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Graduação em Psicologia
Brasília, DF.
Brasília, 2014
Brasília, DF.
2014
II
Banca Examinadora:
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Professor Frederico Guilherme Ocampo Abreu
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Brasília, DF.
2014
III
“Ao abrir a pesada tampa da caixa, Pandora soltou todos os males que afligem a
humanidade. Assustada com o seu gesto, ela a fechou rapidamente, deixando aprisionada
somente a Esperança. Persuadida a libertá-la, Pandora abriu novamente a caixa; foi assim
que a esperança saiu voando para aliviar os sofrimentos dos homens”.
Teogonia – Hesíodo
IV
V
A Dor Azul1
A menina sentia uma dor azul todos os dias, ali pelas cinco horas da tarde. Não era
uma dor grandona, de puxar o choro para fora. Era só uma dorzinha. Mas era uma bem
azulona. Achavam que era maluquice. “Dor não tem cor!”
Mas como a dor azul não passava, começaram a achar que ela doía mesmo. Levaram a
menina para todos os médicos do mundo, fizeram todos os exames que existiam, e ninguém
descobriu o que era aquilo. Procuraram então um psicólogo e, é claro, que ele achou que
aquilo era psicológico. A dor azul não queria saber. Ia e vinha. Sempre na mesma hora.
Os anos foram passando e o azul da dor continuava colorindo as tardes da menina. Só
as tardes. De manhã, ela sentia uma saudade lilás. E, à noite, um desejo prata que ela não
sabia bem de quê.
A menina cresceu. E um dia conheceu um rapaz que sentia uma vontade violeta de
espirrar nas manhãs nubladas. Eles se gostaram, um gostar laranja que foi se avermelhando
sem parar, até que se casaram, numa noite dourada de alegria, cheia de luzinhas roxas de
paixão.
Um ano depois, numa madrugada de cheiros cor-de-rosa, ela teve uma filhinha. E
nunca ela tinha sentido um carinho tão verde em toda sua vida.
A filha da menina cresceu, herdou a vontade violeta de espirrar do pai e, da mãe, o
desejo prateado. E a menina, que já era mulher, descobriu que o nome da dor azul, como está
no dicionário, é desassossego. E que esse desassossego queria dizer, mais ou menos, em
palavras de adultos “Como será que vai ser a minha vida?”.
Puro Desassossego…
1
http://livraria.folha.com.br/livros/5-a-7-anos/sete-historias-contar-adriana-falcao-1022565.html
VI
RESUMO
Este estudo é sobre como o teste HTP pode contribuir para a avaliação psicológica de um
caso de depressão e ansiedade mista. A sobreposição de sintomas de ansiedade e depressão
ainda é uma dificuldade para um diagnóstico adequado com o foco no tratamento do cliente.
Dessa forma, realizou-se uma revisão da literatura sobre a depressão e ansiedade, seguido de
como o processo de Avaliação Psicológica é realizado. A avaliação psicológica gera
indicadores que podem auxiliar os profissionais à detectar a nosologia de determinado
sintoma. A metodologia utilizada foi o estudo de caso envolvendo a análise do prontuário
psicológico de uma paciente que apresenta depressão e ansiedade, que buscou auxilio
psicológico no CENFOR/UniCEUB. Os resultados apontaram para vários contributos
positivos do teste HTP para a avaliação final de depressão e ansiedade. O teste auxiliou a
construir elementos indicadores com a contribuição dos demais testes e das etapas da
Avaliação Psicológica. Observou-se ainda a importância de trabalhar de maneira
multidimensional ampliando o campo de conhecimento para que a pessoa que busca uma
avaliação psicológica possa ser o foco de todo estudo realizado.
VII
ABSTRACT
This study is about how the HTP test could contribute to the Psychological Assessment of a
case of mixed depression and anxiety. The overlap of symptoms of anxiety and depression is
still creates difficulty in making accurate diagnosis focusing on customer treatment. First, a
review of literature on depression and anxiety was carried out, followed by the setting up of
the steps to perform the psychological assessment. Psychological assessment is a means of
generating indicators that can help professionals detect the nosology of a particular symptom.
The methodology was a case study involving the analysis of the psychological report of a
female patient suffering from depression and anxiety, who was being seen at
CENFOR/UniCeub. The results pointed to several positive contributions of the HTP test to
the final diagnosis of depression and anxiety. It helped to create a set of indicators within the
framework of the other tests and the other steps of the psychological Assessment. We also
observed the importance of working in a multidimensional way, expanding the field of
knowledge so that the person seeking a psychological assessment can be the focus of the
whole study carried out.
VIII
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
3.4 Instrumentos...................................................................................................... 40
IX
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 57
ANEXOS ............................................................................................................................ 60
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Teste Projetivo Casa-Árvore-Pessoa.
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http://satepsi.cfp.org.br/listaTeste.cfm?status=1
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Tanto na obra “Teogonia” quanto “Os trabalhos e os dias”, Hesíodo conta sobre
o mito de Prometeu, aquele deus que roubou o fogo dos deuses para dar aos homens.
Chalita (2004) informa que Prometeu significa "aquele que vê o futuro”.
De acordo com o autor, Zeus, o deus soberano, ficou enfurecido com essa
tentativa de Prometeu, pois esse era o segredo dos deuses e não poderia cair nas mãos
dos homens. É a partir desse momento que Zeus tem uma ideia de tentar punir
Prometeu. Solicita a Hefesto, o deus artesão, que criasse uma mulher perfeita e
apresentasse a todos os deuses gregos. Dessa maneira,
Atena, a deusa da sabedoria e da guerra, vestiu esta mulher com uma roupa
branquíssima e adornou-lhe a cabeça com uma guirlanda de flores, montada sobre uma
coroa de ouro. Hefesto a conduziu pessoalmente aos deuses, e todos ficaram admirados;
cada um lhe deu um dom particular. Atena lhe ensinou as artes, como a arte de tecer.
Afrodite lhe deu o encanto, que despertaria o desejo dos homens. As Cárites, deusas da
beleza, e a deusa da persuasão ornaram seu pescoço com colares de ouro. Hermes, o
mensageiro dos deuses, lhe concedeu a capacidade de falar, juntamente com a arte
seduzir os corações através de discursos insinuantes. Depois que todos os deuses lhe
deram seus presentes, ela recebeu o nome Pandora, que em grego quer dizer "todos os
dons" (CHALITA, 2004, p. 26).
Então, Zeus entregou para Pandora uma caixa fechada e ordenou que ela
entregasse, como um presente à Prometeu. Contudo, Prometeu não recebeu Pandora e
sua caixa. O deus que vê o futuro alertou ao seu irmão, Epimeteu, que não aceitasse
nenhum presente de Zeus. Entretanto, Epimeteu, aquele que reflete tarde demais
(CHALITA, 2004, p. 26), encantou-se com Pandora e a pediu em casamento.
Epimeteu, dessa forma, abre a caixa e liberta “a Senilidade, a Insanidade, a
Doença, a Inveja, a Paixão, o Vício, a Praga, a Fome e todos os outros males”
(CHALITA, 2004, p. 26) tornando, assim, miserável a existência dos homens. Ao
perceber o que tinha feito, Epimeteu fecha a caixa, mas antes de fazê-lo, observa que a
Esperança é a única criatura alada que ficou. Dizem que é graças a ela que os homens
conseguem enfrentar todos os males e não desistem de viver.
Esse mito retrata de uma maneira simples e direta a questão da esperança. De
algo que todos temos: essa criatura alada interna prestes a levantar voo e crescer.
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Borsa (2010) informa que “foi no século XX que o desenho passou a ser
utilizado como técnica de avaliação psicológica para investigar habilidades cognitivas e
características da personalidade humana” (BORSA, 2010, p. 151).
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Esse trabalho tem como foco de estudo observar as contribuições do teste H.T.P.
Dessa forma, o objetivo principal é a tradição impressionista. Essa tradição, que teve
seu início na clínica, prima pelo indivíduo e estudos de caso. O interesse é compreender
mais profundamente o indivíduo, sendo assim, considera-se todas as informações
relevantes para a pessoa e a sua configuração que é singular. (PRIMI, 2010)
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Outro ponto importante para o uso das técnicas projetivas é quando o sujeito não
consegue se expressar verbalmente. Assim, o desenho poderá dizer mais que as suas
palavras naquele momento.
2.2 O Psicodiagnóstico
Como a etimologia da palavra sempre diz muito mais que uma tentativa de tentar
explicar - Diagõstikós, diagnóstico em grego, significa a faculdade de conhecer, de ver
através de – o termo diagnóstico, em um sentido mais restrito, refere-se à possibilidade
de um conhecimento que vai além de um senso comum, ou seja é uma maneira de
significar a realidade a partir de conceitos, métodos e teorias científicas. (ARAÚJO,
2007)
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A Resolução do CFP, n. 002 /2003 (CFP, 2007) autoriza o uso do teste projetivo
H.T.P no Brasil, tanto em crianças (a partir de 8 anos de idade) como em adultos. O
autor informa que utilizou a casa, a árvore a pessoa por serem temas familiares a todos,
sendo conceitos que são desenhados por indivíduos de todas as idades e estimulam uma
verbalização mais espontânea que outros temas.
De acordo com Buck (2003), o teste é muito utilizado na prática clínica pois
possibilita identificar como o paciente experiencia a sua individualidade. Os elementos
de sua personalidade são projetados durante o desenho. Em uma análise compreensiva é
possível obter informações gerais do indivíduos, bem como os conflitos com o ambiente
em que o mesmo vive.
Borsa (2010) ressalta que, o HTP é uma das técnicas mais utilizadas por
psicólogos brasileiros e é um dos testes mais ensinados nos cursos de formação em
psicologia. O sucesso do H.T.P pode estar relacionado ao baixo custo e à facilidade de
sua aplicação. A autora ainda diz:
ao mesmo tempo, trata-se de uma das técnicas mais questionadas no que se refere à
validade e fidedignidades (Anastasi & Urbina, 2000; Cunha, 2000). Por se tratar de uma
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Para Buck (2003) , o autor que desenvolveu o teste, a aplicação é composta por
três desenhos sequenciais: uma casa, uma árvore e uma pessoa, os quais devem ser
desenhados em folhas separadas, utilizando lápis e borracha. A aplicação propõe,
também, que se realize um inquérito acerca de caraterísticas e descrições de cada
desenho realizado.
Encontrar referencias bibliográficas sobre o teste H.T.P para esse trabalho foi
uma tarefa árdua, já que a interpretação de um teste projetivo é difícil de ser realizada,
sendo geralmente criticada diante da falta de validade, principalmente no contexto
brasileiro.
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Vale ainda lembrar, que o prontuário será também uma fonte significativa de
informações para a interpretação do estudo de caso.
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CASA
CARACTERÍSTICAS GERAIS Simples, vazia, com portas abertas, pobreza de conteúdo.
LOCALIZAÇÃO
TAMANHO Pequena.
MOVIMENTO E EXPRESSÃO
Casa sozinha, abandonada ou com um entorno frio, inóspito.
DISTORÇÕES. OMISSÕES. Preocupação com o telhado (sombreado), com a simetria (controle obsessivo).
ACRÉSCIMOS. ÊNFASES. Portas abertas mas sem acesso (falta de caminho ou caminho cortado). Se há lareira, a fumaça
é tênue e fina (controle).
TIPO DE TRAÇO. Fraco, tênue, com áreas abertas.
ÁRVORE
CARACTERÍSTICAS GERAIS Desvitalizado, tênue, desvalido.
LOCALIZAÇÃO
TAMANHO Pequena.
MOVIMENTO E EXPRESSÃO
Desvitalização: frutos e folhas ralos, ausentes ou caídos. Galhos: fracos, para baixo, em ponta
DISTORÇÕES. OMISSÕES. e cobertos por folhagem. Raízes: finas. Tronco: sombreado. Pode haver marcas, cicatrizes.
ACRÉSCIMOS. ÊNFASES. Copa: pequena, falta de expansão e contato. Tipo de copa: salgueiro-chorão ou copa que
começa dos dois lados.
TIPO DE TRAÇO. Fraco, tênue, com áreas abertas.
Fonte: Grassano, 2012, p. 294-295.
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CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
Pandora recebeu diferentes dons de seus pais, os deuses gregos. Como diz o
mito, Atenas ensinou as artes, Afrodite o encanto, As Cárites lhe deu a beleza, Hermes a
capacidade de falar entre outros dons. Assim, como visto anteriormente, Pandora é
aquela que possui “todos os dons”.
Como não possuímos os dons de Pandora, ou talvez possuímos matizes
diferenciadas de cada um desses atributos, por assim dizer, há a necessidade de ir por
um caminho diferente e para isso tem-se a metodologia científica. Quem sabe esse seja
o nosso dom particular?
Sendo esse um possível dom conhecido do profissional de psicologia, esse
capítulo tem como objetivo delinear o método que foi utilizado para a construção dessa
monografia. Não que o método seja nosso pai, como Zeus, mas um caminho que
usualmente se usa para quem sabe, se possível, diminuir um pouco a dor da
humanidade.
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3.2 Participante
A participante foi escolhida em conjunto com o orientador. Foi uma pessoa que
participou do atendimento do Centro de Formação de Psicólogos do Uniceub, CENFOR
e que passou pelo processo de avaliação psicológica, assinando um termo de
consentimento (Anexo I).
3.3 Local
A participante é uma paciente atendida, encaminhada para Psicoterapia
Individual, no Centro de Formação do Psicólogo (CENFOR), clínica escola responsável
pela supervisão e orientação dos estágios supervisionados que atuam diretamente em
intervenção, localizado em Brasília/DF.
3.4 Instrumentos
O instrumento para essa pesquisa é o prontuário que contém as informações do
caso.
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CAPÍTULO 4
O CASO: O MISTÉRIO DE PANDORA
4.1 A Cliente
A cliente, que participou dessa pesquisa, é moradora da cidade de Brasília e tem
20 (vinte) anos de idade, possui o ensino médio completo e é solteira.
Informou que sua ocupação atual é cuidar da mãe, das tarefas domésticas e
estudar. Para preservar o anonimato, a cliente será nomeada Pandora.
4.3 Procedimentos
A avaliação psicológica foi realizada em cinco encontros. Utilizou-se entrevistas
clínicas, observação, anamnese, exame do estado mental, testes de habilidade cognitivas
(G-36 e AC) e testes de personalidade (EFN e HTP). Como citado, todas essas
informações foram retiradas do prontuário de Pandora, que participou de Avaliação
Psicológica no CENFOR com um aluno-estagiário.
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4.8.1 A Casa
O desenho da casa possui sua localidade no centro ligeiramente situado à
esquerda, o que pode indicar uma certa rigidez. Segundo Buck (2003), uma casa que
possui o perfil parcial, com uma parede principal, pode indicar uma tendência a
comportar-se de maneira sensível e flexível. A casa tem uma estrutura mais para vertical
que indica uma possível satisfação obtida na fantasia evitando, assim, o contato com a
realidade.
Ao olhar para o desenho a porta parece estar em nível normal. Contudo, ao
realizar o inquérito do teste, a cliente informou que a casa apresenta apenas um andar, o
que indica que as janelas estão acima da porta. Pode-se, portanto, inferir que a porta é
pequena o que pode indicar reserva, inadequação e indecisão. A porta e as janelas estão
fechadas. Para Buck (2003), “Eu tornarei impossível você ver dentro” (BUCK, 2003, p.
45).
No inquérito, ressalta-se que, Pandora escolheria morar com sua mãe, porque ela
é sua melhor companheira. A casa lembra sua infância. Na pergunta 8, a cliente
informou que ao olhar para a casa esta parece estar perto. O que pode significar sua
capacidade de realização e/ou sentimento de calor e acolhimento. Ela tem a impressão
de que está abaixo quando olha para a casa (pergunta 9). Essa pergunta reflete as
relações pessoais, com ênfase no lar e na família.
4.8.2 A Árvore
A árvore encontra-se no lado superior esquerdo. De acordo com o manual,
normalmente a árvore é desenhada com um tronco e pelo menos um galho. Buck
informa que “quanto maior a flexibilidade da estrutura e melhor a organização dos
galhos da árvore, maior é a capacidade presumida do indivíduo para obter satisfação de
seu ambiente...” (BUCK, 2003, p. 51). No desenho da cliente, ressalta-se que não há
presença de galhos, o que pode indicar um rigidez para sua relação com o ambiente.
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4.8.3 A Pessoa
A pessoa desenhada encontra-se na margem inferior do papel o que pode indicar
necessidade de apoio. O desenho da pessoa ocupa mais que dois terço da folha, dessa
forma o desenho é considerado grande o que sugere ambiente restritivo, tensão e
compensação.
Ao olhar o desenho, há um certo enfoque no cabelo, o que pode indicar
preocupações sexuais. Outro ponto a ser ressaltado é uma pouca ênfase nas orelhas (que
estão cobertas pelos cabelos) sugerem um desejo de impedir a entrada da crítica.
Ao ser questionada, Pandora diz que a figura desenhada é ela mesma e que se
sente triste e não sabe o porquê. Entretanto, na pergunta se a figura do desenho está bem
e feliz (pergunta 55 e pergunta 57), a cliente diz que sim, apresentando aqui uma
contradição.
Há um desenho de Sol no desenho da casa, que parece ter sido desenhado
livremente, sem a orientação da aplicadora. Para Pandora, esse sol representa o seu
namorado.
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CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve como objetivo geral investigar a colaboração do Teste HTP
em adulto para os fenômenos da ansiedade e depressão. Os objetivos específicos eram
compreender e aprofundar o estudo do teste do HTP na sua interpretação.
Para isso fez-se um estudo sobre a ansiedade e depressão e sobre a Avaliação
Psicológica. Verificou-se que as terminologias de ansiedade e depressão são constructos
construídos ao longo do tempo e que o indivíduo irá experienciá-los de acordo com o
seu momento histórico. No momento atual, observou-se que um dos sentimentos
geradores de depressão e ansiedade é a sensação de desfragmentação do homem que
gera uma insegurança podendo acarretar diversos problemas, inclusive somáticos e
emocionais (LIPOVETSKY, 2007).
Já o objetivo de uma avaliação psicológica é ajudar o cliente a compreender a si
mesmo e que ao ser encaminhado para um processo de psicoterapia possa restabelecer
um vínculo consigo mesmo, compreendendo sua própria situação diante da vida.
Como o foco principal desse trabalho foi verificar as contribuições do HTP para
a ansiedade e depressão, as limitações encontradas nesse estudo foram justamente
relacionadas com os poucos estudos brasileiros a cerca dessa técnica projetiva que é rica
em interpretação não-verbal. Perceber de maneira indireta indicadores que possam
auxiliar o psicólogo em temas tão relevantes, como a ansiedade e depressão, com o
auxílio dos desenhos, nos faz considerar e ressaltar como sugestão pesquisas futuras
para o HTP.
Dotada de encanto e beleza, a Pandora mitológica poderia ser um majestoso
presente para a humanidade. Contudo, derrama sobre os homens todos os males.
Embora a passagem seja uma alegoria, muitas vezes percebe-se que há a presença de
momentos psíquicos que abalam a nossa confiança e presença diante da vida. Esses
males muitas vezes são revestidos em ansiedade, depressão, suicídio. Enfim, uma
dificuldade em significar a vida, a sua história e a si mesmo.
A vida é deveras um puro desassossego, não parece ser aleatório ser a esperança
– “esperar por algo” – a última a ficar na caixa. Embora, a Pandora mitológica introduza
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ANEXOS
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TERMO DE CONSENTIMENTO
Declaro estar ciente que:
1. Serei atendido no processo de ______________________________________, que será
conduzido por um aluno/estagiário do último ano do curso de Psicologia do UniCEUB,
que será orientado por um professor devidamente qualificado e inscrito no CRP –
Conselho Regional de Psicologia.
2. Os atendimentos poderão ser observados através de uma sala destinada a este fim, para
que o estagiário possa ser orientado pelo professor –supervisor e para que outros alunos
possam também aprender com o acompanhamento do caso.
3. De acordo com os objetivos do Projeto de Estágio, os atendimentos poderão ser
filmados ou gravados, para fins de acompanhamento da evolução do caso e/ou pesquisa.
4. O estagiário guardará segredo (sigilo profissional) em relação ao que for tratado nas
sessões, exceto na supervisão.
5. Nos casos em que o cliente for inscrito no CENFOR por Instituições/Empresas, o
professor-supervisor poderá encaminhar laudos psicológicos a um outro profissional da
mesma área, a critério da Instituição/Empresa e/ou critério do próprio CENFOR.
6. Os casos atendidos no CENFOR, para serem divulgados publicamente, seja como
relatório, artigo, monografia ou em simpósios, congressos, etc., deverão submeter-se à
aprovação de um Comitê de Éitca em Pesquisa.
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Aluno Professor Orientador
_______________________ _______________________
Assinatura Assinatura
Cliente:_______________________________________________________________
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Assinatura
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
BRASÍLIA - UNICEUB
DADOS DO PARECER
Apresentação do Projeto:
O principal objetivo deste trabalho será pesquisar o Teste HTP (house-tree-person) para investigação da
personalidade no contexto de avaliação psicológica, para os fenômenos de ansiedade e depressão. O HTP
tem como objetivo entender aspectos da personalidade do indivíduo, bem como a forma deste indivíduo
interagir com as pessoas e com o ambiente. Os elementos desenhados pelo participante mostram como é
vivenciada sua singularidade. Será uma pesquisa de estudo de caso único, na qual o participante passou
pelo processo de avaliação psicológica no Centro de Formação de Psicólogos do UniCEUB (CENFOR). A
metodologia de análise dos dados será feita por meio do prontuário do participante e utilizar-se-á o Manual
aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia para o teste H-T-P. A análise de informações será qualitativa,
dos desenhos e do inquérito do teste projetivo do HTP e de possíveis testes de personalidade aplicados e
que estejam presentes no prontuário do cliente. Serão também utilizadas as informações constantes na
anamnese.
Objetivo da Pesquisa:
A hipótese e os objetivos da pesquisa encontram-se bastante claros.
A hipótese principal do trabalho será investigar a contribuição do teste projetivo H-T-P nos fenômenos de
ansiedade e depressão em adultos e observar se essa técnica é interessante para o
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BRASÍLIA - UNICEUB
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BRASÍLIA - UNICEUB
Assinado por:
Marilia de Queiroz Dias Jacome
(Coordenador)
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Casa
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