo visto na figura abaixo.

Os raios refletidos nos pontos A, B e C do espelho têm, respectivamente, ângulos de reflexão A, B e C tais que

a) A > B > C
b) A > C > B
c) A < C < B
d) A < B < C
e) A = B = C

DETERMINAÇÃO ANALÍTICA DA IMAGEM

Vamos, agora, deduzir relações entre as grandezas o e i (alturas do objeto e da imagem), p e p’ (distâncias do objeto e da imagem ao vértice do
espelho) e f (distância focal do espelho). Para isso, vamos considerar a figura a seguir. Lembre-se de que o raio de luz que incide sobre o vértice
do espelho é refletido, formando, com o eixo principal, um ângulo igual ao ângulo de incidência. Uma vez que os dois triângulos destacados são
semelhantes, podemos escrever:
−i p' i p'
= =−
o p o p

Essa relação permite calcular a ampliação (A) fornecida pelo espelho. Observe a proporcionalidade entre as alturas da imagem e do objeto e as
respectivas distâncias da imagem e do objeto ao espelho. Assim, se a distância da imagem ao espelho (p’) é, por exemplo, o triplo da distância
do objeto ao espelho (p), a altura da imagem (i) é também o triplo da altura do objeto (o). Da relação anterior, temos que:

• se A > 1, a imagem é maior do que o objeto e está mais distante do espelho do que o objeto.
• se A = 1, a imagem é do mesmo tamanho que o objeto e está à mesma distância do espelho que o objeto.
• se A < 1, a imagem é menor do que o objeto e está mais próxima do espelho do que o objeto.

Outra expressão importante pode ser deduzida a partir da figura a seguir. Ela representa a mesma situação anterior, porém a imagem foi obtida
a partir de um raio de luz que passa pelo foco do espelho.

Para um espelho de pequena abertura (aproximação de Gauss), o arco do espelho é próximo de um segmento de reta. Nesse caso, os dois
triângulos destacados são semelhantes. Neles, temos:

i f
=
o f -p

i p'
Como: = − , temos
o p
p' f
− =
p f -p

−p' f + p'p = pf

p'p = pf + p' f

Dividindo por (p’.p.f), temos:

1 1 1
= +
f p p'

A expressão anterior e conhecida como equação de Gauss ou equação dos pontos conjugados. Para usa-la, devemos considerar os sinais das
grandezas envolvidas, quando forem dados do exercício (informações fornecidas), de acordo com o estabelecido a seguir:

. Em qualquer situação: p > 0 (positivo);


. Espelho côncavo: f > 0 (positivo);
. Espelho convexo: • f < 0 (negativo);
. Imagem real: • p’ > 0 (positivo);
. Imagem virtual: • p’ < 0 (negativo).

OBSERVAÇÃO
Na equação de Gauss, uma das grandezas será, necessariamente, aquela a ser encontrada (incógnita). Para essa, não devemos colocar sinal
prévio na equação. Agindo dessa forma, o sinal associado à incógnita será obtido pelo resultado.

EXERCÍCIOS

21. (PUC-RJ)

Para o espelho côncavo esférico da figura, onde R = 10 cm, s = 30 cm, determine a distância s’ em cm da imagem ao vértice do espelho.

a) 3.
b) 5.
c) 6.
d) 10.
e) 12.

22. (UNIMONTES-MG)
Um objeto a 20 cm de distância de um espelho tem sua imagem formada a 12 cm de distância do espelho.
Se a imagem formada é real, o tipo de espelho e o seu foco em centímetros são, respectivamente:

a) convexo, –7,5.
b) côncavo, 15.
c) côncavo, 7,5.
d) convexo, –15.

23. (UEPA)
As bolas de Natal são enfeites encontrados em diversos tamanhos e tipos de materiais e fazem o maior sucesso entre as crianças.

(Fonte: http://www.almanaquedospais.com.br)

Ao olhar sua imagem refletida numa dessas bolas espelhadas, situada a 76 cm de distância de seus olhos, uma criança enxerga sua imagem bem
menor que seu tamanho real, que é de 1,0 m de altura. Sabendo que a bola possui diâmetro de 16,0 cm, o tamanho da imagem da criança
produzida por este enfeite, em cm, será igual a:

a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6

24. (PUCCAMP-SP)
Um espelho côncavo de raio de curvatura 20 cm fornece uma imagem ampliada 4 vezes de um objeto real, colocado entre o vértice e o foco do
espelho.
Nestas condições, a distância do objeto ao vértice do espelho é, em centímetros,

a) 7,5.
b) 4,0.
c) 5,0.
d) 2,5.
e) 9,0.

25. (UERN)
Um homem, para se barbear, utiliza um espelho côncavo e verifica que a imagem formada no espelho fica invertida e do mesmo tamanho de
seu rosto quando este se encontra a 60 cm do espelho. Desejando obter uma imagem direita e ampliada três vezes, o homem deverá

a) se afastar 10 cm do espelho.
b) se afastar 15 cm do espelho.
c) se aproximar 20 cm do espelho.
d) se aproximar 40 cm do espelho.

26. (UEPA)
Num tratamento dentário é comum o odontólogo usar um pequeno espelho para observar as características do dente do paciente. Considere
um dente de 0,8 cm de altura, posicionado a 1,0 cm de um espelho côncavo de distância focal igual a 5,0 cm. A partir dessas informações, o
tamanho da imagem que o odontólogo consegue ver, em cm, é igual a:

a) 0,6
b) 0,8
c) 1,0
d) 1,2
e) 1,4

27. (UNIOESTE-PR)
Um espelho esférico convexo de distância focal igual a 22,5 cm forma, de um objeto real, uma imagem com um terço do tamanho do objeto.
Considerando satisfeitas as condições de nitidez de Gauss, assinale a alternativa CORRETA.

a) A distância do objeto ao espelho é igual a 60,0 cm.


b) A distância da imagem ao espelho é igual a 15,0 cm.
c) A imagem é real.
d) A distância entre o objeto e a imagem é igual a 30,0 cm.
e) A imagem é invertida em relação ao objeto.

28. (PUC-SP)
Um objeto é inicialmente posicionado entre o foco e o vértice de um espelho esférico côncavo, de raio de curvatura igual a 30cm, e distante
10cm do foco. Quando o objeto for reposicionado para a posição correspondente ao centro de curvatura do espelho, qual será a distância entre
as posições das imagens formadas nessas duas situações?

a) 37,5cm
b) 22,5cm
c) 7,5cm
d) 60cm
e) Zero

29. (UNIMONTES-MG)
Um comerciante precisa dimensionar um espelho esférico convexo para monitorar alguns produtos que ficam na estante atrás do balcão. A
finalidade do espelho é visualizar os produtos na estante, a partir do balcão, sem a necessidade de virar-se para trás. A estante (objeto) está a
180cm do vértice do espelho, e a imagem virtual precisa ser formada com 2/3 do tamanho original do objeto. O raio de curvatura do espelho
que deve ser usado pelo comerciante é:

a) 720 cm.
b) 360 cm.
c) 180 cm.
d) 540 cm.

30. (Univag-MT)
Um espelho esférico, de distância focal 10 cm, produz somente imagem direita e menor, com relação ao objeto. Se um objeto real de 30 cm de
altura for colocado a 20 cm diante do espelho, sobre seu eixo principal e perpendicularmente a este, a altura da imagem formada, em
centímetros, será igual a

a) 10.
b) 20.
c) 12.
d) 15.
e) 25.

31. (Mackenzie-SP)
Um pequeno objeto foi colocado sobre o eixo principal de um espelho esférico côncavo, que obedece às condições de Gauss, conforme ilustra
a figura ao lado. O raio da esfera, da qual foi retirada a calota que constitui o espelho, mede 1,00 m. Nessas condições, a distância entre esse
objeto e sua respectiva imagem conjugada é de

a) 240 cm
b) 150 cm
c) 75 cm
d) 60 cm
e) 50 cm

32. (UEFS-BA)
Espelhos esféricos podem ser utilizados para diversos fins: por exemplo, ampliar o campo visual para facilitar a segurança dos estabelecimentos
ou para ampliar as dimensões das imagens. Diante de um espelho esférico, um homem fica situado a 2,0m do vértice e visa a sua imagem direita
e ampliada três vezes.

A distância focal do espelho, em metros, e a sua natureza correspondem, respectivamente, a

a) 3,0 e convexo.
b) 6,0 e côncavo.
c) 3,0 e côncavo.
d) 1,5 e convexo.
e) 1,5 e côncavo.

33. (UEFS-BA)
Um motorista olha para o seu retrovisor e vê a imagem de seu rosto, como sendo direita e cinco vezes menor.
Estando o motorista a 60,0cm do retrovisor, é correto afirmar que o tipo do espelho e o módulo do raio de curvatura desse espelho são,
respectivamente,

a) plano e 10,0cm.
b) côncavo e 10,0cm.
c) convexo e 15,0cm.
d) côncavo e 20,0cm.
e) convexo e 30,0cm.

34. (UFG)
Um objeto AB postado verticalmente sobre o eixo principal de um espelho côncavo de distância focal FV = CF = 12 cm , move-se da posição P
até C, distantes 6 cm, com velocidade constante v = 3 cm/s, conforme figura abaixo.

Com base no exposto,


a) construa graficamente as imagens do objeto nas posições P e C ;
b) calcule o módulo da velocidade média do deslocamento da imagem.
35. (UFSC-SC)
A distância entre a imagem e um objeto colocado em frente a um espelho côncavo é de 16 cm. Sabendo que a imagem é direita e 3 vezes maior,
determine o raio de curvatura do espelho, em centímetros.

36. Diante de um espelho esférico, perpendicularmente ao seu eixo principal, é colocado um objeto luminoso a 15 cm do vértice. Deseja-se que
a imagem correspondente seja projetada num anteparo e tenha quatro vezes o comprimento do objeto. Determine:

a) se a imagem é real ou virtual, direita ou invertida;


b) a distância do anteparo ao vértice do espelho para que a imagem seja nítida;
c) a distância focal do espelho.

GABARITO

1) C

2) C

3) D

4) A

5) A

6) A

7) E

8) E

9) B

10) E

11) D

12) B

13) A

14) C

15) A

16) E

17) A

18) D

19) B

20) B

21) C

22) C

23) D

24) A

25) D

26) C

27) B

28) A
29) A

30) A

31) A

32) C

33) E

34) b) vi = 2 cm/s

35) 12 cm

36) a) Real e invertida; b) 60 cm; c) 12 cm


Espelhos Esféricos: Construção Geométrica das imagens

Espelho Côncavo
Espelho Convexo
Espelhos Esféricos: Estudo Analítico

i p' f 1 1 1 p  p' R
A= =− = = + f= f=
o p f −p f p p' p + p' 2

Aumento linear transversal (A) Equação de Gauss

Sinais Imagem Real

f>0 (+) Espelho Côncavo Forma-se em frente ao espelho: p’> 0 (+)


f<0 (-) Espelho Convexo É invertida em relação ao objeto: i<0 (-)
Pode ser projetada num anteparo
R>0 (+) Espelho Côncavo Conjugada por espelho côncavo: f>0 (+)
R<0 (-) Espelho Convexo
Imagem Virtual
i>0 (+) Imagem direita
i<0 (-) Imagem invertida Forma-se atrás do espelho: p’< 0 (-)
É direita em relação ao objeto: i>0 (+)
p’ > 0 (+) Imagem Real Não pode ser projetada num anteparo
p’ < 0 (-) Imagem Virtual

o>0 (+) Objeto direito


o<0 (-) Objeto invertido

p>0 (+) Objeto real


p<0 (-) Objeto virtual

A>0 (+) Imagem Virtual (direita)


A<0 (-) Imagem Real (invertida)

Atenção! Perigo!

Cuidado com o sinal do aumento (A).

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