Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A mesma tese é usada pelos defensores do Projeto de Lei (PL) nº 191, enviado pelo
presidente Jair Bolsonaro ao Congresso em fevereiro de 2020, para liberar a
mineração, o garimpo, as hidrelétricas, a exploração de petróleo e gás e até o cultivo
de transgênicos nas Terras Indígenas (TIs) no Brasil. A proposta é considerada
prioritária pelo governo e pode começar a tramitar na Câmara a qualquer momento,
depois de ficar parada por mais de um ano e meio. De fato, o governo Bolsonaro
promoveu um verdadeiro desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental, assegurando
a impunidade de grileiros, pecuaristas, garimpeiros e madeireiros que atuam na
ilegalidade, sobretudo na Amazônia.
O novo investimento de hoje posiciona ainda mais o Canadá como líder global na
proteção da natureza. É um acréscimo aos bilhões de dólares em investimentos
históricos que fizemos desde 2016 para conservar a natureza e a biodiversidade aqui
em casa e ao redor do mundo. Ao intensificar e unir o mundo em Montreal, podemos
interromper a perda de biodiversidade e construir um planeta saudável para as
gerações futuras.
“Quando as pessoas pensam no Canadá, elas pensam em nossas paisagens e na
riqueza de nossa natureza – partes de quem somos. Hoje, damos as boas-vindas ao
mundo em Montreal para continuar trabalhando juntos para garantir que o planeta
que deixamos para nossos filhos e netos tenha ar puro, água limpa e uma abundância
de natureza para desfrutar”.
“A luta para proteger a natureza nunca foi tão importante quanto agora. Com um
milhão de espécies em risco de extinção em todo o mundo, a COP15 é uma
oportunidade geracional para trabalharmos juntos para deter e reverter a perda de
biodiversidade e criar um mundo positivo para a natureza. O Canadá deu as boas-
vindas ao mundo para esta conferência e a vê como uma oportunidade de reunir a
ambição federal, provincial, territorial e indígena de proteger 30% de nossas terras e
águas até 2030”.
• O Canadá tem metas ambiciosas para proteger 25% de suas terras e oceanos até
2025 e 30% de cada um – uma massa de terra quase tão grande quanto a União
Européia – até 2030. Na COP15, o Canadá continuará pressionando outros países a se
comprometerem para conservar 30% das terras e oceanos do mundo até 2030.
• O Canadá já é líder em conservação da natureza:
• Fizemos os dois maiores investimentos para proteger nossas terras na história do
Canadá desde 2016: mais de US$ 1 bilhão para a iniciativa Nature Legacy e US$ 2,3
bilhões do Orçamento 2021 para proteger a natureza, combater as mudanças
climáticas e criar empregos.
• Esses investimentos incluem mais de $ 440 milhões para apoiar as Primeiras Nações,
Inuit e Métis para proteger a natureza e a biodiversidade por meio de seus direitos e
formas de conhecimento únicos. Também é uma parte importante do avanço da
reconciliação com os Povos Indígenas.
• Nas semanas que antecederam a COP15, o Canadá já anunciou mais de US$ 185
milhões em financiamento para iniciativas de conservação aqui em casa e passos
importantes para espécies em risco, incluindo:
• $ 109 milhões do Nature Smart Climate Solutions Fund para 40 projetos de
conservação em todo o país;
• Mais de $ 60 milhões por meio da iniciativa Enhanced Nature Legacy para apoiar a
recuperação e proteção de algumas das espécies mais icônicas do Canadá; e
• O lançamento de consultas sobre a avaliação do estado da borboleta monarca e do
abelhão ocidental.
• A 15ª reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção das Nações Unidas
sobre Diversidade Biológica reúne cerca de 20.000 delegados de mais de 190 países e
estados membros para se envolver em importantes negociações e diálogos sobre a
conservação da biodiversidade.
• A delegação canadense na COP15 é liderada pelo ministro do Meio Ambiente e
Mudanças Climáticas, Steven Guilbeault, e inclui representantes dos governos federal,
provincial e territorial, organizações indígenas, organizações da sociedade civil,
organizações não governamentais, empresas e juventude.
• Na COP15, o pavilhão do Canadá mostrará a ação e liderança canadenses na
conservação da biodiversidade, promoverá parcerias e ações ambiciosas e ampliará as
vozes dos povos indígenas, mulheres e jovens. Uma aldeia indígena mostrará o papel
vital dos povos indígenas como administradores da terra e oferecerá um espaço de
encontro para os participantes indígenas da conferência.
• O Governo do Canadá investe em projetos para enfrentar as crises gêmeas de perda
de biodiversidade e mudança climática em todo o Canadá
• Canadá financia 67 novos projetos para proteger espécies em risco e seus habitats
• Canadá investe US$ 34,1 milhões para proteger espécies prioritárias em risco em
todo o país
• Progresso, proteção e parceria: declaração do ministro Guilbeault sobre o caminho
do Canadá para a COP15 em Montreal
• Declaração do Ministro Guilbeault sobre o compromisso do Canadá com a proteção e
recuperação de espécies em risco e restauração de áreas naturais e biodiversidade
• Parceria com povos indígenas, governos provinciais e territoriais é a chave para o
progresso e proteção da natureza
• Governo do Canadá lança consultas sobre a avaliação do status do monarca e do
abelhão ocidental
O Canadá vem sendo considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) um dos
países com o maior índice de desenvolvimento e qualidade de vida. Princípios no que
concerne a legislação ambiental. O caráter multicultural da sociedade canadense não
impede que a população compartilhe valores fundamentais, tais como defesa da
justiça social, respeito aos direitos humanos, manutenção de um sistema jurídico justo
e de uma democracia participativa e pluralista, na busca de um país ainda melhor16 .
Nessa seara, a preocupação da população canadense com a proteção ao meio
ambiente não poderia ser esquecida. Por tratar-se de uma sociedade engajada e
atenta à qualidade de vida, está em constante luta por um meio ambiente sadio e
equilibrado.
Contudo, apesar da preocupação dos canadenses com uma maior proteção ao meio
ambiente, o direito ambiental ainda é um ramo do direito negligenciado no país.
De acordo estudos realizados pela Fundação David Suzuki , mais de 140 países
alteraram sua Constituição Federal para exigir proteção ambiental, além de 98 países
que reconheceram expressamente o direito constitucional de viver em um ambiente
saudável. Entretanto, a Carta Magna canadense, incluindo a Declaração de Direitos e
Liberdades, é totalmente silente no que diz respeito à proteção ambiental. A fundação
considera a omissão da Constituição mais que um mero descuido, mas sim um defeito
fundamental que precisa urgentemente ser corrigido.17
A fundação alega que estudos demonstram que os países que tiveram suas
Constituições modificadas desfrutam de leis ambientais mais fortes, com o reforço do
governo e o aumento da responsabilidade empresarial. Após a alteração, as leis
ambientais foram fortalecidas, sendo mais aplicadas, e houve uma melhoria do acesso
à informação ambiental, com um nível mais elevado de participação do público na
tomada de decisões.18
Em todas as esferas de governo do Canadá, foram aprovadas legislações reguladoras
do impacto das atividades empresariais no meio ambiente. Contudo, a
regulamentação ambiental é complexa e, em muitos casos, vaga, propiciando tanto
aos empresários quanto aos operadores do direito uma margem de manobra na
aplicação de tais leis.19
A preocupação como meio ambiente sadio e equilibrado tornou-se de suma
importância, sendo cogente a qualquer agente que desenvolva atividade de risco o
conhecimento das leis ambientais, suas limitação e consequências.20
Sendo assim, os Tribunais vêm procurado aplicar novas normas e princípios no que
concerne a legislação ambiental.
Além disso, as ações civis ambientais são cada vez mais comuns nos Tribunais
canadenses, com demandas que envolvem reclamações sobre vazamentos de
produtos químicos, terrenos contaminados, emissões de ruídos e gases poluentes na
atmosfera por grandes projetos industriais.21
Como a proteção ao meio ambiente não está expressa na Constituição, não existe
competência exclusiva nem dos governos federais nem das províncias sobre tal bem. A
competência é concorrente, baseada em outros ramos do direito já positivados, como
o Direito Penal, Direito Civil, dentre outros. A aplicação altera de acordo com os casos
concretos. 22
Apesar do direito ambiental não ser codificado nem existir a previsão constitucional
de proteção ao meio ambiente, existe no Canadá um Departamento de Meio
Ambiente, criado pelo Ato do Ministério do Meio Ambiente, em 1971. A regulação
ambiental é feita pelo Ministério do Meio Ambiente, pela Agência de Avaliação
Ambiental Canadense e pelas agências das províncias24
O licenciamento ambiental é executado pela Agência de Avaliação Ambiental
Canadense, instituída em 1994 para implantar a Lei de Avaliação Ambiental (1992). O
órgão analisa projetos da iniciativa privada e governamental. Porém, as dez províncias
também têm autonomia para conduzir processos de licenciamento.25
As leis ambientais canadenses, em alguns casos, impõem sansões graves, que
incluem multas de milhões de dólares e/ou prisão. As multas podem ser cobradas em
dobro caso o agente seja reincidente, além da cobrança ser por cada dia
detransgressão, mesmo o delito sendo um ato contínuo. 26
Foi anunciado pelo governo do Canadá, no começo do mês de outubro de 2020, novos
planos para tornar o país ainda mais sustentável e ecologicamente correto.
Dentro dos planos anunciados estão, a extinção do uso de sacolas plásticas em todo
país, e um grande investimento para a produção de mais veículos elétricos no país.
O Ministro do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Jonathan Wilkinson, anunciou as
próximas etapas do plano estabelecido pelo governo para atingir zero resíduos de
plásticos até 2030.
Esse plano visa a proteção da vida marinha selvagem, assim como a redução da
emissão de gases causadores do efeito estufa. Com essa medida, o governo também
visa a criação de novos empregos ajudando no fortalecimento econômico do país.
Todos os anos, os canadenses jogam fora em torno de 3 milhões de toneladas de lixo
plástico. Apenas 9% dos quais são reciclados, o que significa que a grande maioria dos
plásticos vai para aterros sanitários e cerca de 29 mil toneladas vão parar em ambiente
natural.